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03 Poderes e Deveres Administrativos

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3. PODERES ADMINISTRATIVOS
	3.1 Deveres Administrativos
		3.1.1 Poder-dever de AGIR: no Direito Privado, o poder de agir é mera faculdade. Já no Direito Administrativo é uma IMPOSIÇÃO pois o interesse público deve ser alcançado. Duas principais consequências:
		a) Irrenunciabilidade dos poderes administrativos.
		b) A omissão do agente, quando a lei exige sua atuação, caracteriza abuso de poder.
		3.1.2 Dever de EFICIÊNCIA: confunde-se com o princípio da eficiência, trazido ao Texto Constitucional através da EC 19/98. Duas principais consequências:
		a) Exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa.
		b) Imposição que a atuação administrativa seja pautada por celeridade, perfeição técnica, economicidade, coordenação, controle, entre outros.
		3.1.3 Dever de PROBIDADE: agente público deve atuar com ética, honestidade e boa-fé, em sintonia com o princípio da moralidade. Este dever tem como principal consequência a Lei 8.429/92 (Improbidade Administrativa).
		3.1.4 Dever de PRESTAR CONTAS: decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público, alcança qualquer agente que, de alguma maneira, seja responsável pela gestão ou conservação de bens públicos.
(CESPE_MDIC_2014_Analista) O exercício dos poderes administrativos não é uma faculdade do agente público, mas uma obrigação de atuar; por isso, a omissão no exercício desses poderes poderá ensejar a responsabilização do agente público nas esferas cível, penal e administrativa. CERTO
(FCC_TREAC_2010_AJAJ) Acerca dos poderes e deveres do administrador público, é correto afirmar que
(A) o dever de prestar contas aplica-se apenas aos ocupantes de cargos eletivos e aos agentes da administração direta que tenham sob sua guarda bens ou valores públicos.
(B) o agente público, mesmo quando despido da função ou fora do exercício do cargo, pode usar da autoridade pública para sobrepor-se aos demais cidadãos.
(C) o poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo.
(D) o dever de eficiência exige que o administrador público, no desempenho de suas atividades, atue com ética, honestidade e boa-fé.
(E) o dever de probidade traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa
	3.2 Poderes Administrativos
	Todas as citações feitas abaixo foram extraídas do livro do Professor Hely Lopes Meirelles.
		3.2.1 Poder VINCULADO: o poder vinculado “ou regrado é aquele que o direito positivo confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Nesses atos a norma legal condiciona a sua expedição aos dados constantes de seu texto. Daí se dizer que tais atos são vinculados ou regrados, significando que, na sua prática, o agente público fica inteiramente preso ao enunciado da lei, em todas as suas especificações. Nessa categoria de atos administrativos, a liberdade de ação do administrador é mínima, pois terá que se ater à enumeração minuciosa do direito positivo para realizá-los eficazmente”.
		3.2.2 Poder DISCRICIONÁRIO: “poder discricionário é o que o direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo”. A discricionariedade, quando presente, aparece nos elementos motivo e objeto do ato administrativo, traduzindo o chamado mérito administrativo. Como limites desse poder temos os princípios jurídicos, sobretudo os da razoabilidade e da proporcionalidade.
		3.2.3 Poder HIERÁRQUICO: “Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Poder hierárquico e poder disciplinar não se confundem, mas andam juntos por serem os sustentáculos de toda organização administrativa como manifestação da hierarquia”. Neste ponto, importante salientar que encontramos níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
Ou seja, não há subordinação entre a Administração Direta e as entidades da Administração Indireta (Autarquias – ex: INSS, Fundações Públicas – ex: FIOCRUZ, Empresas Públicas – ex: BNDES e Sociedades de Economia Mista – ex: Petrobras). 
Do poder hierárquico decorrem, ainda, a possibilidade de avocação (art. 15, Lei 9.784/99) e delegação (art. 12, Lei 9.784/99) de competências. Vejamos os artigos:
Lei 9.784/99
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
		3.2.4 Poder DISCIPLINAR: cabe à Administração Pública apurar infrações e aplicar penalidades. Este poder se manifesta em duas esferas:
		a) punição interna de infrações funcionais cometidas por agentes públicos.
		b) punição de infrações administrativas cometidas por particulares ligados à Administração Pública por algum vínculo jurídico específico; por exemplo, vínculo funcional ou contratual. Exemplos: empresas contratadas pelo Estado para executar obras públicas ou prestar serviços públicos; estudantes de escola pública.
		Percebemos que, na hipótese “a”, o poder disciplinar decorre do poder hierárquico. O mesmo não ocorre na hipótese “b”.
