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DIREITO PENAL DESMEMBRADO - COM QUESTÕES AULA 6

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
 
 
Olá, Pessoal! 
 
Hoje chegamos à nossa sexta aula e analisaremos temas importantíssimos 
para quem quer ser um DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL! 
 
Vamos começar! 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA06 
CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL. CRIMES CONTRA A 
PROPRIEDADE INTELECTUAL. CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO 
TRABALHO. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL. CRIMES CONTRA 
A INCOLUMIDADE PÚBLICA. CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA. 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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EXERCÍCIOS 
 
1. (OAB / 2013) José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes 
espirituais excepcionais, sendo certo que todos conhecem esse seu 
“dom”, já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que José está 
apaixonado por Maria, jovem de 14 anos, mas não é correspondido. 
Objetivando manter relações sexuais com Maria e conhecendo o 
misticismo de sua vítima, José a faz acreditar que ela sofre de um 
mal espiritual, o qual só pode ser sanado por meio de um ritual 
mágico de cura e purificação, que consiste em manter relações 
sexuais com alguém espiritualmente capacitado a retirar o malefício. 
José diz para Maria que, se fosse para livrá-la daquilo, aceitaria de 
bom grado colaborar no ritual de cura e purificação. Maria, muito 
assustada com a notícia, aceita e mantém, de forma consentida, 
relação sexual com José, o qual fica muito satisfeito por ter 
conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha 
ficado um pouco frustrado por ter descoberto que Maria não era mais 
virgem. 
 
Com base na situação descrita, assinale a alternativa que indica o 
crime que José praticou Violência sexual mediante fraude. 
 
Certa. No caso em análise temos o crime de violação sexual mediante 
fraude, disciplinado ao teor do art. 215 do CP. Relembre: 
 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou 
dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. 
 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter 
vantagem econômica, aplica-se também multa. 
 
Trata-se do chamado “estelionato sexual”, onde o agente ilude a vítima, 
mediante ardil ou estratagema para conseguir que esta pratique o ato sexual 
que em uma condição de normalidade não ocorreria. 
Não caberia falar em estupro de vulnerável, visto que a vítima já tinha 14 
anos no momento da pratica do ato sexual. 
 
2. (Escrivão - PC-ES / 2013) Valtemir praticou conjunção carnal com 
sua enteada Flaviana, que possui 12 anos de idade. Assim, Valtemir 
deve responder pelo crime de estupro de vulnerável. 
 
Certa. O tipo penal para o caso em tela é Estupro de vulnerável, pois a 
situação apresentada na questão trata de conjunção carnal com sua enteada 
Flaviana, que possui 12 anos de idade. 
 
3. (Escrivão - PC-ES / 2013) Maria, a pedido de sua prima Joana, por 
concupiscência desta, convenceu sua vizinha Pauliana, de 12 anos de 
idade, a assistir Joana e seu namorado Paulo em intimidades 
sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria obrou para o delito de 
satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. 
 
Certa. A questão enquadra-se no art. 218-A, do CP, que define como crime a 
conduta de praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou 
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induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de 
satisfazer lascívia própria ou de outrem. 
 
Obs.: Lascívia� conduta ultrajante, pensamentos ou atos imorais que 
induzem a sexualidade 
 
4. (Escrivão - PC-ES / 2013) Aquele que submeter, induzir ou atrair à 
prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 
dezoito anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem 
o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir 
ou dificultar que a abandone, comete o crime de favorecimento da 
prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. 
 
Certa. A conduta descrita enquadra-se no art. 218-B, do CP. 
 
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra 
forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) 
anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, 
impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem 
econômica, aplica-se também multa. 
§ 2o Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com 
alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na 
situação descrita no caput deste artigo; 
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II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em 
que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. 
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito 
obrigatório da condenação a cassação da licença de localização 
e de funcionamento do estabelecimento. 
 
5. (CESPE / Defensor - DPE-RR / 2013) Para a consumação do crime 
de tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual, é 
indispensável que a pessoa que ingressar ou sair do território 
nacional venha a exercer, efetivamente, a prostituição ou seja 
submetida a outra forma de exploração sexual. 
 
Errado. É pacífico o entendimento no sentido de que o crime previsto no art. 
231 do Código Penal é 'crime formal', consumando-se com a simples entrada 
ou saída da mulher no país com o objetivo de prostituição, não sendo 
relevantes o eventual consentimento da vítima, o fato de esta ter ciência do 
fim para o qual está indo ou chegando, ou ainda, o efetivo exercício da 
atividade do meretrício (TRF 4ª, RDEJF 6/8/2010). 
 
6. (CESPE / Defensor - DPE-RR / 2013) Incidirá majorante no 
quantum da pena referente à prática de crime contra a dignidade 
sexual de que resulte gravidez ou transmissão à vítima, com dolo 
direto ou eventual, de doença sexualmente transmissível de que o 
agente saiba ser portador. 
 
Certa. Encontra fundamento no art. 234-A, do Código Penal. 
 
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Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é 
aumentada: 
[...] 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima 
doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria 
saber ser portador. 
 
7. (CESPE/ Defensor - DPE-RR / 2013) O delito consistente em 
manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento para que 
nele ocorra exploração sexual possui como elemento constitutivo do 
tipo a habitualidade da conduta e o objetivo do lucro, sob pena de 
atipicidade da conduta. 
 
Errada. Contraria o art. 229, do Código Penal: 
 
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, 
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou 
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou 
gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
8. (CESPE / Defensor - DPE-RR / 2013) De acordo com a doutrina, o 
preceito contido no CP em relação ao assédio sexual contempla a 
conduta perpetrada por líder religioso que, aproveitando-se do 
exercício de seu ministério, assedia sexualmente uma fiel seguidora. 
 
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Errada. Define o art. 216-A: 
 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter 
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente 
da sua condição de superior hierárquico ou ascendência 
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
 
"Não se amoldam ao art. 216-A do Código Penal os chamados líderes 
espirituais, a exemplo do que ocorre com os pastores, padres, videntes e 
outros" (Rogério Grecco). 
 
Caso a doutrina admitisse a prática de assédio sexual sem as condições de 
superioridade hierárquica ou ascendência, inerentes ao exercício de 
emprego, cargo ou função, violaria o princípio da Legalidade. 
 
9. (CESPE / Defensor - DPE-RR / 2013) Considere a seguinte 
situação hipotética. 
Pedro, maior de idade, capaz, promoveu o deslocamento, no 
território nacional, de diversas pessoas, maiores e capazes, de 
ambos os sexos, com o consentimento expresso delas, fornecendo-
lhes transporte e alojamento, para elas acompanharem eventos 
esportivos e exercerem a prostituição. Pedro obteve vantagem 
econômica em razão do agenciamento dessas atividades. 
Nessa situação hipotética, o assentimento das vítimas afasta o delito 
de tráfico interno de pessoas para fim de prostituição. 
 
