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apostila de comandos

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PARTIDA-ESCALONADA-DOIS-MOTORES.pdf
PARTIDA-ESTRELA-TRIANGULO.pdf
PORTAO-ELETRICO.pdf
SISTEMA-BOMBEAMENTO-AGUA.pdf
		BOMBA-AGUA.dwg
		Model
apostila1.pdf
 4
INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho tem por objetivo mostrar os fundamentos utilizados para partida e 
parada de motores, em situações semelhantes às encontradas nas indústrias. 
 
 Pretende-se mostrar circuitos simples de força, de comando, de controle e de proteção, 
tendo em vista que outros mais sofisticados se derivam destes. Como estratégia de 
desenvolvimento o conteúdo está dividido em duas seções: Teoria e Prática. 
 
 Na parte de Teoria estão as descrições dos principais dispositivos utilizados, com suas 
característica técnicas, vantagens e limitações. Na parte Prática são apresentadas algumas 
ligações simples, através de diagramas e descrições de funcionamento, que devem ser 
executadas no laboratório, para checar a sua veracidade e tornar mais fácil a sua compreensão. 
 
 
 
 
 
 
Seção 1: TEORIA 
 
 Antes de se ver as características de cada dispositivo, é necessário que alguns 
conceitos fiquem bem esclarecidos e definidos. 
 
 Contatos → São elementos que tem por objetivo dar continuidade ou não à passagem 
de corrente elétrica. São definidos no seu estado de repouso, sem atuação de agentes externos, 
como sendo normalmente abertos (NA) ou normalmente fechados (NF). Sendo que quando 
estão no estado aberto, não permitem a passagem da corrente elétrica e quando estão no 
estado fechado permitem. 
 
 Acionamento em Carga → Um dos grandes problemas existentes em instalações 
elétricas é a abertura e o fechamento de circuitos em carga, ou seja, quando existe corrente 
elétrica. Se o acionamento for feito de forma incorreta, lenta, o faiscamento nos contatos que, 
é inevitável, terá proporções maiores, provocando danos ao equipamento. Para minimizar os 
efeitos da faísca, os dispositivos projetados para operarem em carga têm acionamento rápido e 
podem também ter seus contatos imersos em ambientes que fazem a extinção do arco mais 
rapidamente. 
 
 Corrente Nominal → Todo equipamento elétrico tem por objetivo a condução de 
corrente, fazendo com que os seus componentes internos, nos quais circula a corrente, tenham 
seções adequadas. Isto faz com que, para um mesmo tipo de equipamento, haja variações nas 
dimensões das partes condutoras, em função da magnitude da corrente que o mesmo deve 
conduzir, ou seja, da sua corrente nominal. 
 
 
 
 
 
 
 4
 5
1.1 CHAVES SECCIONADORAS 
 
 Também chamadas de chaves faca, são aquelas que através de um movimento de 
rotação de uma lâmina condutora, abrem ou fecham os seus contatos. Apesar de existirem 
alguns tipos para acionamento em carga, a grande maioria das chaves seccionadoras são para 
abrirem ou fecharem circuitos sem corrente, apenas com tensão, portanto não devem ser 
usadas para ligar ou desligar equipamentos. Servem apenas para dar continuidade aos 
circuitos ou isolá-los para manutenção. 
 
 
1.2 DISJUNTORES 
 
São dispositivos de manobra que permitem o acionamento em 
carga por possuírem um disparo por molas fazendo com que o 
movimento dos contatos seja rápido. Além do acionamento rápido, a 
abertura e o fechamento dos contatos também se dá dentro de uma 
câmara de extinção de arco especialmente projetada para isto. 
 
 Os disjuntores não são apenas dispositivos de comando, pois 
possuem também elementos de proteção, térmico para sobrecorrente e 
magnético para curto-circuito. Para conhecimento do relé térmico, ver 
item 1.11. 
 
 O relé magnético, utilizado como proteção
consiste de uma bobina em série com a alimen
percorrida por uma corrente da ordem de 10 vezes a nominal, (valor es
fabricante e o tipo do disjuntor), cria uma força magnética que 
vence a ação de uma mola fazendo com que se abra o contato. 
Instantaneamente interrompendo o circuito. Hoje em dia deve 
se tomar cuidado na especificação de disjuntores em circuito 
de motores, pois existe alguns tipos de disjuntores com relé 
magnético que opera com 3 vezes a corrente nominal, fazendo 
com que o mesmo atue indevidamente na partida dos motores, 
os quais consomem uma corrente da ordem de 8 vezes a 
nominal neste instante. 
monofásico 
 
 Os disjuntores são dispositivos de comando que devem 
ser usados para operações com baixa freqüência. Para 
acionamentos mais freqüentes devem ser usados contatores, 
que serão vistos a seguir. Os disjuntores podem também 
possuir dispositivos de motorização possibilitando o comando remoto. 
 
 
1.3 CONTATORES 
 
 Contatores são dispositivos que se utilizam de princípios ele
acionar contatos, da seguinte forma: 
• Uma bobina ao ser percorrida por uma corrente elétrica produz u
que atrai um núcleo móvel. 
 5
 de curto circuito, 
tação, que ao ser 
te que varia com o 
Trifásico 
tromagnéticos para 
m fluxo magnético, 
 6
• Ao ser aberto o circuito elétrico desta bobina o 
fluxo magnético é interrompido, fazendo com 
que cesse a força de atração, e o núcleo móvel 
volta a sua posição de repouso, pela ação de 
uma mola. 
• Junto com este movimento são “arrastados” os 
contatos, fazendo com que se abram ou se 
fechem. 
 
 
 
 
 (5 A), chamados de contatos auxiliares, que são destin 
quantidade destes contatos varia de acordo com o mode 
que em muitos casos se pode colocar blocos adicionais de
Contatos principais 
Contatos auxiliares 
Os contatores possuem três
contatos NA, chamados de contatos
principais ou de força, destinados a
fechar e a abrir as três fases de
alimentação de um motor trifásico.
Sabendo-se que para cada potência de
motor é solicitada uma corrente diferente
da rede, os contatores devem ser
especificados de acordo com esta
corrente nominal. Além destes três
contatos, que têm que ter a corrente
nominal coerente com a corrente do
motor, os contatores possuem outros
contatos auxiliares (NA) ou (NF),
aciona
capaci
 
 A maioria dos fabricantes utiliza a seguinte numer
 
• Contatos Principais: L1/T1; L2 /T2; L3/T3, ou 1/2, 3 
 
• Contatos Auxiliares: NA com finais 3 e 4 e NF com fi 
e 43/44 e NF 21/22 e 31/32. 
 
