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Corpo e Espa~o m nossa concepl;ao, a geornetria vaL muita alem das figuras e das {armas, pois esta relacionada aD desenvolvimemo e ao controle do proprio carpo da crian~a, a percep<;ao do espa<;o que a rodeia e ao deseuvolvimemo de sua competencia espacial. Essa competencia irnplica tanto a capacidade de carla pessoa em identificar fonnas e objetos em seu meio quanta a capacidadede se orientar em urn mundo de farmas e objetos situados espacialmente. De fata, todos vivemos inseridos em urn contexto social repleto de informa<;5es de natureza geometrica que, em sua maioria, sao geradas e percebidas enquanto exploramos a espa<;o ao nosso redor. Acriaw:;a apropria-se das rela<;oes de espa<;o primeiramenre atraves da percep~o de si mesma. passanda pcla percepl;ao dela no mundo ao seu redor para. entao, chegar a um espa1;o represeutado em fanna de mapas, .~q f. c .~Q"'.'~' { •.{ "~ , 'f:>Y1 " c:~ .{ • q m • ~ (1,~] -7i , ~ <i !~ croquis, maquetes, figuras. coordenadas, etc. Tal aproxima1;ao nao e rapida nem ao menos simples e, no inido, esta estreitamente relacionada com a organizal;ao do esquema corporal, a orienral;ao e a percep1;ao espaciaJ. Assim, em um primeiro momenta, a crian1;a conhece o espa1;o sobretudo arraves do movimento, e n01;oes como proximidade, separa1;3o, vizinhan1;a, continuidade organizam-se em uma rela1;ao de pares de oposi1;ao (parecido/diferente, pane/rodo, dentro/fora, peqneno/ grande) de acordo com as explora~6es corporais que ela faz. E possivel afirmar gne a geometria pode ser vista como imagens que se percebem atraves dos mo vimentos; pOl1anto, a primeira geometIia econstituida pelo corpo. I 26 Mapa do corpo FIGURAS E FORMAS A crian~a organiza a relar;ao corpo-espar;~ verbaliza-a e chega assim a urn corpo orientado que the servira de paddio para situar os objetos colocados no espar;o em torno de si, enquanto a orientar;ao dos objetos'ocorre em funr;ao da posir;ao de seu corpo. Essa primeira percepr;ao e 0 rrampolim indispensavel sem 0 qual a estruturar;ao do espa<;o nao pode efetuar-se. Ne.~se semido, podemos afirmar que niio ha espa<;o que se configure sem em'ohrimento do esquema corporal, assim como nao hti corpo que naG seja espar;o e que naa aeupe urn espar;o. 0 espat;o e 0 meio no qual 0 corpo pode mover-se, e 0 corpo e0 pOntO em torno do qual se organiza 0 espar;o. A imagem que a crianr;a vai fazendo de seu proprio corpo configura-se pOlleD a palleo, sendo a resultado e a condi~ao da existencia de rela~oes entre a indivfduo e a seu meio. A crian~a faz a amilise do espa~o primeiro com seu corpo, antes de faze-la com as olhos, para acabar par faze-la com a mente. Par todos esses morivos, temo::: defendido a inclusao sistematica de atividades corporais no trabalho com a Educa~ao [nfantil, em especial no ensino da geometria, que ea componente da marematica que esta mais diretamente relacionado com a forma~ao da::: comperencias espaciais dos alunos. Vma das maneiras mais naturais de fazermos isso e incluir brincadeiras nas aulas de matematica. Brincar de corda, amarelinha, pega-pega traz em si a neces sidade de desenvolver diversas rela<:;oes de espa~o,1 mas ha outras atividades que podemos explorar e que seri'io sugeridas a seguir. No entanto, antes de passarmos as atividades propriamente diras, e necessario dizer que, ao final das atividades, recomendamos muitas vezes ao professor solicitar aos alunos que fa<;am um desenho sobre elas. Esses desenhos criam oportunidades para que as crian~as construam representat;oes do espa~o ao seu redor, utilizando-se de uma linguagem que progressivamente se assemelha ao ato de mapear uma regiao: analisar a que sera represenrado, a posit;ao das pessoas e dos objetos nela presentes, selecionar os elementos mais significativos, cuidar para que a representa~ao nao perca a caracteristica de sua imagem. Em smtese, os desenhos rambem colaboram para que os alunos evoluam na percep~ao do espa<;o e sua representa<;ao. As primeiras atividades que propomos relacionam-se com um maior conhecimento do proprio corpa, porque, ao conhece-lo, 0 aluno conscientiza-se de seu tamanho, da posit;ao de seus membros, dos lados de seu corpo e, ao representa-lo, precisara utilizar procedimemos de observa~ao, analise, proporcionalidade e manter algumas das caraeteristicas de sua imagem, que sao habilidades importantes na configura<;ao da percepl;iio espacial e no desenvolvimento das primeiras not;6es de localiza¢o espacial. Para esta atividade e a seguinre, sera necessario papel manilha ou papel pardo, giz 3 ou caneta hidrognifica