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Errado. Como já analisamos, em tal delito há fato consumado no momento 
em que a pessoa entra no território nacional ou quando dele sai, além disso, 
independe do consentimento. 
Território nacional é o espaço terrestre, marítimo ou aéreo em que o Estado 
brasileiro exerce sua soberania. 
A tentativa é possível se ela não consegue entrar ou sair, por circunstâncias 
alheias à vontade do agente, inclusive quando a própria pessoa resolve 
permanecer onde se encontra. 
Relembre o tipo penal: 
 
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual: 
 
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém 
dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou 
outra forma de exploração sexual: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, 
vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo 
conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou 
alojá-la. 
 
10. (CESPE / Escrivão - PC-AL / 2012) Conforme o disposto no CP, 
manter relações sexuais com menores de dezoito anos de idade, 
ainda que com o consentimento da vítima, caracteriza, em qualquer 
caso, estupro de vulnerável. 
 
Errado. Questão que retira sua resposta do art. 217-A, do Código Penal. 
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Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato 
libidinoso com [1] menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas 
no caput com alguém que, [2] por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, ou que, [3] por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência. 
 
Em tese, há três situações em que pode ser configurado o estupro de 
vulnerável: 
 
1) Pessoa menor de 14 anos; 
2) Pessoa que não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, por enfermidade ou doença mental; 
3) Pessoa que não pode oferecer resistência por qualquer outra 
causa, que não seja enfermidade ou doença mental. 
 
11. (CESPE / Defensor - DPE-SE / 2012) Configura estupro de 
vulnerável a indução da pessoa com mais de quatorze anos e menos 
de dezoito anos de idade a praticar conjunção carnal ou ato de 
libidinagem para satisfazer a lascívia de outrem, devendo estar 
necessariamente presente o elemento subjetivo do injusto. 
 
Errado. No caso, a questão descreve a mediação para servir a lascívia de 
outrem qualificada, descrita no parágrafo 1º, do art. 227. 
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12. (CESPE / Defensor - DPE-SE / 2012) Em se tratando de estupro 
de vulnerável, caso tenha ocorrido consentimento da pessoa 
ofendida, o regime inicial de cumprimento poderá ser diverso do 
fechado, ou, mesmo, a pena privativa de liberdade ser substituída 
por restritiva de direitos, visto que a violência impeditiva da 
substituição, conforme previsto no CP, é a violência real. 
 
Errado. A lei não traz tal previsão relacionada com consentimento do 
vulnerável. 
 
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato 
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas 
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência. 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 
§ 4o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
 
 
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13. (CESPE / Defensor - DPE-SE / 2012) A pena prevista para os 
crimes contra a dignidade sexual é majorada da quarta parte se 
houver concurso de duas ou mais pessoas e é aumentada de metade 
se da infração penal resultar gravidez. 
 
Certa. A questão está de acordo com os arts. 226 e 234-A, do Código Penal. 
 
Art. 226. A pena é aumentada: 
I- de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 
(duas) ou mais pessoas; 
(...) 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é 
aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; 
 
14. (CESPE / Defensor - DPE-SE / 2012) De acordo com o CP, 
considera-se vulnerável, em razão do estado ou condição pessoal da 
vítima, a pessoa com menos de dezoito e mais de catorze anos de 
idade, por se presumira menor capacidade de reagir a intervenções 
de terceiros no exercício de sua sexualidade, de maneira absoluta. 
 
Errada. O conceito de vulnerável não é fixo no Código Penal. Para o crime de 
estupro, trata-se de menor de 14 anos ou aquele que não tem discernimento 
para a prática do ato. Diferentemente, para o crime de favorecimento de 
prostituição de vulnerável, trata-se do menor entre 14 e 18 anos. 
 
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FIGURA TÍPICA CONDUTA OBSERVAÇÕES 
ESTUPRO DE 
VULNERÁVEL 
ART. 217-A 
Ter conjunção carnal ou praticar 
outro ato libidinoso com menor de 14 
(catorze) anos. 
Incorre na mesma pena quem pratica 
conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com alguém que, por 
enfermidade ou deficiência mental, 
não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode 
oferecer resistência. 
Formas qualificadas: 
1 - Se da conduta resulta lesão 
corporal de natureza grave; 
2 - Se da conduta resulta morte. 
CORRUPÇÃO DE 
MENORES 
ART. 218 
Induzir alguém menor de 14 (catorze) 
anos a satisfazer a lascívia de 
outrem. 
Lascívia: Segundo Bento Faria, 
"é a luxúria, a sensualidade, a 
libidinagem". 
SATISFAÇÃO DE 
LASCÍVIA 
MEDIANTE 
PRESENÇA DE 
CRIANÇA OU 
ADOLESCENTE 
ART. 218-A 
Praticar, na presença de alguém 
menor de 14 (catorze) anos, ou 
induzi-lo a presenciar, conjunção 
carnal ou outro ato libidinoso, a fim 
de satisfazer lascívia própria ou de 
outrem. 
Lascívia: Segundo Bento Faria, 
"é a luxúria, a sensualidade, a 
libidinagem". 
FAVORECIMENTO 
DA PROSTITUIÇÃO 
OU OUTRA FORMA 
DE EXPLORAÇÃO 
SEXUAL DE 
VULNERÁVEL 
ART. 218-B 
Submeter, induzir ou atrair à 
prostituição ou outra forma de 
exploração sexual alguém menor de 
18 (dezoito) anos ou que, por 
enfermidade ou deficiência mental, 
não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, facilitá-la, 
impedir ou dificultar que a 
abandone. 
Se o crime é praticado com o fim de 
obter vantagem econômica, aplica-se 
também multa. 
 Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção 
carnal ou outro ato libidinoso 
com alguém menor de 18 
(dezoito) e maior de 14 (catorze) 
anos na situação de prostituição 
ou exploração sexual. 
II - o proprietário, o gerente ou o 
responsável pelo local em que se 
verifiquem as práticas referidas 
Obs.: Constitui efeito obrigatório 
da condenação a cassação da 
licença de localização e de 
funcionamento do estabeleci-
mento. 
 
 
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15. (CESPE / Defensor - DPE-SE / 2012) Há crime de violação sexual 
mediante fraude, denominado de estelionato sexual, quando a vítima 
esteja impossibilitada de oferecer resistência ou qualquer outro meio 
que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade, como, por 
exemplo, ocorre após a ingestão de bebidas alcoólicas, e o agente 
não tenha provocado ou concorrido para a situação, mas apenas se 
aproveitado do fato. 
 
Errada. Questão polêmica, mas que segue parte da doutrina e mostra o 
entendimento da banca. Assim, se a vítima estiver impossibilitada de 
oferecer resistência estará caracterizado o crime de estupro de vulnerável e 
não de violação sexual mediante fraude. 
 
16. (CESPE / Técnico - TJ-AC / 2012) Considere que Antônio tenha 
mantido conjunção carnal consensual com Maria, de treze anos de 
idade, sem qualquer violência ou ameaça. Nessa situação, a conduta 
de Antônio, mesmo com o consenso da vítima, caracteriza o crime de 
estupro de vulnerável. 
 
