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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Secretaria de Documentação 
Coordenadoria de Biblioteca 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRÉDITO-PRÊMIO IPI 
Bibliografia, Legislação e 
Jurisprudência Temática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agosto 2009
 
SECRETARIA DE DOCUMENTAÇÃO 
JANETH APARECIDA DIAS DE MELO 
 
COORDENADORIA DE BIBLIOTECA 
LÍLIAN JANUZZI VILAS BOAS 
 
 
SEÇÃO DE BIBLIOTECA DIGITAL 
LUCIANA ARAÚJO REIS 
LUIZA GALLO PESTANO 
MÔNICA MACEDO FISCHER 
STEPHANY CAMILA DA COSTA PRAZERES 
TALES DE BARROS PAES 
THIAGO GOMES EIRÃO 
 
 
SEÇÃO DE PESQUISA 
ANDREIA CARDOSO DO NASCIMENTO 
 
 
COORDENADORIA DE ANÁLISE DE JURISPRUDÊNCIA 
BERGMAN HOLIDAY ANANIAS BOMFIM 
 
 
SEÇÃO DE PESQUISA DE JURISPRUDÊNCIA 
DIRCEU MOREIRA DO VALE FILHO 
 
 
Apresentação 
 
A Seção de Pesquisa, de Biblioteca Digital e de Pesquisa de Jurisprudência elaboraram a 
Bibliografia e Jurisprudência Temática sobre o assunto Crédito-Prêmio IPI com o objetivo de 
divulgar a doutrina existente nas Bibliotecas cooperantes da Rede Virtual de Bibliotecas – RVBI 
–, bem como a jurisprudência do STF e legislação sobre esse assunto. São apresentados 
também textos completos e alguns sites relacionados ao assunto. 
 
 Os termos utilizados na pesquisa foram: 
 
 
 Crédito-prêmio; 
 Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
 Decreto-Lei nº 491 de 5 mar. 1969 
 Resolução/SF nº 71/2005 
 
 
 Para efetuar o empréstimo ou obter cópias dos documentos bibliográficos listados, 
devem ser contatadas as Seções de Pesquisa ou de Referência e Empréstimo, nos ramais 
3532 e 3523, respectivamente, ou pessoalmente no balcão de atendimento da Biblioteca. 
 
 
 
 
Coordenadoria de Biblioteca 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
Apresentação........................................................................................ 5 
1. Monografias ...................................................................................... 7 
1. ......................................................................... 9 Artigos de Periódicos
3. Artigos de Jornais .............................................................................12 
4. Textos Completos .............................................................................13 
5. Legislação .......................................................................................14 
6. Jurisprudência..................................................................................16 
6.1 Acórdãos ...........................................................................................................................16 
6.2. Decisões Monocráticas...............................................................................................20 
7. Sites Relacionados ............................................................................38 
 
 
 7 
1. Monografias 
 
1. Uma AVALIAÇÃO setorial da política de incentivos as exportações no Brasil. In: 
Perspectivas da economia brasileira 1994. Rio de Janeiro: Ipea, 1993. v. 
1. p. 339-358. [148924] SEN CAM 
2. ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Crédito prêmio e crédito presumido de IPI. 
In: ______. Imposto de renda das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2008. 790 p. [816577] SEN CAM STJ TJD 
3. BRITTO, Sueli Efigência de. Crédito-prêmio - IPI exportação. In: DIAS, Karem 
Jureidini; MAGALHÃES, Marcelo Peixoto (Coord.). Compensação tributária. 
São Paulo: Mp, 2008. 351 p. [804169] SEN STJ 
4. CARVALHO, Paulo de Barros et al. Crédito-prêmio de IPI: estudos e 
pareceres. Barueri, SP: Manole, 2005. 288 p. [704506] SEN PGR STJ 
5. ______. Crédito-prêmio de IPI: estudos e pareceres III. Barueri, SP: Manole 
, 2005. 293 p. [738764] SEN PGR STJ STF 341.39631 C912 CPI 
6. ______. Crédito-prêmio de IPI: novos estudos e pareceres. Barueri, SP: 
Manole, 2005. 263 p. [725864] STJ 
7. ELALI, André de Souza Dantas. IPI aspectos práticos e teóricos. Curitiba: 
Juruá, 2004. 147 p. [714977] CAM STJ STF 341.39631 E38 IAP 
8. MARTINS, Ives Gandra da Silva. Crédito prêmio IPI. In: _____. Pareceres 
tributários. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2003. p. 55-67. [647568] SEN 
CAM MTE STJ TJD STF 341.39 M386 PTR 
9. MENDES, Lobato, Guilherme Ornelas. O direito ao crédito-prêmio do IPI: 
fundamentos estritamente jurídicos que sustentam o incentivo fiscal desde a 
sua criação até a atualidade. Brasília: [s.n.], 2006. [775506] STJ 
10.MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Eficácia e sentido da jurisprudência e a suposta 
revogação do crédito prêmio do IPI. In: BARRETO, Fernandino et al. 
Segurança jurídica na tributação e estado de direito. São Paulo: Noeses, 
2005. 854 p. [754970] STJ 
11.NOBRE JÚNIOR, Edilson Pereira. O STF, o crédito-prêmio de IPI e os limites e 
possibilidades do regulamento no Direito tributário. In: MARTINS, Ives Gandra 
da Silva; ELALI, André; PEIXOTO, Marcelo Magalhães (Coord.) Incentivos 
fiscais: questões pontuais nas esferas federal, estadual e municipal. São 
Paulo: MP, 2007. p. 91-107. [772784] SEN STJ STF 341.39104 I36 INF 
12.PEIXOTO, Marcelo Magalhães (Coord.). IPI: aspectos jurídicos relevantes. São 
Paulo: Quartier Latin, 2003. 472 p. [669233] SEN STJ STF 341.39631 I34 
IAJ 
13.______; Fábio Soares de (Coord.). IPI: questões fundamentais. São Paulo: MP 
Ed., 2008. 344 p. [830254] CAM TJD 
 
 8 
14.SCHOUERI, Eduardo (Coord.). Direito tributário: homenagem a Paulo de 
Barros Carvalho. São Paulo: Quartier Latin, 2008. 932 p. [830431] STJ 
15.TÔRRES, Heleno Taveira. Incentivos fiscais na constituição e o "crédito-prêmio 
de IPI". In: COSTA, Alcides Jorge; SCHOUERI, Luís Eduardo; BONILHA, Paulo 
Celso Bergstrom (Coord.). Direito tributário atual 18. São Paulo: Instituto 
Brasileiro de Direito Tributário, 2004. p. 76-97. [734018] STJ STF 341.39 
D598 DTA V18 
16.TRIBUTAÇÃO e mineração: o direito ao crédito-prêmio de IPI e a não-exigência 
de ICMS na exploração do minério. In: SOUZA, Marcelo Gomes de (Coord.). 
Direito minerário aplicado. Belo Horizonte: Mandamentos, 2003. 389 p. 
[686845] CAM 
17.TROIANELLI, Gabriel Lacerda. Crédito-prêmio de IPI. São Paulo: MP, 2008. 
95 p. [821742] SEN 
18.______. Compensação do crédito-prêmio de IPI e restrições introduzidas pela 
Lei 11.051/2004. In: CARVALHO, Cristiano; PEIXOTO, Marcelo Magalhães 
(Coord.). Temas de direito público: aspectos constitucionais, administrativos 
e tributários: estudos em homenagem ao ministro José Augusto Delgado. 
Curitiba: Juruá, 2005. 655 p. [740258] SEN CAM MJU STJ 
 
 
 
 9 
1. Artigos de Periódicos 
 
 
1. ATALIBA, Geraldo. Crédito-prêmio de IPI: direito adquirido; recebimento em 
dinheiro. Revista de Direito Tributário, v. 15, n. 55, p. 162-179, jan./mar. 
1991. [463734] AGU CAM PGR SEN STJ TJD STF 
 
2. BITTAR, Djalma. Crédito-prêmio de IPI e o eventual novo entendimento do STJ. 
Revista Nacional de Direito e Jurisprudência, v. 5, n.57, p.22-25, set. 
2004. [726793] CAM STJ STF 
 
3. BOITEUX, Fernando Netto. Novas considerações sobre o crédito-prêmio do. 
Revista Dialética de Direito Tributário, n. 141, p. 69-84, jun. 2007. 
[791732] CAM SEN STJ STF 
 
4. BORGES, José Souto Maior. Em defesa da Resolução 71/2005 do Senado 
Federal: vigência do crédito-prêmio do IPI. Revista Dialética de Direito 
Tributário, n. 128, p. 52-63, maio 2006. [759162] CAM SEN STJ STF 
 
5. _____. Sobre o crédito-prêmio à exportação. Revista Dialética de Direito 
Tributário, n. 112, p. 78-94, jan. 2005. [728242] CAM SEN STJ STF 
 
6. CALDERANO, Francisco R. S. Parecer: o crédito-prêmio do IPI não foi extinto 
em 30.06.1983. Sua vigência até 05.10.1990 por força do artigo 41, parágrafo 
1 do ADCT da Constituição Federal de 1988.Lex: jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais, v. 16, n.179, p.9-47, jul., 
2004. [712907] PGR STJ STF 
 
7. CASTRO, Aldemario Araujo. O crédito-prêmio do IPI e a resolução 71/2005, do 
Senado Federal. Doutrina Gazeta Juris, n. 13, p. 234-236, jul. 2006. 
[763791] CAM STJ TJD TST 
 
8. CEZAROTI, Guilherme. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e o 
crédito-prêmio do IPI instituído pelo Decreto-lei nº 491/69. Revista Dialética 
de Direito Tributário, n. 93, p. 7-24, jun. 2003. [658638] AGU CAM SEN 
STJ STF 
 
9. CLÉVE, Clémerson Merlin. Resolução nº 71/2205 do Senado Federal e crédito-
prêmio de IPI. Revista de Direito Administrativo & Constitucional A & C, 
v. 6, n. 23, p. 53-57, jan./mar. 2006. [764132] AGU CAM MJU MTE PGR 
SEN STJ TCD TJD TST STF 
 
10.COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Crédito-prêmio de IPI: existência jurídica e 
utilização. Revista Dialética de Direito Tributário, n. 87, p. 110-118, dez. 
2002. [645906] AGU CAM SEN STJ STF 
 
