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O bullying é uma das maiores “doenças” sociais que estamos enfrentando na atualidade, e por estar diretamente ligado ao convívio em sociedade, pode ser praticado por todas as pessoas que dela fazem parte.
As brincadeiras que até poucos anos atrás eram consideradas inofensivas e naturais de crianças, se mostraram causadoras de danos psicológicos e sociais que acarretam, inclusive, em homicídios e suicídios em massa.
Ele pode ser praticado em qualquer faixa etária, mas se percebe a partir dos 3 e 4 anos o comportamento manipulador e abusivo, entretanto, ele é mais comum a partido do 6º e 9º ano do ensino médio, e pode ser visto, também, na faculdade.
As vítimas geralmente são pessoas tímidas, passivas, submissas, ansiosas, temerosas, retraídas, com dificuldade de socialização, podem possuir um físico diferente bem como credo ou etnia diversa, diferenças de opção sexual, raça, religião, desenvolvimento acadêmico, sotaque, maneira de ser e de vestir, possui dificuldade de reação, são inseguras, não pedem ajuda, não é facilmente aceita nos grupos sociais.
Os agressores são pessoas com facilidade de liderança, geralmente são bonitas, não sabem respeitar as diferenças, não sofrem coerções por suas condutas maldosas, são prepotentes e arrogantes. É mau caráter, impulsivo, irrita-se facilmente e tem baixa resistência às frustrações. Custa a adaptar-se às normas; não aceita ser contrariado, não tolera os atrasos e pode tentar beneficiar-se de artimanhas na hora das avaliações. È considerado malvado, duro e mostra pouca simpatia para com as vítimas. Adota condutas antissociais, incluindo o roubo, o vandalismo, o uso de álcool, além de se sentir atraído pelas más companhias. Existe dentro da figura do bullying o fenômeno da vítima/agressora, que é a pessoa que sofre o bullying por tanto tempo que como forma de se defender, passa a ser autora da conduta para ganhar credibilidade e confiança. Muitas vezes os agressores são pessoas inseridas em família violentas ou que não lhes dão atenção permitindo que façam de tudo para compensar a ausência e indiferença dos pais.
A pessoa que cresce realizando práticas violentas e não sofre reprimenda possui grandes chances de se tornar um delinquente no dia de amanhã.
O último sujeito do bullying são as testemunhas que não denunciam as agressões com medo de passarem a ser a próxima vítima do agressor. Eles podem ser a favor dando risadas e incentivando a conduta ou são contra, mas sem praticá-la de forma direta e sem intervir no processo das agressões.
O bullying traz consequências devastadoras para suas vítimas e é importante ressaltar que os sinais da agressão são visíveis, pois a vítima geralmente fica deprimida, com medo de sair de casa, ansiosa, nervosa, magoada, com desejo de vingança, pensamento suicida, baixa autoestima, entre outros.
Nas crianças é comum pedir para mudar de escola, ficar ansiosa perto do horário de sair de casa, pedir para faltar às aulas, apresenta baixo rendimento escolar, chega em casa com machucados sem explicação, “perde” as coisas, tem pesadelos.
É dever das autoridades públicas criar programas que venham a divulgar acerca do bullying para conscientizar as pessoas e dar formas de ser evitado e ter a participação de toda a sociedade e da família na luta contra essa violência. 
Assim podemos afirmar que inúmeros profissionais estão envolvidos nessa rede de proteção, ao menos como agentes, diretos ou indiretos, da função estatal no implemento da proteção integral dos infantes. Podem-se citar os seguintes profissionais: educadores, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos, promotores de Justiça, juízes de Direito, agentes da Segurança Pública, entre outros tantos de relevância ímpar para a garantia da efetividade dessa proteção.  
Além dos deveres legais, a escola deve prevenir a ocorrência do bullying através de aulas e palestras que ensinem a respeitar o ser humano por suas diferenças, bem como é papel do professor reconhecer os casos de agressões e reprimi-las, além de contar aos pais. 