Certo. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou o 
entendimento de que a anterior experiência sexual ou o consentimento da 
vítima menor de 14 (quatorze) anos são irrelevantes para a configuração do 
delito de estupro, devendo a presunção de violência, antes disciplinada no 
artigo 224, alínea "a", do Código Penal, ser considerada de natureza 
absoluta. 
 
17. (CESPE / Delegado - PC-AL / 2012) Nos crimes contra a 
dignidade sexual, a vulnerabilidade da menor de 14 anos de idade é 
considerada relativa diante de seu consentimento para a prática 
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sexual, devendo, no caso concreto, ser considerado o 
comportamento sexual da vítima, sua vida social e o grau de 
conscientização da menor. 
 
Errado. Trata-se de uma questão polêmica, pois o entendimento dos 
Tribunais Superiores sobre o tema já variou bastante. Todavia, para sua 
PROVA, o importante é conhecer o entendimento da banca: 
Na relação sexual a violência é presumida e independe da vida pregressa do 
menor de 14 anos. Assim, trata-se de uma presunção ABSOLUTA, ou seja, a 
LEI presume que se a vítima for menor de 14 anos, haverá violência e 
consequentemente ESTUPRO. 
 
18. (CESPE / Promotor - MPE-RR / 2012) O crime de quadrilha, delito 
de perigo comum e abstrato, consuma-se com a simples associação 
de mais de três pessoas para a prática de crimes, não se exigindo 
que o grupo efetivamente pratique qualquer crime. 
 
Certa. Para a configuração do delito de quadrilha, basta a união de pessoas, 
em caráter estável e permanente, com o intuito de cometer crimes, ainda 
que todos não tenham sido efetivamente realizados. (STJ - HC 90.833/RJ) 
 
19. (CESPE / juiz - TJ-ES / 2011) No crime de quadrilha, os agentes 
podem ter como propósito a prática de crimes dolosos, culposos ou 
preterdolosos. 
 
Errado. Ainda que se admita o concurso de pessoas em crimes culposos e 
preterdolosos (posição majoritária na doutrina), o delito de quadrilha requer, 
para a sua consumação, a vinculação sólida e durável dos sujeitos ativos, 
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que devem ser no mínimo 4. Revela-se, assim, incompatível com a prática 
de delitos culposos. 
 
20. (CESPE / juiz - TJ-ES / 2011) Considere que quatro agentes se 
associem em quadrilha para o fim de cometer crimes e, antes de 
praticarem qualquer infração penal, um de seus integrantes 
abandone voluntariamente o grupo. Nesse caso, aplica-se o instituto 
da desistência voluntária ao agente dissidente. 
 
Errado. O agente responderá apenas pelo crime de quadrilha consumado. Ele 
sequer deu início aos atos executórios para a prática das infrações para as 
quais se reuniram os sujeitos ativos, razão pela qual não se pode falar em 
desistência voluntária. 
 
21. (CESPE / juiz - TJ-ES / 2011) O delito de incitação ao crime 
configura-se independentemente de a incitação ser dirigida à prática 
de determinada infração penal, estando configurado o crime com a 
mera incitação genérica. 
 
Errado. Segundo GRECO: "a incitação deve ser dirigida à prática de 
determinada infração penal, não se configurando o delito quando ocorrer 
uma incitação vaga, genérica." 
 
22. (CESPE/Delegado de Polícia PB/2009) Com relação ao delito de 
apologia de crime ou criminoso, previsto no CP, há crime único se o 
agente, em um mesmo contexto fático, faz apologia de várioscrimes 
ou de vários autores de crimes. 
 
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Errado. O art. 287 do CP dispõe que é crime fazer apologia a fato criminoso 
ou autor de crime publicamente. Apologia é a exaltação direta, 
engrandecimento de ato ou pessoa criminosa, constituindo uma provocação 
à ordem legal. No caso de apologia a vários crimes ou autores de crimes, 
haverá uma pluralidade de delitos e não crime único. 
 
23. (CESPE/Delegado de Polícia PB/2009) No crime de quadrilha, é 
necessário que ocorra estabilidade da associação e que haja 
organização estruturada, com hierarquia entre os membros ou com 
papéis previamente definidos para cada um. 
 
Errado. No crime de quadrilha basta a associação de no mínimo quatro 
pessoas com a finalidade específica de cometer crimes para a consumação 
do mesmo. É suficiente haver a convergência de vontades para configurar o 
crime, independentemente da estrutura da organização ou realização 
posterior do fim visado. 
 
24. (CESPE/Delegado de Polícia PB/2009) No crime de quadrilha, se 
somente um quadrilheiro for identificado, mas houver prova robusta 
da existência dos demais associados, o crime se perfaz. 
 
Correto. De acordo com o entendimento dos tribunais superiores, para a 
configuração do delito de quadrilha não é necessário que todos os 
integrantes tenham sido identificados. Basta a comprovação de que o bando 
era integrado por quatro ou mais pessoas. O desconhecimento da autoria de 
algum envolvido não descaracteriza o crime, se há prova da associação 
estável de mais de três pessoas. 
 
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25. (CESPE/PM DF/2009) Quadrilha é a associação estável e 
permanente de mais de três pessoas com a finalidade de cometer 
crimes na zona urbana. Bando é a associação estável e permanente 
de mais de três pessoas com a finalidade de cometer crimes na zona 
rural. 
 
Correto. A posição amplamente defendida na doutrina é a de que não há 
distinção entre os termos quadrilha e bando. No entanto, a banca ateve-se a 
uma definição minoritária, da década de 50 do século passado, e confirmou a 
questão como certa. 
 
26. (CESPE/Advogado AC/2008) Consuma-se a apologia de crime 
quando o agente incita, publicamente, a prática de determinado 
delito. 
 
Errado. Incitar a prática de crime publicamente corresponde ao crime de 
incitação ao crime, art. 286 do Código Penal e não de apologia ao crime. São 
tipos penais diversos. 
 
27. (CESPE/Advogado AC/2008) No crime de quadrilha ou bando, 
que se consuma com a associação de mais de três pessoas para o fim 
de cometerem crimes, a pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou 
bando é armado. 
 
Correto. É o que aponta o parágrafo único do art. 288 do Código Penal, 
aplicando-se a pena em dobro se a quadrilha ou bando é armado. 
 
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28. (CESPE/Juiz TO/2007) O denominado crime de quadrilha ocorre 
quando três ou mais pessoas se associam com a finalidade de burlar 
a lei. 
 
Errado. A finalidade específica do crime de quadrilha ou bando, art. 288 do 
Código Penal, é cometer crimes. É o elemento subjetivo exigido neste tipo 
penal. É de ressaltar ainda que a finalidade dos integrantes seja de realizar 
mais de um crime; caso contrário, caracterizar-se-ia concurso de agentes. 
 
