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Portugus AFRFB esaf aula 4

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
1 
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SINTAXE DE REGÊNCIA 
Nosso encontro de hoje é dividido em duas partes – REGÊNCIA e CRASE. 
Começaremos por SINTAXE DE REGÊNCIA. 
Há sempre nas orações elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de 
regentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que 
complementam o sentido dos primeiros. 
A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação ou dependência 
entre os elementos da oração. 
Resumindo: “uso ou não preposição?” e “qual a preposição mais adequada para tal 
sentido?”. 
REGÊNCIA NOMINAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um 
advérbio com o termo que complementa o seu significado. 
REGÊNCIA VERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com a 
preposição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição no 
complemento direto). 
Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes 
obras: 
- Dicionário Prático de Regência Nominal - Editora Ática – 4ª edição - 2003; 
- Dicionário Prático de Regência Verbal – Editora Ática – 8ª edição – 2002. 
 
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF - REGÊNCIA 
1 - (ESAF/AFC STN/2005) 
1. Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência assinale 
pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos 
graves problemas religiosos que confundem o pensador 
que os quer resolver segundo a razão, se 
5. nenhum choque exterior veio perturbar para ela 
solução recebida na infância. A dúvida não é sinal de 
que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às 
vezes um simples mal-estar da vida. 
(Joaquim Nabuco, Minha formação) 
A respeito de aspectos lingüísticos do trecho acima, analise a proposição a seguir. 
- A preposição de, que antecede a conjunção que( .7), é exigência do verbo transitivo 
indireto da oração iniciada por essa conjunção. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
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E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
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Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticos”. 
Começamos nosso estudo fazendo uma importante distinção. 
Como saber se esse “que” é uma conjunção integrante, como afirma o examinador, e 
não um pronome relativo? Qual a diferença entre um e outro? 
Supondo que o primeiro período do parágrafo fosse “Só mais tarde alcancei 
compreender que a inteligência pode trabalhar até ao fim”, tudo o que se segue ao 
verbo COMPREENDER poderia ser substituído pelo pronome substantivo ISSO: 
“Só mais tarde alcancei compreender ISSO”. 
Neste caso, como o pronome substantivo indefinido (ISSO) estaria exercendo a função 
sintática de objeto direto de COMPREENDER (“... compreender ISSO”), a oração é 
classificada como oração subordinada substantiva objetiva direta. Traduzindo o 
“gramatiquês”: 
- oração subordinada – porque exerce uma função sintática em outra oração; 
- substantiva – porque, como vimos, ela pode ocupar o lugar de um 
substantivo (“compreender o ensinamento”) ou de um pronome substantivo 
(“compreender ISSO”); 
- objetiva direta – porque ela exerce a função sintática de objeto direto em 
relação à oração que complementa. 
Não se assuste com essa nomenclatura toda – teremos uma aula todinha para o 
estudo das conjunções e formação de períodos. 
A conjunção integrante SEMPRE dá início a uma oração subordinada 
SUBSTANTIVA. 
O pronome relativo SEMPRE dá início a uma oração subordinada ADJETIVA. 
O PRONOME RELATIVO se refere a algum termo que já foi mencionado, 
substituindo-o na oração subordinada adjetiva. 
Se este pronome, na oração adjetiva, exercer a função sintática de sujeito, deve o 
verbo concordar com o termo antecedente (vimos vários exemplos na aula de 
concordância). 
Se o termo regente (verbo, adjetivo, substantivo, advérbio) presente na oração 
adjetiva exigir uma preposição em relação a esse termo antecedente, esta preposição 
deverá ser colocada antes do pronome relativo, substituto do antecedente. 
Para facilitar, vamos a um exemplo de emprego do pronome relativo, extraído do 
mesmo texto. 
“... a inteligência pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos graves 
problemas religiosos que confundem o pensador” 
Podemos verificar duas orações distintas: 
(1) - “a inteligência pode trabalhar até o fim inteiramente alheia aos graves problemas 
religiosos” 
(2) - “que confundem o pensador” 
A oração (1) possui um elemento que será usado na oração (2) – sabe qual é? 
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(1) “... alheia aos graves problemas...” (2) – “graves problemas confundem o 
pensador” 
Para evitar sua repetição na segunda oração, foi usado, em seu lugar, um PRONOME 
RELATIVO. Como este pronome exerce a função de sujeito do verbo CONFUNDIR, ele 
remete ao seu antecedente a concordância do verbo (isso já vimos na aula sobre o 
assunto). 
Agora, imagine se, em vez do verbo CONFUNDIR, tivéssemos o verbo LUTAR: alguém 
luta CONTRA alguém / algo. Tudo muda. 
(1) “... alheia aos graves problemas...” (2) – “o pensador luta CONTRA graves 
problemas ...” 
 
Na “nova” oração (2), o termo não exerce mais a função de sujeito (agora, o sujeito é 
“o pensador”), mas a de objeto indireto, que deve ser antecedido de preposição 
obrigatória “contra”. 
Como, no lugar do sintagma nominal, colocaremos um pronome relativo, essa 
preposição deve anteceder o pronome. 
(1) “a inteligência pode trabalhar até o fim inteiramente alheia aos graves problemas 
religiosos” 
(2) “contra os quais luta o pensador” (invertemos a ordem dos termos). 
Agora que esclarecemos a diferença entre CONJUNÇÃO INTEGRANTE e PRONOME 
RELATIVO, vamos voltar à questão da prova. 
A passagem em análise é: 
A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às 
vezes um simples mal-estar da vida. 
Podemos substituir tudo o que sucede a preposição DE pelo pronome ISSO: 
A dúvida não é sinal dISSO. 
Então, a oração é mesmo iniciada por uma conjunção integrante. 
O erro está em indicar o termo regente da preposição, que é o substantivo SINAL e 
não o verbo SER. 
 
2 - (ESAF/SEFAZ CE/2007) 
Analise os itens a seguir em relação aos aspectos morfossintáticos, de pontuação e/ou 
paralelismo em artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará. 
I - É dever de o funcionário levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior 
irregularidades administrativas que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da 
função que exerça. 
II - Deve o funcionário guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza 
reservada que tem conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que 
exerce. 
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ITENS ERRADOS 
Comentário. 
São poucas as questões que tratam de REGÊNCIA NOMINAL. 
Regência, em sentido amplo, indica a subordinação sintática de um elemento a outro. 
O complemento verbal está para o verbo assim como o complemento nominal está 
para o nome (adjetivo, substantivo, advérbio). 
Ao passo que o complemento verbal pode, ou não, ligar-se ao verbo por preposição, o 
complemento nominal sempre exige este conectivo: 
Amar alguém (direto) Amor a alguém (indireto) Amante de alguém (indireto) 
Sendo o complemento verbal indireto, é comum o nome correspondente (substantivo, 
adjetivo) manter a regência do verbo: 
duvidar de alguma coisa (verbo) 
duvidoso de alguma coisa (adjetivo) 
dúvida de alguma coisa (substantivo) 
Assim, nos exemplos acima, a expressão “alguma coisa” liga-se a nomes e a verbos 
pela mesma preposição: “de”. 
Essa questão já foi apresentada anteriormente(e voltaremos a analisá-la em relação a 
outros aspectos), por isso, agora, iremos nos ater aos aspectos relativos à sintaxe de 
regência. 
I - Note que, na passagem “... levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade 
superior irregularidades administrativas que tiver ciência...”, o pronome relativo “que” 
retoma o antecedente “irregularidades administrativas”. Assim, como “alguém tem 
ciência DE alguma coisa”, a preposição é exigida pelo termo regente “ciência”, essa 
preposição deve anteceder o pronome relativo que substitui o termo regido 
“irregularidades administrativas”. 
Feita a correção, a estrutura seria: “... levar, por escrito, ao conhecimento da 
autoridade superior irregularidades administrativas DE QUE TIVER CIÊNCIA...” 
II – Neste item, o raciocínio é o mesmo. Alguém tem conhecimento DE / SOBRE 
alguma coisa. Na passagem “Deve o funcionário guardar sigilo sobre a documentação e 
os assuntos de natureza reservada que tem conhecimento...”, o pronome relativo 
“que” retoma os antecedentes “a documentação e os assuntos de natureza 
reservada”. 
Por isso, a preposição “de”, exigida pelo termo regente “conhecimento”, deve 
anteceder o pronome relativo: “Deve o funcionário guardar sigilo sobre a 
documentação e os assuntos de natureza reservada DE QUE TEM 
CONHECIMENTO...”. 
Se optássemos pela preposição SOBRE (o que não seria muito aconselhável, haja vista 
sua ocorrência no mesmo período), por não ser uma preposição monossilábica (calma, 
isso será assunto da aula sobre PRONOMES – só estou adiantando...), seria necessário 
trocar o relativo “que” pelo correspondente “os quais”: “Deve o funcionário guardar 
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sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada SOBRE OS QUAIS 
TEM CONHECIMENTO.”. 
 