		“Não se deve confundir o poder disciplinar da Administração com o poder punitivo do Estado, realizado através da Justiça Penal. 0 poder disciplinar é exercido como faculdade punitiva interna da Administração, e, por isso mesmo, só abrange as infrações relacionadas com o serviço; a punição criminal é aplicada com finalidade social, visando a repressão de crimes e contravenções definidas nas leis penais e por esse motivo é realizada fora da Administração ativa, pelo Poder Judiciário”.
		O poder disciplinar é DISCRICIONÁRIO – as leis administrativas, normalmente, estabelecem alguma margem de escolha na aplicação das sanções e no preenchimento dos tipos das infrações administrativas. Vejamos um exemplo extraído do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União:
Lei 8.112/90
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
		Perceba que, uma vez violado o art. 117, IX, o servidor será demitido. Entretanto, quais condutas do servidor configuram “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”? É um conceito aberto, que vai ser preenchido com DISCRICIONARIEDADE pelo superior hierárquico competente para aplicação da punição.
		Entretanto, cumpre ressaltar que, cometida a falta, é DEVER da Administração apurá-la, e não apenas uma faculdade!
		Contraditório e ampla defesa devem ser observados SEMPRE no processo administrativo punitivo! Importante lembrar que, nos termos da súmula vinculante n. 5/STF, a presença do advogado não é obrigatória no processo administrativo disciplinar. Vejamos:
Súmula Vinculante 05/STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
(FCC_TRT-02_2014_OJAF) Quando a Administração pública edita atos normativos que se prestam a orientar e disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder;(A) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura.
(B) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a estrutura da Administração.
(C) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração.
(D) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração.
(E) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar.
(FCC_TRT-09_2013_AJ Medicina) A propósito do poder disciplinar da Administração pública, é correto afirmar:
(A) Afasta a atuação discricionária da Administração, não havendo qualquer margem de apreciação possível a autoridade, que deve se ater aos expressos termos da lei.
(B) Aplica-se aos servidores em geral, não se estendendo a particulares, salvo se tiverem celebrado contrato administrativo com a Administração pública.
(C) É excludente em relação ao poder hierárquico, que se aplica apenas na orientação das atividades dos servidores.
(D) Abrange as sanções impostas a particulares, sujeitos a disciplina interna da Administração, como os estudantes de escola pública.
(E) É expressão da relação de coordenação e subordinação, abrangendo atuação de controle, por isso restrito à esfera funcional.
(FCC_TRT20_2011_AJEM) NÃO constitui característica do poder hierárquico:
(A) delegar atribuições que não lhe sejam privativas.
(B) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais.
(C) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos.
(D) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado.
(E) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos.
(CESPE_PM-CE_2014_Oficial) O poder disciplinar fundamenta tanto a aplicação de sanções às pessoas que tenham vínculo com a administração, caso dos servidores públicos, como às que, não estando sujeitas à disciplina interna da administração, cometam infrações que atentem contra o interesse coletivo. ERRADO
(CESPE_SUFRAMA_2014_Agente Administrativo) O poder hierárquico confere aos agentes superiores o poder para avocar e delegar competências. CERTO
(CESPE_PGE-BA_2014_Procurador) A aplicação das penas de perda da função pública e de ressarcimento integral do dano em virtude da prática de ato de improbidade administrativa situa-se no âmbito do poder disciplinar da administração pública. ERRADO
(CESPE_ANTAQ_2014_Analista) O ato de delegação de competência, revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, decorre do poder administrativo hierárquico. CERTO
(CESPE_TJES_2011_AJAA) O ato de aplicação de penalidade disciplinar deverá ser sempre motivado. CERTO
(CESPE_TJES_2011_AJAJ) O poder disciplinar consiste em distribuir e escalonar as funções, ordenar e rever as atuações e estabelecer as relações de subordinação entre os órgãos públicos, inclusive seus agentes. ERRADO
		3.2.5 Poder regulamentar: “é a faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) de explicitar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei”. 
		O poder regulamentar configura espécie do gênero poder normativo da Administração!
		Pelo trecho acima, percebemos dois tipos de manifestação do poder regulamentar: um ocorre quando o Chefe do Executivo, ao editar o decreto, busca elucidar o texto legal, de maneira a facilitar sua execução. É o chamado decreto REGULAMENTAR ou regulamento de execução. Segue um exemplo:
Lei 5.859/1972 - Dispõe sobre a profissão de empregado doméstico e dá outras providências.
Art. 2º Para admissão ao emprego deverá o empregado doméstico apresentar:
I - Carteira de Trabalho e Previdência Social;
		Veja que a Lei 5.859 trouxe a obrigatoriedade de apresentação da CTPS do empregado doméstico. Entretanto, uma vez apresentada a CTPS ao empregador, quais dados devem ser anotados?
