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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, prezado(a) aluno(a)! Já estamos na metade do nosso curso; depois desta aula, faltarão apenas duas. Preciso ser bem objetivo e apontar para você o que a Carlos Chagas poderá exigir na prova ao tratar de pontuação e concordância verbal. Torno a fazer a mesma recomendação: mantenha uma gramática com você, para revisão da parte teórica no caso de dúvida. Lembre-se de que este é um curso de exercícios. Apenas para descontrair um pouco, peço que você empregue uma vírgula no período abaixo. Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura. Se você é mulher, possivelmente colocou a vírgula depois de “mulher”. Se você é homem, deve ter colocado a vírgula depois de “tem”. No primeiro caso, o termo “a mulher” funciona como sujeito do verbo “ter”; o sujeito do verbo “andaria” refere-se ao termo “o homem”, expresso na oração subordinada adverbial condicional e oculto na oração principal. No segundo caso, o sujeito de “tem” refere-se ao termo “o homem”; o sujeito de “andaria” é o termo “a mulher”. Um pequeno deslize no emprego da vírgula, por exemplo, pode mudar o rumo de uma investigação! Leia o trecho de uma reportagem sobre a morte da menina Isabella Nardoni: O inquérito com mais de mil páginas sobre a morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, será entregue pela polícia nesta quarta (30/04) ao promotor Francisco Cembranelli. A conclusão é que a menina foi espancada e morta pelo pai, Alexandre e pela madrasta, Anna Carolina Trotta Jatobá. O principal motivo, CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 2 segundo a polícia, foi ciúmes. Para determinar a motivação do crime, a polícia se baseou em cerca de 65 depoimentos. Familiares, vizinhos e importantes testemunhas revelaram a conturbada vida conjugal de Alexandre e Anna Carolina. (Correio Brasiliense, 30/4/2008 – internet). A julgar pelo que foi noticiado no jornal, houve mais um acusado pela morte da Isabella: “Alexandre”. Sem a vírgula para separá-lo da conjunção “e”, tem-se a impressão de que existem três suspeitos: o “pai”, “Alexandre” e a “madrasta” (Anna Carolina). Na verdade, por ser apenas um aposto explicativo (esclarece ao leitor quem é o pai da menina morta), o termo “Alexandre” deveria vir ente vírgulas. Espero que com esses exemplos você tenha se conscientizado da importância do emprego adequado dos sinais de pontuação. Ainda que a vírgula seja o sinal com a maior frequência (e isso justifica a ênfase que darei a ela), neste material você encontrará questões sobre outros sinais de pontuação. 1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e no poder, hostilidade. Comentário – De acordo com o contexto, a primeira e a segunda vírgula isolam segmento de natureza adverbial (“sem idealismos”) intercalado entre o verbo (“requer”) e o seu objeto direto (“uma praxiologia”); a terceira vírgula separa oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio; a última vírgula substitui a forma verbal “vendo”. Essa vírgula é conhecida como vicária. Veja outro exemplo: CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 3 No mar há os peixes; no céu, as estrelas... Resposta –Item certo. 2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. Comentário – O ponto de interrogação foi usado adequadamente em uma frase interrogativa direta. Cuidado para não confundir frase com oração. Aquela necessariamente não precisa de verbo, ao contrário desta. Note ainda que eu disse “frase interrogativa direta”, pois há frases interrogativas indiretas, em que o ponto de interrogação é dispensável: Ele perguntou que horas são. Chamo a sua atenção para o fato de as duas primeiras vírgulas estarem isolando adjunto adverbial (“certamente”) que surgiu entre o sujeito (“esses fábulas”) e o verbo (“são”). Aqui você deve admitir certa flexibilidade e avaliar criteriosamente as demais alternativas da questão, pois há muitos gramáticos e escritores que não a empregam quando o termo é curto; todos, porém, são unânimes em empregar a vírgula quando o adjunto adverbial for uma oração. As duas últimas vírgulas têm a mesma função, pois isolam termo de natureza adverbial que se intercalou entre o verbo “revelou” e o complemento “uma significação mais profunda”. Por fim, a vírgula depois de “fábulas” (a terceira) foi empregada para separar oração (subordinada adjetiva) de natureza explicativa. Os termos de natureza explicativa – na forma de oração ou não – vêm destacados por vírgula, travessão ou parênteses. Resposta – Item certo. A vírgula substitui a forma verbal “há” CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 4 3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou memorável. b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. Comentário – Alternativa A: existem problemas de pontuação aqui. Deveria haver uma vírgula antes de “Graciliano”, para separar a oração subordinada adverbial temporal antecipada “Quando prefeito de Palmeira dos Índios,...”. Além disso, outra vírgula deveria ser utilizada logo após o verbo “escreveu”, para marcar o isolamento de expressão intercalada entre o verbo e o seu objeto: “um relatório...”. Alternativa B: a primeira vírgula marca a antecipação de oração subordinada de caráter adverbial; a segunda serve para isolar termo de natureza explicativa; a terceira tem a mesma função, já que a expressão “essa arma habitual dos céticos” é aposto do substantivo “ironia”. Resposta – B. 4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta: O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. Comentário – É importante perceber que a intercalação de orações deve ser evidenciada por duas vírgulas, uma antes e outra depois: Creio, disse ele, que esse é um caso perdido. A falta de uma delas traz prejuízo ao período. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 5 predicado sujeito sujeito predicado predicado sujeito No caso do item sob análise, a vírgula antes da oração intercalada acabou causando indevida separação entre o sujeito “O autor do texto” e o predicado “não investe...”. Resposta – Item errado. III. Não se usa vírgula a) entre sujeito e predicado (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do predicado): destruíram meu jardim. Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata Obs.: a intercalaçãode termos entre o sujeito e o verbo deve ser marcada por vírgulas, uma antes e outra depois. , ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do Ex.: Os deputados presidente da República. 5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino. Comentário – Quem é o sujeito do verbo “provou”? O termo que o segue: “esse texto de Ítalo Calvino”. Sendo assim, a vírgula que os separa não foi utilizada adequadamente. Lembre-se de que entre sujeito e predicado não se usa vírgula (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do predicado): Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 6 Em virtude da acentuada pausa que há entre a expressão “Ora” (que não deve ser analisada como termo da oração seguinte, mas sim como elemento do discurso) e o termo “elas”, convém o emprego de uma vírgula entre ambos: “Ora, elas significam...”. Resposta – Item errado. 6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. Comentário – Apesar da extensão do sujeito (“A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances”), a vírgula não deve separá-lo do predicado, como aconteceu aqui. Resposta – Item errado. 7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores. b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas. Comentário – Dois problemas estão presentes na primeira alternativa. Repare que o sujeito “As fábulas” ficou isolado do predicado pela vírgula. Se a intenção foi isolar o temo “na verdade”, que se intercalou entre o sujeito e o verbo “são”, deveria haver uma vírgula depois desse termo: “As fábulas, na verdade, são...”. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 7 verbo OD OI nome adjunto adnominal O outro equívoco ocorreu no isolamento do termo “dos leitores”, visto que ele complementa o sentido do verbo “exigindo” (algo de alguém). Entre o verbo e seu complemento (OD ou OI) não pode haver vírgula: o presenteEntreguei ao aniversariante. Em B, surgiu um verbo transobjetivo (aquele cujo significado requer algo além do objeto para ser satisfeito. Esse “algo” é conhecido como predicativo do objeto (lembra?). As duas vírgulas iniciais isolaram erroneamente o objeto do verbo e aquele do seu predicativo. Eis a correção: “Há quem julgue essas fábulas simplórias...”. O ponto e vírgula, que indica uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto, foi utilizado para acentuar o contraste entre os segmentos. A terceira vírgula está errada também, pois separa o complemento do verbo atentar (quem atenta... atenta para algo). A última vírgula causa problema semelhante, pois o termo “grandes surpresas” funciona como objeto direto da forma verbal “teremos”. Resposta – Itens errados. 8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar. Comentário – Outra vez o objeto direto (“as fábulas populares”) foi isolado erroneamente do verbo (“julgue”) pela vírgula. Além disso, a vírgula também causou separação indevida entre o nome “capazes” e o seu complemento: “de nos revelar”. Não pode existir vírgula entre o nome e seu adjunto ou complemento: A todos os presentes informamos os novos valores dos produtos que vendemos. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 8 nome complemento nominal Or. Sub. Adj. Restritiva Não há necessidade de tanta estupidez. Resposta – Item errado. 9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula. Comentário – A primeira vírgula separa indevidamente o sujeito “A retórica” do predicado “pode ser...”. É possível concertar o trecho inserindo uma vírgula imediatamente após o vocábulo “retórica”, para isolar adequadamente a oração “entendida como arte do discurso” (subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio). A última vírgula isolou erradamente a oração (note que o segmento se constrói em torno do verbo manipular) que restringe o alcance semântico dos substantivos “propósitos” e “talento”. Vírgula não é empregada pra separar termos ou orações de natureza restritiva: Os alunos que estudam obtêm êxito. Resposta – Item errado. 10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por suas posições stalinistas. b) Ex-líder estudantil, conhecido por suas posições políticas inflexíveis, Mario Capanna fez vários pronunciamentos, a maioria desabonadores, sobre as manifestações desses jovens. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 9 Comentário – Alternativa A: não deve ser mais difícil para você notar que a primeira vírgula separa incorretamente o sujeito “projetos de sociedade” do verbo correspondente: “Faltariam”. Atenção especial deve ser dispensada à vírgula que separa a expressão “antigo líder estudantil milanez” do termo “Mario Capanna”. Esse termo é um aposto restritivo, e não um aposto de natureza explicativa (de qual líder se está falando?). Todo termo de natureza restritiva não deve ser separado do termo a que se refere por meio da vírgula. Além disso, a última vírgula isolou erroneamente o termo “por suas posições stalinisas”, complemento do particípio “lembrado” (forma nominal do verbo lembrar). Alternativa B: aqui, as vírgulas separam adequadamente termos e orações de natureza explicativa, ora antecipados, ora intercalados. Resposta – B 11. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus semelhantes através de palavras mentirosas." equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam intervenção de novo interlocutor no contexto. Comentário – Por meio da pontuação (note as aspas, que indicam discurso direto), o autor do texto introduz o discurso do personagem do Talmude. Não se esqueça de que o sinal de dois pontos é normalmente usado a) antes de uma citação. Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6) CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARAO BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 10 b) para introduzir a fala de uma personagem, no discurso direto. Sempre que o professor entra em sala ele diz: – Essa moleza vai acabar. Resposta – Item certo. 12. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Regulamentados por lei o horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios, atualizações etc. Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que: a) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que particularizam o sentido de educação suplementar. b) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo atualizações. Comentário – Alternativa A: os termos após os dois-pontos constituem uma enumeração e exemplificam o que são cursos profissionalizantes. Dessa forma, os dois-pontos cumprem outra função que lhe é típica: introduzir uma enumeração. Veja outro exemplo: A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela combinação e b) pela comutação. Alternativa B: esclareça-se que “etc.” (et cetera) é uma expressão latina que significa e outras coisas. A rigor, o uso dele deveria impedir a vírgula, porque não faz muito sentido usá-la se pensarmos na tradução literal da expressão: “cursos profissionalizantes, estágios, CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 11 atualizações e outras coisas”. A ausência da vírgula é também uma forma de evitar a poluição visual. Todavia, é comum ver esse termo precedido de vírgula: “cursos profissionalizantes, estágios, atualizações, etc.”. Assim já escreveram consagrados professores e escritores. Conclui-se de tudo isso que a vírgula antes do “etc.” em enumerações é, usualmente, facultativa. Resposta – A 13. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Analista Judiciário) Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do primeiro parágrafo: “...o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula.” a) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula. b) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. c) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. d) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. e) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. Comentário – Esta questão serve para enfatizar que as relações sujeito–predicado e verbo–complemento não podem ser “quebradas” pela pontuação. Dito isso, observe a letra C. Nela, a primeira vírgula foi mantida, a qual separa a oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio. Por estar na ordem direta (primeiro a principal e depois a CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 12 subordinada), a vírgula não é necessária. A conjunção conclusiva “portanto” veio isolada pelas vírgulas para marcar sua intercalação. Isso é possível sempre que ela surgir fora da sua posição natural: o início do segmento. Resposta – C 14. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio. – metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos − os travessões isolam segmento explicativo. Comentário – O segmento esclarece o uso dos termos anteriormente enumerados (“Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, polvo”). Sendo assim, pode vir entre vírgulas, parênteses ou travessões. O enunciador preferiu os últimos. Travessões também servem para isolar expressões ou frases explicativas, intercaladas, de caráter elucidativo. Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia, parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado mais alguma coisa. (Mário Palmério) Resposta – Item certo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 13 Pouco comentado nos manuais de gramática é o uso de travessões para isolar orações ou palavras que se quer realçar ou enfatizar e substituir a vírgula. O primeiro caso é facilmente entendido por meio dos exemplos abaixo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante...” (Machado de Assis); “O obelisco aponta aos mortais as coisas mais altas: o céu, a Lua, o Sol, as estrelas – Deus.” (Manuel Bandeira). Mas o segundo requer uma explicação melhor, por isso me proponho a comentá-lo com mais detealhes. Leia tudo com atenção. A substituição de vírgulas por travessões confere modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja: 1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a sua hora e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de "aparecer", de "vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz) 2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão mal compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você sempre ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que não se pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra) 3) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das cadernetas de poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). (Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha, 13/32007) 4) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina estão eliminando infecções que são das causas mais freqüentes de mortes – e com isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 14 contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a vida? (Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008) Você deve ter observado que, nos exemplos 3 e 4, há vírgula após o travessão. Por quê? Experimente tirar o que está entre os travessões. Você perceberá que a vírgula é obrigatória. Vamos analisar o terceiro exemplo dado. 3) ...o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns dias antes da semana do consumidor, reduzir... Æ as vírgulas isolam adjunto adverbial de tempo intercalado entre o verbo e o seu complemento (Decidiu o quê? Decidiu reduzir...). É por isso que elas não podem sair do texto, mesmo com a inserção dostravessões. Estes isolam oração intercalada como se fossem parênteses – é por isso que são necessários dois. Observe novamente: Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir... Deste ponto em diante, começaremos a analisar questões sobre concordância que a FCC vem inserindo nas provas que elabora. Você sabe que existem muitas regras específicas, detalhes, exceções envolvendo esse assunto. Aqui abordarei os casos que recentemente apareceram em provas da Carlos Chagas e que, segundo a experiência, poderão surgir na prova do Banco do Brasil. A teoria, repito, é o mínimo necessário. Por isso mantenha próximo a você uma boa gramática, caso precise dela para uma eventual consulta. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 15 sujeito sujeito 15. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase: a) Jogar dados com o Universo, segundo Einstein, não estariam nos hábitos e procedimentos de Deus. b) Parece não caber aos jovens operadores das bolsas outra coisa senão fazer apostas em riquezas puramente virtuais. c) A metafísica dos jovens operadores, diferentemente das antigas religiões, não contam com hierarquias e valores tradicionais. d) O que movem os jovens semideuses das bolsas de valores são as apostas em arriscadas especulações financeiras. e) Aos que apostam tudo no mercado financeiro caberiam refletir sobre os efeitos sociais de suas operações. Comentário – Alternativa A: item errado. Se o sujeito for oracional (“Jogar dados com o Universo”), o verbo da oração principal ficará no singular (estaria). Veja outros exemplos: Falta fazer quatro linhas. Urge que tomemos uma atitude radical. Alternativa B: item certo. Chamo sua atenção para o verbo parecer, que pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo: Os dias parecem voar. Î a forma verbal parecem é verbo auxiliar de voar; Os dias é o sujeito da oração. Os dias parece voarem. Î aqui houve uma inversão da ordem dos termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo parece é o verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem os dias. Se CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 16 desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que os dias voam. Alternativa C: item errado. A regra geral de concordância verbal estabelece que o verbo e o núcleo do sujeito de uma oração concordam em número e pessoa: “A metafísica dos jovens operadores (...) não conta...”. Veja outros exemplos: "O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.) "Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) Alternativa D: item errado. Se o sujeito for o pronome relativo que (sujeito sintático), o verbo concordará com o antecedente (sujeito semântico): “O que move os jovens...”. Veja outros exemplos. Fui eu que cheguei por último. Foste tu que chegaste por último. Alternativa E: item errado. Aqui vale a mesma regra da alternativa A, pois é mais um caso de sujeito oracional. Experimente reorganizar o período na forma direta (primeiro o sujeito, depois o verbo e por último o objeto): “Refletir sobre os efeitos sociais de suas operações caberia aos que apostam tudo no mercado financeiro”. Resposta – B 16. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Sem o concurso do poder público não se implanta políticas de segurança e não se impede a deterioração do espaço urbano. b) Não deixaram de haver experimentos bem sucedidos, apesar de a comunidade acadêmica ter acusado falta de comprovação da teoria. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 17 c) Logo se verificaram que medidas semelhantes foram tomadas por outros países, como a Inglaterra, a Holanda e a África do Sul. d) O que se conclui das experiências relatadas é que cabe aos poderes públicos tomar iniciativas que nos levem a respeitar o espaço urbano. e) O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acabam por incitar o cidadão a reagir como um contraventor ou pequeno criminoso. Comentário – Alternativa A: item errado. Trata-se de um caso de concordância verbal envolvendo voz passiva sintética (aquela formada por VTD + SE): “não se implanta políticas de segurança”. Eis a construção correta: “não se implantam políticas de segurança”. Para facilitar o seu entendimento, sugiro trocar a ordem dos termos e transformar a passiva sintética em passiva analítica (construída com locução verbal): “políticas de segurança não são implantadas”. Alternativa B: item errado. O problema agora é a locução “deixaram de haver” (o primeiro é o auxiliar; o segundo – com sentido de existir – é o principal e determina o tipo de concordância). Muito cuidado com o uso de verbos impessoais, pois eles não possuem sujeito e ficam na terceira pessoa do singular. Quando constituírem o verbo principal de uma locução, a impessoalidade deles será transmitida ao auxiliar, que permanecerá na terceira pessoa do singular. Eis a correção da alternativa: “Não deixou de haver experimentos...”. Frise-se que o termo “experimentos” constitui o objeto direto do verbo haver. Se fosse usado o verbo existir, o mesmo termo exerceria a função de sujeito, com o qual teria que ser feita a concordância em número e pessoa: Não deixaram de existir experimentos... Alternativa C: item errado. Você percebeu a malícia da banca examinadora? A estrutura “se verificaram” (VTD + SE) indica voz passiva sintética. Mas agora o sujeito do verbo é a oração subsequente “que medidas semelhantes foram tomadas...”. Repetindo: com sujeito oracional, o verbo da oração principal fica na terceira pessoa do singular. Eis a correção: “...se CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 18 verificou que medidas semelhantes foram tomadas...”. Vou lhe dar uma dica: substitua toda a oração que funciona como sujeito pelo pronome ISSO, assim: “...se verificou ISSO...”. Não ficou bom? Então coloque os termos na ordem direta (primeiro o sujeito, depois o verbo): “...ISSO se verificou...”