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Universidade doUniversidade doUniversidade doUniversidade do Vale Vale Vale Vale do Paraíbado Paraíbado Paraíbado Paraíba FCSACFCSACFCSACFCSAC Fundamentos de Fundamentos de Fundamentos de Fundamentos de micro e micro e micro e micro e macroeconomiamacroeconomiamacroeconomiamacroeconomia Prof. Dr. Valdevino KromProf. Dr. Valdevino KromProf. Dr. Valdevino KromProf. Dr. Valdevino Krom 1 ÍNDICE NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA 1 - Definições de Economia .......................................................................................................05 2 - Importância da Economia .....................................................................................................05 3 - Por que estudar economia ....................................................................................................05 4 - Necessidades humanas .......................................................................................................05 A economia e a necessidade de Escolha 1 – Escassez ..............................................................................................................................06 2 - Fatores de Produção .............................................................................................................06 3 - Remuneração de recursos ....................................................................................................07 4 - Sistema Econômico ...............................................................................................................07 Organização econômica 1 - Agentes Econômicos ...........................................................................................................08 2 - Visão básica do Sistema Econômico ....................................................................................08 Possibilidades de Produção 1 - Curva de Possibilidade de Produção CPP ............................................................................09 2 - Eficiência Produtiva ...............................................................................................................09 3 - Custo de oportunidade ..........................................................................................................10 4 - Mudanças na curva de Possibilidade de Produção ..............................................................11 DEMANDA 1- Introdução ............................................................................................................................12 2 – Demanda .............................................................................................................................12 3 – A curva da Demanda ...........................................................................................................13 4 - Lei da demanda ....................................................................................................................14 5 - Escala de Demanda Individual ............................................................................................14 6 - Demanda de Mercado ..........................................................................................................15 OFERTA 1 - Determinantes da Oferta .....................................................................................................16 2 - Escala de Oferta Individual ...................................................................................................17 3 - Oferta de Mercado ................................................................................................................17 2 EQUILÍBRIO EM UM MERCADO COMPETITIVO E ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 1 – Conceito ...............................................................................................................................19 2 - O excesso de demanda .......................................................................................................19 3 - Excesso de Oferta ................................................................................................................20 4 - Utilização do equilíbrio de mercado na política econômica .................................................20 5 - Alterações no equilíbrio ........................................................................................................21 6 - Variações na demanda .........................................................................................................21 7 - Variações na Oferta. .............................................................................................................22 ELASTICIDADE 1 – Conceito ...............................................................................................................................24 2 - O significado de Elasticidade ...............................................................................................24 3 - A elasticidade preço da demanda..........................................................................................25 4 - Fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda ..................................................25 5 - Elasticidade ao longo de uma curva da demanda.................................................................26 6 - Aspectos Matemáticos da Elasticidade-preço da demanda .................................................28 7 - Elasticidade e dispêndio ......................................................................................................29 PRODUÇÃO 1. Conceitos .............................................................................................................................30 2. Métodos de produção ..........................................................................................................30 3. Períodos de tempo relevantes no processo de produção ....................................................32 4 - Processos de produção a curto prazo: conceitos ..............................................................32 5 - Formulário: ............................................................................................................................33 6 - Lei dos rendimentos decrescentes ou Lei das proporções variáveis....................................33 7- Processo de produção a longo prazo: conceitos ...................................................................34 TEORIA DOS CUSTOS 1 – Conceito ...............................................................................................................................37 2 – Custo no Tempo ..................................................................................................................37 3 – Custos no curto Prazo .........................................................................................................37 4 – Analiticamente a dualidade das funções Produção e Custo ..............................................40 5 – Formulário ...........................................................................................................................40 6 – Exemplo numérico ...............................................................................................................41 7 – Os Custos no Longo Prazo ..................................................................................................41 8 - Fatores que explicam as economias e deseconomias de escala ........................................42 3 MOEDA E SISTEMA FINANCEIRO 1 – Conceito ...............................................................................................................................44 2 – Origem e evolução da moeda ..............................................................................................443 – Funções da moeda ..............................................................................................................45 4 – As características da moeda ..............................................................................................46 5 – Formas de Moeda ...............................................................................................................46 6 – Quase Moedas ...................................................................................................................46 7 – Demanda de moeda ...........................................................................................................47 8 - Histórico das Moedas no Brasil ...........................................................................................47 9 - O Sistema Financeiro Nacional ..........................................................................................47 10 - Autoridades de apoio ..........................................................................................................48 11 - Instituições financeiras. ......................................................................................................48 INFLAÇÃO 1 – Conceito ..............................................................................................................................51 2 - Tipos de Inflação ..................................................................................................................51 