e quatTo bolas de meia. 0 professor, juntamente com osanos alunos, desenha 0 contorno do corpo das crian<;as em papel manilha grande; os desenhos feitos sao recortados no comoroo e as alunos, com auxflio do professor, compleram 0 desenho, colocando os olhos, a boca, as orelhas, as roupas, etc. Quando todos os desenhos estiverem prontos, 0 professor pode propor questoes sabre qual parte do corpo fica em cima da boca, nos lados da cabe~a, etc. Porle L Sabre eSlas brincadeiras, ver a Capitulo 2 do volume 1 desm CDle~iiD. L 27 KATIA STOCCO SMalE. MARIA IGNEZ DINIZ • PATRiCIA CANDIDO tambem pedir aos alunos que organizem os mapas por ordem de tamanho, guardando-os para ourras atividades. Onde esta? Em outro momento, 0 professor prega na parede alguns dos mapas desenhados, e 3 as crian~as organizam-se em grupos com 0 mesmo numero de jogadores. Entao, 0onos professor diz uma parte do corpo, por exemplo, pernas, e as alunos devem atirar as bolas tentando acertar uma das pernas no molde. Cada vez que umjogador de urn grupo canseguir, urn ponto eganho e, apos todas as partes do corpo terem sido faladas pelo professor, 0 jogo acaba. 0 vencedor sera 0 grupo com 0 maior numero de pontos. Esse jogo deve ser repetido vadas vezes, em diferentes momentos. Quando as . crian~as estiverem familiarizadas com a representa~ab vertical de seu corpo, e interessante mudarmos a posi~ao do papel para 0 plano horizontal- 0 chao. Nesse casa, cada aluno deve ter 0 mapa do seu corpO e pisar sobre a parte que 0 professor pedir a panir da cabe~ do molde. Einteressante que 0 professor e os alunos conversem sobre a posi~ao das partes de seu corpo: 0 pesco~o ~sta embaixo da cabe~a; os brar:;os ficam na pane de cima do carpo e as pernas na parte de baixo; 0 umbigo fica na barriga; as orelhas estao uma de cada lado da cabe~a, etc. Alem de desenvolver uma maior conscientiza~ao corporal, essa discussao permite que os alunos apropriem-se de urn vocabulario relativo a posi~6es no espa~o, tendo inicialmente a proprio corpo como referencia. Para finalizar, cada crian~a pode pegar a seu mapa e completa-lo com pintura ou colagem, e ate usa-Io como referencia para elaborar urn auto-retrato: ,. 28 FIGURAS E FORMAS Fazendo marcas 4 onos Uma das habilidades de pereep<;iio espacial que podemos auxiliar a criam;a a deserlVolver em aulas de geomerria ea coordenac;iio visuomotora. Essa habilidade e exigida em atividades que envolvem anes, leitura, escrita, recorte e colagem, entre outras, e esta diretamente associada apercepc;ao de [o['(;a, delicadeza, rapidez e cuidado. Ha muiras atividades em geomerria que favorecem 0 desenvolvimento da coordenac;aa vLsuomotora,.' como a que indicamos a seguir. P',:'lfa realizar esta atividade, sao necessarias papel pardo, tinta guache e pratinhos para cuda grupo de quatro a[unos. Com a cia sse reunida em grupos, 0 professor conversa com eles sobre cat'imbos: quemja as viu, como om carimbo deixa marcas, etc. Aintem;ao eque eles lembrem que, para conseguinnos a marca de um carimbo, nos 0 molhamos em tinta e depois o pressionamos sobre 0 papeL Apos essa discnssao iniciaL 0 professor diz aos alunos que farao carimbos comas proprias maos. Para isso, deverao molhar uma das maos no prato com a tinta gnache e depois carimba-Ias no papeL o professor deixa que fat;am a primeira marca e depois os desafia: "Quantas marcas diferentes voces consegnem faz.er?". Para vencer 0 desafio, vale molhar na tinta a mao toda on partes dela, mas sempre nma das maos por vez, nao valendo fazer marcas com as dnas maos juntas. Enquanto os alunos fazem a atividade, 0 professor pode observar os grupos e, se as marcas estivcrcm muito repetidas, pode emiquecer 0 repert6rio das criant;as, mostrando-lhes um cartaz no qual 0 proprio professor tenha feito algomas marcas e pedindo-lhes que imaginem como cada marca foi fc[ta: Quando a atividade estiver conclnfda, 0 professor e os aluno!> organizam uma exposit;ao dos cartazes dos grupos. Epossivel tam bern que cada grupo compare as marcas qne fez com aqnelas carimbadas pelos demais grupos, procurando reconhecer marcas qne apenas nm grupo fez e circulando-as com giz. Dutra possibilidade eque os grnpos troquem os cartazes entre si, tentando descobrir em qual posit;ao a mao foi carimbada para deixar uma determinada marca.' Em outra aula, epossivcl pedirmos aos alunos que criem uma fignra on desenho a partir do carimbo das maos, como mostramos no exemplo a segnir, no qual a pTOfessora de uma classe de quarTO anos usou essa atividade para ilnstrar uma das padendas que os alunos estavam aprendendo. 