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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 6

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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 05 
Prof. Gabriel Pereira 
I – Introdução 
Olá, pessoal! 
Essa é a Aula 05 do nosso curso de Direito Previdenciário 
(Conhecimentos Específicos) para o cargo de Técnico do INSS. Nesta Aula 5, 
continuamos a estudar o Plano de Benefícios da Previdência Social, mas agora 
analisando os benefícios previdenciários em espécie, iniciando pelas quatro 
aposentadorias e a pensão por morte. 
Recentemente houve uma alteração na legislação previdenciária que não 
constou das aulas anteriores. Em decorrência do aumento do salário-mínimo, 
foi publicada recentemente a Portaria Interministerial MPS/MF n° 2, de 6 de 
janeiro de 2012. Tal Portaria reajustou o valor dos benefícios pagos pelo INSS 
em 6,08%, a partir de 1º de janeiro de 2012. Além disso, fixou novos limites 
mínimo e máximo para o salário de benefício e o salário de contribuição, que, a 
partir de 1º de janeiro de 2012, não poderão ser inferiores a R$ 622,00 nem 
superiores a R$ 3.916,20 – novo teto previdenciário. Há também alterações 
relacionadas aos benefícios de salário-família e auxílio-reclusão, mas essas 
serão tratadas na próxima aula. Faço menção a essa atualização apenas a 
título informativo, pois tal norma foi publicada após o edital e não pode ser 
cobrada em prova. Assim, acho pouco razoável que a FCC cobre algum desses 
valores na prova, em razão de sua frequente atualização. 
 
Bons estudos! 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2
AULA 05
Conteúdo: 20 Plano de Benefícios da Previdência Social: benefícios em 
espécie (aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, por invalidez e 
especial; pensão por morte). 
Da Aposentadoria por Invalidez 
A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, 
quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de 
auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de 
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição (art. 42, Lei n° 8.213/91). A 
aposentadoria por invalidez está prevista na Lei n° 8.213/91, nos arts. 42 a 
47, e no Decreto n° 3.048/99, arts. 43 a 50. 
A aposentadoria por invalidez exige carência de 12 contribuições 
mensais, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de 
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de doenças graves, 
situações em que a carência é dispensada. A concessão de aposentadoria por 
invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante 
exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às 
suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança (§ 1° do art. 
42). 
O enunciado do caput do art. 42 da Lei também dispõe que a 
aposentadoria por invalidez independe de o segurado estar ou não em gozo de 
auxílio-doença. Nos casos em que um segurado sofre de doença ou lesão que 
possa causar sua aposentadoria por invalidez, é comum que ele receba o 
auxílio-doença enquanto a incapacidade permanente não é decretada pela 
perícia médica. Ainda assim, a redação do dispositivo evidencia que a 
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aposentadoria por invalidez independe de recebimento prévio de auxílio-
doença. Se a perícia médica constatar de imediato que a incapacidade é 
permanente, a aposentadoria por invalidez será devida. 
A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao 
Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria 
por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão 
ou agravamento dessa doença ou lesão. A ideia do dispositivo é evitar que 
pessoas já inválidas se filiem ao RGPS para terem direito ao benefício na 
sequência, o que seria uma fraude. No entanto, se a incapacidade decorrer de 
progressão ou agravamento de doença ou lesão preexistentes, o benefício será 
devido (§2° do art. 42, Lei n° 8.213). Caberá à perícia médica identificar se a 
invalidez é decorrente de doença ou lesão preexistentes. 
A definição do art. 42 revela que, a princípio, a incapacidade que deu 
causa à aposentadoria por invalidez tem caráter permanente, pois é 
“insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência”. No entanto, nada impede que o segurado aposentado por 
invalidez recupere sua atividade laboral. Embora no momento da perícia 
médica a incapacidade tenha sido considerada permanente, os avanços da 
medicina ou mesmo evoluções imprevistas do caso podem reestabelecer a 
capacidade laboral do segurado. Nesse sentido, aquele dispositivo 
complementa que a aposentadoria por invalidez será paga enquanto o 
segurado permanecer na condição de inválido, ou seja, enquanto a 
incapacidade permanente permanecer. 
A renda mensal do benefício de aposentadoria por invalidez é equivalente 
a 100% do salário-de-benefício. Nesse caso, não há aplicação do fator 
previdenciário, que é obrigatoriamente aplicado no caso de aposentadoria por 
tempo de contribuição e facultativamente aplicável às aposentadorias por 
idade. Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios 
por incapacidade (como auxílio-doença), será considerado como salário-de-
contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o 
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cálculo da renda mensal do benefício. A data de início do benefício é obtida da 
seguinte forma: 
I – ao segurado empregado: a contar do 16° dia do afastamento da 
atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o 
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; 
II – ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, 
trabalhador avulso, especial ou facultativo, a contar da data do início da 
incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas 
decorrerem mais de 30 dias (art. 43, § 1°, “a” e “b”). 
Em regra, a aposentadoria por invalidez é devida desde o início da 
incapacidade, ou seja, desde o momento em que o segurado deixa de ser 
capaz de exercer atividade que lhe garanta a subsistência. No entanto, para o 
segurado empregado existe uma pequena diferença, pois durante os primeiros 
15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, 
caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário (art. 43, § 2°). 
Logo, a aposentadoria será devida apenas a partir do 16° dia do afastamento. 
Independentemente da categoria de segurado, aquele que é afastado de suas 
atividades por invalidez deve procurar o INSS para requerer o benefício. 
Caso haja demora excessiva do segurado para entrar com o 
requerimento (no caso, mais de 30 dias), o termo de início do benefício será a 
data de entrada do requerimento, sem que haja direito ao benefício entre o 
afastamento da atividade e a entrada do requerimento. Dessa maneira, o 
rendimento do segurado não sofrerá interrupções, a não ser que ele demore 
mais de 30 dias para solicitar o benefício, a partir da incapacidade. 
A concessão de aposentadoria por invalidez está condicionada ao 
afastamento de todas as atividades. Outras hipóteses de aposentadoria pelo 
RGPS permitem que o segurado continue trabalhando. No entanto, no caso de 
aposentadoria por invalidez,o afastamento de todas as atividades é imperativo 
para o recebimento do benefício, já que o requisito essencial para sua 
concessão é a incapacidade permanente para o trabalho. A constatação de 
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incapacidade permanente é válida para qualquer atividade. Se o segurado é 
capaz de manter alguma atividade remunerada, então não será considerado 
inválido. Logo, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à 
atividade terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do 
retorno (art. 44, § 3°, e art. 48). Caso o segurado exerça diversas atividades, 
a incapacidade permanente para uma delas não trará direito à aposentadoria 
por invalidez, mas sim a pagamento de auxílio-doença, em razão dessa 
atividade. 