11.LESSA, Donovan Mazza. Do crédito prêmio de IPI e de seu aproveitamento 
após a Lei n. 11.051/04. Revista Internacional de Direito Tributário, v. 7, 
p. 3-24, jan./jun. 2007. [833544] STJ 
 
 10 
 
12.MACHADO, Hugo de Brito. Subsistência do crédito-prêmio às exportações e a 
jurisprudência do STJ. Revista Fórum de Direito Tributário, v. 3, n. 14, p. 
7-21, mar./abr. 2005. [746197] AGU CAM CLD PGR SEN STJ TCD TJD 
STF 
 
13.MARTINS, Francisco Peçanha. Crédito-prêmio do IPI: extinção. Revista de 
Direito Renovar, n. 39, p. 1-14, set./dez. 2007. [811363] CAM MJU PGR 
SEN STJ TJD STF 
 
14.MARTINS, Ives Gandra da Silva. Crédito prêmio: IPI exportação - Direito do 
industrial exportador ao estímulo - incorrência de sua extinção - 
inaplicabilidade dos artigos 168, I, 165, I, 150 e 156, I e VII do CTN - Actio 
Nata a partir de cada exportação - utilização do estímulo mediante 
compensação - ilegalidade da atos administraivos que visam a obstar essa 
utilização – parecer. Revista de Estudos Tributários, n. 55, p. 7-23, 
maio/jun. 2007. [815055] CAM MJU PGR SEN STJ TJD STF 
 
15.MATTOS, Aroldo Gomes de. Estímulos fiscais do IPI relativos à exportação: 
crédito-prêmio; prescrição; ressarcimento. Revista Tributária e de Finanças 
Públicas, v. 11, n. 49, p. 237-243, mar./abr. 2003. [664524] AGU CAM MJU 
PGR SEN STJ TCU TJD STF 
 
16.MELO, Maurício Barboza de. O crédito-prêmio de IPI e os efeitos da resolução 
nº 71/2005 do Senado Federal. Revista da Esmape, v. 11, n. 23, p. 531-542, 
jan./jun. 2006. [772361] PGR SEN STJ TJD STF 
 
17.MIGUEL, Luiz Carlos. O crédito-prêmio de IPI e o acordo sobre subsídios e 
medidas compensatórias. Revista de Estudos Tributários, v. 7, n. 41, p. 17-
29, jan./fev. 2005. [727103] CAM MJU PGR SEN STJ TJD STF 
 
18.MIRANDA, Dalton César Cordeiro de. Da impossibilidade do Conselho de 
Contribuintes do Ministério da Fazenda em analisar o crédito-prêmio do IPI, em 
face da edição da resolução 71/2005 / Dalton César Cordeiro de Miranda. 
Revista Tributária e de Finanças Públicas, v. 15, n. 72, p. 256-264, 
jan./fev. 2007. [820334] AGU CAM MJU PGR SEN STJ TCU TJD STF 
 
19.NEVES, Marcelo. Crédito-prêmio de IPI: vigência normativa. Revista de 
Direito do Estado RDE, n. 5, p. 397-424, jan./mar. 2007. [788268] CAM MJU 
SEN STJ TCU STF 
 
20.POLATI, Solferina Mendes Setti. Crédito-prêmio à exportação. Consulex: 
revista jurídica, v. 9, n. 209, p. 48-50, set. 2005. [747370] CAM CLD MJU 
PGR SEN STM TCD TJD TST STF 
 
21.SANTOS JUNIOR, Aurelino Sousa dos. Créditos como incentivo a exportação 
(credito-premio - IPI). Revista de Ciência Política, v. 26, n. 2, p. 51-57, 
maio/ago 1983. [401937] CAM CLD SEN STJ STF 
 
22.SARAIVA FILHO, Oswaldo Othon de Pontes. Ainda sobre o fato gerador do 
crédito-prêmio do IPI. Revista Dialética de Direito Tributário, n. 42, p. 
108-112, mar. 1999. [548763] CAM SEN STJ STF 
 
 11 
 
23.SARAIVA FILHO, Oswaldo Othon de Pontes. O fato gerador de crédito-prêmio 
do IPI. Revista Dialética de Direito Tributário, n. 38, p. 79-85, nov. 1998. 
[547035] CAM SEN STJ STF 
 
24.SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. A questão da subsistência do crédito-
prêmio de IPI e a Resolução n. 71/2005, do Senado Federal. Revista Dialética 
de Direito Tributário, n. 128, p. 39-51, maio 2006. [759160] CAM SEN STJ 
STF 
 
25.SOLLER, Fabrício da. Crédito-prêmio do IPI: um novo esqueleto?. Revista 
Fórum de Direito Tributário, v. 1, n. 2, p. 161-173, mar./abr. 2003. 
[659996] AGU CAM CLD PGR SEN STJ TCD TJD STF 
 
26.TÔRRES, Heleno Taveira. Incentivos fiscais na Constituição e o "crédito-prêmio 
de IPI". Revista Fórum de Direito Tributário, v. 3, n. 14, p. 23-50, 
mar./abr. 2005. [746198] AGU CAM CLD PGR SEN STJ TCD TJD STF 
 
27.WILL, Marcondes. Crédito-prêmio de IPI: vigência e revogação frente as 
normas de direito interno e dos tratados internacionais. Revista dos 
Tribunais, v. 95, n. 850, p. 111-161, ago. 2006. Publicado também na Revista 
Dialética de Direito Tributário, n. 118, p. 92-107, jul. 2005. [775544] AGU 
CAM CLD MJU PGR SEN STJ STM TCD TJD TST STF 
 
28.ZANON, André Santos. Crédito-prêmio de IPI na exportação. Revista de 
Estudos Tributários, v. 6, n. 35, p. 155-162, jan./fev. 2004. [684679] CAM 
MJU PGR SEN STJ TJD STF 
 
 12 
3. Artigos de Jornais 
 
1. BITTAR, Djalma. Crédito-prêmio de IPI. Correio Braziliense, Brasília, n. 
15055, 9 ago. 2004. Caderno Direito e Justiça, p. 3. [700100] SEN STJ 
 
2. CLÉVE, Clémerson Merlin. Crédito-prêmio do IPI e a resolução do Senado 
Federal. Correio Braziliense, Brasília, n. 15625, 27 fev. 2006. Caderno 
Direito e Justiça, p. 1. [751499] SEN STJ 
 
3. MAMEDE, Marcos; BORELLI, Renato Coelho. Questão do crédito-prêmio do 
IPI permanece em aberto. Correio Braziliense, Brasília, n. 15534, 28 nov. 
2005. Caderno Direito e Justiça, p. 3. [745267] SEN STJ 
 
4. STF decide a favor dos exportadores. Valor Notícias, São Paulo, 28 out. 
2004. Pasta do STF [751534] STF 
 
 
 13 
4. Textos Completos 
 
 
1. DINIZ, Marcelo de Lima Castro; RIBEIRO, Maria de Fátima. O direito ao crédito-prêmio 
do IPI. Disponível em: 
<http://www2.uel.br/cesa/direito/doc/estado/artigos/tributario/Artigo_-
_O_direito_ao_cr%C3%A9dito_pr%C3%AAmio_de_IPI_-artigo__7.pdf>. Acesso em: 6 
ago. 2009. 
 
2. ENTENDA o crédito-prêmio do IPI. Portal Exame. Disponível em: 
<http://portalexame.abril.com.br/economia/entenda-credito-premio-ipi-489177.html>. 
Acesso em: 6 ago. 2009. 
 
3. FAZENDA diz que não aceita acordo para crédito-prêmio do IPI. Portal Exame. 
Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/carreira/fazenda-diz-nao-aceita-
acordo-credito-premio-ipi-489176.html>. Acesso em: 6 ago. 2009. 
 
4. PIERROTTI JÚNIOR; Reginaldo Lourenço; WAMBIER, Luciane. O Imposto sobre 
Produtos Industrializados e o princípio da seletividade. Revista do Direito Público, v. 
2, n. 1, jan./abr. 2007. Disponível em: 
<http://www2.uel.br/revistas/direitopub/pdfs/VOLUME_2/num_1/LUCIANE%20WAMBI
ER.pdf>. Acesso em: 6 ago. 2009. 
 
 
5. SOLLER, Fabrício da. Crédito-prêmio do IPI: um novo esqueleto?. Jus Navigandi, v. 7, 
n. 60, nov. 2002. Disponível em: 
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3548>. Acesso em: 6 ago. 2009. 
 
6. SOLLER, Fabrício da. Crédito-prêmio do IPI: um cadáver insepulto. Disponível em: 
<http://www.pgfn.fazenda.gov.br/assesssoria-de-
comunicacao/Entrevistas/ARTIGO%20CREDITO%20-%20Novo.pdf>. Acesso em: 6 
ago. 2009. 
 
7. VIEIRA, Fernando Batista de Oliveira. Crédito-prêmio de IPI nas exportações. Uma 
análise acerca de sua sistemática e da recente jurisprudência sobre o tema. Jus 
Navigandi, v. 9, n. 642, 11 abr. 2005.Disponível em: 
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6577>. Acesso em: 6 ago. 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
5. Legislação 
 
1. BRASIL. Decreto-lei nº 491, de 5 de março de 1969. Estímulos fiscais à 
exportação de manufaturados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 mar. 
1969. Seção 1, p. 1953. Retificação publicada no Diário Oficial da União de 
12/3/1969, Seção 1. Disponível em: 
<https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/cc806eb7
d5bb6b99032569fa005da050?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed> 
Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
2. BRASIL. Decreto nº 64.833, de 17 de julho de 1969. Regulamenta os estímulos 
fiscais previstos no Decreto-lei 491, de 5/3/1969, e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 jul. 1969. Seção 1, p. 6054. 
Retificação publicada no Diário Oficial da União de 22/8/1969, Seção 1. 
Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/5F1A2FC0EE89DE6
E8325760E0052B155?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
3. BRASIL. Decreto nº 78.986, de 21 de dezembro de 1976. Dá nova redação ao 
artigo 1 do Decreto nº 64.833, de 17 de julho de 1969, que regulamenta os 
estímulos fiscais previstos no Decreto-lei nº 491, de 5 de marco de 1969. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1976. Seção 1, p. 16581. 
Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/2A3614E279F3D6B
B8325760E00534246?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
4. BRASIL. Decreto-lei nº 1.658, de 24 de janeiro de 1979. Extingue o estímulo 
fiscal de que trata o artigo 1 do Decreto-lei 491, de 5 de março de 1969. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 jan. 1979. Seção 1, p. 1169. 
Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/880206E700768A4
38325760E00528777?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
5. BRASIL. Decreto-lei nº 1.722, de 3 de dezembro de 1979. Altera a forma de 
utilização de estímulos fiscais às exportações de manufaturados e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 dez. 1979. Seção 1, p. 
18140. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/16A8C8F6AC055D
398325760E00527A76?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
 
