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Livro Terras e Colonisação

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TERRAS E 
COLONISAÇÃO 
Contem a Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850, o 
Regulamento n. 1318 de 30 de Janeiro 
de 1654, o Regulamento de 8 de Maio de 1854, 
Portaria n. 385 de 19 de Dezembro de 1855, 
Regulamento n. 3784 de 19 de Janeiro de 1867, e 
Regulamento n. 6129 de 23 de Fevereiro 
de 1876 que, reorganisou a Inspectoria Geral 
das Terras e Colonisação 
ANNOTADOS E ADDITADOS 
Com todas as Disposições a Decisões respectivas, até o 
presente, e seguidos dos formularios doa processos 
de medição perante os Juizes Commissarios, 
e de naturalisação de Colonos e modelos 
dos Titulos para estes 
POR 
Augusto Teixeira de Freitas Junior 
(advogado nos Auditorios da Corte) 
« Toutes ces lois s'appliquent rigou-« 
reusement. et sans aucune particularite « 
exceptionelle, à la production et au re-« veau 
de la terre. » 
FONTENAY — Du revenu foncier. 
RIO DE JANEIRO 
B. L. GARNIER - - Livreiro-Editor. 71. —Rua do 
Ouvidor — 71. 
1882. 
TERRAS E COLONISAÇÃO 
Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850 
Dispõe sobre as terras devolutas no Imperio, e acerca das 
que são possuídas por litulos de sesmaria sem 
preenchimento das condições lcgaes, bem como por 
simples litulos de posse mansa e pacifica; e determina 
que, medidas e demarcadas as primeiras, sejão ellas 
cedidas á titulo oneroso, assim para emprezas 
particulares, como para o estabelecimento de colonias 
de nacionaes e de estrangeiros, autorisado o Governo a 
promover a colonisação estrangeira na fórma que se 
declara. 
 Dom Pedro, por Graça de Deus e Unanime Acclamação 
dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor 
Perpetuo do Brazil, Fazemos saber á todos os nossos 
subditos que a Assembléa Geral decretou e nós 
queremos a Lei seguinte: Art. 1.° Ficão prohibidas as 
acquisições de terras devolutas por outro titulo que não 
seja o de compra. (1) 
(1) As terras devolutas não se dão de arrenda-
mento: Av. n. 43 de 16 de Março de 1847, e Lei n. 628 
de 17 de Setembro de 1851 Art. 11 n. 5. 
2 TERRAS E 
Exceptuão-se as terras situadas nos limites do 
Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de dez 
leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente. 
(2) 
Vid. á Not. do Art. 14 os Avs. n. 835 de 18 de 
Novembro de 1878, e n. 236 de 26 de Abril de 1879. 
O Av. Circ. de 19 de Julho de 1873 declarou a 
deliberação do Governo de não vender terras senão ás 
pessoas que as queirão cultivar e na extensão propor-
cionada das forças de cada um. 
As vendas de terras publicas devem ser por es-
criptura publica nos termos das Ords. do Tiiesouro ns. 
515 e 562 de 25 de Novembro e 30 de Dezembro de 
1868. 
Revalidação das veadas de terras já effectuadas, e 
regularisação das que o forem nas Provincias do 
Amazonas, Pará, Paraná e Matto Grosso, de conformi-
dade com a Lei n. 1114 de 27 de Setembro de 1860: 
O Decr. n. 5655 de 3 de Junho de 1874 approvou 
as respectivas Instrucções. 
Vid. infra á Not. 18 desta Lei a Circ. n. 260 de 13 
de Junho de 1863. 
(2) A Lei n. 514 de 28 de Outubro de 1818 con-
cedeu á cada Província, no mesmo ou em differentes 
lugares do seu territorio seis leguas em quadro de terras 
devolutas, com destino á colonisação, não podendo ser 
roteadas por braços escravos. 
COLONISAÇÃO 3 
O Av. de 24 de Março de 1851, declarando que a 
Lei n. 601 não annullou as doações feitas ás Províncias 
por aquella Lei n. 514, e que portanto devia subsistir o 
que estava leito, declarou tambEm que dahi em diante 
erão vedadas novas concessões gratuitas de terras 
devolutas. Vid. Av. de 10 de Setembro de 1857, pelo 
qual se mandou medir e demarcar para património da 
Província de S. Pedro algumas terras por conta das seis 
lEguas. 
O Av. n. 2 de 20 de Maio de 1861 permittio que se 
distribuIssem aos cultores de herva matte, nos termos da 
Lei n. 601, as matas da Nação na zona de 10 lEguas da 
fronteira da Província de S. Pedro do Rio (fraude do Sul, 
mediante as condições seguintes: 
l.a As terras que forem concedidas, serão realmente 
devolutas, e comprehendidas na zona de 10 leguas da 
fronteira; 
2.ª A distribuição será feita em lotes de 250.000, 
125.000 ou 62.500 braças quadradas conforme as forças 
de cada familia; e em lotes de 62,500 braças, ou metade 
desta área, se o concessionario fôr solteiro sem família ; 
3.a Os lotes serão medidos e demarcados antes da 
concessão; guardadas, quanto fôr possível, as regras 
gcraes estabelecidas para taes medições ; 
4.ª Reservar-se-ha uma área de terras de uma legua 
em quadro, no lugar que pareça mais apropriado para uma 
futura povoação, e onde se mandará fazer opportunamente 
a distribuição de lotes urbanos, depois de levantada a 
competente planta. 
Vid. os Arts. 85 e 86 do Regul. n. 1318 de 30 de 
Janeiro de 1854. 
4 TERRAS E 
 
Fóra da zona determinada na Lei, a concessão 
gratuita de terras devolutas compete ao Poder Legis-
lativo nos termos do Av. n. 225 de 19 de Julho de 1872. 
Vid. infra Av. de 28 de Julho de 1881. 
Vid. á Not. 23 infra a Ord. de 18 de Dezembro de 
1852. 
Pelo Decr. n. 3371 de 7 de Janeiro de 1865 Art. 2.° 
prometteu-se aos Voluntarios da Patria, que não fossem 
Guardas Nacionaes, um prazo de 22.500 braças 
quadradas de terras nas Colonias Militares ou Agrícolas 
. 
Os títulos do concessão de terras publicas gratuitas 
ou em remuneração de serviços, são isentos de sello 
fixo: Art. 12 n. 2 do Decr. Regul. n. 7540 de 15 de 
Novembro de 1879. 
Av. de 28 de Julho de 1881 : —Autorisou a Pre-
sidencia de Matto-Grosso á conceder á Joaquim Pedro 
Alves de Barros, gratuitamente, na fórma do Art. 1.° da 
Lei n. 601—43.560.000 metros quadrados de terras 
devolutas na zona de 10 leguas da fronteira dessa Pro-
víncia com a Republica da Bolívia, entre o morro Pão 
de Assucar e o denominado Cerrito, para colonisar, 
mediante diversas clausulas, combinadas com os Avs. 
de 12 de Dezembro de 1851 e 1o de Fevereiro de 1835, 
relativos á João José de Siqueira, que requereu terras 
gratuitas no districto de Albuquerque, e tambem com os 
de 27 e 28 de Março de 1863, concernentes ú igual 
pretenção de José Wencesláo Marques da Cruz e 
Abrahão dos Santos Sá, na fronteira da Província de S. 
Pedro Sul. 
 
C0LONISAÇÃO 5 
Art. 2.° Os que se apossarem de terras de-volutas 
ou de alheias, e nellas derrubarem mattos ou lhes 
puzerem fogo, serão obrigados á despejo, com perda de 
bemfeitorias, e demais sof-frerão a pena de dous á seis 
mezes de prisão e multa de 100$000, além da satisfação 
do damno causado. 
Esta pena porém não terá lugar nos actos 
possessorios entre heréos confinantes. (3) 
Paragrapho unico. Os Juizes de Direito, nas 
Correições que fizeram na fórma das Leis e Re-
gulamentos, investigarão se as autoridades á quem 
compete o conhecimento destes delictos põem todo o 
cuidado em processal-os e punil-os, e farão effectiva a 
sua responsabilidade, im-pondo, no caso de simples 
negligencia, a multa de 50$ a 200$000. (4) Art. 3.° 
São terras devolutas : 
§ 1.° As que não se acharem applicadas á algum 
uso publico, nacional, provincial ou municipal. (5) 
(3) Vid. Arts. 88 á 90 do Regul. n. 1318. 
 