29. (CESPE/Juiz TO/2007) O tipo penal não exige que todos os 
sujeitos ativos do crime de quadrilha sejam imputáveis, mas ainda 
assim a jurisprudência e a doutrina majoritárias não admitem, para a 
composição do crime, a formação de quadrilha entre maiores e 
menores de 18 anos. 
 
Errado. O tipo penal não exige que todos os sujeitos ativos do crime de 
quadrilha sejam imputáveis e tanto a jurisprudência quanto a doutrina 
majoritária admitem a composição para formação de quadrilha entre maiores 
e menores de dezoito anos. É o chamado concurso impróprio. 
 
30. (CESPE/Juiz TO/2007) Aumenta-se um sexto de até a metade a 
pena do crime de quadrilha ou bando, caso a ação do grupo seja 
armada. 
 
Errado. Conforme art. 288, parágrafo único, se a quadrilha ou bando for 
armado, aplica-se a pena em dobro. 
 
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31. (CESPE/OAB/2007) O crime de quadrilha ou bando possui 
natureza de delito instantâneo, mas de efeitos permanentes. 
 
Errado. O crime de quadrilha ou bando possui sim natureza de delito 
instantâneo, cuja consumação se verifica em um determinado momento. 
Porém, sem haver prolongamento no tempo, ou seja, sem efeitos 
permanentes. 
 
32. (CESPE / Defensor - DPE-MA / 2011) Os crimes contra a 
propriedade intelectual podem ser apurados mediante ação penal 
privada, pública condicionada à representação ou pública 
incondicionada. 
 
Correto. A questão tem por base o art. 186 do CP. 
 
Art. 186. Procede-se mediante: 
I – queixa, nos crimes previstos no caput do art. 184; 
II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1o e 2o 
do art. 184; 
III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor 
de entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público; 
IV – ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos 
no § 3o do art. 184. 
 
33. (CESPE / Defensor - DPE-MA / 2011) A jurisprudência do STJ 
considera, para fins penais, socialmente adequada a venda de CDs e 
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DVDs piratas, devendo a punição contra o agente limitar-se à esfera 
cível. 
 
Errado. Apesar de ser uma tese defendida por muitos advogados, o STJ se 
posiciona da seguinte forma: 
STJ - HC 159.474/TO - Publ. em 6-12-2010. VIOLAÇÃO DE DIREITO 
AUTORAL (ARTIGO 184, § 2º, DO CÓDIGO PENAL) - VENDA DE CD'S E 
DVD'S PIRATEADOS - ADEQUAÇÃO SOCIAL DA CONDUTA - INEXISTÊNCIA. O 
tão-só fato de estar disseminado o comércio de mercadorias falsificadas ou 
"pirateadas" não torna a conduta socialmente aceitável, uma vez que 
fornecedores e consumidores têm consciência da ilicitude da atividade, a qual 
tem sido reiteradamente combatida pelos órgãos governamentais, inclusive 
com campanhas de esclarecimento veiculadas nos meios de comunicação. 
A quantidade de mercadorias apreendidas (90 DVD's e 130 CD's) demonstra 
a existência de efetiva lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal, 
afastando a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância. Ordem 
denegada. 
 
34. (CESPE / Juiz - TRT / 2013) Comete o crime de redução à 
condição análoga à de escravo aquele que contrata trabalhadores de 
localidade diversa daquela onde será executado o trabalho e não 
assegura condições de seu retorno ao local de origem. 
 
Errada. O crime descrito na questãoé o de Aliciamento de trabalhadores de 
um local para outro do território nacional 
 
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma 
para outra localidade do território nacional: 
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Pena - detenção de um a três anos, e multa. 
§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora 
da localidade de execução do trabalho, dentro do território 
nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do 
trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno 
ao local de origem. 
 
Vamos aproveitar esta questão para relembrar os crimes contra a 
organização do trabalho: 
 
CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA 
ATENTADO CONTRA 
A LIBERDADE DE 
TRABALHO 
Constranger alguém, 
mediante violência ou grave 
ameaça: 
I- A exercer ou não exercer 
arte, ofício, profissão ou 
indústria, ou a trabalhar ou 
não trabalhar durante certo 
período ou em determinados 
dias 
II- A abrir ou fechar o seu 
estabelecimento de trabalho 
ou a participar de parede ou 
paralisação de atividade eco-
nômica. 
 
Na primeira 
modalidade, com o 
EFETIVO exercício ou 
com a suspensão do 
exercício de arte, ofício, 
profissão ou indústria. 
Na segunda, com o 
trabalho ou suspensão 
deste. 
Na terceira, com a 
abertura ou 
fechamento do 
estabelecimento. 
Na quarta, com a 
paralisação da 
atividade econômica. 
ATENTADO CONTRA 
A LIBERDADE DE 
CONTRATO DE 
TRABALHO E 
BOICOTAGEM 
VIOLENTA 
Constranger alguém, 
mediante violência ou grave 
ameaça, a celebrar contrato 
de trabalho ou a não fornecer 
a outrem ou não adquirir de 
outrem matéria-prima ou 
produto industrial ou agrícola. 
Consuma-se com a 
celebração deste e, no 
caso da boicotagem, no 
momento em que a 
pessoa constrangida 
não fornece ou adquire 
os produtos. 
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ATENTADO CONTRA 
A LIBERDADE DE 
ASSOCIAÇÃO 
Constranger alguém, 
mediante violência ou grave 
ameaça, a participar ou deixar 
de participar de determinado 
sindicato ou associação 
profissional. 
Consuma-se o delito no 
momento em que a 
pessoa constrangida 
passa ou não a fazer 
farte de sindicato ou 
associação profissional. 
PARALISAÇÃO DE 
TRABALHO, 
SEGUIDA DE 
VIOLÊNCIA OU 
PERTURBAÇÃO DA 
ORDEM 
Participar de suspensão ou 
abandono coletivo de 
trabalho, praticando violência 
contra pessoa ou contra coisa. 
***Para que se considere 
coletivo o abandono de 
trabalho é indispensável o 
concurso de, pelo menos, três 
empregados. 
Consuma-se o delito 
com a prática da 
violência. 
PARALISAÇÃO DE 
TRABALHO DE 
INTERESSE 
COLETIVO 
Participar de suspensão ou 
abandono coletivo de 
trabalho, provocando a 
interrupção de obra pública 
ou serviço de interesse 
coletivo. 
Consuma-se o delito 
com a interrupção de 
obra pública ou serviço 
de interesse coletivo. 
INVASÃO DE 
ESTABELECIMENTO 
INDUSTRIAL, 
COMERCIAL OU 
AGRÍCOLA. 
SABOTAGEM 
Invadir ou ocupar 
estabelecimento industrial, 
comercial ou agrícola, com o 
intuito de impedir ou 
embaraçar o curso normal do 
trabalho ou, com o mesmo 
fim, danificar o 
estabelecimento ou as coisas 
nele existentes ou delas 
dispor. 
Consuma-se o delito no 
instante em que o 
agente invade ou ocupa 
estabelecimento 
industrial, comercial ou 
agrícola. 
Na sabotagem, 
consuma-se quando o 
sujeito ativo danifica as 
coisas ou no instante 
que dispõe dos objetos 
do estabelecimento. 
 