3 - Efeitos da Inflação ...............................................................................................................52 4 - O Imposto Inflacionário .........................................................................................................53 5 - Índices ..................................................................................................................................53 6 - Deflação ...............................................................................................................................56 7 - Combate à inflação ...............................................................................................................57 POLÍTICA FISCAL 1- Conceitos de Política Fiscal ..................................................................................................59 2- Opções de Política Fiscal ......................................................................................................60 3- Atuação do Governo X Nível de Atividade .............................................................................61 4- Financiamento. .......................................................................................................................61 5- Tributação ..............................................................................................................................62 6- Qualidade de Vida X Distribuição de Renda. .........................................................................62 POLÍTICA MONETÁRIA 1 – Introdução ............................................................................................................................64 2 - O Papel do Banco Central ...................................................................................................64 3 - Instrumentos de Controle da Liquidez ..................................................................................65 4 - Mecanismos de controle de liquidez. ....................................................................................66 5 - Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic .............................................................67 6 - A Política Monetária ..............................................................................................................68 7 - O Spread Bancário ................................................................................................................68 4 SETOR EXTERNO 1 - A importância do setor externo ..........................................................................................69 2 - Balanço de Pagamentos ...................................................................................................69 3 - Taxas de Câmbio ..............................................................................................................71 4 - Coordenação de Políticas Externas: Formas de Ajuste do Balanço de Pagamentos ........72 5 - Políticas Externas. ..............................................................................................................73 TRABALHO E NÍVEL DE ATIVIDADE 1 – Teorias da determinação do salário ....................................................................................74 2 - PIB e Emprego ....................................................................................................................77 3 - Desemprego. ........................................................................................................................79 4 - Taxa de desemprego. ...........................................................................................................79 5 - Tipos de desemprego ...........................................................................................................79 6 - As causas do desemprego. ..................................................................................................80 7 - Os efeitos econômicos do desemprego. ..............................................................................80 8 - Índices de desemprego .......................................................................................................81 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 1 – Crescimento e desenvolvimento econômico .......................................................................82 2 – Condicionantes do crescimento econômico ........................................................................82 3 – Fatores de crescimento .......................................................................................................83 4 – Razões para alcançar o crescimento econômico. ...............................................................84 5 - Desenvolvimento Econômico .............................................................................................84 6 - Desenvolvimento sustentável e o meio ambiente ...............................................................85 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................87 5 Noções gerais de economia 1 - Definições de Economia; Economia é uma ciência social que estuda a produção, circulação e consumo de bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. Economia é o estudo de como indivíduos e sociedade alocam seus recursos limitados para tentar satisfazer suas necessidade ilimitadas. Economia pode ser definida como a ciência social que estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir diferentes bens e serviços e atender às necessidades de consumo. Economia é o estudo da escassez e da escolha. 2 - Importância da Economia Como a Economia é uma ciência que estuda a escassez e é uma ciência social, cabe no conteúdo teórico fornecer algumas informações, como, quando, para quem produzir, como se determinam os preços, o que gera o desemprego as suas conseqüências, qual o papel do governo, relações internacionais, inflação, crescimento e desenvolvimento regional, nacional entre outros. A economia não é só relevante para a política e negócios, mas, a economia se concentra em todas as escolhas que as pessoas fazem, assim como nas conseqüências pessoaise sociais dessa escolha 3 - Por que estudar economia Porque as condições econômicas afetam toda a nossa vida, mesmo antes de nascermos e até depois que morremos, afetam a nossa maneira de viver, aquilo que gostamos, aquilo que comemos, a escola que freqüentamos, a profissão que exercemos, o quanto ganhamos. As condições econômicas afetam a estabilidade, a distribuição de renda, as relações econômica nacional e internacional etc. 4 - Necessidades humanas Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la. O homem encontra prazer na ação ou experiência nova, e não na rotina, a aquisição de um novo bem, pode produzir também essa sensação, o problema está que essa sensação desaparece com o uso rotineiro do bem adquirido, a satisfação não depende somente do nível de renda, mas do seu crescimento. 6 A economia e a necessidade de Escolha 1 - Escassez Stonier & Hangue, relatam se não houvesse escassez nem necessidades de repartir os bens entre os homens, não haveria necessidade de termos sistemas econômicos, pois na Economia o fundamental é o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes. A escassez está presente em toda a atividade humana, pois o desejo das pessoas são ilimitados e os recursos são limitadas quer sejam materiais ou imateriais. As necessidades humana são ilimitadas como: alimentação, conforto, medicamentos, transporte, emprego, educação, jóias, prazer, vida social e etc. Para o empresário os recursos limitados como tempo, renda, tecnologia, trabalho, capital, capacidade empresarial e etc.. A escassez é o problema fundamental de cada sociedade. Já que os recursos são escassos, as quantidades de bens e serviços que podem ser produzidas também são escassas, Sem a escassez não haveria necessidade de estudar economia. Uma vez que os recursos econômicos, bens e serviços são escassos, eles não são livres e necessitam do preço para regular o seu consumo na sociedade. 2 - Fatores de Produção São fatores utilizados nos processos de produção, gerando diversos bens e serviços, os quais servem para satisfazer as necessidades. Podem ser classificados em: a) Capital Para alguns o conceito de capital está relacionado ao próprio fluxo de remuneração e pagamentos, ou seja compreende toda a renda que é empregada para gerar lucro. Para outros, o capital é um conjunto de recursos de natureza econômica, distintos e passíveis de reprodução, que possibilita a obtenção de um rendimento em períodos determinados, podendo ser desmembrados em capital técnico( bens materiais utilizados no processo de produção), capital jurídico ( capital privado e público), capital contábil (capital de giro, empréstimos de terceiro, capital de participação acionária) etc. b) Terra - Recursos naturais Compreendem a base de um sistema sobre o qual se assentará o capital técnico, são os recursos naturais (o fator terra), tanto os renováveis como os não renováveis. c) Trabalho O sistema econômico depende fundamentalmente da força de trabalho humano, o trabalho pode ser visto como a única fonte do progresso humano ou ainda o seu valor advém da colaboração entre o capital. Pode ser definido como o esforço humano (físico ou mental) usado para produzir bens e serviços. 