(4) ... e no caso de maior culpa (diz o Regul. n. 
1318), prisão até tres mezes. 
(5) Vid. supra á Not. 2 a Lei n. 514 de 28 de 
 Outubro de 1818, e Av. de 24 de Março de 1831. 
6 TERRAS E 
§ 2.° As que não se acharem no domínio particular 
por qualquer titulo legítimo, nem forem havidas por 
sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou 
Provincial, não incursas em commisso por falta de 
cumprimento das condições de medição, confirmação e 
cultura. (6) 
§ 3.° As que não se acharem dadas por sesmarias 
ou outras concessões do Governo, que, apezar de 
incursas em commisso, forem revalidadas por esta Lei. 
(7) 
Av. n. 413 de 6 de Agosto de 1879 mandou con-
siderardevolutos os terrenos diamantinos da Província 
de Minas Geraes que não estiverem arrendados em 
hasta publica. 
(6) Vid. Arts. 22 e Nota, e 25 do Regul. n. 1318, e 
Nota 11 infra. 
 Av. de 27 de Abril de 1880 in fine : A' vista do 
Art. 22 do Regul. de 30 de Janeiro, com referencia ao § 
2.° do Art. 3.° da presente Lei, deve ser garantido o 
direito do possuidor de terras que tiver titulo legitimo 
que justifique o seu domínio, quer as terras tenhSo sido 
adquiridas por posses de seus antecessores, quer por 
concessões de sesmarias não medidas, confirmadas e 
cultivadas. 
(7) Vid. Art. 23 do cit. Regul. n. 1318. 
COLONISAÇÃO 7 
§ 4.° As que não se acharem occupadas por posses 
que, apezar de não se fundarem em titulo legal, forem 
legitimadas por esta Lei. (8) 
Art. 4.° Serão revalidadas as sesmarias ou outras 
concessões do Governo Geral ou Provincial, que se 
acharem cultivadas, ou com princípios de cultura, e 
morada habitual do respectivo sesmeiro ou 
concessionario, ou de quem os represente, embora não 
tenha sido cumprida qualquer das outras condições com 
que forão concedidas. (9) 
Art. 5.° Serão legitimadas as posses mansas 
 (8) Vid. Arte. 24, 25 e 26 do cit. Regul. n. 1318. 
(9) Art. 27 do cit. Regul. n. 1318. 
Os limites destas concessões respeitão-se no acto da 
medição : Art. 9.° da presente Lei. Os simples 
roçados, derrubadas ou queimas de mattas ou campos, 
levantamento de ranchos e outros actos de semelhante 
natureza, não constituem principio de cultura : Art. 6.° 
desta Lei. 
As sesmarias e outras concessões do Governo Geral 
ou Provincial, que estando ainda cm poder dos pri-
mitivos sesmeiros ou concessionarios, não têm principio de 
cultura e morada habitual, quer medidas e demarcadas, quer 
não, devem considerar-se devolutas á vista do Art. 27 
do Regul. n. 1318 : Avs. de 29 de Setembro de 1856, e 6 
de Setembro de 1859 
8 TERRAS E 
e pacificas, adquiridas por occupação primaria ou 
havidas do primeiro occupaute, que se acharem 
cultivadas, ou com princípios de cultura, e morada 
habitual do respectivo posseiro, ou de quem o 
represente, guardadas as regras seguintes : (10) 
(10) Essas posses são respeitadas no acto da medição: 
Art. 9.° da presente Lei. 
Os simples roçados, derrubadas ou queimas de mattas ou 
campos, levantamentos de ranchos e outros actos de 
semelhante natureza, não constituem principio de cultura para 
a legitimação : Art. 6.° 
As posses transferidas á 2.° occupante por titulo aliás 
legitimo, mas do qual só se pagou o respectivo imposto 
depois da publicação do Regulamento, devem ser medidas 
em conformidade do Art. 44 do Regul. n. 1318 : Av. de 10 de 
Abril de 1858. 
O Av. de 31 de Maio de 1875 dirigido á Presidencia do 
Espirito Santo declarou que as terras occu-padas por 
indivíduos pobres que não estão em condições de legitimal-
as, podem ser-lhes concedidas pelo preço mínimo desta Lei, 
correndo as despozas de medição por conta do Estado, uma 
vez que as areas coucedidas não excedão ás dos quadrados de 
1.100 metros por lado. 
Av. n. 114 de 26 de Março de 1877 : Posse não 
legitimada pelo primeiro occupante, e transferida á segundo, 
por effeito da morte do primeiro, depois da presente Lei e seu 
Regulamento, não póde ser medida 
COLONISAÇÃO 9 
 § 1.° Cada terra em posse de cultura ou em campos de 
criação comprehenderá, além do terreno aproveitado ou 
do necessario para pastagens dos animaes que tiver o 
posseiro, outro tanto mais de terreno devoluto que houver 
contíguo, comtanto que em nenhum caso a extensão total da 
posse exceda á de uma sesmaria para cultura ou criação, 
igual ás ultimas concedidas na mesma Comarca ou nas 
mais visinhas. (11) 
segundo os limites descriptos no formal de partilhas, e 
sim pelo modo determinado naquelle Regulamento. 
Não se considerão subsistentes e legitimaveis posses 
de terças devolutas compradas á primeiros occupantes 
depois da publicação da Lei n. 601 : Av. de 10 de 
Setembro de 1880. 
 (II) Vid. Arts. 44, 45 e 46 do Regul. n. 1318. 
... extensão total da posse exceda á de uma sesmaria... 
diz o texto. 
Pela Prov. do Cons. Ultr. de 13 de Abril de 1738, 
dirigida ao Governador Capitão General da Capitania 
do Rio de Janeiro, se confirmou a de 15 de Março de 
1731 para que se não concedessem sesmarias de mais 
de meia legua em quadro, e só no sertão se pudessem 
conceder de tres leguas, como nas demais partes do 
Brazil. (Vid. Not. 78 do Regul. n. 1318.) 
Na concessão das sesmarias á particulares sempre 
10 TERRAS E 
§ 2.° As posses em circumstancias de serem 
legitimadas, que se acharem em sesmarias ou outras 
concessões do Governo, não incursas em commisso ou 
revalidadas por esta Lei, só darão direito á iodemnisação 
pelas bemfeitorias. (12) 
Exceptua-se desta regra o caso de verificar-se á 
favor da posse qualquer das seguintes hy-potheses : l.ª, o 
ter sido declarada boa por sen -tença passada em julgado 
entre os sesmeiros ou concessionarios e os posseiros; 2.ª, 
ter sido estabelecida antes da medição da sesmaria ou 
concessão, e não perturbada por cinco annos; 3.ª, ter 
sido estabelecida depois da dita medição, e não 
perturbada por dez annos (13). 
se reservava o prejuízo de terceiro : Alv. do 1.° de Abril 
de 1680 § 40, Lei de 6 de Junho de 1755. 
Pelo Av. de 25 de Janeiro de 1809 ordenou-se que 
se não passassem cartas de concessão, ou confirmação 
de sesmarias sem preceder medição, e demarcação 
judicial, estabelecendo-se a forma da nomeação dos 
Juizes das sesmarias, e os sallarios que elles, e seus 
offi-ciaes devião vencer. 
 (12) Vid. Arts. 42 e 43 do Regul. n. 1318. Vid. 
infra á Nota 25 desta Lei o Av. n. 56 de 10 de 
Fevereiro de 1871. 
(13) Vid. Art, 41 do Regai. n. 1318. 
C0L0NISAÇÂ0 11 
§ 3.° Dada a excepção do paragrapho antecedente, 
os posseiros gozarão do favor que lhes assegura o § 1.ª, 
competindo ao respectivo sesmeiro ou concessionario 
ficar com o terreno que sobrar da divisão feita entre os 
ditos posseiros, ou considerar-se tambem posseiro para 
entrar em rateio igual com elles. (14) 
§ 4.° Os campos de uso commum dos moradores de 
uma ou mais Freguezias, Municípios ou Comarcas, 
serão conservados em toda a extensão de suas divisas e 
continuarão à prestar o mesmo uso conforme a pratica 
actual, em-quanto por Lei não se dispuzer o contrario. 
(15) 
(14) Vid. Art. 41 do Regul. n. 1318. 
 
