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Resenha Crítica de Caminhando com o homem das cavernas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CURSO DE HISTÓRIA 
PRÉ-HISTÓRIA 
PROFESSORA: ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS 
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMINHANDO COM O HOMEM DAS CAVERNAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2013 
 
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMINHANDO COM O HOMEM DAS CAVERNAS 
 
 
 
 Resenha crítica apresentada como atividade complementar 
 Para a disciplina de Pré-História, pelo Curso de História da 
 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ministrada 
 pela professora doutora Ana Catarina Ramos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2013 
 
CAMINHANDO COM O HOMEM DAS CAVERNAS 
 
O documentário Caminhando com o Homem das Cavernas, foi lançado no ano de 2003 pela 
BBC (Corporação Britânica de Radiodifusão) e é divido em quatro episódios que são: Os 
Primeiros Antepassados; Irmãos de Sangue; Família Selvagem; Os Sobreviventes. Os 
episódios buscam compreender e relatar a história da evolução dos antepassados do homem, 
mostrando toda a relação deles com o ambiente, retratando suas dificuldades para evitar a 
extinção, e comparando características que poderiam ter sido herdadas pelo Homo sapiens, e 
essas comparações são feitas através de situações que seriam consideradas “cotidianas” há 
três milhões de anos, em relação à temporalidade que é usada, o tempo vai entre três milhões 
de anos atrás a trinta mil anos atrás. 
Para entender o que somos hoje, temos que começar a ligar os pontos do estudo das gerações 
dos nossos antepassados, pois nesses estudos está a chave para desvendar o passado, e 
consequentemente usar esse conhecimento para entender a nossa realidade, a chave para esse 
entendimento está no fosseis, os fosseis nos guiam a uma viagem ao longo do tempo, são os 
fragmentos que contam como foi a vida e como foi a morte de nossos antepassados, podemos 
citar fatos isolados para exemplificar a semelhança de vida dos nossos antepassados com a 
nossa realidade atual, como a habilidade que possuía o Homo neanderthalensis de sobreviver 
nas expensas florestas da Ásia, como a formação das primeiras famílias na África e no uso das 
ferramentas para facilitar a vida e trazer um melhoramento nas ações cotidianas. 
Há três milhões de anos podemos verificar no mundo uma espécie chamada de 
Australopithecus afarensis, eles são eretos, bípedes (isso os diferencia completamente dos 
macacos), segundo estudos eles poderiam chegar aos cinquenta anos idade, como nós, 
precisavam de uma grande quantidade de água para a sobrevivência, e tal importância 
também se dava pela presença de um líder que controlava as ações do bando. 
O andar bípede e ereto facilitou a procriação, facilitou a visão, mas, também facilitou a sua 
visão para os predadores, o que seria um grande risco, apesar do Australopithecus afarensis 
não ter nenhuma superioridade óbvia em relação às outras espécies viventes na terra nessa 
época, o andar bípede com uma junção correta de localização e alimentação, se tornaria muito 
mais viável a poupança de energia, e mesmo com a pouca poupança de energia que esse andar 
provocaria, seria uma grande diferença em relação às outras espécies, pois essa energia 
poupada poderia se resultar em mais um descendente da espécie, o que facilitaria na luta 
contra a extinção. 
 Em um ponto mais cotidiano dessa espécie, podemos citar que havia diversos bandos de 
Australopithecus afarensis, e que existiam diversas brigas entre eles para tanto delimitar 
fronteiras, quanto para a conquista das fêmeas. Apesar da dita simplicidade do 
Australopithecus afarensis ele foi uma espécie que deu uma importante base evolutiva, 
podemos dizer que foi um macaco com potencial, em crescimento, foi um ponto vital da 
evolução. 
 
