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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 05 Prof. Gabriel Pereira I – Introdução Olá, pessoal! Essa é a Aula 05 do nosso curso de Direito Previdenciário (Conhecimentos Específicos) para o cargo de Técnico do INSS. Nesta Aula 5, continuamos a estudar o Plano de Benefícios da Previdência Social, mas agora analisando os benefícios previdenciários em espécie, iniciando pelas quatro aposentadorias e a pensão por morte. Recentemente houve uma alteração na legislação previdenciária que não constou das aulas anteriores. Em decorrência do aumento do salário-mínimo, foi publicada recentemente a Portaria Interministerial MPS/MF n° 2, de 6 de janeiro de 2012. Tal Portaria reajustou o valor dos benefícios pagos pelo INSS em 6,08%, a partir de 1º de janeiro de 2012. Além disso, fixou novos limites mínimo e máximo para o salário de benefício e o salário de contribuição, que, a partir de 1º de janeiro de 2012, não poderão ser inferiores a R$ 622,00 nem superiores a R$ 3.916,20 – novo teto previdenciário. Há também alterações relacionadas aos benefícios de salário-família e auxílio-reclusão, mas essas serão tratadas na próxima aula. Faço menção a essa atualização apenas a título informativo, pois tal norma foi publicada após o edital e não pode ser cobrada em prova. Assim, acho pouco razoável que a FCC cobre algum desses valores na prova, em razão de sua frequente atualização. Bons estudos! CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 AULA 05 Conteúdo: 20 Plano de Benefícios da Previdência Social: benefícios em espécie (aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, por invalidez e especial; pensão por morte). Da Aposentadoria por Invalidez A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser- lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição (art. 42, Lei n° 8.213/91). A aposentadoria por invalidez está prevista na Lei n° 8.213/91, nos arts. 42 a 47, e no Decreto n° 3.048/99, arts. 43 a 50. A aposentadoria por invalidez exige carência de 12 contribuições mensais, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de doenças graves, situações em que a carência é dispensada. A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança (§ 1° do art. 42). O enunciado do caput do art. 42 da Lei também dispõe que a aposentadoria por invalidez independe de o segurado estar ou não em gozo de auxílio-doença. Nos casos em que um segurado sofre de doença ou lesão que possa causar sua aposentadoria por invalidez, é comum que ele receba o auxílio-doença enquanto a incapacidade permanente não é decretada pela perícia médica. Ainda assim, a redação do dispositivo evidencia que a CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 aposentadoria por invalidez independe de recebimento prévio de auxílio- doença. Se a perícia médica constatar de imediato que a incapacidade é permanente, a aposentadoria por invalidez será devida. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. A ideia do dispositivo é evitar que pessoas já inválidas se filiem ao RGPS para terem direito ao benefício na sequência, o que seria uma fraude. No entanto, se a incapacidade decorrer de progressão ou agravamento de doença ou lesão preexistentes, o benefício será devido (§2° do art. 42, Lei n° 8.213). Caberá à perícia médica identificar se a invalidez é decorrente de doença ou lesão preexistentes. A definição do art. 42 revela que, a princípio, a incapacidade que deu causa à aposentadoria por invalidez tem caráter permanente, pois é “insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”. No entanto, nada impede que o segurado aposentado por invalidez recupere sua atividade laboral. Embora no momento da perícia médica a incapacidade tenha sido considerada permanente, os avanços da medicina ou mesmo evoluções imprevistas do caso podem reestabelecer a capacidade laboral do segurado. Nesse sentido, aquele dispositivo complementa que a aposentadoria por invalidez será paga enquanto o segurado permanecer na condição de inválido, ou seja, enquanto a incapacidade permanente permanecer. A renda mensal do benefício de aposentadoria por invalidez é equivalente a 100% do salário-de-benefício. Nesse caso, não há aplicação do fator previdenciário, que é obrigatoriamente aplicado no caso de aposentadoria por tempo de contribuição e facultativamente aplicável às aposentadorias por idade. Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade (como auxílio-doença), será considerado como salário-de- contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 4 cálculo da renda mensal do benefício. A data de início do benefício é obtida da seguinte forma: I – ao segurado empregado: a contar do 16° dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; II – ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, especial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias (art. 43, § 1°, “a” e “b”). Em regra, a aposentadoria por invalidez é devida desde o início da incapacidade, ou seja, desde o momento em que o segurado deixa de ser capaz de exercer atividade que lhe garanta a subsistência. No entanto, para o segurado empregado existe uma pequena diferença, pois durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário (art. 43, § 2°). Logo, a aposentadoria será devida apenas a partir do 16° dia do afastamento. Independentemente da categoria de segurado, aquele que é afastado de suas atividades por invalidez deve procurar o INSS para requerer o benefício. Caso haja demora excessiva do segurado para entrar com o requerimento (no caso, mais de 30 dias), o termo de início do benefício será a data de entrada do requerimento, sem que haja direito ao benefício entre o afastamento da atividade e a entrada do requerimento. Dessa maneira, o rendimento do segurado não sofrerá interrupções, a não ser que ele demore mais de 30 dias para solicitar o benefício, a partir da incapacidade. A concessão de aposentadoria por invalidez está condicionada ao afastamento de todas as atividades. Outras hipóteses de aposentadoria pelo RGPS permitem que o segurado continue trabalhando. No entanto, no caso de aposentadoria por invalidez,o afastamento de todas as atividades é imperativo para o recebimento do benefício, já que o requisito essencial para sua concessão é a incapacidade permanente para o trabalho. A constatação de CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 5 incapacidade permanente é válida para qualquer atividade. Se o segurado é capaz de manter alguma atividade remunerada, então não será considerado inválido. Logo, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno (art. 44, § 3°, e art. 48). Caso o segurado exerça diversas atividades, a incapacidade permanente para uma delas não trará direito à aposentadoria por invalidez, mas sim a pagamento de auxílio-doença, em razão dessa atividade. O sistema previdenciário concede tratamento mais benéfico ao aposentado por invalidez que necessite de assistência de outra pessoa. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, sendo devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal, e será recalculado, quando o benefício que lhe deu origem for reajustado (art. 45). Essa hipótese de aposentadoria por invalidez acrescida de 25%, junto com o salário- maternidade, são as duas exceções que permitem benefícios previdenciários acima do teto do RGPS. O Anexo I do Decreto n° 3.048/99 (RPS) traz a relação de situações em que o aposentado por invalidez terá direito à majoração de 25%: 1) cegueira total; 2) perda de 9 dedos das mãos ou superior a esta; 3) paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; 4) perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível; 5) perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível; 6) perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível; 7) alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social; 8) doença que exija permanência contínua no leito; 9) incapacidade permanente para as atividades da vida diária. Registre-se que este acréscimo cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 6 reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. Desse modo, o aposentado por invalidez fica obrigado, sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-periciais a cada dois anos (art. 46 do RPS). Essa obrigação é uma prerrogativa da previdência, que assim pode verificar a continuidade da condição de invalidez por meio de perícias e oferecer possibilidades de recuperação da capacidade laboral, quando for o caso. Isso significa que o segurado aposentado por invalidez não pode optar por continuar inválido, se sua capacidade laboral puder ser reestabelecida. O segurado somente poderá negar o tratamento cirúrgico e a transfusão de sangue, casos em que se entende que haveria risco de vida para o segurado – muita atenção para essa exceção acerca do tratamento cirúrgico e da transfusão de sangue, pois ela é frequentemente cobrada em prova. O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial. Se a perícia médica do INSS concluir pela recuperação da capacidade laborativa, a aposentadoria será cancelada, mas o benefício terá redução gradativa, até sua extinção (art. 47). Caso o aposentado por invalidez retorne à atividade voluntariamente, sem a avaliação de perícia médica do INSS, sua aposentadoria será automaticamente cancelada, a partir da data do retorno (art. 46, Lei n° 8.213). Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, a redução gradativa da aposentadoria observará as normas seguintes (art. 47, Lei n° 8.213/91): I - quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 7 na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio- doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; e II - quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto no inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de cinquenta por cento, no período seguinte de seis meses; e c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis meses, ao término do qual cessará definitivamente. O segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo benefício, tendo este processamento normal. Por exemplo, se esse segurado vier a sofrer um acidente após seu retorno à atividade, poderá solicitar auxílio-doença normalmente. Essas são as principais regras e características da aposentadoria por invalidez do RGPS. Da Aposentadoria por Idade A aposentadoria por idade, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60, se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres. A aposentadoria por idade é benefício que almeja proteger o segurado quando a idade avançada impedir a continuidade do trabalho. O benefício é tratado na Lei n° 8.213/91, nos arts. 48 a 51, e no RPS, arts. 51 a 55. Como visto em aula passada, este benefício tem carência de 180 contribuições mensais. Durante um tempo, houve certa polêmica sobre a CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 8 necessidade de o segurado completar a carência e atingir a idade para aposentação simultaneamente, enquanto ainda estivesse na qualidade de segurado. Ou seja, se um homem trabalhou dos 25 aos 40 anos, completando a carência de 180 contribuições mensais, e depois não mais exerceu atividade remunerada, terá direito à aposentadoria por idade quando completar 65 anos, mesmo sem gozar da qualidade de segurado do RGPS? Embora o INSS tenha insistido que, para fazer jus a esse benefício, o segurado devia manter a qualidade de segurado na época do requerimento, havia muitas decisões judiciais em sentido contrário, exigindo apenas a carência para que o benefício fosse devido. Posteriormente, a Lei n° 10.666/93 excluiu a qualidade de segurado como requisito para a aposentadoria por idade para aqueles que já tinham a carênciado benefício cumprida, fixando a posição que já vinha sendo adotada por alguns juízes. A aposentadoria por idade terá valor equivalente a 70% do salário-de- benefício, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%, totalizando 100%, com a aplicação facultativa do fator previdenciário. Assim, se um homem completar 65 anos de idade e tiver contribuindo para a previdência durante 30 anos (30 grupos de 12 contribuições mensais), terá direito à aposentadoria por idade no valor de 100% do salário-de-benefício (70% + 1% x 30 = 100%). No entanto, se tiver contribuído somente por 20 anos, sua aposentadoria será no valor de 90% do SB (70% + 1% x 20 = 90%). O artigo 49 da Lei n° 8.213/91 define a data de início do benefício. A aposentadoria por idade será devida: I – ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do empregou ou quando for requeria após 90 dias do desligamento; e II – para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 9 A ideia desses prazos é de que o interesse de agir é do próprio segurado, para que possa receber o benefício ao qual tem direito. O INSS não tem a obrigação de conceder benefício se o segurado não solicitar. Portanto, o segurado é que deve tomar as providências oportunamente para que passe a receber sua aposentadoria por idade assim que completar os requisitos para sua concessão. Adicionalmente, a Resolução INSS n° 66/2009 previu que os segurados que implementarem a idade e a carência necessárias para a aposentadoria por idade, de acordo com os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), serão comunicados sobre a possibilidade de requerimento do benefício por meio de “Aviso para Requerimento de Benefício”. Esse dispositivo foi resultado da nova redação do art. 29-A da Lei n° 8.213/91, que permite a utilização dos dados do CNIS a qualquer época para fins de benefício, presumindo-se verdadeiros, desde que contemporâneos. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carência, quando este completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria. A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, desde que requerida pelo segurado, observado o cumprimento da carência exigida na data de início do benefício a ser transformado. Para os trabalhadores rurais, o limite de idade para aposentadoria (por idade) foi reduzido em 5 anos. Essa regra é justificada pelo argumento de que os trabalhadores rurais estão expostos a maior desgaste e comprometimento de sua capacidade laborativa, devido às condições do trabalho rural. Assim, eles seriam recompensados por essa aposentadoria mais precoce. Historicamente, os trabalhadores rurais tinham tratamento diferenciado no Brasil para fins previdenciários. Todavia, a CF/88 extinguiu as diferenças entre CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 trabalhadores urbanos e rurais, restando esse tratamento mais benéfico para a aposentadoria por idade. Numa análise preliminar, essa regra especial para os trabalhadores rurais pode parecer conflitante com o § 1° do art. 