(15) Campo de uso commum não pode ser decla-rado como 
pos3e de um só posseiro, convindo que se indague se o campo está 
no caso da Lei: Av. de 25 de Novembro de 1854. 
O campo de uso commum só pode ser usufruído, mas não 
occupado por pessoas que nellea pretendão es-tabelecer-se : Av. de 5 
de Julho de 1855. 
Não foi, por Av. de 8 de Abril de 1857, appro-vada a 
automação dada pelo Presidente do Amazonas para dous indivíduos 
se estabelecerem em campos devolutos em diversos pontos da 
Província, por ser isto contrario a Lei. 
12 TERRAS E 
Art. 6.° N8o se haverá por principio de cultura para 
a revalidação das sesmarias ou outras concessões do 
Governo, nem para a legitimação de qualquer posse, os 
simples roçados, derrubadas ou queimas de mattos ou 
campos, levantamentos de ranchos e outros actos de 
semelhante natureza, não sendo acompanhados da 
cultura effectiva e morada habitual exigidas no Artigo 
antecedente. (16) 
 Art. 7.° O Governo marcará os prazos dentro dos quaes 
deverão ser medidas as torras adquiridas por posses ou 
por sesmarias, ou outras, concessões que estejão por 
medir, assim como designará e instruirá as pessoas que 
devao fazer a medição, attendendo ás circumstancias de 
cada Província, Comarca e Município, e podendo pro-
rogar os prazos marcados, quando o julgar conveniente, 
por medida geral que comprehenda todos os possuidores 
da mesma Província, Comarcae Município onde a 
prorogaçao convier. (17) 
(16) Vid. Art. 37 do Regul. n. 1318. 
(17) Vid. Arts. 32, 33, 57 e 58 do Regul. n. 1318. Vid. 
supra á Not. 10 o Av. de 31 de Maio de 
1875. 
Pelo Av. n. 27 de 21 de Janeiro de 1863 or-denou-se que 
não fossem medidos, em beneficio de particulares, terrenos 
comprehendidos na demarcação
COLONISAÇÃO 13 
Art. 8.° Os possuidores que deixarem de proceder 
à medição nos prazos marcados pelo Governo serão 
reputados cahidos em commisso, e perderão por isso o 
direito que tenhão á serem preenchidos das terras 
concedidas por seus titulos ou por favor da presente 
Lei, conservan-do-o sómente para serem mantidos na 
posse do terreno que occuparem com effectiva cultura, 
havendo-se por devoluto o que se achar in-culto. (18) 
Feita por Jacob Rheinganz, Emprezario da Colonia 
de S. Lourenço, na Província do Rio Grande do Sul. 
O Av. de 21 de Outubro de 1877 mandou que a 
Inspectoria marcasse um prazo improrogavel para as 
posses e sesmarias da Provincia das Alagoas. 
 (18) Vid. Art 58 do Regul. n. 1318. 
 A Circ. n. 260 de 13 de Junho do 1863 de-termina que os 
posseiros cujas possses tiverem sido annulladas em virtude das 
disposições de Leis e Re-gulamentos sejão preferidos, quando em 
concurrencia pretenderem comprar essas mesmas terras. 
Não estão comprehendidas na disposição do Art. 8.° da 
Lei n. 601 as posses posteriores ao Regul. n. 1318, e sim 
as havidas entre a data da Lei e a do Regul.: Av. de 24 de 
Setembro do 1877. 
14 TERRAS E 
 Art. 9.° Não obstante os prazos que forem marcados, 
o Governo mandará proceder á medição das terras 
devolutas, respeitando-se, no acto da medição, os 
limites das concessões e posses que se acharem nas 
circumstancias dos Arts. 4.° e 5.°. (19) 
Qualquer opposição que haja da parte dos 
possuidores não impedirá a medição; mas, ultimada 
esta, se continuará vista aos oppoentes para deduzirem 
seus embargos em termo breve. (20) 
As questões judiciarias entro os mesmos 
possuidores não impedirão tão pouco as diligencias 
tendentes â execução da presente Lei. 
Na disposição do Art. 8./ da Lei n. 601 não estão 
comprehendidas as posses posteriores ao Regul. de 30 de 
Janeiro de 1854, e sim as havidas entre a data da Lei e a do 
Regul., segando foi estabelecido pela Imperial Resol. de 12 
de Setembro de 1876 tomada sobre Consulta das Secções dos 
Negocios do Imperio e da Justiça do Conselho de Estado de 2 
de Junho communicada á Presidencia da Província do 
Amazonas por Av. de 24 de Setembro do referido anno: Av. 
de 10 de Setembro de 1860. Vid. Not. 31 ao Art 26 do 
Regul. n. 1318. 
 (19) Vid. Arts. 33, 57 e 58 do Regul. n. 1318. 
 (20) Vid. Art. 19 do Regul. n. 1318 alterado pelo Decr. 
n. 2105 de 13 de Fevereiro de 1858. 
COLONISAÇÃO 15 
Art. 10. O Governo proverá o modo pratico de 
extremar o dominio publico do particular, segundo as 
regras acima estabelecidas, incumbindo a sua execução 
ás autoridades que julgar mais convenientes, ou à 
commissarios espe-ciaes, os quaes procederão 
administrativamente, fazendo decidir por arbitros as 
questões e duvidas de facto, e dando de suas proprias 
decisões recurso para o Presidente da Província, do qual 
o haverá tambem para o Governo. (21) 
Art. 11. Os posseiros serão obrigados à tirar títulos 
dos terrenos que lhes ficarem pertencendo por effeito 
desta Lei, e sem elles não poderão hypothecar os 
mesmos terrenos nem alienal-os por qualquer modo. 
Estes títulos serão passados pelas Repartições 
Provinciaes que o Governo designar, pagando-se 5$000 
de direitos de chancellaria pelo terreno que não exceder 
de um quadrado de quinhentas 
(21) Vid. á Nota 17 supra o Av. n. 27 de 21 de Janeiro 
de 1863; Vid. Arts. 47, 48 e 52 do Regul. u. 1318, e á Nota 
do Art. 47 o Av. de 17 de Dezembro de 1875. 
O Av. de 14 de Dezembro de 1877 mandou que a 
Inspectoria ordenasse a commissão de medição em 
Pernambuco, que medisse certos pontos da Colonia 
Orphanologica— Izabel —, para que discriminadas as 
terras particulares das do Estado, pudessem estas ser 
incorporadas ao territorio da mesma Colonia. 
 
16 TERRAS E 
braças por lado, e outro tanto por cada igual quadrado 
que de mais contiver a posse; e além disso 4$000 do 
feitio sem mais emolumentos ou sello. (22) 
(22) Vid. Arts. 8.° c 51 do Regul. n. 1318 e Nota 
respectiva; Vid. infra á Nota 23 desta Lei o Av. n. 243 de 20 
de Maio de 1869. Vid. á Nota 30 desta Lei o Av. n. 459 de 
30 de Novembro de 1874. Vid. á Nota 33 infra desta Lei o 
Av. n. 236 de 26 de Abril de 1879. 
Os direitos de chancellaria, de que trata o texto, 
estão hoje convertidos no sello fixo designado no Art. 10 
§ 5.° do Regul. n. 7540 de 15 de Novembro de 1879. 
Nos termos deste Regul. os Títulos de posse ou venda 
de terrenos devolutos pagão 11$000 de sello fixo, e 
excedendo o terreno de um quadrado do 500 braças por 
lado, cobra-se tantas vezes 5$000, quantos os quadrados 
de igual numero de braças, excluídas as fracções. Vid. á 
Nota 62 do Art. 71 do Regul. n. 1318 a Ord. n. 369 de 
10 de Novembro de 1856. 
Os Títulos de propriedade de terrenos pertencentes 
ao domínio particular, quando requeridos pelos res-
pectivos possuidores; de legitimação ou revalidação de 
posse, sesmarias e outras concessões sujeitas a taes 
operações; pagão 10$000 de sello fixo : Regul. n. 7540 loc. 
cit. 
O Art. 11 da Lei n. 601 princ, diz não poderão 
hypolhecar, etc. Esta prohíbição refere-se tão sómente 
COLONISAÇÃO 17 
Art. 12. O Governo reservará das terras ás terras 
adquiridas por posses dependentes de legitimação? Pela 
affirmativa, em vista das palavras — titulos dos terrenos 
que lhes ficarem pertencendo por effeito desta Lei —, 
combinadas com o Art. 23 do Regul. n. 1318, quando 
estabelece—que os possuidores em virtude de titulo 
ligitimo não precisão de novos titulos para poderem 
gozar, hypothecar ou alienar os terrenos que estão sob 
seu domínio. Resulta, pois, que a nullidade estatuida no 
Art 11 não affecta os actos alienativos de terrenos 
adquiridos por posse legitima. 
Pela Lei e pelo Regul. as posses legitimas dis-
tinguem-st das que dependem de legitimação, dis-
tinguindo-se tambem as sesmarias validas das sujeitas £ 
revalidação. Os possuidores de posses legitimas podem 
usufruir e alienar as suas terras independentemente de 
legitimal-as, ex-vi do Art. 23 do Regul. n. 1318. 
As posses legitimas, differentemente das sujeitas 4 
legitimação, não precisão do favor da Lei n. 601 para 
que se considerem devolutas. As legitimadas devem á 
liberalidade da Lei a sua força de titulos de acqui-sição. 
Posses legitimas são as que tem por funda mento 
titulo egitimo : Arts. 22 e 24 do Regul. n. 1318. 
Titulos legítimos são todos aquelles que, segundo 
direito, são aptos para transferir o domínio : Art. 25 do 
cit. Regul. n. 1318. 
Vid. Nota 31 ao Art. 26 do Regul. n. 1318. 
 
18 TERRAS E 
devolutas as que julgar necessarias: 1.°, para a 
colonisaçao dos indígenas (23); 2.°, para a 
(23) Vid. Art. 72 do Regul. n. 1318. 
O Av. de 21 de Outubro de 1850 mandou incor-
porar aos proprios nacionaes os terrenos dos extinctos 
aldeamentos dos índios.— Vid. infra nesta Nota o Decr. 
n. 2672 de 20 de Outubro de 1875: Vid. Av-de 16 de 
Janeiro de 1851, Ord. n. 44 de 21 de Janeiro de 1856, e 
Avs. de 21 de Abril de 1857, e 21 de Julho do 1858. 
Pela Ord. de 18 de Dezembro de 1852 man-dou-se 
tomar conta das respectivas terras, no Pará, não 
lançando-as, nem inscrevendo-as no livro dos proprios, 
por não pertencerem á classe destes, mas como tens 
nacionaes devolutos, para serem aproveitados na fórma 
da Lei das terras. 
A legalisação, administração e arrecadação da 
respectiva renda proveniente dos aforamentos e arren-
damentos de terrenos de extinctosaldeamentos de 
Indios, competem ao Ministerio da Fazenda: Avs. de 21 
de Outubro de 1850, 21 de Julho de 1858, e 20 de Maio 
de 1869; Ord. n. 41 de 21 de Janeiro de 1856. 
Pelo Av. de 16 de Agosto de 1858 foi indeferido o 
requerimento do Director Geral dos índios das Alagoas, 
que queria tomar de arrendamento terras pertencentes á 
sua jurisdicção. 
Terras de índios são nacionaes no sentido de de- 
 
