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Constitucional | resumo organização política part. 1

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DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRES: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
PLANO DE AULA
DIREITO CONSTITUCIONAL II
Eugène Delacroix: La Liberté guidant le peuple
O SABER A GENTE APRENDE COM OS MESTRES E COM OS LIVROS.
A SABEDORIA SE APRENDE É COM A VIDA E COM OS HUMILDES.
Cora Coralina
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
INTRODUÇÃO 
De acordo com Uadi Bulos, a Constituição de 1988 “qualificou a organização do Estado brasileiro como político-administrativa”.
2.FORMAS DE ESTADO
2.1. CONCEITO
De acordo com Marcelo Alexandrino, o “[...] conceito de forma de Estado está relacionado com o modo de exercício do poder político em função do território de um dado Estado [...]”.
3.2. FORMAS CLÁSSICAS DE FORMAS DE ESTADO:
3.2.1. Estado unitário (ou simples) define-se como um único centro de poder político no respectivo território, podendo “[....] assumir a feição de Estado unitário puro ou Estado unitário descentralizado administrativamente”. 
3.2.2. Estado federado, segundo Marcelo Alexandrino, o 
“[...] Estado federado (federal, complexo ou composto) é caracterizado por ser um modelo de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre as entidades federadas autônomas que o integram. O poder político, em vez de permanecer concentrado na entidade central, é dividido entre as diferentes entidades federadas dotadas de autonomia”. 
4. DISTINÇÃO ENTRE SOBERANIA E AUTONOMIA 
A origem etimológica da palavra autonomia vem do grego “autos” (próprio) e “nomos” (normal). Nas lições de Uadi Bulos, “é a capacidade das ordens jurídicas parciais gerirem negócios próprios dentro de uma esfera pré-traçada pelo Estado Federal, que é soberano”.
4.1.Características da autonomia x soberania (quadro explicativo)
	AUTONOMIA
	SOBERANIA
	Auto-organização
	Una
	Auto-administração
	Indivisível
	Autogoverno
	Absoluta
	Autolegislação
	Imprescritível, irrenunciável, perpétua 
5.2. Confederação x federação (quadro explicativo de Marcelo Alexandrino)
	FEDERAÇÃO
	CONFEDERAÇÃO
	Constituição
	Tratado
	Autonomia
	Soberania
	Indissolubilidade (vedada a secessão)
	Dissolubilidade (direito de secessão)
9. A FEDERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 (art. 1° e 18)	
9.1. ORIGEM DO FEDERALISMO
9.1.1. Os EUA e a Constituição norte-americana de 1789.
Federação americana – formada de fora para dentro (movimento centrípeto).
9.2. FORMAÇÃO DO FEDERALISMO NO BRASIL
9.2.1. Surgimento do federalismo no Brasil
Federação brasileira – formada de dentro para fora (movimento centrífugo).
9.2.2. Origem
Segundo Pedro Lenza, 
“a Federação no Brasil surge com o Decreto n.1 de 15.11.1889, decreto esse instituidor, também, de forma republicana de governo. A consolidação veio com a primeira Constituição Republicana, de 1891, que em seu art. 1º. Estabeleceu: “A nação Brazileira adopta como fórma de governo, sob o regimen representativo, a República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitue-se, por união perpetua e indissolúvel das antigas províncias, em Estados Unidos do Brazil”.
9.2.2. FORMAÇÃO DO FEDERALISMO
Por agregação.
Por desagregação 
10.CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO: pontos comuns (segundo Pedro Lenza)
Descentralização política: “a Constituição prevê núcleos de poder político, concedendo autonomia para os referidos entes”.
Repartição de competência: “garante a autonomia entre os entes federativos e, assim, o equilíbrio da federação”.
Constituição rígida como base jurídica: “fundamental a existência de uma Constituição rígida no sentido de garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos, surgindo, então, uma verdadeira estabilidade institucional”.
Inexistência do direito de secessão: “não se permite, uma vez criado o pacto federativo, o direito de separação, de retirada [...]. Eis o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo”.
Soberania do Estado federal: “a partir do momento que os Estados ingressam na Federação perdem a soberania, passando a ser autônomos”.
Intervenção: “diante de situações de crise, o processo interventivo surge como instrumento para assegurar o equilíbrio federativo e, assim, a manutenção da Federação”.