O sistema previdenciário concede tratamento mais benéfico ao 
aposentado por invalidez que necessite de assistência de outra pessoa. O valor 
da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência 
permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, sendo devido ainda que o 
valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal, e será recalculado, 
quando o benefício que lhe deu origem for reajustado (art. 45). Essa hipótese 
de aposentadoria por invalidez acrescida de 25%, junto com o salário-
maternidade, são as duas exceções que permitem benefícios previdenciários 
acima do teto do RGPS. 
O Anexo I do Decreto n° 3.048/99 (RPS) traz a relação de situações em 
que o aposentado por invalidez terá direito à majoração de 25%: 1) cegueira 
total; 2) perda de 9 dedos das mãos ou superior a esta; 3) paralisia dos dois 
membros superiores ou inferiores; 4) perda dos membros inferiores, acima dos 
pés, quando a prótese for impossível; 5) perda de uma das mãos e de dois 
pés, ainda que a prótese seja possível; 6) perda de um membro superior e 
outro inferior, quando a prótese for impossível; 7) alteração das faculdades 
mentais com grave perturbação da vida orgânica e social; 8) doença que exija 
permanência contínua no leito; 9) incapacidade permanente para as atividades 
da vida diária. Registre-se que este acréscimo cessará com a morte do 
aposentado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. 
O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, 
independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a 
submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de 
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reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado 
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são 
facultativos. 
Desse modo, o aposentado por invalidez fica obrigado, sob pena de 
sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-periciais 
a cada dois anos (art. 46 do RPS). Essa obrigação é uma prerrogativa da 
previdência, que assim pode verificar a continuidade da condição de invalidez 
por meio de perícias e oferecer possibilidades de recuperação da capacidade 
laboral, quando for o caso. Isso significa que o segurado aposentado por 
invalidez não pode optar por continuar inválido, se sua capacidade laboral 
puder ser reestabelecida. O segurado somente poderá negar o tratamento 
cirúrgico e a transfusão de sangue, casos em que se entende que haveria risco 
de vida para o segurado – muita atenção para essa exceção acerca do 
tratamento cirúrgico e da transfusão de sangue, pois ela é frequentemente 
cobrada em prova. 
 O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade 
deverá solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial. Se a perícia 
médica do INSS concluir pela recuperação da capacidade laborativa, a 
aposentadoria será cancelada, mas o benefício terá redução gradativa, até sua 
extinção (art. 47). Caso o aposentado por invalidez retorne à atividade 
voluntariamente, sem a avaliação de perícia médica do INSS, sua 
aposentadoria será automaticamente cancelada, a partir da data do retorno 
(art. 46, Lei n° 8.213). 
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por 
invalidez, a redução gradativa da aposentadoria observará as normas 
seguintes (art. 47, Lei n° 8.213/91): 
I - quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos 
contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença 
que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: a) de imediato, para o 
segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava 
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na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como 
documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência 
social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-
doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; e 
II - quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto 
no inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de 
trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, 
sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante seis 
meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; 
b) com redução de cinquenta por cento, no período seguinte de seis meses; e 
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis 
meses, ao término do qual cessará definitivamente. 
O segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, 
novo benefício, tendo este processamento normal. Por exemplo, se esse 
segurado vier a sofrer um acidente após seu retorno à atividade, poderá 
solicitar auxílio-doença normalmente. Essas são as principais regras e 
características da aposentadoria por invalidez do RGPS. 
Da Aposentadoria por Idade 
A aposentadoria por idade, uma vez cumprida a carência exigida, será 
devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60, se 
mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os 
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres. A aposentadoria 
por idade é benefício que almeja proteger o segurado quando a idade 
avançada impedir a continuidade do trabalho. O benefício é tratado na Lei n° 
8.213/91, nos arts. 48 a 51, e no RPS, arts. 51 a 55. 
Como visto em aula passada, este benefício tem carência de 180 
contribuições mensais. Durante um tempo, houve certa polêmica sobre a 
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necessidade de o segurado completar a carência e atingir a idade para 
aposentação simultaneamente, enquanto ainda estivesse na qualidade de 
segurado. Ou seja, se um homem trabalhou dos 25 aos 40 anos, completando 
a carência de 180 contribuições mensais, e depois não mais exerceu atividade 
remunerada, terá direito à aposentadoria por idade quando completar 65 anos, 
mesmo sem gozar da qualidade de segurado do RGPS? Embora o INSS tenha 
insistido que, para fazer jus a esse benefício, o segurado devia manter a 
qualidade de segurado na época do requerimento, havia muitas decisões 
judiciais em sentido contrário, exigindo apenas a carência para que o benefício 
fosse devido. Posteriormente, a Lei n° 10.666/93 excluiu a qualidade de 
segurado como requisito para a aposentadoria por idade para aqueles que já 
tinham a carênciado benefício cumprida, fixando a posição que já vinha sendo 
adotada por alguns juízes. 
A aposentadoria por idade terá valor equivalente a 70% do salário-de-
benefício, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo 
de 30%, totalizando 100%, com a aplicação facultativa do fator previdenciário. 
Assim, se um homem completar 65 anos de idade e tiver contribuindo para a 
previdência durante 30 anos (30 grupos de 12 contribuições mensais), terá 
direito à aposentadoria por idade no valor de 100% do salário-de-benefício 
(70% + 1% x 30 = 100%). No entanto, se tiver contribuído somente por 20 
anos, sua aposentadoria será no valor de 90% do SB (70% + 1% x 20 = 
90%). 
O artigo 49 da Lei n° 8.213/91 define a data de início do benefício. A 
aposentadoria por idade será devida: 
I – ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do 
desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a 
partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do empregou 
ou quando for requeria após 90 dias do desligamento; e 
II – para os demais segurados, a partir da data da entrada do 
requerimento. 
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A ideia desses prazos é de que o interesse de agir é do próprio segurado, 
para que possa receber o benefício ao qual tem direito. O INSS não tem a 
obrigação de conceder benefício se o segurado não solicitar. Portanto, o 
segurado é que deve tomar as providências oportunamente para que passe a 
receber sua aposentadoria por idade assim que completar os requisitos para 
sua concessão. Adicionalmente, a Resolução INSS n° 66/2009 previu que os 
segurados que implementarem a idade e a carência necessárias para a 
aposentadoria por idade, de acordo com os dados constantes do Cadastro 
Nacional de Informações Sociais (CNIS), serão comunicados sobre a 
possibilidade de requerimento do benefício por meio de “Aviso para 
Requerimento de Benefício”. Esse dispositivo foi resultado da nova redação do 
art. 29-A da Lei n° 8.213/91, que permite a utilização dos dados do CNIS a 
qualquer época para fins de benefício, presumindo-se verdadeiros, desde que 
contemporâneos. 
A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o 
segurado tenha cumprido a carência, quando este completar 70 anos de idade, 
se do sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em 
que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação 
trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a 
imediatamente anterior à do início da aposentadoria. 
A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de 
aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, desde que requerida pelo 
segurado, observado o cumprimento da carência exigida na data de início do 
benefício a ser transformado. 