COLONISAÇÃO 19 
volutas para serem applicadas na conformidade da Lei 
n. 601, e portanto não pedem ser arrendadas como 
proprio nacional : Av. de 21 de Julho de 1858. 
O Art. 11 § 8.° da Lei n. 1114 de 27 de Setembro de 
1800, autorisou o Governo a aforar ou vender os terrenos 
pertencentes á antigas missões e aldeias de índios, que 
estivessem abandonadas, cedendo porém a parte que 
julgasse sufficiente para a cultura dos que nelles ainda 
permanecessem e o requeressem. 
Por virtude desta automação autorisou o Governo 
pelo Av. n. 333 de 22 de Junho de 1861 a venda, em 
hasta publica, precedendo editaes e annuncios, das 
terras comprehendidas na legua em quadro em que se 
achava situado o edifício que servira de casa da Camara 
Municipal da extincta Villa de Arouches. 
 Av. Cire., dirigido á Presidencia de S. Paulo, n. 29 
do 19 de Maio de 1862:-Manda extinguir aldeamentos, 
dando diversas providencias: A' vista das informações 
offerecidas pelo Director Geral dos índios dessa 
Província, convenceu-se o Governo Imperial de que ahi 
existem muitos aldeamentos formados de indivíduos, 
que, pela mór parte, sómente de índios tem o nome, 
accrescendo que de quasi todos se achao usurpadas as 
terras, que primitivamente forão destinadas para 
patrimonio de taes estabelecimentos, sob pretexto de 
compra, arrendamento ou aforamento. Convindo que 
não continue semelhante estado de cousas, re-
commendo muito especialmente á V. Ex., que, pro-
cedendo com a possível brevidade ás indagações pre-
cisas, verifique quaes são os aldeamentos, que se achão 
20 TERRAS E 
em circumstancias taes; e, averiguado que de feito se tem 
realisado o que foi communicado por aquelle 
funccionario, e que os indivíduos pertencentes ás aldêas 
não precisão mais de protecção immediata dos 
administradores ou directores, quer as respectivas 
terras tenhão sido usurpadas no todo, quer em parte, 
autoriso á V. Ex. para extinguir os referidos aldêa-
mentos, distribuindo á cada familia no ponto onde já 
possua casa e lavoura, bem como aos solteiros maiores 
de 21 annos, que tenhão economia separada, terreno 
sufficiente que não abranja mais de 62,500 braças 
quadradas e seja em geral de 22,500, que ficarão sendo 
propriedade desses indivíduos depois de 5 annos de 
effectiva residencia e cultura, cessando depois de feita 
esta distribuição de terreno toda a jurisdicção do Director 
Geral e dos Directores parciaes sobre o territorio e 
habitantes das aldêas. Achando-se em com-missão 
nessa Província o Engenheiro Raymundo de Penaforte 
Alves do Sacramento Blak, V. Ex. lhe dará as 
competentes instrucções para effectuar a medição e 
demarcação dos lotes, bem como a avi-ventação dos 
rumos das sesmarias pertencentes aos mencionados 
aldeamentos, cumprindo que as terras, que sobrarem, 
logo que terminarem os contractos de arrendamentos á 
que por ventura estejão sujeitas, sejão vendidas pela 
Thesouraria da Fazenda, de accôrdo com as 
determinações de V. Ex., á quem mais vantajosas 
condições offerecer. Para este fim aquella Repartição 
examinará quaes sejão os terrenos arrendados e quaes os 
desembaraçados, e tomará as contas da receita e 
despeza havidas em taes estabelecimentos, considerando 
nullos quaesquer aforamentos de terras das aldêas 
COLONISAÇÃO 21 
feitos pelas Camaras Municipaes ou quaesquer outras 
autoridades. 
Vid. o Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876, 
que organisou a Inspectoria Geral das Terras c Co-
lonisação. 
Av. n. 105 de 18 de Março de 1863 :—Ordenou 
que os empregados do aldeamento de S. Pedro d'Al-
cantara nto fizessem plantnções em terras da Colonia 
Militar do Jatahy, não só porque assim teria do ser 
alterado o regimen disciplinar da mesma Colonia, 
como tambem porque se poderilo para o futuro suscitar 
reclamações para indemnisação de bem feitorias, 
quando o mesmo estabelecimento precisasse das terras 
por tal modo invadidas. 
Av. n 273 de 8 de Julho de 1875: — Remette cópia 
das instrucções expedidas ao Engenheiro Luiz José da 
Silva para proceder, nos extinctos aldeamentos da 
Província de Pernambuco á verificação de terrenos 
pertencentes aos respectivos patrimonios o mais 
trabalhos que lhes são correlativos. 
Pessoas estabelecidas nos aldeamentos de índios 
estuo sujeitas ao serviço militar, salvo tendo as isen-
ções da Lei: Av. do 17 de Setembro de 1875. 
Decr. n. 2672 do 20 de Outubro de 1875 : Hei por 
bem Sanccionar e Mandar que se execute a seguinte 
Resolução da Assembléa Geral. 
Art. 1.° O Governo fica autorisado para alienar 
22 TERRAS E 
as terras das aldeias extinctas (1), que estiverem 
aforadas, observando-se as disposições seguintes: 
§ 1.° O preço será o que fôr ajustado com o floreiro 
ou de 20 vezes o fôro e uma joia de 2 1/2 %, segundo 
fôr mais vantajoso á Fazenda Nacional. 
§ 2.° As terras assim alienadas ficarão sujeitas aos 
onus dos §§ 1°, 2.°, 3.° e 4.° do Art. 16 da Lei n. 601 de 
18 de Setembro de 1850. 
§ 3.° As terras em que estiverem ou possão ser 
fundadas villas ou povoações, e as que forem neces-
sarias para logradouros publicos, farão parte do pa-
trimonio das respectivas Municipalidades, e por estas 
serão cobrados os respectivos fóros para abertura e 
melhoramentos de estradas vicinaes. 
Art. 2.° Ficão revogadas as disposições em con-
trario. Vid. infra Not. 29 desta Lei. 
Em Av. de 8 de Abril de 1878: — O Ministerio da 
Agricultura recommendou á Presidencia do Paraná que 
expedisse ordem não só para diminuir o numero e 
jornal dos assalariados existentes nos aldeamentos de 
S. Jeronymo e S. Pedro de Alcantara, daquella Pro-
víncia, mas tambem reduzir ns outras despezas, que alli 
se fazem, ao minimo possível. 
Av. n. 306 de 17 de Maio de 1878: — Declara não 
convir a compra das terras nas fazendas do Atalaia e 
Sepultura, por conta do Estado para estabelecimento de 
índios. 
(1) A alienação não deve ser feita em hasta publica. 
Trata-se de consolidação do domínio directo com o domínio 
util, e a venda é contractada directamente com o foreiro. 
COLONISAÇÃO 21 
fundação de povoações (24), abertura de estradas 
Por Av. de 31 de Maio de 1878 autorisou-se o Presidente da 
Província á declarar extincto o aldeamento de 
Paranapánema, na Província do Paraná, dispensando desde 
logo o respectivo pessoal. 
Os papeis relativos á extinctos aldeamentos de índios 
devem rer recolhidos á Secretaria do Governo, quer 
existão alli, quer nas Camaras Municipaes ou em outras 
Repartições-. Av. de 23 de Março de 1881. 
(24) As terras reservadas para povoaçOes serão 
divididas em lotes urbanos e ruraes ou sómente nos 
primeiros: Art. 77 do Regul. n. 1318. 
Vid. infra Not. 27, e o Art. 2.° § 4.° do Regul. á que sê 
refere o Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876. 
Vid. Art. 82 do Regul. n. 1318 quanto á estabe-
lecimento de Colonias Militares. 
Vid. Art. 3.° do Decr. n. 3784 do 19 de Janeiro de 1867. 
 Av. n. 4 (App.) ao Presidente da Província do Piauhy, de 
27 de Junho de 1855:— Sobre que officiou o Juiz 
Municipal do Termo em que está situada a nova Povoação 
de Santa Philomena á respeito da posse de terrenos 
devolutos para a criação de gado: 
Illm. e Exm. Sr.—Tendo sido presente á Sua Ma-
gestade o Imperador o Officio de V. Ex. com data de 3 
de Abril ultimo, e sob n. 105, acompanhado do Officio do 
Juiz Municipal do Termo em que está si-24 TERRAS E 
tuda a nova e florescente Povoação de Santa Philomena, e pelo 
qual informa que alguns proprietarios abastados, e pessoas pobres 
se vão appossando de terrenos devolutos para a criação de gado 
vaccum e cavallar, e para plantações, provindo desses factos, aliás 
menos conformes com o disposto no Art. 2.° da Lei n. 601 e 
Art. 90 do Regul. n. 1318, os unicos recursos o abastecimentos 
de que carece a dita Povoação ; e pede por isso esclarecimentos 
acerca do procedimento á seguir em vista de taes occurrencias, e 
em ordem á solver a duvida daquelle Juiz, que se acha perplexo 
quanto á fazer desde já effectiva as referidas disposições da Lei: 
Houve por bem o mesmo Augusto Senhor, Conformando-se com 
o parecer da Repartição Geral das Terras Publicas, Mandar 
declarar á V. Ex., que, devendo-se considerar a Povoação de que 
se trata, como comprehendida no numero daquellas á que se refere 
o Art. 12 da Lei citada, e Art. 77 e seguintes do mencionado 
Regulamento, pôsto que á sua fundação não tivessem precedido 
as medidas ou formalidades ahi indicadas , cumpre para sanar 
essa falta e removeras dificuldades ponderadas, que V. Ex. faça 
applicavel ao caso vertente o que se acha dispôsto nos Artigos 
ultimamente referidos, devendo primeiro que tudo mandar 
fazer provisoriamente o alinhamento e arruamento da Povoação 
de Santa Philomena, e remetter a respectiva planta á Repartição 
Geral, afim de que ahi seja examinada e submettida á definitiva 
approvação do Governo Imperial, depois do que se tratará de fazer 
a reserva dos terrenos, que fôrem necessarios para serem 
distribuídos em lotes urbanos e rusticos, na fórma daqnelles Arts. 
77 e seguintes do mesmo Regulamento, 
COLONISAÇÃO 25 
e quaesquer outras servidões (25), e assento de 
estabelecimentos publicos (26) ; 3.°, para a construcção 
naval (27). Ficando quaesquer outras reservas á fazer 
para serem resolvidas opportunamente pelo Governo 
Imperial. 
 AV. n. 92 de 20 de Fevereiro da 1879 : — Declara 
que as terras concedidas á Camara Municipal da Cidade 
do Bio Grande por Av. de 23 de Maio do 1878, devem 
ser subdivididas em lotes urbanos, pagando o fôro de 
40 réis por 4,84 metros quadrados. 
(25) Por occasião da abertura de estradas, 
relativamente á povoação das respectivas margens, o 
Av. de 17 de Dezembro de 1875 deu providencias. 
Vid. este Aviso a Not. do Art. 77 do Regul. n. 1318. 
Av. n. 56 de 10 de Fevereiro de 1871 : — Aos 
sesmeiros, e por maioria de razão aos posseiros, corre a 
obrigação de cederem os terrenos necessarios para a 
abertura e melhoramentos de estradas publicas geraes, 
provinciaes e municipaes com direito sómente á 
indemnisaçao das bemfeitorias existentes nas mesmas 
terras, salvo se pelos títulos de sua propriedade 
estiverem isentos desta obrigação. 
(26) (27) Pelo Av. n. 110 de 18 de Março de 1851, 
remetteu-so ao Ministro do Imperio cópia das 
instrucções per que se devem regular os Officiaes 
Enge- 
 