 
FRUSTRAÇÃO DE 
DIREITO 
ASSEGURADO POR 
LEI TRABALHISTA 
Frustrar, mediante fraude ou 
violência, direito assegurado 
pela legislação do trabalho. 
Obrigar ou coagir alguém a 
usar mercadorias de 
determinado estabelecimento, 
para impossibilitar o 
desligamento do serviço em 
Consuma-se o delito no 
instante em que o 
empregado não pode 
exercer direito 
assegurado pela 
legislação trabalhista. 
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virtude de dívida. 
Impedir alguém de se desligar 
de serviços de qualquer 
natureza, mediante coação ou 
por meio da retenção de seus 
documentos pessoais ou 
contratuais. 
 
A pena é aumentada de um 
sexto a um terço se a vítima é 
menor de dezoito anos, idosa, 
gestante, indígena ou 
portadora de deficiência física 
ou mental. 
FRUSTRAÇÃO DE 
LEI SOBRE A 
NACIONALIZAÇÃO 
DO TRABALHO 
Frustrar, mediante fraude ou 
violência, obrigação legal 
relativa à nacionalização do 
trabalho. 
Consuma-se o delito 
com a frustração de lei 
que disponha sobre a 
nacionalização do 
trabalho. 
EXERCÍCIO DE 
ATIVIDADE COM 
INFRAÇÃO DE 
DECISÃO 
ADMINISTRATIVA 
Exercer atividade de que está 
impedido por decisão 
administrativa. 
Consuma-se o delito 
com a reiteração de 
atos relacionados à 
atividade impedida por 
decisão administrativa. 
 
ALICIAMENTO PARA 
O FIM DE 
EMIGRAÇÃO 
Recrutar trabalhadores, 
mediante fraude, com o fim 
de levá-los para território 
estrangeiro. 
Consuma-se o delito 
com o recrutamento 
mediante fraude, 
independentemente da 
emigração. 
ALICIAMENTO DE 
TRABALHADORES 
DE UM LOCAL PARA 
OUTRO DO 
TERRITÓRIO 
NACIONAL 
Aliciar trabalhadores com o 
fim de levá-los de uma para 
outra localidade do território 
nacional. 
 
Recrutar trabalhadores fora 
da localidade de execução do 
trabalho, dentro do território 
nacional, mediante fraude ou 
cobrança de qualquer quantia 
do trabalhador ou, ainda, não 
assegurar condições do seu 
Consuma-se o delito 
com o aliciamento, 
independentemente da 
emigração de um local 
para outro dentro do 
território nacional. 
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retorno ao local de origem. 
 
A pena é aumentada de um 
sexto a um terço se a vítima é 
menor de dezoito anos, idosa, 
gestante, indígena ou 
portadora de deficiência física 
ou mental. 
 
 
35. (CESPE / Juiz - TRT / 2013) Podem ser sujeitos ativos do crime 
de paralisação de trabalho, seguido do crime de perturbação da 
ordem, tanto os empregados que participam do abandono coletivo de 
trabalho, com violência exercida contra coisa, quanto o empregador 
que paralisa as atividades empresariais para frustrar negociação 
coletiva, fato conhecido como lockout. 
 
Certa. Define o art. 200 que caracteriza crime a conduta de participar de 
suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra 
pessoa ou contra coisa. 
Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o 
concurso de, pelo menos, três empregados. 
Observação: Lockout é a recusa por parte da entidade patronal em ceder 
aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessários para a sua 
atividade. 
 
36. (CESPE / Juiz - TRT / 2013) O crime de paralisação de trabalho 
de interesse coletivo consiste na participação de abandono coletivo 
de trabalho que resulte na interrupção de obra pública ou serviço de 
interesse coletivo, como, por exemplo, a construção de estádio deCURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
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futebol com vistas à realização da Copa do Mundo de Futebol em 
2014. 
 
Errada. Apesar de divergências, entende-se que a construção de estádio de 
futebol não se trata de obra pública de interesse coletivo. Assim, a condita 
não se enquadra no art. 201, do Código Penal: 
 
Art. 201 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de 
trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço 
de interesse coletivo: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 
37. (CESPE / Juiz - TRT / 2013) Para a consumação do crime de 
sabotagem agrícola, exige-se que ao menos parte da safra seja 
destruída, estragada ou inutilizada, admitindo-se que o dano seja 
causado também às máquinas e instrumentos, utensílios, matérias-
primas e instalação elétrica. 
 
Errada. Para a caracterização do delito basta a invasão com o intuito de 
danificar as coisas ou delas dispor. Assim leciona o art. 202, do Código Penal. 
 
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, 
comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o 
curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o 
estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
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38. (CESPE / Juiz - TRT / 2013) O indivíduo que, mediante fraude 
consistente em falsa promessa de alto salário, recruta um dentista 
para trabalhar no exterior e, ao chegar ao destino, retém seu 
passaporte, impedindo-o de retornar ao Brasil, pratica o crime de 
aliciamento para o fim de emigração. 
 
Errado. No caso, o crime caracterizado é o de Redução à condição análoga à 
de escravo. Vejamos: 
 
Aliciamento para o fim de emigração � Art. 206 - Recrutar trabalhadores, 
mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro. 
 
Redução à condição análoga à de escravo � [...] § 1o Nas mesmas penas 
incorre quem: I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do 
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II - mantém vigilância 
ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos 
pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
 
39. (CESPE / Defensor - DPE-MA / 2011) Para o delito de atentado 
contra a liberdade de trabalho, são previstas a modalidade dolosa e a 
culposa. 
 
Errado. Para a sua PROVA, lembre-se que do art. 197 até o 207, todos os 
tipos penais exigem condutas dolosas. 
 
40. (CESPE / Defensor - DPE-MA / 2011) Nos delitos de sabotagem e 
de invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, a 
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finalidade do agente é danificar o estabelecimento ou as coisas nele 
existentes ou delas dispor. 
 
Errado. Questão complicada do CESPE, pois a banca faz uma inversão de 
sentido na questão o que pode confundir o candidato. 
De qualquer forma, o conhecimento do art. 202 resolve a questão: 
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou 
agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, 
ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes 
ou delas dispor. 
Perceba que mesmo danificando o estabelecimento, o seu fim é impedir o 
curso normal de trabalho, do contrário poderia caracterizar outro crime. 
 
41. (CESPE/Advogado CAIXA/2010) Não constitui crime a ocupação 
de estabelecimento bancário, em momento de greve, com a 
finalidade de impedir o desenvolvimento normal da atividade 
bancária, ainda que da ocupação haja danificação do patrimônio com 
o escopo de embaraçar a execução dos trabalhos e impedir o labor 
dos empregados que não aderiram à greve. Somente haverá crime 
caso haja lesões, físicas e(ou) morais, aos trabalhadores que 
permaneceram em atividade, e o crime terá como sujeito ativo 
apenas os empregados da empresa onde ocorreram os fatos. 
 