7 d) Tecnologia Pode ser definida como o conhecimento humano aplicado à produção, significa a maneira de executar uma tarefa, definindo normas, procedimentos, equipamentos, métodos, materiais e outros insumos afim de obter um bem econômico. e) Capacidade empresarial Pode ser considerado um fator econômico pois consiste num esforço usado para coordenar a produção e a venda de bens e serviços. A capacidade empresarial pode ser definida como a reunião de aptidões que induzem à descoberta de oportunidades de investimento, ao financiamento de operações, à obtenção adequada de fatores de produção e à organização e coordenação das operações de forma eficiente. Assim, um empreendedor assume riscos, se compromete sem garantias de lucro na expectativa de sucesso. 3 - Remuneração de recursos Os proprietários dos fatores esperam a remuneração paga pela utilização dos bens e serviços. Recurvos Remuneração Capital ................................................ juros Recursos naturais .............................. Alugueis Trabalho ............................................. salários Capacidade empresarial ................... lucro 4 - Sistema Econômico É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividade econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. Organização econômica Toda a sociedade, não importando sua organização política, tem de responder a três questões econômicas fundamentais: O que produzir?, como produzir?, e para quem produzir? O que produzir refere-se a espécie e quantidades dos bens e serviços a serem produzidos. Como produzir refere-se à combinação de vários recursos e as técnicas que devem ser usadas na produção. Para quem produzir refere-se a como dividi o que foi produzido entre os consumidores na economia. Nota: estas questões surgem unicamente porque os recursos são escassos. 8 1 - Agentes Econômicos Refere-se as pessoas de natureza física ou jurídica que através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. São eles: a) As famílias ( unidades familiares) Incluírem todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços objetivando o atendimento de suas necessidades de consumo. As famílias podem ser proprietárias dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diversos fatores de produção: trabalho, terra, capital e capacidade empresarial. Como pagamento recebem salários, juros e lucros e é com essa renda que compram os bens e serviços oferecidos pelas empresas. O consumidor é racional e suas decisões têm como propósito a maximização da satisfação das necessidades. b) As empresas ( unidades produtivas) São unidades encarregada de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A produção é realizada através da combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos, quanto na produção e venda de seus produtos às empresas buscam conseguir auferir o máximo lucro. c) O governo Representa todas as organizações que, direta ou indiretamente estão sob o controle do Estado, nas esferas municipais, estaduais e federais. 2 - Visão básica do Sistema Econômico 9 Possibilidades de Produção Uma escala de possibilidade de produção mostra as diferentes combinações de duas mercadorias que a sociedade pode produzir com o pleno emprego de todos os seus fatores e com a melhor tecnologia disponível. Ela também indica o quanto se deve desistir de uma mercadoria a fim de liberar recursos suficientes para produzir mais de uma Segunda mercadoria. Podemos transformar a escala de produção em um gráfico e assim obtemos a curva de possibilidade de produção. 1 - Curva de Possibilidade de Produção CPP A Curva de possibilidades de Produção representa a fronteira que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados, demostra também as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Ilustra o problema da escassez e da escolha, ela nos mostra todas as combinações possíveis de produção entre duas ou mais alternativas Trata-se de um conceito teórico, cujo principal objetivo é ilustrar a questão da escassez de recursos eas opções ou escolhas que as sociedades devem fazer. Suponhamos que a economia produza apenas dois bens “A’ e “B” , nos quais são empregados todos os recursos produtivos (mão-de-obra, capital, terra, mateira prima, recursos naturais). As alternativas de produção estão representada na tab. Abaixo 10 Possibilidade de Produção Alternativas Prod. "A" Prod. "B" Unid. Unid. A 0 10 B 7 9 C 9 8 D 12 6 E 14 3 F 15 0 A curva de Possibilidades de Produção indica o limite máximo de produção, com os recursos de que a sociedade dispõe, num dado período de tempo. Dada a escassez de recursos, a sociedade pode decidir produzir em qualquer ponto da curva, no ponto A, a decisão é produzir 10 unidades do produto “B” e nenhuma de “A”, no ponto E, a produção é de 3 unidades do produto “B” e 14 unidades do produto “A”. A linha resultante da união dos pontos A até F denomina-se Curva de possibilidades de produção, ou fronteira de possibilidades de produção e nos mostra todas as combinações possíveis entre os produtos “A” e “B” que podem ser estabelecidas, quando todos os recursos disponíveis estão sendo utilizados, significando haver pleno emprego de recursos. 2 - Eficiência Produtiva Podemos dizer que a economia está operando com eficiência produtiva, sempre que tivermos que aumentar a produção de um bem, reduzimos a produção de outro bem. 3 - Custo de oportunidade Representa o grau de sacrifício que se faz ao optar pelo aumento da produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada de outro bem. Exemplo: o custo de oportunidade de aumentarmos a produção do Produto “A” de CD ( 9 para 12 = 3 unidades) é a redução do produto “B” de 8 para 6 unidades, portanto duas unidades. O custo de oportunidade também é chamado de custo alternativo ou ainda custo implícito, pois não implica em dispêndio monetário. Este conceito é válido em cima da curva de possibilidade de produção, em pleno emprego. Para pontos internos à curva de possibilidade de produção o custo de oportunidade é zero, ou seja não é necessário o sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um 11 bem, ou mesmo dos dois bens, no gráfico abaixo , a sociedade pode aumentar a passar do ponto X para o ponto Y, aumentando a produção de ambos, já que havia recursos ociosos. 4 - Mudanças na curva de Possibilidade de Produção A curva de Possibilidade de Produção refere-se a um determinado período de tempo, se houver um aumento na disponibilidade de recursos produtivos, ou desenvolvimento tecnológico, a curva se desloca para a direita, conforme a fig. abaixo. Se por exemplo: Se ocorre melhoria tecnológica apenas na produção do bem “B”, teremos: 12 DEMANDA 2- Introdução A teoria Microeconômica ou Teoria dos preços preocupa-se em estudar o comportamento econômico das unidades econômicas individuais, tais como os consumidores, empresários e proprietários de recursos. Estas atividades se manifestam no mercado, que podemos definir como o local ou contexto em que se encontram os compradores e vendedores de bens, serviços ou recursos, que estabelecem contato e realizam transações. 2 - DEMANDA - Conceito A demanda ( ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam estão dispostos e capacitados a comprar, por unidade de tempo. Assim a demanda é um desejo, um plano. Representa o máximo que o consumidor possa aspirar, dada a sua renda e os preços no mercado. A quantidade que um consumidor irá adquirir de um determinado bem depende de vários fatores,: que podemos chamar de determinantes da demanda, entre os quais os mais significativos são: - O Preço do bem. - A renda do consumidor. - O preço de outros bens. - O hábito e gostos dos consumidores. a) Preço do Bem. A quantidade demandada de um bem está relacionada com o seu preço, portanto espera-se que o consumidor decida o quanto vai comprar do bem com relação ao preço, provavelmente ele adquirirá maiores quantidade se o preço for considerado “barato” e menos quantidade se for considerado “caro”. b) A renda do consumidor. Embora o consumidor considere atrativo o preço do bem, ele não tem condições monetária para adquiri-lo, espera-se que uma elevação na renda do consumidor provoque uma elevação nas quantidades compradas destes bens. Com relação a faixa de renda, podemos classificar os bens de: 13 b.1 – Bens Normais São bens que aumentam de quantidade consumida em função do aumento da renda ou vice- versa, podemos citar como exemplo as roupas, eletrodomésticos, etc.. b.2. Bens Inferiores São aquele bens cujo consumo varia inversamente a variação da renda, ou seja o consumo do bem aumenta quando a renda diminui e vice-versa. Como exemplo podemos citar a carne de Segunda, o ovo frito nas refeições, etc. b.3. Bens de consumo saciado São aqueles bens que não se altera a quantidade consumida em função da renda, ou seja o consumidor está saciado com a quantidade adquirida, como exemplos podemos citar o sal, a insulina para diabéticos, etc. c) Preço de outros bens A demanda de um produto pode ser afetada pela variação no preço de outros bens, como os bens complementares e os bens substitutos. c.1. Bens Complementares São aqueles utilizados em conjunto com outros