Auto-organização dos Estados-Membros: “através da elaboração das Constituições Estaduais”.
Órgão representativo dos Estados-Membros: “no Brasil, de acordo com o art. 46, a representação dá-se através do Senado Federal”. 
Guardião da Constituição: o STF, no Brasil.
Repartição de receitas: “assegura o equilíbrio entre os entes federativos (arts. 157 a 159)”. 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
2. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
3. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2014.
4. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
5. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
6. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. São Paulo: Saraiva, 2014. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
7. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
8. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2014.
9. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS
1.COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS
Segundo Uadi Bulos, “são parcelas de poder atribuídas, pela soberania do Estado Federal, aos entes políticos, permitindo-lhes tomar decisões, no exercício regular de suas atividades, dentro do círculo pré-traçado pela Constituição da República”.
2. MODELOS DE REPARTIÇÃO
2.1. Repartição horizontal, segundo Marcelo Novelino, o “[...] traço marcante da repartição horizontal é a inexistência de subordinação ou hierarquização entre os entes federados [;;;]”. Por exemplo, arts. 21, 22, 23, 25 e 30 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988..
2.2. Repartição vertical, de acordo com Marcelo Novelino, “[...] quando a Constituição outorga a diferentes entes federativos a competência para atuar sobre as mesmas matérias, mas estabelece uma relação de subordinação entre o tipo de atuação previsto para cada um [...]”. Por exemplo, art. 24 da Constituição de República Federativa do Brasil de 1988. 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA FEDERATIVA
De acordo com Uadi Bulos, a repartição ou divisão de competência “é a técnica pela qual o constituinte distribui, com base na natureza e no tipo histórico de federação, os encargos de cada unidade federada, preservando-lhes a autonomia política no âmbito do Estado Federal”.
3.1. PRINCÍPIO GERAL DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS: princípio da predominância de interesses.
3.2. PRINCÍPIO DA INDISSOLUBILIDADE DO PACTO FEDERATIVO (CF, arts. 1º, caput; 18, caput; art. 34 e s.).
União (CRFB/88, art. 21).
Estados (CRFB/88, art. 25, §1º).
Municípios (CRFB/88, art. 30, I).
Distrito Federal (CRFB/88, art. 32, § 1º).
1.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
2. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
3.MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2014.
4. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
5. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
6. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. São Paulo: Saraiva, 2014. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
7. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
8. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2014.
9. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS 
1.SISTEMA ADOTADO PELA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
Na repartição das competências materiais e legislativas, a Constituição brasileira de 1988 optou, em regra, por enumerar as atribuições da União e dos Municípios e as remanescentes, aos Estados.
2. CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS QUANTO À NATUREZA
a) Competência material, administrativa ou executiva que se define como a prática de atos de gestão.
b) Competência legislativa que é vista com a faculdade para a elaboração de leis sobre determinadas matérias.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS QUANTO À FORMA
a) Competências enumeradas ou expressas que se define como atribuições específicas estabelecidas na Constituição para cada entidade politico-administrativa.
b) Competências reservadas ou remanescentes são definidas como competências que não foram atribuídas a nenhuma entidade política. É importante observar que a competência remanescente não se confunde com a competência residual, ou seja, tributária atribuída à União (art. 154, I da CRFB/88).
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS QUANTO À EXTENSÃO
a)Competências exclusivas. Podem ser definidas como competências atribuídas a uma única entidade políticas, sem possibilidade de delegação e competência suplementar (arts 21 e 30, I da CRFB/88).
b) Competências privativas. Podem ser definidas como competências atribuídas a uma única entidade federativa, mas há possibilidade de delegação em questões específicas (art. 22 e parágrafo único da CRFB/88).
c) Competências comuns, cumulativas ou paralelas. Podem ser definidas como competências atribuídas a todas as entidades políticas sobre determinadas matérias. É importante observar que as entidades se encontram no mesmo nível hierárquico (art. 23 da CRFB/88).
d) Competências concorrentes. Podem ser definidas como competências atribuídas a todas as entidades políticas. 
e) Competências suplementares. Segundo Rodrigo César, “atribuídas aos Estados para desdobrarem as normas gerais estabelecidas pela União, dentro da competência legislativa concorrente, de acordo com as suas peculiaridades (CF, art. 24, §2°)”. 