 
1.4 RELÉS AUXILIARES OU CONTAT
 
 São dispositivos com acionamento idêntico aos co
contatos principais de força, NA, com capacidade de cor
Possuem apenas os contatos auxiliares. Não são utilizad
fazer o automatismo. 
 
 
 
 
 
 6
ados para fazer o automatismo. A
lo e o fabricante do contator, sendo
stes contatos. 
dos pelo mesmo núcleo, com
dade de corrente fixa normalmente
ação dos contatos: 
/4, 5/6 
nais 1 e 2. Ex.: contatos NA 13/14 
ORES AUXILIARES 
ntatores só que não possuem os três 
rente variando em função do motor. 
os para ligar motores, mas sim para 
 7
1.5 RELÉS TEMPORIZADOS E RELÉS CÍCLICOS 
 
 
Relés temporizados são aqueles que quando têm que comutar seus 
contatos eles contam um tempo antes de o fazê-lo. Eles podem ser 
temporizados na energização ou na desenergização. Temporizados na 
energização são aqueles que quando as bobinas recebem tensão, contam um 
tempo para comutar os seus contatos, sendo que, ao se retirar a tensão, o 
retorno às condições iniciais se faz de forma instantânea. Temporizados na 
desenergização é o caso inverso ou seja : quando a sua bobina é energizada 
comuta seus contatos instantaneamente e quando é desenergizada, conta um 
tempo para retornar à sua posição de repouso. 
 
 Relés Cíclicos são aqueles que comutam os seus contatos em uma 
seqüência pré-determinada no tempo, e ao terminá-la, recomeçam 
novamente. São usadas por exemplo para repetir
operações todos os dias ou 
à cada intervalo de horas pré ajustadas. 
 
 
1.6 BOTOEIRAS 
 
 São elementos de comando que servem para 
energizar ou desenergizar contatores, sendo que 
comutam seus contatos NA ou NF através de 
acionamento manual. Podem variar quanto às cores, 
formato e proteção do acionador, quantidade e tipos de 
contatos, e reação ao acionamento. 
 
Quanto ao formato e proteção do acionador 
temos desde as botoeiras tipo soco, que têm o 
acionador grande na forma de “cogumelo”, sendo de 
fácil acionamento, destinadas à situações de 
emergência; até as botoeiras com acionador protegido 
por tampa, que evitam o acionamento por toque 
acidental e somente devem ser operadas conscientemente. 
 
 A variação quanto à reação ao acionamento consiste de dois tipos: as de posição 
mantida que trocam a condição do contado NA ou NF toda vez que são operadas e 
permanecem na nova posição até o próximo acionamento; e as pulsantes, que trocam a 
condição do contato somente enquanto existir a pressão externa, voltando às condições 
iniciais assim que cesse a mesma. 
 
 
1.7 CHAVES DE COMANDO 
 
 São aquelas destinadas a comandar uma ação, e podem ser desde as menores, 
monopolares, que ligam cargas através da energização das bobinas dos Contatores, até 
aquelas que ligam ou desligam diretamente a alimentação trifásica dos motores. As chaves 
 7
 8
que comandam diretamente os motores têm variações quanto a forma de par s mesmos, 
podendo ser para partida direta, ou estrela/triângulo, ou com inversão de rotação. 
 
 
1.8 CHAVES SELETORAS 
 
 São chaves de baixa corrente, inseridas nos circuitos do autom
selecionar os tipos de comando, elas podem variar quanto ao número
de contatos, bem como a programação dos mesmos, para atender 
pelo projeto. Como exemplo podemos citar as chaves que seleciona
(manual/automático), que selecionam as prioridades de entrada 
chaves de transferência voltimétrica que seleciona qual das t
voltímetro (RS/ST/TR), chaves de transferência amperimétrica, q
correntes de fase vai ser indicada no amperímetro (R/S/T), etc. 
 
 
 
1.9 SENSORES 
 
 São dispositivos que indicam, através de contatos, o estado ou
variável. Exemplos: 
 
- chaves fim de curso → possuem contatos que são comutado
 haste, que é acionada por uma parte móvel do objeto s
 indicando assim a sua posição. 
 
- chaves bóia → comutam os contatos através do acionamento
 sobre um líquido. Existem também outros tipos de aci
 (capacitivo, indutivo) e que servem para detectar altur
 de sólidos (grãos). 
 
- células foto elétricas → detectam a presença de luz, clari
- 
- sensores de aproximação → detectam através de raio infrav
 aproximação de seres vivos. 
 
- detetores de pressão, vazão, umidade, calor ... 
 
 
1.10 FUSÍVEIS 
 
São elementos de proteção contra curto-circui
de seu elo, que é o elemento especialmente projeta
aquecimento provocado pela passagem de corr
determinado valor. Existem vários tipos, sendo os m
dos tipos rolha e cartucho. O rolha é como um 
 soquete de lâmpada, feito em porcelana, com o 
 seu elo visível, sem proteção, feito de chumbo. O cartucho é 
rolha 
 aquele em que o elo é uma fita também de chumbo, envolta em um 
 8
atismo
 de pos
as nece
m os ti
de bom
ensões 
ue sele
 a posiç
s por um
ob estud
 de um
onamen
a 
dade. 
ermelho
to que o
do para
ente el
ais sim
tida do
, que servem para 
ições e o número 
ssidades exigidas 
pos de comandos 
bas (B1/B2/B3), 
será indicada no 
cionam qual das 
ão de alguma 
a 
o, 
a bóia 
to, 
 a 
peram pela fusão 
 se fundir com o 
étrica acima de 
ples e baratos os 
cartucho 
 9
 canudo de papelão. 
 
Os mais sofisticados, caros, melhores e mais precisos são os Diazed e os NH, cujas 
características em comum são do elo ser feito de cobre e a fusão se dar em um ambiente cheio 
de areia, o que propicia fácil extinção do arco, fazendo com que cortem correntes de até 100 
kA com segurança. Possuem também a sinalização de queima e são feitos nas versões rápido 
e retardado, sendo este último utilizado em circuitos de motores, não atuando indevidamente 
durante a partida, dos mesmos, instante no qual é solicitada uma corrente de 8 vezes a 
corrente nominal do motor. O NH se assemelha ao cartucho sendo que a sua ligação com o 
resto da instalação é feita por lâminas, o que permite, se for ser instalado em caixa, fazer 
também a função de uma chave seccionadora. O diazed se assemelha ao rolha porém, para ser 
utilizado necessita de base, tampa, anel e parafuso de ajuste. O parafuso de ajuste é composto 
de um parafuso metálico que faz o contato elétrico e uma arruela de porcelana que tem o seu 
 
diâmetro variável de acordo com a corrente nominal do fusível, não permitindo que se 
coloque um de maior amperagem no lugar de um de menor amperagem (o fusível possui o seu 
terminal de contato com o parafuso de ajuste, com diâmetro variável de acordo com a sua 
corrente nominal). 
 