6. BRASIL. Decreto-lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979. Dispõe sobre os 
estímulos fiscais de que tratam os artigos 1º e 5º do Decreto-lei nº 491, de 5 
de março de 1969. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 dez. 1979. Seção 
1, p. 18477. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/75B6CB192B23FA
C98325760E00526C0E?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 15 
 
 
7. BRASIL. Decreto-lei nº 1.894, de 16 de dezembro de 1981. Institui incentivos 
fiscais para empresas exportadoras de produtos manufaturados e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 dez. 1981. Seção 1, p. 
24064. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/8BA806389126B88
F8325760E00521316?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
8. BRASIL. Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992. Restabelece os incentivos 
fiscais que menciona e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 9 jan. 1992. Seção 1, p. 326. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/6D0F487F02349F2
B8325760E00539714?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
9. BRASIL. Decreto nº 1.751, de 19 de dezembro de 1995. Regulamenta as 
normas que disciplinam os procedimentos administrativos relativos a aplicação 
de medidas compensatórias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 
1995. Seção 1, p. 21508. Retificação publicada no Diário Oficial da União de 
21/12/1995, Seção 1. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/713D3C448B033CF
68325760E0053F84C?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
10.BRASIL. Congresso Senado. Resolução nº 71, de 26 de dezembro de 2005. 
Suspende, nos termos do inciso X do art. 52 da Constituição Federal, a 
execução, no art. 1º do Decreto-lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979, da 
expressão "ou reduzir, temporária ou definitivamente, ou extinguir", e, no 
inciso I do art. 3º do Decreto-lei nº 1.894, de 16 de dezembro de 1981, das 
expressões "reduzi-los" e "suspendê-los, ou extingui-los". Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 27 dez. 2005. Seção 1, p. 1. Disponível em: 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/0/AAD71BA5C4D1E7
DA8325760E005466FC?OpenDocument&seq=1. Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
 
 
 16 
6. Jurisprudência 
6.1 Acórdãos 
RE 577302 RG / RS - RIO GRANDE DO SUL 
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI 
Julgamento: 17/04/2008 
Publicação: DJe-078 DIVULG 30-04-2008 PUBLIC 02-05-2008 EMENT VOL-02317-07 PP-01402 
Ementa 
CONSTITUCIONAL. IPI. CRÉDITO-PRÊMIO. EXTINÇÃO. ART. 41, § 1º, DO ADCT. EXISTÊNCIA 
DE REPERCUSSÃO GERAL. Questão relevante do ponto de vista econômico e jurídico. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE-
RG.SCLA.%20E%20577302.NUME.&base=baseRepercussao 
 
AI 544766 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL 
AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 06/12/2005 Órgão Julgador: Segunda Turma 
Publicação: DJ 03-02-2006 PP-00057 EMENT VOL-02219-19 PP-03958 
Ementa 
Agravo Regimental em agravo de instrumento. 2. Tributário. Incentivos fiscais: crédito-
prêmio. IPI. 3. Delegação de poderes. Ministro da Fazenda. Alteração, extinção ou redução dos 
estímulos fiscais previstos do D.L. nº 491/69. Inconstitucionalidade. Precedentes. 4. Agravo 
regimental a que se nega provimento. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=AI-
AgR.SCLA.%20E%20544766.NUME.&base=baseAcordaos 
 
RE 208260 / RS - RIO GRANDE DO SUL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA 
Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO 
Julgamento: 16/12/2004 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação: DJ 28-10-2005 PP-00036 EMENT VOL-02211-02 PP-00326 
Ementa 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - NORMAS GERAIS - LEI QUALIFICADA - Normas gerais sobre 
legislação tributária hão de estar contidas em lei complementar. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS 
INDUSTRIALIZADOS - INCENTIVOS FISCAIS - AUMENTO - REDUÇÃO - SUSPENSÃO - 
EXTINÇÃO - DECRETOS-LEI Nºs 491/69 E 1.724/79 - DELEGAÇÃO AO MINISTRO DE ESTADO 
DA FAZENDA - INCONSTITUCIONALIDADE. A delegação ao Ministro de Estado da Fazenda, 
versada no artigo 1º do Decreto-Lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979, mostrou-se 
inconstitucional, considerados os incentivos fiscais previstos no Decreto-Lei nº 491, de 5 de 
março de 1969. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2020
8260.NUME.&base=baseAcordaos 
 
 17 
 
RE 175371 / RS - RIO GRANDE DO SUL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES 
Julgamento: 08/10/2002 Órgão Julgador: Primeira Turma 
Publicação: DJ 14-11-2002 PP-00035 EMENT VOL-02091-02 PP-00337 
Ementa 
Recurso extraordinário. Crédito-prêmio. - O Plenário desta Corte, ao terminar o julgamento do 
RE 186.623 em 26.11.2001 (bem como do RE 186.359), o qual versava questão análoga à 
presente, declarou a inconstitucionalidade da expressão "ou extinguir", constante do artigo 1º 
do Decreto-Lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979. - No julgamento do RE 180.828, também 
em decisão do Plenário, esta Corte declarou a inconstitucionalidade da expressão "ou reduzir, 
temporária ou definitivamente, ou extinguir" do artigo 1º do Decreto-Lei nº 1.724, de 7 de 
dezembro de 1979, e a inconstitucionalidade das expressões "reduzi-los"e "suspendê-los ou 
extingui-los" do inciso I do artigo 3º do Decreto-Lei nº 1.894, de 16 de dezembro de 1981. 
Recurso extraordinário conhecido pela letra "b" do inciso III do art. 102 da Constituição, mas 
não provido. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2017
5371.NUME.&base=baseAcordaos 
 
RE 213677 / RS - RIO GRANDE DO SUL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES 
Julgamento: 01/10/2002 Órgão Julgador: Primeira Turma 
Publicação: DJ 14-03-2003 PP-00039 EMENT VOL-02102-02 PP-00300 
Ementa 
Recurso extraordinário. Crédito-prêmio. - O Plenário desta Corte, ao terminar o julgamento do 
RE 186.623 em 26 .11.2001 (bem como do RE 186.359), o qual versava questão análoga à 
presente, declarou a inconstitucionalidade da expressão "ou extinguir", constante do artigo 1º 
do Decreto-Lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979. O conteúdo desse acórdão está assim 
resumido em sua ementa: "EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCENTIVOS FISCAIS: 
CRÉDITO-PRÊMIO: SUSPENSÃO MEDIANTE PORTARIA. DELEGAÇÃO INCONSTITUCIONAL. D.L. 
491, de 1969, arts. 1º e 5º; D.L. 1.724, de 1979, art. 1º; D.L. 1.894, de 1981, art. 3º, inc. I. 
C.F./1967. I. - É inconstitucional o artigo 1º do D.L. 1.724, de 7.12.79, bem assim o inc. I do 
art. 3º do D.L. 1.894, de 16.12.81, que autorizaram o Ministro de Estado da Fazenda a 
aumentar ou reduzir, temporária ou definitivamente, ou restringir os estímulos fiscais 
concedidos pelos artigos 1º e 5º do D.L. nº 491, de 05.3.69. Caso em que tem-se delegação 
proibida: CF/67, art. 6º. Ademais, matérias reservadas à lei não podem ser revogadas por ato 
normativo secundário. II. - R.E. conhecido, porém não provido (letra b)." No julgamento do RE 
180.828, também em decisão do Plenário, esta Corte declarou a inconstitucionalidade da 
expressão "ou reduzir, temporária ou definitivamente, ou extinguir" do artigo 1º do Decreto-
Lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979, e a inconstitucionalidade das expressões "reduzi-los" 
e "suspendê-los ou extingui-los" do inciso I do artigo 3º do Decreto-Lei nº 1.894, de 16 de 
dezembro de 1981. Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário 
não conhecido. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2021
3677.NUME.&base=baseAcordaos 
 
 
 18 
RE 208370 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL 
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 24/09/2002 Órgão Julgador: Segunda Turma 
Publicação: DJ 25-10-2002 PP-00063 EMENT VOL-02088-03 PP-00429 
Ementa 
Recurso Extraordinário. Agravo Regimental. 2. Tributário. Incentivos fiscais: crédito-prêmio. 3. 
Inconstitucionalidade do art. 1º do DL 1.724, de 7.12.79; do inciso I do art. 3º do DL 1.894, 
de 16.12 .81. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE-
AgR.SCLA.%20E%20208370.NUME.&base=baseAcordaos 
 
RE 186359 / RS - RIO GRANDE DO SUL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO 
Julgamento: 14/03/2002 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação: DJ 10-05-2002 PP-00053 EMENT VOL-02068-01 PP-00196 
Ementa 
TRIBUTO - BENEFÍCIO - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA. Surgem inconstitucionais o 
artigo 1º do Decreto-lei nº 1.724, de 7 de dezembro de 1979, e o inciso I do artigo 3º do 
Decreto-lei nº 1.894, de 16 de dezembro de 1981, no que implicaram a autorização ao 
Ministro de Estado da Fazenda para suspender, aumentar, reduzir, temporária ou 
definitivamente, ou extinguir os incentivos fiscais previstos nos artigos 1º e 5º do Decreto-lei 
nº 491, de 5 de março de 1969. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2018
6359.NUME.&base=baseAcordaos 
 
RE 180828 / RS - RIO GRANDE DO SUL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO 
Julgamento: 14/03/2002 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação: DJ 14-03-2003 PP-00028 EMENT VOL-02102-02 PP-00231 
Ementa 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCENTIVOS FISCAIS: CRÉDITO-PRÊMIO: SUSPENSÃO 
MEDIANTE PORTARIA. DELEGAÇÃO INCONSTITUCIONAL. D.L. 491, de 1969, arts. 1º e 5º; 
D.L. 1.724, de 1979, art. 1º; D.L. 1.894, de 1981, art. 3º, inc. I. C.F./1967. I. - 
Inconstitucionalidade, no art. 1º do D.L. 1.724/79, da expressão "ou reduzir, temporária ou 
definitivamente, ou extinguir", e, no inciso I do art. 3º do D.L. 1.894/81, inconstitucionalidade 
das expressões "reduzi-los" e "suspendê-los ou extingui-los". Caso em que se tem delegação 
proibida: C.F./67, art. 6º. Ademais, matérias reservadas à lei não podem ser revogadas por 
ato normativo secundário. II. - R.E. conhecido, porém não provido (letra b). 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2018
0828.NUME.&base=baseAcordaos 
 