. Alternativa E: item errado. Mais uma vez a FCC explorou a concordância verbal envolvendo sujeito oracional. Você já sabe que, nesses casos, o verbo da oração principal deve ficar na terceira pessoa do singular. Eis a correção: “O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acaba...”. Aqui também vale a dica anterior: “ISSO acaba...” Resposta – D 17. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: a) São vários os animais que representam clubes, à maneira de totens, como demonstração das qualidades que é inerente a todos os seus membros. b) O nome dos clubes de futebol devem ser significativos para a comunidade e costumam homenagear países, continentes e atividades profissionais. c) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na camisa dos jogadores, constitui o sinal de reconhecimento para o grupo social que se estabelece em seu entorno. d) O orgulho de pertencer a um clube se estende a qualquer objetosrelacionados a ele, como bandei ras, camisas, bonés, que os identifica. e) No brasão de um clube ressalta as cores, impressa nos uniformes dos atletas, que vai desempenhar papel central na identidade comunitária. Comentário – Alternativa A: item errado. Voltamos ao caso em que o pronome relativo “que” é sujeito (sintático) de verbo: “...demonstração das qualidades que é inerente a todos...”. Em casos assim, o verbo da oração adjetiva deve concordar com o antecedente dele (sujeito semântico): “...qualidades que são...”. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 19 Além disso, há um problema de concordância nominal. Conforme a regra geral de concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número. O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. Portanto, a concordância correta é “...qualidades que são inerentes...”. Alternativa B: item errado. Repare como as regras gerais de concordância verbal e nominal foram transgredidas: “O NOME dos clubes de futebol DEVEM ser SIGNIFICATIVOS”. O verbo deixou de concordar com o núcleo do sujeito, que está no singular, e o adjetivo não se manteve no singular, como está o substantivo. Eis a correção: “O nome dos clubes de futebol deve ser significativo”. Alternativa D: item errado. Existem aqui alguns problemas. Vamos por parte. “qualquer objetos” – Lembra-se da regra geral de concordância nominal? Pois é, o pronome adjetivo deve ir para o plural, porque no plural está o substantivo a que ele se refere: quaisquer objetos. “que os identifica” – O vocábulo “que” é pronome relativo. Sua função sintática é de sujeito do verbo identificar. Este deve concordar como o sujeito semântico, ou seja, com o termo retomado pelo relativo: “objetos”. Eis a concordância verbal correta: “que [= objetos] os identificam”. No mesmo segmento aparece outro erro de concordância, mas agora é entre o pronome oblíquo “os” e o substantivo “clube”, termo Art. Adj. Pron. Adj. Num. Adj. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 20 retomado pelo processo de coesão anafórica. Eis a correção: “que o [= clube] identificam”. Em outras palavras, é o mesmo que dizer: objetos identificam o clube. Alternativa E: item errado. Mais uma infração às normas gerais de concordância verbal. O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito em número e pessoa, assim: ressaltam as cores (= as cores ressaltam). Creio que houve ainda desrespeito à concordância no uso da locução verbal “vai desempenhar” (note o verbo auxiliar no singular). Parece que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “atletas” ou o substantivo “cores”. Qualquer que seja o verdadeiro termo substituído, o verbo deve concordar com o antecedente do pronome relativo. Eis a correção: “...que vão desempenhar papel central...”. Além disso, responda-me: o que está impresso nos uniformes dos atletas? As cores!!! Logo, o correto é “[cores] impressas nos uniformes dos atletas”. Resposta – C 18. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente respeitadas na frase: a) A muitas pessoas costumam convencer a ideia de que as invenções se devem tão-somente a um lampejo de genialidade. b) Ocorreram, tanto na antiga Florença como no moderno Vale do Silício, segundo os termos do texto, uma tradição de inovação. c) Seria melhor se não continuassem a prevalecer, em nossos dias, a anacrônica visão dos românticos sobre a inovação. d) A identificação de tradições de inovação exemplifica- se, no texto, com os casos de Florença e do Vale do Silício. e) Não se poderiam imaginar que prensas de vinicultura viessem a inspirar, decisivamente, a invenção da imprensa. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 21 Comentário – Alternativa A: item errado. A tática da FCC foi embaralhar as peças do quebra-cabeça. Ela fez um arranjo sintático de modo a disfarçar o verdadeiro núcleo do sujeito. Para você identificá-lo corretamente, proponho a seguinte reescritura: “A IDEIA de que as invenções se devem tão-somente a um lampejo de genialidade COSTUMAM convencer a muitas pessoas”. Notou agora a desarmonia entre o núcleo do sujeito e o verbo? Este deve ser flexionado na terceira pessoa do singular: costuma. Alternativa B: item errado. A FCC continua distanciando o verbo do verdadeiro núcleo do sujeito – e como se isso não bastasse, a banca ainda inverte a ordem dos termos; tudo para dificultar a sua análise. Observe: “Uma TRADIÇÃO de inovação OCORRERAM tanto na antiga Florença como no moderno Vale do Silício, segundo os termos do texto”. O que achou? O verbo ocorrer deve ser utilizado na terceira pessoa do singular: “Uma TRADIÇÃO de inovação OCORREU”. Alternativa C: item errado. Experimente a seguinte reescritura; “Seria melhor se a ANACRÔNICA visão dos românticos sobre a inovação não CONTINUASSEM a prevalecer em nossos dias”. A identificação do erro foi facilitada? Note que até aqui estamos falando da regra geral de concordância entre verbo e sujeito, os quais devem concordar em número e pessoa. Alternativa E: item errado. Preste bastante atenção neste comentário, pois o caso não é tão simples. Em construções do tipo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO, é lícito considerar o SE como pronome apassivador e interpretar a construção como voz passiva formada: a) quer com o verbo auxiliar poder (locução verbal: “poderiam imaginar”; sujeito paciente: “que prensas de vinicultura viessem” = ISSO); CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 22 b) quer com o verbo principal poder (nesse caso, a locução verbal inexiste, e o verbo “imaginar” integra o sujeito.). É isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal Cegalla (Novíssima gramática da língua portuguesa – 48. ed. rev. – São Paulo: Companhia Editora Nacional – 2008 – páginas 461 e 462. Qualquer que seja o caso considerado, o sujeito é oracional, o que obriga o verbo poder a flexionar-se na terceira pessoa do singular: poderia. Resposta – D 19. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Há um deslize na concordância verbal da seguinte frase: a) Será que cabe apenas aos governantes tomar medidas que impeçam a exploração profissional dos menores? b) Destacam-se, entre os argumentos já levantados contra o trabalho infantil, os que defendeu Darcy Ribeiro. c) Aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil resta combater em nome dos ideais de Darcy Ribeiro. d) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os que defendem a inserção das crianças pobres no mercado de trabalho. e) Não se devem abrir às crianças, sejam elas pobres ou não, a opção entre estudar ou trabalhar. Comentário – Alternativa A: item certo. É mais um caso de sujeito oracional, em que o verbo da oração principal deve flexionar-se na terceira pessoa do plural. Note: “...TOMAR medidas que impeçam a exploração profissional dos menores CABE apenas aos governantes? Alternativa B: item certo. Teve gente que deslizou aqui. Espero que não tenha sido esse o seu caso. A construção “Destacam-se” (VTD CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASILLÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 23 + SE) caracteriza voz passiva sintética ou pronominal. O verbo destacar concorda com o sujeito-paciente: “os” (= aqueles, pronome demonstrativo). Sempre que tiver dúvidas quanto a passividade de uma construção sintética, experimente transformá-la em analítica: “Entre os argumentos já levantados contra o trabalho infantil, são destacados os [= aqueles]que...”