		Para responder o questionamento acima, utilizaremos o Decreto 71.885/1973. Vejamos:
Art. 5º Na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado doméstico serão feitas, pelo respectivo empregador, as seguintes anotações:
I - data de admissão.
II - salário mensal ajustado.
III - inicio e término das férias.
IV - data da dispensa.
		Perceba que a Lei 5.859 traz a obrigatoriedade de apresentação da CTPS. Já o Decreto 71.885 veio para explicitar o conteúdo da lei em tela, ao especificar quais dados devem ser anotados. Este é o decreto regulamentar!
		Outro tipo se apresenta na edição de decreto não com fundamento na lei, mas sim diretamente na Constituição. É o chamado decreto AUTÔNOMO ou regulamento autônomo. Vejamos:
CRFB/88
Art. 84 Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
		Abaixo, exemplo de um decreto com fundamento direto no art. 84, VI, “b”:
DECRETO Nº 7.164, DE 29 DE ABRIL DE 2010.
	
	Dispõe sobre a extinção de cargos efetivos vagos nos quadros de pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “b”, da Constituição, 
DECRETA: 
Art. 1o Ficam extintos, no âmbito do Poder Executivo Federal, cargos efetivos vagos nos quantitativos relacionados no Anexo I, integrantes dos quadros de pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça.
		Perceba que, no caso acima, o Presidente da República, diretamente através de Decreto, extinguiu cargos públicos, os quais em regra são criados e extintos por lei!
		OBS: Regulamento autorizado! Nas palavras de Marcelo Alexandrino, seria uma “situação análoga a das denominadas normas penais em branco, nas quais o legislador traça o tipo penal, como, por exemplo, o tráfico de substâncias entorpecentes ilícitas, e deixa a competência de ato administrativo elaborar a lista taxativa das substâncias que se enquadrem no delineamento legal”. Entretanto, quando o Poder Executivo edita um regulamento autorizado não está autorizado a disciplinar temas relacionados à reserva constitucional de lei neste ato regulamentar. 
		A doutrina e a Jurisprudência admitem a utilização deste instituto quando a lei expressamente estabelece a fixação de normas técnicas indicando os limites de atuação do Poder Executivo (discricionariedade técnica). Um exemplo seria quando é necessário que se forneça modelo de receituário, de notas fiscais, quando há elaboração de lista com medicamentos sujeitos à retenção, dentre outros.
(FCC_Prefeitura de Cuiabá_2014_Procurador) Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar:
(A) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados.
(B) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária.
(C) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta.
(D) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
(E) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo.(FCC_TRT-15_2013_AJAA) Sobre os poderes disciplinar, hierárquico e regulamentar, suas características, alcance e elementos, é correto afirmar que o poder:
(A) regulamentar pressupõe competência de fiscalização, podendo ou não envolver vínculo de subordinação, assim como o poder disciplinar, que admite interferência em relações jurídicas de natureza distinta, tais como contratos e relação de custódia.
(B) regulamentar possui alcance geral, abstrato e autônomo, enquanto o poder disciplinar pressupõe alcance específico, decorrente de subordinação.
(C) disciplinar possui alcance geral e abstrato, atingindo aqueles não abrangidos pelo poder hierárquico.
(D) disciplinar destina-se àqueles sujeitos a disciplina interna da Administração pública, enquanto o poder hierárquico atinge todas as relações jurídicas mantidas com a Administração pública.
(E) hierárquico pressupõe vínculo de subordinação, com atribuições de revisão e fiscalização, enquanto o poder disciplinar também abrange relações travadas sem vínculo daquela natureza.
(FCC_AL-PB_2013_Procurador) O chamado poder regulamentar autônomo, trata-se de
(A) exercício de atividade normativa pelo Executivo, disciplinando matéria não regulada em lei, de controversa existência no direito nacional.
(B) poder conferido aos entes federados para legislar em matéria administrativa de seu próprio interesse.
(C) atividade normativa exercida pelas agências reguladoras, nos setores sob sua responsabilidade.
(D) prerrogativa conferida a todos os Poderes para disciplinar seus assuntos interna corporis.
(E) atividade normativa excepcional, conferida ao Conselho de Defesa Nacional, na vigência de estado de defesa ou estado de sítio.
(FCC_TRT04_2011_AJAJ) É correta a afirmação de que o exercício do poder regulamentar está consubstanciado na competência
(A) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados, objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis.
(B) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos expedidos sob a forma de homologação.
(C) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis ordinárias.
(D) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos destinados a dar fiel execução às leis.
(E) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos de normas federais.
(FCC_ALESP_2011_Agente Direito Público) O poder regulamentar atribuído pela Constituição Federal ao Chefe do Executivo o autoriza a editar normas
(A) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para matéria de organização administrativa, incluindo a criação de órgãos e de cargos públicos.
