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BREVES INDICAÇÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DE PLANO DE TRABALHO ESCRITO E/OU EXPOSIÇÃO ORAL -Sobre a Introdução : -delimitar , antes de mais nada , o assunto a ser tratado , pois é preciso que o leitor/ouvinte seja apresentado ao tema . Ao fazê-lo , deve-se explicar as razões de abordar um ou mais assuntos que lhe são pertinentes , e deixar outros de lado . Se há texto legislativo que interessa ao desenvolvimento do tema é preciso citá-lo imediatamente. - A seguir, mostrar o interesse que desperta o tema , seu aspecto prático , ou seu ineditismo , a polêmica existente sobre o assunto...enfim , destacar aquilo que pode ser o elemento mais atraente para o leitor/ouvinte do trabalho . - Ainda em se tratando de tema de conteúdo prático, jamais esquecer de abordar o aspecto teórico da questão . - Se houver um aspecto histórico relacionado ao tema ( quase sempre há ) deve ser abordado na introdução , salvo se a História integra o corpo do trabalho , o que determinará seja escrita na sua 1a. ou 2a. parte . - É na introdução que são dadas as informações sobre o Direito Comparado . De acordo com certos autores, dependendo do gosto e do tipo de trabalho , elas poderão fazer parte da conclusão . -O essencial na introdução é anunciar as idéias diretrizes do tema a ser escrito/exposto . Os juristas alemães falam numa rote Linie ( linha vermelha), os franceses num fil conducteur ( fio condutor ) . Daí a necessidade de anunciar as partes ( as sub-partes , não ) em que se dividirá o estudo . AS DIVISÕES EM PARTES - Quando se trate de trabalho de extensão mais ou menos breve, duas partes bastam . Cada uma delas poderá ter sub-partes . Ao iniciar a 1a. e a 2a. partes , é preciso inserir o que denomina um chapeau , ou seja uma espécie de introdução ao tema a ser estudado naquela parte . As sub-partes não comportam um chapeau . - O quê escrever nas sub-partes ? Examine as questões que pretende tratar , reservando a mais interessante para a 1a. parte do trabalho ; na hipótese de existirem três questões a serem examinadas , coloque duas delas na primeira parte . O plano deve ser regido por uma idéia geral que domina o tema . São os ramos dessa idéia geral que devem fornecer a trama ... Tudo será perfeito se os dois ramos se opõem , por exemplo , os direitos decorrentes do pátrio poder e os deveres decorrentes do pátrio poder . A grande qualidade de um plano é expor idéias claras . - A transição : entre a 1a. e a 2a. parte é obrigatória uma transição, para que não haja uma ruptura brusca entre uma e outra parte . Assim, no final da 1a. parte , já se anuncia o novo aspecto a ser apresentado , como se o final da 1a. parte desembocasse no tema a ser enfrentado na 2a. . - A questão do equilíbrio entre as duas partes : de modo geral , destinam-se 2/10 do conjunto à Introdução , 4/10 à primeira parte , 3/10 à segunda e 1/10 à conclusão . Assim , se tomarmos como exemplo um texto de 5 páginas , teremos a seguinte distribuição : uma página para a introdução, duas para a primeira parte , uma página e meia para a segunda e meia página para a conclusão . -A Conclusão : deve conter o resultado do trabalho , ser um resumo do que de essencial se obteve do estudo /exposição . Mesmo tendo anunciado o assunto na introdução, assinalando as idéias gerais , deve salientar-se que elas foram justificadas . É na conclusão que se demonstra a exatidão das idéias anunciadas , e onde se comprova que ela decorre do seu (delas, idéias ) desenvolvimento , efetuado durante o trabalho/exposição . A conclusão deve ser breve. É neste momento que podem ser feitas ponderações sobre o futuro , modificações de textos legais, novos textos, mudanças jurisprudenciais ... - A Bibliografia : -Citar bem : autor, nome da obra , editora , ano , página ( quando for o caso ) . - As notas de rodapé : - são necessárias para expor uma idéia pertinente , mas que não cabe no corpo do texto principal ; servem também para citar um autor no original , traduzir um termo , indicar o autor de determinada idéia . Constituem o instrumento adequado para identificar-se o que é de autoria do articulista/expositor , e o que foi escrito ou dito por outra pessoa ( o tema merecerá atenção especial durante o curso de Mestrado , pois existe uma filosofia da nota de rodapé bem como uma ciência da nota de rodapé) . Fonte : adaptação resumida da obra de Mazeaud et Mazeaud , Méthodes de travail , DEUG DROIT , Montchrestien , Paris, 1993 . Tradução e adaptação de Véra Jacob de Fradera �PAGE � �PAGE �1�
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