26 TERRAS E 
nheiros na medição das terras que tinhão de ser 
distribuídas á indivíduos engajados para o serviço do 
exercito. 
Vid. Arts. 80, 81, 88 e 89 do Regul. n. 1318. 
A Lei de 15 de Outubro de 1831 extinguio as 
Conservatorias de córtes de madeiras. 
O Conselho de Estado, Secção de Marinha e 
Guerra, em consulta de 29 de Abril de 1876, sanc-
cionada por immediata Resol. de 19 de Julho do mesmo 
anno, á proposito de mattas reservadas, foi de parecer : 
1.° que antes da separação das terras reservadas para a 
construcção naval, sómente ao Ministerio da 
Agricultura compete a conservação das mattas publicas; 
2.° que depois da separação da designação sobredita, 
póde então ter lugar a procedencia do Art. 81 do Regul. 
n. 1318, até que ulteriormente se regule a materia. E' de 
opinião a Secção ter caducado a prohibição de cortar-se 
madeiras de construcção nas mattas particulares, por 
não se achar de accôrdo tal prohibição com os Arts. 12 
e 16 da Lei n. 601 e com o complexo de Arts. do Regul. 
n. 1318, de modo que não se podem tomar medidas 
prohibitivas sem attentar contra o direito de 
propriedade. 
Em virtude desta mesma Consulta não subsistem 
mais as restricções do direito de propriedade particular 
á respeito das madeiras chamadas de lei, que qualquer 
póde cortar, usar ou vender, estando em terras de sua 
propriedade. 
COLONISAÇÃO 27 
Art. 13. O mesmo Governo fará organisar por 
freguezias o registro das terras possuidas, sobre as 
declarações feitas pelos respectivos possuidores, 
impondo multas e penas áquelles que deixarem de fazer 
nos prazos marcados as ditas declarações ou as fizerem 
inexactas. (28) 
Art. 14. Fica o Governo autorisado á vender as 
terras devolutas em hasta publica, ou fóra delia (29), 
como e quando julgar mais conve- 
(28) Vid. Arts. 91 á 102 do Regul. n. 1318. Vid. Art. 1.° 
§ 1.° n. 9.° do Regul. n. 6129 de 23 
de Fevereiro de 1876. 
(29) Vid. Arts. 64 usque 71 do Regul. n. 1318. ... terras 
devolutas em hasta publica. O Governo foi tambem 
autorisado á alienar as terras das extinctas aldeias ex-vi do 
Decr. n. 2672 de 20 de Outubro de 1875 cit. supra á Not. 23. 
Essas terras uma vez alienadas ficão sujeitas aos usos dos §§ 
1.°, 2.°, 3.° o 4.° do Art. 16 da presente Lei n. 601. 
Considerão-se devolutas, e não como proprios nacionaes: 
Ord. de 18 de Dezembro de 1852. Vid. supra 4 Not. 23 desta 
Lei os Avs. de 21 de Julho de 1858, e n. 243 de 20 de Maio 
de 1869. 
Pelo Art. 11 n. 5.° da Lei do Orç. n. 628 de 17 de 
Setembro de 1851 foi o Governo autorisado para 
distribuir por venda ou por aforamento perpetuo, e pelo 
modo que julgar mais conveniente, oito lotes de mil 
braças em quadro cada um, das terras devolutas 
28 TERRAS E 
que se acharem proximas ás linhas de demarcação das 
colonias Militares de Pernambuco e Alagóas ; podendo 
para este Am sómente dispensar na Lei n. 601 de 18 de 
Setembro de 1850. 
As Presidencias de Província forSo autorisadas á 
vender terras, conforme se declara no Av. Circ. de 13 
de Julho de 1861. 
O Decr. n. 5655 de 3 de Junho de 1874 Art. 8.°, 
declara :—que os Presidentes das Provincias do Ama-
zonas, Pará, Paraná e Matto-Grosso ficão autorisados á 
vender terras devolutas, fóra da hasta publica, na 
conformidade das Instrucções que baixarão com o 
mesmo Decreto. A venda será feita pelos preços mar-
cados no § 2.° do Art. 14 da presente Lei n. 601- 
A competencia das Presidencias de Província para 
informar sobre venda de terras é reconhecida na Circ. de 
22 de Outubro de 1877, pela qual se recommenda 
exerção em relação ao serviço de colonisação e terras a 
vigilancia e fiscalisação que cumpre-lhes dispensar á 
todos os negocios publicos. 
O Av. n. 550 de 20 de Novembro de 1862 declara 
que não se venderão terras publicas senão ás pessoas 
que por si ou por companhias ou emprezas se acharem 
habilitadas para as cultivar. 
Av. n. 835 de 18 de Novembro de 1878:— Declara 
que as vendas de terras de que tratão os Arts. 21 e 39 
do Decr. n. 5655 de 3 de Junho de 1874, deverão correr 
pela Secretaria da Província e as de que 
COLONISAÇÃO 29 
niente, fazendo préviamente medir, dividir, demarcar e 
descrever a porção das mesmas terras, que houver de ser 
exposta a venda, guardadas as regras seguintes : (30) 
Tratão os Arts. 32 e 33 do mesmo Decreto, sejão 
em hasta publica ou por qualquer outro meio, pela 
Thesouraria da Fazenda. 
Este Decr. n. 5655 approvou as Instruçcões para a 
revalidação das vendas de terras publicas já effe-tuadas, 
nas Províncias do Amazonas, Pará, Paraná, Matto 
Grosso, e regularisação das que o forem. 
 
 (30) A medição, divisão e demarcação das terras 
devolutas devem ser feitas por Engenheiro ao serviço do 
Governo, sendo iudispensavel a verificação quando 
assim não se proceda : A.v. circ. n. 459 de 30 deNo- 
vembro de 1874. 
 