bens, como exemplo podemos citar o automóvel e o combustível, o pão e a margarina, etc. Uma redução no preço do bem “A”, aumenta a quantidade consumida no bem “B” ou vice-versa. c.2. Bens substitutos São aquele bens inter-relacionado, que a redução no preço do bem “A” provoca um aumento da quantidade consumida do bem “A” e consequentemente uma redução na quantidade consumida do bem “B”, como exemplo, podemos citar a Toddy e Nescau, a manteiga e a margarina. d) O hábito e gostos dos consumidores. Esta é uma das variáveis das mais importantes, porque o consumidor pode não levar em consideração o preço dos bens relacionados, por não estar habituado ao seu consumo, pela própria característica de status que o bem proporciona. O hábito e a preferência do consumidor depende de uma série de circunstância, como idades, sexo, cultura, religião e etc. Essa variáveis são determinantes da demanda, sua atuação conjunta define quanto de um bem específico um consumidor está disposto em adquirir, para traçar-mos a curva da demanda devemos considerar somente uma variável em relação a quantidade consumida deste bem e as demais manter constante. Utilizamos o termo “Coeteris Paribus”, que é uma expressão latina que significa “ tudo o mais permanece constante” 3 – A curva da Demanda O consumidor que está disposto em adquirir um bem, ele aceita em contrapartida sacrificar uma soma de dinheiro suficiente para comprá-lo em um determinado período de tempo. 14 A escala de demanda de um indivíduo mostra as quantidade de uma mercadoria que ele está disposto e pode comprar em um dado período de tempo, a vários preços alternativos. A representação gráfica da escala de demanda do indivíduo é a sua curva de demanda. A curva se enclina para baixo da esquerda para a direita (possui inclinação negativa) porque o consumidor comprará mais de uma mercadoria quando seu preço for menor e comprará menos quando seu preço for maior. A curva da demanda possui inclinação negativa, refletindo a Lei da demanda. 4 - Lei da demanda “Quanto maior o preço de um bem, menor a quantidade demandada deste, ceteris paribus, de maneira semelhante, quanto menor o preço de um bem, maior a quantidade demandada”. Segundo essa lei, toda vez que o preço diminui a quantidade demandada aumenta e toda vez em que o preço aumenta a quantidade demandada diminui. Esta relação inversa entre o preço e a quantidadedeve-se basicamente a dois fatores, efeito substituição e efeito renda. a) O Efeito Substituição – se o preço de um bem aumentar, enquanto os preços dos outros bens permanecem os mesmos, o consumidor procurará substituir o consumo desse bem, passando , então a consumir um bem similar. b) Efeito renda – se a renda do consumidor em termos nominais permanece constante e o preço de um bem diminui, a renda do consumidor em termos reais aumenta (ele poderá adquirir um maior quantidade do bem com a mesma renda), então o consumidor poderá aumentar o consumo do bem em questão. 5 - Escala de Demanda Individual Escala de demanda individual de um consumidor mostra a quantidade de um bem ou serviço que esse consumidor está disposto a consumir e em condições monetárias, a diferentes preços possíveis, coeteris paribus. O quadro abaixo, demonstra a escala da demanda individual de um indivíduo por carne. Escala da demanda Preço Quantidade Ponto R$ por quilo quilos por mês 5 2 A 4 4 B 3 6 C 2 8 D 1 10 E Nota – marcando cada par de valores preço-quantidade como um ponto sobre o gráfico e juntando os pontos, obtemos a curva de demanda do indivíduo. 15 6 - Demanda de Mercado O quadro abaixo demonstra a curva de demanda de mercado, supondo que existam somente dois consumidores, cuja somatória horizontais de todas as demandas individuais a cada nível de preço, corresponde a demanda de mercado. Preço Quant. "A" Quant "B" Quant. Mer. Pontos 1 10 15 25 A 2 8 12 20 B 3 6 9 15 C 4 4 6 10 D 5 2 3 5 E Devemos observar que a demanda de mercado depende do total dos indíviduos que fazem parte da procura deste determinado bem ou serviço. Graficamente podemos representar a Demanda de mercado como: 16 OFERTA Entende-se por oferta de um determinado bem a quantidade desse bem que o produtor esteja disposto a vender com relação ao preço que este bem possa auferir, em um determinado período de tempo, Coeteris paribus. 1 - Determinantes da Oferta A quantidade de um determinado bem que o produtor irá ofertar no mercado depende de vários fatores, similarmente à demanda, a oferta também é influenciada por diversas variáveis, entre elas as mais significativos são: - O preço do bem - O preço dos fatores de produção - A tecnologia - O preços dos bens relacionados - Impostos e subsídios do governo - Expectativas do produtor sobre preço futuros. - a) O preço do bem No curto prazo é de se esperar de que quanto mais elevado for o preço de um bem, o produtor sentirá estimulado a produzir mais, em conseqüência uma maior quantidade será ofertada no mercado, o contrário é verdadeiro, quanto menor for o preço de um bem, o produtor sentirá desistimulado a colocar o produto no mercado. b) O preço dos fatores de produção A alteração nos níveis de preço das materias-primas, dos combustíveis, da energia, da mão- de-obra, despesas de capital e de outros insumos, refletem nas alterações da quantidade ofertada. Elevações nos preços dos fatores de produção acarretam elevação de custos e consequentemente diminuições na quantidade oferecida ao mercado e uma redução nos preços dos fatores, acarretam um aumento de lucratividade e uma maior oferta do produto no mercado. c) A tecnologia Inovações tecnológicas que reduzam os custos de produção ou que permitam aumentar a produção sem incorrer em custos extras, contribuem para o aumento da quantidade ofertada. d) O preços dos bens relacionados A oferta de um produto poderá ser afetada pela variação nos preços de produtos que sejam substitutos ou complementares na produção. No caso de bens substitutos na produção podemos considerar aqueles bens que poderiam ser produzidos com aproximadamente com os mesmos recursos. 17 Os bens complementares na produção, são bens que apresentam alterações na produção em função de variações no preço de outro bem. e) Impostos e subsídios do governo Os impostos agem reduzindo a margem de contribuição do produtos, consequentemente reduz o lucro dos produtores, ao contrário os subsídios estimula os produtores através de maiores taxas de retorno e estimulando a produção. f) Expectativas do produtor sobre preço futuros. A expectativa de maior preço no futuro faz com que o empresário sinta estimulado a aumentar sua produção. 2 - Escala de Oferta Individual Semelhante a da demanda, esta enclina-se para cima, da esquerda para a direita ( possui inclinação positiva) porque há necessidade de pagar preços mais altos a fim de induzir o produtor a ofertar mais mercadoria. Isto ocorre porque habitualmente o produtor enfreta custos crescente de produção. No quadro abaixo temos a escala de oferta de um produto hipotético Preço Quantidade Ponto R$ por unidade unidades por mês 5 10 A 4 8 B 3 6 C 2 4 D 1 2 E O gráfico abaixo representa a curva de oferta para um determinado produtor, cuja escala da oferta está representada acima. 18 3 - Oferta de Mercado A soma das curvas de oferta de todos os produtores individuais e uma mercadoria dá a sua curva de oferta do mercado. Abaixo temos a oferta de mercado de duas empresas hipotéticas “A” e “B” que fabricam um determinado produto. Preço/mês (R$) Empresa"A" Quant. Prod. Empresa "B" Quant. Prod. Quant. Prod. Mercado Pontos 1,00 2 3 5 A 2,00 4 6 10 B 3,00 6 9 15 C 4,00 8 12 20 D 5,00 10 15 25 E Devemos observar que a Oferta de mercado depende do total de empresas que fazem parte deste mercado. Graficamente podemos representar a escala de oferta hipotética de duas empresas. 19 EQUILÍBRIO EM UM MERCADO COMPETITIVO E ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 1 - Conceito Tanto a escala da demanda como a da oferta não há necessidade de serem lineares, geralmente trabalhamos com a linearidade por representar a aplicabilidade no curto prazo. Na união das curvas da demanda com a curva da oferta temos o equilíbrio de mercado, ou seja quando a quantidade demandada de um determinado bem é igual a quantidade ofertada deste bem. Graficamente podemos representar: Quando o mercado atinge o equilíbrio, não existe pressão para mudança de preço, pois representa as quantidades que os compradores/vendedores estão dispostos a consumir/produzir com os mesmos níveis de preço. 2 - O excesso de demanda O excesso de demanda faz o preço subir, isto ocorre se o preço estiver abaixo do preço de equilíbrio, ou seja quando os consumidores estão dispostos a comprar mais do que os produtores estão dispostos a vender a um determinado preço.A este nível de preço os 20 consumidores estão dispostos a consumir uma maior quantidade de bens ou serviços do que os produtores estão dispostos a produzir e colocar no mercado. Quando ocorre um excesso de demanda os preços são forçados para cima, movendo através da curva da oferta aumentando a quantidade ofertada até chegar novamente ao ponto de equilíbrio ou o preço move-se para cima ao longo da curva da demanda, diminuindo a quantidade demandada 3 - Excesso de Oferta O excesso de oferta faz o preço cair, isto ocorre quando os produtores estão dispostos a vender mais do que os consumidores estão dispostos a comprar um determinado preço. A este nível de preço os consumidores estão dispostos a consumir uma menor quantidade de bens ou serviços do que os produtores estão dispostos a produzir e colocar no mercado. Graficamente podemos representar: O mercado move-se para baixo ao longo da curva de demanda, aumentando a quantidade demandada,ou o mercado move-se para baixo ao longo da curva da oferta, diminuindo a quantidade ofertada. 