HÁ HIERARQUIA ENTRE LEIS FEDERAIS, LEIS ESTADUAIS, LEIS DISTRITAIS E LEIS MUNICIPAIS?
ESPÉCIES DE LEIS
a) Leis nacionais.
b) Leis federais.
c) Leis estaduais.
d) Leis distritais.
e) Leis municipais.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
2. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
3. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2014.
4. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
5. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
6. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. São Paulo: Saraiva, 2014. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
7. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.
8. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2014.
9. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
AS ENTIDADES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
1.DA UNIÂO
1.1. CONCEITO 
Segundo Marcelo Alexandrino, “União é entidade federativa autônoma em relação aos estados-membros e municípios. É pessoa jurídica de direito público interno, competências administrativas e legislativas enumeradas no texto constitucional [...]”.
De acordo com José Afonso da Silva 
“se constitui pela congregação das comunidades regionais que vêm a ser os Estados-Membros. Então quando se fala em Federação se refere à união dos Estados. No caso brasileiro, seria a união dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Por isso se diz União Federal”.
1.2. A ATUAÇÃO DA UNIÃO OCORRE EM DUAS DIMENSÕES: 
Segundo Pedro Lenza, a “União possui “dupla personalidade”, pois assume um papel internamente e outro internacionalmente”.
1.2.1. União na acepção interna ou nacional (CRBF/88, art. 18, §1º; art. 109, §§1º a 4º)
Afirma Pedro Lenza que, internamente, a União
 “é uma pessoa jurídica de direito público interno, componente da Federação brasileira e autônoma na medida em que possui a capacidade de auto-organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração, configurando, assim, autonomia financeira, administrativa e política (FAP)”. 
União na acepção externa ou internacional
Segundo Pedro Lenza, “a União representa a República Federativa do Brasil (vide art. 21, I a IV). Observe-se que a soberania é da República Federativa do Brasil, representada pela União”. 
CAPITAL FEDERAL (art. 18, § 1º da CRFB/88)
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Brasília é a Capital Federal. 
Nas palavras de Pedro Lenza,
 “[...] Trata-se de inovação em relação à Carta anterior, que estabelecia ser o Distrito Federal a Capital da União [...].
Juscelino Kubitschek, cumprindo mandamento constitucional de interiorização do País (art. 3º. CF/1891, art. 4º. caput, das Disposições Constitucionais Transitórias da CF/34, e o art. 4º., ADCT, CF/1946), inaugurou Brasília em 21.-4.1960”. 
1.3.1. NATUREZA
Segundo José Afonso da Silva, Brasília
 “assume uma posição jurídica específica no conceito brasileiro de ‘cidade’. Brasília é civitas civitatum, na medida em que é cidade-centro, polo irradiante, de onde partem, aos governados, as decisões mais graves e onde acontecem os fatos decisivos para os destinos no país. Mas não se encaixa no conceito geral de ‘cidade’, porque não é sede de Municípios. É civitas e poli, enquanto modo de habitar e sede do Governo Federal.
Ainda, de acordo com o art. 6º. da Lei Orgânica do DF, Brasília, além de ser a Capital da República Federativa do Brasil (e, como vimos, sede do Governo Federal), também é sede do governo do Distrito Federal”. 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO:
a) competências administrativas enumeradas exclusivas (CRFB/88, art. 21, I a XXV);
b) competência legislativa privativa (CRFB/88, art. 22, I a XXIX);
c) competência concorrente (CRFB/88, art. 24);
d) competência comum (CRFB/88, art. 23);
e) competência tributária expressa: (CRFB/88, art, 153); 
f) competência tributária residual (CRFB/88, art. 154,I);
g) competência tributária extraordinária (CRFB/88, art. 154, II).
1.5. BENS DA UNIÃO (art. 20, I a XI)
1.6. REGIÕES ADMINISTRATIVAS OU DE DESENVOLVIMENTO E O FEDERALISMO ASSIMÉTRICO (art. 43, §§ 1º a 3º, da CRFB/88)
De acordo com Uadi Bulos, as regiões administrativas “são organismos regionais ou unidades geográficas, com composição populacional própria, desligadasdos Estados-membros, mas que se encontram submetidas á égide do princípio federativo (CF, art.1º caput)”.