3 - (ESAF/AFRF/2002.1) 
O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter acesso à 
vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha é a senhora 
absoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofre 
do hotel, são quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no 
computador da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta 
do meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões tem 
senha. Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser ocupada com 
tanta baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar, 
sim, os bons momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na sua 
agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir em 
que lugar secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. 
(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações) 
Julgue a asserção abaixo, com relação ao emprego das palavras e expressões do texto. 
- Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, é obrigatório o emprego da 
preposição de regendo a oração “que ele é escravo”(l.1). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
O vocábulo escravo rege a preposição de (“Alguém é escravo DE outra pessoa / 
alguma coisa.”). 
No segmento “O homem é moderno na medida das senhas | de que ele é escravo”, 
há as seguintes orações: 
1ª oração – “O homem é moderno na medida das senhas” – oração principal 
2ª oração – “de que ele é escravo” – oração subordinada adjetiva 
O que presente na 2ª oração está substituindo o vocábulo “senhas”, da 1ª oração. 
Por isso, é classificado como um pronome relativo. Um pronome relativo SEMPRE 
dá início a uma oração subordinada adjetiva. Uma oração adjetiva pode ser 
restritiva (limita o conceito do vocábulo a que se refere) ou explicativa (oferece apenas 
informações adicionais, acessórias). Nesse caso, é restritiva. 
Devemos observar se o elemento representado pelo pronome relativo deveria ser 
regido por alguma preposição exigida por outro elemento da oração adjetiva. Para 
isso, devemos colocar a oração adjetiva na ordem direta, fazendo as substituições 
necessárias: 
“que ele é escravo” – “ele é escravo de senhas” 
Essa preposição obrigatória, exigida pelo substantivo escravo (termo regente), deve 
preceder o pronome relativo (termo regido) – “de que ele é escravo”. Portanto, a 
assertiva está correta. 
 
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4 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Com base no texto, analise a proposição que se segue. 
1. O Hamas, com sua odiosa plataforma que prega o 
aniquilamento da nação vizinha, não é um movimento 
adventício, artificial, em Gaza. 
O grupo fundamentalista, com ramificações assistenciais 
5. e religiosas, criou raízes e tornou-se popular na faixa de 
Gaza – essa capilaridade, aliás, torna difícil atingir alvos 
militares sem matar civis. O Hamas venceu as eleições 
parlamentares palestinas de 2006 e, mais tarde, expulsou 
de Gaza o Fatah, o partido secular de Mahmoud Abbas, 
10. presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel 
bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de 
15. ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009) 
- O emprego da preposição em “de ignorar”(ℓ.14 e 15) justifica-se pela regência de 
“opção”. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Trata-se, pois, de um caso de REGÊNCIA NOMINAL. O termo que exige a preposição 
que antecede “ignorar” é mesmo “opção”. Este termo regente (opção) apresenta dois 
termos regidos, ambos apresentados sob forma oracional: (1) ignorar 
diplomaticamente o Hamas e (2) fortalecer a ANP. 
 
5 - (ESAF/ AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL NATAL / 2008) 
A linguagem da mídia é uma das mais constantes 
formas de comunicação a que as pessoas têm acesso. 
Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias 
escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário 
5. tem um papel social e político, assim como educacional: 
ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e 
tentamos entender e explicar como acontecimentos 
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relatados na mídia se relacionam com nossas vidas e 
com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias 
10. são relatos de fatos e não o fato em si. O tratamento 
de qualquer tópico, portanto, sempre dependerá de 
quem o escolheu e de que ponto de vista será relatado. 
Relatos, assim, não são uma representação de fatos, 
mas uma construção cultural que codifica valores fixos, 
15. já que os jornalistas obedecem a uma série de critérios 
que determinam se um fato pode ser relatado ou não. 
(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação da América 
Latina: recontextualização textual e prática social) 
 
Analise o seguinte item a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. 
- O uso da preposição a antes de “que”(l.2) é exigência das regras gramaticais que 
normatizam as relações sintáticas com o substantivo “acesso”(l .2). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mais uma questão que trata de regência nominal. Alguém tem acesso A alguma coisa. 
Na passagem, o objeto indireto está sob a forma pronominal, ou seja, representado 
por um pronome relativo, que substitui o antecedente (expressão “formas de 
comunicação”) na oração subordinada adjetiva: “A linguagem da mídia é uma das mais 
constantes formas de comunicação a que as pessoas têm acesso.” 
Desse modo, a preposição deve anteceder esse pronome relativo. Está correta a 
indicação das relações de regência. 
 
6 - (ESAF/AFC STN/2008) 
Com base no texto, analise a afirmativaabaixo. 
1. No caso do Brasil, o potencial de contaminação 
das expectativas de crescimento pela crise externa 
concentra-se em três ameaças: a economia real ser 
atingida por forte contenção de liquidez, o que diminuirá 
5. a oferta de capital para manter os investimentos, o 
consumo interno sofrer abalos com a perda acelerada 
do preço das commodities, o que tenderá a reduzir o 
lucro dos exportadores, e a volta do déficit em conta 
corrente, com pressão sobre o câmbio e reflexos na 
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10. inflação. 
O momento é oportuno para o Brasil encontrar medidas 
que amenizem os efeitos de uma eventual tempestade 
internacional. As preocupações não são infundadas. O 
risco de escassez de crédito externo para as empresas 
15. brasileiras é um exemplo. Acertadamente, o governo já 
estuda meios para compensar uma eventual paralisia 
do crédito internacional, por meio de fontes internas, 
como empréstimos do BNDES. 
(Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2008, Editorial) 
- O emprego da aglutinação da preposição com artigo definido feminino em “pela crise” 
justifica-se pela regência de “crescimento”(l. 2). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
O segmento iniciado pela preposição “por” (contraída com o artigo definido “o”, 
formando “pelo”) indica o agente da “contaminação” (em outras palavras, a crise 
externa contaminou as expectativas de crescimento => expectativas de crescimento 
contaminadas PELA CRISE EXTERNA). 
Portanto, está errada a afirmação de que o termo que estaria a exigir seu emprego 
seria o vocábulo “crescimento”. 
 
7 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise a proposição. 
Os mercados financeiros entraram em março 
2. assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história 
corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7 
4. bilhões contabilizada pela seguradora American 
International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008. 
6. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O 
Tesouro americano anunciou a disposição de injetar 
8. mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em 
setembro com dinheiro do contribuinte. Na Europa, a 
10. notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do 
lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para 
12. US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%, 
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o banco informava o fechamento das operações de 
14. financiamento ao consumidor nos Estados Unidos, 
com dispensa de 6.100 funcionários. 
16. Com demissões de milhares e perdas de bilhões 
dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os 
18. sinais de reativação da economia mundial continuam 
fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano 
20. passado, havia a esperança de se iniciar 2009 com 
a crise financeira contida. Se isso tivesse acontecido, 
22.os governos poderiam concentrar-se no combate 
à retração econômica e ao desemprego. Aquela 
24.esperança foi logo desfeita. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
- A presença de preposição em “ao desemprego”(ℓ.23) justifica-se pela regência de 
“combate”. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
São dois os termos regidos do substantivo “COMBATE”: “... combate À RETRAÇÃO 
ECONÔMICA e AO DESEMPREGO”. 
Nessas poucas questões apresentadas, verificamos que as que exploram REGÊNCIA 
NOMINAl costumam ser simples, explorando os termos (regente e/ou regido) desta 
relação sintática. 
Normalmente, a banca indica o termo regente e o candidato deve avaliar se esta 
indicação está certa ou errada. Sempre volte ao texto e releia a passagem em que o 
trecho em análise se encontra. 
 
8 - (ESAF/AFC CGU/2004) 
1. Livro tem começo, meio e fim. Como a 
vida. As grandes narrativas favorecem a nossa 
visão histórica e criam o caldo de cultura no 
qual brotam as utopias. Sem utopia não há 
5. ideal – sem ideal não há valores nem projetos. 
A vida reduz-se a um joguete nas oscilações 
do mercado. 
A literatura é a arte da palavra. E, como 
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toda arte, recria a realidade, subvertendo-a, 
10. transfigurando-a, revelando o seu avesso. Por 
isso, todo artista é um clone de Deus, já que 
imprime ao real um caráter ético e um sabor 
estético, superando a linguagem usual e refletindo, 
de modo surpreendente, a imaginação 
15. criadora. 
 (Adaptado de Frei Betto) 
Analise a seguinte proposição. 
- Em “a um joguete”(l.6), a presença da preposição é exigida pela regência da palavra 
“joguete”. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A preposição foi exigida pelo verbo REDUZIR-SE. Algo se reduz A alguma coisa. 
O substantivo “joguete” é, na verdade, o termo regido, atuando como objeto indireto 
da construção. 
 