 
1.11 RELÉ TÉRMICO 
 
 O relé térmico é um relé de sobrecorrente de atuação 
temporizada efetuada por um bimetal. O bimetal consiste de duas 
lâminas, de dois matérias com coeficientes de dilatação diferentes, 
coladas longitudinalmente, e sendo enrolado sobre elas um 
condutor, no qual passa a corrente da carga . Com a passagem desta 
corrente, o calor dissipado faz com que estas duas lâminas se 
dilatem de forma desigual, fazendo uma deflexão, responsável pela 
abertura/fechamento de contatos auxiliares, localizados na sua 
extremidade livre. A atuação da proteção, com consequente parada do motor, se dá através da 
bobina do contator. Esta proteção é usada como sobrecarga e é normalmente regulada para um 
aumento de corrente da ordem de 20 a 60%. É temporizada por ser realizada através de efeito 
térmico, o qual leva um tempo para se propagar/estabilizar. 
 Construtivamente o relé térmico já vem com seus terminais próprios para 
serem ligados diretamente no contator. 
 
 
1.12 RELÉ DE FALTA DE FASE 
 
 
Para um motor a falta de uma fase leva-o à queima, pois o 
mesmo pode não girar, ficando travado, puxando muita corrente da 
rede. Para proteger o sistema da falta de fase, que pode ocorrer pela 
queima de um fusível, existe um relé que sente esta falta e manda 
desligar o contator, impedindo a energização do motor. 
 9
 10
 
 
1.13 RELÉS DE SUB E DE SOBRETENSÃO 
 
Como o próprio nome diz, eles operam com baixa tensão e com alta tensão 
respectivamente, fazendo com que se desenergize a rede nestas condições. O relé de 
subtensão pode entrar no automatismo fazendo com que, na inexistência de tensão na 
alimentação principal, providencie a entrada de outra como segurança, por exemplo um grupo 
gerador-diesel. 
 
 
1.14 INSTRUMENTOS 
 
Instrumentos são dispositivos que indicam o valor de uma variável, por exemplo: 
corrente, tensão, potência, temperatura, etc; sendo chamado em cada caso de amperímetro, 
voltímetro, watímetro, termômetro, etc, respectivamente. 
 
 Existem dois tipos de instrumentos, os analógicos que fazem as suas indicações 
através de ponteiros e os digitais que as fazem através de números. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
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Seção 2: PRÁTICA 
 
 Antes de começarmos a montagem dos experimentos, vamos ver quais são os tipos de 
desenhos elétricos mais significativos: 
 Unifilar → É um desenho que mostra a parte de força, ou seja, a parte de potência de 
um sistema elétrico, com todas as ligações e equipamentos através de um único
fio, sabendo-
se que os outros são análogos. Desta forma, o diagrama se apresenta mais simples, sendo ideal 
para se entender a filosofia do conjunto, do sistema como um todo, não se prestando para 
manutenção, pois não mostra todas as ligações com detalhes de bornes. 
 Trifilar ( Bifilar, Multifilar ) → Também é um desenho que mostra a parte de força 
porém com todos os fios existentes, (no caso um sistema trifásico), com todos os seus 
equipamentos e bornes de ligação. É um desenho muito carregado, não sendo fácil a 
visualização do todo, porém excelente para manutenção por mostrar todas as ligações 
detalhadas. 
 Funcional → É um desenho que mostra a parte de comando, controle e proteção. 
Indica as formas de se operar o sistema, bem como as grandezas que estão sendo controladas, 
e as proteções existentes. É o desenho que mostra todas as possibilidades e limitações de 
comando, controle e proteção do sistema. 
 Cablagem → São os desenhos que mostram as interfaces, as fiações existentes entre 
os vários equipamentos de um sistema. 
 Físicos → São aqueles que mostram os arranjos em salas de equipamentos, mostram 
as vistas frontais dos quadros, as furações necessárias para se montar os painéis, etc. 
 
 
2.1 FILOSOFIAS DE COMANDO 
 
 Nesta parte são dadas as filosofias de comando para partida e parada de motores em 
várias situações. Deverão ser elaborados diagramas trifilares e funcionais que atendam estas 
filosofias. Mais adiante serão mostrados estes desenhos juntamente com uma descrição de 
funcionamento dos mesmos, (itens 2.2 e 2.3 respectivamente). 
 Nota: Os diagramas, principalmente os funcionais, podem desenvolver a mesma 
filosofia, porém se apresentando de forma diferente uns dos outros. Isto se deve ao fato da 
filosofia não estar bem definida ou delimitada, ou por mostrarem os contatos com posições 
relativas trocadas, porém dentro de um mesmo objetivo (ex.: em uma seqüência de contatos 
em série, pode aparecer um antes do outro, a posição relativa não muda a filosofia). 
 
 
2.1.1 LIGAÇÃO BÁSICA DE UM MOTOR 
 
Fazer o diagrama trifilar e o funcional para a ligação básica de um motor, a qual deverá 
atender os seguintes requisitos: 
• Ligar e desligar um motor através de um contator e botoeiras pulsantes. 
• Utilizar fusíveis para proteção de curto-circuito e relé térmico para sobrecarga. 
 • A atuação do térmico deverá parar o motor através do contator e sinalizar a sua 
atuação. 
 •Sinalizar também as condições de motor ligado e desligado. 
• Medir a corrente da fase V, e as tensões entre as fases utilizando uma chave de 
transferência voltimétrica. 
 11
 12
 
2.1.2 LIGAÇÃO DE UMA BOMBA DE ÁGUA 
 
Fazer os esquemas para uma bomba que capta água de um nível inferior e joga em um 
nível superior, sendo que para esta situação deseja-se: 
 • Operação separada, de manual e automático, através de chave de 
posição mantida (Man/Desl/Aut). 
 • Comando manual de liga e desliga através de contator e botoeiras pulsantes, e o 
automático através de bóia diferencial da caixa superior. 
 • Tanto o comando manual como o automático, deverão ser bloqueados se não tiver 
nível de água suficiente na caixa inferior, não havendo assim resfriamento do selo da bomba, 
o que acarretaria em sobre-aquecimento e queima da mesma (parte mecânica). O nível 
mínimo requerido para operação é chamado de submergência mínima. 
 • Medições de tensão e de corrente idênticas às do item anterior. 
 • Proteção por fusíveis e térmico. 
 • Sinalizações de ligada, desligada, térmico atuado e submergência mínima. 
 