'Vcr atividades com dubraduras, quebra·cabe~as, tangram e geoplano. 1 Sabre omra~ arividade> d",""" ripa, ver Langon", L. e Weiss, L. Caderna rlf pegarla.>. Studio Nobel, 1996. L 29 KATIA STOCCO SMOlE • MARIA IGNEZ DINIZ • PATRicIA CANDIDO C PE~U '01 A ""SOlO ""MiA/lOa a'" ,RA ""',,"" "'C~" fiCO "'U·S£ "NlO QVf "OR",U DE COOGESrAa ~~i:'~g:~~ ~~~ o.:A.~DO FICA rc.'o O£ QUAS£ CA"R NO CHAo Atras OU na frente? 5 on05 Marcha do jornal' 5 on05 A percepl;ao do espal;o inclui tambem nOl;oes de posil;ao e localizal;clo espacial, bern como 0 desenvolvimento de urn vocabuIa.rio relativo a essas nOl;oes: peno, longe, antes, depois, na frente, atras, entre, ao lado, etc. Alem d[sso, e preciso que os alunos percebam que cada posil;ao esta relacionada a urn referendal que, inicialmente, e ele mesmo. As pr6ximas atividades envolvem essas nOl;oes. a professor solicita as crian<;as que andem pela sala e, a urn sinal dado, parem imediatamente onde estiverem. Elas devem olhar para quem esra na frente e para quem eSta atras delas. Feito isso, devem mudar de lugar, ocupando 0 da pessoa que esta atras delas. a professor deve fazer perguntas que estimulem os alunos a pensar na relarividade das posi<;6es espaciais. Por exemplo: "Quem esta na freme de Joao? Joao esta na frente de algnem?". Uma varia<;ao dessa atividade pode ocorrer quando os alunos formam uma roda, de maos dadas, e a urn ritmo dado pelo professor andarn para frente ou para tnls 0 maximo possivel. aurra possibilidade, aiuda ern roda, e propor aos alunos que camem uma cantiga enquanro passam, urn a nm, pela freme e por tTas dos colegas que esrao na roda ou, eurao, propor brincadeiras de roda nas quais, aos pares, os alunos fiqnem de freme para nm colega, arras dele, ao lado, do ourro lado, de costas, entre dois colegas. No desenvolvimento da percepl;ao do espal;o e da coordenal;ao motora, e imponame propor atividades que desafiem os alunos a perceber a necessidade de buscarem al;oes corporais mais controladas, planejadas e elaboradas na resolul;ao de problemas que envoivern a nOl;ao de espal;o, como e 0 caso da marcha do jomaJ. 4 AlividadE' adaptada da. Revi,ta Nova F..,co!a, n. 93, p. 7, ma.io de 1996 )-~ 30 FIGURAS E FORMAS No patio, na quadra au na sala, com as carteiras afastadas, a professor delimit<l uma linha de saida e Dutra de chegada. A dasse ~ organizada em grupos de guatro a seis criam;as, sendo que cada uma neceSSit3 de duas folhas inteiras de jornal. Os primeiros quatro carredores ficam atnis da linha de saida e, a urn sinal combinado, e dada a largada. Nesse momenta, cada corredor poe uma das folhas no chao e pisa neJa a seguir; 0 movimento basico, e que sera repetido ate 0 final, consiste em se abaixar, pegar a falha de tras e coloca-la adiante da primeira, dar urn passo sabre a nova falba e pegar a falha que ficou atras. No percurso, nao se pode sail" de cima das falbas, oem colocar as folhas de qualquer jeito. Sera desclassificado 0 cOiTedor que pisar no chao, colocar sua folha de qualquer modo, atrapalhar 0 caminho do colega ou rasgar sua folha de jomal. o vencedor de cada grupo eaquele que cruzar primeiro a linha de chegada e disputani uma final com os vencedores dos demais grupos. 1 ., ~ , I ::, f ! f ~. . Quando iniciamos essa brincadeira com os alunos, t! comnm que tentem fazer a troca da posi~jo das folhas rapidameme. Depois, eles percebem que mais importante que a rapidez ea organizat;ao das at;6es e 0 controle dos movimemos para que cheguem aD final do percurso cumprindo todas as regras combinadas. Apas os alunos terem realizado a brincadeira pelo menos tres vezes, einteressanre que 0 professor pet;a-Ihes urn desenho para representar 0 que fizeram enquanto brincavam. Os desenhos tern a fun<;.3o de mostrar 0 que os alunos perceberam, como 31 KATIA STOCCO SMOlE • MARIA I<iNEZ DINIZ • PATRicIA CANDIDO representam a espat;o no qual aeonteeeu a eorrida e de que fonna retratam os movimentos realizadas: A pessoa misteriosa 4 onos Observando os desenhos aeima, vemos que Gabriel demarca a saida, a chegada, representa as quatro criant;as com seus jomais na safda, respeetivamente posicio nadas sabre as falhas. Ana Carolina aptau par marear toda a trajetoria que fez desde a linha de safda ate a ehegada onde estava a professora (vestida azul e cabelo loiro). Ela tambem demarca a espat;o desenhado 0 chao e as erianl;as sentadas observando a brineadeira (circulos preros no desenho). Ja Ana Clara faz uma repreSemal;aO das eriant;as quejogavam e daquelas que assistiam (verde) e identifiea as dais jornais utilizados pelos alunos na brineadeira. Apos os alunos terem feito seus desenhos, 0 professor pode propor uma roda para que exponham suas represental;oes e eonversem entre si a fim de que pereebam diferentes form as de representar 0 espat;o. Com os alunos organizados em filas, 0 professor seleciona urn deles sem que os outroS saibam quem e. Em seguida, apresenta algumas pistas sabre a eriant;a eseolhida para que eles possam descobrir: - A pessoa que eu escolhi usa (ou nao usa) oculos. - A pessoa que eu escolhi esta sentada entre urn menino e uma menina. ~ A pessoa que eu escolhi esta na frente de Joao e atras de Laura. 