9 - (ESAF/AFC CGU/2004) 
Julgue se o trecho abaixo foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
- A onda desenvolvimentista e a experiência keynesiana teve o seu apogeu nas três 
décadas que sucederam o fim da Segunda Guerra. O ambiente político e social estava 
saturado da idéia que era possível adotar estratégias nacionais e intencionais de 
crescimento, industrialização e avanço social. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 4) . 
Para começar, um problema de concordância. Como vimos, sujeito composto 
anteposto ao verbo exige que este realize a concordância gramatical, ou seja, com 
todos os núcleos. Na construção, são dois os núcleos: onda e experiência. Assim, a 
forma verbal TER deveria ter se flexionado no plural: “... tiveram o seu apogeu...”. 
O outro erro é de regência verbal, em relação ao verbo SUCEDER que, no sentido de 
“vir após, acontecer sucessivamente”, pode ser transitivo direto (pronominal) e 
indireto (algo suceder-se a), transitivo indireto (algo suceder a) ou intransitivo 
(algo suceder). Nota-se, portanto, um problema de regência verbal: “... nas três 
décadas que sucederam ao fim da Segunda Guerra.”. 
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Em seguida, outro problema de regência, desta vez nominal. O termo regente 
“idéia” (*) exige a preposição “de”, que deve anteceder a conjunção integrante “que”: 
“... estava saturado da idéia (*) DE QUE era possível adotar estratégias...”. 
Cuidado com esse último erro, pois é muito comum, na linguagem cotidiana, abolirmos 
a preposição que vem após substantivos quando o termo regido é oracional: 
“Ele não tem consciência DE QUE somos todos irmãos.” 
“Não tenha dúvidas DE QUE eu a amo.” 
“Ela tinha medo DE QUE o marido soubesse a verdade.” 
“Ele está temeroso DE QUE seja abandonado.” 
“O deputado respondeu às acusações DE QUE estaria envolvido no esquema.” 
“A previsão DE QUE ele morreria não se confirmou.” 
 
Celso Luft enumera apenas CINCO nomes (quatro adjetivos e um substantivo) que 
admitem a omissão da preposição antes de termos regidos oracionais. São eles: 
- ansioso: “Estava ansioso (de) que a aula terminasse.”; 
- convencido: “Estava convencido (de) que ele não era sincero.”; 
- crente: “Estou crente (de) que no próximo ano serei aprovado.”; 
- esperança: “Tenho esperanças (de) que você volte.”; 
- esquecido:“Ele parecia esquecido (de) que eu era sua amiga.”. 
 
Algumas bancas seguem esta lição – até o momento, não nos deparamos com 
nenhuma questão da ESAF que tenha aceitado a omissão da preposição, mas todo 
cuidado é pouco em relação a essas cinco “exceções”. 
 
10 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Analise o trecho a seguir, adaptado de uma reportagem da Folha de S. Paulo, 30 de 
abril de 2006.- Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantias que os 
salários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos de crise, pois as 
maiores perdas entre 2002 e 2006, ocorreram nos trabalhadores com mais de 11 anos 
de estudo. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O termo regente “garantias” exige a preposição “de” (garantia DE alguma coisa). 
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Assim, percebe-se um erro de regência, com a falta da preposição em “... não são 
garantias que os salários não se deteriorem...”. 
O correto seria: “... não são garantias DE QUE os salários não se deteriorem...”. 
Há também um problema de pontuação, com a vírgula após “2006” separando sujeito 
do verbo correspondente, mas isso é assunto da nossa penúltima aula. 
 
11 - (ESAF/AFC STN/2005) 
Analise a correção gramatical do trecho abaixo. 
- A responsabilidade dos sócios e administradores da sociedade limitada resultante da 
cessão de quotas não será distinta de outras sociedades limitadas. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Ainda que o termo regente esteja representado por um pronome demonstrativo, se faz 
necessário o emprego da preposição que seria exigida por ele. 
É o que acontece na passagem: “A responsabilidade (...) não será distinta de outras 
sociedades limitadas”. 
Vamos analisar o sentido do que está escrito: a responsabilidade não será distinta DE 
OUTRAS SOCIEDADES? O que o autor quis dizer foi que “a responsabilidade dos sócios 
e administradores da sociedade limitada resultante da cessão de quotas não será 
distinta DA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES de outras 
sociedades limitadas” ou simplesmente “DA RESPONSABILIDADE de outras 
sociedades limitadas”. 
Ficou faltando o elemento que exige a preposição “de” final, quer o substantivo ou um 
pronome que o represente: 
1 - “A responsabilidade (...) não será distinta DA RESPONSABILIDADE de outras 
sociedades limitadas”; ou 
2 - “A responsabilidade (...) não será distinta DA de outras sociedades limitadas” 
(preposição “de” + pronome demonstrativo “a”, que substitui “responsabilidade”). 
 
12 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. 
A chegada da crise financeira mundial __1__ pequenos municípios exibe mais uma 
face perversa do abalo global que já fez tremer os gigantes do crédito internacional. A 
população mais pobre dessas comunidades começa a pagar preço alto ao __2__ situar 
no lado mais fraco das contas públicas brasileiras. A desaceleração da atividade 
econômica já seria suficiente __3__ provocar uma expressiva perda de arrecadação 
em todos os níveis da administração pública. Mas __4__ um complicador a mais para 
os municípios pequenos. Forçado __5__ conceder desonerações tributárias para ajudar 
a manutenção de empregos, o governo federal abriu mão de parte do Imposto sobre 
Produtos Industrializados (IPI), um dos principais formadores do Fundo de Participação 
dos Municípios (FPM). Por causa da excessiva proliferação de cidades, muitas vezes, 
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emancipadas apenas para atender a interesses de grupos políticos locais, é imensa a 
quantidade de orçamentos dessas comunidades em todo o país que dependem quase 
__6__ exclusivamente desse fundo. 
(Estado de Minas, 3/3/2009) 
1 2 3 4 5 6 
a) nos o ao a em que 
b) aos se para há a que 
c) a a de é de em 
d) por lhe por existe por de 
e) em o ao é por de 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Assim como o verbo CHEGAR (REGÊNCIA VERBAL), o substantivo CHEGADA rege a 
preposição “a”. Essa é uma característica dos verbos que indicam DESLOCAMENTO (ir 
a algum lugar / dirigir-se a algum lugar / chegar a algum lugar). Só com essa análise, 
poderíamos eliminar diversos itens e ficar somente com dois: B (em sentido 
determinado, com o artigo antes do substantivo “municípios”) e C (em sentido 
genérico e, portanto, sem artigo). 
A segunda lacuna já resolve esta questão, que deveria ser preenchida com o pronome 
“se” (as comunidades SE SITUAM no lado mais fraco das contas públicas brasileiras) e 
não com o oblíquo “a”. 
A lacuna 5 também explora conceitos de regência. O adjetivo “forçado” rege a 
preposição “a” (alguém é forçado A alguma coisa), restando, novamente, como opção, 
a letra B. 
 