 
2.1.3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA 
 
 É o sistema utilizado em prédios, composto de uma caixa inferior (térreo) e outra 
superior (no topo do edifício). A inferior é abastecida com água da rua controlada por bóia 
mecânica, e existem duas bombas (uma é reserva), para elevarem esta água até a caixa 
superior. Projetar um esquema que atenda estas necessidades e possua as seguintes 
características: 
 • Chaves Man/Desl/Aut e Bomba1/Bomba2 
 • Demais itens idênticos ao caso anterior, sendo que as sinalizações são agrupadas 
para o sistema: sistema ligado, sistema desligado, sistema com térmico atuado e 
submergência mínima. 
 
 
2.1.4 INVERSÃO DE ROTAÇÃO 
 
 Para se inverter a rotação de um motor trifásico basta invertermos a ligação de duas 
das suas três fases. O sistema descrito abaixo permite a inversão antes do motor parar de girar 
(inércia), o que provoca um “tranco” na rede elétrica. Para se evitar esta situação seria 
necessário colocar um sensor de motor parado, rotação zero. Projete um esquema que permita 
a inversão de rotação com as seguintes características: 
 • Um único botão de parada e dois botões de partida, um para cada sentido de rotação. 
 • Dois contatores, um para cada sentido de rotação, intertravados eletricamente para 
evitar curto-circuito na rede. 
 • Proteção com um único jogo de fusíveis e um único relé térmico. 
 • Medição de corrente e de tensão. 
 • Sinalização do sentido de rotação, horário e anti-horário, parado e térmico atuado. 
 
 
 
 
 12
 13
2.1.5 PORTÃO ELÉTRICO 
 
Baseado no esquema de inversão de rotação anterior é possível se fazer o acionamento 
de um portão com comando elétrico, sendo que a rotação para um lado abre o portão e para o 
outro fecha. Os itens do esquema anterior que deverão ser modificados são os seguintes: 
 • Parada automática do portão, nas posições aberto e fechado, detectadas através de 
fins de curso que param o motor e impedem que seja religado no mesmo sentido. 
 • Sinalização em uma mesma lâmpada para portão aberto e abrindo, sendo que para a 
condição aberto a lâmpada fica acesa de forma contínua e para a condição abrindo ela fica 
piscando. A mesma filosofia de sinalização deve ser usada para fechado e fechando. 
 • Eliminar a sinalização “parado”. 
 
 
2.1.6 PARTIDA ESCALONADA DE DOIS MOTORES 
 
 Esta condição bloqueia a partida simultânea de dois motores. Normalmente é utilizada 
para evitar sobrecarga em uma rede, na qual o automatismo mantém uma ordem de ligar os 
motores e ocorrendo uma queda de tensão, no retorno da mesma, os motores partiriam 
simultaneamente provocando perturbações no sistema. No caso atual deseja-se projetar um 
sistema de partida de dois motores, através de um único conjunto de botoeiras, sendo que 
dado um comando de ligar, parte primeiro um, e depois de um tempo parte o outro, sendo que 
o desligamento é simultâneo. 
 • Utilizar fusíveis e térmicos individuais para cada motor; um único jogo de botoeiras; 
e um relé temporizado. 
 • A atuação de um térmico provoca a parada do sistema. 
 • Sinalizar o sistema ligado, desligado e térmico atuado. Sinalizar na mesma lâmpada 
de ligado a condição ligando, porém de forma pulsante. 
 
 
 
2.1.7 PARTIDA ESCALONADA DE TRÊS MOTORES 
 
 Idem ao anterior, porém para três motores. 
 
 
2.1.8 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO 
 
 Durante a partida de um motor, o fato dele estar com o rotor parado, se assemelhando 
à condição de rotor bloqueado, faz com que o mesmo solicite uma corrente maior para vencer 
a inércia, a qual normalmente é oito vezes a sua corrente nominal. Este pico de corrente 
provoca perturbações na rede. Para minimizar esta condição existem vários artifícios para 
diminuir a corrente de partida, sendo um deles a partida com tensão reduzida, provocada por 
um fechamento temporário em estrela do motor. Primeiro o motor parte em estrela, com 
tensão reduzida em ♦3 vezes, e após algum tempo, quando a rotação se estabiliza, o 
fechamento é mudado para triângulo, fazendo com que o motor funcione normalmente, na 
tensão para a qual foi projetado. O objetivo é montar um esquema no qual pressionando-se 
um único botão de partida, o motor liga com fechamento em estrela e após um tempo pré-
determinado, um temporizador provoca a mudança
do fechamento para triângulo através dos 
 13
 14
contatores. 
 • Montar um esquema semelhante aos casos anteriores, com fusíveis, relé térmico, três 
contatores, duas botoeiras (liga e desliga), medição de tensão e de corrente. 
 • Fazer as sinalizações idênticas às anteriores, porém sinalizar ligando com a lâmpada 
de ligado piscando, desde o momento da ordem de ligar até o seu funcionamento normal em 
triângulo. 
 
 
2.2 DIAGRAMAS TRIFILARES E FUNCIONAIS 
 
A seguir são apresentados os diagramas trifilares e funcionais que atendem às 
filosofias exigidas anteriormente, para as várias maneiras de se ligar os motores. 
 
 
 14
		INTRODUÇÃO
		O presente trabalho tem por objetivo mostrar os fundamentos 
		Seção 1: TEORIA
		Seção 2: PRÁTICA
apostila2.pdf
 23
2.3 DESCRIÇÕES DE FUNCIONAMENTO. 
 
 A seguir são feitas as descrições de funcionamento dos diagramas apresentados 
anteriormente, visando tornar mais claro a sua compreensão. Os números apresentados 
entre parêntesis se referem às coordenadas onde estão os contatos. 
 