. Melhorou? Creio que sim. Agora volte sua atenção para a forma verbal “defendeu”. Que termo funciona como sujeito dele? Eis a resposta: “Darcy Ribeiro”. Aconteceu que a banca empregou o sujeito depois do verbo, só para distraí-lo. Leia a mesma informação escrita de forma um pouquinho diferente: “Entre os argumentos já levantados contra o trabalho infantil, destacam-se os [= aqueles] que Darcy Ribeiro defendeu”. Alternativa C: item certo. Perceba que a FCC segue tratando de sujeito oracional e invertendo a ordem dos termos: “COMBATER em nome dos ideais de Darcy Ribeiro RESTA aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil”. Basta você se perguntar o que resta aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil. A resposta será o sujeito. Alternativa D: item certo. Destaque para a utilização do verbo haver como impessoal, visto que, semanticamente, equivale-se ao verbo existir. Se este fosse empregado pela FCC, a concordância assim ficaria: “Sempre existirão (...) os [= aqueles] que...”. Alternativa E: item errado. Você ainda se lembra do que eu disse sobre a alternativa E da questão 4 (PODER/DEVER + SE + INFINITIVO)? Compare com este caso e constate a construção passiva. E mais: ou você considera “devem abrir” como locução verbal e “opção” como núcleo do sujeito simples, ou considera o verbo “devem” como verbo principal e a oração iniciada pelo verbo “abrir” como sujeito dele. Nas duas hipóteses válidas, o verbo dever precisa estar no singular – quer porque concorda com “opção” (núcleo do sujeito), quer porque o sujeito é oracional. Resposta – E CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 24 20. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: a) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a reciclagem de materiais nas cidades escolhidas no projeto-piloto. b) A conscientização dos moradores daquela área contaminada pelos resíduos tóxicos acabaram surtindo bons resultados. c) Muitos consumidores se mostram engajados na luta pela sustentabilidade e traduzem seu compromisso em tudo aquilo que compram. d) Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na exploração dos recursos da natureza deve trazer lucros promissores para as empresas. e) Deveria ser divulgado claramente os princípios que norteiam as atividades empresariais, como diretriz para orientar os consumidores Comentário – Alternativa A: item errado. Pergunte-se o que chegou ao fim. Resposta: “As campanhas...”. Pronto! Está identificado o sujeito do verbo chegar, que deve ir para o plural em concordância com ele: “CHEGARAM ao fim as CAMPANHAS...”. Alternativa B: item errado. A FCC insiste em distanciar o verdadeiro núcleo do sujeito do verbo correspondente. Repare: “A CONSCIENTIZAÇÃO dos moradores daquela área contaminada pelos resíduos tóxicos ACABARAM surtindo bons resultados”. Assim não é possível! O verbo acabar precisa se manter na terceira pessoa do singular: acabou. Observe que o examinador tratou de colocar ao lado do verbo uma expressão também no plural (“resíduos tóxicos”). Fique atento! Alternativa C: item certo. Está perfeita a concordância entre verbo e o núcleo do sujeito. Repare: “Muitos CONSUMIDORES se MOSTRAM engajados na luta pela sustentabilidade e TRADUZEM seu compromisso em tudo aquilo que COMPRAM”. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 25 Alternativa D: item errado. Fique de olho na locução verbal “deve trazer”. Pergunte-se agora o que deve trazer lucros promissores para as empresas. Eis a resposta: “Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na exploração dos recursos da natureza”. Está aí o sujeito, cujo núcleo é o termo plural “Atitudes”. Logo o verbo auxiliar da locução apontada deve flexionar-se na terceira pessoa do plural: devem. Chamo a sua atenção para a concordância nominal entre o substantivo “Atitudes” (feminino plural) e o adjetivo-particípio “voltadas”. Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se comportar como um adjetivo, o particípio flexiona-se em gênero e número para concordar com o substantivo a que se refere. É possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, ficar) flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Observe: Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado) Alternativa E: Depois do que já foi explicado, não é difícil perceber que a concordância correta deve ser assim indicada: “DEVERIAM ser DIVULGADOS claramente os PRINCÍPIOS...”. Resposta – C 21. (FCC/2010/TCM-PA/Técnico de Controle Externo) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos. c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o intolerável arbítrio das discriminações sociais. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 26 d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com que são tratados os estranhos. e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa. Comentário – Como a FCC gosta de explorar a concordância envolvendo voz passiva sintética e sujeito oracional! Repare: Alternativa A: “Vejam-se” (VTD + SE) = voz passiva sintética. Sujeito-paciente = “que os intentos de formação de uma sociedade monorracial redundam...” (= ISSO). Compare: Vejam-se ISSO ou ISSO sejam visto. Notou a falta de harmonia entre sujeito e verbo? Vamos corrigir tudo: Veja-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial redundam... (Veja-se ISSO ou ISSO seja visto). Alternativa B: item correto: Vamos mudar a voz passiva sintética para a voz passiva analítica: Os CONFLITOS dramáticos de consciência dos indivíduos SÃO DEVIDOS à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos. Alternativa C: item errado. Mantenha o mesmo raciocínio para proceder à correção: Nos Estados Unidos, o intolerável ARBÍTRIO das discriminações sociais É CONFERIDO aos grupos e aos indivíduos. Alternativa D: item errado. O núcleo do sujeito é um termo singular. A FCC o distanciou do verbo correspondente e inverteu a ordem dos termos. Perceba a correção: As BRUTALIDADES com que são tratados os estranhos CORRESPONDEM ao duro modelo bíblico do povo eleito. Alternativa E: item errado. Note a perfeita concordância entre o verdadeiro núcleo do sujeito e o verbo correspondente: QUEM se formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa não se PERMITE juízos e comportamentos mais flexíveis. Resposta– B CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 27 22. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: a) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões. b) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prática política. c) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. d) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central. e) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade. Comentário – Alternativa A: item certo. Chamo a sua atenção para a concordância verbal envolvendo o pronome relativo QUE, sujeito sintático do verbo “determinam”. Nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo (“os princípios e valores”). Não vá confundir esse caso com aquele em que o sujeito é o pronome relativo QUEM, situação que faculta a concordância tanto com o antecedente quanto com o próprio pronome relativo – no último caso, o verbo fica na terceira pessoa do plural. Veja alguns exemplos. Fui eu quem cheguei por último. Fui eu quem chegou por último. Alternativa B: item errado. Por constituir casos já discutidos nesta aula, passarei a indicar diretamente a correção: “A CONFIANÇA dos cidadãos em seus dirigentes DEVE ser EMBASADA...” Alternativa C: item errado. Existem dois problemas aqui. Veja o primeiro: “ELEIÇÕES livres e diretas É garantia...”