13 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006) 
A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. São mais do 
que rabiscos. São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com a 
comunidade – mesmo que por meio da agressão – e, ao mesmo tempo, de dar ao 
autor um sentido de auto-identidade. 
(Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006) 
Analise a declaração acerca desse trecho do texto. 
- O verbo “dar”, na penúltima linha, está empregado como bitransitivo, constando da 
frase seus dois objetos: o direto e o indireto. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
A partir de agora, falaremos bastante sobre a transitividade verbal. 
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Isso porque o conceito de REGÊNCIA VERBAL passa necessariamente pela definição da 
TRANSITIVIDADE DO VERBO. 
Há verbos que bastam por si mesmos – são os verbos INTRANSITIVOS. 
Outros há que necessitam de informações suplementares, ou seja, do auxílio de uma 
expressão subsidiária, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses são os 
verbos TRANSITIVOS (palavra da mesma origem que “trânsito”, “transitar”). 
Quando não há preposição necessária, o verbo é TRANSITIVO DIRETO, ou seja, liga-se 
ao complemento diretamente (OBJETO DIRETO). 
No caso de a preposição ser obrigatória, o verbo é classificado como TRANSITIVO 
INDIRETO e o complemento é antecedido de preposição (OBJETO INDIRETO). 
Quando, simultaneamente, o verbo requer dois complementos, um direto e outro 
indireto, o chamamos de bitransitivo ou transitivo direto e indireto. Você também 
pode encontrar em prova a denominação “transitivo-relativo”. 
Por fim, há os que não se satisfazem apenas com a informação trazida pelo objeto, 
exigem mais alguma, esta trazida pelo predicativo do objeto. Esses são os verbos 
transobjetivos, estudados na aula de CONCORDÂNCIA (julgar, considerar etc.). pode 
ser que o examinador tire do baú a expressão “transitivo-predicativo”, exatamente em 
função de este verbo exigir um predicativo do objeto. 
A todo momento, mencionamos “preposição necessária” ou “obrigatória”. Isso porque 
há casos em que a preposição é utilizada como recurso estilístico, como, por exemplo, 
para evitar ambiguidade, ou obrigatoriamente quando o objeto direto vier sob a 
forma de um pronome oblíquo tônico. Nesses casos, o complemento é chamado de 
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. 
Atente para o fato de que a transitividade de um verbo só pode ser definida na 
oração, de acordo com os elementos presentes na construção. 
Para animar nossa aula, vamos dar alguns exemplos extraídos de canções (Oba!!!Solte 
a voz agora!!!), o verbo ANDAR pode ser: 
- um verbo de ligação: “Tenho andado distraído, impaciente e indeciso...” (Legião 
Urbana - Quase sem Querer) – O verbo principal da locução de tempo composto 
denota o estado do sujeito; 
- um verbo intransitivo: “Andei, andei, andei até encontrar / Este amor tão bonito 
que me fez parar...” (Chitãozinho e Xororó – Coração Sertanejo) – o verbo basta por 
si, não precisa de nenhum complemento; 
Para os que detestam música sertaneja, vai uma da MPB (Gilberto Gil – Andar com 
Fé): “Andar com fé eu vou /Que a fé não costuma falhar...” – Agora, o verbo está 
acompanhado de um adjunto adverbial; 
Outro exemplo (lindo!!!), também com complemento adverbial: “Ando devagarporque já tive pressa / E levo esse sorriso porque já chorei demais...” (Manhas e 
Manhãs – Renato Teixeira); 
- um verbo transitivo direto: Não consegui localizar uma letra de música como 
exemplo. Se alguém encontrar, escreva para mim. Na falta de música, coloquei um 
poema: “Andei léguas de sombra / Dentro do meu pensamento...” (Fernando Pessoa 
– Andei Léguas de Sombra); 
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- um verbo transitivo indireto: “Ando por aí querendo te encontrar / Em cada 
esquina, paro em cada olhar / Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar / Que 
o nosso amor para sempre viva / Quero poder jurar que essa paixão jamais será / 
Palavras apenas / Palavras pequenas / Palavras”. 
Essa canção chama-se Palavras ao Vento, de Moraes Moreira e Marisa Monte (você 
sabia??? Eu não!), famosa na voz de Cássia Eller (duas das minhas cantoras 
prediletas). 
Aliás, já que nosso assunto é regência, você percebeu a passagem “...e trago a 
esperança em seu lugar / (esperança) que o nosso amor para sempre viva...”. 
Pois esse é um belo exemplo de regência nominal (como substantivo esperança) em 
que a preposição foi omitida corretamente (olhe a lista do Luft lá em cima...) por ter 
complemento oracional. Beleza pura!!! 
Agora, acabou o recreio – de volta à questão da prova (rs...). 
O examinador afirma que, na passagem, o verbo DAR é bitransitivo – vamos ver se ele 
está certo: 
“São uma forma de estabelecer uma relação (...) e, ao mesmo tempo, de dar ao 
autor um sentido de auto-identidade.” 
Sim, está certo. O verbo DAR possui um objeto direto (um sentido de auto-identidade) 
e um objeto indireto (ao autor). 
 
14 - (ESAF/Analista IRB/2004) Identifique a letra em que uma das frases apresenta 
erro de regência verbal. 
a) Atender uma explicação. 
 Atender a um conselho. 
b) O diretor atendeu aos interessados. 
 O diretor atendeu-os no que foi possível. 
c) Atender às condições do mercado. 
 Os requerentes foram atendidos pelo juiz. 
d) Atender o telefone. 
 Atender ao telefone. 
e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença. 
 Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Essa questão é praticamente uma aula de regência verbal do verbo atender, por isso 
é sempre lembrada em nossas aulas. 
Todos os exemplos apresentados nas opções da questão foram retirados do livro de 
Celso Pedro Luft (obra citada no início da aula). 
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Sobre a regência do verbo atender: 
1. o verbo será facultativamente transitivo direto ou transitivo indireto (neste 
caso, regendo a preposição a) nas seguintes acepções: 
- no sentido de dar ou prestar atenção – “Atender a um conselho” (opção 
a),”Atender uma explicação” (opção a), “O diretor atendeu aos 
interessados” (opção b); Luft ressalta que, se o complemento for um 
pronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formas 
objetivas diretas – “O diretor atendeu os interessados” ou “aos 
interessados”, mas somente “O diretor atendeu-os.”. 
- na acepção de tomar em consideração, considerar, levar em conta, ter 
em vista – “Atender às condições do mercado.” (opção c); 
- com sentido de responder – “Atender ao / o telefone (opção d); 
2. na acepção de conceder uma audiência , é transitivo direto e, por isso, 
possibilita a construção na voz passiva – “Os requerentes foram atendidos pelo 
juiz” (opção c); 
3. no sentido de acolher, deferir, tomar em consideração, é transitivo direto – 
“O diretor atendeu-os no que foi possível” (opção b) ; 
4. no sentido de atentar, reparar, é transitivo indireto, podendo reger as 
preposições a, para, em – “Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da 
doença” (opção e). 
 
A única forma incorreta é “Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.”. 
O sentido é o da letra e (atentar, reparar), que, por ser transitivo indireto, não 
admite construção de voz passiva ou um pronome reflexivo (“Ninguém se atendeu...”). 
 
 
15 - (ESAF / Auditor-Fiscal do Trabalho / 2006) 
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não 
basta abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja 
capaz de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados 
supérfluos. Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de 
prioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo 
para a proposta de casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica em 
geral é o fato de que o potencial econômico do país permite otimismo quanto à 
possibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratégia em que o 
tempo não será muito longo. 
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29) 
Analise a proposta de alteração para o texto. 
- Inserir a preposição a antes de “todas essas necessidades”(l.8). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
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Vimos que, no sentido de “considerar”, o verbo ATENDER pode ser transitivo direto ou 
indireto, indistintamente. Assim, estaria correta a inclusão de uma preposição antes do 
termo regido “todas essas necessidades” (“... quanto à possibilidade de atender a 
todas essas necessidades”). 
Você pode ter estranhado, logo no início, aquela dupla ocorrência do “se”. O que 
acontece é que houve a proximidade da conjunção adverbial condicional “se” com o 
pronome apassivador “se” (é voz passiva, sim, pois o verbo DESEJAR é transitivo 
direto: “um regime democrático é desejado”). 
Vamos trocar a conjunção para facilitar: “No atual estágio da sociedade brasileira, 
CASO SE DESEJE um regime democrático, não basta abolir a necessidade de bens 
básicos.”. Tudo certinho! 
 
16 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história 
do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da 
comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças 
paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral, 
as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e 
seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado 
no século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seus 
pilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na 
linearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostos 
novos valores, menos fechados e categorizantes. 
(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações)) 
 
Julgue a assertiva abaixo: 
- A retirada da preposição a antes de “um processo” (l.1) preservaria a correção 
gramatical da oração, mas alteraria o sentido do verbo assistir e, conseqüentemente, 
prejudicaria a coerência textual. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “consequentemente”. 
O verbo assistir: 
(1) no sentido de auxiliar, ajudar, é transitivo direto ou indireto (com a 
preposição a ou o pronome lhe), indiferentemente – “Eu assisti (a) teu pai 
na enfermidade.”; “Eu sempre lhe assisto quando mais precisa de ajuda.” – 
memorize da seguinte forma: na hora de prestar socorro, não fique 
pensando na transitividade – qualquer uma serve!!! (rs...); 
(2) no sentido de estar presente, presenciar, é transitivo indireto (a ele – 
não admite o pronome “lhe”) – “Você vai assistir ao filme”.; 
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Diz Luft a esse respeito: “por pressão semântica de ver, presenciar, 
observar, é natural a inovação regencial “assistir algo” – “assisti-lo”. ... 
Isso não impede que, para a linguagem culta formal, se aconselhe a 
regência originária (assistir a algo) até porque mesmo ‘os modernistas 
continuam preferindo o complemento preposicionado’ (Lessa: 157).” 
[Luís Carlos Lessa, em O Modernismo Brasileiro e a Língua Portuguesa] 
(3) na acepção de residir, é transitivo indireto, com a preposição em (Assisto 
em Curitiba.) . 
No sentido de “ver, presenciar”, é transitivo indireto com a preposição “a”. 
A retirada da preposição é gramaticalmente possível em função da existência da 
acepção (1), contudo prejudica a coerência textual por alterar o sentido do verbo. 
A afirmação está CORRETA. 
 