 
2.3.1 LIGAÇÃO BÁSICA DE UM MOTOR 
 
 Nas colunas 0, 2 e 5 está apresentado o diagrama trifilar da ligação de um motor 
elétrico trifásico, alimentado em 220V. Primeiro a corrente elétrica passa pelos fusíveis, 
depois pelo contator e finalmente pelo relé térmico antes de chegar ao motor. Na 
derivação temos a medição da tensão entre as três fases através de uma chave de 
transferência voltimétrica (9), e a medição de corrente da fase V (10). 
Tendo como tensão de comando 220VCA através das fases A e B protegidas por 
fusíveis, encontramos nas colunas 25 a 35 a parte de comando propriamente dito do 
motor. Para ligar o motor é necessário que se energize o contator C1 (27) pressionando-
se a botoeira de liga BL-1 (27), fazendo com que a corrente passe pelos contatos NF do 
relé térmico 49-1 (27) e da botoeira de desliga BD-1 (27). Com a energização de C1 
seus contatos principais (0, 2 e 5) se fecham, alimentando o motor, e fechando também 
seu contato auxiliar (31), permitindo uma auto-alimentação da sua bobina quando a 
botoeira BL-1 (27) voltar ao seu normal NA. Este contato é chamado de “selo”. 
Desta forma o motor está ligado através do contator que está “selado”. Para desligá-lo é 
necessário que se pressione a botoeira BD-1 (27), fazendo com que se interrompa o 
circuito de alimentação da bobina do contator C1 (27), provocando a sua 
desenergização e conseqüentemente a volta às condições iniciais, ou seja: abertura dos 
contatos principais (0, 2 e 5) levando à parada do motor, e a abertura do contato de selo 
(31), fazendo com que não cesse a auto-alimentação. Desta forma quando a botoeira 
BD-1 (27) voltar ao seu normal NF, o circuito ficará aberto, no contato da botoeira BL-
1 (27) e no contato de selo de C1 (31), permanecendo assim o motor desligado. 
 A proteção de curto-circuito do motor é feita diretamente através de fusíveis (0, 
2 e 5), pois a fusão interrompe a corrente de alimentação. Para a proteção de sobrecarga 
é utilizado um relé térmico 49-1 (6), que quando acionado abre o seu contato NF (27), 
provocando a desenergização do contator C1 (27) e conseqüentemente a parada do 
motor. 
 A sinalização é feita para as condições de motor ligado, desligado e térmico 
atuado. Para motor ligado, utiliza-se um sinaleiro vermelho VM1 (44) que é acionado 
por um contato auxiliar NA do contator C1 (44), o qual se fecha simultaneamente com 
os contatos principais (0, 2 e 5) que alimentam o motor. Para a situação de motor 
desligado, um sinaleiro verde VD1 (52) é energizado através de um contato auxiliar NF 
do contator C1 (52). A sinalização de térmico atuado, é feita em um sinaleiro de cor 
amarela AM1 (58) que é energizado por um contato NA do relé térmico 49-1 (58) que 
se fecha quando há sobrecarga. 
 
 
 
 
 
 
 24
2.3.2 LIGAÇÃO DE UMA BOMBA D'ÁGUA 
 
 Este sistema tem como base o anterior, com pequenas alterações. A parte de 
força, o diagrama trifilar (0 a 10), não tem alteração, permanecendo como o esquema 
anterior. 
 A parte de comando e sinalização, apresenta duas modificações: a chave 
Manual/Automático 43-1 (22) e as bóias das caixas d'água superior e inferior BS e BI 
(34 e 39), respectivamente. Para a condição de submergência mínima foi colocada uma 
bóia (BI), com apenas um contato NA (39). Como havia necessidade de dois contatos, 
esta condição foi multiplicada através de um relé auxiliar A1 (39), sendo que, um de 
seus contatos NA (25) foi utilizado para bloquear o acionamento do motor com a 
condição de nível baixo, e outro NF para sinalização (57). 
 No funcionamento deste esquema foi colocada uma chave para a escolha do 
modo de operação desejado: Manual, Desligado ou Automático. Foi colocado um 
contato desta chave Man/Des/Aut (25), que é fechado na posição manual entre o 
contato do relé térmico NF (25) e o contato da botoeira BD-1 NF (25), fazendo com que 
as botoeiras e o "selo" somente fiquem operantes para a condição manual. Foi colocado 
um outro contato da chave Man/Des/Aut, fechado na posição automático (34), fazendo 
com que o contator fique comandado por uma bóia diferencial BS (34), que liga e 
desliga a bomba, dependendo do nível da caixa superior. Após o "reencontro" destas 
duas condições, manual e automático, foi colocado um contato NA do relé auxiliar A1 
(25), que se abre para a condição de nível baixo da caixa inferior, bloqueando assim o 
acionamento do contator C1, tanto para a condição manual como para a automática. A 
mesma coisa acontece com a condição de atuação do térmico, que por ter o seu contato 
NF (25) em uma posição antes da chave manual/automático, faz com que, se houver 
sobrecarga, o motor seja desligado, tanto para a condição de operação manual, como 
para a condição de automático. 
 Permanecem inalteradas as sinalizações de ligado, desligado e térmico atuado. 
 
 
 
 
 
 2.3.3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA 
 
 Similar ao esquema anterior, sendo acrescentado mais uma bomba (10), 
conseqüentemente mais um contator C2 (15), mais um relé térmico 49-2 (14) e uma 
chave de seleção de prioridade de entrada das bombas, Bomba 1 ou Bomba 2, B1/B2, 
43-2 (20). 
 No trifilar se mantém a alimentação através de fusíveis (0, 2 e 5) e as medições 
de tensão e corrente (10), sendo que após a medição se faz uma derivação para ligar 
outra bomba, através dos contatos principais do contator C2 (9, 11 e 13) e do relé 
térmico 49-2 (14). 
 No funcional do comando, para a bomba 1, foi trocada a posição do contato NA 
do relé auxiliar A1 que indica submergência mínima (24), com o contato NF do relé 
térmico 49-1 (24). Esta alteração foi necessária devido a inclusão de outra bomba, 
conseqüentemente outro contator C2 (32), e havia necessidade da condição de 
submergência mínima bloquear ambos os contatores, e o térmico bloquear apenas o 
contator da bomba 1. O comando básico de manual/automático anterior permanece com 
 25
a mesma filosofia, sendo acrescentado na condição de "selo" um contato NA do 
contator C2 (32), para manter o funcionamento se a bomba escolhida for a 2. Após o 
"reencontro" das condições manual e automática, se colocou contatos da chave seletora 
B1/B2, sendo um fechado para a posição bomba 1 (24) e outro fechado na posição 
bomba 2 (31), seguidos dos contatos NF dos respectivos térmicos das bombas 49-1 (24) 
e 49-2 (32), para energizar os contatores C1 (24) e C2 (32). Desta forma a "ordem de 
comando do sistema" passa pela condição de submergência mínima A1 (24), abre-se 
para separar as condições de manual e automático, voltando a se unir para novamente se 
separar devido a escolha de bomba 1 ou bomba 2. 
 As sinalizações de sistema ligado, e de sistema com térmico atuado devem levar 
em consideração as duas bombas; sendo indicado nas lâmpadas
a atuação de qualquer 
uma delas, por isso foram acrescentados contatos em paralelo com os existentes no 
esquema anterior, NA de C2 (42) e NA 49-2 (53). Para a condição de sistema desligado, 
os dois motores têm que estar parados, portanto contatos NF em série dos contatores C1 
e C2 (50). 
 