Para os trabalhadores rurais, o limite de idade para aposentadoria (por 
idade) foi reduzido em 5 anos. Essa regra é justificada pelo argumento de que 
os trabalhadores rurais estão expostos a maior desgaste e comprometimento 
de sua capacidade laborativa, devido às condições do trabalho rural. Assim, 
eles seriam recompensados por essa aposentadoria mais precoce. 
Historicamente, os trabalhadores rurais tinham tratamento diferenciado no 
Brasil para fins previdenciários. Todavia, a CF/88 extinguiu as diferenças entre 
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trabalhadores urbanos e rurais, restando esse tratamento mais benéfico para a 
aposentadoria por idade. 
Numa análise preliminar, essa regra especial para os trabalhadores rurais 
pode parecer conflitante com o § 1° do art. 201 da Constituição, que veda a 
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do RGPS, ressalvados os casos de atividades 
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos 
definidos em lei complementar. Não existe contradição entre essas duas 
normas por dois motivos: primeiro, porque a regra foi direcionada ao legislador 
ordinário e ao Poder Executivo, sendo certo que o próprio legislador 
constituinte pode criar uma exceção no texto constitucional; segundo, porque 
podemos encarar essa regra como uma exceção, pois ela se encaixa no 
espírito da exceção prevista no § 1° - ressalvados os casos de atividades 
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física e quando se tratar de segurados portadores de necessidades especiais. 
A redução de 5 anos no limite de idade para concessão de aposentadoria 
por idade é válida para todos os trabalhadores rurais, e não só para os 
segurados especiais. Além desses, também os segurados empregados, avulsos 
ou contribuintes individuais que se enquadrarem como trabalhadores rurais 
farão jus ao benefício com idade reduzida em 5 anos. Os documentos 
comprobatórios da atividade rural estão previstos na Lei n° 11.718/08. 
Contudo, a carência do segurado especial, em regra, é contada somente com 
base no tempo de atividade rural, mesmo sem comprovação de recolhimento. 
A comprovação do efetivo exercício de atividade rural será feita em 
relação aos meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, 
mesmo que de forma descontínua, durante período igual ao da carência 
exigida para a concessão do benefício. Desta maneira, a aposentadoria por 
idade do trabalhador rural requer, além da idade, tempo de atividade rural 
durante período igual ao de carência. Caso o trabalhador rural não alcance o 
tempo mínimo de atividade rural para fins de aposentadoria, poderá usar este 
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tempo para fins de aposentadoria por idade pela regra geral, sem redução de 5 
anos, quando somado a tempo de outras atividades (art. 51, § 2°, RPS). 
Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após 
35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos, se mulher. A aposentadoria 
por tempo de contribuição veio substituir a aposentadoria por tempo de 
serviço, existente antes da EC n° 20/98. Contudo, apesar de a Lei 
Complementar n° 126/2003 ter alterado a redação do art. 18 da Lei n° 
8.213/91, mudando o nome do benefício de “aposentadoria por tempo de 
serviço” para “aposentadoria por tempo de contribuição”, a mesma Lei 
Complementar não alterou a redação da subseção que detalha as regras desse 
benefício mais à frente, nos artigos 52 a 56 da Lei n° 8.213. Contudo, no RPS 
a redação está adequada, sendo que o benefício é objeto de seus artigos 56 a 
63. Por esse motivo, farei menção, nesse trecho, a dispositivos do Decreto n° 
3.048, em vez de basear as explanações na Lei n° 8.213/91. 
A aposentadoria por tempo de contribuição também exige carência de 
180 contribuições mensais. Vale recordar que o tempo de contribuição não se 
confunde com o tempo de carência. O segurado que efetua vários 
recolhimentos em atraso terá tempo de contribuição, mas não terá tempo de 
carência, visto que esse é contado como as contribuições mensais recolhidas 
sem atraso. 
Se na aposentadoria por idade havia redução de 5 anos na idade para 
trabalhadores rurais, na aposentadoria por tempo de contribuição há redução 
de 5 anos para os professores. É o que diz o § 1° do art. 56 do RPS: “a 
aposentadoria por tempode contribuição do professor que comprove, 
exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na 
educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, será devida ao 
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professor aos 30 anos de contribuição e à professora aos 25 anos de 
contribuição”. O § 2° equipara as funções de direção e de coordenação e 
assessoramento pedagógico às funções de magistério, quando exercida por 
professor. Portanto, a comprovação de tempo efetivo exercido em função de 
magistério não se restringe às atividades de sala de aula, mas inclui também 
as de diretor e de coordenação e assessoramento pedagógico. Registre-se que 
a função de professor universitário está excluída desse tratamento 
diferenciado. 
A renda mensal da aposentadoria por tempo de contribuição é de 100% 
do salário de benefício, com a aplicação obrigatória do fator previdenciário. É o 
único caso de utilização compulsória do fator. A data de início do benefício 
segue a mesma regra da aposentadoria por idade (art. 58), isto é: 
I – ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do 
desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a 
partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do empregou 
ou quando for requeria após 90 dias do desligamento; e 
II – para os demais segurados, a partir da data da entrada do 
requerimento. 
Em regra, o segurado especial não possui direito à aposentadoria por 
tempo de contribuição. No entanto, há uma hipótese em que este tipo de 
segurado fará jus a tal benefício: caso opte por recolher facultativamente como 
contribuinte individual, adquirindo direito ao benefício após o cumprimento da 
carência exigida e do tempo de contribuição, não computando para este efeito 
o tempo de atividade rural não contributivo. 
Também não têm direito a este benefício os segurados contribuinte 
individual e facultativo que optarem pelo sistema de inclusão previdenciária, 
contribuindo com alíquota reduzida de 11% sobre o salário-de-contribuição, 
bem como aqueles que contribuírem com 5% de acordo com a nova 
possibilidade da Lei n° 12.470/2011. Essa opção implica na renúncia ao 
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. Caso este segurado 
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mude de ideia e queira contar o tempo correspondente para obter 
aposentadoria por tempo de contribuição ou para contagem recíproca entre 
regimes previdenciários, deverá complementar sua contribuição com o 
recolhimento de mais 9%, caso tenha recolhido 11%, ou de mais 15%, caso 
tenha recolhido 5%, acrescidos dos juros de mora, mas sem multa moratória. 
Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, 
desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade 
abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente 
estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de 
exercício e de desligamento da atividade. Cabe ao contribuinte individual 
comprovar a interrupção ou o encerramento da atividade pela qual vinha 
contribuindo, sob pena de ser considerado em débito no período sem 
contribuição (art. 59, RPS). 
O art. 60 do RPS dispõe sobre os períodos contados como tempo de 
contribuição, até que lei específica discipline a matéria. Além das hipóteses de 
tempo de contribuição mais óbvias, vale mencionar que também são 
considerados como tempo de contribuição: o período em que o segurado 
esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre 
períodos de atividade; o tempo de serviço militar, salvo se já contado para 
inatividade remunerada nas Forças Armadas; o período em que a segurada 
esteve recebendo salário-maternidade; o período de contribuição efetuada 
como segurado facultativo; o período de licença remunerada, desde que tenha 
havido desconto de contribuições. Não será computado como tempo de 
contribuição o já considerado para concessão de qualquer aposentadoria do 
RGPS ou por RPPS. 
