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Sistema Genital Masculino O sistema genital masculino é o conjunto de órgãos que formam, emitem e introduzem o líquido fecundante, esperma ou sêmen, nas vias do sistema genital feminino durante o coito (ato sexual) entre indivíduos maduros. Podemos ainda destacar que a atividade reprodutora segue alguns ciclos: inicia-se na puberdade, atinge seu clímax na fase adulta, e decresce com o avançar da idade. Compõe o sistema genital masculino: Gônadas: órgãos produtores de gametas; que são os testículos. Vias condutoras dos gametas: também conhecida como vias espermáticas, são as vias percorridas pelos gametas masculinos, desde o local onde são produzidos, até as vias genitais femininas; são túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. Órgão da cópula: órgão que vai penetrar as vias genitais femininas, possibilitando o lançamento dos espermatozoides; que é o pênis. Glândulas anexas: produzem secreções que vão facilitar a progressão dos espermatozoides nas vias genitais; são as glândulas seminais, próstata, e glândulas bulbouretrais. Estruturas eréteis: formadas por tecido esponjoso, que se enchem de sangue e aumentam de volume; são os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis. Órgãos genitais externos: são aqueles visíveis através da superfície do corpo; que são o pênis e o escroto (que aloja os testículos). 1. Testículos São os órgãos produtores dos espermatozoides, e que a partir da puberdade, produzem a testosterona, que é responsável pelas características sexuais secundárias. São dois testículos, ovoides, facilmente palpáveis dentro de uma bolsa (escroto). Apresenta duas extremidades, que são os polos superior e inferior; duas faces, medial e lateral; e duas margens, anterior e posterior. Condição de importância clínica: os testículos desenvolvem-se na região renal, e migra para a bolsa escrotal. Quando não se observa a descida do testículo, é denominada criptoriquidismo, que pode ser unilateral ou bilateral. Condição de importância clínica: os testículos são órgãos internos devido ao seu desenvolvimento; contudo, são armazenados na bolsa escrotal, porque a temperatura ideal para os espermatozoides é geralmente aproximadamente um a dois graus abaixo da temperatura corporal. Condição de importância clinica: em alguns casos, esse líquido seroso pode aumentar, gerando a hidrocele. Caso isso ocorra, esse líquido aumentado pode comprimir os testículos e danificá-lo. 1.1 Estrutura dos testículos. Cada testículo é revestido por uma membrana fibrosa, que é a túnica albugínea. Delicados septos dividem, incompletamente o testículo em lóbulos cuneiformes, chamados lóbulos do testículo. Os ápices desses lóbulos convergem e formam o mediastino do testículo, que é uma massa de tecido fibroso contínuo com a fibra albugínea. Nos lóbulos, encontramos o parênquima do testículo, que consiste de túbulos seminíferos contorcidos, onde ocorre a Lara Alves Gomes – Enfermagem UFJF espermatogênese. À medida que se aproximam do ápice, tornam-se retilíneos, sendo denominados túbulos seminíferos retos. Estes por sua vez, anastomosam-se, formando a rede do testículo, que vai atravessar o mediastino do testículo. A partir dessa rede, são formados 15 a 20 canais, que são os ductos eferentes do testículo, que vão penetrar no epidídimo. Os espermatozoides são formados nos túbulos seminíferos, mas nesse local não possuem movimento próprio. São impulsionados passivamente por uma corrente líquida, que depende de uma tensão funcional garantida pela túnica albugínea. É esta corrente que os conduz para um reservatório no epidídimo, denominado reservatório de espermatozoides, onde vão ser ativados, e permanecer ali até o momento da ejaculação. Além da túnica albugínea, o testículo apresenta uma túnica vaginal, com laminas visceral e parietal. A lâmina parietal contém fibras musculares lisas, que são pertencentes ao músculo cremaster. Na cavidade virtual do saco seroso da túnica vaginal do testículo exige uma camada capilar de líquido lubrificante. 2. Epidídimo É uma estrutura alongada, em forma de C, situada contra a margem posterior do testículo, à qual se acha intimamente aderida, podendo ser sentida por meio de apalpação. 2.1 Estrutura do epidídimo. Os espermatozoides são ali armazenados até o momento da ejaculação, Descrevem-se no epidídimo a cabeça (superior) o corpo (média) e a cauda (inferior). Os ductos eferentes retos do testículo vão tornar-se tortuosos ao penetrar a cabeça do epidídimo. São formados nessa região os lóbulos do epidídimo, de estrutura cuneiforme, com o ápice voltado para o testículo. Cada ducto eferente termina na frente de um lóbulo no ducto do epidídimo, que começa na cabeça do epidídimo, possui um trajeto tortuoso através do corpo, e na cauda aumenta de espessura, constituindo a parte de entrada do reservatório de espermatozoides, sendo que a saída se continua com o ducto deferente. Espermiofagia fisiológica: fenômeno que ocorre na cabeça e no corpo do epidídimo, reduzindo o excesso de produção de espermatozoides, garantindo o mínimo necessário para a fecundação. 3. Ducto deferente. É a continuação da cauda do epidídimo, originando-se no reservatório de espermatozoides e os conduz até o ducto ejaculatório. Como podemos ver pela figura ao lado, os testículos estão localizados externamente à parede pélvica, e o ducto ejaculador encontra-se dentro da cavidade pélvica. Então, existe um túnel que permite a passagem do canal deferente, que é o canal inguinal, situado na parede abdominal, de trajeto obliquo, possuindo de 3 a 5 cm de comprimento. Condição de importância clínica – hérnias inguinais: é uma protrusão do peritônio parietal e vísceras. Condição de importância clinica – vasectomia: é uma excisão bilateral do ducto deferente, com o objetivo de gerar esterilidade a homens. 