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EXERCICIO AVALIATIVO DE PENAL (3SEM)

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Nome: Welen Garcez
Professor: Eduardo 
TRABALHO ACADÊMICO
1) Qual a diferença de pena e medida de segurança?
Pena é uma sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal, consiste na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela indimidação dirigida à coletividade (Art. 10 caput da Lei de Execução Penal; Art. 22 da mesma Lei). As finalidades são aplicadas em três teorias: 
Teoria absoluta: tem como finalidade da pena punir o autor de uma infração penal; 
Teoria relativa: a pena tem uma finalidade de prevenir; 
Teoria mista, Teoria intermediária, Teoria conciliatória, Teoria eclética: tem a dupla função de punir e prevenir.
O fundamento da aplicação da pena reside, porém na culpabilidade, enquanto a medida de segurança asseta na periculosidade.
A medida de segurança não deixa de ser uma sanção penal e, embora mantenha semelhança com a pena, diminuindo um bem jurídico, aplicam-se aos inimputáveis e semi-imputáveis (Art. 26 e 27 Código Penal), que cometem um delito penal, tem por finalidade, fazer cessar a temibilidade do agente e, de tal forma, que ele não volte a delinquir.
2) No que tange aos efeitos da condenação, é possível conduná-las com o princípio da personalidade da pena?
Quando se fala sobre os efeitos da condenação, pressupõe que o agente tenha cometido um fato típico, ilícito e culpável e, por conseguinte, condenado a uma pena. Essa pena pode ser privativa de liberdade, restritiva de direito, assim como a de multa, conforme constante no Art. 32 do Código Penal. São as chamadas penas legais. Tem a finalidade de reprovação e prevenção. O principal efeito da pena é fazer com que o criminoso cumpra a pena.  O Art. 91 e 92 do Código Penal apresentam os efeitos da condenação, os quais o legislador os referiu como Efeitos Genéricos da Condenação e Efeitos Específicos da Condenação, respectivamente. O artigo supra, demonstra os efeitos genéricos da condenação, os quais dispensa o juiz de fundamentá-los em sua sentença penal condenatória. Dentre eles, a obrigatoriedade de indenizar o dano causado. 
Já o princípio da personalidade é que a pena não poderá passar para acedentes, nem descendentes, ninguém pode ser punido por fato alheio nos termos do Art 5º, XLV da Constituição Federal de 1988. 
Sim, é possível conduná-las, pois o efeito é reparar o dano causado.
3) É possível mitigar o princípio da inderrogabilidade da pena? 
Princípio da Inderrogabilidade, também chamado de princípio as indivisibilidade, afirma tal princípio que, desde que presentes seus pressupostos.
Não é possível mitigar este princípio, pois menor que seja a pena deve ser cumprida, ou seja, a vontade do agente não pode prevalecer a do Estado, no entanto a pena deve ser aplicada e fielmente cumprida. 
4) O que é ressocialização da pena? E socialização? Quais as finalidades da pena? 
 
A ressocialização trata-se de um trabalho que visa como objetivo principal, senão único, o preparo do detento para seu retorno ao convívio social em condições de manter uma vida e uma convivência em conformidade com os padrões tidos como normais, sendo útil à sociedade. 
A socialização pode ser definida como o processo de aprendizagem e interiorização de normas e valores, característicos de determinado meio social, do qual os indivíduos e os grupos são alvo, tendo assim como objetivo a integração do indivíduo na sociedade. Acerca das finalidades são aplicadas em três teorias:
Teoria absoluta – teoria da retributiva: 
Apresenta a ideia de que as penas são um mal que se impõe a alguém, por esse alguém ter praticado um crime. Significa a imposição de um mal a quem praticou um mal, ou seja, a pena tem como finalidade castigar o autor da infração penal. 
 
Teoria relativa: 
Numa óptica de prevenção geral, pode-se dizer que as penas pretendem evitar que as pessoas em geral cometam crimes, ou seja, prevenir a prática de crimes.
Teoria mista, Teoria Unificadora, Teoria Eclética, Teoria Intermediária, Teoria Conciliadoria, Teoria Unitária, Teoria da Dupla Finalidade: 
Trata-se de uma síntese das duas teorias anteriormente referidas. Busca, a um só tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado (castigar), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenir).