Esta Circ., no intuito de regularisar a concessão de 
terras publicas, evitando o abuso de serem transferidas 
antes de proceder-se á respectiva medição e demarcação, 
recommenda, não seja passado o respectivo titulo, sem 
que os concessionarios as fação medir e demarcar dentro 
do prazo que lhes fôr fixado. 
Av. circ. de 12 de Setembro de 1876: — Sómente 
podem empregar-se na medição das terras publicas 
Engenheiros e Agrimensores expressamente commissio-I 
nados para tal fim. 
Pelo Decr. n. 2922 de 10 de Maio de 1862 foi 
30 TERRAS E 
§ 1.° A medição e divisão serão feitas quando o 
permittirem as circumstancias locaes, por linhas que 
corrao de Norte á Sul conforme o verdadeiro meridiano, e 
por outras que as cortem em angulos rectos de maneira 
que formem lotes ou quadrados de quinhentas braças por 
lado demarcados convenientemente. 
creado um corpo de Engenheiros civis ao serviço do Ministerio da 
Agricultura, Commercio e Obras Publicas e approvado o 
respectivo Regulamento. Um novo Regul-foi dado á esse corpo 
pelo Decr. n. 4696 de 16 de Fevereiro de 1871. 
Quanto aos vencimentos dos Engenheiros encarro-gados 
das medições regula a Tabella annexa áquelle Decr. n. 2922 
de 10 de Maio de 1862. 
A' este respeito o cit. Av. circ. de 12 de Setembro de 
1876 declarou:—que os Engenheiros chefes de medições têm 
direito, além da gratificação mensal que lhes haja sido 
arbitrada, a de 18 rs. por braça de terras que elles proprios 
medirem, 8 rs. quando o serviço tenha sido executado por 
duas turmas de agrimensores, 4, 5 rs. quando estas forem 
quatro, e assim por diante na mesma proporção decrescente ; 
— que aos Agrimensores competem, alem da gratificação 
mensal, 7 rs. por braça de terra, que medirem até 500, d'ahi 
para mais, 4 rs. por braça. 
O Av. circ. de 15 Abril de 1878 recommenda a estricta 
observancia do Av. supra, e mais — que os Agrimensores e 
Engenheiros que tem percebido bra- 
 
COLONISAÇÃO 31 
§ 2.° Assim esses lotes como as sobras de terras 
em que se não puder verificar a divisão acima 
indicada serão vendidos separadamente sobre o preço 
minimo (31), fixado antecipadamente 
çagem superior, devem entrar para as Thesourarias com as 
differenças. 
O Av. de 30 de Agosto de 1879 declara que a medição das 
terras pedidas por compra pode ser feita por pessoa da 
confiança do pretendente, comtanto que seja profissional 
devidamente habilitado, para o fim de dar authenticidade á 
planta da medição ; e portanto nenhum inconveniente ha em 
que seja encarregado nesta o Juiz commissario, não como tal, 
mas como simples engenheiro. 
(31) O preço minimo na venda das terras devolutas pode 
ser concedido aos indivíduos pobres que as occupem e não 
tenhão forças para legitimal-as: Av. de 31 de Maio de 1875 
em additamento ao de n. 126 de 10 do Abril de 1858. 
Pelo Decr. n. 5655 de 3 de Junho de 1874, que approvou 
as Instrucções para a revalidação das vendas de terras publicas 
já effectuadas nas Provincias do Amazonas, Pará, Paraná e 
Matto Grosso e regularisação das que o forem, se determinou 
o preço minimo da unidade superficiaria das terras do lote á 
que refere o mesmo Decr. pelos indicados no § 2.° do Art. 14 
da Lei n. 601, addicionando-se-lhe as despezas de medi-ção e 
demarcação correspondentes á mesma unidade. 
32 TERRAS E 
e pago á vista de meio real, um real, real e meio e dous 
réis, por braça quadrada, segundo fôr a qualidade e 
situação dos mesmos lotes e sobras. (32) 
§ 3.° A venda fora da hasta publica será feita pelo 
preço que se ajustar, nunca abaixo do mínimo fixado, 
segundo a qualidade e situação dos 
 
(32) O Art. 15 das Instruc. annexas ao Decr. n. 5655 de 
3 de Junho de 1874 permitte vendas de terras á prazo de 2 á 6 
annos nas Províncias do Amazonas, Pará, Paraná e Matto-
Grosso, e fóra de hasta publica: Art. 8.° das mesmas 
Instrucções. 
Já antes a Lei n. 1114 de 27 de Setembro de 1860 § 22 
permittia vendas á prazo fóra das zonas das fronteiras, na 
Província do Amazonas e nas que se achassem nas mesmas 
circumstancias especiaes. O Av. de 17 de Dezembro de 1875, 
ampliando esta Lei, ordenou vendas á prazo em certos e 
determinados lugares e mediante certas condições, nas 
Províncias do Espirito Santo e Minas Geraes, limitados á 
zonas de 12 braças de cada lado da estrada projectada entre a 
Freguezia do Peçanha, Município do Sarro em Minas, e o 
Município de S. Matheus na do Espirito Santo. 
O Av. de 5 de Janeiro de 1865 permittia vender á prazo 
até 10 annos, mas foi alterado pelo cit. Decr. n. 5655 de 3 de 
Junho de 1874. 
A' este Decreto vem annexa uma Tabelia das dimensões 
e superfícies dos lotes de terra marginaes e cen-traes, que 
podem ser concedidas por venda á prazo 
 