32 o professor pode ir acrescentando dicas, ate a classe descobrir; au repetir a atividade incluindo referencias como a direira all a esquerda. Quando a pessoa misteriosa for descoberta, 0 professor escolhe DUtTa e 0 processo reinicia. E passivel tambem que 0 aluno que tenha descoberto a pessoa misteriosa seja 0 proximo a escolher alguem e apresentar dicas para a classe. Como a enfase nessa atividade, ah~m da localizal;3o e da posi~ao, esta uo desenvolvimento do vocabulario -longe, perto, na mnte, amis, antes, depois-, ap6s ter realizado a atividade com a classe llffias duas au tres vezes, aconselhamos a prodU(;ao de urn texto coletivo para registrar 0 que fizeram au mesma as dicas que podem ser dadas para localizar as pessoas na classe. Ol1rro registro que pode ser feito por alunos a partir dos cinco anos e0 deseuho, que lhes exigira uma reflexao sobre como represeurar os colegas e suas respectivas posir;6es no espar;o do papel. o caminho do sino Para realizar esm atividade, e necessinio urn pequeno sino ou outro objeto que5 anos produza urn som similar. 0 professor pede aosalunos que sentem no chao, fonnando uma roda, e que fiquem de olhos fechados, enquanro ele badala 0 sino em difereutes locais denrro e fora da dasse umas quarro au cinco vezes. Quando parar, as crianr;as devem dizer em quais locais 0 professor estava quando badalou 0 sino: perta ou longe, dentro ou fora da sala, mais perto da porta au da janela. etc. I' Ap6s essa primeira explora<;&o inicial, 0 professor percorre com 0 sino urn carninho simples, entre as crianr;as, e pergunra: "Que caminho eu pen.:orri pela sala?, Quem pode mostrar au refazer 0 carniuho percorrido?". 0 aluno que desejar pega a stun e refaz: 0 caminho do professor e a classe discute se foi urn caminho curto au longo, se o professor estava mais longe ou mais perro, por enrre quais criaur;as ele passou, etc. Einteressaute pedir aos alunos qne expliquem como fizeram para descobrir 0 caminho, que pisras utilizaram, e solicitar que representem por desenho 0 caminho que 0 siniuho percorreu: , ). , ", ',:<\ 1'3 J i// --~~ ---- !? ~ -, 33 KATIA STOCCO SMOlE • MARIA IGNEZ DINIZ • PATRIcIA CANDIDO Como a fila continua? 3 onos o desenho anterior mostra urn aspecto que e comum aparecer no registro dessa atividade: as setas para indicar 0 trajeto do professor com 0 sino por entre os alunos. Este eurn indicio de que os alunos estao come<;ando a representar trajet6rias, dando a elas uma dire<;ao e urn sentido. No desenho, e possivel notar tambem a professora. as carteiras e os grupos entre os quais ela circulou com 0 sino. A atividade pode ser repetida outras vezes com caminhos mais sofisticados ou com caminhos feitos pelas pr6prias crian<;as. As pr6ximas mividades propostas envolvem seqiiencias de posi<;oes, movimentos e sons e permitem aos alunos ampliar a discrimina<;ao visual, compreender no<;6es de posi<;ao (antes, depois, entre, acima, embaixo, etc.), perceber rela<;6es entre ritrnos, dura<;ao e, de modo especial, observar reguJaridades e descobrir padroes. A percep<;ao de padr6es e regularidades, que na Educa<;ao Infantil pode ser trabalhada par meio de seqG.encias, e uma habilidade que esta relacionada a discrimina<;ao visual e a diversas aprendizagens de conceiros matematicos, sejam eles geometricos au nwnericos. PoT exemplo, em geometria, a compreensao do conceiro de quadrado como urn quadril<itero com quatro lados iguais e quatro angulos retos implica que as alunos percebam essas caraeteristicas Como uma regularidade, alga que se repere em todas as figuras chamadas de quadrado. As propostas de atividades referentes a padroes e seqG.encias podem iniciar Com atividades envolvendo as pr6prias crian~as, como aqueias que proporemos a seguir, ou podem ser realizadas com dobraduras e figuras geometricas diversas, como apresentaremos mais adiante. Com a dasse em drculo, a professor organiza uma fila de criaw;as no centro da rada segundo urn padrao de repeti<;ao que apenas ele conhe<;a, par exemplo, urn em pe, Dutro abaixado, urn em pe, OUtrO abaixado, urn ern pe, e assim