4 - Utilização do equilíbrio de mercado na política econômica O governo balisa o mercado de alguns produtos agrícolas, definindo um preço mínimo para o agricultor antes da plantação, como resposta os agricultores produzirão mais, se o preço pré- definido estiver acima do preço de equilíbrio de mercado resultando um excesso de oferta. Por outro lado se o preço pré-estabelercido pelo governo estiver abaixo do ponto de equilíbrio de mercado haverá uma redução da área plantada e consequentemente um redução da oferta o que implicará um excesso de demanda. O governo pode utilizar o controle dos mecanismos de preços para conter a alta inflacionária, geralmente os planos ecônomicos que utilizam estas medidas de fixação de preços, levam em considderação o ponto de equilíbrio de mercado, pois se os preços forem fixados abaixo de ponto de equilíbrio de mercado irá ocorre uma falta do produto provocada por um excesso de demanda, como exemplo podemos citar o caso da carne bovina no plano cruzado. 21 5 - Alterações no equilíbrio Vimos que o equilíbrio em um mercado concorrencial ocorre quando a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, ponto de equilíbrio localizado entre a intersecção da curva da oferta com o curva da demanda, que uma vez atingido tende a persistir se os determinantes da demanda e oferta não sofrerem alterações. As alterações dos determinantes provocam alterações no ponto de equilíbrio e consequentemente nos preços, os quais chamamos de variações na demanda ou na oferta. 6 - Variações na demanda a) Um aumento da demanda desloca a curva da demanda para a direita, de modo que, a cada preço a quantidade demandada correspondente aumenta. Graficamente temos: Um aumento na demanda ocorre quando: - O bem é normal e a renda aumenta - O bem é inferior e a renda diminui - O preço de um bem susbstituto aumenta - O preço de um bem complementar diminui - A população aumenta. - As preferências do consumidor mudam em favor do produto - A propaganda é favorável - Os consumidores esperam um preço mais alto no futuro. b) A diminuição na demanda desloca a curva de demanda para a esquerda: a cada preço a quantidade demandada diminui. Graficamente temos: 22 Diminuição na demanda que desloca a curva de demanda para a esquerda ocorre quando: - O bem é normal e a renda diminui - O bem é inferior e a renda aumenta. - O preço de um bem substituto diminui. - O preço de um bem complementar aumenta. - A população diminui - As preferências do consumidor alteram contra o produto. - Os consumidores esperam que o preço irá reduzir. Nota: Alterações no preço do bem complementar Quando dois bens são complementas, implica que eles são consumidos em conjunto, portanto a elevação no preço do bem “A” implica a redução da quantidade consumida no bem “B”. 7 - Variações na Oferta. O mesmo raciocínio desenvolvido para a demanda pode ser utilizado na oferta. a) Aumento da oferta O aumento na oferta desloca a curva de oferta para a direita podendo ocorrer por diversos fatores, os principais são: - Redução no custo dos insumos (fatores de produção) - Avanço tecnológico. - O aumento no números de produtores - Expectativas de preços futuros mais baixos - Subsídio ao produtor. 23 b) Diminuição da Oferta b) A diminuição na oferta desloca a curva da oferta para a esquerda: a cada preço, a quantidade ofertada diminui, podendo ocorrer por diversos fatores, os principais são: - Aumento no custo dos insumos (fatores de produção) - Redução no números de produtores. - Expectativas de preços futuros mais altos. - Elevação da carga tributária. 24 ELASTICIDADE 1 – Conceito Sabemos que quando o preço de um bem aumenta a quantidade demandada desse bem deve reduzir, coeteris paribus. Ou seja conhecemos apenas a direção, o sentido, mas não o quanto. O conceito de elasticidade fornece a resposta numérica, por exemplo se o preço cair em 10% provavelmente a quantidade aumentará 30 %. Podemos conceituar elasticidade como a alteração percentual em uma variável, dada um variação percentual em outra, coeteris paribus. 2 - O significado de Elasticidade A elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis, ou seja: É a relação da variação relativa em uma variável dependente com a variação relativa em uma variável independente. Tomamos com exemplo a elasticidade-preço da demanda, a variável dependente é quantidade e a Variável independente é o preço. Tomamos como exemplo o coeficiente de elasticidade-preço da demanda 2, indica se uma elevação no preço em 2%, reduz a quantidade consumida em 1%, temos: Ed = 2 Como o coeficiente de elasticidade é um número puro ele possibilita a comparação com diferentes mercadorias. A economia utiliza muito o conceito de elasticidade, pois sempre que ocorrer uma relação de causa e efeito pode se calcular a elasticidade. Citamos alguns exemplos: a) elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus; b) elasticidade-renda da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus; c) elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus; d) elasticidade-preço da oferta: é a variação percentual na quantidade ofertada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus; e) elasticidade das exportações em relação à taxa de câmbio: é a variação percentual nas exportações, dada a variação percentual da taxa de câmbio, coeteris paribus; 25 f) elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros: é a variação percentual da procura de moeda, dada a variação percentual da taxa de juros, coeteris paribus; 3 - A elasticidade preço da demanda Quando os preços de um bem diminui os consumidores compram uma maior quantidade dele, mas exatamente quanto a mais é comprado? Esta questão pode ser respondida com a elasticidade-preço da demanda, que mede a reação dos consumidores diante das mudanças no preço do bem. O calculo da elasticidade preço da demanda é calculado dividindo a variação percentual na quantidade demandada do bem pela variação percentual no preço desse bem. O sinal negativo da elasticidade do preço da demanda é desprezado porque indica que o preço e a quantidade caminham em sentido opostos, por isso que é expresso em módulo. Se a Ep = 1,5, indica que se uma dada variação percentual, por exemplo for de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível a variação de seu preço. Se a Ep = 0,5, indica que se uma dada variação percentual, por exemplo for de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 5%, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é pouco sensível a variação de seu preço. Se a Ep = 1,0, indica que se uma dada variação percentual, por exemplo for de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 10%, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade altera na mesma proporção do que a alteração no preço. 4 - Fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda a) Quanto maior o grau de utilidade do produto para o consumidor, menos elástica será sua demanda. Se o produto for essencial para o consumidor, aumentosem seu preço reduzirão muito pouco a sua quantidade adquirida e o contrário, diminuições no seu preço aumentarão muito pouco seu consumo. Podemos citar como exemplo os alimentos, vestuários. – dizemos que a demanda é inelástica. b) Quanto mais substitutos tiver o bem, mais elástica será sua demanda. Se o preço do bem aumentar e tiver vários substitutos para o seu consumo, o consumidor poderá reagir ao aumento do preço, adquirindo uma maior quantidade do bem substituto. Exemplo eletrodoméstico da marca “A”. – dizemos que a demanda é elástica c) Tempo. Uma vez que o consumidor leva tempo para alterar seu hábito de consumo e encontrar outros substitutos, quanto mais tempo damos ao consumidor para responderem a uma mudança de preço, maior será a sua resposta. Exemplo: o aumento do gasolina, leva um determinado tempo para o consumidor adquirir um carro flex, ou comprar um automóvel mais econômico. d) Importância no orçamento. Se um bem representa uma parte quase insignificante do orçamento do consumidor, se o bem aumentar de preço, provavelmente haverá uma redução relativamente pequena na quantidade demandada. Exemplo: a caixa de palitos de fósforo. 26 e) Necessidades versus supérfluos. Os bens de primeira necessidade possuem demandas relativamente inelástica, ou seja, a quantidade consumida não é muito afetada pelo aumento relativo no preço. Exemplo: arroz, feijão, pão, carne e outros. Os bens supérfluos como carro de luxo, viagens aéreas, possuem demandas mais elásticas, pois as quantidade são afetadas diretamente pelo aumento dos preços. 