Errado. O exemplo da questão aponta para o crime de invasão de 
estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, preceituado no art. 202 do 
Código Penal. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, funcionário do 
estabelecimento ou terceiro. É necessário uma finalidade especial, 
constituída pela vontade de impedir ou embaraçar o curso normal do 
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trabalho. A consumação do crime acontece com a efetiva ocupação do 
estabelecimento de trabalho, sendo considerado crime formal. 
 
42. (CESPE/Procurador Aracaju/2008) Considere a seguinte situação 
hipotética. Rodolfo, empregado de uma empreiteira que estava 
construindo um hospital público após vencer uma licitação pública 
com o município de Aracaju, participou de suspensão coletiva de 
trabalho, provocando assim a interrupção da obra pública por vinte 
dias. Nessa situação, só haverá crime de paralisação de trabalho de 
interesse coletivo se a conduta de Rodolfo for dolosa, pois a lei não 
prevê a forma culposa do delito. 
 
Correto. O crime de paralisação de trabalho de interesse coletivo encontra-se 
no art. 201 do CP. Tem como sujeito ativo qualquer pessoa e como sujeito 
passivo a coletividade. É necessário uma finalidade específica, traduzindo-se 
pelo objetivo de participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho 
para interromper obra pública ou serviço de interesse coletivo. O tipo penal 
não admite a modalidade culposa; logo, Rodolfo só responderá se agir 
dolosamente. 
 
43. (CESPE/SEBRAE BA/2008) Caso dois empregados de 
determinada instituição financeira, durante movimento grevista 
iniciado apenas por eles, abandonem o trabalho, praticando violência 
física contra três colegas que se recusarem a aderir à ação paredista, 
os agressores praticarão o delito de abandono coletivo de trabalho, 
seguido de violência. 
 
Errado. Para que se configure coletivo o abandono do trabalho é 
indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados, de acordo com o 
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parágrafo único do art. 200 do Código Penal. O crime de atentado contra a 
liberdade do trabalho, art. 197 do CP, é o que acontece no exemplo da 
questão. 
 
44. (CESPE/SEBRAE BA/2008) Considere a seguinte situação 
hipotética. Determinado empresário contratou dois indígenas para 
trabalhar em uma madeireira. Após dois anos, demitiu-os sem justa 
causa e, mediante violência, recusou-se a efetuar o acerto das verbas 
trabalhistas devidas. Nessa situação, o empresário cometeu o crime 
de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, sobre o qual 
incidirá, ainda, causa especial de aumento de pena. 
 
Correto. A questão coloca em evidência o art. 203 do CP, frustração de 
direito assegurado por lei trabalhista. Em seu §2°, o tipo penal traz umacausa especial de aumento de pena, majorada de um sexto a um terço se a 
vítima for menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de 
doença física ou mental. É a preocupação do legislador em elevar a pena 
devido a maior reprovabilidade da conduta. 
 
45. (CESPE/Procurador Jurídico Rio Branco/2007) Caso um 
fazendeiro dispense aos seus empregados tratamento violento, 
ofereça-lhes condições precárias de trabalho, retenha-lhes salário e 
documentos pessoais e ainda lhes cerceie a liberdade de locomoção, 
fica configurado crime de redução de trabalhador à condição análoga 
à de escravo, o qual se inclui no rol dos crimes contra a organização 
do trabalho. 
 
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Errado. O crime de redução de trabalhador à condição análoga à de escravo, 
art. 149, encontra-se no rol dos crimes contra a pessoa e não dos crimes 
contra a organização do trabalho, conforme afirma a questão. 
 
46. (CESPE/Procurador Jurídico Rio Branco/2007) Quando realizado 
sem a cobrança de qualquer quantia, o aliciamento de trabalhadores, 
com a finalidade de levá-los de uma localidade para outra do 
território nacional, não configura ilícito penal. 
 
Errado. Está tipificado no art. 207 do CP o crime de aliciamento de 
trabalhadores, com a finalidade de levá-los de uma localidade para outra do 
território nacional. Aliciar significa recrutar ou atrair e a conduta deve ser 
dirigida a um grande número de trabalhadores. É um crime formal, não 
necessitando do resultado naturalístico. O legislador tenta proteger o Estado 
de êxodos internos no intuito de diminuir a desigualdade entre as regiões do 
território nacional. 
 
47. (CESPE/Procurador Jurídico Rio Branco/2007) Comete o crime 
de atentado contra a liberdade de associação o sindicalista que, 
mediante a ameaça de interferir no contrato de trabalho do 
empregado, prometa conseguir a sua demissão, caso este não se 
associe ao sindicato da classe. 
 
Correto. Preceitua o art. 199 do CP que é crime constranger alguém a 
participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação 
profissional mediante violência ou grave ameaça. É o que acontece no 
exemplo mencionado, consumando-se o crime quando a vítima, 
efetivamente, associa-se ou filia-se a determinado sindicato ou associação 
contra sua vontade. 
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48. (CESPE / Analista Ministerial - MPE-PI / 2012) Nos crimes contra 
a dignidade sexual, consoante entendimento dos tribunais 
superiores, caso o agente pratique mais de uma das condutas 
previstas no crime de estupro, o juiz está autorizado a condená-lo 
por concurso material, ainda que praticado contra a mesma vítima, 
vedada a aplicação da continuidade delitiva. 
 
Errado. Antes da vigência da Lei 12.015/09, que revogou o delito de 
atentado violento ao pudor descrito no artigo 214 do Código Penal, caso o 
agente praticasse além da conjunção carnal (artigo 213) outro ato libidinoso, 
como por exemplo, o sexo anal ou a felação, haveria, em tese, um concurso 
de crimes para estes dois delitos. 
Hoje, após a referida modificação, a lei veio a beneficiar o agente, razão pela 
qual se, durante a prática violenta do ato sexual, o agente, além da 
penetração vaginal, vier a também fazer sexo anal com a vítima, os fatos 
deverão ser entendidos como crime único, haja vista que os comportamentos 
se encontram previstos na mesma figura típica, devendo ser entendida a 
infração penal como de ação múltipla, aplicando-se somente a pena 
cominada no art. 213 do Código Penal, por uma única vez, afastando, dessa 
forma, o concurso de crimes. 
 
Este é o posicionamento de Guilherme de Souza Nucci: 
 
“Se o agente constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal e 
cópula anal comete um único delito de estupro, pois a figura típica passa a 
ser mista alternativa. Somente se cuidará de crime continuado se o agente 
cometer, novamente, em outro cenário, ainda que contra a mesma vítima, 
outro estupro” 
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A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, também se posiciona neste 
sentido, conforme se depreende do Informativo nº 422. 
 
49. (CESPE/Promotor – MPE ES/2010) No ordenamento jurídico 
brasileiro, apenas o homem pode ser autor do delito de estupro; a 
mulher pode apenas ser participe de tal crime, uma vez que, 
biologicamente, não pode ter conjunção carnal com outra mulher. 
 