 
 
 
2.3.4 MOTOR COM INVERSÃO DE ROTAÇÃO 
 
 
 Para se inverter a rotação de um motor deve-se inverter duas de suas fases, o que 
é conseguido com dois contatores C1 e C2 (07 e 17). A corrente que flui através de C1 
alimenta os bornes u, v e w do motor com as fases A, B e V, respectivamente. Se 
acionado C2 a fase A vai para o borne w, a fase B permanece no borne v e a fase V vai 
para o borne u, invertendo-se assim as fases A e V, fazendo com que o motor gire em 
sentido contrário. As demais ligações do trifilar (01 a 15) ficam como descritas 
anteriormente para outros tipos de ligações. 
 Para a parte de comando a ligação do contator C1 fica conforme feito para outros 
casos: relé térmico, botoeira de parada, botoeira de liga e selo, contato de 
intertravamento (será visto mais na frente) e bobina do contator (25 a 30). Para inverter 
a rotação, energizar-se o contator C2 (34 a 40), retirando-se a alimentação da botoeira 
de liga e do selo após os contatos do térmico e da botoeira de desliga (25), fazendo com 
que os mesmos fiquem operantes também para a condição de rotação inversa, 
energização de C2. Se olharmos o diagrama trifilar (01 a 15), percebemos que se os dois 
contatores C1 e C2 fossem energizados simultaneamente haveria curto-circuito entre as 
fases A e V; a fase A que passa pelo C1 (01) encontra a fase V que passa pelo C2 (10) e 
a fase V que passa por C1 (07) encontra a fase A que passa por C2 (15). Para evitar esta 
condição é feito o intertravamento entre os contatores C1 e C2, ou seja, um contato NF 
de C1 (34) colocado no ramo da bobina de C2, faz com que a mesma somente seja 
energizada se C1 estiver desenergizado e vice-versa, um contato NF de C2 (25) não 
deixa o contator C1 fechar se o contator C2 estiver fechado, fazendo-se assim o 
intertravamento elétrico entre suas bobinas. 
 A sinalização é feita através de um contato NA de C1 (45) para sinalizar motor 
ligado e girando em um sentido (horário), e de um contator NA de C2 (49) para indicar 
motor ligado e girando no outro sentido (anti-horário). Para a condição de desligado/ 
parado, é necessário que haja as duas condições C1 e C2 desenergizados, portanto 
contatos NF deles em série (54). Para térmico atuado a sinalização é normal como já 
vista para outros casos. 
 26
2.3.5 PORTÃO ELÉTRICO 
 
 Com o esquema básico descrito anteriormente, para motor com inversão de 
rotação, podemos imaginá-lo aplicado a um portão com acionamento elétrico, sendo que 
quando girar em um sentido, faz com que o portão se desloque para um lado, por 
exemplo abrindo, e quando o motor girar no outro sentido faz com que o portão vá para 
o outro lado, fechando. 
 Para esta nova situação a parte de força, o trifilar, permanece como descrito 
anteriormente (01 a 15). 
Na parte de comando entram as condições de aberto e fechado, captadas pelos 
fins de curso f.c.aberto e f.c.fechado (37 e 40), os quais por possuírem apenas um 
contato e necessitar de mais, os mesmos devem ser multiplicados em relés auxiliares A1 
e A2, respectivamente. A atuação destes contatos é de interromper o movimento do 
portão quando chega na posição aberto ou fechado, sendo um contato NF de A1 (23) 
portão aberto, em série com a bobina do contator C1, que faz o movimento de abertura 
do portão, e um contato NF de A2 (31), portão fechado em série com a bobina de C2, 
que faz o movimento de fechamento do portão. Portanto após um comando em qualquer 
uma das botoeiras de liga, o respectivo contator é energizado, fazendo com que o motor 
gire, e o portão se desloque em um determinado sentido até que seja dado um comando 
de parada, botoeira BD1 (23), ou até que o mesmo atinja a sua posição máxima de 
abertura ou de fechamento, quando é parado automaticamente pelos fins de curso. 
 Nota: - A situação mais comum de acionamento de portões elétricos é por 
controle remoto, onde um sistema eletrônico, operado por ondas eletromagnéticas 
captam um sinal e fazem a função das botoeiras BL1 e BL2 (23 e 31). 
 A sinalização foi um pouco alterada para que se tivesse as condições de abrindo 
e fechando no mesmo sinaleiro de aberto e fechado. Em condições normais é 
sinalizado: aberto e fechado através de contatos NA dos relés auxiliares A1 e A2 que 
representam as condições de aberto e fechado (48 e 56) respectivamente. Para a 
condição de motor ligado, portão em movimento, antes de chegar na sua posição final, 
faz-se a sinalização através da lâmpada na qual é sinalizada posição que vai chegar, mas 
de forma pulsante. Por exemplo, com o portão fechado a lâmpada VD1 fica acesa 
continuamente através do contato NA de A2 que capta a condição de fechado. Quando o 
portão recebe um comando de abrir e sai da posição fechado, esta sinalização 
desaparece. Com o motor girando na condição de abrir, contator C1 energizado, um 
contato dele NA (48) faz com que a sinalização VM1 (44) de portão aberto seja 
acionada, porém de forma pulsante por ser energizada através do pisca (48). Quando o 
portão chega na posição aberta A1 (44) a sinalização passa a ser de forma contínua e o 
contator C1 é desenergizado. A mesma situação acontece para a condição de portão 
fechando e fechado. 
 