Há oito milhões de anos habitavam a terra os antepassados do Australopithecus afarensis, eles 
se locomoviam usando os pés e as mãos, pois somente assim conseguiriam se deslocar em 
florestas tão densas que cobriam grande parte da África, com uma grande mudança climática 
que ocorre nesse tempo, às espécies que andavam em quatro patas se adapta para andar em 
duas patas, essa mudança climática trouxe um crescimento da crosta terrestre, as montanhas 
ganharam incríveis tamanhos, e com toda essa mudança chegam as grandes tempestades 
(monções), e resulta na chegada de correntes secas de ar na África, como consequência dessas 
correntes as florestas recuam na África, a grande diversidade da paisagem é acentuada, e 
todos esses fatores desembocaram na obrigação de nossos antepassados passarem mais tempo 
no chão, isso causou o bipedalismo, e foi nesse ponto que surgiu o Australopithecus afarensis. 
Há dois milhões de anos, na África Oriental outras espécies entram em cena no cenário da 
terra, como o grande Deinotherium, o Paranthropus boisei que é uma espécie extremamente 
adaptada e lembra muito o gorila atual, no caso do Paranthropus boisei o macho dominante 
era a base do grupo, pois era maior e mais forte, e tinha a capacidade de manter o grupo unido 
em todas as situações, apenas ele acasalava com todas as fêmeas, a adaptação dessa espécie se 
deu também na capacidade de comer os alimentos, pois possuíam forte mandíbula que 
propiciaram uma grande quantidade de alimento disponível, e os fizeram bem sucedidos nesse 
ponto. 
Nesse mesmo tempo estão habitando a África, outras duas espécies, o Homo habilis e o Homo 
rudolfensis, com outra mudança climática que acaba por envolver diversas secas, somem as 
grandes áreas cobertas por florestas tropicais e matagais que habitavam na África oriental, 
delineando uma nova paisagem constituída de árvores dispersas que trouxeram um novo tipo 
de vegetação com as ervas, que acabou por se constituir em uma nova ferramenta de 
sobrevivência para as espécies. 
O Homo habilis passou por inúmeras dificuldades, pois não tinha adaptações especiais como 
as dos boisei, e essas adaptações são necessárias à sobrevivência no ambiente, e isso o Homo 
habilis fez bem, eles tentaram praticamente tudo para sobreviver, a refeição poderia estar em 
qualquer lugar, tentava se digerir tudo o que sua mandíbula poderia propiciar, e foram muito 
agraciados pela sua incansável curiosidade em relação ao meio que os cercava, essa 
curiosidade resultou no encontro de novas fontes alternativas de alimento. O Homo habilis e o 
Homo rudolfensis são muito semelhantes, e por diversas vezes brigaram pelo alimento que era 
escasso na época, ambos com suas diversas tribos que dividiam o território na África Oriental. 
Há um milhão e meio de anos na África do Sul, surge o Homo ergaster, que podia percorrer 
grandes distâncias a uma boa velocidade, mesmo em condições extrema, pois, possuíam 
características no corpo que garantiam o controle da temperatura corporal, e estudos já 
mostram o grande tamanho do cérebro dessa espécie. 
Do Homo ergaster surgem diversas características que seriam passadas para as futuras 
gerações, eles possuíam a capacidade de identificar certas coisas que os rodeavam, e isso 
significava um grande avanço no campo evolutivo, também começaram o uso das pedras 
como ferramentas e armas de caça, foram os primeiros a ter o que seria posteriormente 
conhecido como voz humana, e a usam para a comunicação entre si no bando,também 
possuíram um globo ocular muito semelhante ao do Homo sapiens, o maior problema que 
acabou por resultar em sua extinção foi a falta do desenvolvimento de suas armas e costumes, 
essa falta de desenvolvimento perdurou por cerca de um milhão de anos. 
Na mesma época foi registrada a chegada à Ásia de outra espécie, o Homo erectus, a principal 
matéria-prima de suas ferramentas foi o bambu, e foi uma grande vantagem, pois as 
ferramentas cresciam nas árvores, então, era incrível o nível de sua abundância, sem contar 
que esse tipo de material é muito útil. O Homo erectus era muito forte e tinha um grande 
poder de adaptação, paralela a essa época é citada um dos maiores acontecimentos da pré-
história, o controle do homem sobre o fogo, que o ajudou diretamente na sobrevivência, pode-
se dizer que o fogo mudou completamente o jeito de pensar e agir de nossos antepassados. 
Meio milhão de anos atrás, no sul da Inglaterra, poderia muito bem se verificar o 
desenvolvimento das ferramentas de caça, e o constante uso das ervas para o controle e 
tratamento das feridas, poderia se ressaltar também algum dos costumes que se diferenciam e 
muito de nossa atualidade, como a ausência dos ritos funerários, pois, não se imaginava um 
mundo depois do que eles viviam tudo acabava na morte, era o que eles precisavam manter 
sua vida e apenas ter uma imaginação que se preocupasse somente com ela. 
Há quinhentos mil anos, houve outra drástica mudança climática e pode-se dizer que a terra se 
dividiu em duas regiões extremamente opostas, a parte norte do globo se encontrava em uma 
grande era glacial, a parte sul se encontrava coberta por fortes e incessantes secas, e esse 
extremo oposto causou uma grande diferença entre a vida na Europa e na África. E assim 
começa uma nova luta pela sobrevivência ao redor do globo, e duas espécies distintas 
entrariam para fugir da provável extinção. 
Há cento e quarenta mil anos, surge na Europa a evolução dos Heidelbergensis, o Homo 
Neanderthalensis, ele possuía um grande poder de sobrevivência, eram mais baixos que o 
Homo sapiens, e desenvolveram características que ajudavam a manter a temperatura 
corporal, o que foi essencial para a vivência na era glacial, para eles ainda faltava a 
imaginação acerca de coisas que fugiam de seu cotidiano e do seu mundo atual, que se 
restringia a caça, coleta e reprodução como meio de sobrevivência. 
Na mesma época no sul, os desertos apareceram na África e lá surgiu o Homo sapiens, com a 
intensa seleção natural causada pela falta de recursos essenciais como a água, apenas os que 
mais usavam a imaginação e a sua força adaptativa conseguiram sobreviver ao local inóspito, 
e nesse ponto que surge a imaginação, a imaginação que ia além do mundo ao qual eles se 
prendiam, era um pensamento que previa os acontecimentos futuros em locais aos quais eles 
nem sequer conheciam, era um pensamento do além do agora. Há cento e dez mil anos a água 
retorna a África, graças ao intenso degelo que ocorrerá na terra. 
Há trinta mil anos, com um cenário marcado pelas características como a evolução da 
imaginação, a criação de uma nova linguagem que era mais sofisticada, o uso das pinturas que 
um dia iriam se chamar rupestres para marcar acontecimentos, e assim, todo esse cenário 
natural, e essa evolução intelectual e adaptativa mostra o contexto que se aproxima de nossa 
realidade atual, é o triunfo da espécie sapiens. 
O filme contextualiza e demonstra de forma muito agradável e simples acontecimentos de 
extrema importância que vieram a definir uma identidade evolutiva do homem, mostram a 
importância dos hábitos de nossos antepassados e das heranças de costumes que foram 
passadas até a nossa geração, é um filme indispensável a todos, sejam membros da 
comunidade acadêmica, ou interessados em outros diversos conteúdos. 
 
 
 
 
Graduando do curso de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 1º Período.

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