 
 19 
RE 120765 / DF - DISTRITO FEDERAL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA 
Julgamento: 18/05/1993 Órgão Julgador: SEGUNDA TURMA 
Publicação: DJ 01-10-1993 PP-20215 EMENT VOL-01719-03 PP-00385 
Ementa 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. ESTIMULOS FISCAIS. DECRETO-LEI N. 491/1969. 
SUSPENSÃO. DECRETO-LEI N. 1.724/1979 E PORTARIA N. 491/1979. RECONHECIMENTO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1. DO DECRETO-LEI N. 1.724/1979 PELO ACÓRDÃO 
RECORRIDO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 55, 116 E 21, DA EMENDA CONSTITUCIONAL 
N. 1/1969. HÁ, NO ARESTO RECORRIDO, FUNDAMENTO SUFICIENTE, NÃO ATACADO, EM 
FACE DA PORTARIA N. 960/1979. PRECEDENTE DA PRIMEIRA TURMA, NO RE N. 116.858-
7/DF, EM QUE SE VERIFICA SITUAÇÃO SEMELHANTE. TAMBÉM NÃO E DE ACOLHER 
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 153, PAR. 1. , DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 1/1969. A 
EVENTUAL INCORRETA APLICAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL SOBRE JUROS E 
CORREÇÃO MONETÁRIA NÃO CONDUZ A CONSIDERAR-SE, DESDE LOGO, COMO 
CONFIGURADA OFENSA DIRETA A REGRA MAIOR ALUDIDA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO 
CONHECIDO. REMESSA DOS AUTOS AO STJ, PARA APRECIAR OS RECURSOS NA PARTE EM 
QUE SE CONVERTERAM EM RECURSOS ESPECIAIS, COM BASE NO ART. 105, III, LETRAS "A" E 
"C", DA CONSTITUIÇÃO DE 1988. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2012
0765.NUME.&base=baseAcordaos 
 
RE 116858 / DF - DISTRITO FEDERAL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES 
Julgamento: 02/09/1988 Órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA 
Publicação: DJ 18-11-1988 PP-30029 EMENT VOL-01524-03 PP-00624 
Ementa 
IPI. ILEGALIDADE DA SUSPENSÃO DO ESTIMULO FISCAL CRIADO PELO DECRETO-LEI 491/69. 
TEMA TIDO COMO RELEVANTE QUE NÃO SE COADUNA COM O OBJETO DA CAUSA. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO QUE, EM FACE DOS TERMOS DO ARTIGO 325 DO REGIMENTO INTERNO 
DESTA CORTE, CONTINUA A SÓ PODER SER EXAMINADO QUANTO A ALEGAÇÃO DE OFENSA 
AOS ARTIGOS 55, 116 E 21 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FUNDAMENTO SUFICIENTE DE PER 
SI DO ACÓRDÃO RECORRIDO QUE NÃO E ATACAVEL POR QUALQUER DESSES DISPOSITIVOS 
CONSTITUCIONAIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=RE.SCLA.%20E%2011
6858.NUME.&base=baseAcordaos 
 
 20 
 
6.2. Decisões Monocráticas 
Rcl 6530 / MG - MINAS GERAIS 
RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. ELLEN GRACIE 
Julgamento: 22/06/2009 
Publicação: DJe-118 DIVULG 25/06/2009 PUBLIC 26/06/2009Despacho 
1. Trata-se de reclamação ajuizada por Rio Doce Manganês S/A e pela Companhia Paulista de 
Ferro Ligas S/A, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal, 13 da Lei 
8.038/90, e 156 do RISTF, contra o acórdão proferido pela Primeira Turma do Superior 
Tribunal de Justiça no Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 981.920/MG (fls. 270-
274), mantido em embargos de declaração (fls. 289-292). Noticiam as reclamantes que 
impetraram mandado de segurança com o objetivo de ter reconhecido o seu direito ao 
aproveitamento do incentivo fiscal referente ao crédito-prêmio do IPI, previsto no art. 1º do 
Decreto-lei 491/69. Todavia, o Juízo da 5ª Vara Federal de Belo Horizonte denegou a ordem, 
ao entendimento de que a data-limite para tal aproveitamento seria 30.6.1983, nos termos do 
Decreto-lei 1.658/79, decisão mantida pela Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª 
Região, motivo pelo qual interpuseram recursos extraordinário e especial, que não foram 
admitidos. Narram que interpuseram agravo de instrumento para o Superior Tribunal de 
Justiça, que foi desprovido pela Ministra Denise Arruda (fls. 238-240), decisão mantida em 
agravo regimental pela Primeira Turma. Afirmam as reclamantes que a Primeira Turma do 
Superior Tribunal de Justiça acolheu as teses de que o crédito-prêmio do IPI fora extinto em 
05.10.1990, por força do art. 41, § 1º, do ADCT, e de que o prazo prescricional das ações que 
objetivem o seu recebimento seria quinquenal, nos termos do Decreto-lei 20.910/32. 
Sustentam, em síntese, a ocorrência de usurpação da competência do Supremo Tribunal 
Federal, porquanto o acórdão impugnado “julgou a lide com base em fundamento 
exclusivamente constitucional”, ao consignar que o art. 41, § 1º, do ADCT “levou à extinção 
do crédito-prêmio de IPI em 05.10.1990” (fl. 8). Aduzem que não houve a devida avaliação da 
questão infraconstitucional suscitada no recurso especial, referente à análise dos arts. 1º da 
Lei 8.402/92 e 1º do Decreto-lei 20.910/32. Destacam que a questão constitucional relativa 
ao art. 41, § 1º, do ADCT foi suscitada em seu recurso extraordinário, certo que o agravo de 
instrumento interposto da decisão que o inadmitiu se encontra sobrestado no Tribunal 
Regional Federal da 1ª Região, por força do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo 
Civil, porquanto o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de 
repercussão geral da matéria, por afetar todos os exportadores contribuintes do IPI, o que 
tornaria “ainda mais evidente que a autoridade reclamada subtraiu competência inclusive já 
reconhecida pelo STF como sua” (fl. 10). Salientam, ainda, a existência de precedente do 
Supremo Tribunal Federal favorável à sua tese (Reclamação 6.288-MC/PB, decisão proferida 
pelo Min. Gilmar Mendes, DJE 08.8.2008). Alegam, ademais, a inexistência de prescrição do 
direito ao aproveitamento do crédito-prêmio do IPI, que possui natureza setorial. Requerem, 
ao final, o reconhecimento de seu direito de aproveitar o crédito-prêmio do IPI, instituído pelo 
Decreto-lei 491/69, ou de transferi-lo “a outras pessoas jurídicas, à alíquota de 15% (quinze 
por cento), sem a limitação temporal dos 5 (cinco) anos à propositura da ação” (fls. 24-25). 2. 
Requisitaram-se informações (fl. 329), que foram devidamente prestadas pela relatora do 
Agravo de Instrumento 981.920/MG, Ministra Denise Arrruda (fls. 344-345). 3. A 
Procuradoria-Geral da República opinou pela improcedência do pedido formulado na presente 
reclamação (fls. 348-351). 4. A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) 
pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle 
abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência originária ou a 
desobediência a súmula vinculante. Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma 
dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso acaso verificado, razão pela qual 
considero necessário o máximo de rigor na verificação dos pressupostos específicos da 
reclamação constitucional, sob pena de seu desvirtuamento. No entanto, pelo que constatei 
 
 21 
dos autos, nenhuma das circunstâncias autorizadoras da reclamação aqui se configura. As 
reclamantes objetivam, em verdade, anular o acórdão proferido pela Primeira Turma do 
Superior Tribunal de Justiça no Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 981.920/MG, 
mantido em embargos de declaração. O acórdão impugnado porta a seguinte ementa: “ 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL 
CIVIL. OMISSÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. TRIBUTÁRIO. CRÉDITO-PRÊMIO DO IPI. EXTINÇÃO. 
PRESCRIÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não há omissão a ser sanada no julgado impugnado. 
Isso, porque o Tribunal a quo decidiu a lide apresentando satisfatoriamente os motivos de seu 
convencimento. Consoante orientação firmada no Superior Tribunal de Justiça, não é 
necessário que o órgão julgador se manifeste sobre todas as questões trazidas pelas partes, 
desde que o entendimento adotado seja suficiente para decidir a controvérsia, como ocorreu 
na hipótese dos autos. 2. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do EREsp 396.836/RS 
(Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Rel. p/ acórdão Min. Castro Meira, DJ de 8.3.2006) acolheu a 
tese no sentido de que o crédito-prêmio do IPI foi extinto em 5 de outubro de 1990. 3. O 
prazo prescricional das ações que objetivam o recebimento do crédito-prêmio do IPI é 
quinquenal, regido pelo Decreto 20.910/32, porquanto não se trata de compensação ou de 
repetição de indébito tributário. 4. Na hipótese, apesar de o Tribunal de origem ter adotado a 
tese no sentido de que o incentivo fiscal em comento foi extinto em 30 de junho de 1983, 
mostra-se indiferente a aplicação do entendimento da corrente majoritária, pois a demanda foi 
ajuizada tão somente em 2005, razão pela qual é manifesta a ocorrência da prescrição. 5. 
Agravo regimental desprovido.” (Fl. 274, negritei) Houve, por parte da Primeira Turma do 
Superior Tribunal de Justiça, o reconhecimento do término de um incentivo fiscal, conforme 
previsão contida em norma do ADCT, utilizada somente como parâmetro hermenêutico. É 
dizer, o acórdão impugnado, inicialmente, seguiu o entendimento firmado pela Primeira Seção 
do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do EREsp 396.836/RS, redator para o acórdão 
Min. Castro Meira, DJ 08.3.2006, no sentido de que o crédito-prêmio do IPI fora extinto em 
05.10.1990, tendo em vista o que dispõe o art. 41, § 1º, do ADCT. Todavia, sua principal e 
essencial razão de decidir se fundou no entendimento de que o prazo prescricional das ações 
que objetivam o recebimento do crédito-prêmio do IPI é quinquenal, nos termos do Decreto 
20.910/32, motivo esse que levou a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça a decidir 
pela ocorrência de prescrição no caso em apreço. Entendo, dessa forma, que a Primeira Turma 
do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Agravo de Instrumento 981.920/MG, não usurpou 
a competência desta Suprema Corte. Agiu, isso sim, dentro dos limites de sua competência 
constitucional (art. 105), ao decidir pela aplicação do que dispõe o Decreto 20.910/32 ao caso 
em tela, reconhecendo a ocorrência da prescrição. É que o fundamento jurídico derradeiro que 
levou a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça a manter a decisão da relatora, 
Ministra Denise Arruda, no sentido do desprovimento do Agravo de Instrumento 981.920/MG, 
foi a ocorrência da prescrição quinquenal preconizada no Decreto 20.910/32, fundamento esse 
exclusivamente infraconstitucional, motivo pelo qual não há que falar em usurpação da 
competência do Supremo Tribunal Federal. Assevere-se, ainda, que a Primeira Turma do 
Superior Tribunal de Justiça, ao entender aplicável ao presentecaso o que dispõe o art. 41, § 
1º, do ADCT, apenas e tão somente, realizou o exercício do controle difuso de 
constitucionalidade inerente a qualquer órgão investido de poder jurisdicional. Nesse sentido 
destaco os seguintes trechos de decisões proferidas por eminentes Ministros desta Suprema 
Corte em casos em que se discutia também o reconhecimento pelo Superior Tribunal de 
Justiça da ocorrência de prescrição em ações que objetivam o recebimento do crédito-prêmio 
do IPI, verbis: “(...) Ao analisar a aplicação do § 1º do art. 41 do ADCT de 1988 ao caso sob 
comento, o Superior Tribunal de Justiça nada mais fez que exercer o controle difuso de 
constitucionalidade, razão pela qual não usurpou a competência do Supremo Tribunal Federal. 
De acordo com Luís Roberto Barroso ‘O controle incidental de constitucionalidade é um 
controle exercido de modo difuso, cabendo a todos os órgãos judiciais indistintamente, tanto 
de primeiro como de segundo grau, bem como aos tribunais superiores’. Isso posto, nego 
seguimento à presente reclamação (RISTF, art. 21, § 1º). Prejudicado, pois, o exame da 
medida liminar.” (Reclamação 7.510/PA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 10.3.2009, 
destaquei) “(...) Nem se diga que o Superior Tribunal de Justiça não poderia aplicar regra de 
direito constitucional positivo nem efetuar o controle incidental de constitucionalidade das leis 
e atos do Poder Público, quando do julgamento de recursos sujeitos à sua própria 
competência. É que a fiscalização concreta de constitucionalidade, em nosso sistema jurídico, 
 