A Constituição Federal, em seu art. 201, § 9°, incluído pela EC n° 
20/1998, assegura, para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do 
tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e 
urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se 
compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. A lei que 
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estabeleceu os critérios de compensação financeira entre os regimes é a Lei n° 
9.796, de 1999. 
No mesmo sentido, a Lei n° 8.213/1991 previu a contagem recíproca em 
seu art. 94: “Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de 
Previdência Social ou no serviço público é assegurada a contagem recíproca do 
tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de 
contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese em que os 
diferentes sistemas de previdência social se compensarão financeiramente”. É 
vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, 
quando concomitantes (art. 96, II). 
Vejamos um exemplo. Se você, antes de ingressar no serviço público, 
como servidor do INSS, tiver trabalhado por dez anos como empregado de 
uma empresa, terá contribuído para o RGPS durante todo o período, dez anos. 
Assim, ao ingressar no serviço público federal, se vinculará a regime próprio de 
previdência social (RPPS). Os dez anos de contribuição para o RGPS poderão 
ser aproveitados no RPPS, para efeito de aposentadoria. Para isso, basta que 
você tenha uma certidão de tempo de contribuição, do INSS, e faça a 
averbação desse tempo no RPPS. Os regimes se compensarão 
financeiramente, seguindo os ditames da Lei n° 9.796, de 1999. 
O art. 62, § 2°, do RPS foi também alterado, passando a prever, além do 
CNIS, outras várias formas de comprovar o tempo de contribuição. Não será 
admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de 
tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força 
maior ou caso fortuito (art. 63, RPS). 
Da Aposentadoria Especial 
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será 
devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, 
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este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de 
produção, que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, 
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física 
(art. 64, RPS). Já vimos que também a aposentadoria especial tem carência de 
180 contribuições mensais. As condições mais benéficas da aposentadoria 
especial se devem às condições particulares em que as atividades são 
executadas, fruto da exposição permanente a agentes nocivos (físicos, 
químicos ou biológicos), em ambiente insalubre. Devido a essas condições, 
existe a presunção de perda da integridade física e mental em ritmo acelerado. 
O benefício é tratado na Lei n° 8.213/91, arts. 57 e 58, e RPS, arts. 64 a 70. 
É importante observar que a aposentadoria especial não é devida a todos 
os segurados, mas somente aos empregados e os avulsos, além do 
contribuinte individual, quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou 
de produção. O cooperadofoi incluído nesse rol recentemente, pela Lei n° 
10.666/2003. 
Como pressupostos para a concessão do benefício, o segurado deverá 
comprovar, perante o INSS, seu tempo de trabalho permanente, não ocasional 
nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde 
ou a integridade física, durante o período mínimo de 15, 20 ou 25 anos, 
conforme a atividade laborativa. Deverá comprovar, também, a efetiva 
exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de 
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente 
ao exigido para a concessão do benefício. 
A renda mensal do benefício terá valor equivalente a 100% do salário de 
benefício. A data de início do benefício seguirá as mesmas regras das previstas 
para as aposentadorias por tempo de contribuição ou idade: a partir da data 
de entrada do requerimento ou da data do desligamento do emprego, quando 
requerida até 90 dias depois dela, no caso de segurado empregado. 
Consideram-se como tempo de trabalho os períodos correspondentes ao 
exercício de atividade permanente e habitual (não ocasional nem 
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intermitente), durante toda a jornada de trabalho, em cada vínculo, sujeito a 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, inclusive 
férias, licença médica e auxílio-doença decorrente do exercício dessas 
atividades. É relevante observar que, para este benefício, não há distinção 
para tempo de trabalho entre homens e mulheres. 
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos 
será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário 
(PPP), na forma estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa ou seu 
preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho 
(LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do 
trabalho. Para fins de concessão da aposentadoria especial, a perícia médica 
do INSS deverá analisar o perfil profissiográfico e o laudo técnico, podendo, se 
necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as 
informações contidas nos referidos documentos. 
A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou 
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, 
considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do 
Anexo IV do RPS. As dúvidas relativas ao enquadramento dos agentes nocivos 
serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da 
Previdência Social. 
O beneficiário de aposentadoria especial que retornar ao exercício de 
atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, ou nele 
permanecer voluntariamente, terá sua aposentadoria automaticamente 
cessada, a partir da data de retorno. Entretanto, como aposentadoria é direito 
adquirido, se o segurado afastar-se das atividades nocivas, o benefício deverá 
voltar a ser pago. 
O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado na hipótese de 
exercício de atividade em mais de um vínculo, com tempo de trabalho 
concomitante (comum e especial), se o tempo especial for exercido em caráter 
permanente, não ocasional nem intermitente, em toda jornada de trabalho em 
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um dos vínculos, uma vez que a atividade comum não descaracteriza o 
enquadramento da atividade considerada especial, devendo, nesse caso, ser 
informada a jornada de trabalho de cada atividade. 
Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais 
atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade 
física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a 
aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após 
conversão, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante: 
 
Essa é a tabela de conversão de tempo Especial para Especial. Há, ainda, 
a hipótese de conversão de tempo Especial em Comum. Segundo o art. 57, § 
5° da Lei n° 8.213/91, “o tempo de trabalho exercido sob condições especiais 
que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade 
física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho, 
exercido em atividade comum, ...” Essa conversão é feita utilizando os 
multiplicadores da tabela abaixo: 
TEMPO A CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) 
DE 15 ANOS 2,00 2,33 
DE 20 ANOS 1,50 1,75 
DE 25 ANOS 1,20 1,40 
Vamos pensar em dois exemplos numéricos para clarear essas hipóteses 
de conversão de tempo de contribuição. No caso da primeira tabela, de 
conversão de tempo de contribuição especial para especial, pense num 
trabalhador que trabalhou durante 6 anos numa atividade que enseja a 
TEMPO A 
CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
PARA 15 PARA 20 PARA 25 
DE 15 ANOS - 1,33 1,67 
DE 20 ANOS 0,75 - 1,25 
DE 25 ANOS 0,60 0,80 - 
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concessão de aposentadoria especial após 15 anos. Posteriormente, esse 
trabalhador muda de atividade e passa a trabalhar em uma que dá direito à 
aposentadoria especial após 20 anos. Nesse caso, como fazer a conversão? 
Seguindo a primeira tabela, cada ano trabalhado em atividade de 15 anos 
corresponde a 1,33 anos em atividade de 20 anos. Logo, os 6 anos do 
trabalhador em atividade de 15 anos corresponde a 8 anos na atividade de 20 
anos (6 x 1,33 = 8). Desse modo, tal trabalhador precisará trabalhar durante 
12 anos (e não 14) para completar os 20 anos exigidos e ter direito a 
aposentadoria especial. 
