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Nanomateriais Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia-ICET Professora: Jakelyne Viana Coelho Teófilo Otoni Nanomateriais Materiais à base de Carbono O nanômetro é a milionésima parte do milímetro e o estudo do comportamento da natureza nessa escala, tem trazido vários avanços em diferentes áreas da ciência. O carbono apresenta-se como elemento promissor para a nanotecnologia uma vez que é bastante versátil, possuindo a capacidade de formar diferentes estruturas, principalmente na escala nanométrica. fulerenos – moléculas de carbono com sessenta átomos, nanotubos de carbono, nanofitas de carbono , grafenos. O grafeno é uma única camada de átomos de carbono arranjados em uma rede hexagonal que foi descoberta em 2004. Essa descoberta foi realizada pelos professores Andre Geim e Konstantin Novoselov da Universidade de Manchester, os quais ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2010. Nanomateriais -Vários tipos -Alta razão comprimento/diâmetro (100-1000000) -alta área específica (1500 m2/g) -Alta resistência mecânica (100 x aço) -Módulo elástico – (1-2 Tpa) 7 x aço -Condutividade Térmica (6000 W / mK) 2 x diamante -Condutividade Elétrica (maior que fio de cobre) Nanomateriais Grafeno: uma folha de átomos de carbono na hibridização sp2, e o nanotubo de carbono é um grafeno enrolado em forma de cilindro. • Estes nanomateriais estão tendo um papel chave no desenvolvimento da nanociência, devido a três aspectos principais: (1) Suas ligações químicas são mais fortes que na configuração sp3, fazendo estes materiais mais resistentes a tensão que o diamante; (2) Seus elétrons pz são deslocalizados e possuem propriedades anômalas, sendo responsáveis por propriedades ópticas e de transporte inovadoras. (3) Sua relativa simplicidade, formado apenas por um tipo de átomo em uma estrutura hexagonal periódica, permitindo o acesso acurado de suas propriedades, tanto experimental quanto teoricamente. Nanomateriais Fibras de carbono (indústria automobilística) Fulerenos (carreadores de drogas) Nanotubos (quiralidade- Aplicações ambientais) Nanomateriais Isolante – é um condutor de eletricidade muito pobre; Metal – é um excelente condutor de eletricidade; Semicondutor – possui condutividade entre os dois extremos acima. Isolantes, Semicondutores e Metais Nanomateriais Semicondutores: Silício, Germânio (Grupo IV da Tabela Periódica) GaAs, GaN, InP, InSb, etc. (Grupo III-V da Tabela Periódica) PbS, CdTe, galena, (Grupo II-VI da Tabela Periódica) 95% dos dispositivos eletrônicos são fabricados com Silício 65% dos dispositivos de semicondutores do grupo III-V são para uso militar. Nanomateriais Semicondutores: SÃO USADOS PARA A FABRICAÇÃO DOS SEGUINTES DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS E OPTOELETRÔNICOS Transistor (amplificadores e interruptores) Diodos (Junção do Tipo P-N) Circuito integrado LEDS (Diodo emissor de Luz- diodo emissor de luz, (Light Emitting Diode) Detetores de infravermelho Células solares, etc. Nanomateriais Semicondutores: Campos de aplicação Indústria de computadores (memórias, microprocessadores, etc.) Indústria aeroespacial Telecomunicações Equipamentos de áudio e vídeo Relógios Na robótica Sistemas industriais de medidas e controles Sistemas de segurança Automóveis Equipamentos médicos Nanomateriais Semicondutores: A- METAIS • Os elétrons de valência não estão ligados a nenhum átomo específico (estão livres). Há atração entre os elétrons livres (de valência) e os íons positivos (núcleo mais elétrons de valência). • Os metais têm elevada condutividade elétrica devido os elétrons estarem livres para moverem-se (alta mobilidade). • Nanomateriais B- SEMICONDUTORES Todos os semicondutores têm ligação covalente, com 4 elétrons de valência. Os semicondutores compostos (grupos III-V e II-VI) têm 4 elétrons de valência em média. RESISTIVIDADE VERSUS TEMPERATURA PARA UM SEMICONDUTOR O aumento da temperatura fornece energia que liberta transportadores de cargas adicionais. Nanomateriais É o espaço entre as bandas de energia • É o que distingue um semicondutor de um condutor ou isolante. GAP DE ENERGIA (BANDA PROIBIDA) • Num semicondutor, os elétrons podem ser excitados para a banda de condução por energia elétrica, térmica ou óptica (fotocondução) • Quando um elétron é excitado para a banda de condução deixa um buraco ou uma vacância na banda de valência que contribui também para a corrente. Nanomateriais Estrutura de bandas de energia isolante semicondutor condutor Banda proibida Banda de Valência Elétrons livres Lacunas Banda de condução Banda de Valência Nanomateriais Semicondutor intrínseco Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À temperatura de zero graus absolutos (-273ºC) comporta-se como um isolante, mas à temperatura ambiente (20ºC) já se torna um condutor porque o calor fornece a energia térmica necessária para que alguns dos eletrons de valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna) passando a existir alguns eletrons livres no semicondutor. Nanomateriais Semicondutor extrínseco Há diversas formas de se provocar o aparecimento de pares elétron-buraco livres no interior de um cristal semicondutor. Um deles é através da energia térmica (ou calor). Outra maneira, consiste em fazer com que um feixe de luz incida sobre o material semicondutor. Na prática, contudo, necessitamos de um cristal semicondutor em que o número de eletrons livres seja bem superior ao número de lacunas, ou de um cristal onde o número de lacunas seja bem superior ao número de eletrons livres. Dopagem, por meio de técnicas especiais, uma determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas. Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco. Nanomateriais Semicondutor extrínseco Dopagem - A adição de certos átomos estranhos aos átomos de silício ou germânio, chamados de átomos de impurezas, pode alterar a estrutura de camadas (bandas) de energia de forma suficiente mudar as propriedades elétricas dos materiais intrínsecos. Material extrínseco - Um material semicondutor que tenha sido submetido a um processo de dopagem por impurezas e chamado de material extrínseco. Esses materiais são chamados de: tipo N e tipo P. Nanomateriais Semicondutor extrínseco Um método de dopagem consiste na utilização de elementos contendo 5 elétrons na camada de valência (penta-valente), como o antimônio, arsênio e fósforo. O quinto elétron, porém, fica desassociado de qualquer ligação. Esse elétron pode tornar-se livre mais facilmente que qualquer outro, podendo nessas condições vagar pelo cristal. O material tipo N resultante, e eletricamente neutro. MATERIAL DOPADO -TIPO N Electrão livre do Arsénio Nanomateriais Semicondutor extrínseco MATERIAL DOPADO -TIPO P O material tipo P é formado pela dopagem do semicondutor intrínseco por átomos trivalentes como o boro, gálio e índio. Há agora um número insuficiente de elétrons para completar as ligações covalentes. A falta dessa ligação é chamada de lacuna ou (buraco). Como uma lacuna pode ser preenchida por um elétron, as impurezas trivalentes acrescentadas ao silício ou germânio intrínseco, são chamados de átomos aceitadores ou receptores. O material tipo P resultante é eletricamente neutro.Nanomateriais • Impurezas pentavalentes: antimônio, arsênico, fósforo à produzem semicondutores do tipo-n, por contribuirem com elétrons extras (impurezas doadoras). • Impurezas trivalentes: bóro, alumínio, gálio à produzem semicondutores do tipo-p, por produzirem lacunas ou deficiência de elétrons (impurezas aceitadoras). • N P
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