3.1 Estruturas do ducto deferente O ducto deferente é um tubo longo, em que podemos reconhecer as seguintes porções: funicular, contida no funículo espermático; escrotal, contida no escroto; inguinal, trajeto na região inguinal; pélvica, contida na pelve. No canal inguinal, passam as demais estruturas ligadas aos testículos, como artérias, veias, vasos linfáticos, e nervos. Todas essas estruturas, incluindo o canal deferente, dá-se o nome de funículo espermático. O ducto deferente possui 30cm, e pode ser palpado como um cordão duro, antes de entrar o canal inguinal. Na face posterior da bexiga, a superfície do ducto deferente torna-se irregular, à medida que se alarga para tornar-se a ampola do ducto deferente. Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal, formando o ducto ejaculatório. 4. Ducto ejaculatório É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. Em quase todo o seu trajeto atravessa o parênquima da próstata e vai desembocar na parte prostática da uretra, junto do colículo seminal. 5. Uretra A uretra masculina é um canal comum para miccção e para a ejaculação, com 20cm de comprimento. 5.1 Estruturas da uretra A uretra inicia-se no óstio interno da uretra, localizada na bexiga urinária, e atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na extremidade peniana, através do óstio externo da uretra. A uretra masculina possuem três partes: Parte prostática: atravessa a próstata, e possui uma pequena saliência, o colículo seminal, onde de cada lado, desembocam os ductos ejaculatórios. Partemembranácea: atravessa o assoalho da pelve. Parte esponjosa: localizada no corpo esponjoso do pênis, sendo que adjacente ao óstio externo da uretra há uma porção dilatada conhecida como fossa navicular da uretra. 6. Glândulas seminais São bolsas sacciformes, situadas na porção póstero-inferior da bexiga, que produzem o líquido seminal. Cada vesícula é composta por um tubo enovelado que emite vários divertículos e termina superiormente em fundo cego. Inferiormente, sua extremidade torna-se estreita e reta para formar o ducto da glândula seminal, que vai se unir ao ducto deferente, formando o ducto ejaculatório. Sêmen: é formado por espermatozoides e componentes líquidos, que vão ativar, nutrir e facilitar a progressão dos espermatozoides nas suas vias de passagem. A secreção produzida nas glândulas seminais vai possuir um papel importante na ativação dos espermatozoides. 7. Próstata É um órgão pélvico, impar, situado inferiormente à bexiga, sendo atravessada pela porção prostática da uretra. Apesar de ser constituído principalmente de musculatura lisa, e tecido fibroso, possui também tecido glandular, cuja secreção fará parte do esperma, sendo lançada diretamente na porção prostática da uretra, através dos dúctulos prostáticos, que conferem odor característico ao sêmen. Na próstata observa-se uma base, situada na parte superior; um ápice, anterior e inferior; e os lobos, esquerdo, direito, e médio. Condição de importância clinica – câncer de próstata: é um dos mais frequentes em homens, e o diagnostico precoce é importante para a cura. O diagnóstico é feito por meio do exame de toque, uma vez que a próstata é facilmente palpável in vivo, devido à sua localização. 8. Glândulas bulbouretrais São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte membranácea da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e possui secreção mucosa. 9. Pênis É o órgão masculino da copula, com saída única para a urina e o sêmen, geralmente apresentando-se flácido, mas, quando os tecidos lacunares se enchem de sangue, o pênis torna-se turgido, com aumento de volume e rígido (ereção). 9.1 Estrutura do pênis Basicamente, o pênis é formado por três cilindros de tecido erétil, corpos cavernosos e corpo esponjoso, são envolvidos por fáceis, túnicas fibrosas e externamente por um pele extremamente distensível. Os corpos cavernosos fixam-se aos ossos da bacia através dos ramos do pênis; o corpo esponjoso apresenta duas dilatações, uma no bulbo do pênis (posterior) e na glande do pênis (anterior). O pênis apresenta uma raiz, que é fixa, e compreende os ramos do pênis e o bulbo do pênis; e apresenta um corpo (porção livre, pendente, sendo recoberta por pele), que é continuado pelos corpos cavernosos, e o bulbo é continuado pelo corpo esponjoso, que vai se dilatar para constituir da glande peniana, onde encontra-se o óstio externo da uretra. A glande está recoberta por uma camada de pele, o prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana e inferior que passa de sua camada profunda para as adjacências do óstio externo da uretra. Condição de importância clinica – fimose: é uma condição de estreitamento do prepúcio, que pode ser em graus variáveis, que dificulta cuidados higiênicos e pode causar desconforto sexual, uma vez que a glande não é exposta. 10. Escroto É uma bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica, sendo divida pelo septo do escroto, em dois compartimentos, cada um contendo um testículo, ao qual corresponde externamente a rafe do escroto. Possui várias camadas, entre elas pele, e a túnica dartos (que age como um termostato, por ter a capacidade de relaxar-se e contrai-se, sendo constituída essencialmente de fibras musculares lisas). Devido a sua arquitetura, o escroto propicia uma temperatura favorável à espermatogênese.
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