 22 
rege-se pelo método difuso, que permite, a qualquer magistrado ou Tribunal, proceder, 
‘incidenter tantum’, ao controle de legitimidade constitucional dos atos estatais. É importante 
enfatizar, neste ponto, na linha do magistério jurisprudencial firmado por esta Suprema Corte, 
que o E. Superior Tribunal de Justiça - à semelhança dos demais Tribunais e juízes - dispõe de 
competência para exercer o controle incidental, pela via difusa, da constitucionalidade dos 
atos estatais em geral (RTJ 158/976-978, Rel. Min. CELSO DE MELLO), ainda que a questão 
prejudicial de constitucionalidade venha a ser instaurada, como é processualmente lícito, em 
sede de recurso especial. (...)” (Reclamações 6.528-MC-AgR/MA, 6.581-MC-AgR/RJ e 6.772-
MC-AgR/TO, rel. Min. Celso de Mello, DJE 11.5.2009, 07.5.2009 e 12.5.2009, 
respectivamente, negritei) 5. Destaque-se, por fim, que o acórdão proferido pela Primeira 
Turma do Superior Tribunal de Justiça nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no 
Agravo de Instrumento 981.920/MG (fls. 289-292) foi publicado em 20.8.2008 e as 
reclamantes se mantiveram inertes, sem interpor qualquer recurso dessa decisão, conforme se 
pode verificar no sítio do Superior Tribunal de Justiça na internet, no módulo de consulta 
processual, limitando-se a ajuizar a presente reclamação nesta Suprema Corte, certo que tal 
acórdão transitou em julgado em 26.9.2008. Observa-se, assim, no pedido deduzido pela 
reclamante, também, a nítida existência de caráter recursal infringente, certo que a 
reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recursos ou ações cabíveis, conforme 
reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Reclamações 603/RJ, rel. Min. Carlos 
Velloso, Plenário, DJ 12.02.1999; 968/DF, rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 29.6.2001; 
2.933-MC/MA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 14.3.2005; 2.959/PA, rel. Min. Carlos Britto, DJ 
09.02.2005). 6. Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90 e 21, § 1º, do 
RISTF, nego seguimento à presente reclamação. Publique-se. Brasília, 22 de junho de 2009. 
Ministra Ellen Gracie Relatora 1 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=Rcl.SCLA.%20E%2065
30.NUME.&base=baseMonocraticas 
 
Rcl 6882 / MG - MINAS GERAIS 
RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA 
Julgamento: 14/05/2009 
Publicação: DJe-096 DIVULG 25/05/2009 PUBLIC 26/05/2009 
Despacho 
RECLAMAÇÃO. CRÉDITO-PRÊMIO DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. 
RECURSO ESPECIAL QUE SE FUNDAMENTA NO ART. 41, § 1º, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES 
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Reclamação, 
com pedido de medida liminar, ajuizada, em 28.10.2008, pela Companhia Vale do Rio Doce 
S/A contra ato do Superior Tribunal de Justiça que, nos autos do Recurso Especial n. 
1.039.822/MG, teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal. O caso 2. Em 
27.1.2004, a Companhia Vale do Rio Doce impetrou o Mandado de Segurança n. 
2004.38.00.002927-3 contra o Delegado da Receita Federal de Coronel Fabriciano (fls. 50-71). 
Em 19.4.2003, Juízo da 20ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais julgou 
parcialmente procedente o pedido e concedeu em parte a segurança para “declarar o direito 
da impetrante de utilizar o crédito-prêmio instituído pelo DL n. 491/69, observado, quanto aos 
valores não creditados no qüinqüênio anterior à propositura da presente ação (fls. 73-80). 
Contra essa decisão a Companhia Vale do Rio Doce (fls. 82-91) e a União interpuseram 
apelação (fls. 93-115). Em 6.12.2005, a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª 
Região deu provimento à apelação da União e julgou prejudicada a apelação da Companhia 
Vale do Rio Doce (fls. 117-125). Em razão disso, a Companhia Vale do Rio Doce opôs 
Embargos de declaração (fls. 127-133) que foram rejeitados (fls. 135-138) e, na seqüência, 
interpôs recurso especial (fls. 140-171) e recurso extraordinário (fls. 173-195), ambos não 
admitidos pelo Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (fls. 197-198 e 350). O 
 
 23 
agravo de instrumento interposto contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário 
(fls. 323-348) foi devolvido ao Tribunal a quo em razão de despacho proferido pelo Ministro 
Presidente do Supremo Tribunal Federal, em 23.3.2009, com fundamento no art. 543-B do 
Código de Processo Civil, conforme consulta feita no Módulo de Acompanhamento Processual. 
Contra a decisão que não admitiu o recurso especial a Companhia Vale do Rio Doce interpôs o 
Agravo de Instrumento n. 964.121/MG (fls. 200-221), provido pelo Ministro Francisco Falcão 
do Superior Tribunal de Justiça para determinar a subida do recurso especial (fl. 223). Em 
2.4.2008, o Ministro Relator negou seguimento ao Recurso Especial n. 1.039.822/MG. Contra 
essa decisão a Companhia Vale do Rio Doce interpôs o agravo regimental de fls. 232-257, ao 
qual a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento. Em 12.6.2008, a 
Companhia Vale do Rio Doce interpôs embargos de divergência (fls. 270-291), indeferidos 
liminarmente (fls. 293-296). Em 24.9.2008, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça 
negou provimento ao agravo regimental interposto contra aquela decisão (fls. 314-321), tendo 
transitado em julgado em 14.11.2008. É contra essa decisão que a Companhia Vale do Rio 
Doce ajuíza a presente reclamação. 3. A Reclamante argumenta que o Superior Tribunal de 
Justiça, no julgamento do Recurso Especial n. 1.039.822/MG, teria reconhecido a extinção do 
crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI com fundamento no art. 41, § 
1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Alega que, “ao fazê-lo (...) a Corte 
reclamada [teria] julgado a lide com base em fundamento exclusivamente constitucional, 
promovendo a indevida incursão na competência do [Supremo Tribunal Federal]” (fl. 10). 
Explica que o Supremo Tribunal Federal, nos autos do Recurso Extraordinário n. 577.302, que 
trata da matéria de fundo debatida no caso vertente,teria reconhecido a existência de 
repercussão geral o que evidenciaria que a autoridade reclamada subtraiu competência 
inclusive já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal como sua” (fl. 12). Requer “seja 
suspensa a eficácia do acórdão que julgou o AgRg no Agravo de Instrumento n. 965.608/MA 
[sic] e do que julgou o Agravo Regimental nos Embargos de Divergência no Recurso Especial 
n. 1.039.822/MG até o julgamento final desta reclamação” (fl. 28). No mérito, pede que seja 
“julgado procedente o pedido da presente reclamação para (...) que: a) seja reconhecido o 
direito de a Reclamante aproveitar o Crédito Prêmio instituído pelo Decreto-Lei n. 491/1969 
ou, ainda, a transferência a outras pessoas jurídicas (...) sem a limitação temporal de 5 
(cinco) anos à propositura da ação (...); b) Como (...) pedido sucessivo, ordenar que lhe 
sejam remetidos (...) os autos do processo n. 2004.38.00.002927-3, em que o Recurso 
extraordinário foi interposto, bem como o AI/Re n. 2007.01.00.039563-5/MG, para que os 
recursos de sua competência sejam conhecidos e julgados” (fls. 28-29). Em 30.10.2008, 
solicitei informações à autoridade reclamada e determinei vista dos autos à Procuradoria-Geral 
da República (fls. 362-363). Em 17.2.2009, a autoridade reclamada prestou informações, 
ocasião em que trouxe aos autos cópias das decisões e acórdão proferidos nos autos do 
Recurso Especial n. 1.039.822/MG (fls. 380-430). Em seu parecer, o Procurador-Geral da 
República opinou no sentido de que “seja concedida a liminar e, quanto ao mérito, é por que 
seja conferido ao presente caso a conclusão a que se chegar no julgamento do mencionado RE 
[n. 577.302/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, cuja repercussão geral foi 
reconhecida em 19.4.2008]” (fl. 436, grifos no original). Examinados os elementos havidos 
nos autos, DECIDO. 4. A reclamação é instrumento constitucional processual posto no sistema 
como dupla garantia formal da jurisdição: primeiro, para o jurisdicionado que tenha recebido 
resposta a pleito formulado judicialmente e que vê a decisão proferida afrontada, fragilizada e 
despojada de seu vigor e de sua eficácia; segundo, para o Supremo Tribunal Federal (art. 102, 
inc. I, alínea l, da Constituição da República) ou para o Superior Tribunal de Justiça (art. 105, 
inc. I, alínea f, da Constituição), que podem ter as suas respectivas competências enfrentadas 
e menosprezadas por outros órgãos do Poder Judiciário e a autoridade de suas decisões 
mitigadas em face de atos reclamados. Busca-se, por ela, fazer com que a prestação 
jurisdicional mantenha-se dotada de seu vigor jurídico próprio ou o órgão judicial de instância 
superior tenha a sua competência resguardada. Ela não se presta a antecipar julgados, a 
atalhar julgamentos, a fazer sucumbir decisões sem que se atenha à legislação processual 
específica qualquer discussão ou litígio a ser solucionado juridicamente. 5. O que se põe em 
foco na presente Reclamação é saber se o julgamento de recurso especial pelo Superior 
Tribunal de Justiça com fundamento em dispositivo do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias e sobre matéria cuja repercussão geral foi reconhecida e está pendente de 
julgamento, usurpa a competência do Supremo Tribunal Federal. Em 2.4.2008, o Relator do 
 