Assim, para a teoria em comento, há uma tríplice finalidade das penas: retribuição, prevenção e ressocialização (Art. 10 caput; 22 e 28 da Lei de Execução Penal). Não há dúvidas de que nossa legislação adotou essa posição intermediária (vide Art. 59, caput, do Código Penal). 
5) Disserte a respeito:
 - Prevenção geral;
 - Prevenção especial.
As teorias dos fins da pena se dividem em três grupos: a denominada teoria absoluta - ou retributiva, teoria relativa e teoria mista. A teoria relativa se divide em prevenção geral e prevenção especial.
Prevenção geral positiva: 
Que a função do direito penal é dar afirmação aos valores, e, devido a essa afirmação, os sujeitos se absterão da prática de delitos, ou seja, acredita que a criminalização está fundamentada em seu efeito positivo sobre os nãos criminalizados, sob a forma de um valor simbólico, produtor de consenso, e, portanto, reforçador de sua confiança no sistema social em geral e, em particular, no sistema penal. Exemplo: O Estado aplica uma pena a um cidadão demostrando que ele tem um Direito penal presente, assim o Estado demonstra reafirmar a forças do Código Penal.
O Abolicionism Penal séria acabar com o Direito Penal e procurar a resolver esses conflitos por outras áreas.
Prevenção geral negativa: 
Pretende obter da pena a dissuasão dos que não delinquiram e podem sentir-se tentados a fazê-lo, através da intimidação.  Em outras palavras, para essa teoria, o castigo do delinquente é um meio de induzir os demais cidadãos ao bom comportamento. A ideia da pena é criar um efeito contrário à prática do crime, ou seja, a sociedade vem intimidar aas condutas negativas.
Tendo assim a Cifra Negra que era as estatísticas criminais não retratavam a quantidade real dos delitos praticados, mas as penas a criminalidade que chegou ao conhecimento das autoridades, todos passam a ser tutelados, porém não se aplica a inoperância do Estado frente dos conflitos, assim surgindo o Direito Penal do Terror.
Prevenção especial positiva:
Visa apenas o delinquente, objetivando que este não volte a praticar novos delitos. Essa teoria não busca retribuir o fato passado e também não se dirige a coletividade. Ou seja, o fato se dirige a uma pessoa determinada que seja o sujeito delinquente, tem a ideia de ressocializar e devolver para a sociedade e reeducar. “Antes de ser socializadora, a execução da pena de prisão deve não de dessocializadora.” (Anabela Miranda Rodriguês).
Prevenção especial negativa:
É evitar a reincidência (Art. 64, II do Código Penal). E, para isso, utiliza-se da pena de prisão, ou seja, intimidar o autor do crime. 
	Justiça Retributiva
	Justiça Restaurativa
	O crime é considerado ato contra a sociedade representada pelo Estado.
	O crime é ato contra a comunidade, contra a vítima e contra o próprio autor do crime.
	O interesse na punição é público.
	O interesse na punição ou reparação do dano é das pessoas envolvidas no caso.
	A responsabilidade do agente é individual
	Há responsabilidade social pelo ocorrido.
	Há predomínio da indisponibilidade da ação penal.
	Predomina a disponibilidade da ação penal.
	Predomina pena privativa de liberdade
	Predomina a reparação do dano e das penas alternativas.
	Consagra-se pouca assistência à vítima.
	O foco é a assistência à vítima.
	Exemplo: Lei Maria da Penha
	Exemplo: Lei 9.099/95
6) Quais são as regras para a fixação do regime inicial de cumprimento da pena?
Existem três regimes penitenciários:
Fechado: Pena cumprida em estabelecimentode segurança máxima ou média (acima de 8 anos);
Semi-aberto: Pena cumprida em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (acima de 4 anos e menor que 8 anos);
Aberto: Pena cumprida em casa de albergado ou estabelecimento adequado (menor que 4 anos). 
Fixação do regime inicial, o juiz, ao prolatar a sentença condenatória, deverá fixar o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade. A isso se dá o nome de fixação do regime inicial. Os critérios para essa fixação estão previstos no Art. 33 do Código Penal.
O juiz, quando vai fixar o regime inicial do cumprimento da pena privativa de liberdade, deve observar três fatores: O tipo de pena aplicada: se reclusão ou detenção; Se o condenado é reincidente ou não; e as circunstâncias judiciais do Art. 59 do Código Penal.
