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O que são as células-tronco? As células-tronco são células indiferenciadas ou totipotentes capazes de gerar qualquer tipo de célula do organismo humano. As células-tronco podem ser obtidas por diversas técnicas, entre elas: 1 – Fecundação in vitro Esta técnica gerou o primeiro “bebê de proveta” e consiste em introduzir, por meios artificiais, um espermatozóide até o interior do óvulo, fertilizando-o in vitro, ou seja, em uma placa de vidro. Com a fecundação o óvulo se transforma num ovo ou zigoto. O zigoto formado começa a sua multiplicação por mitoses, dando origem às células conhecidas por blastômeros. No quarto dia as células estão constituindo um maçico, com forma esférica, denominado mórula. No quinto dia o embrião que está se formando tem a aparência de uma bola oca com uma camada externa de células (trofoderma ou trofoblasto) e uma massa interna de células conhecida por embrioblasto. A trofoderma, quando o embrião é implantado no útero, dará origem à placenta, e o embrioblasto formará o novo ser vivo. Esta fase do desenvolvimento embrionário é conhecida por blastocisto. O embrião, na fase de blastocisto, poderá ser objeto de muitos experimentos, entre eles: retirada de suas células para análise de DNA e detecção de algumas doenças genéticas. clonagem – os núcleos de suas células podem ser transferidos para outros óvulos, gerando embriões com o mesmo patrimônio genético. células-tronco – as células do embrião são totipotentes, ou seja, podem ser usadas para gerar órgãos em laboratórios. 2 – Clonagem Neste processo os cientistas retiram o núcleo de um óvulo, deixando-o “vazio”, isto é, apenas com o citoplasma. O óvulo vazio é fundido, através de um choque elétrico, com uma célula adulta de uma pessoa a ser clonada. Forma-se desta maneira uma célula-ovo que pode dar origem a um clone da pessoa que doou o núcleo. O material genético é formado apenas pelo doador do núcleo. A partir da clonagem os cientistas obtêm células-tronco que podem ser implantadas no paciente que doou o núcleo sem riscos de rejeição, pois têm os mesmos genes deste indivíduo. 3 – Células da medula óssea Estas células, responsáveis pela produção de sangue (células hematopoéticas), podem gerar células-tronco. O esquema da página ao lado mostra uma experiência realizada na Universidade Heinrich Heine, de Düsseldorf, na Alemanha. Cientistas brasileiros comandados pelo cardiologista Hans Dohmann, do Hospital Pró-Cardíaco da UFRJ e do Texas Heart Institute, nos EUA, utilizaram células da medula óssea de pacientes cardíacos graves, conseguindo recriar artérias cardíacas e recuperar o movimento da musculatura cardíaca. Numa nova etapa da pesquisa, as células-tronco serão injetadas nas áreas totalmente mortas do coração para saber se a regeneração do tecido necrosado é possível. As pesquisas são realmente promissoras e podem substituir as cirurgias de implantação de pontes de safena e mamárias e as de transplante do coração. Outras áreas de pesquisa estão sendo realizadas pelos cientistas, entre elas: – combate ao câncer; – recuperação de células produtoras de insulina no pâncreas; – recuperação de tecido nervoso em conseqüência de traumas, etc. Fonte: Folha de S. Paulo
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