Agora, o caso de conversão de tempo especial em comum. Imagine um 
trabalhador que tenha trabalhado durante 16 anos em atividade que enseja 
concessão de aposentadoria especial após 20 anos. Na sequência, esse 
trabalhador deixa de trabalhar em atividade especial e passa a trabalhar em 
atividade comum, que dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição 
após 35 anos de contribuição (homem). Ora, o tempo especial vale mais que o 
tempo comum, pois o trabalhador só precisava de mais 4 anos na atividade 
especial para ter direito à aposentadoria especial após 20 anos. Assim, para 
fazer a conversão do tempo especial em comum, a tabela nos informa que 
cada ano em atividade que enseja aposentadoria especial após 20 anos 
corresponde a 1,75 anos de tempo comum, para o homem. Logo, os 16 anos 
trabalhados em atividade especial corresponderão a 28 anos de tempo de 
contribuição comum, sendo necessários ainda mais 7 anos em atividade 
comum para esse trabalhador ter direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou ocasionar 
danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de 
trabalho, em função da natureza, concentração, intensidade e fator de 
exposição, considerando-se: 
I – físicos – os ruídos, as vibrações, o calor, o frio, a umidade, a 
eletricidade, as pressões anormais, as radiações ionizantes, as radiações não 
ionizantes, observado o período do dispositivo legal. 
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II – químicos – os manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, 
gases, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, 
absorvidos pela via respiratória, bem como aqueles que forem passíveis deabsorção por meio de outras vias; 
III – biológicos – os micro-organismos como bactérias, fungos, parasitas, 
bacilos, vírus e ricketesias, dentre outros. 
São considerados, também, como período de trabalho sob condições 
especiais, para fins de benefícios do RGPS, o período de férias, bem como de 
benefício por incapacidade acidentária (auxílio-doença e aposentadoria por 
invalidez) e o período de percepção de salário-maternidade, desde que na data 
do afastamento o segurado estivesse exercendo atividade considerada 
especial. 
O art. 201, § 1°, da Constituição Federal foi alterado pela EC n° 
47/2005, que estendeu aos portadores de deficiência o direito ao benefício 
aposentadoria especial. Este é um comando constitucional de eficácia limitada, 
pois para sua aplicação será necessária a edição de lei complementar. 
Portanto, enquanto tal lei complementar não é editada, os portadores de 
deficiência não têm seu direito regulado. 
Da Pensão por Morte 
A pensão por morte é o benefício devido aos dependentes do segurado 
que falecer, aposentado ou não. É benefício direcionado aos dependentes do 
segurado, visando à manutenção da família, no caso da morte do responsável 
pelo seu sustento. O benefício está previsto na Lei n° 8.213/91, nos arts. 74 a 
79 , e no RPS, arts. 105 a 115. Será devido ao conjunto dos dependentes do 
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: I) do óbito, 
quando requerido até 30 dias depois deste; II) do requerimento, quando 
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requerida após 30 dias do óbito; ou III) da decisão judicial, no caso de morte 
presumida. 
A pensão por morte é benefício que não possui carência. O benefício 
consiste numa renda de 100% do valor da aposentadoria que o segurado 
recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na 
data de seu falecimento. Para lembrarmos quem são os dependentes que 
fazem jus à pensão por morte do segurado, vamos rever o art. 16 da Lei n° 
8.213/91, com redação dada pela recente Lei n° 12.470/2011: 
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição 
de dependentes do segurado: 
I – o conjugê, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de 
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente 
incapaz, assim declarado judicialmente; 
II – os pais; 
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e 
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.” 
Havendo mais de um dependente com direito à pensão, o benefício será 
rateado entre todos, em partes iguais, e será revertido em favor dos demais 
dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar. A concessão da 
pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível 
dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em exclusão ou 
inclusão de dependente somente produzirá efeito a contar da data da 
habilitação. 
A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido se for 
comprovada pela perícia médica a existência de invalidez na data do óbito do 
segurado. Para o menor de idade que se invalidar antes de completar 21 anos, 
não se extinguirá a respectiva cota se confirmada a invalidez mediante exame 
médico-pericial. O pensionista inválido está obrigado, independentemente de 
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sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame 
médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por 
ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o 
cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. 
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia 
pensão de alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com os 
demais dependentes de primeira classe. O STJ entende que, caso reste 
comprovado necessidade econômica superveniente, o cônjuge que renunciou 
aos alimentos na separação judicial terá direito à pensão por morte (Súmula 
n° 336). 
A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte 
presumida: I - mediante sentença declaratória de ausência, expedida por 
autoridade judiciária, a contar da data de sua emissão; ou II - em caso de 
desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, 
a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil (art. 112, RPS). A morte 
presumida é um instituto do Direito Civil aplicável aos casos em que a 
ocorrência da morte se presume, mesmo que não se tenha achado o corpo. 
Nesses casos, a pensão por morte poderá ser concedida provisoriamente. 
Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa 
imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores 
recebidos, salvo má-fé. 
O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa: 
I) pela morte do pensionista; 
II) para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos, salvo se 
for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a 
emancipação for decorrente de colação de grau em curso de ensino superior; 
III) para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em 
exame médico-pericial, a cargo da Previdência Social; ou 
IV) pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos 
pais biológicos. Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por 
morte será encerrada. 
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QUESTÕES 
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro de 
2004, Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento 
administrativo de aposentadoria em uma das agências da Previdência Social. 
Em anexo ao referido pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que 
comprova o vínculo empregatício com a empresa “Pães, doces e comidas 
deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30 anos completos, na data de 
requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS responsável pelo ato de 
concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o): 
a) concessão de aposentadoria por idade; 
b) concessão de aposentadoria proporcional; 
c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; 
d) concessão de aposentadoria especial; 
e) indeferimento do pedido de aposentadoria. 
2 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as 
regras do Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por 
invalidez é benefício 
a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante 
seu gozo. 
b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante 
com o recebimento, dentro das possibilidades do segurado. 
c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de 
trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua 
concessão. 
d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de 
trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua 
concessão. 
e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de 
trabalho e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos 
limites impostos pelo perito do INSS. 
3 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmarcorretamente que 
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A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a 
alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova 
perícia. 
B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, 
após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do 
benefício, possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do 
benefício durante quantos meses forem os anos de duração do benefício. 
C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que 
ensejou a concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está 
dispensado de devolver as importâncias recebidas da autarquia previdenciária. 
D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, 
após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início 
do benefício, possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor 
integral do benefício por seis meses. 
E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz 
presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem 
direito a nova perícia. 
4 - (ESAF/AFPS/2002) Com relação à aposentadoria por invalidez e suas 
características, assinale a opção incorreta. 
a) Benefício de renda mensal. 
b) Existe, em regra, carência. 
c) Extinção do benefício com o retorno voluntário à atividade. 
d) Pode ser acumulado com auxílio-doença. 
e) Alíquota de 100% do salário-de-benefício. 