par diante. Feito isso, pede aos alunos que estao sentados que observem a fila, descubram como esra organizada e, eutao, entrem nela. Em seguida, se ° professor quiser mudar a padrao. pade pedir aos alunos que fac;.am uma nova fila mudando a "segredo da anuma<;ao", par exemplo, criam;as deitadas no chao na vertic..al, na horizontal, na vertical, au oiam;as de £reute, de lado, de £rente, entre outros arranjos. Apos a realiza~ao da atividade, as aJunos podem ser solicitados a produzir urn desenho sabre ela: 34 FIGURAS E FOR~1AS Nesse caso, os desenhos permitem aos alunos a expressao dos padr6es percebidos e servem de avalia<;ao para 0 professor, pais muitas vezes, quando os alunos nao compreenderam 0 padrao de repeti<;ao, isso acaba aparecendo em seus registros, 0 que permite ao professor obter indfcios sabre a necessidade de retomar a atividade e decidir que outras intervew;6es devem ser feitas antes de propor esse tipo de atividade novamente. Este nao e0 caso das representa<;6es apresentadas nas quais as crian~as explicitam sua compreensao das regularidades presentes ern cada sequencia. No primeiro desenho, a rcgularidade euma crian<;a sentada, a autra em pe, uma sentada, a outra ern pt\ uma sentada, a Dutra em pe... No segundo desenho, 0 padrao era uma crian~a de frente, duas de costas, urn de freute, duas de eostas, uma de frente, duas de costas ... Finalmeute, no terceiro desenho, 0 padrao era uma menina, urn menino, uma menina, urn menino... Vale destaear que nessa ultima representa~ao podemos diferenciar meninos e meninas pela mupa, observando que as meninas estao de saia e os meninos de cai<:;ao e bone. Sons e movimentos 4 0 trabalho com seqiH~ncias tambem pode ser realizado com sons e gestos, tais eomo: ones ~ 0 professor bate palmas, bate palmas, estala os dedos, bate palmas, bate palmas, estala as dedas, etc., e prop6e as crianc;as que coutinuem a padrao iuiciado. A seguir, podera propor que elas completem com 0 movimento adequado, palmas au cstalo de dedas, as iutervalos que interrompem a sequencia, por exemplo: palma, palma, estalo, palma, palma, etc. ~ 0 professor levanta os brac;os, abaixa, toea a ponta do nariz com 0 indicador; levanta as brac;os, abaixa, toea a ponta do nariz com 0 indicador; levauta os brac;os, abaixa, toea a ponta do nariz com a indieador; os alunos procuram .1 imita-lo e repetem as gestos durante algum tempo. Essas propostas podem ser realizadas ao ritmo de uma musiea, devagar au rapidamente, 0 que permite que os alunos desenvolvam rela~6es de espa~o-tempo, alem das habilidades de memoria visual e discrimina~ao visual. Posteriormente, ha a possibilidade de as alunos criarem seus proprios padr6es. o professor divide a classe em grupos de observadores e de partieipantes que deverao revezar-se. Urn dos grupos organiza uma seqiiencia de posic,:6es, gestos ou sons e outro grupo ira eontinua-Ia, tentando descobrir qual a padrao au a regularidade que a grupo estabeleceu para a sequencia. NOf;oes de espaf;o e lateralidade A partir dos seis anos, as erianc;as adquirem eada vez mais eonscieucia das partes de6 seu corpo e percebem que hi! a predomfnio dc urn dos lados: usam mais uma maoones do que a outra, ehutam a bola mais earn urn pe do que com a outro, etc. lsso ocone porque come~a a surgir a percep~ao intuitiva da lateralidade, cujo controle e -- - 35 o , , , o e KATiA 5TaccO SMOlE • MA~IA !GNEZ DINIZ • PATRicIA CANDIDO conhecimento precisam ser trabalhados peJa escola, inclusive em aulas de mate marica, uma vez qne 0 dominio da lateralidade seni imponante para aux.iliar as alunos na supera~ao da escrita espelhada, na localizac;ao de objetos, de autras pessoas e de si mesma corn maior precisao, na percep~ao com maior nitidez das relac;oes entre dLrec;ao e sentido, na leitura de mapas e coordenadas, entre outras taTe fa:; que realizari'io ern seu cotidiano na escola e fora dela. As atividades que seguem sao todas destinadas a trabalhar 0 tern a da lateralidade corn as alunos e estao organizadas conforme 0 grau de dificuldade que podem representar para as crianc;as. Quem esta a direita? Antes de iniciar a atividade, 0 professor pergunta aos alnnos se sabem qual e a sua6 mao direita, como sabem disso e, entao, coloca uma marca qualquer na mao direitaonas de cada aluno s6 para identifid.-la. as alunos sentam em drculo e cada urn recebe urn cracha, 0 qual pode ser em fonna de colar com urn numero. A entrega desse cracha numerado ealeat6ria, nao devendo obedecer a uma seqiiencia numerica, a professor senta com os alunos na roda, deixaudo urn espat;o vazio do seu lado direiw. A brincadeira inicia com 0 professor dizendo: "A minha direita. esta sentado 0 mimero...". 