17 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Com base no texto, analise a proposição. 
1. É certo que houve expansão da frota, tanto de carros, 
como de caminhões e ônibus. Mas isso é muito pouco 
para explicar a verdadeira chacina na malha rodoviária 
a que o país parece assistir de braços cruzados. 
5. Cabe boa parte da culpa aos motoristas. Quem 
viaja pelas estradas brasileiras não precisa ir longe 
para constatar verdadeiros descalabros. Motoristas 
dispostos a tudo mostram sua estupidez e total falta 
de responsabilidade: trafegam em alta velocidade, 
fazem ultrapassagens inconvenientes, andam pelo 
10. acostamento, usam faróis altos e frequentemente 
dirigem alcoolizados. 
(Estado de Minas, Editorial, 6/1/2009.) 
- O emprego da preposição “a” em “a que o país parece...”(ℓ.4) justifica-se pela 
regência de “assistir”. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Quando o complemento indireto do verbo ASSISTIR vier sob forma pronominal, ou 
seja, na forma de um pronome relativo que substitui o antecedente (objeto indireto 
semântico, o que possui significado), a preposição deve anteceder o pronome. Assim, 
está correta a indicação de que a preposição se deve à exigência do verbo ASSISTIR, 
que, na passagem, tem valor de “ver, presenciar”. 
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“O país parece assistir de braços cruzados A uma chacina” => “...a verdadeira chacina 
na malha rodoviária a que o país parece assistir de braços cruzados” 
 
18 - (ESAF/AFRE MG/2005) 
1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores 
do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua 
contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda 
que involuntária, foi tremenda. Em suas Confissões, o 
5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que, 
ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse 
a castidade e a continência e fez uma ressalva 
– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele 
admitiu que receava perder a concupiscência natural 
10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz 
impecavelmente a urgência do ser humano em viver 
o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de 
adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências 
do desfrute presente – sejam elas de ordem 
15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência 
que explica a predisposição das pessoas, empresas 
e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o 
mais rápido possível seu objeto de desejo. 
(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 
30/03/2005, p.90) 
 
Julgue a afirmação a respeito do texto. 
- O complemento verbal “seu objeto de desejo” (l..18) poderia vir precedido da 
preposição “de”, atendendo-se à regência do verbo “usufruir”. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “consequências”. 
A regência do verbo “usufruir” admite as duas transitividades – direta ou indireta – 
sem alteração de sentido: “usufruir ... (de) seu objeto de desejo”. 
Logo, seu complemento verbal também poderia ter sido precedido da preposição “de”. 
 
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19 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006) 
1. Por que alguns países são ricos e tantos outros são 
pobres? Por que vem se provando tão difícil para 
as nações estagnadas recuperar o terreno que as 
separa das mais prósperas? São as questões mais 
5. importantes no ramo da economia. 
Uma das revoluções de que se precisa é a intelectual. 
Os líderes nacionais precisam compreender que os 
objetivos da política não devem ser só promover o 
crescimento de produtores específicos, mas defender 
10. os interesses dos consumidores e, com eles, a 
competição. Mas é nos países em desenvolvimento que 
a competição sofre os obstáculos mais sistemáticos. 
(Adaptado de Martin Wolf, A tirania dos interesses escusos, Folha de São Paulo, 22 de 
janeiro de 2006) 
Analise a assertiva a respeito das relações de dependência entre as palavras e 
expressões do texto. 
- Emprega-se a preposição antes de “que”(l.6) por causa do verbo “precisa” (l.6). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
O verbo PRECISAR, no sentido de “ter necessidade, carecer”, pode ser transitivo direto 
ou indireto, indistintamente (acredite!). 
É mais comum em nossa língua usarmos o verbo com a preposição “de” (Eu preciso de 
água.), mas não estaria incorreto o emprego sem a preposição (Eu preciso água.). 
Veja a observação de Luft, em seu dicionário, citando novamente Lessa (autor de O 
Modernismo Brasileiro e a Língua Portuguesa): 
“A pesquisa de Lessa mostra que no Brasil, ‘pelo menos em nossos dias, o mais usual 
é preposicionar-se o complemento, se este é um substantivo, e, ao revés, omitir a 
preposição, se a precisar segue-se um infinitivo’: ‘preciso de viagens / preciso 
viajar’.”. 
De qualquer forma, a banca não foi tão a fundo nesse assunto, limitando-se a exigir do 
candidato a identificação correta do termo regente em “Uma das revoluções de que se 
precisa é a intelectual.”. 
Considerando o emprego do pronome “se” em um verbo transitivo indireto (“Precisa-se 
de revoluções.” “... revoluções de que se precisa...”), temos, na oração adjetiva, 
um caso de sujeito indeterminado (estudado na aula sobre CONCORDÂNCIA). 
 
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20 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006) 
1. Antenas, computadores e vontade política. Três fatores 
que podem facilitar o acesso às modernas tecnologias 
de informação, à internet e ajudar a reduzir a nossa 
enorme dívida social. Podem, com certeza, encurtar a 
5. distância entre os que têm e os que não têm acesso 
à rede mundial de computadores e às modernas 
tecnologias. A grande massa do povo encontra-se à 
margem das informações disponíveis e contatos com 
o mundo global. 
(Adaptado de Eunício Oliveira, O acesso às novas tecnologias e a inclusão social, 
Correio Braziliense, 14 de junho de 2004) 
Analise a asserção a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. 
- O termo “contatos com o mundo global” (l.8 e 9) complementa, sintática e 
semanticamente a expressão “à margem”(l.7 e 8); por isso preserva-se a correção 
gramatical ao se inserir dos antes desse termo. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”. 
Por clareza textual, permite-se a omissão da segunda ocorrência de uma preposição se 
ambos os termos regidos se referem ao mesmo elemento regente. 
Esse é um aspecto relacionado ao PARALELISMO SINTÁTICO, assunto que será 
estudado mais adiante. 
Nas situações de paralelismo, termos repetidos (preposições, conjunções) podem ser 
omitidos a partir da segunda ocorrência. 
“Eu me dirijo aos estudantes e (aos) professores deste estabelecimento de 
ensino.” 
A preposição rege dois objetos indiretos relativos ao mesmoverbo (DIRIGIR-SE). 
Assim, o segundo conectivo pode ser extraído do período. 
Mais um exemplo: 
“Espero que você se case e (que) seja muito feliz.” 
Como complemento do verbo ESPERAR temos dois objetos diretos oracionais: 
1) que você se case; 
2) (que) você seja feliz. 
Entre orações equivalentes sintaticamente, a segunda ocorrência da conjunção pode 
ser suprimida em nome da clareza textual. 
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Nesse último exemplo, note que, em relação à oração principal (“Espero”) as orações 1 
e 2 são subordinadas, ou seja, exercem função sintática de objeto direto da principal. 
Contudo, entre si, são coordenadas, ou seja, ligadas pela conjunção aditiva “e”. Esse 
será nosso assunto da aula 6 – Conjunção e Períodos. 
De volta à questão, o termo regente “à margem” possui dois termos regidos: (1) “das 
informações disponíveis” e (2) “(dos) contatos com o mundo global”. 
O examinador acerta quando afirma que não acarretaria incorreção gramatical alguma 
a inserção do conectivo antes do segundo termo, tampouco sua omissão. 
Essa é uma das “novidades” nas provas da ESAF. 
 
21- (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Analise a correção gramatical da opção a seguir. 
- Além disso, visa gerar créditos aos consumidores, os cidadãos e as empresas do 
Estado. Para isso, basta o consumidor solicitar o documento fiscal no ato da compra e 
informar o seu CPF ou CNPJ. Os estabelecimentos comerciais enviarão periodicamente 
essas informações para a Secretaria da Fazenda, que calculará o crédito do 
consumidor. 
 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Alguns candidatos, na época de aplicação desta prova, encontraram neste item 
problema de paralelismo sintático. Em primeiro lugar, veremos a alegação dos 
candidatos para, em seguida, elucidar essa questão. 
Na coordenação de palavras que se encontram em idêntica função sintática, ligadas ao 
mesmo termo regente, é desnecessária a repetição da preposição, salvo nos casos de 
ênfase, clareza ou eufonia. 
No entanto, quando a preposição se encontra combinada com o artigo numa 
enumeração de elementos e se pretende utilizar o artigo em todos os elementos, 
então, deverá repetir-se a preposição (Estatuto DA Criança e DO Adolescente). 
É possível também omitir a preposição e o artigo dos demais elementos, já que estão 
todos associados ao mesmo termo regente (Estatuto DA Criança e Adolescente). 
O que não é possível é a omissão da preposição e o emprego do artigo, somente, junto 
aos demais elementos, quando, no primeiro, ambos os termos estiverem presentes. 
Em outras palavras: se não se deve repetir o artigo se não tiver sido repetida a 
preposição. A esse fenômeno, dá-se o nome de “galicismo” ou “castelhanismo”. 
A rigor, a gramática normativa não abona esse emprego, mas a banca considerou este 
item correto. Saiba por quê. 
O sintagma "os cidadãos e as empresas do Estado" atua como aposto explicativo do 
antecedente "aos consumidores", e não como complemento verbal de GERAR. Em 
resumo, quais seriam esses consumidores? Resposta: os cidadãos e as empresas do 
Estado. 
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Melhor seria, para clareza textual, que o aposto tivesse sido apresentado após um 
travessão ou entre parênteses: “...visa gerar créditos aos consumidores - os cidadãos 
e as empresas do Estado” ou “...visa gerar créditos aos consumidores (os cidadãos e 
as empresas do Estado)” . 
Dessa forma, ficaria claro o motivo de não ter sido empregada a preposição. 
 