7) A respeito da teoria geral da pena, qual a importância das circunstâncias jurídicas?
A teoria geral da pena é uma espécie de sanção penal, ao lado da medida de segurança, consiste na privação ou restrição de um bem jurídico ao autor de um fato punível, ou seja, trata-se da punição estabelecida em lei penal. 
Art. 59 do Código Penal: “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja e suficiente para reprovação e prevenção do crime”.
A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente os motivos do crime dizem respeito ao agente e adotando a Constituição Federal um Direito Penal Garantista, compatível unicamente com um Direito Penal do fato, temos doutrinadores criticando as circunstâncias subjetivas constantes do Art. 59 do Código Penal. É o entendimento de Salo de Carvalho e Ferrajoli. Prevalece que as circunstâncias subjetivas do Art. 59 do Código Penal devem ser consideradas pelo Juiz para bem individualizar a pena.
Circunstâncias judiciais:
Culpabilidade do agente: é a maior ou menor reprovabilidade da conduta, não se confundindo com a culpabilidade como elemento do crime.
Antecedentes do agente bons / maus: dizem respeito à vida pregressa do agente – Vida “anteacta”- anterior ao crime. Fatos posteriores ao crime não podem ser considerados em prejuízo do agente. 
Observação: Inquérito policial em andamento ou já arquivado gera maus antecedentes. Não, pois tese contrária ofende o princípio da presunção de inocência ou não-culpa.
Ação penal em curso ou extinta com absolvição gera maus antecedentes, prevalece que não. Essa questão chegou ao STF oportunidade em que dois ministros entenderam que processo em curso gera maus antecedentes para outro processo. Mas a doutrina é tranquila no sentido de que não gera maus antecedentes.
A súmula 444 do STJ diz que: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base” – assim, observamos que o STJ sumulou entendimento já consolidado no Brasil.
Com a edição da Súmula 444 do STJ, somente condenação definitiva, sem força para gerar reincidência, é que configura maus antecedentes. No Brasil, uma condenação passada tem um prazo para gerar reincidência, qual seja, de cinco anos. Se o novo crime foi praticado após os cinco anos, essa condenação passada gera somente maus antecedentes, não caracterizando a reincidência.
Condenação 		cinco anos – reincidência		maus antecedentes
Transitada
Passagem pela vara da Infância e da juventude não gera reincidência. 
Conduta social do agente: é o comportamento do réu em seu ambiente familiar, de trabalho e na convivência com os outros. É aqui que entram as chamadas “testemunhas de beatificação”. 
Personalidade do agente: é o retrato psíquico do condenado. É necessário observar que não pode o juiz aplicar pena mais gravosa sob o argumento de que o réu tenha personalidade voltada para o crime, considerando que isso caracterizaria o chamado Direito Penal do Autor, vedado pelo ordenamento pátrio. 
De acordo com o STJ, a personalidade do agente não pode ser considerada de forma imprecisa, vaga, insuscetível de controle, sob pena de se restaurar o Direito Penal do Autor. 
Motivos do crime: é a razão da pratica da infração penal. 
Circunstâncias do crime: maior ou menor gravidade da infração espelhada pelo modus operandi do agente. 
Consequências do Crime: ao se falar em consequências do crime deve-se ter em mente as consequências para a vítima e/ou familiares da vítima.
Comportamento da vítima: o comportamento da vítima deve ser considerado pelo juiz na fixação da pena base. A jurisprudência dá um exemplo não muito aceito pelo professor. Informam que no crime de estupro deve ser considerada a vítima de pouco pano, quase desnuda. Um exemplo mais palpável é o crime de trânsito, ou seja, muitas vezes, apesar do motorista estar em alta velocidade, a vítima atravessa a rua em momento totalmente inapropriado. 
8) Quais os critérios para a progressão de regime?
Os regimes de cumprimento de pena adotados no Brasil são três: regime fechado, regime semi-aberto e regime aberto, e se diferenciam pela intensidade de restrição da liberdade do condenado.
O sistema progressivo de regime foi instituído com vistas à reinserção gradativa do condenado ao convívio social. A pena será cumprida em etapas em um regime cada vez menos rigoroso, até a liberdade. Exemplo: do regime fechado para o regime semi-aberto. Durante esse tempo, o preso será avaliado e só será merecedor da progressão caso a sua conduta assim recomende. O bom comportamento carcerário e aptidão para retornar ao convívio social. Para que possa obter a progressão, não basta o bom comportamento carcerário, sendo necessário, também, que esteja apto a ser colocado em regime menos rigoroso. 
