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Níveis de Biossegurança
 
            Os níveis de biossegurança representam as condições nas quais os microorganismos podem ser manuseados com segurança. O diretor do laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança recomendados.
  Nível de Biossegurança 1
            Neste nível as práticas, o equipamento e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, e de professores, de técnicas laboratoriais.
            O nível de biossegurança 1 representa um nível básico de contenção, portanto, não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e a adoção de boas práticas laboratoriais.
Neste tipo de laboratório podem ser manipulados microorganismos da Classe de risco 1, ou seja, organismos que não causem doença ao homem ou animal.
 
-> Classe de Risco 1 - o risco individual e p/ a comunidade é ausente, ou seja, são microorganismos que tem baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Ex.: Bacillus subtilis,Lactobacillus,Micrococos
 
            No nível de biossegurança 1 práticas padrão de biossegurança devem ser adotadas:
–     Reduzir derramamentos e aerossóis
–     Descontaminação diária da superfície de trabalho
–     Descontaminação do lixo
–     Manter programa controle de insetos/roedores
 
Além destas práticas, algumas barreiras secundárias também são necessárias:
•      Laboratório com porta
•      Pias para lavar as mãos
•      Superfícies fáceis de limpar
•      Bancos impermeáveis à água
•      Mobiliário resistente
•      Janelas fechadas e com telas protetoras
•      Construção normal, sem ventilação especial
 
 
Nível de Biossegurança 2
            O nível de biossegurança 2 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 2, ou seja, patógenos que causam doença ao homem ou aos animais, mas que não consistem em sério risco, a quem o manipula em condições de contenção, à comunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente. Neste nível as exposições laboratoriais podem causar infecção, mas a existência de medidas eficazes de tratamento e prevenção limitam o risco, sendo o risco de disseminação bastante limitado.
As práticas, os equipamentos, a planta e a construção das instalações são aplicáveis aos laboratórios clínico ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico e laboratórios escolas. Além da adoção das boas práticas, para a manipulação segura destes patógenos torna-se necessário o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
O Nível de Biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecido.
Os perigos primários em relação aos funcionários que trabalham com esses agentes estão relacionados com acidentes percutâneos, exposições da membrana mucosa ou com a ingestão de materiais infecciosos. Deve-se tomar um extremo cuidado com agulhas contaminadas ou com instrumentos cortantes.
Além das barreiras exigidas para o NB1, neste nível também é necessário adotar:
•      Cabine de segurança instalada
•      Iluminação adequada e lava-olhos disponível
•      Ar do Laboratório não deve circular em outras áreas
•      Acesso restrito durante o trabalho
•      Disponibilidade de autoclave
•      Localização separada de área pública
•      Ventilação bi-direcional
 
 Nível de Biossegurança 3
            O nível de biossegurança 3 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 3, ou seja, patógenos que geralmente causam doenças graves ao homem ou aos animais e podem representar um sério risco a quem o manipula. Também podem representar um risco se disseminado na comunidade, mas usualmente existem medidas de tratamento e de prevenção. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii são exemplos de microorganismos determinados para este nível.
Os riscos primários causados aos trabalhadores que lidam com estes agentes incluem a auto-inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis infecciosos.
No Nível de Biossegurança 3 as barreiras primárias e secundárias são de extrema importância para a proteção dos funcionários, da comunidade e do meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma CSB (Cabine de Segurança Biológica) ou em um outro equipamento de contenção como uma câmara hermética de geração de aerossóis.
Para este nível de contenção são requeridos, além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais:
–     Prédio separado ou em zona isolada
–     Dupla porta de entrada
–     Escoamento do ar interno direcionado
–     Passagem de ar única
–     10 a 12 trocas de ar/ hora
 
 As barreiras secundárias para esse nível incluem:
•       Acesso controlado ao laboratório
•      Proteger equipamentos geradores de aerossol
•      Ante-sala do Laboratório, fechada
•      Paredes, pisos e tetos resistentes à água e ser de fácil descontaminação
•      Todo material de trabalho colocado dentro da capela de segurança
•      Tubos de aspiração a vácuo protegidos com desinfetante líquido ou filtro.
 
 Nível de Biossegurança 4
            O nível de biossegurança 4 aplica-se a laboratórios onde são manipulados microorganismos da classe de risco 4, ou seja, patógenos que representam grande ameaça para o ser humano e para aos animais, representando grande risco a quem o manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Normalmente não existem medidas preventivas e de tratamento para esses agentes.
Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada as gotículas infecciosas e a auto-inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente.
Recomenda-se que os laboratórios de nível de Biossegurança 4, ou de contenção máxima, só funcionem sob o controle direto das autoridades sanitárias, além disso, dada a grande complexidade do trabalho, a equipe do laboratório deverá ter um treinamento específico e completo direcionado para a manipulação de agentes infecciosos extremamente perigosos e deverá ser capaz de entender as funções da contenção primária e secundária, das práticas padrões específicas, do equipamento de contenção e das características do planejamento do laboratório. É necessário a elaboração de um manual de trabalho pormenorizado; este deve ser testado previamente através de exercícios de treinamento. Os trabalhadores devem ser supervisionados por profissionais altamente competentes, treinados e com vasta experiência no manuseio dos agentes manuseados, além dos procedimentos de segurança específicos.
O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação os materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. A descontaminação de todo líquido (até água de banho) e resíduos sólidos eliminados através de produtos químicos ou vapor em temperaturas elevadas também é obrigatória.
A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. Desta formaas principais barreiras secundárias adotadas são:
•      Prédio separado ou em zona isolada
•      Dupla porta de entrada
•      Escoamento interno do ar uni direcional
•      Passagem de ar individual
•      Sistemas aperfeiçoados para suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação
•      Equipamentos geradores de aerossóis fechados hermeticamente
•      Obrigatório utilizar autoclave de dupla porta
•      Ante-Sala de entrada fechada
•      Abertura e fechamento de portas eletronicamente programado
•      Sistema seguro de comunicação do Laboratório
•      Manter ligados a geradores, os equipamentos responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas.
 
O diretor do laboratório é primariamente e especificamente responsável pela operação segura do laboratório. O conhecimento e julgamento dele/dela são críticos para a avaliação dos riscos e para a aplicação adequada destas recomendações. O nível de biossegurança recomendado representa as condições sob as quais o agente pode ser manipulado com segurança. As características especiais dos agentes utilizados, o treinamento e experiência dos empregados e a natureza da função do laboratório poderão posteriormente influenciar o diretor quanto à aplicação destas recomendações.

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