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Resenha O Povo brasileiro

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Matriz Tupi.
O documentário se inicia com Darcy nos questionando se imaginamos como será o mundo daqui a cinquenta anos, com base no que sabemos de o que foi o mundo há cinquenta anos. Uma espécie de alerta para nos conscientizar de que o futuro está em desenvolvimento.
Começa então a falar da matriz que deu origem a etnia brasileira, a matriz tupi. E que muito antes de os portugueses desembarcarem aqui em 1500, já existiam os índios, e ressalta que tinham grande alegria e prazer de serem índios.
Não existia ainda uma nação tupi, os índios eram tupinambás. Havia sim uma quantidade indeterminada de tribos que eram totalmente autossuficientes com a sua relação à natureza. Começaram um processo de agricultura, dominando vários animais e usando várias plantas como alimentos e temperos. Cultivavam a mandioca, o milho, o guaraná, o cará, o amendoim, a batata-doce, o tabaco, a abóbora entre outros. Faziam destes alimentos condimentos ou venenos. E suas moradias eram determinadas pelo curso dos rios.
Os tupinambás eram um povo que viam ou em favor da guerra ou da festa. Desde a vida até a morte, tudo era motivo para se festejar e fazer um culto aos deuses. Já a guerra, era por conquistas de territórios. Nunca escravizavam os povos vencidos pois não lhe eram úteis como uma mão de obra. Realizavam rituais antropofágicos(canibalistas). E em hipótese alguma comiam os fracos nem os covardes. 
Não havia conflitos internos ou brigas, furtos ou nada que desestabilizasse a ordem na tribo. Eram educados para viver em harmonia uns com os outros a partir dos mais experientes. A origem do poder vinha do exemplo, da influência e da cultura e suas tradições. Eram liberais. Casamentos e divórcios ocorriam frequentemente. O homossexualismo era algo comum e bastante presente.
Os índios enxergavam a beleza no culto aos seus deuses, valorizavam o sagrado.
Se dividiam em gênero. Os homens eram instruídos para a caça, para a pesca e fabricação de utensílios como exemplo canoas, arcos e flechas, lanças etc. Já as mulheres eram instruídas para a tecelagem, preparo de comidas e bebidas e responsáveis pelas festas. Não viam diferença entre trabalho e arte. Não comparavam a vida aqui nem a vida após a morte, dizia que tudo continuaria em um paraíso.
Os índios se importavam muito com sua identidade, aprendiam tudo na convivência de uns com os outros, a alegria era uma característica, faziam festa para todos os acontecimentos, como o plantio, colheita, nascimento etc. Não cabia a cultura indígena a desonra.
Tinham tudo, mas não tinham nada, não tinham a ideia do que seria a propriedade privada, tudo pertencia a todos, e todos faziam tudo pela tribo, tudo era um bem comum, como as terras.
Com a chegada dos colonos, pensaram que eram Deuses, mas sim era a chegada de outra cultura, que tinham uma vida totalmente diferente da vida indígena, uma cultura que modificaria para sempre aquelas tribos.
Matriz Lusa.
Darcy começa falando sobre os sonhos do Infante Rei D. Henrique que segundo o próprio Darcy era um rei meio doidão. Filho legítimo da Idade Média sendo um grande incentivador a navegação, e a vários inventos como o navio com leme fixo, o barco a velas, bússolas, e com esse navio montado fez com que os portugueses se aventurassem no mar, ele foi o grande responsável pela evolução das navegações, com isso Portugal se tornou a primeira nação dos tempos modernos, D. Henrique também colaborou para a revolução tecnológica. 
Portugal, formada por uma estreita faixa de terras premidas entre o mar e a Espanha e, com algo em torno de um milhão, a um milhão e meio de habitantes, para sobreviver, tinha que, necessariamente se lançar ao mar. E fez isso munido com as experiências incorporadas de árabes e de judeus, se fez um país de navegadores e de conquistadores.
Portugal se localizava entre o mar e a Espanha, dessa forma ela tinha duas opções se conformar com a situação ou se aperfeiçoar e viver naquele local lançando-se ao mar. Assim com as experiências Árabes e dos Judeus se fez um país de navegadores, estavam localizados em um local propício para tais expedições. 
Os árabes formaram artesãos e camponeses e deixaram como herança aos portugueses inúmeras coisas como o moinho, o algodão, o bicho da seda, a cana-de-açúcar e a doçaria, o azulejo, as varandas entre outros. E viviam em uma economia mercantilista.
A nação portuguesa se formou no combate com os espanhóis, lutando com a expulsão dos árabes. 
Darcy ao citar D. Henrique fala como ele via os reinos, no caso dividia em três, utilizando a santíssima trindade para isso, dessa forma o reino passado seria de Deus, sendo o antigo testamento, o tempo novo seria de seu filho, no caso o novo testamento e o futuro seria representado pelo espírito santo, e esse local seria um local de festa, sem maldade, como o paraíso. Mas essa visão foi vista como heresia pela igreja católica, e combatida.
O segundo capítulo se finaliza com Darcy Ribeiro fazendo uma resgate de memória. Diz que muitos alimentam preconceitos em relação de termos sido colonizados pelos portugueses. Segundo ele, fomos descobertos pelo povo mais avançado que havia na época e fomos juntos, levados em um sonho mirabolante de grandeza, de instituição a um novo reino governado pelo Espírito Santo, com um banquete não apenas de um dia mas, um banquete diário em uma terra sem males. 
'' Isso é utópico, mas acima de tudo, muito lindo.'' Darcy Ribeiro.
Matriz Afro. 
Darcy Ribeiro inicia o documentário apresentando a África como o continente negro, berço da humanidade, alegando que foi ali que a espécie humana nasceu. Mostrando também a diversidade da cultura africana, onde nunca houve uma cultura homogênea.
De Angola, Congo, Nigéria, Moçambique e Daomé, são os locais que os africanos fizeram a travessia para o
Brasil, para serem escravizados. 
Tinham uma vida com muitos conhecimentos como a cerâmica, a criação de gado e a metalurgia. Esta era vista como uma dádiva divina e, em toda a África havia as divindades, e em cada local tinha sua divindade específica. Acreditavam na existência de dois mundos, o visível e o invisível, e criavam vínculos com seus antepassados, e os ancestrais exerciam o poder por tudo, como a terra, a água, florestas etc., no culto aos mortos pediam fertilidade das mulheres, da terra e para proteger dos perigos, havia culto ao sol e ao tempo, a claridade e a escuridão.
Viviam já com concepção de Estado, utilizavam moedas e a escravidão já era existente, uma prática que ocorria entre eles, na sua organização o rei estava acima das famílias, e para ser chefe havia um ritual para lhe conferir o poder, participando de danças, vestia as mais belas roupas, sentava-se em um trono de marfim, e ficavam ali as pessoas passavam ajoelhavam-se para serem abençoados. Os reis eras especialistas em guerra.
Com a chegada doa Angolanos em Salvador, Recife e São Luis, deixaram profundas marcas de suas culturas até os dias de hoje, como o candomblé.
No final do documentário Darcy fala do encontro de negros com índios e sua miscigenação, deixando de serem eles para ser o povo brasileiro. E foi essa gente que fundou o Brasil.

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