Para que possa acontecer, são necessários alguns requisitos que estão descritos no Art. 112 da Lei de Execução Penal, quais sejam: 
Ter cumprido 1/6 da pena no regime inicial;
Para os crimes hediondos (Lei 8.072/90) o STF declarou que é inconstitucional, Art. 112 da Lei de Execução Penal determina o início de um regime inicial menos severo e acabando com um regime fechado até o final do cumprimento da pena. Já a lei 11.467 de 2002 a progressão se dá após o cumprimento de 2/5 da pena, se o condenado é primário, e 3/5 da pena, se o condenado é reincidente. 
Ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento. Se o condenado tem registro de uma infração leve, o mesmo não tem direito de mérito, por isso houve uma trocar da palavra mérito para bom comportamento carcerário.
Nos crimes contra a administração pública, além dos requisitos acima citados, é preciso ainda que seja reparado o dano, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo. 
Outra observação é que o Direito Penal veda a progressão em saltos, ou seja, não se pode progredir do regime fechado para o aberto, sem que se tenha passado pelo semi-aberto. O contrário não é verdadeiro quando falamos de regressão, uma vez que é perfeitamente possível que o preso que se encontra em regime aberto regrida para o regime fechado, conforme Art. 118 da Lei de Execução Penal. 
Outra particularidade que podemos ressaltar neste sistema é que para se progredir do regime semi-aberto para o aberto há que respeitar mais dois requisitos, descritos no Art. 114 da Lei de Execução Penal, conforme descrito a seguir: 
O condenado precisa estar trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; 
Apresentar fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. 
A súmula 715 STF nega a progressão do “per saltum”. Já a súmula 491 do STJ, admitia a progressão para o aberto.
9) Quais as hipóteses que autorizam a regressão?
Regressão é a passagem do regime mais brando para o regime severo do que aquele que ele se encontra. O Art. 118, I, da Lei de Execução Penal, diz que é possível sim a regressão “per saltum”, ou seja, se encontra no regime aberto e vai diretopara o regime fechado.
As hipóteses que autorizam a regressão são:
Quando prática um fato doloso;
Falta grave (Art. 50 da Lei de Execução Penal);
Sofrer condenação (Art. 118, §2º e Art. 111 da Lei de Execução Penal);
Art. 118, § 1º da Lei de Execução Penal.
10) A culpabilidade é um pressuposto para a aplicação da pena? (VALOR 2,0 PONTOS)
A história da culpabilidade é caracterizada por uma constante e intensa evolução, indo desde os tempos em que bastava o simples nexo causal entre a conduta e o resultado (responsabilidade objetiva), até os tempos atuais, em que a culpabilidade apresenta como elementos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa (responsabilidade subjetiva).
A culpabilidade é quando se pode atribuir à culpa á alguém pela prática de uma infração penal (exemplo: Jorge bate o carro por estar dirigindo e falando ao celular, o culpado foi Jorge, então atribui ao Jorge um conceito negativo de reprovação). Por esses motivos, trata-se de juízo individual de atribuição de responsabilidade penal, e representa uma garantia para o infrator frente aos possíveis excessos do poder punitivo estatal. Este entendimento provém do princípio de que não há pena sem culpabilidade (nulla poena sine culpa).
Assim, todos os culpáveis serão punidos, mas aqueles que tiverem um grau maior de culpabilidade receberão, por justiça, uma sanção penal mais severa. Do mesmo modo, o grau de culpa e a intensidade do dolo importam na quantidade de pena que será atribuída ao acusado. Além disso, todas as condições pessoais do agente, a avaliação dos atos exteriores da conduta, do fim almejado e dos conflitos internos do réu, de acordo com a consciência valorativa e os conceitos éticos e morais da coletividade, são consideradas pelo juiz, ao fixar essa circunstância judicial.
Incontestavelmente, a culpabilidade é de extrema importância para a teoria geral do Direito Penal, não apenas porque funciona como característica do crime ou pressuposto da pena, segundo o entendimento que se achar cabível, mas, certamente por ser um elemento extremamente abstrato e, na maioria das vezes difícil de determinar.

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