COLONISAÇÃO 33 
respectivos lotes e sobras, ante o Tribunal do Thesouro Publico, 
com assistencia do Chefe da Repartição Geral das Terras na 
Província do Rio de Janeiro, e ante as Thesourarias, cora assis-
tencia de um Delegado do dito Cbefe, e com npprovação do 
respectivo Presidente, nas outras Províncias do Imperio. (33) 
(33) Av. n. 230 de 26 de Abril de 1879 :-Propostas 
seguintes duvidas: 
1.° Por onde derem ser pnssados os títulos de venda de 
terras nas condições do Av. de 13 de Junho de 1863, á que se 
referem as Instrucções que hão sido ministradas aos 
Engenheiros incumbidos da medição de terras no Rio Doce e 
Mucury? 
2.° E' da attribuição da Secretaria do Governo passar os 
titulos das vendas de terras effectuadas em hasta publica o 
fóra della, ou compete á Thesouraria de Fa-zenda, realisada a 
cobrança, expedil-os? 
3.° Verificada a venda em hasta publica ou fóra della, é 
necessaria a escriptura de que fallão os Avisos ns. 515 e 562 
de 25 de Novembro e de 30 de Dezembro de 1808? 
Cabe-me declarar-lhe, em resposta, que referindo-se o 
Av. de 18 de Novembro ultimo 4 uma duvida suscitada pela 
Thesouraria de Fazenda da Província do Pará, relativamente 
á expedição dos titulos de vendas de terras de que tratão os 
Arts. 26 e 27 das Instrucções baixadas com o Decr. n. 5655 
de 3 de Junho de 1874, e sendo estas Instrucções especiaes ás 
revalidações e vendas de terras 4 vista ou 4 prazo, nas 
Províncias 
34 TERRAS E 
Art. 15. Os possuidores de terras de cultura e 
criação, qualquer que seja o titulo de sua acquisição, 
terão preferencia na compra das terras devolutas que lhes 
fôrem contíguas, com-tanto que mostrem, pelo estado da 
sua lavoura ou criação que têm os meios necessarios para 
aproveitai-as. (34) 
do Amazonas, Pará, Matto-Grosso e Paraná, nada ha 
no mencionado Aviso applicavel a Província que V. 
Ex. administra. 
Para tudo o que concerne á legitimações, reva-
lidações e vendas de terras tem essa Presidencia as 
regras fixadas na Lei n. 601 de 18 de Setembro de de 
1850, Regul. de 30 de Janeiro de 1854 e Avisos, 
Ordens e mais disposições de doutrina geral: convindo 
sómente acrescentar, que, em theso, os títulos são 
sempre passados pelas Presidencias, e as escrip-turas 
pelas Thesourarias de Fazenda, sendo que estas tem 
lugar quando as vendas são feitas em hasta publica, ou 
quando nellas intervêm aquellas Repartições, acto este 
que está de accôrdo com os Avs. ns. 516 e 562 de 25 de 
Novembro e 30 de Dezembro de 1868. 
Deus Guarde, etc. 
Tratando-se de colonias, os titulos provisorios são 
assignados pelo Director da Colonia, e os definitivos 
pelo Presidente da Província: Art. 9.° do Decr. n. 3784 
de 19 de Janeiro de 1867. 
(34) O Av. n. 392 de á de Julho de 1861 declarou 
COLONISAÇÃO 35 
 Art. 16. As terras devolutas que se venderem ficarão 
sempresujeitas aos onus seguintes: 
§ 1.° Ceder o terreno preciso para estradas publicas 
de uma povoação á outra ou algum illegal a venda de 
terras feita á Ignacio de Almeida Trancoso,porcontrariar a 
expressa disposição deste Artigo, pela qual, na venda de 
terras publicas, fóra de hasta publica, devem ser preferidos 
os possuidores das terras contiguas, e que tenhão meios de 
cultival-as, circumstancias estas em que não se davão 
naquelle comprador, e sim no seu concurrente Ribeiro dos 
Passos. 
Pelo Av. Circ. de 12 ds Junho de 1863 devem os 
posseiros, cujas posses tenhão sido annulladas em virtude 
das disposições em vigor, ser preferidos quando em 
concurrencia pretendão a compra dessas mesmas posses. 
Neste sentido forão autorisados os Presidentes, salvo o caso 
em que taes terras se achem comprehendidas na 
circumscripção territorial de alguma Colonia, visto estas não 
poderem soffrer desfalque. 
O AV. de 21 do Setembro de 1877 limitou a doutrina do 
AT. de 13 de Junho de 1883 ás posses correspondentes no 
periodo de tempo decorrido entre a Lei n. 601 e o Regul. n. 
1318. 
Os Indios restantes de aldeamentos extinctos têm 
preferencia na parto ds terras que lhas for necessaria para a 
cultura: Art. 11 § 8.° da Lei n. 1114 de 27 de Setembro ds 
1860. 
36 TERRAS E 
porto de embarque, salvo o direito de indemni-saçao 
das bemfeitorias e do terreno occupado. (35) 
§ 2.° Dar servidão gratuita aos visinhos quando 
lhes fôr indispensavel para sahirem á uma estrada 
publica, povoação ou porto de embarque, e com 
indemnisação quando lhes fôr proveitosa por 
incurtamento de um quarto ou mais de caminho. 
§ 3.° Consentir a tirada de aguas desaproveitadas e 
a passagem delias, precedendo a indemnisação das 
bemfeitorias e terreno occupado. 
§ 4.° Sujeitar ás disposições das Leis respectivas 
quaesquer minas que se descobrirem nas mesmas 
terras. (36) 
(35) Vid. á Not. 25 desta Lei o Av. n. 56 de 10 de 
Fevereiro de 1871, e a Not. do Art. 77 do Regul. n. 
1318 o Av. de 17 de Dezembro de 1875. 
(36) As minas assim como os terrenos diamantinos 
são do dominio do Estado : Ord. Liv. 2.° Tit. 26 § 16; 
Não se estendião á mineração os favores outorga-
dos aos estrangeiros: Ord. n. 132 de 14 de Maio de 
1849. 
Mas pela disposição da Lei n. 1507 de 26 de Se-
tembro de 1867 Art. 23, os estrangeiros podem iso-
ladamente, ou em sociedade, como os subditos do 
COLONISAÇÃO 37 
Art. 17. Os estrangeiros que comprarem terras e nellas 
se estabelecerem ou vierem à sua custa exercer qualquer 
industria no paiz serão naturalisados, querendo, depois de 
dous annos de residencia, pela fórma por que o forão os 
da colonia de S. Leopoldo, e ficarão isentos do serviço 
militar, menos do da guarda nacional dentro do Municipio. 
(37) Imperio, requerer, e obter, concessão para a minera-ção, 
ficando revogadas as disposições que lhes veda-vão tal 
concessão. 
Esta concesalo ou previa permissão do Governo, nSo 
obstante a doutrina em contrario do Decr. de 27 de Janeiro de 
182.), é indispensavel, mesmo que o solo seja de propriedade 
particular, pois que aquelle Decreto, expedido depois da 
Constituição, não pode revogar a Ord. Liv. 2.° Tit. 26 § 16, 
que clara e terminantemente estabelece o Direito do Estado á 
todos os mineraes existentes no sub-solo, direito pos-
teriormente firmado no Art. 34 da Lei n. 614 de 28 de 
Outubro de 1818, explicada pela Ord. do Thesouro n. 220 de 
19 de Setembro de 1849, e Art. 16 § 4.° da Lei n. 601 de 18 
de Setembro de 1850. 
(37) O Decr. n. 712 de 16 de Setembro de 1853 tornou 
extensivo aos estrangeiros que fizessem parte de qualquer 
colonia fundada no Imperio a disposição deste Art. 17 da 
presente Lei, já applicada pelo AV. de 21 de Outubro de 
1850 á um colono, uma vez satisfeita a declaração exigida 
pelo Decr. de 3 de 
40 TERRAS E 
 Art. 18. O Governo fica autorisado á mandar vir 
annualmente á custa do Thesouro certo numero de 
colonos livres para serem empregados pelo tempo que 
fôr marcado em estabelecimentos agrícolas ou nos 
trabalhos dirigidos pela administração publica, ou na 
formação de colonias nos lugares em que estas mais 
convierem, tomando antecipadamente as medidas 
necessarias para que taes colonos achem emprego logo 
que desembarcarem. (38) É autorisado á dar o titulo de 
naturalisação antes mesmo do prazo da dita Lei aos colonos, 
que julgar dignos dessa concessão. 
Pelo Art. 4.° deste Decr. n. 808 A : — Os pais, Tutores, 
ou Curadores de colonos menores nascidos fóra do Imperio 
antes da naturalisação de seus pais, poderão fazer por elles a 
declaração de que trata o Art. l.°, e obter o respectivo titulo, 
salvo aos menores o direito de mudar de nacionalidade 
quando maiores. E pelo Art. 5.°:—As suas disposições, 
sómente applícaveís aos colonos, não derogão as demais da 
Lei de 23 de Outubro de 1832. 
Os colonos que trabalhão por contracto de parceria, não 
são contados no numero dos trabalhadores de que trata o 
Art. 15 § 3.° da Lei n. 602 de 19 de Setembro de 1850, para 
a dispensa do serviço activo da guarda nacional: Av. n. 216 
de 21 de Novembro de 1854. 
(38) Vid. adiante o Decr. n. 3784 de 19 de Janeiro 
COLONISAÇÃO 41 
Aos colonos assim importados são applica-veis as 
disposições do Artigo antecedente. 
Art. 19. O producto dos direitos de chancel-laria e 
da venda das terras, de que tratão os Arts. 11 e 14, será 
exclusivamente applicado, 1.° á ulterior medição das 
terras devolutas, e 2.° á importação de colonos livres, 
conforme o Artigo precedente. 
Art. 20. Emquanto o referido producto não fôr 
suficiente para as despezas à que é destinado, o 
Governo exigirá annualmente os creditos necessarios 
para as mesmas despezas, às quaes applicará desde jà as 
sobras que existirem dos creditos anteriormente dados â 
favor da co-lonisação, e mais a somma de 200:000$000. 
Art. 21. Fica o Goyerno autorisado á estabelecer, 
com o necessario Regulamento, uma Repartição especial 
que se denominará — Repartição Geral das Terras 
Publicas — que será encarregada de dirigir a medição, 
divisão e descripção das terras devolutas e sua 
conservação, de fis-calisar a venda, e distribuição 
delias, e de promover a colonisação nacional e 
estrangeira. (39) De 1867 pelo qual deu-se Regulamento 
para as Colonias do Estado. 
(39) A Repartição Geral das Terras Publicas foi orga-
nisada pelo Decr. n. 1318 de 30 de Janeiro de 1854. 
Funccionava na Côrte sob as ordens do Ministro e 
 
 
42 TERRAS E 
Art. 22. O Governo fica autorisado igualmente a impôr 
nos Regulamentos que fizer para Secretario de Estado dos 
Negocios do Imperio (Art. l.°): e nas Províncias por meio de 
seus Delegados (Art. 6.°), com Repartições especiaes 
(Art. 25 do Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876) 
(*). Pelo Av. n. 95 de 24 de Abril de 1854, e era virtude 
do Art. 3 ° § 10 da Lei n. 1318, deu-se Regulamento 
provisorio para o serviço das Secretarias da Repartição 
Geral das Terras Publicas e dos seus Delegados nas 
Províncias, instituindo-se um archivo para cada uma das 
Secções da Secretaria. Extincta a Repartição Geral das 
Terras Publicas, foi creada em seu lugar a Commissão do 
registro geral e estatística das terras publicas e 
possuídas, á qual derão-se Insttrucções : Decr. n. 5788 de 
4 de Novembro de 1874. 
Extincta por sua vez esta commissão, creou-se pelo 
Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1676 a inspectoria 
Geral das Terras e Colonisação. Vid. Nota 2 ao Regul. 
n. 1318. 
 Vid. Avs. ns. 786 de 7 de Novembro de 1878, e 787 
da mesma data. 
 (*) O Decr. n. 2575 A de 14 de Abril de 1860 extinguio as 
Repartições Especiaes das Terras Publicas nas Provincias 
do Amazonas, Piauhy, Ceara, Parahyba, Rio Grande do Norte, 
Sergipe, Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Geraes, e Goyaz. 
O Decr. n. 2595 de 19 de Maio do 1800 alterou a Repartição 
Especial das Terras Publicas na Província de S. Paulo. 
O Decr. n. 2008 de 30 de Junho de 1880 alterou a mesma 
Repartição na Província do Espirito Santo. O Decr. n. 2731 de16 de Janeiro de 1861 passou para a Repartição Geral das 
Terras Publicas as attribuições do Chefe da Repartição especial 
do Rio de Janeiro. 
COLONISAÇÃO 43 
A excução da presente Lei, penas de prisão até tres mezes e 
de multa até 200$000. (40) 
Art. 23. Ficão derogadas todas as disposições em 
contrario. 
 Mandamos portanto à todas as autoridades, á quem 
o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que 
a cumprão e fação cumprir e guardar tão inteiramente 
como nella contém. O Secretario de Estado dos Negocios 
do Imperio a faça imprimir, publicar e correr. Dada no 
Palacio do Rio de Janeiro aos dezoito dias do mez de 
Setembro de mil oitocentos e cin-coenta, vigesimo nono 
da Independencia e do Imperio. 
IMPERADOR, com rubrica e guarda.
 Visconde de Monst'Alegre. 
[10] Vid. Arts. 29. 31, 63, 90, 95. 105, 106 e 108 do 
cit. Regul a. 1318. 
44 TERRAS E 
 