Segundo Rodrigo César, são exemplos de regiões administrativas: 
“a SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Lei Complementar 125/2007), a SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Lei Complementar n. 124/2007) e a SUDECO – Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Lei Complementar n. 129/2009) [...].
Leis Complementares n. 94/98, 112/2001 e 113/2001 instituíram as Regiões Integradas de Desenvolvimento do Distrito Federal e do Entorno, bem como da Grande Terezina e a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina/PE e Juazeiro/BA, articulando ações administrativas da União e de Estado do Nordeste”. 
2.DOS ESTADOS-MEMBROS
2.1. CONCEITO
Segundo Uadi Bulos,
 “Estados federados, Estados-membros ou Estados, constituem ordenações jurídicas parciais, que atuam como núcleos autônomos de poder, com legislação, governo e jurisdição próprios. Muito além de meras partes conformadoras da federação, têm personalidade jurídica de Direito Público Interno. Não se restringem, por isso, ao simples exercício de atribuições legislativas, executivas ou jurisdicionais, participando ativamente na concretização de políticas públicas”.
2.2. ASPECTOS QUE NOTABILIZAM A POSIÇÃO DOS ESTADOS NO ARCABOUÇO FEDERATIVO BRASILEIRO: 
participação;
autonomia.
2.3. AUTONOMIA ESTADUAL (CRFB/88, art. 25)
Capacidade de auto-organização (art. 25, caput da CRFB/88).
Capacidade de autolegislação (art. 25, caput da CRFB/88).
Capacidade de auto-administração (art. 25, § 1º da CRFB/88).
Capacidade de autogoverno (art. 27, 28 e 125 da CRFB/88)
2.3.COMPETÊNCIAS DO ESTADO-MEMBRO
2.3.1. Competência não legislativa (administrativa ou material)
competência comum: art. 23 da CRFB/88);
competência remanescente ou reservada: art. 25, § 1º. da CRFB/88.
2.3.2. Competência legislativa
competência expressa: CRFB/88, art. 25;
competência remanescente ou reservada CRFB/88, art. 25, § 1 º);
competência delegada pela União: art. 22, parágrafo único;
competência concorrente (CRFB/88, art. 24, I a XVI);
competência suplementar (CRFB/88, art. 24, §§ 1º a 4º);
competência tributária expressa: art. 155 da CRFB/88.
2.3.1. COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR: CLASSIFICAÇÃO
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, 
“Os estados e o Distrito Federal exercem a competência suplementar complementar quando editam normas específicas, após a edição da lei de normas gerais pela União (CF, art. 24, §2º.). Nessa hipótese, portanto, a atuação complementar dos estados e do Distrito Federal pressupõe a prévia existência de lei federal de normas gerais e está a ela adstrita.
Os estados e o Distrito Federal exercem a competência suplementar supletiva quando legislam plenamente em decorrência da inércia da União em estabelecer as normas gerais sobre a matéria (CF, art. 24, §3 º.). Nessa hipótese, portanto, a atuação supletiva dos estados e do Distrito Federal pressupõe a inércia da União em editar a legislação federal de normas gerais e seu conteúdo só está limitado à observância das regras e princípios constantes da própria Constituição Federal”. 
2.4. BENS DOS ESTADOS (CRFB/88, art. 26, I a IV)
2.5. FORMAÇÃO DE ESTADOS (CRFB/88, 18, § 3º)
Fusão (ou incorporação)
Nas palavras de Pedro Lenza, 
“O art. 18, §3º., determina que os Estados poderão incorporar-se entre si. Trata-se do instituto da fusão, na medida em que os dois ou mais Estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo Estado ou Território Federal, distinto dos Estados anteriores, os quais, por sua vez, perderão a personalidade primitiva. Ou seja, os Estados que se incorporarem entre si não mais existirão; o Estado ou Território Federal que será formado considera-se inexistente antes do processo de fusão”.
Subdivisão (ou cisão)
Segundo Pedro Lenza,
“[...] a cisão ocorre quando um Estado que já existe subdivide-se, formando dois ou mais Estados-Membros novos (que não existiam), com personalidades distintas, ou Territórios Federais. O Estado originário que se subdividiu desaparece, deixando de existir politicamente”. 