5 - (TRF da 5ª Região/Juiz/2005) A aposentadoria por invalidez será 
cancelada, 
a) após cinco anos, para o contribuinte individual que tiver direito a retornar à 
função que desempenhava na empresa no momento em que se aposentou. 
b) imediatamente, se o segurado recusar tratamento cirúrgico gratuito. 
c) após tantos anos quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da 
aposentadoria, quando o segurado for considerado reabilitado para o exercício 
do trabalho. 
d) mesmo que o segurado esteja apto para o exercício de atividade diversa da 
que habitualmente exercia, desde que siga sendo paga pelo prazo de doze 
meses. 
e) a partir da data do retorno voluntário ao trabalho, ainda que em atividade 
diversa daquela que o segurado exercia habitualmente. 
6 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do 
Regime Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem. 
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I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do 
auxílio-doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência. 
II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que 
necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 
25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da 
aposentadoria atinja o limite máximo legal. 
III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência 
exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, 
se mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 
60 e 55 anos, respectivamente. 
Os itens que estão certos são: 
a) II e III 
b) II 
c) I, II e III 
d) I e II 
e) I 
7 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os 
itens abaixo: 
I - Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, 
recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá 
recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir 
terá seu benefício cancelado imediatamente. 
 
II - Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral 
voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez 
será cassado a partir da data desse retorno. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, mas a cessação do benefício ocorre 30 dias após o retorno. 
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8 - (CESPE/Juiz Federal – TRF 2ª Região/2009-adaptada) Marque a 
alternativa que completa a sentença de maneira correta: O salário-de-benefício 
da aposentadoria por idade é apurado pela média aritmética simples dos 
maiores salários-de-contribuição 
a) correspondente a 100% de todo o período contributivo. 
b) correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
c) correspondente a 70% de todo o período contributivo, mais 1% deste por 
grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento. 
d) correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo 
fator previdenciário. 
e) correspondentes a 91% de todo o período contributivo. 
9 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os 
itens abaixo: 
I - Firmino foi professor do ensino fundamental durante vinte anos e trabalhou 
mais doze anos como gerente financeiro em uma empresa de exportação. 
Nessa situação, excluindo-se as regras de transição, Firmino pode requerer o 
benefício integral de aposentadoria por tempo de contribuição, haja vista a 
possibilidade de computar o tempo em sala de aula em quantidade superior ao 
efetivamente trabalhado, dada a natureza especial da prestação de serviço. 
 
II - Durval, inscrito na previdência social na qualidade de contribuinte 
individual, trabalha por conta própria, recolhendo 11% do valor mínimo mensal 
do salário de contribuição. Nessa situação, para Durval fazer jus ao benefício 
de aposentadoria por tempo de contribuição, deverá recolher mais 9% daquele 
valor, acrescidos de juros. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, mas além dos juros incide também multa de mora no 
recolhimento complementar. 
10 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Considera-se tempo 
de contribuição para fins de concessão de aposentadoria o 
A)) período de contribuição efetuado por segurado facultativo. 
B) tempo de serviço baseado em prova exclusivamente testemunhal, quando 
não houver documentos contemporâneos dos fatos a serem comprovados. 
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C) tempo de serviço militar já computado para a inatividade remunerada nas 
Forças Armadas. 
D) exercício da medicina, a partir da inscrição no Conselho Regional de 
Medicina. 
E) tempo de auxílio-reclusão. 
11 - (FMP/Adjunto de Procurador do Ministério Público Especial junto 
ao TCE-RS/2008) De acordo com as regras sobre contagem recíproca de 
tempo de serviço: 
a) é possível a soma dos períodos de trabalho prestados em mais de uma 
empresa, simultaneamente, para fins de aposentadoria. 
b) é possível a soma do tempo de serviço público e privado, prestado 
simultaneamente, para fins de aposentadoria. 
c) as contribuições referentes ao período de contribuição que não tenha sido 
utilizado para aposentadoria serão objeto de restituição, monetariamente 
corrigidas. 
d) é possível que o tempo de serviço público seja contado para fins de 
aposentadoria no regime geral de previdência social, e vice-versa, desde que 
atendidas as demais condições legais do sistema no qual o benefício está 
sendo postulado. 
e) o tempo de serviço utilizado para a concessão de aposentadoria por um 
sistema pode ser novamente utilizado paraaposentadoria em outro. 
12 - (Perito Médico-INSS/2005) De acordo com a Lei n° 8.213/91 e suas 
atualizações, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a 
carência legal, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais 
que prejudiquem a saúde ou a integridade física, conforme dispuser a Lei, 
durante: 
a) 25, 20 ou 35 anos. 
b) 20, 25 ou 30 anos. 
c) 15, 20 ou 25 anos. 
d) 10, 15 ou 20 anos. 
e) 5, 10 ou 15 anos. 
13 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Para concessão da 
aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos 
agentes nocivos, será feita mediante formulário denominado: 
A) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). 
B) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). 
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C) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
D) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). 
E) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT). 
14 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Atualmente, 
para a concessão de aposentadoria especial, é imprescindível que o(a): 
a) segurado comprove, além do tempo de contribuição, a exposição aos 
agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes 
prejudiciais à saúde ou à integridade física, de modo habitual, permanente e 
não intermitente. 
b) segurado comprove que trabalhou durante 15, 20 ou 25 anos sujeito a 
condições especiais, independente do período de exposição a agentes 
agressivos durante a jornada de trabalho. 
c) segurado declare que executou atividades sob condições especiais, 
independente de a empresa empregadora emitir ou não laudo técnico. 
d) segurado tenha, no mínimo, 50 anos de idade. 
e) atividade desempenhada pelo segurado se enquadre na categoria 
profissional presumida em lei como sujeita a condições insalubres, penosas ou 
perigosas. 
15 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os 
itens abaixo: 
I - Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. Nessa 
situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico 
previdenciário, documento emitido pela empresa em que trabalha e embasado 
no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove as 
condições para habilitação de benefícios previdenciários especiais. 
 
II - João trabalha, há dez anos, exposto, de forma não-ocasional nem 
intermitente, a agentes químicos nocivos. Nessa situação, João terá direito a 
requerer, no futuro, aposentadoria especial, sendo-lhe possível, a fim de 
completar a carência, converter tempo comum trabalhado anteriormente, isto 
é, tempo em que não esteve exposto aos agentes nocivos, em tempo de 
contribuição para a aposentadoria do tipo especial. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, mas o PPP é emitido pelo INSS. 
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16 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) A pensão por morte 
A) é devida ao dependente inválido se a invalidez ocorrer após o óbito do 
segurado. 
B) é devida ao dependente que receba aposentadoria por invalidez que está 
dispensado da realização de nova perícia médica. 
C) cessa para a viúva com o novo casamento. 