 
 
2.3.6 PARTIDA ESCALONADA DE DOIS MOTORES 
 
 Nesta situação o automatismo faz com que se ligue dois motores, que tenham 
sua parte de força, o trifilar, totalmente independente, mas o seu comando vinculado. 
Portanto o diagrama trifilar (00 a 15) apresenta a ligação de dois motores de forma 
independente, cada um com os seus fusíveis, contator e relé térmico, sendo representado 
o motor M1 nas coordenadas 01 a 05, e o motor M2 nas coordenadas 10 a 15. 
 27
 No comando parte-se de um acionamento normal de um motor (27 e 32), com o 
contato do térmico, botoeira de desliga, botoeira de liga, selo e bobina do contator C1. 
Como se trata da operação em conjunto de dois motores, o funcionamento fica 
condicionado à boa operação dos dois motores e, se o térmico de um deles atuar, 
derruba o sistema, os dois motores, por isso estão em série os contados dos relés 
térmicos dos dois motores, 49-1 e 49-2 (27). Neste sistema, juntamente com a 
energização do contator C1 (27), há a energização do relé temporizado T1 (32), fazendo 
com que o mesmo comece a contar tempo para operar seus contatos. Decorrido o tempo 
pré-determinado, um contato NA do temporizador T1 (36) faz com que se energize o 
contator C2 (36), ligando assim o segundo motor e permanecendo ligado através do 
contato do temporizador. A operação do segundo motor, contator C2, fica também 
condicionada aos mesmos contatos de atuação do térmico e da botoeira de desliga (27). 
 Para a sinalização leva-se em consideração o sistema desligado quando não foi 
acionado o primeiro motor, contato NF do contator C1 (50). Para a condição de sistema 
ligado é feita somente quando o segundo motor foi acionado, contato NA de C2 (45). 
No intervalo de tempo com C1 ligado e C2 desligado, é feita a sinalização de sistema 
ligando através do pisca, ficando a lâmpada da condição ligado piscando e, com a 
entrada de C2 prevalece a condição de lâmpada acesa de forma contínua, sinalizando 
sistema ligado (45). Para a condição de térmico atuado são colocados em paralelo os 
contatos de 49-1 e 49-2 (55 e 60), acionando assim a sinaleira AM1 (55) quando 
qualquer um deles operar. 
 
 
 
2.3.7 PARTIDA ESCALONADA DE TRÊS MOTORES 
 
 Tendo como base o caso anterior, para esta nova condição apenas acrescenta-se 
mais um motor. 
 No unifilar aparece o motor M3 (10) idêntico aos demais. 
 No comando acrescenta-se mais um térmico 49-3
(19), no ramo de comando 
comum. Poderia se ter, como no caso anterior, colocado mais um temporizador T2 que 
seria energizado junto com C2 e, este energizando C3 após decorrido um tempo, e 
segurando o seu acionamento. Porém este novo esquema foi feito de forma que os 
motores permanecessem ligados através de selo, e os temporizadores T1 e T2 fossem 
desenergizados, ficando da seguinte maneira: a entrada de C1 normal energiza T1 (23), 
após um tempo pré-determinado seu contato NA (27) energiza C2 que fecha seu selo 
(32) e abre o temporizador T1 (23). Com a entrada de C2 entra também o temporizador 
T2 (32), que após um tempo o seu contato NA (36) energiza o contator C3, que se sela 
(40) e desenergiza o temporizador T2 (32). 
 Para as sinalizações ficou sendo, sistema desligado, a não entrada do 1º motor, 
contato NF de C1 (46), idêntica à anterior. Para sistema ligado/ ligando checa-se agora o 
último motor C3 (43), e para térmico atuado a ligação em paralelo dos três térmicos, 
sendo que a sinaleira AM1 (51) acende quando qualquer um deles é atuado. 
 
 
2.3.8 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO 
 
 O esquema básico de ligação consiste de um contator principal C1 (06), que 
permite a passagem de energia para o motor e dois outros contatores, cada um 
responsável por um tipo de ligação. O contator C2 (13) fecha o motor em triângulo e o 
 28
C3 (13) fecha em estrela. Estas ligações, juntamente com os fusíveis e o térmico, estão 
representadas no diagrama trifilar (00 - 19). 
 No esquema de comando parte-se de um esquema normal de partida de motores 
(4 e 27), sendo composta de relé térmico, botoeira de desliga, botoeira de liga, selo e 
bobina do contator C1. Junto com a energização de C1 energiza-se C3 (27) através dos 
contatos NF de C2 e T1 (27), fazendo o fechamento do motor em estrela, e energiza 
também T1 (31), temporizador que após decorrido seu tempo pré-selecionado 
desenergiza C3 (27), e energiza C2 (35) após checar a abertura de C3 (35). O contator 
C2, responsável pelo fechamento em triângulo, se sela (39) e derruba o temporizador 
T1, não permitindo a sua energização e nem do contator C3 enquanto ele, C2, estiver 
energizado. 
 As sinalizações de térmico atuado e motor desligado são as normais. A condição 
de motor ligado é feita através do contator C2 (40) de forma contínua, e a condição de 
motor ligando é feita através do contator C3 (37) através do pisca, no mesmo 
sinalizador VMI (40) de motor ligado. 
 
 
 
 
BOMBA d'AGUA.pdf
		BOMBA-AGUA.dwg
		Model
CAPA2.PDF
Instalações Elétricas Industriais 
Comando de Motores 
 
 
 
 
 
 
Mario A. Cantareira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................. 4 
 
Seção 1: TEORIA .............................................................................. 4 
 
1.1 CHAVES SECCIONADORAS .................................................. 5 
1.2 DISJUNTORES ........................................................................... 5 
1.3 CONTATORES ........................................................................... 5 
1.4 RELÉ AUXILIAR OU CONTATOR AUXILIAR ..................... 6 
1.5 RELÉ TEMPORIZADO E RELÉ CÍCLICO .............................. 7 
1.6 BOTOEIRAS ............................................................................... 7 
1.7 CHAVES DE COMANDO ......................................................... 7 
1.8 CHAVES SELETORAS ............................................................. 8 
1.9 SENSORES ................................................................................. 8 
1.10 FUSÍVEIS .................................................................................. 9 
1.11 RELÉ TÉRMICO ...................................................................... 9 
1.12 RELÉ DE FALTA DE FASE..................................................... 9 
1.13 RELÉS DE SUB E SOBRETENSÃO........................................10 
1.14 INSTRUMENTOS......................................................................10 
 
Seção 2: PRÁTICA.............................................................................11 
 
2.1 FILOSOFIAS DE COMANDO....................................................11 
 
2.1.1 LIGAÇÃO BÁSICA DE UM MOTOR....................................11 
2.1.2 LIGAÇÃO DE UMA BOMBA DE ÄGUA..............................12 
2.1.3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA.........................12 
2.1.4 INVERÇÃO DE ROTAÇÃO....................................................12 
2.1.5 PORTÃO ELÉTRICO...............................................................13 
2.1.6 PARTIDA ESCALONADA DE DOIS MOTORES.................13 
2.1.7 PARTIDA ESCALONADA DE TRÊS MOTORES.................13 
2.1.8 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO.....................................13 
 