 24 
Recurso Especial n. 1.039.822/MG no Superior Tribunal de Justiça negou seguimento ao 
recurso nos termos seguintes: “A hipótese sub examine gravita em torno do incentivo fiscal 
denominado ‘crédito prêmio/IPI’, criado pelo Decreto-Lei nº 491, de 05 de março de 1969, 
como ressarcimento dos tributos pagos internamente pelas empresas fabricantes e 
exportadoras de produtos manufaturados sobre suas vendas para o exterior. Esta Corte 
Superior mantinha entendimento no sentido de que o benefício fiscal continuava em vigor, em 
face de restauração determinada pelo Decreto-Lei nº 1.894/81, não tendo sido atingido pela 
extinção aludida no artigo 41, § 1º do ADCT. Posteriormente, plasmou-se nova posição pela 
extinção do crédito-prêmio em junho de 1983, uma vez que o Decreto-lei nº 1.894/81 não 
teria o condão de restaurar o benefício em tela. Finalmente, chegou-se ao entendimento, que 
adoto como razão de decidir, no sentido da extinção do crédito-prêmio a partir de 04 de 
outubro de 1990, em face do contido no artigo 41, § 1º, do ADCT e, tendo em vista tratar-se 
de incentivo de natureza setorial, uma vez que beneficiava apenas o setor exportador. O 
dispositivo em questão prescreve que as entidades políticas do Estado devem reavaliar os 
incentivos fiscais de natureza setorial, considerando-se revogados aqueles incentivos que após 
dois anos da data da promulgação da Constituição não forem confirmados por lei. Assim, 
inexistindo lei dessa natureza, estaria revogado o incentivo. Observe-se que a Lei nº 
8.402/92, apesar de restabelecer o incentivo previsto no artigo 5º, do Decreto-Lei nº 491/69, 
não revigorou o incentivo em tela, ou seja, aquele constante do artigo 1º, deste diploma legal. 
(...) Quanto à Resolução nº 71, de 20/12/2005, observo que tal regramento não tem o condão 
de revigorar o incentivo em apreço, sendo impositivo observar que o texto, apesar de fazer 
referência ao Decreto-Lei nº 491/1969, trata na verdade dos artigos 1º do Decreto-Lei nº 
1.724/79 e do inciso I, do artigo 3º, do DL 1.894/91, os quais tiveram sua constitucionalidade 
questionada, com a declaração de inconstitucionalidade parcial da norma, pelo Supremo 
Tribunal Federal, o que impôs, em face da previsão contida no artigo 52, X, da CF, a 
suspensão das expressões tidas como inconstitucionais, remanescendo vigente o restante do 
dispositivo questionado, ou seja, os artigos 1º do Decreto-Lei nº 1.724/79 e do inciso I, do 
artigo 3º, do DL 1.894/91”(DJ 14.4.2008, grifos nossos). O Agravo Regimental interposto 
contra essa decisão ficou decidido: “IPI. CRÉDITO-PRÊMIO. DECRETO-LEI Nº 491/69 (ART. 
1º). EXTINÇÃO. OUTUBRO DE 1990. ART. 41, § 1º, DO ADCT. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. 
VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. SÚMULA Nº 284/STF. I - Não demonstrou a ora agravante, 
nas razões do recurso especial, em que consistiria a relevante omissão a justificar o cabimento 
dos embargos declaratórios, na origem, restringindo-se a argumentar que alegara a violação 
do art. 535 porque não houve juízo de valor sobre certos dispositivos legais. Incidência da 
Súmula nº 284/STF. II - Esta Corte Superior mantinha entendimento no sentido de que o 
benefício fiscal continuava em vigor, em face de restauração determinada pelo Decreto-Lei nº 
1.894/81, não tendo sido atingido pela extinção aludida no artigo 41, § 1º, do ADCT. III - 
Posteriormente, plasmou-se nova posição pela extinção do crédito-prêmio em junho de 1983, 
uma vez que o Decreto-lei 1.894/81 não teria o condão de restaurar o benefício em tela. IV - 
Finalmente, chegou-se ao entendimento, que se adota como razão de decidir, no sentido da 
extinção do crédito-prêmio a partir de 04 de outubro de 1990, em face do contido no artigo 
41, § 1º, do ADCT e tendo em vista tratar-se de incentivo de natureza setorial, uma vez que 
beneficiava apenas o setor exportador. O dispositivo em questão prescreve que as entidades 
políticas do Estado devem reavaliar os incentivos fiscais de natureza setorial, considerando-se 
revogados aqueles incentivos que após dois anos da data da promulgação da Constituição não 
forem confirmados por lei. Assim, inexistindo lei dessa natureza, estaria revogado o incentivo. 
Precedentes: REsp nº 781.971/SC, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 30/08/07; AgRg no 
REsp nº 554.533/RS, Rel. Min. DENISE ARRUDA, DJ de 12/03/07 e REsp nº 799.074/RS, Rel. 
Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 17/04/06. V - A Lei nº 8.402/92, apesar de restabelecer 
o incentivo previsto no artigo 5º do Decreto-Lei nº 491/69, não revigorou o crédito-prêmio em 
tela, ou seja, aquele constante do artigo 1º deste diploma legal. VI - É plenamente cabível a 
abordagemdo tema por este Eg. Sodalício, não havendo, assim, que se falar em usurpação da 
competência do Pretório Excelso, mormente por a discussão do tema possuir caráter 
eminentemente infraconstitucional, ainda que aborde tema constitucional. VII - Não há que 
falar em direito a eventual crédito a título de crédito-prêmio, mormente ser aplicável, in casu, 
a prescrição qüinqüenal, a partir do ajuizamento da ação, a teor do art. 1º do Decreto nº 
20.910/32, por não se tratar a hipótese em tela de repetição de indébito tributário, e a ação 
ter sido ajuizada em 1999. Precedentes: REsp nº 709.853/RS, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ 
 
 25 
de 23/08/07 e REsp nº 652.378/RS, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 23/10/06. VIII - 
Agravo regimental improvido” (REsp 1.039.822/MG, Primeira Seção, DJ 29.5.2008). Contra 
essa decisão a Companhia Vale do Rio Doce opôs embargos de divergência, rejeitados 
liminarmente pelo Relator. Essa decisão foi confirmada, em 24.9.2008, pela Primeira Seção 
em sede de agravo regimental em embargos de divergência: “TRIBUTÁRIO – IPI – CRÉDITO-
PRÊMIO – EXTINÇÃO EM 4.10.1990 – PACIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO – ERESP 738.689/PR 
– PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. 1. A Primeira Seção deste Tribunal, na assentada de 27.6.2007, 
em julgamento do EREsp 738.689/PR, de relatoria do Min. Teori Albino Zavascki, pacificou o 
entendimento no sentido de que o referido benefício fiscal foi extinto em 4.10.1990, por força 
do art. 41, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, segundo o qual 
considerar-se-ão ‘revogados após dois anos, a partir da data da promulgação da Constituição, 
os incentivos fiscais que não forem confirmados por lei’. Assim, por constituir-se o crédito-
prêmio de IPI em benefício de natureza setorial (já que destinado apenas ao setor 
exportador), e não tendo sido confirmado por lei, fora extinto no prazo a que alude o ADCT. 2. 
O prazo prescricional das ações que visam ao recebimento do crédito-prêmio do IPI, nos 
termos do art. 1º do Decreto 20.910/32, é de cinco anos. Precedentes da Primeira Seção. 
Agravo regimental improvido” (DJ 13.10.2008). 6. Esse é o ato reclamado, que, segundo a 
Reclamante, teria julgado a lide “com base em fundamento exclusivamente constitucional, 
promovendo indevida incursão na competência do [Supremo Tribunal Federal]” (fl. 10, grifos 
no original). Nas decisões proferidas nos autos do Recurso Especial n. 1.039.822/MG foram 
analisados os dispositivos do Decreto-lei n. 491/1969 em conjunto com o Decreto-lei n. 
1.894/1981, a Resolução nº 71, de 20.12.2005 e o art. 41, § 1º, do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. Registre-se, entretanto, que as decisões monocráticas e 
colegiadas proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça decorrem do exercício da competência 
constitucional que lhe foi conferida para julgar recurso especial interposto contra decisão 
proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em sede de apelação em mandado de 
segurança (art. 105, inc. III, da Constituição da República). O Superior Tribunal de Justiça 
pode exercer o controle difuso de constitucionalidade para, cotejando o art. 41, § 1º, do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias com as demais normas infraconstitucionais 
supostamente aplicáveis ao caso vertente, entender pela inconstitucionalidade daquelas que 
indevidamente beneficiariam a ora Reclamante. Nesse sentido: “RECURSO ESPECIAL - 
JULGAMENTO DE MÉRITO - CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. O Superior 
Tribunal de Justiça, uma vez ultrapassada a barreira de conhecimento do recurso especial, 
julga a lide, cabendo-lhe, como ocorre em relação a todo e qualquer órgão investido do ofício 
judicante, o controle difuso de constitucionalidade. (...)” ( AI 217.753 AgR/DF, Rel. Min. Marco 
Aurélio, Segunda Turma, DJ 23.4.1999, grifos nossos); E, “RECURSO ESPECIAL - ATUAÇÃO 
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - CONTROLE DIFUSO. O Superior Tribunal de Justiça, 
ultrapassada a barreira de conhecimento do recurso especial, exerce, como todo e qualquer 
órgão investido do oficio judicante, o controle difuso de constitucionalidade. Inexiste óbice 
constitucional que o impeça de desprover recurso enquadrado no inciso III do artigo 105 da 
Carta Política da Republica, tendo em vista homenagem a esta última” (AI 172.527-AgR/SP, 
Rel. Min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 12.4.1996, grifos nossos). O argumento segundo 
o qual o reconhecimento de repercussão geral no Recurso Extraordinário n. 577.302, que 
cuida do crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, tornaria “ainda mais 
evidente” (fl. 12) a usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal não pode 
prosperar. É que a circunstância de ter sido reconhecida, em 19.4.2008, a repercussão geral 
da matéria versada no Recurso Extraordinário n. 577.302 não significa que: a) este Supremo 
Tribunal irá reconhecer, necessariamente, o caráter constitucional da questão para fins de 
conhecimento de recursos extraordinários; b) o Superior Tribunal de Justiça está impedido de 
julgar, observando os limites de sua competência, o recurso especial interposto 
simultaneamente ao recurso extraordinário contra o acórdão do Tribunal Regional Federal da 
1ª Região na Apelação em Mandado de Segurança n. 2004.38.00.002927-3; c) haverá 
prejuízos ao julgamento que vier a ser proferido naquele recurso extraordinário que aguarda, 
no Tribunal a quo, o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 577.302. Em situação 
análoga à vertente, o Ministro Celso de Mello negou seguimento a reclamação ajuizada pela 
Companhia Vale do Rio Doce, nos termos seguintes: “Ocorre, no entanto, que o E. Superior 
Tribunal de Justiça, ao julgar o recurso de agravo em questão, não usurpou a competência 
desta Suprema Corte, como corretamente sustentou a União Federal nas razões do recurso de 
 