D) cessa com a emancipação de segurado inválido. 
E))cessa com a adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos 
pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do 
outro. 
17 - (FCC/Procurador–PGE-MT/2011) Considere as seguintes afirmações 
relacionadas à pensão por morte: 
I. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre 
todos em partes iguais. 
II. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão 
cessar. 
III. A parte individual da pensão extingue-se pela morte do pensionista. 
IV. A parte individual da pensão extingue-se também para o filho, pela 
emancipação ou ao completar 24 (vinte e quatro) anos de idade, salvo se for 
inválido. 
V. Para o pensionista inválido, extingue-se o benefício da pensão por morte 
pela cessação da invalidez. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II, III e V. 
c) I, II e V. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e V. 
18 - (FCC/Analista do Ministério Público–MPE-SE/2009) Em relação à 
pensão por morte considere: 
I. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa 
imediatamente, estando desobrigados os dependentes da reposição dos 
valores recebidos em qualquer hipótese. 
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II. Não faz jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso 
de que tenha resultado a morte do segurado. 
III. Prescrevem as prestações respectivas não reclamadas no prazo de 5 
(cinco) anos, contado da data em que forem devidas, exceto para os 
dependentes menores ou incapazes. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) II, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) II e III apenas. 
19 - (Analista Previdenciário / INSS / 2005) Caio, segurado do Regime 
Geral de Previdência Social, divorciou-se de Dora, em julho de 1999, ficando 
ajustado que pagaria uma pensão alimentícia no valor de 20% do seu salário. 
Em janeiro de 2003, Caio casa-se com Ana e, fruto dessa relação, nasce 
Márvio. Com o falecimento de Caio em agosto de 2004, quem tem direito ao 
recebimento de pensão por morte, na qualidade de seu dependente? 
a) Ana, somente. 
b) Márvio, somente. 
c) Ana e Márvio, somente. 
d) Dora e Márvio, somente. 
e) Dora, Ana e Márvio. 
20 – (Perito Médico/INSS/2005) Segundo a Lei n° 8.213/91 e suas 
respectivas atualizações, a pensão por morte é devida ao conjunto dos 
dependentes do segurado e se extingue nas condições abaixo, exceto uma. 
Indique-a. 
a) Morte do pensionista. 
b) Para o filho ou equiparado, quando este completar 21 anos, mesmo se 
inválido. 
c) Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez. 
d) Para irmão menor, de ambos os sexos, quando completar 21 anos, salvo se 
inválido. 
e) Para o dependente inválido cuja invalidez não puder ser comprovada na 
data do óbito do segurado. 
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GABARITO 
1) E 2) C 3) B 4) D 5) E 6) B 7) C 8) D 9) C 10) A 11) D 
12) C 13) D 14) A 15) B 16) E 17) B 18) B 19) E 20) B 
QUESTÕES COMENTADAS
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro de 2004, 
Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento administrativo de 
aposentadoria em uma das agências da Previdência Social. Em anexo ao referido 
pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que comprova o vínculo empregatício 
com a empresa “Pães, doces e comidas deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30 
anos completos, na data de requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS 
responsável pelo ato de concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o): 
a) concessão de aposentadoria por idade; 
b) concessão de aposentadoria proporcional; 
c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; 
d) concessão de aposentadoria especial; 
e) indeferimento do pedido de aposentadoria. 
Gabarito: letra “e”. Essa é uma questão interessante sobre uma 
situação-problema típica do trabalho do servidor do INSS, que exige um 
conhecimento importante a respeito dos requisitos para concessão de 
aposentadoriaspor idade e por tempo de contribuição. Primeiramente, o 
candidato deveria descartar as alternativas “b” e “d”, tendo em vista que não 
existe benefício previdenciário denominado aposentadoria proporcional (b) e o 
enunciado não faz nenhuma menção à exposição a condições especiais que 
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pudessem prejudicar a saúde ou a integridade física do trabalhador, o que 
ensejaria a concessão de aposentadoria especial. A alternativa “a” está errada 
porque Josué tem 60 anos e a aposentadoria por idade só é devida ao 
segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher 
(art. 51 do Decreto n° 3.048/1999). A alternativa “c” também está errada 
porque a aposentadoria por tempo de contribuição só será devida ao segurado 
após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de contribuição, se 
mulher (art. 56 do Decreto n° 3.048/1999). Portanto, Josué ainda não atende 
ao critério de idade para se ter direito à aposentadoria por idade e tampouco 
atende ao critério de tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria 
por tempo de contribuição. Para fazer jus a um desses dois benefícios, teria 
que contribuir por mais 5 anos, para ter direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição; ou esperar completar 65 anos de idade, para ter direito à 
aposentadoria por idade. Desse modo, a resposta certa é letra “e”, pois o 
servidor deve indeferir o pedido de aposentadoria, pois o segurado não atende 
aos requisitos para concessão do benefício. 
2 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as regras do 
Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por invalidez é 
benefício 
a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante seu gozo. 
b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante com o 
recebimento, dentro das possibilidades do segurado. 
c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho; 
substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua concessão. 
d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de 
trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua 
concessão. 
e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho e 
permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos limites impostos pelo 
perito do INSS. 
Gabarito: letra “c”. Primeiramente, vejamos a diferença entre benefício 
programado e benefício não-programado. Benefício programado é aquele 
decorrente de evento programado, cuja concessão depende do cumprimento 
dos requisitos de elegibilidade previstos neste Regulamento, ou seja, o 
segurado já sabe antecipadamente quando terá direito ao benefício. É o caso 
da aposentadoria por idade, por exemplo. Quando o segurado homem 
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completa 65 anos de idade e conta com a carência de 180 contribuições 
mensais, possui direito à aposentadoria por idade. Já o benefício não 
programado está mais ligado à ideia de risco e decorre de evento não 
programado, como a morte ou invalidez do segurado. A aposentadoria por 
invalidez é um benefício não programado, pois ninguém sabe antecipadamente 
quando ficará inválido, trata-se de um risco social. Portanto, as alternativas “a” 
e “e” já estão erradas, pois a aposentadoria por invalidez não é um benefício 
programado. Quanto à carência, a aposentadoria por invalidez tem carência de 
12 contribuições mensais nos casos comuns. Contudo, independe de carência a 
concessão de aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer 
natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao 
RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a 
cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, 
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que 
mereçam tratamento particularizado (art. 30, RPS). Assim, as alternativas “b” 
e “d” também estão erradas, pois em “b” se afirma que a aposentadoria por 
invalidez não reclama carência em nenhuma situação e em “d” é dito que o 
benefício sempre exige carência, inclusive quando decorrente de acidente de 
trabalho, o que está incorreto. A alternativa “c”, que está correta, ainda traz 
outras duas características da aposentadoria por invalidez. Primeiro, que o 
benefício substitui o salário, o que está correto, pois a aposentadoria por 
invalidez consiste numa renda mensal de 100% do salário de benefício e 
substitui a remuneração do trabalhador. Depois, que a aposentadoria por 
invalidez não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. Ora, a 
invalidez está ligada justamente à incapacidade para o trabalho e, por isso, o 
aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua 
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno (art. 