22 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
1. Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras 
imagens que invadem nossa mente são as de cartazes 
de liquidação, máquinas registradoras, cheques e 
cartões de crédito. Mesmo nas sociedades orientais, 
5. menos capitalistas que a nossa, a idéia de preço é 
sempre ligada à noção de objeto de valor. 
Porém, diferentemente do que a mídia informa, nem 
tudo pode ser comprado e parcelado em três vezes no 
cartão. As coisas realmente importantes da vida têm 
10. seu preço, isso é certo, mas a forma de pagamento é 
bem diversa das praticadas nos shopping centers. 
Na infinita negociação que é viver, se sairá melhor 
aquele que possuir uma sólida conta corrente de 
reservas emocionais e de bom senso do que aquele 
15. que confia apenas em sua coleção de cartões de 
plástico. Lucrará mais aquele que souber responder 
com sabedoria a pergunta: vale a pena pagar o 
preço? 
(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006) 
Avalie a afirmação abaixo, a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. 
- Por ser expressa a comparação em estrutura oracional, o termo “do que”(l.7) pode 
ser escrito apenas como “que”, sem prejuízo da correção gramatical do texto. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” (linha 5). 
Cuidado para não acreditar em tudo o que o examinador afirma! 
Se houvesse uma estrutura comparativa, a preposição poderia ser omitida, sim: “Ele é 
mais bonito (do) que seu irmão.”. 
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Só que não é esse o caso da passagem do texto. Vamos reler: 
“Porém, diferentemente DO QUE a mídia informa...”. 
A preposição DE foi exigida pelo advérbio “diferentemente” e não poderia ser 
suprimida, sob risco de haver um deslize de regência nominal. 
Além disso, esse “que” não é uma conjunção comparativa, mas um pronome 
relativo, tendo por antecedente o pronome demonstrativo “o”. Para uma melhor 
análise, vamos trocar o “o” por outro demonstrativo - “aquilo”: 
 “Porém, diferentemente DAQUILO que a mídia informa...”. (A mídia informa AQUILO). 
O que o examinador quer é derrubar você... espero que você não deixe que isso 
aconteça! 
 
23 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Assinale a substituição necessária para tornar o texto gramaticalmente correto. 
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta 
colocar, de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das 
florestas, para se verificar o quão frágil é o compromisso com esta última. Esse 
fenômeno se dá em praticamente todos os níveis, desde o mau fiscal do Ibama que 
fecha os olhos para crimes ambientais em troca de propina até o grande agricultor que 
não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a interpretação que o 
permita desflorestar a maior área possível. 
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005) 
a) apóiam (l.1) > apoiam 
b) auferir (l.2) >obter 
c) quão (l.3) > quanto 
d) mau (l.4) > mal 
e) o (l. 6) > lhe 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Note que esta questão foi aplicada em uma prova de 2005, ou seja, se fosse hoje, 
haveria DUAS opções válidas. Você notou por quê? Com as alterações ortográficas, a 
conjugação do verbo APOIAR perdeu o acento agudo, pois o ditongo aberto “ói” está 
presente em uma paroxítona. Assim, a sugestão da opção A, considerando o Acordo 
Ortográfico, HOJE estaria CORRETA. 
Contudo, devemos lembrar que esta é uma prova ainda na vigência das regras 
“antigas” e, portanto, a única opção em que a troca corrigiria um erro do original seria 
a da opção E. 
O verbo PERMITIR pode ser bitransitivo (permitir algo a alguém). 
Na passagem, possui como objeto direto uma oração (“... desflorestar a maior área 
possível”). Assim, resta à “pessoa” a função de objeto indireto. Por isso, no lugar do 
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pronome oblíquo “o”, devemos usar “lhe”: “.... para extrair delas a interpretação que 
lhe permitadesflorestar a maior área possível.”). 
A opção B não alteraria a estrutura, que já se encontrava correta. As demais sugestões 
provocariam erros. 
O advérbio “quão”, que possui o mesmo sentido de “quanto/como”, é usado quando o 
termo que acompanha for um adjetivo (“Você não imagina quão nervosa eu 
estava!”). Assim, o uso no texto está correto (“... quão frágil é o compromisso...”). 
Normalmente, como nos lembra Cegalla (Dicionário de Dificuldades da Língua 
Portuguesa), é usado em orações exclamativas (“Quão depressa passam os dias 
felizes!”). 
A diferença entre “mau” e “mal” já foi objeto de comentário em nossa primeira aula, 
assim como o “erro” da opção A (retirada do acento em “apoiam", hoje providência 
necessária para atender às novas regras ortográficas). 
Sigamos, então. 
 
24 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Analise se ambas as propostas completam as lacunas do trecho abaixo com correção 
gramatical, coesão e coerência textuais. 
Nessas fases da conjuntura, a competição pelos poucos empregos disponíveis faz com 
que _________________________________, o que só podem fazer trabalhando 
como “informais”. 
(Paul Singer, Folha de S. Paulo, 30/04/2005) 
 
1. os trabalhadores sujeitem a renunciar aos direitos obtidos em lei 
2. os trabalhadores se disponham a abrir mão de seus direitos legais 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
No sentido de “submeter”, o verbo SUJEITAR pode ser transitivo direto e indireto 
(sujeitar alguém a alguma coisa), aceitando também, como objeto direto, o pronome 
“se” (sujeitar-se a alguma coisa). 
Qualquer que seja a construção, sempre necessária se faz a presença do objeto direto. 
Assim, houve erro na proposição “1”, por ausência deste elemento. 
O correto seria “que os trabalhadores se sujeitem a renunciar aos direitos obtidos em 
lei”. 
Cabe, ainda, um comentário acerca da regência do verbo RENUNCIAR. 
No sentido de “abdicar, desistir voluntariamente da posse ou exercício de cargo ou 
função”, pode ser indiferentemente transitivo direto ou indireto: “renunciar ao / o 
trono”; “renunciar ao / o cargo”. 
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Como “rejeitar, recusar”, era originalmente transitivo indireto, mas - nos ensina 
Luft, citando Antenor Nascentes – sem deixar de ser transitivo indireto, por influência 
de verbos como “deixar, abandonar”, passou a admitir também a transitividade direta. 
“A regência atual”, continua o linguista, “é a transitividade indireta, como se vê no 
deverbal ‘renúncia’.” (renúncia A alguma coisa). 
Assim, nesta acepção, “PREVALECE, ATUALMENTE, A REGÊNCIA COM OBJETO 
INDIRETO”: “Renunciar ao luxo, às riquezas, ao conforto”, exatamente como 
empregou o examinador. 
A segunda construção preencheria com correção a lacuna, mas o examinador buscava 
a opção em que ambas as proposições atendessem ao enunciado, o que não se 
observa nesse item. 
 