 26 
agravo que interpôs contra a decisão de fls. 272/274 (fls. 304/308): ‘(...) uma leitura mais 
atenta do acórdão reclamado evidencia que em apenas uma passagem há referência direta ao 
art. 41 do ADCT. A despeito disso, apesar de haver menção ao dispositivo constitucional em 
questão, o acórdão em análise não o adotou como razão de decidir. Com efeito, observa-se 
que a conclusão externada no julgamento do agravo de instrumento em questão teve como 
razão de decidir a análise das normas relativas ao Decreto nº 20.910/32, e não o texto do 
artigo 41, § 1º do ADCT. Por oportuno, veja-se, por mais uma vez, o teor da decisão 
reclamada: 'Por outro lado, ressalte-se que o prazo prescricional das ações que objetivam o 
recebimento do crédito-prêmio do IPI é qüinqüenal, regido pelo Decreto 20.910/32, porquanto 
não se trata de compensação ou de repetição de indébito tributário (REsp 652.378/RS, 1ª 
Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 23.10.2006; REsp 752.550/RS, 1ª Turma, Rel. Min. 
Teori Albino Zavascki, DJ de 19.9.2005). Conforme exarado no acórdão recorrido, apesar do 
Tribunal regional ter adotado a tese no sentido de que o incentivo fiscal em comento foi 
extinto em 30 de junho de 1983, mostra-se indiferente a aplicação do entendimento da 
corrente majoritária, pois a demanda foi ajuizada tão-somente em janeiro de 2004, razão pela 
qual é manifesta a ocorrência da prescrição.' Contudo, mesmo que se admita que se elevou ao 
Superior Tribunal de Justiça, no presente caso, pretensão de índole estritamente 
constitucional, o Ministro Relator do acórdão reclamado fez uma análise estritamente legal da 
matéria.’ (grifei) Mostra-se irrecusável concluir, desse modo, considerado o exame do quadro 
processual delineado pela União, que o E. Superior Tribunal de Justiça atuou, na presente sede 
processual, dentro dos estritos limites de sua própria competência, sem que se possa atribuir, 
à decisão ora questionada, o caráter de ato usurpador da competência do Supremo Tribunal 
Federal. Esse fato, por si só, inviabiliza o próprio conhecimento da presentereclamação pelo 
Supremo Tribunal Federal. (...) Nem se diga que o Superior Tribunal de Justiça não poderia 
aplicar regra de direito constitucional positivo nem efetuar o controle incidental de 
constitucionalidade das leis e atos do Poder Público, quando do julgamento de recursos 
sujeitos à sua própria competência. É que a fiscalização concreta de constitucionalidade, em 
nosso sistema jurídico, rege-se pelo método difuso, que permite, a qualquer magistrado ou 
Tribunal, proceder, “incidenter tantum”, ao controle de legitimidade constitucional dos atos 
estatais. É importante enfatizar, neste ponto, na linha do magistério jurisprudencial firmado 
por esta Suprema Corte, que o E. Superior Tribunal de Justiça - à semelhança dos demais 
Tribunais e juízes - dispõe de competência para exercer o controle incidental, pela via difusa, 
da constitucionalidade dos atos estatais em geral (RTJ 158/976-978, Rel. Min. CELSO DE 
MELLO), ainda que a questão prejudicial de constitucionalidade venha a ser instaurada, como 
é processualmente lícito, em sede de recurso especial. Daí a decisão que o eminente Ministro 
RICARDO LEWANDOWSKI proferiu na Rcl 7.510/PA, na qual - como precedentemente referido 
- reconheceu a plena legitimidade de o Superior Tribunal de Justiça exercer, mesmo em sede 
de recurso especial, o controle difuso de constitucionalidade” (Rcl 6.772-Agr-MC/TO, DJ 
12.5.2009). Em outros casos análogos ao presente, os Ministros do Supremo Tribunal Federal 
negaram seguimento às seguintes reclamações, por entenderem inexistir usurpação à 
competência deste Supremo Tribunal Federal: RCl 6.528-Agr-MC/TO, Rel. Min. Celso de Mello, 
decisão monocrática, DJ 11.5.2009; Rcl 6.518-Agr-MC/TO, Rel. Min. Celso de Mello, decisão 
monocrática, DJ 7.5.2009; Rcl 7.510/PA, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, 
DJ 10.3.2009; Rcl 6.061/PE, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ 5.6.2008. 7. Pelo 
exposto, nego seguimento à presente Reclamação, ficando, por óbvio, prejudicada a medida 
liminar pleiteada (art. 38 da Lei n. 8.038/1990 e art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 14 de maio de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA 
Relatora. 
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82.NUME.&base=baseMonocraticas 
 
 
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Rcl 6900 / AL - ALAGOAS 
RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. EROS GRAU 
Julgamento: 07/05/2009 
Publicação: DJe-087 DIVULG 12/05/2009 PUBLIC 13/05/2009 
Despacho 
Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Laginha Agro Industrial 
S/A, na qual é alegada usurpação da competência desta Corte praticada pela 2ª Turma do 
Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial n. 862.373. 2. A reclamante alega que a 
questão de que trata o recurso especial restringe-se à vigência do benefício do crédito-prêmio 
de IPI, previsto no decreto-lei n. 491/69. 3. Afirma ter proposto ação de rito ordinário contra 
a Fazenda Nacional, na qual se discutia a vigência do crédito-prêmio de IPI, cujo objeto foi 
julgado procedente. O TRF da 5ª Região julgou a apelação, confirmando o pronunciamento do 
Juízo de 1º grau. Contra o referido acórdão foram interpostos, pela Fazenda Nacional, recursos 
especial e extraordinário, ambos admitidos na origem. 4. A reclamante sustenta que a 2ª 
Turma do STJ julgou o REsp n. 862.373 e ao examiná-lo, não se limitou a analisar o conteúdo 
do objeto do recurso especial --- a matéria infraconstitucional. 5. Alega que o STJ, ao julgar o 
recurso especial, não poderia avançar sobre matéria de índole constitucional, porquanto tal 
prática constituiria usurpação da competência do STF. Acrescenta que “a Segunda Turma do 
STJ incidiu em grave erro material consubstanciado em decisão frontalmente infringente das 
incontornáveis regras de competência estabelecidas nos arts. 102, III, a, e 105, III, a e c, da 
CF” [fl. 10]. 6. A plausibilidade jurídica do pedido estaria configurada, vez que o STJ ao 
analisar a matéria contida no REsp n. 862.373 --- vigência do crédito-prêmio de IPI --- teria 
usurpado a competência constitucional recursal desta Corte para examinar o tema. O 
periculum in mora seria evidente, visto que a reclamante estaria sujeita ao imediato 
cancelamento, pela Fazenda Nacional, de compensações tributárias realizadas. 7. Requer a 
concessão de medida liminar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada, 
proferida nos autos do Recurso Especial n. 862.373. 8. O Presidente da 2ª Turma do STJ 
prestou informações nas quais alegou que “deu-se provimento ao recurso da Fazenda 
Nacional, por unanimidade, para reconhecer que o benefício fora extinto em 4.10.90, 
consoante decidira a Primeira Seção desta Corte, na assentada de 27.06.07, no julgamento 
dos EREsp 738.689, sendo Relator o Sr. Min. Teori Albino Zavascki” [fls. 233/234]. 9. O 
Ministério Público Federal opina pelo deferimento da medida liminar [fls. 370/374]. 10. É o 
relatório. Decido. 11. A questão teve sua repercussão geral reconhecida pelo Supremo 
Tribunal Federal nos RE n. 577.302 e RE n. 577.348, Relator de ambos o Ministro RICARDO 
LEWANDOWSKI, em 19 de abril de 2008. 12. A matéria de que trata esta reclamação foi 
apreciada pelo STJ nos Embargos de Declaração nos Embargos de Divergência em REsp n. 
738.689, Relator o Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, em cuja ementa colho os seguintes 
trechos: “[...] 3. O prequestionamento de matéria federal infraconstitucional é requisito de 
cabimento do recurso especial: não pode ser conhecido tal recurso quando tem como 
fundamento violação a preceito constitucional. Isso, todavia, não significa dizer que ao STJ 
jamais é dado enfrentar matéria constitucional, como se o Tribunal fosse obrigado a, 
necessariamente, aplicar o preceito normativo invocado no recurso, mesmo que o considere 
incompatível com a Constituição. 4. Na instância extraordinária, superado o juízo de 
admissibilidade do recurso, cumpre ao Tribunal ‘julgar a causa, aplicando o direito à espécie’ 
(RISTJ, art. 257; súmula 459/STF). Nessa oportunidade, o STJ não só pode, como deve, se 
necessário, enfrentar eventuais razões de ordem constitucional que impedem a aplicação, à 
causa em julgamento, da norma federal infraconstitucional invocada pelo recorrente. Cumpre-
lhe, assim, afastar a aplicação dessa norma não só quando a considerar inconstitucional 
(observado, nesse caso, o princípio da reserva de plenário - art. 97 da CF), como também 
quando, como no caso, a considerar revogada, implícita ou expressamente, pela ordem 
constitucional superveniente”. 12. Afasto, nessas condições, a alusão ao fumus boni iuris e 
nego o pedido de concessão de medida liminar. O mérito desta reclamação será apreciado 
quando o Plenário desta Corte julgar os RE n. 577.302 e RE n. 577.348. Publique-se. Brasília, 
7 de maio de 2009. Ministro Eros Grau – Relator. 
 