46, Lei n° 8.213/1991). 
3 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmar 
corretamente que 
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A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a alta 
médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. 
B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, após a 
alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do benefício, 
possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do benefício durante 
quantos meses forem os anos de duração do benefício. 
C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que ensejou a 
concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está dispensado de devolver as 
importâncias recebidas da autarquia previdenciária. 
D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, após a 
alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início do benefício, 
possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor integral do benefício por 
seis meses. 
E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz 
presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a 
nova perícia. 
 
Gabarito: letra “b”. Segundo o art. 49 do RPS, verificada a recuperação 
da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, exceto quando o 
aposentado por invalidez retornar voluntariamente à atividade, será observada 
a seguinte regra: quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco 
anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-
doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: após tantos 
meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da 
aposentadoria por invalidez, para os demais segurados, exceto para o 
segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava 
na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, para quem 
cessará de imediato. Portanto, esse caso se aplica ao contribuinte individual e 
a letra “b” está correta. A letra “a” está errada porque, segundo a IN INSS n° 
45, é garantido ao segurado o direito de submeter-se a novo exame médico-
pericial para avaliação de sua capacidade laborativa, quando apresentada 
defesa ou interposto recurso. A letra “c” também contradiz norma da referida 
IN, que dispõeque os valores recebidos indevidamente pelo segurado 
aposentado por invalidez que retornar à atividade voluntariamente deverão ser 
devolvidos (art. 208). A letra “d” está incorreta porque, como vimos na letra 
“b”, a regra para recebimento do benefício após o retorno à atividade é outra - 
tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da 
aposentadoria por invalidez. Por fim, a letra “e” também está equivocada 
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porque a regra que expressa é válida apenas para a aposentadoria por 
invalidez, pois no caso de auxílio-doença não se presume perda total da 
capacidade de trabalho. 
4 - (ESAF/AFPS /2002) Com relação à aposentadoria por invalidez e suas 
características, assinale a opção incorreta. 
a) Benefício de renda mensal. 
b) Existe, em regra, carência. 
c) Extinção do benefício com o retorno voluntário à atividade. 
d) Pode ser acumulado com auxílio-doença. 
e) Alíquota de 100% do salário-de-benefício. 
 
Resposta: letra “d”. O artigo 124 da Lei n° 8.213/1991 dispõe que, salvo 
no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos 
benefícios auxílio-doença e qualquer aposentadoria. Portanto, ao contrário do 
que se afirma na letra “d”, a aposentadoria por invalidez não pode ser 
acumulada com auxílio-doença. É possível e até comum que a aposentadoria 
por invalidez seja resultante da conversão do auxílio-doença, quando a perícia 
médica detecta incapacidade total e definitiva para o trabalho decorrente da 
doença que havia justificado o recebimento do auxílio-doença, mas essa 
situação não pode ser confundida com o acúmulo de benefícios (estudaremos 
as hipóteses de acumulação de benefícios na Aula 05). 
5 - (TRF da 5ª Região/Juiz/2005) A aposentadoria por invalidez será cancelada, 
a) após cinco anos, para o contribuinte individual que tiver direito a retornar à função 
que desempenhava na empresa no momento em que se aposentou. 
b) imediatamente, se o segurado recusar tratamento cirúrgico gratuito. 
c) após tantos anos quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da 
aposentadoria, quando o segurado for considerado reabilitado para o exercício do 
trabalho. 
d) mesmo que o segurado esteja apto para o exercício de atividade diversa da que 
habitualmente exercia, desde que siga sendo paga pelo prazo de doze meses. 
e) a partir da data do retorno voluntário ao trabalho, ainda que em atividade diversa 
daquela que o segurado exercia habitualmente. 
Resposta: letra “e”. O artigo 47 da Lei n° 8.213/91 trata das hipóteses 
de cancelamento da aposentadoria por invalidez quando é verificada a 
recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez. São duas 
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regras diferentes, uma para quando a recuperação ocorre dentro do período de 
cinco anos contado da data do início da aposentadoria por invalidez e outra 
para quando a recuperação ocorre após esse período, ou a recuperação é 
apenas parcial. Nesse último caso, em vez do cancelamento imediato, há uma 
redução gradual no valor do benefício que dura até 18 meses, que é o prazo 
máximo de manutenção da aposentadoria por invalidez nos casos de 
recuperação da capacidade de trabalho. Portanto, a letra “a” está errada 
porque não existe cancelamento após cinco anos e a situação descrita refere-
se ao segurado empregado. A letra “b” está errada porque a Lei não obriga o 
segurado a se submeter a tratamento cirúrgico, além do procedimento de 
transfusão de sangue. A letra “c” parece certa, mas está errada. Segundo a 
regra do inciso I, “b”, do art. 47, o benefício será cancelado após tantos meses 
quanto forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por 
invalidez, para os demais segurados (que não o empregado que tiver direito a 
retornar ao antigo trabalho), desde que a recuperação da capacidade de 
trabalho ocorra no período de cinco anos do recebimento da aposentadoria. A 
letra “d” está incorreta porque não existe essa condição de manutenção do 
pagamento do benefício por doze meses. A letra "e“ está correta porque afirma 
que o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá 
sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno, 
que é exatamente o que está previsto no art. 46 da Lei. 
6 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do Regime 
Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem. 
I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio-
doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de 
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. 
II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da 
assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse 
acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o 
limite máximo legal. 
III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência 
exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se 
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mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 
anos, respectivamente. 
Os itens que estão certos são: 
a) II e III 
b) II 
c) I, II e III 
d) I e II 
e) I 
Gabarito: letra “b”. A única assertiva certa é a do item II, que reproduz o 
teor do art. 45 da Lei n° 8.213/1991 e seu parágrafo único: “O valor da 
aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência 
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). 
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo: a) será devido ainda 
que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; b) será recalculado 
quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte 
do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão”. No item I, a 
palavra “necessariamente” torna a assertiva incorreta, pois a aposentadoria 
por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de 
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, esteja 
ou não em gozo de auxílio-doença (art. 42, Lei n° 8.213/1991). Portanto, um 
acidente grave que provoque incapacidade total e definitiva de imediato 
ensejará o recebimento de aposentadoria por invalidez sem a necessidade de 
recebimento de auxílio-doença prévio. O item III está construído de forma 
correta, mas as idades exigidas para a aposentadoria por idade estão erradas 
no primeiro trecho da sentença, pois o benefício é devido para o segurado que 
completar 65 anos, se homem, e 60, se mulher. A redução para os 
trabalhadores rurais está descrita corretamente. 
7 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens 
abaixo: 
I - Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se 
a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua 
capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício 
cancelado imediatamente. 
 
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II - Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral 
voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez será 
cassado

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