Errado. O crime de estupro teve sua redação alterada pela Lei 12.015/09, e 
passou a ser constranger alguém a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso mediante violência ou 
grave ameaça, art. 213 do CP. Assim sendo, o sujeito ativo do delito pode 
ser tanto o homem quanto a mulher, da mesma forma que o sujeito passivo. 
 
50. (CESPE / Juiz - TJ-PI / 2012) Caso o delito de violação sexual 
mediante fraude seja cometido com o fim de obtenção de vantagem 
econômica, o infrator sujeitar-se-á também à pena de multa. 
 
Correto. Segundo o art. 215, do Código Penal, caracteriza crime o fato de ter 
conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante 
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade 
da vítima. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, 
aplica-se também multa. 
 
51. (CESPE / Juiz - TJ-PI / 2012) Segundo entendimento do STJ, 
após a Lei n.º 12.015/2009, o crime de corrupção de menores passou 
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a ser material, ou seja, é exigida prova do efetivo corrompimento do 
menor. 
 
Errado. Observe o interessante julgado que elucida a questão: 
 
HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO. VIOLÊNCIA CARACTERIZADA. CRIME 
CONFIGURADO. DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO. ANÁLISE. 
INVIABILIDADE. CORRUPÇÃO DE MENORES. CRIME FORMAL. MENORIDADE. 
ATENUANTE. REDUÇÃO ABAIXO DO MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. 
SÚMULA 231/STJ. 
 
1. Segundo decidido pelas instâncias ordinárias, houve o emprego de 
violência na conduta do paciente, que ameaçou a vítima e a segurou pelo 
braço, a fim de que o coautor do delito consumasse a subtração patrimonial, 
o que é suficiente para caracterizar o crime de roubo. 
2. Hipótese em que a análise da pretensão de desclassificação para furto 
passaria, necessariamente, pelo revolvimento do acervo fático-probatório, 
providência que não se coaduna com a via do habeas corpus. 
3. É pacífico o entendimento de que o delito previsto no art. 1º da Lei n. 
2.252/1954 e atualmente tipificado no art. 244-B do Estatuto da Criança e 
do Adolescente (Lei n. 8.069/1990) é de natureza formal. Assim, a simples 
participação do menor no ato delitivo é suficiente para a sua consumação, 
sendo irrelevante seu grau prévio de corrupção, já que cada nova prática 
criminosa na qual é inserido contribui para aumentar sua degradação. 
4. A incidência da atenuante da menoridade não leva à redução da 
reprimendana segunda fase da dosimetria, quando a pena-base havia sido 
fixada no mínimo legal. Aplicação da Súmula n. 231/STJ. 
5. Ordem denegada (HC 162741 / DF - 12/04/2012). 
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52. (CESPE/Promotor – MPE ES/2010) Túlio praticou ato libidinoso, 
ao tocar os seios de Cida, e, nesse momento, decidiu estuprá-la. Túlio 
acabou, então, consumando ambas as condutas contra a mesma 
vítima e no mesmo contexto. Nessa situação hipotética, Túlio deverá 
responder pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em 
continuidade delitiva. 
 
Errado. Com a nova redação dada pela Lei 12.015/09, o legislador unificou 
os antigos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em um crime 
único de estupro. Dessa forma, de acordo com o art. 213 do Código Penal, 
Túlio responderá por estupro. 
 
53. (CESPE/Escrivão de Polícia PB/2009) Uma garota de programa 
que, além da prostituição, exerce outra profissão em 
estabelecimento comercial não pode ser vítima do delito de assédio 
sexual nesse estabelecimento, pois a norma penal não a protege. 
 
Errado. O delito de assédio sexual está disposto no art. 216-A do Código 
Penal. Portanto, constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função, é crime. Uma garota de programa não está fora da proteção da 
norma, que não prevê nenhuma exceção. 
 
54. (CESPE/Defensor Público PI/2009) Considere a seguinte 
situação hipotética. Antônio convidou Bruna, 25 anos de idade, para 
ir a uma festa. De forma dissimulada, Antônio colocou determinada 
substância na bebida de Bruna, que, após alguns minutos, ficou 
totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de 
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Bruna, que não poderia oferecer resistência, Antônio levou-a para o 
estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal. 
Passado o efeito da substância, Bruna de nada se lembrava. Nessa 
situação, Antônio praticou o delito de estupro comum, e não o de 
estupro de vulnerável. 
 
Errado. Está preceituado no Código Penal, art. 217-A, o delito de estupro de 
vulnerável. Nele elencam-se diferentes conceitos de vítima vulnerável, a 
saber, o menor de quatorze anos, a que não tem necessário discernimento 
para a prática do ato por enfermidade ou deficiência mental ou aquela que 
não pode oferecer resistência por qualquer outra causa. Neste último 
encaixa-se Bruna, que não ofereceu resistência, entorpecida pela substância 
ingerida. Antônio deverá responder por estupro de vulnerável. 
 
55. (CESPE/Delegado PB/2009) Tratando-se de crimes de mera 
conduta, o estupro e o atentado violento ao pudor inadmitem a 
modalidade tentada. 
 
Errado. O crime de atentado violento ao pudor, art. 214 do CP, foi revogado 
pela Lei 12.015/09. Já o crime de estupro, art. 213 do CP, é crime 
plurissubsistente, admitindo a tentativa quando o agente não consegue 
consumar seu intento por circunstâncias alheias a sua vontade. 
 
56. (CESPE/Defensor Público PI/2009) A mulher pode ser coautora 
do delito de estupro. 
 
Correto. Com sua redação alterada pela Lei 12.015/09, o delito de estupro, 
art. 213 do CP, passou a ser constranger alguém a ter conjunção carnal ou a 
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praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso mediante 
violência ou grave ameaça. Desse modo a mulher pode figurar como sujeito 
ativo do crime, bem como agir em coautoria. 
 
57. (CESPE/Agente de Polícia RN/2009) No crime de estupro, 
somente o homem pode ser sujeito ativo, enquanto o homem e a 
mulher podem ser sujeitos passivos. 
 
Errado. O legislador pátrio promoveu uma significativa mudança no antigo 
título Dos Crimes contra os Costumes que passou a se intitular Dos Crimes 
contra a Dignidade Sexual. O crime de estupro agora é constranger alguém a 
ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro 
ato libidinoso mediante violência ou grave ameaça, art. 213 do CP. O sujeito 
ativo da norma incriminadora pode ser tanto o homem quanto a mulher, 
assim como o sujeito passivo. 
 
58. (CESPE/Agente de Polícia RN/2009) No crime de atentado 
violento ao pudor, tanto o homem quanto a mulher podem ser 
sujeitos ativo e passivo. 
 
Errado. O antigo crime de atentado violento ao pudor, art. 214 do CP, foi 
revogado pela Lei 12.015/09 e não existe mais. O legislador optou por 
unificar as figuras desse delito com a de estupro, evitando assim 
controvérsias doutrinárias e jurisprudenciais. 
 