0 aluno que tiver 0 craeha correspondenteao numem pedido levanta se e vai sentar no lugar indicado. 0 aluno que ficou com seu lado direito desocupado, sera 0 pr6ximo a falar: A minha direita estd sentado 0 numero... Acrian"a que nao se levantar dentro de urn ceno tempo ou que levan tar na hora errada sai da rada. a mesmo ocorre com quem ficar corn seu lado direito desocupado e esquecer-se de chamar. Aroda vai fechando·se, e ganha quem nao sair dela are 0 fiual da brincadeira. Essa brincadeira pode ser repetida umas rres ou quacro vezes, de modo que na tereeira vez em que brincarem uenhuma crianc;a mais tenha a mao marcada. Tambem e interessante fazer a mesma arividade envolvendo a mao esquerda. A segnir, sao aprcsemados alguns registros dessa atividade produzidos por alunos de seis anos: 'I' ~:'1 , . ..,.! ! N..,\\,'" ' , ~ , o J , 'J L _ 36 FIGURAS E FORHAS ',''I :0: 5 & I 4;;; Se eu fosse um robo 6 anos Quadriculados 6 anos '.t'l'( -4- 'd.»\'",', 0; ~ , ~ i3 P \'\/ l. " ~ r, " ,''; S- ~l-' r; '" 1>'0"""" , f"'!"cr "''-\'\-11\ D\,Qt:i:A;. '. --- , . fI/Ifb\to 0 tHe "" o professor diz aos alunos que eles imitarao urn mbo, 0 qual anda apenas quando recebe ordens de alguem. Feito isso, pede a urn aluno que fique na porta da elasse, explicando-Ihe que se movimeutara ate sua carteira seguindo as instruc;6es verbais que serao d<ldas. 1\..<; instruc;oes devem usar apenas as comandos: emfrente, pare, ande tantos pa.<;sos para frente. vire d direita, df. mew volta, vire aesqtlerdn.. Quando terminar, ista e, quando a aluno atingir sua carreira, Dutro aluno sed Ch<lffi<ldo e 0 processo repete-se a partir da porta au de Dutro ponto da classe. Dmra possibilidade e que urn aluno de as instruc;:6es para autro seguir e depois uoquem de papeis. A atividade e repetida em DutroS momentas, sendo passivel pedir aos alunos que desenhem 0 ultimo percurso realizado ern uma folha em branco. Quando os desenhos estiverem prontos, 0 professor organiza uma roda, coloca os desenhos no chao e analisa com a classe as representac;6es dos deslocamenros realizados, questionando qnem trac;ou 0 percnrso mais curto, se alguem usou seta para indicar o caminho e par que, se epossivel percebel' 0 numero de passos dados pela criam;:a que fez 0 deslocamento, etc. As atividades sobre os quadricnlados visam a levar 0 aluno a codificar, decodificar e representar ac;oes de deslocamentos, colocando em pnitica 0 vocabulario de relac;6es como direita, esqnerda, para cima, para baixo, para frente, etc. No chao do pano, 0 professor desenha com giz urn quadriculado grande, com 0 lado de cada quadrado equivalente a urn passo dc seus alunos, e deixa as alunos circula rem livrememe sabre ele. Apas esse plimeira momento, relembra com a classe a atividade Se etl fosse tim roM e pergunta para as alunos se seria posslvel usaI' 0 quadriculado para fazer pel'cursos como aqueles reanzados na tlasse e como isso poderia ser feito. Entao, 0 professor pede ajuda de algum aluno que queira experimemar reaUzar percnrsos no quadllculado. 0 aluno fica ern urn ponto qualquer do quadriculado e desloca-se, par exemplo, dois passos ou dois lados de quadrado para frcnte, urn para esquerda, quatro para frente, dois para direita, etc. Professor e alunos podem reVez,l[ se tanto na voz de comando quanto no deslocamento sobre 0 quadriculado, enquanto os outros alunos desenham 0 trajeto realizado sabre 0 qUudriculado em uma folha de papel em branco: 36 FIGURA, E FORHA> ',',/ ' '.' . ." . .'" ,).' $z::: - = 3 Se eu fosse urn robo 6 CInOS Quadriculados 6 onos o professor diz aos alunos que eles imitari'io urn mbo, a qual anda apenas quando recebe ordens de alguem. Feito issG, pede a urn aluno que fique na pona da dasse, explicando-lhe que se movimentani ate sua carteira seguindo as instrur;5es ....erbals que serao dadas. As insuur;6es devem usar apenas as camandas: emfreme, pare, anJe tantos passos para jrente, vire udireita, de meta volta, vire aesquerda. Quando terminar, isto e, quando a aluno atingir sua carteira, Dutro aluno sed chamado e 0 processo lepere-se a partir da porta au de GUtrO ponto da dasse. OUITa possibilidade e que um aluno de as instru<;oes para ourro seguir e depois troquem de papeis. A arividade e fependa em Dutros momemos, sendo possivel pedir aos alunos que desenhem 0 ultimo percurso realLzado em uma folha em branco. Quando os desenhos estiverem prontos, 0 professor organiza uma roda, coloca os desenhos no chao e analisa com a classe as representa<;6es dos deslocamentos realizados, questionando quem