(B) autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administrativa e complementares à lei em relação às demais matérias.
(C) complementares à lei, para sua fiel execução, não sendo admitida a figura do regulamento autônomo, exceto no que diz respeito à matéria de organização administrativa, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgão público, bem como para extinção de cargos ou funções, quando vagos.
(D) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo a figura do regulamento autônomo, exceto para matérias relativas a organização administrativa e procedimento disciplinar de seus servidores.
(E) complementares à lei, para sua fiel execução, não se admitindo, em nenhuma hipótese, o poder normativo autônomo, ainda que em matéria afeta à organização administrativa.
(CESPE_SUFRAMA_2014_Agente Administrativo) Poder regulamentar é o poder que a administração possui de editar leis, medidas provisórias, decretos e demais atos normativos para disciplinar a atividade dos particulares. ERRADO
(CESPE_TJES_2011_AJAA) Um regulamento autorizado pode disciplinar matérias reservadas à lei. ERRADO	
		3.2.6 Poder de polícia: é o poder que mais cai em provas. Muito importante o seu estudo! 
		“Poder de polícia é a faculdade discricionária de que dispõe a Administração Pública em geral, para condicionar e restringir o uso e gozo de bens ou direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”.
		Veremos os principais pontos acerca do poder de polícia.
		a) Como saber qual ente deve exercer? Princípio da predominância do interesse. A União atua quando se tratar de interesse nacional (p. ex., regulação de mercado de valores mobiliários – CVM). Os Estados atuam quando se tratar de interesse regional (p. ex., normas de prevenção a incêndios). Já os Municípios atuam quando se tratar de interesse local (p. ex., controle do uso do solo urbano).
		b) Poder de polícia X serviço público. O primeiro restringe a esfera individual do administrado, enquanto o segundo amplia esta mesma esfera.
		c) Poder de polícia em sentido amplo X poder de polícia em sentido estrito. Essa distinção é trazida pela professora Di Pietro: “Em razão dessa bipartição do exercício do poder de polícia, Celso Antônio Bandeira de Mello dá dois conceitos de poder de polícia: 1. em sentido amplo, corresponde à “atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos”; abrange atos do Legislativo e do Executivo; 2. em sentido restrito, abrange “as intervenções, quer gerais e abstratas, como os regulamentos, quer concretas e específicas (tais como as autorizações, as licenças, as injunções) do Poder Executivo, destinadas a alcançar o mesmo fim de prevenir e obstar ao desenvolvimento de atividades particulares contrastantes com os interesses sociais”; compreende apenas atos do Poder Executivo”.
		d) Polícia administrativa X polícia judiciária. 
A primeira é 1) preventiva; 2) incide sobre atividades, bens ou direitos; 3) exercida por toda a Administração Pública. 
A segunda é 1) repressiva; 2) incide sobre pessoas; 3) privativa dos órgãos auxiliares da Justiça (Ministério Público e Polícia em geral).
Melhor critério de distinção: a primeira atua na área da infração administrativa, enquanto a segunda atua na área do ilícito penal!
		e) Poder de polícia originário X poder de polícia derivado. O primeiro é aquele exercido pela administração direta, ou seja, diretamente pelos entes políticos. O segundo é aquele exercido por entidades de direito público integrantes da administração indireta (STF, ADI 1.717/DF). Ou seja, EM REGRA, pessoa jurídica de direito privado não pode exercer poder de polícia! OBS: ler tópico “h”, logo abaixo!
		f) Poder de polícia preventivo X poder de polícia repressivo. O primeiro se consubstancia, por exemplo, através de medidas como fiscalização, vistoria, ordem, notificação, autorização e licença. 1) licença: ato administrativo vinculado, no qual a Administração reconhece um direito subjetivo ao particular. 2) autorização: ato administrativo discricionário, precário, no qual a Administração autoriza atividade privada no interesse do particular ou uso de bem público. 
O segundo se manifesta através das seguintes medidas: dissolução de reunião, interdição de atividade, apreensão de mercadorias deterioradas, internação de pessoa com doença contagiosa – finalidade de COAGIR o infrator ao cumprimento da lei
		g) Atributos do poder de polícia.
			g.1) Discricionariedade: razoável liberdade de atuação do agente público na valoração da oportunidade e conveniência da prática do ato, no estabelecimento do motivo e na escolha do conteúdo. 
			g.2) Autoexecutoriedade: “...possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial”. 
			Todas as medidas de polícia são autoexecutórias? Não! Ex: aplicação de multa – autoexecutória. Isto porque,por exemplo, para o guarda de trânsito aplicar uma multa a quem avança o sinal vermelho, não é necessária a autorização judicial. 