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=Rcl.SCLA.%20E%2069
00.NUME.&base=baseMonocraticas 
 
Rcl 6528 MC-AgR / MA - MARANHÃO 
AG.REG.NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO 
Julgamento: 30/04/2009 
Publicação: DJe-085 DIVULG 08/05/2009 PUBLIC 11/05/2009 
Despacho 
Reconsidero a decisão de fls. 321/323. Em conseqüência, julgo prejudicado o recurso de 
agravo interposto a fls. 342/352. Trata-se de reclamação ajuizada contra decisão, que, 
emanadado E. Superior Tribunal de Justiça, encontra-se consubstanciada em acórdão assim 
ementado (fls. 250): “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO 
ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. OMISSÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. TRIBUTÁRIO. CRÉDITO-
PRÊMIO DO IPI. EXTINÇÃO. PRESCRIÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não há omissão a ser 
sanada no julgado impugnado. Isso, porque o Tribunal ‘a quo’ decidiu a lide apresentando 
satisfatoriamente os motivos de seu convencimento. Consoante orientação firmada no 
Superior Tribunal de Justiça, não é necessário que o órgão julgador se manifeste sobre todas 
as questões trazidas pelas partes, desde que o entendimento adotado seja suficiente para 
decidir a controvérsia, como ocorreu na hipótese dos autos. 2. A Primeira Seção desta Corte, 
no julgamento do EREsp 396.836/RS (Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Rel. p/ acórdão Min. 
Castro Meira, DJ de 8.3.2006) acolheu a tese no sentido de que o crédito-prêmio do IPI foi 
extinto em 5 de outubro de 1990. 3. O prazo prescricional das ações que objetivam o 
recebimento do crédito-prêmio do IPI é qüinqüenal, regido pelo Decreto 20.910/32, porquanto 
não se trata de compensação ou de repetição de indébito tributário. 4. Na hipótese, apesar de 
o Tribunal de origem ter adotado a tese no sentido de que o incentivo fiscal em comento foi 
extinto em 30 de junho de 1983, mostra-se indiferente a aplicação do entendimento da 
corrente majoritária, pois a demanda foi ajuizada tão-somente em 2004, razão pela qual é 
manifesta a ocorrência da prescrição. 5. Agravo regimental desprovido.” (AI 965.608-AgR/MA, 
Rel. Min. DENISE ARRUDA - grifei) A empresa ora reclamante, para justificar a alegação de 
que a decisão questionada teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal, apóia-
se nos seguintes fundamentos (fls. 09/11): “II - O STJ USURPOU A COMPETÊNCIA DO STF: 
O ACÓRDÃO IMPUGNADO DECIDIU MATÉRIA CONSTITUCIONAL O acórdão impugnado, a fim 
de fundamentar sua negativa à subida do Recurso Especial (cf. Doc. 12), aduziu que o art. 41, 
§ 1º do ADCT-CF/88, ao determinar que os incentivos fiscais de natureza setorial não 
confirmados por lei seriam extintos dois anos após a promulgação da Constituição Federal, 
levou à extinção do crédito-prêmio de IPI em 05.10.1990. Ao fazê-lo, no entanto, a Corte 
reclamada julgou a lide com base em fundamento exclusivamente constitucional, promovendo 
indevida incursão na competência do STF, conferida pelo art. 102 da CF/88, o que ensejou o 
cabimento da presente reclamação (art. 102, I, ‘l’ da CF/88). Isso porque a autoridade 
judiciária reclamada não procedeu à devida avaliação da questão infraconstitucional suscitada 
no Recurso Especial (cf. Doc. 12) e nos agravos subseqüentes (cf. Docs. 13 e 15), referente à 
análise do art. 1º da Lei nº 8.402/92 e do art. 1º do Decreto-Lei nº 20.910/32, bem como a 
respeito da existência de julgados divergentes da jurisprudência adotada pela Primeira 
Turma do STJ, que limitaria, no caso, a aplicação do art. 557 do Código de Processo Civil 
(CPC). Vale observar que nem mesmo a oposição de embargos de declaração (Doc. 17) serviu 
para sanar a evidente omissão do acórdão, havendo sido rejeitado nos termos do voto da 
Relatora (Doc. 18). Muito pelo contrário, a autoridade reclamada analisou, diretamente, a 
questão constitucional referente à interpretação do art. 41, § 1º do ADCT-CF/88, concluindo 
que a citada norma de direito constitucional intertemporal teria extinguido o crédito-prêmio de 
IPI, o que implicou a invasão de competência que se procura remediar. É de se destacar que a 
questão constitucional relacionada ao art. 41, § 1º do ADCT-CF/88 foi suscitada pela 
Reclamante em seu Recurso Extraordinário (cf. Doc. 11), cujo Agravo de Instrumento (Doc. 
19) interposto contra decisão que o inadmitiu (Doc. 20) encontra-se sobrestado no TRF da 1ª 
 
 29 
Região, por força do disposto no art. 543 do CPC. Em suma, ao ignorar o pedido pertinente ao 
Recurso Especial e, em seqüência, adentrar nas razões constitucionais que integram o Recurso 
Extraordinário interposto pela Reclamante, a Primeira Turma do STJ usurpou a competência 
conferida pelo art. 102, III, ‘a’ ao Supremo Tribunal Federal, razão pela qual a presente 
Reclamação se afigura no remédio constitucional apto a corrigir a indevida incursão da 
autoridade judiciária reclamada na matéria constitucional envolvida.” (grifei) Passo a apreciar 
a admissibilidade, no caso ora em exame, do instrumento constitucional da reclamação. 
Todos sabemos que a reclamação, qualquer que seja a natureza que se lhe atribua - ação 
(PONTES DE MIRANDA, “Comentários ao Código de Processo Civil”, tomo V/384, Forense), 
recurso ou sucedâneo recursal (MOACYR AMARAL SANTOS, RTJ 56/546-548; ALCIDES DE 
MENDONÇA LIMA, “O Poder Judiciário e a Nova Constituição”, p. 80, l989, Aide), remédio 
incomum (OROSIMBO NONATO, “apud” Cordeiro de Mello, “O processo no Supremo Tribunal 
Federal”, vol. 1/280), incidente processual (MONIZ DE ARAGÃO, “A Correição Parcial”, p. 110, 
1969), medida de direito processual constitucional (JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de 
Direito Processual Civil”, vol. 3º, 2ª parte, p. 199, item n. 653, 9ª ed., l987, Saraiva) ou 
medida processual de caráter excepcional (Ministro DJACI FALCÃO, RTJ 112/518-522) -, 
configura instrumento de extração constitucional destinado a viabilizar, na concretização de 
sua dupla função de ordem político-jurídica, a preservação da competência e a garantia da 
autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, “l”), consoante tem 
enfatizado a jurisprudência desta Corte Suprema (RTJ 134/1033, Rel. Min. CELSO DE MELLO). 
 A destinação constitucional da via reclamatória, portanto - segundo acentua, em autorizado 
magistério, JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Instituições de Direito Processual Civil”, vol. IV/393, 
2ª ed., Forense) -, além de vincular esse meio processual à preservação da competência 
global do Supremo Tribunal Federal, prende-se ao objetivo específico de salvaguardar a 
extensão e os efeitos dos julgados desta Suprema Corte. Ocorre, no entanto, que o E. 
Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o recurso de agravo em questão, não usurpou a 
competência desta Suprema Corte, como corretamente sustentou a União Federal nas razões 
do recurso de agravo que interpôs contra a decisão de fls. 321/323 (fls. 346/350): “(...) uma 
leitura mais atenta do acórdão reclamado evidencia que, em apenas uma passagem, há 
referência direta ao art. 41 do ADCT, sendo certo que o outro registro existente decorreu de 
remissão a precedente daquela Corte, mencionado ao longo de tal decisão (fls. 246/250). 
Todavia, apesar de haver alusão àquele dispositivo constitucional, o acórdão em análise não o 
adotou como razão de decidir. Com efeito, observa-se que a conclusão externada no 
julgamento que negou provimento ao supracitado Agravo Regimental teve como razão de 
decidir a análise das normas relativas ao Decreto nº 20.910/32, e não o texto do artigo 41, § 
1º do ADCT. Nesse sentido, impende destacar trecho do voto proferido pela Relatora - e que 
serviu de base para o desprovimento unânime do recurso -, no ponto em que disserta sobre o 
mérito da lide - qual seja, a utilização do crédito-prêmio do IPI: ‘Por outro lado, ressalte-se 
que o prazo prescricional das ações que objetivam o recebimento do crédito-prêmio do IPI é 
qüinqüenal, regido pelo Decreto 20.910/32, porquanto não se trata de compensação ou de 
repetição de indébito tributário (REsp 652.378/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 
23.10.2006; REsp 752.550/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 19.9.2005). 
Apesar de o Tribunal de origem ter adotado a tese no sentido de que o incentivo fiscal em 
comento foi extinto em 30 de junho de 1983, mostra-se indiferente a aplicação do 
entendimento da corrente majoritária, pois a demanda foi ajuizada tão-somente em 2004, 
razão pela qual é manifesta

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