Desmembramento por anexação
De acordo com Pedro Lenza, 
“[...] fixou-se a possibilidade de um ou mais Estados cederem parte de seu território geográfico para formar um novo Estado ou Território Federal que não existia ou se anexar (a parte desmembrada) a um outro Estado que já existia.
Como regra, o Estado originário não desaparece. Foi o que aconteceu com o Estado de Góias em relação ao do Tocantins (art. 13 do ADCT) e como o do Mato Grosso em relação a Mato Grosso do Sul, este criado pela LC n. 31/77”. 
Desmembramento por formação
Segundo Pedro Lenza, 
“a parte desmembrada vai anexar-se a um Estado que já existe, ampliando o seu território geográfico. Não haverá criação de um novo Estado. Tanto o Estado primitivo permanece (só que com área e população menores) como o Estado que receberá a parte desmembrada continua a existir (só que com área e população maiores)”. 
2.7. PROCEDIMENTO FORMAL PARA A ALTERAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS (segundo Pedro Lenza):
prévia consulta plebiscitária, organizada pelos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais (Lei 9.709/98, art. 4º), com a convocação do plebiscito formalizado através de decreto legislativo, com a aprovação de um terço, no mínimo, por uma das Casas Legislativas. Segundo Pedro Lenza, “o plebiscito é condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte”;
propositura do projeto de lei complementar (art. 4º. §1º. Da lei n. 9.709/98), “sendo favorável o resultado da consulta prévia ao povo mediante plebiscito, será proposto projeto de lei complementar perante qualquer das Casas do Congresso Nacional;
oitiva das Assembléias estaduais
“[...] à Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no item anterior compete proceder a audiência das respectivas Assembleias Legislativas (art. 4º., § 2º., da Lei n. 9.709/98, regulamentando o art. 48, VI da CF/88). Observe-se que o parecer das Assembleias Legislativas dos Estados não é vinculado, ou seja, mesmo que desfavorável, poderá dar-se continuidade ao processo de formação de novos Estados (ao contrário da consulta plebiscitária, como vimos acima)”.
remessa ao Congresso Nacional para delinear os critérios norteadores através de lei complementar.
“[...] após a manifestação das Assembleias Legislativas, passa-se à fase de aprovação do projeto de lei complementar, proposto no Congresso Nacional, através do quórum de aprovação pela maioria absoluta [...]. Cabe alertar que o Congresso Nacional não está obrigado a aprovar o projeto de lei, nem o Presidente da República está obrigado a sancioná-lo. Ou seja, ambos têm discricionariedade, mesmo diante de manifestação plebiscitária favorável, devendo avaliar a conveniência política para a República Federativa do Brasil”. 
Nos 10 (dez) primeiros anos de criação de novos estados deverão ser observar as regras estabelecidas no art. 235 da CRFB/88
2.8. REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES (CRFB/88, art. 25, § 3º)
Na conceituação Uadi Bulos, 
“Regiões metropolitanas são o conjunto de Municípios limítrofes, reunidos em torno do Município-mãe.
Aglomerações urbanas são áreas urbanas de Municípios limítrofes, destituídos de sede, com elevada densidade demográfica e continuidade urbana.
Microrregiões são o conjunto de Municípios limítrofes que não mantêm qualquer continuidade urbana, embora apresentem problemas comuns’.
2.8.1. Regiões metropolitanas
Segundo Pedro Lenza, 
“No ordenamento jurídico anterior, a competência era da União, destacando-se os seguintes exemplos, recepcionados e que perduram até que lei complementar estadual disponha de modo diverso:
LC n. 14/73: regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza;
LC n. 20/74: região metropolitanado Rio de Janeiro, que veio a ser realizada pela LC estadual n. 87/97”.
2.8.1. Natureza jurídica das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões
Nas palavras de Michel Temer, a região metropolitana “não é dotada de personalidade jurídica. Com este dizer fica afastada a ideia de governo próprio ou, mesmo, de administração própria. Não é pessoa política nem administrativa. Não é centro personalizado. Não é organismo. É órgão”. 
3. DOS MUNICÍPIOS 
3.1. CONCEITO
De acordo com Uadi Bulos, “são unidades geográficas divisórias dos Estados-membros, dotados de personalidade jurídica de Direito Público Interno, possuindo governo próprio, para administrar, descentralizadamente, serviços de interesse local”.