			Entretanto, a cobrança da multa NÃO É autoexecutória! Se o indivíduo que recebeu uma multa não pagá-la, o Poder Público deverá buscar a cobrança do valor através do Poder Judiciário – execução fiscal.
Este atributo pode ser desmembrado em dois: 
1) exigibilidade: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS de coação. 
2) executoriedade: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação. 
Di Pietro traz dois exemplos: “Pelo atributo da exigibilidade, a Administração se vale de meios indiretos de coação. Cite-se, como exemplo, a multa; ou a impossibilidade de licenciamento do veículo enquanto não pagas as multas de trânsito. Pelo atributo da autoexecutoriedade, a Administração compele materialmente o administrado, usando meios diretos de coação. Por exemplo, ela dissolve uma reunião, apreende mercadorias, interdita uma fábrica”. 
Em quais hipóteses o poder de polícia estará coberto pelo atributo da autoexecutoriedade? a) quando a lei expressamente autorizar; b) quando se tratar de medida urgente, sem a qual poderá ocasionar prejuízo maior para o interesse público.
			g.3) Coercibilidade: significa que os atos do poder de polícia podem ser impostos aos particulares, mesmo que, para isso, seja necessário o uso da força para cumpri-los. Di Pietro elucida que não existe uma distinção precisa entre coercibilidade e autoexecutoriedade: “A coercibilidade é indissociável da autoexecutoriedade. O ato de polícia só é autoexecutório porque dotado de força coercitiva. Aliás, a autoexecutoriedade, tal como a conceituamos não se distingue da coercibilidade, definida por Hely Lopes Meirelles (1989:117) como ‘a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração’.”. 
		h) Delegação do poder de polícia. De acordo com o STJ, devem ser consideradas as quatro atividades relativas ao poder de polícia: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. Neste sentido, legislação e sanção constituem atividades típicas da Administração Pública e, portanto, indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por outro lado, não realizam poder coercitivo e, por isso podem ser delegados. Veja trecho dos Embargos de Declaração no Resp 817.534/MG, Segunda Turma do STJ, DJe 16.06.2010:
“16. Tanto no voto condutor, como no voto-vista do Min. Herman Benjamin, ficou claro que as atividades de consentimento e fiscalização podem ser delegadas, pois compatíveis com a personalidade privadas das sociedades de economia mista. (...)
18. Mas, ao contrário, permanece o teor da fundamentação e, para sanar a contradição, é necessária a reforma do provimento final do recurso, para lhe dar parcial provimento, permitindo os atos de fiscalização (policiamento), mas não a imposição de sanções.”
		i) Exercício como fato gerador de taxa. Art. 77 CTN
CTN
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
		j) Prazo para punição em âmbito federal – 5 ANOS! Lei 9.873/99:
Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
§ 1o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.
§ 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.
		k) Exemplos de poder de polícia recorrentes em provas: 
- concessão de licença para construir em imóveis.
- fiscalização sanitária em estabelecimentos
- interdição de restaurante em face de risco à saúde pública
- controle do trânsito de veículos automotores e concessão de alvarás de funcionamento.
- apreensão de mesas de cadeiras de estabelecimento comercial que usava indevidamente a calçada.
(FCC_TJ-CE_2014_Juiz) NÃO é medida de polícia administrativa, no sentido estrito da expressão, a
(A) imposição de contrapropaganda pelo órgão de defesa do consumidor, ao fornecedor que incorrer na prática de propaganda enganosa ou abusiva.
(B) imposição de imunização obrigatória às populações sujeitas a determinada moléstia epidêmica.
(C) aplicação de sanção a condenado em pena privativa de liberdade, por promover motim no estabelecimento penitenciário.
(D) medida restritiva imposta pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a atos de concentração econômica.
(E) liquidação extrajudicial de instituição financeira, determinada pelo Banco Central.
(FCC_TRT-18_2014_Juiz do Trabalho) É tradicional a distinção entre polícia judiciária e polícia administrativa. Dentre os critérios que permitem distinguir as duas modalidades de exercício do poder estatal por agentes públicos, é correto afirmar que a polícia judiciária
(A) age somente repressivamente e a polícia administrativa age somente preventivamente.
(B) age sempre de maneira vinculada e a polícia administrativa atua sempre de maneira discricionária.
(C) é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãos administrativos.
(D) é exercida com autoexecutoriedade e a polícia administrativa é exercida com coercibilidade.
(E) atua exclusivamente com base no princípio da tipicidade e a polícia administrativa atua exclusivamente com base no princípio da atipicidade.
(FCC_TRT-02_2014_AJAJ) O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições
(A) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho.
(B) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas
(C) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação.
(D) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade.
(E) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios.
