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Exercícios de Contextualização Unidades I e II Compare a letra do samba intitulado “Chico Brito” , composto por Wilson Batista e Afonso Teixeira, em 1949, popularizado na voz de Paulinho da Viola, com a letra da música “Para não dizer que não falei das flores” , de Geraldo Vandré, que tem um sentido contrário. Chico Brito Lá vem o Chico Brito, Descendo o morro nas mãos do Peçanha, É mais um processo! É mais uma façanha! Chico Brito fez do baralho seu melhor esporte, É valente no morro, Dizem que fuma uma erva do norte. Quando menino teve na escola, Era aplicado, tinha religião, Quando jogava bola era escolhido para capitão, Mas, a vida tem os seus revezes, Diz sempre Chico defendendo teses, Se o homem nasceu bom, e bom não se conservou, A culpa é da sociedade que o transformou. Para não dizer que não falei das flores Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer Há soldados armados Amados ou não [...] Considerando as propostas das músicas e a leitura dos textos sugeridos em aula, faça uma breve análise sobre a concepção de homem, de mundo e de relações sociais. Qual o conceito de homem apresentado a partir do problema do Chico? E na letra que sugere que somos nós que fazemos a hora, aparece a mesma concepção de homem da letra anterior? Quais as principais características dos personagens das músicas e como elas se formaram? Quais são os condicionantes (sociais e não sociais) dessa formação? Responda argumentativamente, justificando suas respostas (Mín. 15 linhas). O conceito de homem apresentando a partir do problema de Chico se refere ao homem, que diante das necessidades de sobrevivência impostas a ele pela sociedade, se fez obrigado a se render ao trabalho e deixar de lado toda sua formação em cidadão, deixando de lado o estudo e a cultura que lhe fariam crescer. No caso da segunda letra a concepção do homem se faz totalmente antagonista, nela se diz que independente da situação em que você se encontra ou onde você viva, a busca por uma vida melhor parte de si próprio e que não devemos deixar as necessidades sociais nos levarem, a busca por um futuro parte de dentro. O personagem da primeira letra é aquele homem que não vê outra saída, outra forma de viver, se não se render ao trabalho que lhe dará condições de sobrevivência e dessa forma passa a sua vida sem expectativas ou esperanças para algo melhor, já na segunda letra o personagem é que aquele que não se acomoda às situações à ele impostas, corre atrás, faz acontecer e busca alguma forma de crescer e ter alguma perspectiva de vida, luta por uma ambição. A cultura social leva a cada pessoa determinar sua forma de agir.
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