3.2. MUNICÍPIOS: peculiaridade e anomalia no desenho delineado pelo Texto de 1988. 
3.3. AUTONOMIA MUNICIPAL (CRFB/88, arts. 1º, caput; 18, caput; 29; 30 e 34, VII, ”c”).
Auto-organização: art. 29 da CRFB/88;
Autogoverno: art. 29, I a XIV da CRFB/88;
Autoadministração e autolegislação: art. 30 da CRFB/88.
3.4. COMPETÊNCIA MUNICIPAL
3.4.1. Competência não legislativa (administrativa, material, executiva) 
Competência comum (cumulativa ou paralela): art. 23 da CRFB/88;
Competência “privativa” (enumerada): art. 30, III a IX da CRFB/88.
3.4.2. Competências legislativas
Competência expressa: art. 29, caput, art. 182, §1º., da CRFB/88;
Competência indicativa (interesse local): art. 30, I da CRFB/88.
Competência tributária expressa: art. 156, da CRFB/88.
3.5. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL (CRFB/88, art. 29)
Na posição de Uadi Bulos, 
“a lei orgânica é o mais alto diploma normativo do Município. Quando os vereadores a elaboram estão obrigados a respeitar os princípios estabelecidos nas Constituições da República e do respectivo Estado-membro, sob pena de fazer uma lei inconstitucional”.
3.6. COMPETE AOS MUNICÍPIOS (de acordo com Alexandre de Moraes):
a) competência genérica em virtude da predominância do interesse local (CRFB/88, art. 30, I);
b) competência para estabelecimento de um Plano Diretor (CRFB/88, art. 182);
c) hipóteses já descritas, presumindo-se constitucionalmente o interesse local (CRFB/88, arts. 30, III a IX, e 144, §8º);
d) competência suplementar (CRFB, art. 30, II);
e) competência comum (CRFB, art. 23).
3.7. FORMAÇÃO DE MUNICÍPIOS (CF. art. 18, § 4º - redação dada pela EC n. 16/96) POR MARCELO ALEXANDRINO, DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO DE 1988 SÃO:
 “a)aprovação lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios;
b)aprovação de lei ordinária federal prevendo os requisitos genéricos exigíveis e a forma de divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal; 
c) divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal acima mencionada;
d)aprovação de lei ordinária estadual formalizando a criação, a incorporação e a fusão ou o desmembramento do município, ou dos municípios”. 
 
3.8.1. A inexistência da lei complementar federal
Na linha de Marcelo Alexandrino, 
“Alertamos, porém, para o fato de que, não obstante a inexistência da referida lei complementar federal, foram criados, após a introdução dessa exigência pela EC nº 15/1996, mais de cinquenta municípios em nosso País, em situação de flagrante desrespeito ao § 4º. Do art. 18 da Carta Política. Em ações movidas perante o Supremo Tribunal Federal, este se manifestou pela inconstitucionalidade dos procedimentos de criação de tais municípios, e, também, reconheceu a inconstitucionalidade por omissão do Congresso Nacional, configurada pela ausência de elaboração da lei complementar reclamada pela Constituição, fixando um prazo de 18 (dezoito) meses para que esse órgão legislativo suprimisse tal comissão.
Em face desse quadro, o Congresso Nacional promulgou a EC nº 57/2008, que acrescentou o art. 96 ao Ato de Disposições Transitórias, convalidando os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo estado à época de sua criação. Foi essa a forma adotada pelo legislador constituinte derivado para regularizar a situação mais de cinquenta municípios, criados, na época, com desrespeito ao § 4º do art. 18 da Constituição Federal”. 
4. DO DISTRITO FEDERAL 
4.1.CONCEITO 
Na concepção de Uadi Bulos, “é a entidade político-administrativa, dotada de autonomia parcialmente tutelada pela União, integrante da federação brasileira”.