(FCC_TRT-01_2013_Juiz do Trabalho) O exercício do poder de polícia administrativo, no âmbito da Administração Pública Federal,
(A) no que tange à aplicação de punições, está sujeito a prazo prescricional de 5 anos, exceto se a conduta a ser sancionada constituir crime, aplicando-se nesse caso a prescrição da legislação penal.
(B) independe de previsão legal, haja vista a existência do poder regulamentar autônomo da Administração nesta matéria.
(C) pode ser delegado a entidade privada sem fins lucrativos instituída por particulares, desde que seja celebrado instrumento convenial, após prévia autorização legislativa.
(D) é atributo exclusivo de órgãos do Poder Executivo.
(E) é sempre dotado dos atributos de imperatividade, discricionariedade e autoexecutoriedade.
(FCC_TRT-01_2013_Juiz do Trabalho) Caracteriza-se o poder de polícia administrativa, de forma não exaustiva, pela prática de atos.
(A) concretos e específicos, que envolvem fiscalização erepressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente.
(B) impositivos de obrigações de não fazer, jamais impondo obrigações positivas.
(C) preventivos, no sentido de conformar a conduta dos administrados à lei, ficando os atos repressivos na esfera da polícia judiciária.
(D) normativos gerais inovados, cuja finalidade é sempre estabelecer as condutas esperadas dos administrados e aquelas passíveis de reprimenda.
(E) repressivos, mediante provocação de administrados diante de danos verificados, não havendo espaço para a prática de atos de fiscalização preventiva. 
(FCC_TRT-06_2013_Juiz do Trabalho) Considere (i) imposição de restrição ao exercício de atividade que enseje risco à saúde pública;(ii) aplicação de pena de suspensão do direito de contratar com a Administração a particular que descumpriu obrigações decorrentes de contrato administrativo; (iii) edição de regimento disciplinando o funcionamento de órgão público colegiado.Referidos atos caracterizam,respectivamente,representação do exercício,pela Administração,de poder.
(A) de polícia; hierárquico e disciplinar
(B) normativo; hierárquico e disciplinar.
(C) regulamentar; de polícia e hierárquico.
(D) de polícia, disciplinar e normativo.
(E) disciplinar; hierárquico e regulamentar.
(FCC_TRT20_2011_AJEM) A Administração Pública, no exercício de seu poder de polícia, aplicou multa a munícipe por infração ao ordenamento jurídico. Não ocorrendo o pagamento espontaneamente pelo administrado, a Administração decide praticar imediatamente e, de forma direta, atos de execução, objetivando o recebimento do valor. A conduta da Administração Pública
(A) está correta, tendo em vista o atributo da coercibilidade presente nos atos de polícia administrativa.
(B) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade.
(C) está correta, tendo em vista o atributo da imperatividade existente nos atos de polícia administrativa.
(D) não está correta, tendo em vista que os atos de polícia administrativa são vinculados e, portanto, inexiste discricionariedade na atuação da Administração Pública.
(E) está correta, tendo em vista a prerrogativa da Administração de praticar os atos de polícia administrativa e colocá-los em imediata execução, sem dependência à manifestação judicial.
(CESPE_TJ-CE_2014_TJAJ) A respeito dos poderes da administração, assinale a opção correta.
(A) A delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa jurídica configura exemplo de desconcentração administrativa.
(B) Ao tomar conhecimento da ocorrência de infração disciplinar, a administração deve, em um primeiro momento, avaliar a conveniência e oportunidade da instauração de processo administrativo.
(C) O poder regulamentar é prerrogativa conferida à administração pública para expedir normas de caráter geral, em razão de eventuais lacunas, com a finalidade de complementar ou modificar a lei.
(D) Em respeito ao princípio da separação dos poderes, o Congresso Nacional não pode sustar ato normativo do Poder Executivo.
(E) Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos de caráter geral e abstrato.
(CESPE_TJ-CE_2014_TJAJ) Considere que a prefeitura de determinado município tenha concedido licença para reforma de estabelecimento comercial. Nessa situação hipotética, assinale a opção em que se explicita o poder da administração correspondente ao ato administrativo praticado, além das classificações que podem caracterizá-lo.
(A) poder de polícia, ato unilateral e vinculado
(B) poder hierárquico, ato unilateral e vinculado
(C) poder disciplinar, ato bilateral e discricionário
(D) poder de polícia, ato bilateral e discricionário
(E) poder disciplinar, ato unilateral e discricionário
(CESPE_TJ-DF_2014_Titular de Serviço de Notas e Registro) A respeito dos poderes administrativos, assinale a opção correta.
(A) Desde que haja previsão legal, é possível o exercício do poder de polícia, em especial a realização de atos coercitivos, por pessoa jurídica da iniciativa privada não integrante da administração pública.
(B) O poder disciplinar e o hierárquico fundamentam a aplicação de sanção administrativa a particular que, contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais.