Quando o aluno se encontra em regime de externato, a responsabilidade é restrita ao período em que o educando está sob a vigilância do educador, compreendendo que ocorre no interior do colégio, ou durante a estada no estabelecimento, inclusive no recreio, ou em veículo de transporte fornecido pelo educandário. O que mais ocorra fora do alcance ou da vigilância do estabelecimento estará sujeito ao princípio geral da incidência de culpa. Entretanto, apesar de o CDC em seu artigo 14 ter previsto a responsabilidade civil objetiva nas relações do consumo, entendemos que as universidades só são responsáveis pelos atos que estão dentro de seu limite de atuação, isso é, seus funcionários, segurança e instalações físicas. Ela não será responsável pelas agressões verbais realizadas entre alunos, assim, em regra, não se poderá responsabilizar a instituição nos casos de bullying, salvo se provar que podendo agir ela se omitiu. Isto ocorre por seus alunos não estarem sob seu poder de vigilância. O bullying nas escolas fundamentais e básicas só acabará quando houver integração família, aluno e escola.
Como toda forma de violência o bullying não é tolerado em nosso ordenamento jurídico. Apesar de não termos leis específicas que prevejam sua prática como crime isso não é necessário. Suas condutas são penalmente reprováveis dentro dos vários tipos legais previstos em nosso ordenamento como: constrangimento ilegal, furto, lesão corporal, difamação, calúnia, injúria e etc. Na esfera civil o bullying gera o dever de indenizar pelos danos morais e materiais que a vítima venha a ter sofrido.
Embora a lei brasileira silencie a respeito da responsabilidade do educador, quando se trata de educando maior de idade, nenhuma responsabilidade cabe ao educador ou professor, pois é natural pensar que somente ao menor é que se dirige essa responsabilidade, porquanto o maior não pode estar sujeito a essa mesma vigilância que faz necessário a uma pessoa menor, sob o fundamento de que as relações que existem entre eles resultem de uma vontade livre de sua parte e que o aluno maior não precisa ser vigiado como acontece com o menor: é senhor de seus atos e de seus direitos, e tem plena responsabilidade pelo que faz.
Em se tratando de cyberbullying, ocorre através da internet e de mensagens de celular.
Esta é a forma mais difícil de constatar o agressor, pois ele pode se valer do anonimato. Cabe às autoridades públicas retirar a agressão do ar, e tentar através de mecanismos tecnológicos coibir tais condutas.
Hoje é muito comum a prática do cyberbullying através do facebook, youtube, blogs, twitter, msn. Mensagens instantâneas são disparadas, via internet ou celular, onde o autor, se faz passar por outro, adotando apelidos semelhantes, para dizer coisas desagradáveis ou para disseminar intrigas e fofocas. Blogs são criados para azucrinar e é utilizado para excluir e expor os colegas de forma vexatória. Fotografias são tiradas, com ou sem o consentimento das vítimas, sendo alteradas, através de montagens constrangedoras, incluindo ofensas, piadinhas, comentários racistas. Muitas vezes, essas imagens são divulgadas em sites e até nas redes de serviços, ou divulgadas através de materiais impressos espalhados nos corredores e banheiros ou circulam entre os alunos sem o conhecimento das vítimas.
O grande problema de combater esse tipo de conduta é a demora na descoberta de seu autor, a principal maneira de se chegar ao agente é pela busca do IP, mas nem sempre detecta o local de onde as agressões vieram basta para determinar a pessoa que as postou.
A melhor maneira de colher a prova da conduta para ser levada ao poder judiciário para que seja retirada do ar a conduta vexatória é através da cópia da tela que se faz da tecla “print screen”. A impressão do material é fundamental para realizar a proteção da vítima, pois o agressor ao ter conhecimento de que a polícia foi acionada pode vir a retirar o material do ar.

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