5 - Elasticidade ao longo de uma curva da demanda. a) Curva de demanda Elástica. Se a demanda do bem “X” é elástica implica que uma redução no preço do bem, a quantidade consumida aumenta mais que proporcionalmente. Graficamente podemos averiguar a variação no preço e na quantidade. b) Curva de demanda Ineslástica Se a demanda do bem “X” é inelástica implica que uma redução no preço do bem, a quantidade consumida aumenta menos que proporcionalmente. 27 d) Curva de demanda unitária. Se a demanda do bem “X” é unitária implica que uma redução no preço do bem, a quantidade consumida aumenta na mesma proporção. e) curva de demanda perfeitamente inelástica. Se a demanda do bem “X” é perfeitamente inelástica implica que uma redução no preço do bem a quantidade consumida não sofre alterações. 28 6 - Aspectos Matemáticos da Elasticidade-preço da demanda A formula abaixo é utilizada para o cálculo da Elasticidade-preço da demanda no ponto, ela é válida apenas para pequenos movimentos. Exemplo: Dada a escala de demanda de mercado de um bem hipotético a Ed está representada abaixo: Percebemos que a Receita total (p.q) é máxima quando o coeficiente de elasticidade preço- demanda é 1. E que a curva de demanda possui vários graus de sensibilidade. 29 7 - Elasticidade e dispêndio O quadro abaixo procura demonstrar como o consumidor gasta a sua renda em um determinado bem com relação a sua elasticidade. 30 PRODUÇÃO 4. Conceitos Produção: A função de produção de uma empresa mostra a quantidade máxima de produto que se pode obter com uma quantidade dada de fatores produtivos. Existe eplo menos uma função produção para cada empresa ou produto, por exemplo, os recursos produtivos utilizados na preparação e venda de cachorro quente (produto) por um vendedor de rua são os pães, as salsichas, o fogão, o carrinho e os serviços de vendedor. Função de produção: é a relação que indica a quantidade física obtida do produto, a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção, num determinado período de tempo. Por exemplo: q = f( M, K ,T) onde : q = é a quantidade total produzida (ou produto ), por unidade de tempo; M = é a quantidade de trabalhadores por unidade de tempo; K = é a quantidade física de capital por unidade de tempo; T = é a quantidade de terra ( há) por unidade de tempo. Exemplo: A função de produção de uma fábrica de sapatos, em um turno de oito horas, consiste no numero máximo de sapatos que poderão ser produzidos a partir de determinadas quantidades de couro, pregos, cola, energia elétrica, trabalhadores, máquinas e equipamentos e a área utilizada. 5. Métodos de produção No processo de produção, diferentes fatores de produção são combinados, de forma a produzir o bem ou serviço final. As formas como esses fatores ou insumos são combinados constituem os métodos de produção, (tecnologia) que podem ser intensivos em mão-de-obra (utilizam mais mão de obra em relação a outros recursos produtivos ou insumos) ou intensivo em capital, ou intensivos em terra., etc. Exemplo: um agricultor que produza milho poderá obter uma mesma quantidade de produto através de um processo de produção que utilize uma maior quantidade de trabalhadores e uma menor quantidade de máquinas e equipamentos, tais como colhedeiras, tratores, ou alternativamente, poderá utilizar-se de um processo de produção que utilize uma menor quantidade de trabalhadores e uma maior quantidade de tratores e colhedeiras. A escolha do método de produção depende de sua eficiência. O conceito de eficiência pode ser focado sob o ponto de vista: 31 a) técnico ou tecnológico; Um processo é tecnicamente eficiente (eficiência técnica ou tecnológica) quando comparado com outros processos, utiliza menor quantidade de todos os recursos produtivos para produzir uma quantidade equivalente de produto, ou menor quantidade de pelo menos um fator de produção, com a quantidade dos demais fatores de produção permanecendo alterado. Exemplo: Considere que uma empresa possa produzir toneladas de milho por mês mediante três métodos de produção, conforme abaixo: A cada método corresponde uma determinada combinação de recursos produtivos ou fatores de produção. O método de produção C é o menos ineficiente tecnologicamente, uma vez que utilizase de uma maior quantidade de fatores de produção para obter o mesmo volume de produto alcançado através dos métodos A e B. De acordo com o exemplo acima o mais eficiente tecnologicamente é o método A . b) econômico. Um processo é economicamente eficiente, quando comparado com outros processos, permite a obtenção da mesma quantidade de produto, ao menor custo possível. Para saber qual método custará menos, é necessário conhecer o preço dos recursos produtivos. Suponhamos , que o aluguel da terra seja de R$ 4.000/hectare/mês; o aluguel do trator R$ 700,00 e o salário do trabalhador R$ 380,00. O resultados pode ser apresentado na tabela abaixo : 53.200,00 / 50 ton. = 1.064,00 a ton. 32 53.840,00 / 50 ton. = 1.076,8 a ton. Aos preços dados, pode-se verificar que, o método economicamente mais eficiente é o método A, uma vez que apresenta menor custo unitário por ton. 6. Períodos de tempo relevantes no processo de produção Os períodos de tempo relevantes no processo de produção são: a) curto prazo; O curto prazo diz respeito ao período de tem em que pelo menos um dos fatores de produção empregados é fixo. Assim, se o empresário desejar aumentar o volume fisico da produção, a curto prazo, só. poderá fazê-lo mediante a utilização mais intensa dos fatores de produção variáveis. Exemplo: ele poderá usar mais horas de trabalho com o mesmo conjunto de máquinas e equipamento existentes. Por outro lado ele pode, desejar, a curto prazo, reduzir seu volume de produção. Nesse caso ele tem possibilidade dedesempregar mão-de-obra. Entretanto ele não tem condições de desfazer rapidamente, de um prédio, de uma grande máquina, que são considerados fatores de produção fixos. b) longo prazo. O Longo Prazo é definido como sendo o período de tempo em que todos os fatores de produção são variáveis. No longo prazo o tamanho da empresa pode mudar. Assim, ela pode aumentar sua capacidade instalada através da aquisição de novas instalações e equipamentos. Da mesma forma, no longo prazo a empresa pode se retrair, vendendo seus equipamentos e instalações. As definições de curto e longo prazo apresentadas são gerais, variando entretanto conforme o tipo de empresa. Exemplo: o curto prazo para uma empresa de fabricação de sapatos será menor que o curto prazo para produtora de energia elétrica, já que deverá ser construída a hidroelétrica, que leva muito tempo para serem concretizada. 5 - Processos de produção a curto prazo: conceitos a) Produto Total (Pt) : é a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores; b) Produtividade Média (PMe) do fator: é o resultado da divisão da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator. Por exemplo : 33 - produtividade média da mão-de-obra é a quantidade do produto divido pelo numero de trabalhadores. - produtividade média do capital é igual a quantidade produto dividido pelo número de máquinas. - produtividade média da terra é a quantidade do produto dividida pela área cultivada. c) Produtividade Marginal ( PMg) do fator: é relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator de produção. - produtividade marginal da mão de obra é igual a variação do produto dividido pelo acréscimo de 1 unidade de mão de obra; - produtividade marginal do capital é a variação do produto dividido pelo acréscimo de 1 unidade do fator capital; - produtividade marginal da terra é igual a variação do produto dividido pelo acréscimo de 1 unidade de área cultivada. 5 - Formulário: Pt = Pme x Qfv. Pme = Pt / Qfv. PMg = ∆Pt / ∆Qfv. Qfv. Significa a quantidade dos fatores variáveis. 6 - Lei dos rendimentos decrescentes ou Lei das proporções variáveis Pode ser conceituado da seguinte forma: elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes; a seguir a taxa decrescente (ou seja os acréscimos cada vez menores); continuando o aumento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer. A medida que o produto total cresce tanto a produtividade média e a marginal crescem para em seguida decrescer. Os conceitos acima definidos podem ilustrados na seguinte tabela : Terra Mão-de-obra Pt Pme PMg Fator Fixo Fator Variável Pt / Qfv (MO) ∆Pt / ∆Qfv 10 0 - - - 10 1 6 6,0 6,0 10 2 14 7,0 8,0 10 3 24 8,0 10,0 10 4 32 8,0 8,0 10 5 38 7,6 6,0 10 6 42 7,0 4,0 10 7 44 6,2 2,0 10 8 44 5,4 0,0 10 9 42 4,6 -2,0 De acordo com os numeros acima a produção máxima 44 (toneladas ) é alcançada, com 10 hectares de terra, 8 trabalhadores. A produtividade marginal dessa oitava unidade é nula. 34 Daí por diante, cada unidade do fator variável mão-de-obra, associada às 10 unidades do fator fixo terra, passará a ser ineficiente, ou seja sua produtividade marginal torna-se negativa. O empresário racional antes de chegar ao ponto em que a produtividade do trabalhador seja zero, já investe em novas instalações, ou compra mais terra ou máquinas. Isto é passa para um novo tempo do processo de produção. Esse conceito pode ser também observado através da figura abaixo : A curva de produto total inicialmente cresce a uma taxa crescente, depois a taxa decrescente, até atingir o seu máximo; em seguida decresce. As curvas de produtividade média e marginal são construídas a partir da curva do produto total. A produtividade marginal da mão de obra é zero quando o produto total atinge o máximo (44 toneladas produzidas). 