2.2 DIAGRAMAS TRIFILARES E FUNCIONAIS..........................14 
 
2.2.1 LIGAÇÃO BÁSICA DE UM MOTOR....................................15 
2.2.2 LIGAÇÃO DE UMA BOMBA DE ÄGUA..............................16 
2.2.3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA.........................17 
2.2.4 INVERÇÃO DE ROTAÇÃO....................................................18 
2.2.5 PORTÃO ELÉTRICO...............................................................19 
2.2.6 PARTIDA ESCALONADA DE DOIS MOTORES.................20 
2.2.7 PARTIDA ESCALONADA DE TRÊS MOTORES.................21 
2.2.8 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO......................................26 
 
2.3 DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO......................................27 
 
2.3.1 LIGAÇÃO BÁSICA DE UM MOTOR.....................................27 
2.3.2 LIGAÇÃO DE UMA BOMBA DE ÄGUA...............................28 
2.3.3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA..........................30 
2.3.4 INVERÇÃO DE ROTAÇÃO.....................................................31 
2.3.5 PORTÃO ELÉTRICO................................................................32 
2.3.6 PARTIDA ESCALONADA DE DOIS MOTORES..................34 
2.3.7 PARTIDA ESCALONADA DE TRÊS MOTORES..................35 
2.3.8 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO......................................36 
 
		Instalações Elétricas Industriais
		Mario A. Cantareira
		SUMÁRIO
		INTRODUÇÃO .................................................
		Seção 1: TEORIA ............................................
LIGACAO-BASICA-MOTOR.pdf
		LIGACAO-BASICA-MOTOR.dwg
		Model
motor-inversao-rotacao.pdf
		motor-inversao-rotacao.dwg
		Model
Num-ANSI.pdf
NUMERAÇÃO ANSI. 
 
 
NÚMEROS DE IDENTIFICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE 
PROTEÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE, PARA SEREM UTILIZADOS EM 
DIAGRAMAS E ESPECIFICAÇÕES. 
 
 
 
1. Elemento Mestre. 
2. Relé de Partida ou Fechamento Temporizado. 
3. Relé de Verificação ou de Intertravamento. 
4. Contator ou Relé Mestre. 
5. Dispositivo de Interrupção. 
6. Disjuntor, Contator ou Chave de Partida. 
7. Disjuntor de Circuito Anódico(ou de Circuito 
de Placa). 
8. Chave de Controle de Força. 
9. Dispositivo de Reversão. 
10. Chave de Seqüência das Unidades. 
11. Transformador de Controle. 
12. Dispositivo de Sobre Velocidade. 
13. Dispositivo de Velocidade Síncrona. 
14. Dispositivo de Sub Velocidade. 
15. Dispositivo Igualador de Frequência ou 
Velocidade. 
16. Dispositivo para Carga Controlada da 
Bateria. 
17. Chave de Derivação ou Descarga. 
18. Dispositivo para Aceleração ou 
Desaceleração. 
19. Relé ou Contator para Transição da Partida 
para a Velocidade normal. 
20. Válvula Operada Eletricamente. 
21. Relé de Distância. 
22. Contator ou Disjuntor Equalizador. 
23. Dispositivo de Controle de Temperatura. 
24. Disjuntor, Contator ou Chave de Interligação 
de Barramento. 
25. Sincronizador ou Dispositivo
de Teste de 
Sincronismo. 
26. Dispositivo Térmico. 
27. Relé de Sub Tensão. 
28. Detetor de Chama. 
29. Disjuntor, Contator ou Chave de Isolamento. 
30. Relé Anunciador. 
31. Dispositivo de Excitação em Separado. 
32. Relé Direcional de Potência. 
33. Chave de Posição. 
34. Dispositivo Mestre de Sequência. 
35. Dispositivo de Operação de Escovas ou de 
Curto-circuito dos Anéis Coletores. 
36. Dispositivo de Polaridade ou Dispositivo de 
Tensão Polarizada. 
37. Relé de Sub Corrente ou de Sub Potência. 
38. Dispositivo de Proteção de Mancal. 
39. Controlador de Condições Mecânicas. 
40. Relé de Campo. 
41. Chave, Contator ou Disjuntor de Campo. 
42. Contator ou Disjuntor de Serviço. 
43. Dispositivo Manual de Transferência ou de 
Seleção. 
44. Relé ou Contator para Sequência de Partida. 
45. Controlador de Condições Atmosféricas. 
46. Relé de Reversão de Fase ou de Equilíbrio de 
Corrente. 
47. Relé de Sequência das Tensões de Fase. 
48. Relé de Sequência Incompleta. 
49. Relé Térmico para Máquina ou 
Transformador. 
50. Relé Instantâneo de Sobrecorrente. 
51. Relé Temporizado de Sobrecorrente C.A. 
52. Disjuntor C.A. 
53. Relé da Excitatriz ou de Gerador C.C. 
54. Disjuntor C.C. de Alta Velocidade. 
55. Relé de Fator de Potência. 
56. Dispositivo ou Relé de Aplicação de Campo. 
57. Dispositivo de Curto Circuito ou de 
Aterramento. 
58. Relé de Falha de Retificação. 
59. Relé de Sobre Tensão. 
60. Relé de Equilíbrio de Tensão. 
61. Relé de Equilíbrio de Corrente. 
62. Relé Temporizado de Abertura ou Parada. 
63. Relé de pressão de Líquido ou Gás ou Relé 
de Vácuo. 
64. Relé de Proteção de Terra. 
65. Regulador. 
66. Dispositivo de Estágios ou Memória. 
67. Relé Direcional de Sobre Corrente C.A. 
68. Relé de Bloqueio. 
69. Dispositivo de Permissão de Controle. 
70. Reostato. 
71. Relé de Nível. 
72. Disjuntor C.C. 
73. Contator para Resistor de Carga. 
74. Relé de Alarme. 
75. Mecanismo para Troca de Posição. 
76. Relé de Sobre Corrente C.C. 
77. Transmissor de Impulsos. 
78. Relé de Ângulo de Fase. 
79. Relé de Religamento C.A. 
80. Relé de Fluxo. 
81. Dispositivo de Frequência. 
82. Relé de Religamento em C.C. 
83. Contator de Tranferência ou Relé de Controle 
Seletivo. 
84. Mecanismo de Operação. 
85. Relé Receptor de Carrier ou do Fio Piloto. 
86. Relé de Bloqueio. 
87. Relé de Proteção Diferencial. 
88. Motor Auxiliar ou Motor-gerador. 
89. Chave de Secionadora. 
90. Dispositivo de Regulação. 
91. Relé Direcional de Tensão. 
92. Relé Direcional de Potência e de Tensão. 
93. Contator Variação de Campo. 
94. Relé de Desligamento ou de Permissão de 
Desligamento. 
PARTIDA-ESCALONADA-3-MOTORES.pdf
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