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UNIVERSIDADE FEEVALE – FACULDADE DE DIREITO DISCIPLINA DE DIREITO PROCESSUAL PENAL I – 2015/I – Prova 1 – Valor: 10,0. Profa. Betina Krause Nomes dos alunos: ______________________________________________________ A prova será respondida em duplas, sem consulta ao CPP. Boa sorte! PROVA COMO REVISÃO EM AULA MARQUEM UMA ALTERNATIVA APENAS, DE ACORDO COM O ENUNCIADO: (1,0 cada) Legendas: MP (Ministério Público); IP (Inquérito Policial) Sobre a ação penal, é CORRETO: A ação penal privada é de iniciativa do ofendido, ou seja, do querelado. As ações penais públicas condicionadas à representação são a regra no Código Penal, consistindo na autorização da vítima ao MP, para o oferecimento da denúncia. As ações penais públicas incondicionadas independem de manifestação de vontade de quem quer que seja, inclusive da vítima e sua previsão é expressa no Código Penal. Nas ações penais públicas o MP é titular da ação penal, podendo oferecer denúncia, desde que o crime não tenha prescrito: não cabe decadência, como nas ações penais privadas. No que tange ao inquérito policial, é INCORRETO: Parte da doutrina sustenta que o inquérito policial não tem valor probatório. O inquérito policial é uma peça inquisitorial, um procedimento pré-processual, que serve de base para a acusação; logo, o MP está adstrito ao relatório do Delegado de Polícia acerca do enquadramento típico da conduta, quando da conclusão do IP. O inquérito policial é de atribuição da Polícia Judiciária. O MP pode remeter os autos do IP à Polícia requerendo novas diligências, antes do oferecimento da denúncia. Relativamente aos sujeitos processuais, é CORRETO: O assistente da acusação não é parte necessária do processo, mas contingente, visando a condenação para agir contra o réu na esfera cível. Contra pedido de indeferimento de habilitação de assistente da acusação, no processo penal, não cabe qualquer medida jurídica. O Promotor de Justiça, nas ações penais públicas condicionadas à representação, é custos legis (fiscal da lei). O juiz é um terceiro desinteressado ao conflito, imparcial e neutro. Acerca dos princípios processuais penais, é CORRETO: O princípio da verdade real, segundo entendimento pacífico da doutrina, é verificável no processo, uma vez que o juiz pode buscar provas de ofício e, assim, perseguir a verdade dos fatos. O princípio do in dubio pro reo aponta que ninguém deve ser julgado, sem ser ouvido. O princípio da verdade formal é o da verossimilhança, aplicável no processo civil, sendo que uma parte da doutrina processual penal, advoga que esse é o princípio que se verifica no processo penal. O princípio do juiz natural sustenta que não importa que o juiz que recebe a denúncia não seja o mesmo que profere a sentença: o importante é que o réu seja julgado por um juiz competente. No que concerne às condições da ação, é CORRETO: Se uma das condições da ação não for preenchida (atendida), o juiz ordenará a emenda da inicial acusatória. Se uma das condições da ação não for atendida, o juiz não receberá a denúncia ou queixa (a rejeitará). Contra decisão que não recebe denúncia ou queixa, não cabe recurso, mas habeas corpus. São condições da ação: a legitimidade para o processo, a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a falta de justa causa, para o oferecimento da inicial acusatória. O juiz, no processo penal, EXCETO (marquem a incorreta): Deveria ser um expectador, não um ator no processo. É imparcial, por não se deixar contaminar por suas próprias paixões e as da sociedade: o que julga desapaixonadamente. Se o réu, no processo penal, após a citação não apresentar resposta à acusação, o juiz deverá decretar sua revelia. Pode suscitar sua suspeição, por motivo de foro íntimo. A queixa-crime e a denúncia (marquem a correta): A queixa-crime é uma inicial acusatória, devendo ser elaborada com os mesmos requisitos da denúncia, sem a necessidade de procuração pela defesa. O réu se defende dos fatos (narrados na denúncia) e não da capitulação. O Promotor de Justiça após o oferecimento da denúncia pode desistir da ação penal. Se na denúncia, o Promotor de Justiça capitular mal, deverá proceder à mutatio libelli. 2) MARQUEM VERDADEIRO OU FALSO: (0,3 cada) ( ) Se, na denúncia, a narrativa fática estiver em desacordo com a instrução, o Promotor de Justiça deverá proceder a emendatio libelli. ( ) O inquérito policial é indispensável nas ações penais privadas. ( ) O MP, nas ações penais subsidiárias das públicas, é dominus litis (titular da ação). ( ) A defesa deve ser exercida por profissional habilitado, sem exceção, não havendo possibilidade de autodefesa no processo. ( ) Se o MP não oferecer denúncia no prazo legal, ocorrerá a decadência. ( ) O direito de representação, pelo ofendido, não decai. ( ) As ações penais privadas são oferecidas mediante denúncia. ( ) As partes, na ação penal privada, são denominadas de autor e réu. ( ) O sistema acusatório é baseado na oralidade, na publicidade dos atos processuais. ( ) Há contraditório e ampla defesa no inquérito policial.
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