(C) Insere-se no âmbito do poder regulamentar a competência privativa, não passível de delegação, do presidente da República para expedir decretos para a fiel execução das leis.
(D) A interdição de estabelecimentos comerciais, a apreensão de mercadorias e a detenção de pessoas são exemplos de atos praticados pela administração pública no âmbito do poder de polícia.
(E) Dada a relação de hierarquia existente entre a União e autarquia federal, é possível a delegação a esta de parte da competência daquela, quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
(CESPE_MTE_2014_Contador) Considere que, durante fiscalização realizada por auditor fiscal do trabalho, tenha sido constatada a inexistência de prévia aprovação das instalações de determinada empresa pelo órgão competente. Diante disso, o auditor lavrou auto de infração e aplicou multa à empresa. Nessa situação, resta caracterizado o poder de polícia da administração pública, o qual pode, também, ter o seu exercício delegado a pessoas jurídicas de direito privado. ERRADO
(CESPE_SUFRAMA_2014_Agente Administrativo) Em decorrência do poder de polícia, a administração pode condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da coletividade. CERTO
(CESPE_DPF_2014_Agente Administrativo) O poder para a instauração de processo administrativo disciplinar e aplicação da respectiva penalidade decorre do poder de polícia da administração. ERRADO
(CESPE_PGE-BA_2014_Procurador) Constitui exemplo de poder de polícia a interdição de restaurante pela autoridade administrativa de vigilância sanitária. CERTO
(CESPE_TJES_2011_AJAA) A fiscalização realizada em locais proibidos para menores retrata o exercício de polícia administrativa. CERTO
(CESPE_TREES_2011_AJAJ) Ainda que não lhe seja permitido delegar o poder de polícia a particulares, em determinadas situações, faculta-se ao Estado a possibilidade de, mediante contrato celebrado, atribuir a pessoas da iniciativa privada o exercício do poder de polícia fiscalizatório para constatação de infrações administrativas estipuladas pelo próprio Estado. CERTO
(CESPE_2011_PCES_Escrivão) Todas as medidas de polícia administrativa são autoexecutórias, o que permite à administração pública promover, por si mesma, as suas decisões, sem necessidade de recorrer previamente ao Poder Judiciário. ERRADO
(CESPE_TJES_2011_AJAJ) Além dos atos que provêm de autoridade pública, caracterizam-se, também, como atividades de polícia administrativa as providências tomadas por particulares para prevenir prejuízos ou ameaças a seus direitos ou patrimônios. ERRADO
(VUNESP_PC-SP_2014_Delegado) Ao exercício do poder de polícia são inerentes certas atividades que podem ser sumariamente divididas em quatro grupos: I – legislação; II – consentimento; III – fiscalização; e IV – sanção. Nessa ordem de ideias, é correto afirmar que o particular
(A) pode exercer apenas as atividades de consentimento e de sanção, por não serem típicas de Estado.
(B) somente pode exercer, por delegação, a atividade de fiscalização, por não ser típica de Estado.
(C) pode exercer, por delegação, as atividades de consentimento e fiscalização, por não serem típicas de Estado.
(D) pode exercer, por delegação, quaisquer das atividades inerentes ao poder de polícia, pois não se traduzem em funções típicas de Estado.
(E) pode exercer, por delegação, o direito de impor, por exemplo, uma multa por infração de trânsito e cobrá-la, inclusive, judicialmente.
(FGV_DPE-RJ_2014_Técnico Superior Jurídico) Rodrigo é proprietário de um mercado debairro de pequeno porte. O comércio recebeu fiscalização de agentes da vigilância sanitária, que encontraram produtos com prazos de validade vencidos. Foi lavrado auto de infração, aplicada multa e Rodrigo foi encaminhado para a delegacia. Toda a mercadoria vencida (alimentos nocivos ao consumo público) foi apreendida e destruída (preservado um exemplar de cada, que foi encaminhado à perícia). Rodrigo não se conforma com a apreensão e a inutilização dos produtos. Ao buscar orientação jurídica, foi-lhe esclarecido que o ato administrativo de destruição dos alimentos nocivos ao consumo público foi :
(A) correto, em razão do regular uso do poder de polícia, cuja prerrogativa ou característica da autoexecutoriedade permitiu a imediata execução do ato, sem necessidade de prévia manifestação judicial.
(B) correto, em razão do regular uso do poder de polícia, cuja prerrogativa ou característica da discricionariedade permitiu a imediata execução do ato, sem necessidade de prévia manifestação judicial.
(C) errado, porque houve abuso no uso do poder de polícia, uma vez que a destruição de alimentos nocivos ao consumo público deveria ser precedida de autorização judicial pelo princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.