7- Processo de produção a longo prazo: conceitos a) Economias de escala ou rendimentos de escala. O conceito está ligado ao tamanho da empresa pode ser definido como o resultado na quantidade produzida dada uma variação da quantidade de todos os fatores de produção. Esse 35 conceito está ligado ao processo de produção a longo prazo, quando todos os fatores de produção podem ser alterados. - Os rendimentos de escala podem ser . a) rendimentos crescentes de escala ou economia de escala: Quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional a variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Por exemplo aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 30%. Significa que a produtividade dos fatores aumentou. Significa também que o custo médio (unitário) de longo prazo diminuem a medida que o tamanho da empresa aumenta. - As causas geradoras dos rendimentos crescente de escala podem ser atribuídas a: a) Divisão e especialização do trabalho. Exemplo: aumentando a destreza de cada trabalhador, permitindo a redução do tempo necessário à execução de cada atividade e eliminação da perda de tempo decorrente da mudança de uma atividade para outra; b) Existência de indivisibilidade entre os recursos produtivos. Exemplo: certos tipos de equipamento só são economicamente viáveis após determinado tamanho mínimo. Numa siderúgica quando se adquire um novo forno, deve ocorrer um grande aumento na produção, pois não existe meio forno; as empresas maiores tem mais facilidade na obtenção de empréstimos junto às instituições bancárias, relativamente às empresas pequenas. c) Lote de compra. preços dos insumos: é possível obter economias através de compras em grande quantidades de matéria prima e outros insumos, uma vez que encomendas maiores propiciam a obtenção de descontos elevados. - Rendimento constante de escala. Ocorre quando a variação do produto total é proporcionalmente igual a variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Aumentando-se a utilização dos fatores em 10 %, o produto também aumenta em 10%. - Rendimentos decrescentes de escala ou deseconomia de escala. Ocorrem quando a vaiação do produto é menor do que proporcional à variação na utilização dos fatores. Exemplo: aumentando-se a utilização dos fatores em 20% e o produto cresce apenas 15%. As causas geradoras dos rendimentos decrescentes de escala podem ser atribuídas a: a) limitação da eficiência administrativa. Os problemas de administração e supervisão se torna progressivamente mais difícies de solucionar à medida que o tamanho da empresa aumenta. Exemplo: Pode ocorrer uma 36 descentralização nas decisões que faça com que o aumento de produção obtido não compense o investimento feito na ampliação da empresa; b) preço crescentes dos recursos produtivos. A produção crescente de uma empresa acaba por elevar a procura por fatores de produção, tais como terra, mão de obra etc. Poderá chegar um momento em que os preços nos mercados de fatores de produção começarão a se elevar, acarretando um aumento dos custos unitários de produção. Os conceitos acima podem ser ilustrado mediante a tabela abaixo: Na condição inicial as quantidades empregadas de capital são 2 unidades e trabalho 16 trabalhadores cuja produção é 1.000. No caso dos redimentos constantes, duplicamos os fatores de produção e tambem a produção duplicada. No caso dos redimentos de escala decrescentes, duplicamos os fatores de produção, porem o produto cresceu a uma taxa menor do que os fatores de produção. No caso de economias de escalacrescentes os fatores de produção foram duplicados, porem o produto cresceu proporcionalmente mais do que os fatores. 37 TEORIA DOS CUSTOS 1 – Conceito O conceito de custos para a contabilidade difere do conceito de custos para o economista, a contabilidade leva em consideração somente os custos explícitos, aqueles que realmente constituem despesas explicita pela firma ao contratar ou adquirir recursos. A economia considera o custo econômico, que é constituído não apenas dos custos explícitos, mas também dos custos implícitos, que correspondem aos valores dos recursos que por pertencerem à empresa são normalmente desprezados no calculo do custo da firma. Tais custos são estimados a partir do que poderia ser ganho por esses recursos no seu melhor emprego alternativo. Por exemplo o quanto que o empresário ganharia se estivesse empregado em outra empresa, o valor que renderia se a empresa estivesse alugada ou ainda o quanto renderia de juros se o montante de valores fosse empregado no mercado financeiro, etc. O custos econômicos são maiores do que os custos contábeis. Podemos dizer que: Dos fatores empregados surgem os custos de produção - Todos os fatores empregados na produção têm custo. Produção = f (fatores fixos ; fatores variáveis) Os fatores fixos geram os custos fixos. Os fatores variáveis geram os custos variáveis. A somatória dos custos fixos mais os custos variáveis geram os custos totais. a) Custo Fixo: (CF) São os custos oriundos dos fatores fixos, cuja quantidade empregada numa faixa de produção não se altera em decorrência da quantidade produzida. Os custos fixos apresentam um valor constante, apesar de alterações na quantidade produzida do bem. Por exemplo: aluguel, depreciação b) Custos variáveis: (CV) São custos que dependem diretamente da quantidade produzida, dizem respeito ao pagamento dos fatores variáveis que a firma terá que arcar pela utilização desses fatores. Os custos variáveis variam de acordo com o volume de produção, ou seja se não houver produção o custo variável é zero, podemos citar como exemplo a matéria-prima, a energia elétrica, a mão-de-obra direta entre outros. 38 c) Custo total: (CT) Representa o custo de produção total associado a cada nível de produção. 2 – Custo no Tempo a) No curtíssimo prazo. Considera-se o curtíssimo prazo o período de tempo em que todos os custos são fixos, portanto não é possível alterar qualquer fator empregado na produção, este período de tempo não é relevante para tomadas de decisões. b) No curto Prazo: Representa o período de tempo em que pelo menos um dos fatores empregados pela empresa é fixo, este período é o mais relevante para empresa, pois nele se concentra as tomadas de decisão. c) No longo Prazo. É o período de tempo em que todos os fatores de produção empregados pela empresa são variáveis. Neste período que a empresa efetua o seu planejamento estratégico. 3 – Custos no curto Prazo Tradicionalmente as teoria econômica apresenta os seguintes gráficos: a) Custos totais 39 O gráfico acima é composto pelo custo fixo que se mantêm inalterado em uma faixa de produção a um determinado nível tecnológico e um determinado período de tempo. O custo variável que depende diretamente da quantidade produzida, apresentando está forma devido a dualidade da função produção (inverso da função produção ou seja um aumento no Pme implica na redução do Cvme) que está relacionada à lei dos rendimentos decrescentes, e o custo total representa a somatória do custo fixo mais o custo variável. As curvas de custo total (CT) e de custo variável (CV) possuem a mesma inclinação, qualquer que seja o nível de produção considerado. b) Custos Unitários O custo marginal (Cmg), pode ser definido como o custo de uma unidade adicional ocasionado por uma unidade adicional no produto. Com o aumento de produção o custo marginal (Cmg) inicialmente declina, atinge um mínimo e depois se eleva; a prosseguir um aumento de produção, ele cortará as curvas de custo variável médio (Cvme) e de custo médio (Cme) em seus respectivos pontos de mínimo. Essas interseções ocorrem nos pontos “a” e “b” da fig. acima. Quando o custo variável médio atingir o mínimo ele é igual ao custo marginal, da mesma forma quando o custo médio atingir um mínimo ele será igual ao custo marginal. As curvas de Cmg, Cme e Cvme, apresentam um formato de “U” em função à lei dos rendimentos decrescentes (dualidade da função produção), aumentando as quantidades produzidas, os custos médios reduzem atingindo a um mínimo e depois se elevam. Os gráficos acima demonstram situações de concorrência perfeita na compra de insumos de produção a preço constantes e oferta infinita. 40 4 – Analiticamente a dualidade das funções Produção e Custo. Funções Produção Funções Custo *As Contrapartidas Pt - Produto Total CV - Custo Variável Pme - Produto médio Cvme - Custo variável médio Pmg - Produto Marginal Cmg - Custo marginal * As relações 1- Primeiramente, o PT se eleva a uma taxa 1 - Primeiramente, o CV se eleva a uma taxa crescente e após a uma taxa decrescente. decrescente e, depois a uma taxa crescente. 2 - O Pme eleva-se a um máximo e depois 2 - O Cvme baixa para um mínimo e depois diminui. se eleva. 3 - O Pmg sobe, depois desce, intercepta 3 - O Cmg baixa, depois sobe, intercepta o Pme em seu máximo e continua a o Cvme em se mínimo e continua a subir decrescer mais rapidamente que o Pme. mais rapidamente do que o Cvme. 5 – Formulário. CT = CF + CV Cfme = CF / Q. prod. Cvme = CV / Q. prod. Cme = CT / Q. prod. Cme = Cfme = Cvme. Cmg = d CT / d Q. prod. Cmg = ∆ CT / ∆ Q. prod. Cmg = ∆ CV / ∆ Q. prod Q. prod. = quantidade produzida. d = derivada. ∆ = variação. 