59. (CESPE/Agente de Polícia RN/2009) Nos crimes contra a 
liberdade sexual, a lei presume a violência se na data do fato, a 
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vítima era maior de 18 anos de idade e não pôde oferecer resistência 
porque estava anestesiada. 
 
Errado. Não existe mais a figura da presunção de violência no Código Penal, 
artigo 224. Ele foi revogado pela Lei 12.015/09. O conteúdo protetor do 
artigo em tela revogado foi melhorado e positivado nos parágrafos do artigo 
213, que trata do estupro. 
 
60. (CESPE/Delegado PB/2009) Ocorre o assédio sexual quid pro 
quo quando, independentemente de superioridade hierárquica, 
ocorre o assédio no ambiente de trabalho. 
 
Errado. O delito de assédio sexual está previsto no art. 216-A do Código 
Penal. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função, é crime. É elemento do mesmo o agente figurar numa posição de 
ascendência hierárquica. Se ele ocupar uma posição inferior ou igual à da 
pessoa constrangida, não haverá o delito. 
 
61. (CESPE/Advogado AC/2008) Para a caracterização do crime de 
assédio sexual, não é necessário que o sujeito ativo tenha a condição 
de superior hierárquico ou a de ascendência inerentes ao exercício 
de emprego, cargo ou função, bastando que seja colega de trabalho 
da vítima. 
 
Errado. O delito de assédio sexual encontra-se no art. 216-A do Código 
Penal. É elemento do crime que o agente figure numa posição de 
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superioridade hierárquica. Caso ele seja colega de trabalho da pessoa 
constrangida, sem ascendência funcional, não existirá o delito. 
 
62. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) Tratando-se de crime de 
explosão, se a substância utilizada não for dinamite ou explosivo de 
efeitos análogos, o agente será menos severamente punido. 
 
Correto. Aponta o §1° do art. 251 do crime de explosão que, se a substância 
utilizada não for dinamite ou explosivo de efeitosanálogos, a pena de 
reclusão será menos severa para o agente. 
 
63. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) No que concerne a crime de 
incêndio, a intenção de obter vantagem pecuniária com a conduta 
constitui fato não punível, pois pertence à fase de cogitação do crime 
e não pode, assim, ser punida. 
 
Errado. O art. 250, crime de incêndio, descreve-o como causar incêndio, 
expondo a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio de outrem. O §1° 
traz as causas de aumento de pena de um terço, aduzindo o inciso I a 
hipótese de o agente cometer o crime com intuito de obter vantagem 
pecuniária em proveito próprio ou alheio. 
 
64. (CESPE / Juiz - TJ-BA / 2012) Não é prevista a modalidade 
culposa para o crime de desabamento. 
 
Errada. O art. 256 prevê a modalidade culposa. 
 
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Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo 
a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Modalidade culposa 
Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
 
65. (CESPE / Juiz - TJ-BA / 2012) Considere que João, Pedro, 
Antônio e Joaquim, todos maiores de idade, associem-se com a 
finalidade de falsificar um único ingresso de evento esportivo. Nessa 
situação, a conduta dos agentes se amolda ao crime de quadrilha. 
 
Errado. No caso, como a falsificação é de um ingresso, não há estabilidade e 
permanência caracterizadas. 
 
A configuração típica do delito de quadrilha ou bando deriva da conjugação 
dos seguintes elementos caracterizadores: 
(a) concurso necessário de pelo menos quatro (4) pessoas (RT 582/348 – RT 
565/406); 
(b) finalidade específica dos agentes voltada ao cometimento de delitos (RTJ 
102/614 – RT 600/383); e 
(c) exigência de estabilidade e de permanência da associação criminosa (RT 
580/328 – RT 588/323 – RT 615/272). 
 
 
 
 
 
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******************************************************* 
 
PRINCIPAIS ARTIGOS REFERENTES AOS TEMAS 
TÍTULO III 
DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL 
Violação de direito autoral 
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada 
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada 
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
§ 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de 
lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, 
interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, 
do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de 
quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela 
Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou 
indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, 
oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma 
reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete 
ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga 
original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa 
autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação 
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
§ 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra 
ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário 
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realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar 
previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de 
lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do 
autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de 
quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 
10.695, de 1º.7.2003) 
§ 4o O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se tratar de exceção 
ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade 
com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, nem a cópia de 
obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do 
copista, sem intuito de lucro direto ou indireto. (Incluído pela Lei nº 10.695, 
de 1º.7.2003) 
Usurpação de nome ou pseudônimo alheio 
Art. 185 - (Revogado pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Art. 186. Procede-se mediante: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 
1º.7.2003) 
I – queixa, nos crimes previstos no caput do art. 184; (Incluído pela Lei nº 
10.695, de 1º.7.2003) 
II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1o e 2o 
do art. 184; (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor 
de entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei 
nº 10.695, de 1º.7.2003) 
IV – ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos 
no § 3o do art. 184. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
 
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TÍTULO IV 
DOS CRIMES CONTRA 
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
Atentado contra a liberdade de trabalho 
Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça: 
I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a 
trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência; 
II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de 
parede ou paralisação de atividade econômica: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
Atentado contra a liberdade de contrato de trabalho e boicotagem 
violenta 
Art. 198 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não adquirir de 
outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
Atentado contra a liberdade de associação 
Art. 199 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação 
profissional: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da 
ordem 
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Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
praticando violência contra pessoa ou contra coisa: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é 
indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados. 
Paralisação de trabalho de interesse coletivo 
Art. 201 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. 
Sabotagem 
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou 
agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, 
ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes 
ou delas dispor: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Frustração de direito assegurado por lei trabalhista 
Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela 
legislação do trabalho: 
Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº 9.777, de 
29.12.1998) 
§ 1º Na mesma pena incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.777, de 
29.12.1998) 
I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado 
estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço em virtude de 
dívida; (Incluído pela Lei nº 9.777, de 29.12.1998) 
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II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, 
mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou 
contratuais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 29.12.1998) 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de 
dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou 
mental. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 29.12.1998) 
 Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho 
Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à 
nacionalização do trabalho: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
Exercício de atividade com infração de decisão administrativa 
Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por decisão 
administrativa: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. 
Aliciamento para o fim de emigração 
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los 
para território estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 8.683, de 1993) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. (Redação dada pela Lei 
nº 8.683, de 1993) 
Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território 
nacional 
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra 
localidade do território nacional: 
Pena - detenção de um a três anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
9.777, de 29.12.1998) 
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§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade 
de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou 
cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar 
condições do seu retorno ao local de origem. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 
29.12.1998) 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de 
dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou 
mental. 
 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é 
menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
Art. 214 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, 
mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação 
de vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem 
econômica, aplica-se também multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
 Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função." (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 
15 de 2001) 
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 
(dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Sedução 
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor 
de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com 
alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não 
pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei

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