(D) errado, porque houve abuso no uso do poder de polícia, uma vez que a destruição de alimentos nocivos ao consumo público deveria ser precedida de regular processo administrativo, observados o contraditório e ampla defesa.
(E) errado, porque, embora a fiscalização fosse legítima pelo uso do poder de polícia, a apreensão de mercadorias deveria ter sido precedida de autorização judicial.
	3.3 Abuso de Poder
	Ocorre quando os poderes administrativos são utilizados ilegitimamente pelos agentes públicos. Importante ressaltar que pode assumir tanto a forma comissiva (por ação) ou omissiva (por omissão). São duas categorias de abuso de poder:
	A) Excesso de poder: aqui o agente atua fora dos limites da sua competência. Por exemplo, quando a autoridade, competente para aplicar a pena de suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição. Outro exemplo seria quando a autoridade policial se excede no uso da força para praticar ato de sua competência
	B) Desvio de poder ou desvio de finalidade: aqui o agente, apesar de atuar dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear a atuação administrativa. Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo trazem o exemplo clássico dado pela Doutrina: “...remoção de ofício de um servidor, a fim de puni-lo por indisciplina; será desvio de finalidade, ainda que a localidade para a qual ele foi removido necessite realmente de pessoal; isso porque o ato de remoção, nos termos da lei, não pode ter o fim de punir um servidor, mas, unicamente, o de adequar o número de agentes de determinado cargo às necessidades de pessoal das diferentes unidades administrativas em que esses agentes sejam lotados”.
(CESPE_TJ-DF_2014_Titular de Serviços de Notas e de Registro) Com relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta.
(A) A polícia administrativa realiza atividades fiscalizatórias e repressivas e suas ações incidem sobre bens, serviços e pessoas.
(B) Ao buscar uma finalidade, ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato que utilizou, o agente público competente incorre em excesso de poder.
(C) Os atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia não são suscetíveis de controle judicial, uma vez que se caracterizam por coercibilidade e autoexecutoriedade.
(D) A atividade da administração pública que, mediante atos normativos ou concretos, limita ou condiciona a liberdade e a propriedade dos indivíduos, de acordo com o interesse coletivo, refere-se ao exercício do poder regulamentar.
(E) A avocação e a delegação de competência são atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico da administração pública.
(CESPE_TJ-CE_2014_TJAJ) Assinale a opção correta no que se refere aos poderes e deveres dos administradores públicos.
(A) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite.
(B) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce atividades que a lei não lhe conferiu.
(C) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, a prática do ato imposto pela lei.
(D) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e ainda aplicar sanções.
(E) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de interesse público.
(CESPE_SUFRAMA_2014_Agente Administrativo) A remoção de ofício de um servidor, como forma de puni-lo por faltas funcionais, configura abuso de poder. CERTO
(CESPE_PGE-BA_2014_Procurador) Suponha que, em razão de antiga inimizade política, o prefeito do município X desaproprie área que pertencia a Cleide, alegando interesse social na construção de uma escola de primeiro grau. Nessa situação hipotética, a conduta do prefeito caracteriza desvio de poder. CERTO
(CESPE_MDIC_2014_Analista) Suponha que, após uma breve discussão por questões partidárias, determinado servidor, que sofria constantes perseguições de sua chefia por motivos ideológicos, tenha sido removido, por seu superior hierárquico, que desejava puni-lo, para uma localidade inóspita. Nessa situação, houve abuso de poder, na modalidade excesso de poder. ERRADO
(CESPE_STM_2011_AJAA) Caso autoridade administrativa deixe de executar determinada prestação de serviço a que por lei está obrigada e, consequentemente, lese o patrimônio jurídico individual, a inércia de seu comportamento constitui forma omissiva do abuso de poder. CERTO
(FCC_Prefeitura de Recife_2014_Procurador) Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens:
I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário.
II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública.
III. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública.
Está correto o que consta em
(A) I, II e III.
(B) I, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas.
(FCC_TCE-SP_2013_Auditor) A respeito dos poderes da Administração pública e princípios a ela aplicáveis, é correto afirmar:
(A) O poder hierárquico contempla a sujeição de entidades integrantes da Administração indireta ao ente instituidor, também denominado tutelar.
(B) A autotutela corresponde ao poder da Administração de avocar competências atribuídas a ente descentralizado, quando verificado desvio de suas finalidades institucionais.
(C) A tutela corresponde ao controle exercido pela Administração sobre entidade integrante da Administração indireta, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
(D) O poder regulamentar ou normativo enseja a prerrogativa da Administração de impor aos particulares, administrativamente, restrições ao exercício de direitos e atividades.
(E) O poder disciplinar autoriza a Administração a aplicar a servidores e particulares, com ou sem vínculo com a Administração, penalidades e sanções previstas em lei.

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