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Aula 6 - Registro de Empresa

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FACULDADE PARAÍSO –FAP
CURSO – DIREITO
DISCIPLINA- Direito empresarial
PROFESSOR: PEDRO JORGE MONTEIRO BRITO
Aula: 06
TEMA :Registro de Empresa
SUMÁRIO
1. Órgãos do Registro de Empresa
2. Atos: matrícula, arquivamento e 
autenticação
3. Processo Decisório
4. Inatividade da empresa
5. Empresário Irregular
1. Órgãos do Registro
- Uma das obrigações do empresário é a de inscrever-se na
Junta Comercial da respectiva sede, antes do início de sua
atividade (CC, art. 967);
- Legislação pertinente: Lei n. 8.934/94 (LRE),
regulamentada pelo Decreto n. 1.800/96;
- Finalidades do registro: a) dar garantia, publicidade,
autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das
empresas submetidos a registro; b) cadastrar as empresas
nacionais e estrangeiras e manter atualizadas as
informações pertinentes; c) proceder à matrícula dos
agentes auxiliares do comércio.
• No Brasil, os serviços do RPEM são exercidos pelo Sistema
Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem),
composto pelos seguintes órgãos:
• Departamento REGISTRO EMPRESARIAL E INTEGRAGÃO
(DREI), órgão central com funções técnicas de supervisão,
orientação, coordenação e normatização, além de
assistência supletiva no plano administrativo; e
• Juntas Comerciais, como órgãos estaduais, com funções de
execução e administração dos serviços de registro,
subordinadas administrativamente ao governo do Estado-
membro e, tecnicamente, ao DREI.
• Cada unidade federativa conta com uma Junta Comercial
(sede na capital com jurisdição no território estadual);
• Atente: as Juntas estão subordinadas tanto aos Estados
quanto à União, dependendo do ato praticado. Trata-se de
um sistema híbrido;
• Competências:
a) Assentamento de usos e práticas mercantis;
b) Habilitação e nomeação de tradutores públicos e
intérpretes comerciais;
c) Expedição da carteira de exercício profissional de
empresário e demais pessoas inscritas.
2. Atos de Registro
Atenção: as Juntas, no exercício de suas funções de registro,
devem limitar-se ao exame dos aspectos exclusivamente
formais dos documentos que lhe são dirigidos, bem como
verificar se neles figuram cláusulas contrárias à ordem
pública e aos bons costumes. A Junta não é órgão judiciário.
• São atos de registro (gênero): matrícula, arquivamento e
autenticação (espécies de registro).
2.1 matrícula: é o nome do ato de inscrição dos tradutores 
públicos, intérpretes comerciais, leiloeiros, trapicheiros e 
administradores de armazéns-gerais. Os dois primeiros 
(sublinhados), além de matriculados, são também 
habilitados e nomeados pela Junta. Os demais, apenas 
matriculados.
2.2 arquivamento: diz respeito à inscrição do empresário
individual; constituição, dissolução e alteração contratual
das sociedades empresárias; registro das cooperativas; dos
consórcios de empresas e dos grupos de sociedades. Os atos
das empresas estrangeiras autorizadas são, também,
arquivados na Junta.
- Os atos das microempresas e empresas de pequeno porte
são, igualmente, arquivados na Junta;
- Os atos modificativos da inscrição do empresários são
averbados à margem da inscrição (CC, art. 968, § 1º).
2.3 autenticação: esta forma de registro está ligada aos
instrumentos de escrituração, que são os livros comerciais e
as fichas escriturais. É condição de regularidade do
documento (requisito extrínseco).
• Pode referir-se, também, a ato confirmatório da
correspondência material entre a cópia e original do mesmo
documento, desde que o original esteja registrado na Junta
(LRE, art. 39, II).
Proibido arquivar:
• Os atos que colidirem com o respectivo estatuto ou contrato
não modificado anteriormente;
• Os atos de constituição ou alteração de empresas em que
figure como titular ou administrador, pessoa condenada cuja
pena vede o acesso à atividade empresarial;
• Atos que não designarem o capital e/ou não declararem com
precisão o objeto social;
• Prorrogação do contrato social, depois de findo o prazo nele
fixado, no caso de sociedade com prazo determinado de
duração;
• Alteração contratual, por deliberação majoritária do capital
social, se houver cláusula restritiva;
• Os atos de sociedades empresariais dependente de
autorização governamental, ainda não autorizadas;
Efeitos decorrentes do arquivamento:
• Existem atos que obrigatoriamente devem ser arquivados
para que produzam efeitos válidos, outros não, mas são
levados a registro para maior segurança do empresário;
• Como exemplo disso temos a obrigatoriedade de
arquivamento do ato constitutivo da sociedade limitada, sob
pena de ser considerada uma sociedade irregular e ser
imputada aos seus sócios responsabilidade ilimitada,
independentemente do que estabeleça o contrato social.