. A concordância CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 28 adequada é a seguinte: “ELEIÇÕES livres e diretas SÃO garantia...”. Eis o outro problema: “...em que se RESPEITA tanto as LIBERDADES individuais quanto as [LIBERDADES] coletivas”. A voz é passiva sintética (VTD + SE), e o sujeito é composto (possui mais de um núcleo) e está posposto ao verbo. Nesse caso, a gramática possibilita ao verbo concordar com o núcleo do sujeito composto mais próximo. Já que ele está no plural, não há saída, o verbo deve mesmo ficar no plural: “...em que se RESPEITAM tanto as LIBERDADES in- dividuais quanto as [LIBERDADES] coletivas”. Alternativa D: item errado. Eis a correção: “As INSTITUIÇÕES fundamentais de um regime democrático não PODEM estar SUBORDINADAS...”. Alternativa E: item errado. A concordância correta é a seguinte: “O INTERESSE de todos os cidadãos ESTÁ VOLTADO para o MOMENTO eleitor- al, que EXPÕE...” Resposta – A 23. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: a) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianças semelhantes às de tempos passados? b) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais ...... (haver), tão absortas e imobilizadas em seus afazeres. c) Até quando se ...... (verificar), em relação às nossas crianças, tamanha incongruência nos valores e nas expectativas educacionais? d) Quase todo prazer que hoje às crianças se ...... (reservar) por longas horas diárias, está associado à tecnologia. e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar às crianças espaço e tempo para as necessárias atividades físicas. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 29 Comentário – Quero que você compare o emprego do verbo haver nas alternativas A e B. No primeiro caso, ele é mero auxiliar, integra o encadeamento verbal “Hão de se dar a conhecer”, não “manda” em nada, é mero coadjuvante; portanto deve se flexionar para concordar com o sujeito “crianças”. No segundo, ele é impessoal, fica na terceira pessoa do singular (haverá), já que se equivale ao verbo existir. Alternativa C: temos aqui outro caso de voz passiva sintética (VTD + SE). O núcleo do sujeito é o termo “incongruência” (no singular), o que impõe ao verbo a flexão em terceira pessoa do singular: verificará. Alternativa D: leia o período escrito na ordem direta (primeiro o sujeito, depois o verbo): “Quase todo PRAZER que hoje se RESERVA às crianças por longas horas diárias está associado à tecnologia”. Alternativa E: faça aquela perguntinha básica ao verbo: “O que cabe aos pais e professores?”, e depois responda: “proporcionar às crianças espaço e tempo...”. Já percebeu que o sujeito é oracional e que o verbo deve ficar na terceira pessoa do singular? Resposta – A É impressionante como a FCC gosta da concordância com verbo na voz passiva sintética e sujeito oracional. 24. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) A frase em que há incorreção quanto à concordância verbal é: a) Não espantarão as atrocidades do nosso mundo a quem já conhece as crueldades de que um homem é capaz. b) Nenhum de nós se obrigará a viver num campo de prisioneiros da Sibéria para poder avaliar quão bárbaro é este nosso mundo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 30 c) Costumam chocar os pensamentos correntes todo aquele que esteja interessado em promover sua marca de originalidade. d) Assiste-se a tantos tristes espetáculos neste mundo que muitos passam a difundir uma visão inteiramente desesperançada de tudo. e) Interessou ao autor explorar os drásticos contrastes que há entre os que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur. Comentário – Alternativa A: item certo. Basta reordenar os termos que a análise fica mais fácil: “As ATROCIDADES do nosso mundo não ESPANTARÃO a QUEM já CONHECE as crueldades de que um HOMEM É capaz”. Alternativa B: item certo. Lembre-se disto: Pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós, vós ou vocês Î o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome pessoal. Algum dentre vós sairá antes? Quais de nós sairão (sairemos) antes? Alternativa C: item errado. Vamos reescrever a passagem na ordem direta e já com a devida correção: “Todo AQUELE que esteja interessado em promover sua marca de originalidade COSTUMA chocar os pensamentos correntes”. Alternativa D: item certo. Você já sabe que VTD + SE indica voz passiva sintética e que VTI + SE constitui voz ativa com índice de indeterminação do sujeito e verbo na terceira pessoa do singular. É isso o que ocorreu: “Assiste-se a tantos tristes espetáculos...”. O termo “tantos tristes espetáculo” é o objeto indireto do verbo assistir, que é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 31 Alternativa E: item certo. Novamente a FCC explorou a concordância com sujeito oracional: “EXPLORAR os drásticos contrastes que há entre os que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur INTERESSOU ao autor”. Note ainda o emprego do verbo haver com sentido de existir, o que o torna impessoal e o obriga a ficar na terceira pessoa do singular. Por fim, percebaa concordância dos verbos “moram” e “vivem” com o antecedente do pronome relativo “que”: “os” (= aqueles). Resposta – C Você já deve estar cansado de casos como esses. Mas é isso o que a FCC está explorando atualmente nas suas provas. Eu não inventei nenhuma dessas questões. São todas de provas recentíssimas. Então, fique de olho bem aberto!!! 25. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A frase em que a concordância está em total conformidade com o padrão culto escrito é: a) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda que os últimos não lhes pertencessem. b) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que muitos não eram, de fato, nada acessível. c) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as comprometeram de modo irreversível. d) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam sido feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito mais alta não tinha fundamento. e) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 32 Comentário – Alternativa A: item errado. No segmento “ainda que os últimos não lhes pertencessem”, o pronome “lhes” retoma “artista novata”, no SINGULAR. Substitua, pois, o “lhes” por lhe. Alternativa B: o adjetivo “acessível” refere-se ao substantivo “acessórios”, no plural, e com ele deve concordar em número: acessíveis. Alternativa C: o sujeito da forma verbal “comprometeram” é o termo “O produto derramado” (= ele), cujo núcleo é o substantivo singular “produto”. Isso deve fazer com que o verbo seja flexionado na terceira pessoa do singular: comprometeu. Alternativa D: o que não tinha fundamento? “As expectativas”. Logo, o verbo deve também ser flexionado no plural: tinham. Resposta – E 26. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: a) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu sustento, sabem que é importante res- peitar todas as formas de vida que nela se encontram. b) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da floresta. c) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres guerreiros, como forma de manter as tradições da tribo. d) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito, mas mostram, particularmente, uma explicação para os fenômenos da natureza. e) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é necessário a presença de guias habituados às dificuldades da região. Comentário – Alternativa B: item errado. O verbo existir é pessoal, possui sujeito com o qual deve concordar: “Existem (...) duendes...”