4.4. AUTONOMIA 
4.4.1. AUTONOMIA PARCIALMENTE TUTELADA:
Capacidade de autogoverno (CF, art. 32, § 2º; §3º, art. 16, caput do ADCT).
a) Interferência na capacidade de autogoverno (arts. 21, XIII e XIV; 22, XVII da CRFB/88).
b) Lei n. 10.633/2002 (institui o Fundo Constitucional do Distrito Federal, cuja finalidade é prover as polícias civil e militar, bem como o corpo de bombeiros e assistir financeiramente os serviços públicos de saúde e educação);
c) a EC n. 69/2012: segundo Pedro Lenza,
 “na mesma linha da Reforma do Poder Judiciário (EC n. 45/2004), que assegurava às Defensorias Públicas Estaduais autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária (dentro dos limites constitucionais), com atraso de 8 anos, a EC n. 69/2012 transferiu da União para o DF as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal, determinando a aplicação dos mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem a Defensorias Públicas dos Estados”.
 Reserva de lei federal (CF, art. 32, § 4º, c/c o art. 144, § 6º da CRFB/88);
Capacidade de auto-organização (art. 32, caput da CRFB/88);
Capacidade de auto-administração (art. 25, §1º da CRFB/88).
4.5. COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL (de acordo com Alexandre de Moraes):
a) competência para editar a sua própria Lei Orgânica (art. 32, caput) 
b) competência remanescente dos Estados-membros (art. 25, § 1º)
c) competência delegada pela União (art. 22, parágrafo único);
d) competência concorrente-suplementar dos Estados-membros (art. 24, §§ 2º e 3º);
e) competência enumerada do município (art. 30, I, III a IX);
f) competência suplementar do município (art. 30, II).
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE NATUREZA FEDERATIVA
a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si (art. 19, caput, art. 150, VI, “a”, art. 152).
b) Estabelecimento, subvenção ou embaraço a cultos religiosos (CF, art. 19, I c/c o art. 150, VI, b, e § 4º, preâmbulo da Constituição).
 c) Recusar fé aos documentos públicos (CF. art. 19, II).
 d) Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si (CF, art. 19, III, art. 5º, XLI, art.150, II, art. 150, V).
IDIOMA OFICIAL E SÍMBOLOS NACIONAIS
Segundo Pedro Lenza, 
“O idioma oficial da República Federativa do Brasil é a língua portuguesa. Daí o ensino fundamental regular ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas, contudo, a possibilidade de utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem (art. 13, caput, c/c o art. 210, §2º).
Os símbolos da República Federativa do Brasil são: a bandeira, o hino, as armas e o selo nacional, sendo que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter os seus próprios símbolos (art. 13, §§1º e 2º)”..
7. OS TERRITÓRIOS FEDERAIS (descentralização administrativa-territorial da União)
7.1. NATUREZA AUTÁRQUICA 
De acordo com Pedro Lenza, “o território não é dotado de autonomia política. Trata-se de mera descentralização administrativo-territorial da União, qual seja, uma autarquia que, consoante expressamente previsto no art. 18, §2º, integra a União”.
7.2. COMO SURGIRAM OS TERRITÓRIOS FEDERAIS? 
Segundo Uadi Bulos, o “primeiro Território Federal que tivemos foi oAcre, adquirido nos idos de 1903, por imposição do Tratado de Petrópolis, que outorgou à União o encargo de administrá-lo”.
7.3. EXISTEM TERRITÓRIOS FEDERAIS NO BRASIL?
Os novos Estados de Roraima (art. 14 do ADCT) e Amapá (art. 14 do ADCT).
O Território de Fernando de Noronha – extinto e anexado ao Estado de Pernambuco (art. 15 do ADCT).
7.4. PODEM SER CRIADOS NOVOS TERRITÓRIOS FEDERAIS NO BRASIL? (CF, art. 18, § 2º, c/c o art. 33, caput)
7.4. CARACTERÍSTICAS GERAIS SOBRE OS TERRITÓRIOS FEDERAIS 
7.4.1. Possibilidade de divisão em municípios (CRFB/88, art. 33, § 1º).
7.4.2. Poder Executivo: CRFB/88, art. 84, XIV
7.4.3. Poder Judiciário: CRFB/88, art. 33, § 3º.
7.4.4. Poder Legislativo: CRFB/88, art. 33, 3º.
7.4.5. Funções essenciais à Justiça: CRFB/88, art. 33, § 3º c/c art. 21, XIII.
7.4.6. Controle de contas: CRFB/88, art. 33, § 2º.
7.4.7. Polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros: CRFB/88, art. 21, XIV.
7.4.8. Sistema de ensino: CRFB/88, art. 211, § 1º.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

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