3. Processo Decisório
Regimes de julgamento
• Os atos submetidos ao registro do comércio estão sujeitos a
dois regimes de julgamento: o regime colegiado e o regime
singular (LRE, arts. 41 e 42);
• Regime Colegiado: a decisão é proveniente do Plenário e das
Turmas. Processa-se: o arquivamento de atos relacionados
com a sociedade anônima, como o registro dos estatutos, as
atas das assembléias gerais, do conselho de administração.
Processa-se, também, o arquivamento da transformação
(S/A para Ltda e vice-versa), incorporação, fusão e cisão de
sociedade comercial de qualquer tipo, além dos
relacionados a consórcio de empresas ou grupo de
empresas;
• Plenário: é competente para o julgamento dos recursos interpostos de
decisões definitivas singulares ou de Turmas, e as Turmas manifestam-se
a respeito do arquivamento dos atos de constituição de sociedades
anônimas (S/A), atas de assembléia, etc.;
• Turmas: têm competência, também, para decidir sobre o arquivamento
dos atos de transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades,
bem como para os atos de constituição e alterações de consórcios e de
grupos de sociedades;
• Regime Singular: todos os demais atos serão objeto de decisão singular,
proferida pelo presidente da Junta, vogal ou servidor que possua
comprovados conhecimentos em direito comercial e do sistema de
registro.
Prazos para decisões:
• Decisão colegiada: 10 dias;
• Decisão singular: 2 dias.
Doutrina Complementar
• Referindo-se a atribuições e competências das Juntas, anota
Rubens Requião: é preciso compreender que no exercício dessas
atribuições as Juntas Comerciais funcionam como tribunal
administrativo, pois examinam previamente todos os documentos
levados a registro. Mas essa função não é jurisdicional, pois as Juntas
possuem apenas competência para o exame formal desses atos e
documentos.
4. Inatividade da empresa
• Se o empresário ficar 10 anos sem proceder a qualquer
arquivamento poderá ser considerado inativo;
• Conseqüência: perda da proteção do nome empresarial;
• Antes, a lei exige que a Junta comunique o empresário dessa
possibilidade de cancelamento, podendo fazê-lo por edital;
• Caso atendida a comunicação, fica sem efeito a declaração
de inatividade;
• Não atendida, efetua-se o cancelamento do registro e
informa-se o fisco;
• O registro pode ser reativado, desde que sejam observados
os mesmos procedimentos, sem garantia da
utilização do mesmo nome empresarial;
• Importante lembrar que do cancelamento por inatividade
não decorre a dissolução da sociedade, mas apenas sua
irregularidade caso continue funcionando. As
conseqüências, porém, são graves.
5. Empresário Irregular
• O empresário irregular ( ou não-registrado na Junta) não
pode tirar proveito dos benefícios que o direito comercial
concede em seu favor.
• Sujeita-se às seguintes restrições:
a) não tem legitimidade ativa para o pedido de falência de
seu devedor (LF, art. 97, § 1º); todavia pode ter a sua própria
falência requerida por outrem e decretada, ou seja, pode
figurar no pólo passivo .Mas, o empresário irregular pode
requerer a própria falência (autofalência);
b) não tem legitimidade ativa para requerer a recuperação
judicial, pois a lei exige a inscrição no Registro de Empresa
(Junta), para beneficiar-se da recuperação (LF, art. 51, V);
c) não pode ter seus livros autenticados na Junta, pela falta
de inscrição (CC, art. 1.181). Efeitos: seus livros perderão
eficácia probatória, conforme CPC, art. 379; além disso, caso
decretada sua falência, esta será fraudulenta (crime
falimentar previsto na LF, art. 178);
d) responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios pelas
obrigações sociais, conforme ressalta CC, art. 990 (Sociedade
em Comum).
• Efeitos secundários:
• Impossibilidade de participar de licitações nas modalidades
de concorrência pública e tomada de preço (Lei nº 8.666/93,
art. 28, II e III);
• Impossibilidade de inscrição em Cadastros Fiscais: (Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ e Cadastro de
Contribuintes Mobiliários – CCM);
• Ausência de matrícula junto ao INSS, que, em relação aos
empresários, é processada simultaneamente à inscrição do
CNPJ, sujeitando-os à pena de multa (Lei nº 8.212/91, art.
49, I);
• Proibição de contratar com Poder Público (CF, art. 195).

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