. Além disso, o CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 33 sujeito sintático do verbo encarnar é o pronome relativo “que”, o qual obriga o verbo a concordar com o sujeito semântico: “...que [= duendes] encarnam...”. Alternativa C: item errado. Já se perguntou o que é sempre relatado às crianças? A resposta é o sujeito do verbo: “os FEITOS valorosos de ilustres guerreiros”. O núcleo no plural leva o verbo ser a se flexionar no plural: SÃO. O particípio deve concordar em gênero e número com o substantivo ao qual se refere: RELATADOS. Alternativa D: item errado. Eis a correção: “O REPOSITÓRIO de lendas brasileiras de origem indígena VARIA muito, mas MOSTRA, particularmente, uma explicação para os fenômenos da natureza. Alternativa E: item errado. O verbo tratar-se é transitivo indireto. Com o pronome “se” (VTI + SE) ele forma estrutura de voz ativa com sujeito indeterminado. O verbo deve, pois, ficar na terceira pessoa do singular: “Quando se trata...”. O termo que lhe segue é seu objeto indireto, com o qual não deve haver concordância. Além disso, há um problema de concordância nominal no trecho “...é necessário a presença...”. O fato de o sujeito estar determinado pelo artigo feminino “a” faz com que o adjetivo se flexione no mesmo gênero: ...é necessária a presença... Resposta – A 27. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Analista Judiciário) É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o decepcionarei. A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos sublinhados, respectivamente, por: a) tu possas - confies - te b) Vossa Excelência podeis - confiei - vos c) tu possas - confia - te d) vós possais - confiem - vos CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 34 e) Sua Senhoria podeis - confiai - vos Comentário – Nesse tipo de questão, você deve manter a uniformidade de tratamento. Se você decidir usar o tratamento referente à terceira pessoa, deve ir até o final. Caso prefira a segunda pessoa, deve, igualmente, mantê-la até o final. Alternativa A: item errado. A segunda pessoa (do singular e do plural) do imperativo afirmativo deriva da segunda pessoa do presente do indicativo sem a desinência –S: confias > confia tu; confiais > confiai vós. Descarte também a alternativa D. Alternativa B: item errado. Com pronome de tratamento, o verbo concordará sempre na terceira pessoa do singular ou do plural. Vossa Excelência é muito digno. Vossas Senhorias são muito exigentes. Descarte também a alternativa E. Resposta – C 28. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: Dados obtidos pela ONU atesta que cerca de dois terços das pessoas que não dispõe de água de qualidade mínima para suas necessidades vivem com menos de dois dólares por dia. Comentário – O primeiro erro de concordância já é bem conhecido: “DADOS obtidos pela ONU ATESTAM...”. O segundo tem a ver com o pronome relativo que em função de sujeito. Nesse caso, a concordância leva em consideração o termo antecedente (no nosso caso, o substantivo “pessoas”): ...cerca de dois terços das pessoas que não dispõem de água Resposta – Item errado. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 35 29. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: Alguns países optam por importar alimentos como forma de economizar água, que vem neles embutidos, já que a agricultura é que demandam enormes quantidades desse líquido. Comentário – O quem vem embutido neles (nos alimentos)? Água. Portanto a concordância correta é “que vem neles embutida”. Eis o outro erro: “...a AGRICULTURA é que DEMANDAM...”. O verbo deve ser flexionado na terceira pessoa do singular: demanda. Resposta – Item errado. 30. (FCC/2006/Banco do Brasil/Escriturário) As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase: Ficar em casa, divertir-se, jogar alguma coisa, nada disso lhes apeteciam. Comentário – Se o sujeito composto for resumido por um aposto (pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto resumitivo. Eis a correção: “...NADA disso lhes APETECIA. Resposta – Item errado. 31. (FCC/2006/TRT 24ª Região/Técnico Judiciário) A concordância está correta na frase: Romarias religiosas e festas folclóricasserve como atração a grande parte de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil. Comentário – O erro está na falta de concordância entre o verbo “serve” e os núcleos do sujeito composto “Romarias” e “festas”. O verbo deve ir para o plural: servem. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 36 Resposta – Item errado. 32. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em: a) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das emissões. b) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando. c) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões. d) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas finais. e) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague. Comentário – Quando o assunto é concordância, uma estratégia do examinador é pospor o sujeito ao verbo. Aquele normalmente é uma expressão longa e com termos no plural. Isso a banca faz tentando desviar sua atenção do verdadeiro núcleo do sujeito. Isso ocorre, por exemplo, nas alternativas A, C, D e E. Alternativa A: o sujeito do verbo “foi” é a oração seguinte, cujo núcleo é o termo “estabelecer”. Já comentei aqui este caso: o verbo da oração principal permanece na terceira pessoa do singular quando o sujeito for oracional. Item certo. Alternativa B: entre o sujeito “todos” (terceira pessoa do plural) e o verbo “esperávamos” (primeira pessoa do plural) houve concordância ideológica (de pessoa). Em sua fala, o locutor indica que se inclui entre os que esperavam o tal acordo. Item certo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 37 Alternativa C: repare que o sujeito da locução “Acabou cul- minando” está no final do período e é uma expressão longa: “o período de duas semanas de acaloradas discussões”. Como o núcleo dele é o termo “período” (substantivo masculino singular), a concordância está perfeita. Alternativa D: o sujeito do verbo “propôs-se” é a expressão “uma ajuda de US$ 30 bilhões”, cujo núcleo é o termo “ajuda”; por isso o verbo está no singular. Item certo. Alternativa E: o erro caracterizou-se pela flexão do verbo de- ver no plural, quando – na realidade – o núcleo do sujeito é o termo “impasse”. Confirma-se, com isso, que você precisa estar atento aos casos de sujeito pos- posto ao verbo. Resposta – E 33. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes . .... (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganhará sua aplicação. b) Muito do que se . .... (prever) nos usos de uma nova técnica depende, para realizar-se, do que se chama “vontade política”. c) Nenhuma das vantagens que . .... (oferecer) a tecnologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspirações humanas. d) Quando não se . .... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos trazem, as saídas místicas surgem como solução. e) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que . .... (poder) provocar as dramatizações de sua transmissão radiofônica. Comentário – Notou que a FCC exige que o verbo se flexione no plural? Pois então temos que encontrar um sujeito cujo núcleo esteja no plural. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 38 Alternativa A: o sujeito do verbo caber é oracional (“determinar...”). Você já deve estar cansado de me ouvir dizer que o sujeito oracional impõe ao verbo principal a flexão no singular, não é mesmo? Alternativa B: o sujeito do verbo prever é o pronome relativo “que”. O verbo em negrito deve, então, concordar com o antecedente do relativo. Mas cadê esse antecedente? É o pronome demonstrativo “o” (= aquilo), que se contraiu com a preposição “de” (do = de + o). Como ele está no singular, o verbo em negrito também se flexiona no singular. Alternativa C: agora a concordância do verbo leva em conta a expressão “Nenhuma das vantagens”. Fica no singular o verbo cujo sujeito é formado por pronome indefinido singular + de + pronome ou nome plural (“algum de nós”, “nenhum de nós”, “cada um de vocês”, “qual das cidades”, “algum dentre vocês”, “nenhum dos candidatos”, “cada um dos agricultores”). Veja outro exemplo: “Nenhuma das jogadas do time adversário levou perigo ao goleiro do Brasil”. Alternativa D: quando apassivado pelo pronome apassivador se, o verbo concordará normalmente com o sujeito: “Quando não se reconhece (...) o bem” = “Quando não é reconhecido (...) o bem”. Alternativa E: muito cuidado – eu já disse – com a posposição do sujeito ao verbo. A expressão “as dramatizações de sua transmissão radiofônica” é o sujeito da locução “podem provocar”, a qual concorda com o núcleo “dramatizações”. Veja a reescritura na ordem direta: “que as dramatizações de sua transmissão radiofônica podem provocar”. Resposta – E 34. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Cabem a nós, zelosos fiscais das repartições públicas, determinar se nossos funcionários devem ou não produzir literatura? CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 39 b) Não se costumam reconhecer nos funcionários-escritores talento artístico, quando são pegos a escrever literatura na repartição. c) São injustas as razões pelas quais se maldizem, costumeiramente, a atividade literária de um funcionário público. d) Como a um funcionário não se oferecem a fome e o fausto, ele se aproveita dessa condição para desenvolver seu imaginário. e) Dão uma bela resposta às obrigações não escolhidas, de que é feito o nosso mundo, o talento dos escritores-funcionários. Comentário – A essa altura, você já percebeu que as últimas questões sobre concordância verbal vêm se repetindo: sujeito posposto ao verbo; verbo na voz pasisva; sujeito oracional. Mudam-se as expressões, os períodos; mas mantém-se o mesmo tipo de abordagem. Alternativa A: apresenta sujeito oracional (“determinar”) e posposto ao verbo “Cabem”, que deveria se flexionar na terceira pessoa do singular: “Cabe”. Alternativa B: “talento artístico” é o sujeito da locução “se costumam reconhecer” (indicativa de voz passiva sintética). Como o sujeito está na terceira pessoa do singular, assim deveria ser flexionado o verbo auxiliar: “costuma”. Veja, agora, a correspondente voz passiva analítica: “Não costuma ser reconhecido (...) talento artístico”. Alternativa C: o núcleo do sujeito do verbo apassivado “maldizem” é o termo “atividade”, com o qual deve haver concordância no singular. Veja a correspondente voz passiva analítica: “pelas quais é maldita (...)a atividade literária de um funcionário público”. Alternativa D: a forma verbal “oferecem” (apassivada por meio do pronome se) está em perfeita concordância com os núcleos do sujeito composto “a fome e o fausto”(= luxo, pompa, ostentação, magnificência). Alternativa E: novamente o sujeito veio posposto ao verbo. O examinador sabe que tal estrutura dificulta a correta identificação do sujeito. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 40 Para complicar um pouquinho mais a sua vida, ele ainda utiliza várias expressões no plural. Cuidado! A dica é reescrever a passagem na ordem direta: “O talento dos escritores-funcionários dá...”. Percebeu a correção? Resposta – D 35. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Para cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a frase: a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a capacidade de representarem profundos anseios coletivos. b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade de virem a se tornar membros da realeza. c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das fábulas analisadas, a transformação de pobres em príncipes. d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas quais se traduzem aspirações de poder e de justiça. e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou o descalabro das expectativas alimentadas. Comentário – Na terceira alternativa, o termo “transformação” (núcleo do sujeito simples “a transformação de pobres em príncipes”) obriga o verbo corresponder a se flexionar na terceira pessoa do singular: “corresponde”. Resposta – C 36. (FCC/2010/Pref. São Paulo/EAOFP) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Não deveriam caber aos jovens estudantes o peso das responsabilidades políticas que o autor a eles pretende atribuir. b) É fatal que venham a decepcionar-se com os jovens todo aquele que os vê como sujeitos políticos já inteiramente constituídos. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 41 c) O embate a que se costumam lançar os jovens estudantes são quase sempre marcados por uma natural imaturidade política. d) Não se devem confiar a um jovem os atributos políticos que mesmo ao político mais experiente costumam faltar. e) Creio que nenhuma referência a autores como Nelson Rodrigues ou Maquiavel poderão trazer alento aos jovens idealistas. Comentário – Alternativa A: o verbo auxiliar da locução “deveriam caber” correto estaria se fosse flexionado na terceira pessoa do singular, para concordar com o termo “peso”, núcleo do sujeito. Alternativa B: o erro existente aqui se caracteriza pela falta de concordância entre a forma verbal “venham” (terceira pessoa do plural) e o sujeito “todo aquele” (terceira pessoa do singular). Alternativa C: o primeiro erro diz respeito à forma verbal “costumam”. Note que ele está apassivado pelo pronome se e possui como sujeito a oração iniciada pelo verbo “lançar”. Leia-se: “costuma-se lançar os jovens estudantes ao embate”. Já disse repetidas vezes que o sujeito oracional leva o verbo principal para o singular. O segundo erro: a forma verbal “são” deve flexionar-se no singular em virtude do termo “embate”, sua referência para efeitos de concordância. Maliciosamente, o examinador o colocou ao lado da expressão plural “jovens estudantes”. Além disso, o particípio “marcados”, no plural, não concorda com o termo “embate”, que é marcado “por uma natural imaturidade política”. Alternativa E: o verbo auxiliar da locução “poderão trazer” deve concordar no singular com o termo “referência”, núcleo do sujeito. Resposta – D Estas questões resumem muito bem o que a FCC está cobrando atualmente quando o assunto é pontuação e concordância. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 42 Meu intuito nesta aula não foi derramar sobre você uma avalanche de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo(a) quanto à tendência da FCC, banca que elaborará a sua prova. Adiante estão as questões sem os respectivos comentários, para que você tenha a oportunidade de revisar o conteúdo por meio dos exercícios propostos. O gabarito vem logo depois. Fique com Deus e bons estudos! Professor Albert Iglésia CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 43 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue as assertivas seguintes. Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e no poder, hostilidade. 2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. 3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou memorável. b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. 4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 44 5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino. 6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. 7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores. b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas. 8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente adequada a pontuação em: Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar. 9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente correta em: A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 45 10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por suas posições stalinistas.
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