tra<;ou 0 percurso mais curto, se alguem usou seta para indicar o caminho e por que, se epossivel perceber 0 nUmero de passos dados pela crian<;a que fez 0 deslocamento, etc. As arividades sobre os quadriculados visam a levar 0 aluno a codificar, decodificar e representar a<;oes de deslocamentos, colocando em pratica 0 vocabulario de rela<;6es como direita, esquerda, para dma, para baixo, para frente, etc. No chao do patio, 0 professor desenha com giz urn quadriculado grande, com 0 lado de cada quadrado equivalente a urn passo de seus alunos, e deixa as alunos drcula rem livremente sobre ele. ApOs esse primeiro momento, relembra rom a dasse a atividadc Se eu fosse urn roM e pergunta para os alunos se seria possivel usar a quadriculado para fazer percursos como aqueles realizados na dasse e como lsso poderia ser teiro. Enrao, 0 professor pede ajuda de algum aluno que que ira experimenrar realizar percursos no quadriculado. 0 aluno fica em urn pontO qualquer do quadriculado e desloca-se, par exemplo, dois passos ou dois lados de quadrado para frente, urn para esquerda, quatm para frente, dois para direita, etc. Professor e alunos podem revezar se tanto na voz de comando qua.nto no deslocamento sobre 0 quadriculado, enqua.nto os outros alunos desenh<lm 0 trajelo realizado liobre 0 quadriculado em uma folha de papel em branco: _______ 37 KATIA STOCCQ SMOlE • MARIA IGNEZ DINIZ • PATRICIA CANDIDO ~_"' J ~, i'I __+' I ... 1- _~ .' .• l I / ' \- . - -J 9"~do - ,----,----~-- --1--' I 1 I I , , Jf----f-~-___ji -t_-_l__-- . 'I tI I, .OJ r --1-1 1--1 -tr- -- -lI- -~---, - -+---t-- I I I ,I Ii- f---+---+--t--- - JI"----m_-r_j~-_~_]_J L-----+----L-~ ~---- Quando diversos alnnos tiverem panicipado da atividade, os registTos feitos sao analisados e companl<1os em termos de semelhan<;as e diferenc;as. E possivel que, '10 registrar os deslocamentos, os ahmos criem c6digos au simbolos pan represent'll" as ordens verbais, tal como apareee no terceiro e no quarto registros que mostramos anteriormente. Essas iniciativas devem ser discutidas com a dasse: '·Qual a razao de 38 FIGURAS E FORMA5 Onde estou? usar sfmbolos? a que as sinais criados pelos alunos representarn?". Caso eles nao tenham a iniciativa de codificar as mensagens, sugira-lhes essa possibilidade. Suponhamos que a classe adote os seguintes sinais para as deslocamentos: • para a esquerda f-- • para frente f • para a dire ira --4 Usando 0 c6digo e1aborado e discutido corn as alunos, e interessante propor outras atividades. Uma delas pode consistir ern a professor mostrar aos alunos urn cartaz com uma mensagem como t --4 --4 --4 t t f- e discutir como devem mo vimentar-se sabre 0 quadriculado para atender a rnensagem. Tambem e interessante incentiva-los a trabalhar em duplas: om aluno elabora uma rnensagem e 0 omra tema executar 0 percurso; depois as papeis sao trocados. Esse exercfcio de c6digos auxilia os alunos a desenvolver as relat;6es entre a linguagem materna e os c6digos e sinais maternaticos. Esta atividade permite ao aluno orientar-se em rclat;ao ao proprio corpa, aos objetOs 6 e a outras pessoas.onoS a professor faz aos alunos perguntascomo: Quem senta na frente de Pedro? - Quem senta entre Ana e Julia? - Quem senta atras de Paulo? as alunos devem responder as quest6es dando as names dos colegas que ocupam as posit;6es em questao. a professor tambem pode dar algumas informat;6es e pedir aos alunos que digam se elas sao verdadeiras ou falsas: - Juliana senta atras de Carla. - Felipe senta ao lade de Paula. - Carol senta aesquerda de Juliana. Em uma terceira etapa, 0 professor pede aos a[unos que se localizem na classe "Eu me chama Luiz e sento na freme de Marcelo, arras de Maria e a esquerda de Tiago." - e que fat;am urn desenho de sua locaHzat;ao: 39 KATIA STOCCO SMOLE ,. MARIA Ic;NEZ DINIZ • PATRicIA CANDIDO Finalmente, pode-se pedir aos alunos que fiquem em pe, na freme da sala, enquanto 0 professor, senrado em uma das carteiras, fornece as instfw;oes para que eles se sentem: - Luiz, sente-se aminha direita. - Cristiane, sente-se aminha esquerda. - Patricia, sente-se na frente de Luiz. , a e Equilibrando' 6 onos Caso 0 professor note que as alunos ainda se confundem em rela~ao as localizac;6es que envolvem no~6es de direita e esquerda, pode [etamar as atividades anteriores ames de propor as pr6ximas atividades. Ainda e passivel combinar posi~6es e lateralidade ern atividades que envolvam percep,?lo espaciaL Esse tipo de atividade oferece desafios que auxiliam os alunos a pensar e resolver problemas de equihbrio, ler e interpretar sin..'lis. ter uma maior conscien cia de sua !