25 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Assinale a opção que apresenta trecho do texto com erro gramatical. 
a) Mais do que nunca, a indústria do seguro precisa desenvolver produtos que 
busquem essencialmente a eficácia. 
b) É preciso que os segurados tenham convicção de que tomaram a medida certa ao 
decidirem pelo seguro e estejam permanentemente confiantes de que, quando 
precisarem, terão suas necessidades atendidas. 
c) Para isso, é necessário que a comunicação seja cada vez melhor, aprimorando 
constantemente a relação de confiança que deve existir entre as partes. 
d) Também os compradores de seguros, os segurados, precisam entender o seguro na 
sua essência para fazer uso, de maneira correta e na medida certa, do serviço que 
contratou, não esperando nem mais nem menos do que têm direito. 
e) Em síntese, as relações entre segurados, seguradoras e todos os que operam o 
segmento precisam ser cada vez mais positivas, transparentes, éticas em todos os 
sentidos, voltadas para o aperfeiçoamento dessa extraordinária instituição chamada 
seguro. 
(Adaptado de Mauro César Batista, Gazeta Mercantil,22/6/2005) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Em “Também os compradores de seguros, os segurados, precisam entender o seguro 
na sua essência para fazer uso (...) do serviço que CONTRATOU...”. 
Quem, cara pálida, contratou o seguro? 
Resposta: “os compradores de seguros, os segurados”. Ora, se o sujeito da forma 
verbal está no plural, deve o verbo seguir essa flexão: “... do serviço que 
CONTRATARAM...”. 
Só que os problemas dessa opção não param por aí. Aliás, se não fosse esse erro de 
concordância, muita gente teria dificuldade de resolver essa questão. 
Há outro, de sintaxe de regência. Quer ver? 
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“... não esperando nem mais nem menos do que têm direito”. 
Alguém tem direito A alguma coisa. 
Só que, pergunto, onde está a preposição exigida pelo termo regente? 
Sumiu, desapareceu, escafedeu-se... 
Esse era o erro de regência. 
A expressão “do que” faz dobradinha com o “nem mais nem menos”. Então, para 
resolver esse problema, teríamos de incluir os elementos faltantes: 
“... não esperando nem mais nem menos do que aquilo a que têm direito” ou “nem 
mais nem menos do que ao que têm direito” (esse “ao” é a contração da preposição 
“a” – exigida pelo termo regente “ter direito” – com “o”, pronome demonstrativo). 
Essa forma “ao” deveria ser, na verdade, “nem mais nem menos do que o [= aquilo] a 
que têm direito”, só que encontramos abonação em gramáticas diversas para a 
inversão dos termos e conseqüente contração, formando “ao”. 
Vamos reproduzir as palavras de Bechara, em seu maravilhoso “Lições de Português 
pela Análise Sintática”: 
“Com freqüência, a preposição que deveria acompanhar o relativo emigra para o 
antecedente deste relativo: 
 Não sei no que pensas (por “o em que”) 
 “Agora, já sabe a fidalga no que ele estraga o dinheiro” 
Estas emigrações de preposição para o antecedente do relativo tornam a construção 
mais harmoniosa e espontânea. Os seguintes exemplos de RUI BARBOSA, embora 
gramaticalmente corretos, trazem o selo do artificialismo: 
 “Assim me perdoem, também, os a quem tenho gravado, os com quem 
houver sido injusto, violento, intolerante...”(Oração aos Moços, 23) 
 “Os meus serão os a que me julgo obrigado...” (Ibid, 61)” 
 
Um aluno encaminhou-me noutro dia a seguinte mensagem: 
“Professora, poderia explicar letra por letra! A letra “a” está tão mal feita 
(sic). 
65. Há mau uso do pronome relativo em: 
A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública.” 
Informaram-me que essa prova foi elaborada pela Fundação José Pelúcio Ferreira 
(quem???), responsável por alguns certames regionais, especialmente os do norte do 
país, como Fiscal da Prefeitura de Porto Velho - RO. 
“Meu caro, ela não está malfeita, está PERFEITA!” (essa foi a minha resposta). Em 
seguida, expliquei tudo o que consta deste comentário: 
“Era eu AQUELE a quem vinham referindo-se...” – o verbo REFERIR-SE rege a 
preposição “a” (alguém se refere A alguma coisa). Como o pronome relativo “quem” 
sempre se refere a “pessoa” (lição da próxima aula) e vem sempre preposicionado, 
está certinha a construção, com um detalhe: em vez de “aquele” (que coloquei apenas 
para simplificar a análise), consta outro demonstrativo – “o”. 
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Agora, já imaginou se isso cai em uma questão da sua prova? Certamente, se o 
examinador buscasse a opção INCORRETA, muita gente marcaria a letra A e passaria 
para a próxima questão, não é mesmo? 
Ainda bem que você já está “vacinado”...rs... 
 
26 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Analise a opção abaixo, que transcreveinformações sobre a Nota Fiscal Paulista, em 
relação aos aspectos gramaticais. 
- A Nota Fiscal Paulista é um projeto de estimulo à cidadania fiscal no Estado de São 
Paulo, que tem por objetivo estimular aos consumidores a exigirem a entrega do 
documento fiscal na hora da compra. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Há dois erros neste item. O primeiro, muito sutil, de ortografia. Talvez muita gente não 
tenha percebido, mas faltava um acento agudo na vogal “i” da palavra “estímulo”. Não 
sei se foi proposital ou em função de falha de digitação, mas a verdade é que, se o 
erro tivesse sido apenas este, muita gente teria marcado este item como CORRETO, é 
ou não é? Como a banca é “muito boazinha” (rs...), assinalou outro erro, este de 
regência verbal. O verbo “ESTIMULAR” é, na construção, bitransitivo, ou seja, possui 
dois objetos, um direto e outro indireto (estimular alguém a algo). O erro está em 
empregar a preposição antes do objeto direto (“aos consumidores”). O trecho após a 
correção seria: “... estimular OS CONSUMIDORES a exigirem a entrega do documento 
fiscal na hora da compra.”. Note a flexão (correta) do infinitivo. Sabemos que, se o 
sujeito do infinitivo já estiver presente na construção, a flexão desta forma nominal 
passa a ser facultativa. Portanto, também estaria correta a construção: “... estimular 
os consumidores a EXIGIR a entrega do documento fiscal...”. 
 
27 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Analise o trecho em relação à sintaxe e à pontuação. 
- Ao lado da especialização das bases tributárias, o fisco tem se posicionado quanto à 
importância de prover à administração tributária de autonomia orçamentária, 
financeira, administrativa e funcional, assim como a previsão de uma lei orgânica que, 
inclusive foi aceita como emenda, pelo relator da matéria, na Câmara dos Deputados. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A exemplo do verbo ESTIMULAR, o verbo PROVER também encontra-se na forma 
bitransitiva na passagem da questão. Contudo, foram apresentados DOIS objetos 
indiretos, incorrendo, assim, em erro de regência. 
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É preciso eliminar a preposição que antecede o objeto direto: “... importância de 
prover A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA de autonomia orçamentária, financeira, 
administrativa e funcional”. 
Há outros dois problemas na construção. O segundo é de paralelismo e estruturação 
sintática. Note que a estrutura “assim como a previsão de uma lei orgânica...” não 
encontra paralelo anteriormente. Talvez devesse atuar como segundo elemento regido 
pelo substantivo “importância”, ao lado da estrutura oracional “de prover...”. Para isso, 
deveria ser apresentada também na forma oracional: “... quanto à importância de 
PROVER a administração tributária de autonomia orçamentária, financeira, 
administrativa e funcional, assim como PREVER uma lei orgânica que...”. 
Por fim, nota-se problema na pontuação. O vocábulo “inclusive”, que deveria vir 
isolado por vírgulas, apresentou apenas uma antes de si. Para correção, deve ser 
colocado outro sinal após este vocábulo: “que, inclusive, foi aceita como emenda...”. 
 
28 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006) 
1. Herdeiro de uma experiência extremamente rica, mas 
esgotada pelo autoritarismo, o socialismo dos nossos 
tempos já não pode utilizar os referenciais do passado 
e ainda não tem referenciais estratégicos para 
5. encaminhar seu futuro. Está condenado a sobreviver 
politicamente por meio de projetos e programas de 
administração “humanizada” do capitalismo global, 
o que lhe infunde permanentes crises de identidade 
e traumáticas experiências de poder conforme a 
10.maior ou menor solidez ideológica dos partidos que o 
representam. 
(Adaptado de Anivaldo de Miranda) 
Em relação ao texto abaixo, analise a assertiva abaixo. 
- Estaria gramaticalmente correta a redação já não pode se utilizar dos 
referenciais, à linha 3. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Ainda que haja uma pequena diferença semântica, é possível a substituição do verbo 
UTILIZAR (transitivo direto) por UTILIZAR-SE DE (transitivo direto e indireto), 
acompanhado do pronome “se”. 
O primeiro significa “usar, aproveitar, empregar”, enquanto que o outro quer dizer 
“valer-se de, servir-se de”. 
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De qualquer forma, o examinador não entrou no mérito da mudança de sentido, 
atendo-se aos aspectos gramaticais. Por isso, está CORRETA a proposição. 
Note que o examinador não mencionou “norma culta” ou algo parecido – e esse 
pronome “se” está “solto” no meio da locução verbal, posição CONDENADA pelos 
puristas. 
Para eles, as opções de colocação pronominal seriam: 
(1) “já não se pode utilizar dos referenciais...” (próclise em relação ao verbo auxiliar); 
(2) “já não pode utilizar-se dos referenciais...” (ênclise em relação ao verbo principal); 
ou 
(3) “já se não pode utilizar dos referenciais...”, mas isso é pegar pesado demais com o 
pobre do candidato (rs...). O nome dessa intercalação pronominal será apresentado na 
próxima aula (tchan, tchan, tchan, tchaaaaan.....rs...suspense!). 
A ESAF nem ligou para o pronome “boiando” no meio da locução – preocupou-se em 
verificar a sintaxe de regência, e ponto. De qualquer forma, na próxima aula, 
falaremos MUUUUITO sobre colocação pronominal. 
 