201 da Constituição, que veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do RGPS, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Não existe contradição entre essas duas normas por dois motivos: primeiro, porque a regra foi direcionada ao legislador ordinário e ao Poder Executivo, sendo certo que o próprio legislador constituinte pode criar uma exceção no texto constitucional; segundo, porque podemos encarar essa regra como uma exceção, pois ela se encaixa no espírito da exceção prevista no § 1° - ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de necessidades especiais. A redução de 5 anos no limite de idade para concessão de aposentadoria por idade é válida para todos os trabalhadores rurais, e não só para os segurados especiais. Além desses, também os segurados empregados, avulsos ou contribuintes individuais que se enquadrarem como trabalhadores rurais farão jus ao benefício com idade reduzida em 5 anos. Os documentos comprobatórios da atividade rural estão previstos na Lei n° 11.718/08. Contudo, a carência do segurado especial, em regra, é contada somente com base no tempo de atividade rural, mesmo sem comprovação de recolhimento. A comprovação do efetivo exercício de atividade rural será feita em relação aos meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua, durante período igual ao da carência exigida para a concessão do benefício. Desta maneira, a aposentadoria por idade do trabalhador rural requer, além da idade, tempo de atividade rural durante período igual ao de carência. Caso o trabalhador rural não alcance o tempo mínimo de atividade rural para fins de aposentadoria, poderá usar este CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 tempo para fins de aposentadoria por idade pela regra geral, sem redução de 5 anos, quando somado a tempo de outras atividades (art. 51, § 2°, RPS). Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos, se mulher. A aposentadoria por tempo de contribuição veio substituir a aposentadoria por tempo de serviço, existente antes da EC n° 20/98. Contudo, apesar de a Lei Complementar n° 126/2003 ter alterado a redação do art. 18 da Lei n° 8.213/91, mudando o nome do benefício de “aposentadoria por tempo de serviço” para “aposentadoria por tempo de contribuição”, a mesma Lei Complementar não alterou a redação da subseção que detalha as regras desse benefício mais à frente, nos artigos 52 a 56 da Lei n° 8.213. Contudo, no RPS a redação está adequada, sendo que o benefício é objeto de seus artigos 56 a 63. Por esse motivo, farei menção, nesse trecho, a dispositivos do Decreto n° 3.048, em vez de basear as explanações na Lei n° 8.213/91. A aposentadoria por tempo de contribuição também exige carência de 180 contribuições mensais. Vale recordar que o tempo de contribuição não se confunde com o tempo de carência. O segurado que efetua vários recolhimentos em atraso terá tempo de contribuição, mas não terá tempo de carência, visto que esse é contado como as contribuições mensais recolhidas sem atraso. Se na aposentadoria por idade havia redução de 5 anos na idade para trabalhadores rurais, na aposentadoria por tempo de contribuição há redução de 5 anos para os professores. É o que diz o § 1° do art. 56 do RPS: “a aposentadoria por tempode contribuição do professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, será devida ao CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 professor aos 30 anos de contribuição e à professora aos 25 anos de contribuição”. O § 2° equipara as funções de direção e de coordenação e assessoramento pedagógico às funções de magistério, quando exercida por professor. Portanto, a comprovação de tempo efetivo exercido em função de magistério não se restringe às atividades de sala de aula, mas inclui também as de diretor e de coordenação e assessoramento pedagógico. Registre-se que a função de professor universitário está excluída desse tratamento diferenciado. A renda mensal da aposentadoria por tempo de contribuição é de 100% do salário de benefício, com a aplicação obrigatória do fator previdenciário. É o único caso de utilização compulsória do fator. A data de início do benefício segue a mesma regra da aposentadoria por idade (art. 58), isto é: I – ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do empregou ou quando for requeria após 90 dias do desligamento; e II – para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. Em regra, o segurado especial não possui direito à aposentadoria por tempo de contribuição. No entanto, há uma hipótese em que este tipo de segurado fará jus a tal benefício: caso opte por recolher facultativamente como contribuinte individual, adquirindo direito ao benefício após o cumprimento da carência exigida e do tempo de contribuição, não computando para este efeito o tempo de atividade rural não contributivo. Também não têm direito a este benefício os segurados contribuinte individual e facultativo que optarem pelo sistema de inclusão previdenciária, contribuindo com alíquota reduzida de 11% sobre o salário-de-contribuição, bem como aqueles que contribuírem com 5% de acordo com a nova possibilidade da Lei n° 12.470/2011. Essa opção implica na renúncia ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. Caso este segurado CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 mude de ideia e queira contar o tempo correspondente para obter aposentadoria por tempo de contribuição ou para contagem recíproca entre regimes previdenciários, deverá complementar sua contribuição com o recolhimento de mais 9%, caso tenha recolhido 11%, ou de mais 15%, caso tenha recolhido 5%, acrescidos dos juros de mora, mas sem multa moratória. Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade. Cabe ao contribuinte individual comprovar a interrupção ou o encerramento da atividade pela qual vinha contribuindo, sob pena de ser considerado em débito no período sem contribuição (art. 59, RPS). O art. 60 do RPS dispõe sobre os períodos contados como tempo de contribuição, até que lei específica discipline a matéria. Além das hipóteses de tempo de contribuição mais óbvias, vale mencionar que também são considerados como tempo de contribuição: o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade; o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas; o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade; o período de contribuição efetuada como segurado facultativo; o período de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições. Não será computado como tempo de contribuição o já considerado para concessão de qualquer aposentadoria do RGPS ou por RPPS. A Constituição Federal, em seu art. 201, § 9°, incluído pela EC n° 20/1998, assegura, para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. A lei que CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 estabeleceu os critérios de compensação financeira entre os regimes é a Lei n° 9.796, de 1999. No mesmo sentido, a Lei n° 8.213/1991 previu a contagem recíproca em seu art. 94: “Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de Previdência Social ou no serviço público é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese em que os diferentes sistemas de previdência social se compensarão financeiramente”. É vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes (art. 96, II). Vejamos um exemplo. Se você, antes de ingressar no serviço público, como servidor do INSS, tiver trabalhado por dez anos como empregado de uma empresa, terá contribuído para o RGPS durante todo o período, dez anos. Assim, ao ingressar no serviço público federal, se vinculará a regime próprio de previdência social (RPPS). Os dez anos de contribuição para o RGPS poderão ser aproveitados no RPPS, para efeito de aposentadoria. Para isso, basta que você tenha uma certidão de tempo de contribuição, do INSS, e faça a averbação desse tempo no RPPS. Os regimes se compensarão financeiramente, seguindo os ditames da Lei n° 9.796, de 1999. O art. 62, § 2°, do RPS foi também alterado, passando a prever, além do CNIS, outras várias formas de comprovar o tempo de contribuição. Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito (art. 63, RPS). Da Aposentadoria Especial A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 64, RPS). Já vimos que também a aposentadoria especial tem carência de 180 contribuições mensais. As condições mais benéficas da aposentadoria especial se devem às condições particulares em que as atividades são executadas, fruto da exposição permanente a agentes nocivos (físicos, químicos ou biológicos), em ambiente insalubre. Devido a essas condições, existe a presunção de perda da integridade física e mental em ritmo acelerado. O benefício é tratado na Lei n° 8.213/91, arts. 57 e 58, e RPS, arts. 64 a 70. É importante observar que a aposentadoria especial não é devida a todos os segurados, mas somente aos empregados e os avulsos, além do contribuinte individual, quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. O cooperadofoi incluído nesse rol recentemente, pela Lei n° 10.666/2003. Como pressupostos para a concessão do benefício, o segurado deverá comprovar, perante o INSS, seu tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo de 15, 20 ou 25 anos, conforme a atividade laborativa. Deverá comprovar, também, a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. A renda mensal do benefício terá valor equivalente a 100% do salário de benefício. A data de início do benefício seguirá as mesmas regras das previstas para as aposentadorias por tempo de contribuição ou idade: a partir da data de entrada do requerimento ou da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela, no caso de segurado empregado. Consideram-se como tempo de trabalho os períodos correspondentes ao exercício de atividade permanente e habitual (não ocasional nem CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 intermitente), durante toda a jornada de trabalho, em cada vínculo, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, inclusive férias, licença médica e auxílio-doença decorrente do exercício dessas atividades. É relevante observar que, para este benefício, não há distinção para tempo de trabalho entre homens e mulheres. A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), na forma estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Para fins de concessão da aposentadoria especial, a perícia médica do INSS deverá analisar o perfil profissiográfico e o laudo técnico, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do RPS. As dúvidas relativas ao enquadramento dos agentes nocivos serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da Previdência Social. O beneficiário de aposentadoria especial que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, ou nele permanecer voluntariamente, terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data de retorno. Entretanto, como aposentadoria é direito adquirido, se o segurado afastar-se das atividades nocivas, o benefício deverá voltar a ser pago. O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado na hipótese de exercício de atividade em mais de um vínculo, com tempo de trabalho concomitante (comum e especial), se o tempo especial for exercido em caráter permanente, não ocasional nem intermitente, em toda jornada de trabalho em CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 um dos vínculos, uma vez que a atividade comum não descaracteriza o enquadramento da atividade considerada especial, devendo, nesse caso, ser informada a jornada de trabalho de cada atividade. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante: Essa é a tabela de conversão de tempo Especial para Especial. Há, ainda, a hipótese de conversão de tempo Especial em Comum. Segundo o art. 57, § 5° da Lei n° 8.213/91, “o tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho, exercido em atividade comum, ...” Essa conversão é feita utilizando os multiplicadores da tabela abaixo: TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40 Vamos pensar em dois exemplos numéricos para clarear essas hipóteses de conversão de tempo de contribuição. No caso da primeira tabela, de conversão de tempo de contribuição especial para especial, pense num trabalhador que trabalhou durante 6 anos numa atividade que enseja a TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25 DE 15 ANOS - 1,33 1,67 DE 20 ANOS 0,75 - 1,25 DE 25 ANOS 0,60 0,80 - CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 concessão de aposentadoria especial após 15 anos. Posteriormente, esse trabalhador muda de atividade e passa a trabalhar em uma que dá direito à aposentadoria especial após 20 anos. Nesse caso, como fazer a conversão? Seguindo a primeira tabela, cada ano trabalhado em atividade de 15 anos corresponde a 1,33 anos em atividade de 20 anos. Logo, os 6 anos do trabalhador em atividade de 15 anos corresponde a 8 anos na atividade de 20 anos (6 x 1,33 = 8). Desse modo, tal trabalhador precisará trabalhar durante 12 anos (e não 14) para completar os 20 anos exigidos e ter direito a aposentadoria especial. Agora, o caso de conversão de tempo especial em comum. Imagine um trabalhador que tenha trabalhado durante 16 anos em atividade que enseja concessão de aposentadoria especial após 20 anos. Na sequência, esse trabalhador deixa de trabalhar em atividade especial e passa a trabalhar em atividade comum, que dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição após 35 anos de contribuição (homem). Ora, o tempo especial vale mais que o tempo comum, pois o trabalhador só precisava de mais 4 anos na atividade especial para ter direito à aposentadoria especial após 20 anos. Assim, para fazer a conversão do tempo especial em comum, a tabela nos informa que cada ano em atividade que enseja aposentadoria especial após 20 anos corresponde a 1,75 anos de tempo comum, para o homem. Logo, os 16 anos trabalhados em atividade especial corresponderão a 28 anos de tempo de contribuição comum, sendo necessários ainda mais 7 anos em atividade comum para esse trabalhador ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função da natureza, concentração, intensidade e fator de exposição, considerando-se: I – físicos – os ruídos, as vibrações, o calor, o frio, a umidade, a eletricidade, as pressões anormais, as radiações ionizantes, as radiações não ionizantes, observado o período do dispositivo legal. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 II – químicos – os manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória, bem como aqueles que forem passíveis deabsorção por meio de outras vias; III – biológicos – os micro-organismos como bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus e ricketesias, dentre outros. São considerados, também, como período de trabalho sob condições especiais, para fins de benefícios do RGPS, o período de férias, bem como de benefício por incapacidade acidentária (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) e o período de percepção de salário-maternidade, desde que na data do afastamento o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial. O art. 201, § 1°, da Constituição Federal foi alterado pela EC n° 47/2005, que estendeu aos portadores de deficiência o direito ao benefício aposentadoria especial. Este é um comando constitucional de eficácia limitada, pois para sua aplicação será necessária a edição de lei complementar. Portanto, enquanto tal lei complementar não é editada, os portadores de deficiência não têm seu direito regulado. Da Pensão por Morte A pensão por morte é o benefício devido aos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. É benefício direcionado aos dependentes do segurado, visando à manutenção da família, no caso da morte do responsável pelo seu sustento. O benefício está previsto na Lei n° 8.213/91, nos arts. 74 a 79 , e no RPS, arts. 105 a 115. Será devido ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: I) do óbito, quando requerido até 30 dias depois deste; II) do requerimento, quando CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 requerida após 30 dias do óbito; ou III) da decisão judicial, no caso de morte presumida. A pensão por morte é benefício que não possui carência. O benefício consiste numa renda de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Para lembrarmos quem são os dependentes que fazem jus à pensão por morte do segurado, vamos rever o art. 16 da Lei n° 8.213/91, com redação dada pela recente Lei n° 12.470/2011: “Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I – o conjugê, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; II – os pais; III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.” Havendo mais de um dependente com direito à pensão, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais, e será revertido em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente somente produzirá efeito a contar da data da habilitação. A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido se for comprovada pela perícia médica a existência de invalidez na data do óbito do segurado. Para o menor de idade que se invalidar antes de completar 21 anos, não se extinguirá a respectiva cota se confirmada a invalidez mediante exame médico-pericial. O pensionista inválido está obrigado, independentemente de CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia pensão de alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com os demais dependentes de primeira classe. O STJ entende que, caso reste comprovado necessidade econômica superveniente, o cônjuge que renunciou aos alimentos na separação judicial terá direito à pensão por morte (Súmula n° 336). A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida: I - mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data de sua emissão; ou II - em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil (art. 112, RPS). A morte presumida é um instituto do Direito Civil aplicável aos casos em que a ocorrência da morte se presume, mesmo que não se tenha achado o corpo. Nesses casos, a pensão por morte poderá ser concedida provisoriamente. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa: I) pela morte do pensionista; II) para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau em curso de ensino superior; III) para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico-pericial, a cargo da Previdência Social; ou IV) pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos. Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 QUESTÕES 1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro de 2004, Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento administrativo de aposentadoria em uma das agências da Previdência Social. Em anexo ao referido pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que comprova o vínculo empregatício com a empresa “Pães, doces e comidas deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30 anos completos, na data de requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS responsável pelo ato de concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o): a) concessão de aposentadoria por idade; b) concessão de aposentadoria proporcional; c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; d) concessão de aposentadoria especial; e) indeferimento do pedido de aposentadoria. 2 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as regras do Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por invalidez é benefício a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante seu gozo. b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro das possibilidades do segurado. c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua concessão. d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos limites impostos pelo perito do INSS. 3 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmarcorretamente que CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do benefício, possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do benefício durante quantos meses forem os anos de duração do benefício. C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que ensejou a concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está dispensado de devolver as importâncias recebidas da autarquia previdenciária. D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início do benefício, possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor integral do benefício por seis meses. E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. 4 - (ESAF/AFPS/2002) Com relação à aposentadoria por invalidez e suas características, assinale a opção incorreta. a) Benefício de renda mensal. b) Existe, em regra, carência. c) Extinção do benefício com o retorno voluntário à atividade. d) Pode ser acumulado com auxílio-doença. e) Alíquota de 100% do salário-de-benefício. 5 - (TRF da 5ª Região/Juiz/2005) A aposentadoria por invalidez será cancelada, a) após cinco anos, para o contribuinte individual que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa no momento em que se aposentou. b) imediatamente, se o segurado recusar tratamento cirúrgico gratuito. c) após tantos anos quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria, quando o segurado for considerado reabilitado para o exercício do trabalho. d) mesmo que o segurado esteja apto para o exercício de atividade diversa da que habitualmente exercia, desde que siga sendo paga pelo prazo de doze meses. e) a partir da data do retorno voluntário ao trabalho, ainda que em atividade diversa daquela que o segurado exercia habitualmente. 6 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio-doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 anos, respectivamente. Os itens que estão certos são: a) II e III b) II c) I, II e III d) I e II e) I 7 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens abaixo: I - Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício cancelado imediatamente. II - Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez será cassado a partir da data desse retorno. Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, mas a cessação do benefício ocorre 30 dias após o retorno. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 8 - (CESPE/Juiz Federal – TRF 2ª Região/2009-adaptada) Marque a alternativa que completa a sentença de maneira correta: O salário-de-benefício da aposentadoria por idade é apurado pela média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição a) correspondente a 100% de todo o período contributivo. b) correspondentes a 80% de todo o período contributivo. c) correspondente a 70% de todo o período contributivo, mais 1% deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento. d) correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. e) correspondentes a 91% de todo o período contributivo. 9 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens abaixo: I - Firmino foi professor do ensino fundamental durante vinte anos e trabalhou mais doze anos como gerente financeiro em uma empresa de exportação. Nessa situação, excluindo-se as regras de transição, Firmino pode requerer o benefício integral de aposentadoria por tempo de contribuição, haja vista a possibilidade de computar o tempo em sala de aula em quantidade superior ao efetivamente trabalhado, dada a natureza especial da prestação de serviço. II - Durval, inscrito na previdência social na qualidade de contribuinte individual, trabalha por conta própria, recolhendo 11% do valor mínimo mensal do salário de contribuição. Nessa situação, para Durval fazer jus ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, deverá recolher mais 9% daquele valor, acrescidos de juros. Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, mas além dos juros incide também multa de mora no recolhimento complementar. 10 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Considera-se tempo de contribuição para fins de concessão de aposentadoria o A)) período de contribuição efetuado por segurado facultativo. B) tempo de serviço baseado em prova exclusivamente testemunhal, quando não houver documentos contemporâneos dos fatos a serem comprovados. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 C) tempo de serviço militar já computado para a inatividade remunerada nas Forças Armadas. D) exercício da medicina, a partir da inscrição no Conselho Regional de Medicina. E) tempo de auxílio-reclusão. 11 - (FMP/Adjunto de Procurador do Ministério Público Especial junto ao TCE-RS/2008) De acordo com as regras sobre contagem recíproca de tempo de serviço: a) é possível a soma dos períodos de trabalho prestados em mais de uma empresa, simultaneamente, para fins de aposentadoria. b) é possível a soma do tempo de serviço público e privado, prestado simultaneamente, para fins de aposentadoria. c) as contribuições referentes ao período de contribuição que não tenha sido utilizado para aposentadoria serão objeto de restituição, monetariamente corrigidas. d) é possível que o tempo de serviço público seja contado para fins de aposentadoria no regime geral de previdência social, e vice-versa, desde que atendidas as demais condições legais do sistema no qual o benefício está sendo postulado. e) o tempo de serviço utilizado para a concessão de aposentadoria por um sistema pode ser novamente utilizado paraaposentadoria em outro. 12 - (Perito Médico-INSS/2005) De acordo com a Lei n° 8.213/91 e suas atualizações, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência legal, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, conforme dispuser a Lei, durante: a) 25, 20 ou 35 anos. b) 20, 25 ou 30 anos. c) 15, 20 ou 25 anos. d) 10, 15 ou 20 anos. e) 5, 10 ou 15 anos. 13 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Para concessão da aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos, será feita mediante formulário denominado: A) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). B) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 C) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). D) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). E) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT). 14 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Atualmente, para a concessão de aposentadoria especial, é imprescindível que o(a): a) segurado comprove, além do tempo de contribuição, a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, de modo habitual, permanente e não intermitente. b) segurado comprove que trabalhou durante 15, 20 ou 25 anos sujeito a condições especiais, independente do período de exposição a agentes agressivos durante a jornada de trabalho. c) segurado declare que executou atividades sob condições especiais, independente de a empresa empregadora emitir ou não laudo técnico. d) segurado tenha, no mínimo, 50 anos de idade. e) atividade desempenhada pelo segurado se enquadre na categoria profissional presumida em lei como sujeita a condições insalubres, penosas ou perigosas. 15 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens abaixo: I - Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. Nessa situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico previdenciário, documento emitido pela empresa em que trabalha e embasado no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove as condições para habilitação de benefícios previdenciários especiais. II - João trabalha, há dez anos, exposto, de forma não-ocasional nem intermitente, a agentes químicos nocivos. Nessa situação, João terá direito a requerer, no futuro, aposentadoria especial, sendo-lhe possível, a fim de completar a carência, converter tempo comum trabalhado anteriormente, isto é, tempo em que não esteve exposto aos agentes nocivos, em tempo de contribuição para a aposentadoria do tipo especial. Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) Somente em I. C) Somente em II. D) Nenhum dos itens. E) Somente em II, mas o PPP é emitido pelo INSS. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 16 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) A pensão por morte A) é devida ao dependente inválido se a invalidez ocorrer após o óbito do segurado. B) é devida ao dependente que receba aposentadoria por invalidez que está dispensado da realização de nova perícia médica. C) cessa para a viúva com o novo casamento. D) cessa com a emancipação de segurado inválido. E))cessa com a adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. 17 - (FCC/Procurador–PGE-MT/2011) Considere as seguintes afirmações relacionadas à pensão por morte: I. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em partes iguais. II. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. III. A parte individual da pensão extingue-se pela morte do pensionista. IV. A parte individual da pensão extingue-se também para o filho, pela emancipação ou ao completar 24 (vinte e quatro) anos de idade, salvo se for inválido. V. Para o pensionista inválido, extingue-se o benefício da pensão por morte pela cessação da invalidez. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e IV. b) I, II, III e V. c) I, II e V. d) I, III e IV. e) II, III e V. 18 - (FCC/Analista do Ministério Público–MPE-SE/2009) Em relação à pensão por morte considere: I. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, estando desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos em qualquer hipótese. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 II. Não faz jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. III. Prescrevem as prestações respectivas não reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos, contado da data em que forem devidas, exceto para os dependentes menores ou incapazes. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I, apenas. c) II, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III apenas. 19 - (Analista Previdenciário / INSS / 2005) Caio, segurado do Regime Geral de Previdência Social, divorciou-se de Dora, em julho de 1999, ficando ajustado que pagaria uma pensão alimentícia no valor de 20% do seu salário. Em janeiro de 2003, Caio casa-se com Ana e, fruto dessa relação, nasce Márvio. Com o falecimento de Caio em agosto de 2004, quem tem direito ao recebimento de pensão por morte, na qualidade de seu dependente? a) Ana, somente. b) Márvio, somente. c) Ana e Márvio, somente. d) Dora e Márvio, somente. e) Dora, Ana e Márvio. 20 – (Perito Médico/INSS/2005) Segundo a Lei n° 8.213/91 e suas respectivas atualizações, a pensão por morte é devida ao conjunto dos dependentes do segurado e se extingue nas condições abaixo, exceto uma. Indique-a. a) Morte do pensionista. b) Para o filho ou equiparado, quando este completar 21 anos, mesmo se inválido. c) Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez. d) Para irmão menor, de ambos os sexos, quando completar 21 anos, salvo se inválido. e) Para o dependente inválido cuja invalidez não puder ser comprovada na data do óbito do segurado. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 GABARITO 1) E 2) C 3) B 4) D 5) E 6) B 7) C 8) D 9) C 10) A 11) D 12) C 13) D 14) A 15) B 16) E 17) B 18) B 19) E 20) B QUESTÕES COMENTADAS 1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Em novembro de 2004, Josué, segurado empregado, de 60 anos, faz requerimento administrativo de aposentadoria em uma das agências da Previdência Social. Em anexo ao referido pedido, apresenta cópia da carteira de trabalho, que comprova o vínculo empregatício com a empresa “Pães, doces e comidas deliciosas LTDA”, como balconista, durante 30 anos completos, na data de requerimento. Você, na qualidade de servidor do INSS responsável pelo ato de concessão de benefícios, deve decidir corretamente pela(o): a) concessão de aposentadoria por idade; b) concessão de aposentadoria proporcional; c) concessão de aposentadoria por tempo de contribuição; d) concessão de aposentadoria especial; e) indeferimento do pedido de aposentadoria. Gabarito: letra “e”. Essa é uma questão interessante sobre uma situação-problema típica do trabalho do servidor do INSS, que exige um conhecimento importante a respeito dos requisitos para concessão de aposentadoriaspor idade e por tempo de contribuição. Primeiramente, o candidato deveria descartar as alternativas “b” e “d”, tendo em vista que não existe benefício previdenciário denominado aposentadoria proporcional (b) e o enunciado não faz nenhuma menção à exposição a condições especiais que CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 pudessem prejudicar a saúde ou a integridade física do trabalhador, o que ensejaria a concessão de aposentadoria especial. A alternativa “a” está errada porque Josué tem 60 anos e a aposentadoria por idade só é devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher (art. 51 do Decreto n° 3.048/1999). A alternativa “c” também está errada porque a aposentadoria por tempo de contribuição só será devida ao segurado após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de contribuição, se mulher (art. 56 do Decreto n° 3.048/1999). Portanto, Josué ainda não atende ao critério de idade para se ter direito à aposentadoria por idade e tampouco atende ao critério de tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Para fazer jus a um desses dois benefícios, teria que contribuir por mais 5 anos, para ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição; ou esperar completar 65 anos de idade, para ter direito à aposentadoria por idade. Desse modo, a resposta certa é letra “e”, pois o servidor deve indeferir o pedido de aposentadoria, pois o segurado não atende aos requisitos para concessão do benefício. 2 - (FCC/Procurador Especial de Contas–TCM-BA/2011) Segundo as regras do Regime Geral da Previdência Social, o benefício da aposentadoria por invalidez é benefício a) programado; reclama carência e não permite a volta ao trabalho durante seu gozo. b) não programado; não reclama carência e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro das possibilidades do segurado. c) não programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho, durante sua concessão. d) não programado; reclama carência, inclusive se decorrente de acidente de trabalho; substitui os salários e não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. e) programado; reclama carência, exceto se decorrente de acidente de trabalho e permite trabalho concomitante com o recebimento, dentro dos limites impostos pelo perito do INSS. Gabarito: letra “c”. Primeiramente, vejamos a diferença entre benefício programado e benefício não-programado. Benefício programado é aquele decorrente de evento programado, cuja concessão depende do cumprimento dos requisitos de elegibilidade previstos neste Regulamento, ou seja, o segurado já sabe antecipadamente quando terá direito ao benefício. É o caso da aposentadoria por idade, por exemplo. Quando o segurado homem CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 completa 65 anos de idade e conta com a carência de 180 contribuições mensais, possui direito à aposentadoria por idade. Já o benefício não programado está mais ligado à ideia de risco e decorre de evento não programado, como a morte ou invalidez do segurado. A aposentadoria por invalidez é um benefício não programado, pois ninguém sabe antecipadamente quando ficará inválido, trata-se de um risco social. Portanto, as alternativas “a” e “e” já estão erradas, pois a aposentadoria por invalidez não é um benefício programado. Quanto à carência, a aposentadoria por invalidez tem carência de 12 contribuições mensais nos casos comuns. Contudo, independe de carência a concessão de aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado (art. 30, RPS). Assim, as alternativas “b” e “d” também estão erradas, pois em “b” se afirma que a aposentadoria por invalidez não reclama carência em nenhuma situação e em “d” é dito que o benefício sempre exige carência, inclusive quando decorrente de acidente de trabalho, o que está incorreto. A alternativa “c”, que está correta, ainda traz outras duas características da aposentadoria por invalidez. Primeiro, que o benefício substitui o salário, o que está correto, pois a aposentadoria por invalidez consiste numa renda mensal de 100% do salário de benefício e substitui a remuneração do trabalhador. Depois, que a aposentadoria por invalidez não permite o retorno ao trabalho durante sua concessão. Ora, a invalidez está ligada justamente à incapacidade para o trabalho e, por isso, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno (art. 46, Lei n° 8.213/1991). 