41 6 – Exemplo numérico A produção de uma empresa é representada por Q.; o custo fixo é de R$ 12,00 por mês, Os custo variáveis são de R$ 2,00, R$ 3,00, R$ 5,00, R$ 8,00, R$ 13,00, R$ 23,00, R$ 38,00 e R$ 69,00, da primeira a oitava unidade produzida, respectivamente. Q. CF (R$) CV (R$) CT (R$) Cfme (R$) Cvme (R$) Cme (R$) Cmg (R$) 0 12,00 0 12,00 - - - - 1,00 12,00 2,00 14,00 12,00 2,00 14,00 2,00 2,00 12,00 3,00 15,00 6,00 1,50 7,50 1,00 3,00 12,00 5,00 17,00 4,00 1,67 5,67 2,00 4,00 12,00 8,00 20,00 3,00 2,00 5,00 3,00 5,00 12,00 13,00 25,00 2,40 2,60 5,00 5,00 6,00 12,00 23,00 35,00 2,00 3,83 5,83 10,00 7,00 12,00 38,00 50,00 1,71 5,43 7,14 15,00 8,00 12,00 69,00 81,00 1,50 8,63 10,13 31,00 7 – Os Custos no Longo Prazo Sabemos que o longo prazo é definido como sendo um período de tempo suficientemente longo para a empresa se tornar apta a variar a quantidade usada de todos os insumos de produção. No longo prazo não existem fatores fixos ou custos fixos, e a empresa pode construir qualquer tamanho ou escala de produção. A curva do custo médio de longo prazo (CmeLP ) mostra o custo unitário médio mínimo para produzir a cada nível de produção, quando qualquer escala desejada de planta pode ser construída. As curvas de custo médio de curto prazo (Cme), representando todas as alternativas de tamanho de plantas que a empresa pode construir em termos de longo prazo. O nível ótimo de produção é aquele em que a eficiência combinada de todos os fatores é máxima, isto é, o Cme de curto prazo é mínimo. O tamanho ótimo da empresa é aquele em que o Cme de longo prazo é mínimo, isto é, o tamanho ótimo da firma no longo prazo é aquele projeto que determinará, dentre todos os custo médiosdos projetos, o CmeLP = Cme (de curto prazo) A curva de Custo Médio de longo prazo, representa a tangente de todas as curvas de custo médio de curto prazo em seus pontos de mínimo. 42 Graficamente podemos representar: Nas discussões dos custos de longo prazo ( período em que a empresa pode planejar mudanças em todos os fatores de produção, costuma-se a discutir a economia e deseconomias de escala. Podemos chamar de economia de escala, quando a empresa aumenta sua produção e ocorre uma redução nos custos unitários, o inverso é a deseconomia de escala, quando aumenta a produção temos uma aumento nos custos unitários. Podemos representar graficamente. 8 - Fatores que explicam as economias e deseconomias de escala 1 – Rendimentos crescentes de escala por troca tecnológica. 2 - Preços mais baixo na compra de insumos em grandes quantidades. 3 – Menor ônus por unidade produzida por despesas administrativas. 4 – Menor ônus por unidade produzida por despesas financeira. 5 – Melhor distribuição de riscos de erros de decisão. 43 MACRO MACRO MACRO MACRO ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA 44 MOEDA E SISTEMA FINANCEIRO 1 – Conceito Moeda é o meio através do qual são efetuadas as transações monetárias. É todo ativo que constitua forma imediata de solver débitos, com aceitabilidade geral e disponibilidade imediata, e que confere ao seu titular um direito de saque sobre o produto social. Utilizando o conceito de Wassily Leontieff, moeda é a mercadoria que serve de equivalente geral para todas as mercadorias. 2 – Origem e evolução da moeda Pode ser expressa em seis fases: a) Era de troca de mercadorias. Representa a era do inicio da divisão de trabalho, uns se especializam na caça, outros na plantação, outros no artesanato. A economia funcionava à base do escambo ou seja a troca pura e simples de mercadorias. b) Era da mercadoria moeda. Com o decorrer do tempo, a sociedade sentiu necessidade de facilitar as trocas, para tanto a mercadoria eleita para servir como mediadora da translação deveria atender a uma necessidade comum e ser rara o bastante para que tivesse valor. Nesse sentido, vários tipos de produtos foram utilizados como referencial das relações de trocas de mercadorias, tais como o gado, fumo, azeite de oliva, escravos, sal entre outros. A vantagem que o gado apresentava em relação a outros meios, é que enquanto os indivíduos aguardavam para nova troca, o gado se reproduzia, ou seja “rendia juros”. c) Era da moeda metálica. Para que uma mercadoria possa ser aceita como moeda, ela deve possuir algumas características como durabilidade, divisibilidade, homogeneidade, facilidade de manuseio e transporte, as moedas metálicas possuíam estas características. O cobre, o bronze e o ferro perdiam o seu valor, pois eram encontrados em abundância. Os metais nobres como o ouro e a prata, não sofriam influência de novas descobertas de jazidas, pois são escassos e permitiam que as pessoas as guardassem esperando uma melhor oportunidade de troca. Apesar das vantagens, as moedas metálicas tinham uma grande inconveniência pelo peso na viagens longas e os assaltos. d) Era do papel moeda. A moeda representativa ou papel moeda, eliminou as dificuldades que os comerciantes enfrentavam em seu deslocamento, eles carregavam o certificado de depósito, que era emitido por instituições conhecidas como “Casa de Custódia” onde os mesmo depositavam sua moedas metálicas ou outros valores sob garantia. 45 O seu uso acabou se generalizando de tal modo que os comerciantes, passaram a transferir os direitos dos certificados diretamente aos comerciantes locais. e) A moeda Fiduciária ou papel moeda. Com o passar do tempo as casas de Custódia que recebiam o metal e forneciam certificados, começaram a perceber que os detentores desse certificados não realizavam a troca imediata, o que permitiam as casas da moeda emitir certificado sem lastro, o que chamamos de moeda fiduciária ( baseada na credibilidade). No início o papel moeda apresentou as características de seu lastro ser inferior a contrapartida em ouro, contudo uma menor garantia e a emissão podia ser realizada por particulares. O sistema acabou em ruína o que obrigou o Estado a intervir e a assumir as emissões dos certificados que eram lastreados em ouro. f) A moeda bancária ou escritural. É assim chamada por que diz respeito aos lançamentos de crédito e débito realizados nas contas correntes do banco, sendo representada pelos depósitos à vista e a curto prazo nos bancos. 3 – Funções da moeda O conceito de moeda pode ser entendido a partir das funções que ela desempenha e que justificam o desejo das pessoas a reterem, pode ser considerado moeda tudo aquilo que exerce simultaneamente as funções de: a) Função de meio ou instrumento de troca. Esta função permite que trabalhamos e recebendo uma contrapartida monetária e será trocada por diversos bens ou serviços. É um dos mais importantes atributos da moeda, o que permitiu que a sociedade aumentasse sua eficiência, possibilitando um mundo de relações de troca tão complexo como nós vivemos. b) Função de medida de valor Através dos sistema monetário conferimos valor aos diversos bens e serviços existentes na economia. A moeda serve como unidade ou ponto de referência na avaliação dos diversos bens e serviços. c) Reserva de valor. A moeda pode tornar-se um elemento de entesouramento ou estoque de riqueza, pode ser transformada em bens e serviços a qualquer instante, exerce também a função de reserva de valor. O efeito inflacionário pode corroer seu valor. d) Função padrão de pagamento diferido. Quando as operações de compra de bens e serviços se fazem a crédito, o produto é entregue ao comprador sem pagamento imediato, deixando o valor de pagamento no futuro, podendo ser parcelado ou não, com ou sem juros. 4 – As características da moeda. Para que a moeda possa desempenhar suas funções básicas, ela deve possuir alguma características que são: 46 a) Indestrutibilidade e Inalterabilidade. A moeda deve resistir às inúmeras relações de troca, deve ser resistente utilizando material de excelente qualidade. b) Homogeneidade. As unidades monetárias que possuem o mesmo valor de compra devem ser rigorosamente iguais. c) Divisibilidade. A moeda deve possuir múltiplos e submultiplos, buscando permitir a todos os tipos de transações comerciais. c) Transferibilidades. A moeda deve transitar pela economia sem nenhuma dificuldade, isto é garantido pelo Estado que emite e garante o volume de papel moeda em circulação. d) Facilidade de Manuseio e Transporte. O papel moeda deve ser impresso de forma a facilitar o seu uso e o seu transporte. 5 – Formas de Moeda. O sistema monetário impõe por forma legal o conjunto de três formas de moedas que são utilizadas no País. a) Moeda metálica. Visam facilitar operações de pequeno valor e servem também como unidade fracionada, facilitando o troco. b) Papel-Moeda. Representam as células emitidas pelo Banco Central e também circulam por força legal. c) Moeda Escritural. É a moeda dos bancos, são lançamentos feito pelos bancos a crédito de seus depositantes ou correntistas, concretizando-se apenas em seus registros, podendo citar o depósito à vista, cheques, ordem de pagamento, cartões de crédito entre outros. 6 – Quase Moedas. Compreendem o conjunto de ativos do sistema financeiro não monetários, são constituídos por compromissos assumidos pelas instituições financeiras e pelo governo e se caracterizam pela sua extrema liquidez, além de possuírem muitas propriedades
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