29 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006) 
Analise a correção gramatical do fragmento a seguir. 
- À frenética mobilidade dos capitais, à financeirização e transnacionalização das 
economias, à segmentação e expansão da oferta de produtos correspondem, no 
interior das nações, a uma maior diferenciação social e uma forte fragmentação. 
 (Adaptado de Marco Aurélio Nogueira) 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O verbo CORRESPONDER, no sentido de “estar em correlação”, é transitivo indireto: 
algo corresponde A alguma coisa. 
No segmento em análise, foram empregadas duas expressões iniciadas por preposição, 
o que impossibilita que uma delas seja o sujeito da construção. 
Para corrigi-lo, devemos eliminar a preposição “a” de um dos termos (todos 
compostos): 
1 – “A frenética mobilidade dos capitais, a financeirização e transnacionalização das 
economias, a segmentação e expansão da oferta de produtos [SUJEITO COMPOSTO 
ANTEPOSTO AO VERBO] correspondem (...) a uma maior diferenciação social e 
uma forte fragmentação [a preposição junto ao segundo objeto indireto é omissível, 
haja vista sua ocorrência antes do primeiro – já falamos sobre isso]”; 
2 – “À frenética mobilidade dos capitais, à financeirização e 
transnacionalização das economias, à segmentação e expansão da oferta de 
produtos [OBJETOS INDIRETOS DESLOCADOS PARA O INÍCIO DO PERÍODO] 
correspondem, no interior das nações, uma maior diferenciação social e uma forte 
fragmentação [SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO].”. 
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30 - (ESAF/ANEEL- Técnico/2006) 
De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vida 
profissional assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dos 
desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência, 
há o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho 
ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. 
Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta de 
mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de conhecimentos 
e de raciocínio lógico, redação, dinâmicas de grupo, entrevistas. E não é só. O jovem 
deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou 
de descobrircomo adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, a 
qualificação e o potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não só 
o preparo técnico. 
(Adaptado de ISTOÉ 5/10/2005) 
Julgue a assertiva abaixo. 
- A regência do verbo resultar permite a troca da preposição “em”(l.8) pela 
preposição de; mas, nesse caso, a relação semântica entre “oferta” (l.8) e 
“processo”(l.8) se inverte. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: segundo “Míni Dicionário Houaiss”, mantêm-se os hífens 
do substantivo “mão-de-obra”. Devemos, contudo, verificar o posicionamento 
da ABL, por meio do novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 
A questão trata da regência do verbo resultar. A depender da preposição empregada, 
o verbo apresenta um sentido diferente. 
Em “oferta de mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação” – a origem é 
“oferta” e o resultado (produto) é “processo”. 
Quando se modifica a preposição, altera-se a ordem dos elementos. Em “oferta de 
mão-de-obra resulta de um processo cruel de avaliação”, a origem passa a ser o 
“processo” e o resultado (produto final), a “oferta”. 
Por isso, está correta a afirmação de que a preposição poderia ser trocada, 
invertendo-se a relação semântica entre os dois elementos. 
Questão inteligente é assim! Dá gosto de ver...rs... 
 
31 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
Uma das condições principais da pós-modernidade é o fato de ninguém poder ou dever 
discuti-la como condição histórico-geográfica. Com efeito, nunca é fácil elaborar uma 
avaliação crítica de uma situação avassaladoramente presente. Os termos do debate, 
da descrição e da representação são, com freqüência, tão circunscritos que parece não 
haver como escapar de interpretações que não sejam auto-referenciais. É convencional 
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nestes dias, por exemplo, descartar toda sugestão de que a “economia” (como quer 
que se entenda essa palavra vaga) possa ser determinante da vida cultural, mesmo 
“em última instância”. O estranho na produção cultural pós-moderna é o ponto até o 
qual a mera procura de lucros é determinante em primeira instância. 
(David Harvey, Condição pós-moderna, p. 301, com adaptações) 
Julgue a asserção abaixo. 
- O emprego da preposição de é obrigatória antes do pronome relativo “que” (l.6), 
pois aí se inicia uma oração subordinada que completa a idéia de “sugestão”(l.6). 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia”, e não há hífen na 
palavra “autorreferenciais”. O prefixo “auto” liga-se com hífen a elementos 
iniciados por “h” ou “o” (vogal em que termina o prefixo). Sendo o segundo 
elemento iniciado por “r”, deve esta consoante dobrar para que não haja 
prejuízo fonético. 
O termo regente sugestão exige a preposição de (Alguém apresenta a sugestão DE 
algo). O complemento nominal, seja sob forma nominal (substantivo, pronome etc) ou 
oracional (como apresentado no texto), deve ser precedido de preposição. 
Contudo, esse “que” não é um pronome relativo, mas uma conjunção 
integrante. Esse é o erro da questão (puxa vida!!!). 
Vimos logo no início da nossa aula a forma de diferenciar um pronome relativo de uma 
conjunção (Ah... não!!! De novo, Cláudia?!?!.... De novo, sim!!!). 
O pronome relativo inicia uma oração subordinada adjetiva e substitui algum termo já 
mencionado (chamado de antecedente ou referente). 
Já a conjunção inicia uma oração subordinada substantiva e toda a oração, regra 
geral, pode ser substituída pela palavra ISSO. Lembra? 
Então, vamos analisar essa construção: 
“É convencional (...) descartar toda sugestão de que a ‘economia’ (...) possa ser 
determinante da vida cultural, mesmo ‘em última instância’.” 
Podemos afirmar que “É convencional (...) descartar toda sugestão disso”. 
No lugar da oração ou do “isso”, poderíamos empregar também um substantivo: “É 
convencional (...) descartar toda sugestão de retirada”. 
Assim, concluímos que essa oração é mesmo uma oração subordinada substantiva, e 
não adjetiva. Por isso, esse “que” é uma conjunção integrante, e não um pronome 
relativo. 
Veja que a banca tentou conduzir a análise do candidato para o emprego da 
preposição “de”, quando o erro da opção estava na indicação da classe gramatical de 
outra palavra, o “que”. Pura maldade, hem? 
 
32 - (ESAF/AFC STN / 2008) 
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1. Ao lado de características inéditas, a crise cevada 
no mercado imobiliário e financeiro americano, com 
reverberações mundiais, apresenta aspectos também 
verificados em outras situações de nervosismo global. 
5. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações 
se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só 
uma sucessão de ações consegue mudar expectativas 
como as atuais. A Casa Branca, ao contrário da postura 
que assumira no caso do Lehman Brothers – tragado, 
10. sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –, 
decidira estender a mão para a maior seguradora do 
país, a AIG. 
Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan 
digerir o Bear Stearns, em março; ao dinheiro sacado 
15. a fim de evitar a quebra das gigantes Fannie Mae e 
Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o governo 
e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões 
para salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava 
tranquilidade. O emperramento do crédito – ninguém 
20. empresta a ninguém, por não se saber ao certo o risco 
do tomador – continua a travar o mercado global, e as 
ações novamente desceram a ladeira, empurradas por 
boatos sobre quais serão, ou seriam, os próximos a 
cair. 
(O Globo, 18 de setembro de 2008 , Editorial) 
Com base nos elementos do texto acima, analise a proposição a seguir. 
- O emprego de preposição em “Aos bilhões”(l.13) e em “ao dinheiro”(l.14) justifica-se 
pela regência de “somar” (l.17). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Talvez o que tenha dificultado a análise pelo candidato não tenha sido nem a inversão 
dos termos da oração, mas a pontuação empregada. Na aula devida, veremos que o 
sinal de ponto-e-vírgula se emprega na separação de elementos de uma enumeração 
quando, dentro desses elementos, já houver o emprego da vírgula. Assim, promove-se 
maior clareza ao texto. 
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Em relação à sintaxe de regência, o verbo SOMAR apresenta bitransitividade na 
passagem (somar alguma coisa a outra). O objeto direto está representado pelo 
segmento “US$85 bilhões”. 
Assim, os objetos indiretos, antepostos, são regidos pela preposição “a”. 
 
33 - (ESAF/IRB – Advogado/2006) 
Os seres humanos diferem dos animais principalmente pela capacidade de acumular 
conhecimento. Mas não são capazes de controlar seu destino nem de utilizar a 
sabedoria acumulada para viver melhor. Nesses aspectos somos como os demais 
seres. Através dos séculos, o ser humano não foi capaz de evoluir em termos de ética 
ou de uma lógica política. Não conseguiu eliminar seu instinto destruidor, predatório. 
No século XVIII, o Iluminismo imaginou que seria possível uma evolução através do 
conhecimento e da razão. Mas a alternância de períodos de avanços com declínios 
prosseguiu inalterada. Regimes tirânicos se sucederam. A história humana é como um 
ciclo que se repete, sem evoluir. 
(John Gray, Contagem regressiva, Época, 26 de dezembro de 2005, com 
adaptações) 
Assinale a opção em que a retirada do termo sublinhado no texto resulta em erro 
gramatical ou em incoerência textual. 
a) de 
b) uma lógica 
c) que seria 
d) períodos de 
e) se 
 
Gabarito: E 
O verbo SUCEDER, na acepção de “substituir, ser sucessor”, pode

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