3 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Pode-se afirmar corretamente que CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 A) o retorno voluntário ao trabalho do aposentado por invalidez faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. B) a recuperação total da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados do início do benefício, possibilita o contribuinte individual receber o valor integral do benefício durante quantos meses forem os anos de duração do benefício. C) aquele que receber aposentadoria especial e retornar à atividade que ensejou a concessão da aposentadoria terá o benefício cessado e está dispensado de devolver as importâncias recebidas da autarquia previdenciária. D) a recuperação total da capacidade laborativa do aposentado por invalidez, após a alta médica que ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início do benefício, possibilita ao segurado contribuinte individual receber o valor integral do benefício por seis meses. E) o retorno voluntário ao trabalho do segurado que receber auxílio-doença faz presumir a alta médica e acarreta a cessação automática do benefício, sem direito a nova perícia. Gabarito: letra “b”. Segundo o art. 49 do RPS, verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, exceto quando o aposentado por invalidez retornar voluntariamente à atividade, será observada a seguinte regra: quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio- doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados, exceto para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, para quem cessará de imediato. Portanto, esse caso se aplica ao contribuinte individual e a letra “b” está correta. A letra “a” está errada porque, segundo a IN INSS n° 45, é garantido ao segurado o direito de submeter-se a novo exame médico- pericial para avaliação de sua capacidade laborativa, quando apresentada defesa ou interposto recurso. A letra “c” também contradiz norma da referida IN, que dispõeque os valores recebidos indevidamente pelo segurado aposentado por invalidez que retornar à atividade voluntariamente deverão ser devolvidos (art. 208). A letra “d” está incorreta porque, como vimos na letra “b”, a regra para recebimento do benefício após o retorno à atividade é outra - tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez. Por fim, a letra “e” também está equivocada CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 porque a regra que expressa é válida apenas para a aposentadoria por invalidez, pois no caso de auxílio-doença não se presume perda total da capacidade de trabalho. 4 - (ESAF/AFPS /2002) Com relação à aposentadoria por invalidez e suas características, assinale a opção incorreta. a) Benefício de renda mensal. b) Existe, em regra, carência. c) Extinção do benefício com o retorno voluntário à atividade. d) Pode ser acumulado com auxílio-doença. e) Alíquota de 100% do salário-de-benefício. Resposta: letra “d”. O artigo 124 da Lei n° 8.213/1991 dispõe que, salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos benefícios auxílio-doença e qualquer aposentadoria. Portanto, ao contrário do que se afirma na letra “d”, a aposentadoria por invalidez não pode ser acumulada com auxílio-doença. É possível e até comum que a aposentadoria por invalidez seja resultante da conversão do auxílio-doença, quando a perícia médica detecta incapacidade total e definitiva para o trabalho decorrente da doença que havia justificado o recebimento do auxílio-doença, mas essa situação não pode ser confundida com o acúmulo de benefícios (estudaremos as hipóteses de acumulação de benefícios na Aula 05). 5 - (TRF da 5ª Região/Juiz/2005) A aposentadoria por invalidez será cancelada, a) após cinco anos, para o contribuinte individual que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa no momento em que se aposentou. b) imediatamente, se o segurado recusar tratamento cirúrgico gratuito. c) após tantos anos quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria, quando o segurado for considerado reabilitado para o exercício do trabalho. d) mesmo que o segurado esteja apto para o exercício de atividade diversa da que habitualmente exercia, desde que siga sendo paga pelo prazo de doze meses. e) a partir da data do retorno voluntário ao trabalho, ainda que em atividade diversa daquela que o segurado exercia habitualmente. Resposta: letra “e”. O artigo 47 da Lei n° 8.213/91 trata das hipóteses de cancelamento da aposentadoria por invalidez quando é verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez. São duas CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 regras diferentes, uma para quando a recuperação ocorre dentro do período de cinco anos contado da data do início da aposentadoria por invalidez e outra para quando a recuperação ocorre após esse período, ou a recuperação é apenas parcial. Nesse último caso, em vez do cancelamento imediato, há uma redução gradual no valor do benefício que dura até 18 meses, que é o prazo máximo de manutenção da aposentadoria por invalidez nos casos de recuperação da capacidade de trabalho. Portanto, a letra “a” está errada porque não existe cancelamento após cinco anos e a situação descrita refere- se ao segurado empregado. A letra “b” está errada porque a Lei não obriga o segurado a se submeter a tratamento cirúrgico, além do procedimento de transfusão de sangue. A letra “c” parece certa, mas está errada. Segundo a regra do inciso I, “b”, do art. 47, o benefício será cancelado após tantos meses quanto forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados (que não o empregado que tiver direito a retornar ao antigo trabalho), desde que a recuperação da capacidade de trabalho ocorra no período de cinco anos do recebimento da aposentadoria. A letra “d” está incorreta porque não existe essa condição de manutenção do pagamento do benefício por doze meses. A letra "e“ está correta porque afirma que o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno, que é exatamente o que está previsto no art. 46 da Lei. 6 - (Juiz-TRF da 5ª Região/2005-adaptada) A respeito dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem. I - Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio- doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. II - O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. III – A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida pela Lei n° 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 anos, respectivamente. Os itens que estão certos são: a) II e III b) II c) I, II e III d) I e II e) I Gabarito: letra “b”. A única assertiva certa é a do item II, que reproduz o teor do art. 45 da Lei n° 8.213/1991 e seu parágrafo único: “O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo: a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão”. No item I, a palavra “necessariamente” torna a assertiva incorreta, pois a aposentadoria por invalidez é devida ao segurado considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, esteja ou não em gozo de auxílio-doença (art. 42, Lei n° 8.213/1991). Portanto, um acidente grave que provoque incapacidade total e definitiva de imediato ensejará o recebimento de aposentadoria por invalidez sem a necessidade de recebimento de auxílio-doença prévio. O item III está construído de forma correta, mas as idades exigidas para a aposentadoria por idade estão erradas no primeiro trecho da sentença, pois o benefício é devido para o segurado que completar 65 anos, se homem, e 60, se mulher. A redução para os trabalhadores rurais está descrita corretamente. 7 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens abaixo: I - Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício cancelado imediatamente. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 II - Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez será cassado
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