<lteralidade. Para exemplificar esses casos, propomos as atividades a seguir. Para realizar esta atividade, sao necessarios os cart6es e 0 cartaz que constam no Anexo 1. A atividade deve ser realizada no patio ou na quadra de esportes da escola. Antes de propor a atLvidade, 0 professor discute corn os alunos os significados dos sinais que estao no cartaz e 0 que cada cor represenra: Chave Mao , I Cores Azul Esquerda~~rmelho: Direita e Joelho Coto".elo Cabe~a Nadegas Em seguida, mostra urn cartiio simples, por exemplo, 0 de numero 3, e pede que os alunos equilibrem-se conforme 0 que eSGl indicado no carri'io, como apoiar os dois pes e as duas maos no chao: 'Atividades lk equilibrio ad3plad3s de Capo, S.l'ropo5fas de ativldades pam rdura\-!io prl(' mr,,"im~mo. Sao Paulo: Atlca, 1986. I 40 FIGURAS E FORHAS -,, AS alunos devem procurar equilibrar-se nas partes carretas do corpo, sem que nenhuma Dutra parte toque no chao, e nao podem eaiI: 0 professor prop6e urn problema de cada vez e depois conversa com a dasse, 0 que foi fadJ, 0 que foi diffcil, como fazer para nao cair, etc. Conforme os alunos forem realizando as seis primeiros cart5es com maior agilidade e rapidez, 0 professor pode sofisticar as proposras, incluindo cart6es nos quais aparel;arn as cores vermelha e azul. Nesse casa, alem da parte do corpa, os alunos devedio observar tambem se ha referenda alateralidade: 8. IS. 17. .. .. •11 1 41 KATIA STOCCO SHOllS • MARIA IGNU DINIZ • PATRicIA CANDIDO Epossivel usar as canoes como parte de uma pista de obstaculos, de modo que, quando 05 alunos chegarem a urn cartao, devam realizar a tarefa de equilibria determinada autes de se deslocarem para 0 proximo obstaculo. Olha 0 apito Vma varia<;ao da atividade anterior consiste em distribuir as cartoes pelo espa<;o6 disponivel, com urn ou dais alunos designados para cada posi~ao de equilibria, onos confOlme 0 que esriver indicado no cartao. Ao sinal de um apito, eles devem mover se rapidarnente para urn novo cartao, assumindo a posi~ao de equilibrio il1dicada nele. Os alunos mantem tal posi<;ao, ate que seja dado a sinal para nova mudal1~a. Cada vez que e dado 0 sinal, cada dupla de panicipal1tes tema encomrar urn novo , cartao e, se urn aluno da dupla perder a equilibria, a dl1pla eeliminada. Vel1ce a dnpla que conseguir passar por todos as canoes sem errar as posi~6es de equilibrio e sem cairo I , 42 I I .I I, il I " I I FIGUIlAS E FORMA~ D/CAS PARA sE SAIR SEM NO ''OLHA 0 APITO~ ~ PRESTAR. AT'fN'''O Nil. FIGURA PARA NAO ERRAR. APOsr,AO ., QUANDO 0 APiTa TOCAR.. TROCAR LOGO DE POSICAO ,.- TEM QUE sf EQUII..IBR.AR. MUITO BEM Nil. pOSr,AO .. PRESTAR. ATENr;AO EM QUAL PARTE CO CaRPO TEllo";' QUE Sf fQUIUBRAR. ,. OLHAR. SEMPRE PARA A FIGURA QUE EST;' NA SUA fRENTE E "';:0 DO AMIGO DO LADO ;. PRESTAR ATENCAO PARA QUAI.. LADO ESTAO VIRADAS AS ,1,1,),05 ri'ft;;ELASORADOPELOS ALUN05 DO JARDIMIt8'NOOI~ \\&~ '. ~.1/b7. \~~ ~' ,J!2)~, l-t ~/G\ '''--.1 "'\ ~\ ' 4\ ~~~;> ~ L _ Certameote, ha outras atividades corporais que podem sel" desenvolvidas com as aJunos da Educa<;ao Infamil e que comribuem para a desenvolvirnento de sua percep<;ao espacial, nao sendo nossa pretensao esgoti·las aquL o que desejamos fundamentalmente eque na escola sejam oferecidas aos alunas diversas e freqiientes apanunidades naa apenas de aperfei<;oar habilidades que ja passuem, mas tambem de desenvalver outras que sao essenciais para que eles se localizem espacialmente. E importante que a professor observe as alunas durante a realizac;ao das diferentes atividades a fim de identificar como eles resolvem as desafios prapostos, que tipos de dificuldades encontram, que avan<;os apresemam, 0 que nao eram capazes de fazer e que came0m a conseguiI; que indicias daa de que estao ampliando a consciencia sabre lateralidade, etc. Os proprios alunos podern avaliar suas a<;6cs falando sabre a que aprenderam, ° que roi dif(cil e a que rnais poderiarn ter feito em cada uma das atividades. Apesar da importancia das atividades que envalvern as rela<;6es entre corpo e espa<;o, elas sao apenas parte do trabalha com a geometria na Ednca<;ao Infanril. Tao importante qUrlnto as rela<;6es entre corpa e espac;o, e a estudo de figuras e farmas do qual trataremos a seguir. •• 43 KATIA STOCCO SMOLE • MARIA IGNEZ D'NIZ. PATRicIA CANDIDO ANEXO I - Cartoes para as Atividades Equilibrando e Olha 0 Apito o 0. Joelho Cotovelo o Cabe~a CJ N<idegou Core.. Azul Es.querda Vermelhc, Direica m "' os ja Dse a D D o ~e a Dr:::;J I I 0 0 0 a0 0 00 • f .. • • • 1 f •0 0 f as D • o • • • •
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