Decreto n. 1318 de 30 de Janeiro de 1854 
Manda executar a Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850 
Em virtude das autorisações concedidas pela Lei n. 
601 de 18 de Setembro de 1850, hei por bem que para 
execução da mesma Lei se observe o Regulamento que 
com este baixa, assignado por Luiz Pedreira do Couto 
Ferraz, do meu Conselho, Ministro e Secretario do 
Estado dos Negocios do Imperio, que assim o tenha 
entendido e faça executar. 
Palacio do Rio de Janeiro, em 30 de Janeiro de 
1854, trigesimo-terceiro da Independencia e do 
Imperio.— Cora a rubrica de Sua Magestade o 
Imperador.—Luis Pedreira do Couto Ferraz. 
Regulamento para execução da Lei n. 601 de 18 de 
Setembro de 1850, á que se refere o Decreto desta data. 
CAPITULO I 
DA REPARTIÇÃO GERAL DAS TERRAS PUBLICAS 
Art. 1.° A Repartição Geral das Terras Publicas, 
creada pela Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850, fica 
subordinada ao Ministro e Secretario de Estado dos 
Negocios do Imperio, e constará 
COLONISAÇÃO 45 
de um Director Geral das Terras Publicas, Chefe da 
Repartição, e de ura Fiscal. (1) 
A Secretaria se comporá de um Official Maior, dous 
Officiaes, quatro Amanuenses, um Porteiro, e um 
Continuo. 
Um Offlcial e um Amanuense serão habeis era 
desenho topographico, podendo ser tirados d'entre os 
Officiaes do Corpo de Engenheiros, ou do Estado 
Maior da 1.» Classe. 
Art. 2.° Todos estes Empregados serão nomeados 
por Decreto Imperial, excepto os Amanuenses, Porteiro 
e Continuo, que o serão por (1) Hoje ao Ministro e 
Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, 
Commercio e Obras Publicas. Vid. Art. 21 da Lei n. 601. 
O Decr. n. 1067 de 28 de Julho de 1860 creou a nova 
Secretaria de Estado dos Negocios da Agricultura, 
Commercio o Obras Publicas, e para sua execução 
organisou-se pelo pecr. n. 2748 de 16 de Fevereiro de 1861 o 
respectivo Regulamento. 
Pelo Decr. n. 4167 de 29 de Abril de 1868 foi a mesma 
Secretaria reformada, subsistindo esta reforma até a do Decr. 
n. 5512 de 31 de Dezembro de 1873, alterado pelo de n. 
7569 de 13 de Dezembro de 1879. 
Pelo Av. n. 376 de 31 de Agosto de 1861 forão 
expedidas instrucções para o Archivo da Secretaria, 
destinado á guarda e conservação de todos os papeis 
relativos á negocios findos das Directorias, 
46 TERRAS E 
Portaria do Ministro e Secretario de Estado dos 
Negocios do Imperio ; e terão os vencimentos 
seguintes : (2) 
Director Geral, quatro contos de reis. 4:000$000 
Fiscal, dous contos e quatrocentos mil 
reis........................................................... 2:400$000 
Offlcial-Maior, tres contos e duzentos 
mil réis ........................................ .... ...... 3:200$000 
Officiaes (cada um), dois contos e qua 
trocentos mil réis .................................... 2:1000000 
Amanuenses (cada um), um conto e 
duzentos mil reis..................................... 1:200$000 
Porteiro, um conto de reis .......................... 1:000$000 
(2) Ex-vi da autorisação conferida ao Governo pelas Leis 
do Orç. na. 2348 de 25 de Agosto de 1873 Art. 8.° § 1.° n. 
1.» e 2640 de 22 de Setembro de 1875 Art. 20, para reformar 
a Secretaria de Estado dos Negocios da Agricultura, 
Commercio e Obras Publicas, e Repartições annexas, 
dividindo o respectivo serviço como conviesse para melhor e 
maia prompto expediente; foi pelo Decr. n. 6129 de 23 de 
Fevereiro de 1876 organisada a Inspectoria Geral das Terras 
e Colonisação com o pessoal estabelecido no Art. 3.° do 
mesmo Decreto. 
Esta Repartição substituio a antiga Commissão do 
registro geral e estatística das terras publicas e possuídas, 
que por sua vez havia substituído a Repartição Geral das 
Terras Publicas creada pelo Decr. n. 1318. Vid. Not. 39 á 
Lei n. 601, 
A Inspectoria tem o seu Archivo organisado, por 
determinação do respectivo Inspector. 
C0LONISAÇÃ0 47 
Continuo, seiscentos mil reis (3) ................ 600$000 
Art. . 3.° Compete á Repartição geral das terras 
publicas: (4) 
(3) Hoje vigora a Tabella annexa ao cit. Decr. n. 6129 
de 23 de Fevereiro de 1876, que organisou a Inspectoria 
Geral das Terras e Colonisação, e estabe- leceu o numero e 
obrigações dos Empregados. 
Quanto aos vencimentos dos Engenheiros encarregados 
de medições, regula a Tabella annexa ao Decr. n. 2922 de 10 
de Maio de 1862. 
Pelo Av. de 14 de Fevereiro de 1877 foi ap-
provada a Tabella dos Empregados do Movimento. Taes 
empregados percebem diarias e não ordenados. Av. de 17 
de Dezembro de 1879: 
Vid. á Not. 30 da Lei n. 601 o Av. Circ. de 12I do 
Setembro de 1876. 
Vid. á Not. do Art. 55 do presente Regul, o Av. n. 135 
de 28 de Maio de 1864. 
Os Escrivães não têm vencimentos fixos, apenas 
percebem uma parte da quantia paga pelos posseiros e 
sesmeiros por braça quadrada corrente e medida; Av. de 13 
de Junho de 1876. 
(4) Vid. Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 
Arts. l.° á 17. Todos os trabalhos de que tratio os §§ deste 
Art. 3.° do presente Regul. n. 1318 são da competencia 
da Inspectoria Geral de Terras e Colonisação. 
 
48 TERRAS E 
 
 
§ 1.° Dirigir a medição, divisão e descripção das 
terras devolutas, e prover sobre a sua conservação. 
§ 2.° Organisar um Regulamento especial para as 
medições, no qual indique o modo pratico de proceder á 
ellas, e quaes as informações que devem conter os 
memoriaes de que trata o Art. 16 deste Regulamento. 
(5) 
§ 3.° Propôr ao Governo as terras devolutas que 
deverem ser reservadas: 1.° para a collo-nisação dos 
indígenas; 2.° para a fundação de povoações, abertura 
de estradas, e quaesquer outras servidões e assentos de 
estabelecimentos publicos. (6) 
§ 4.° Fornecer ao Ministro da Maralha todas as 
informações que tiver ácerca das terras devolutas que 
em razão de sua situação è abun- 
(5) Vid. Regul. de 28 de Maio de 1854. 
(6) O Av. n. 15 de 2 de Abril de 1878 determina que não se 
estabeleção immigrantes senão em Terras do Estado, ou de 
particulares depois de compradas e devidamente demarcadas: Diar. 
Off. de 10 de Maio de 1878. 
Vid. Art. 2.° § 1.° n. 4.° do Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro 
de 1876. 
Vid. á Not. 23 da Lei n. 601 o Av. n. 105 de 18 de Março de 
1863. 
COLONISAÇÃO 49 
dancia de madeiras proprias para construcção naval 
convenha reservar para o dito fim. (7) 
§ 5.° Propôr a porção de terras medidas que 
annualmente deverem ser vendidas. (8) 
§ 6.° Fiscalisar a distribuição das terras devolutas, 
e a regularidade das operações da venda. (9) 
§ 7.° Promover a colonisação nacional e es-
trangeira. (10) 
(7) Cit. Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 Art. 2.° § 
1.° n. 4.° 
(8) Cit. Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 Art. 2.° § 
1.° n. 5.° 
(9) Cit. Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 Art. 
2.° § 1.° ns. 3.°, 4.° e 5.° 
(10) Cit.Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 Art. 1.° 
n. 3.°, e Art. 2.° §"2.° ns. 4.° e 5.° 
Vid? á Not. 6 supra deste Regul. o Av. n. 15 de 2 de Abril de 
1878. 
O Decr. n. 3684 de 19 de Janeiro de 1867 ap-prova o Regul. 
das Colonias. 
Vid. Nots. 29 e 31 ao Art. 14, e § 2.° da Lei n. 1. 
 
50 TERRAS E 
N. 311 Av. n. 2 de 14 de Setembro de 1857 :— Ao 
Presidente da Associação central de Colonisação:— 
Approvou a escolha da Imperial Quinta do Cajú para 
hospederia de immigrantes. Vid. Not. á ep. do Cap. 7.º do cit. 
Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876. 
O Av, Circ. n. 312 de 14 de Setembro de 1857 aos 
Presidentes das Províncias recommenda a remessa de todos 
os esclarecimentos ao Consul do Imperio no porto da 
procedencia á respeito do destino dos emigrantes: 
Illm. e Exm. Sr. —Convém que todas as vezes que á 
essa Província chegar algum navio com emigrantes, remetta 
V. Ex. sem demora ao Agente Consular do Imperio do porto 
da procedencia todos os esclarecimentos possíveis ácerca do 
destino de cada um desses indivíduos, e do lugar de seu 
definitivo estabelecimento. 
Deus Gnarde, etc. 
A recommendação decretada por esta Circ. subsiste 
mesmo em face do Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 
á vista da Circ. do Ministerio da Agricultura de 22 de 
Outubro de 1877. Vid. esta Circ. á Nota 1 do Decr. n. 6129 
de 23 de Fevereiro de 1876. Vid. á Nota 17 da Lei n. 601 o 
Av. n. 27 de 21 de Janeiro de 1863, e á Nota 23 da mesma 
Lei o Av. n. 105 de 18 de Março de 1863. 
Pela Lei do Orç. n. 514 de 28 de Outubro de 1848 Art. 
16 forão concedidas á cada uma das Províncias do Imperio, 
no mesmo, ou em differentes lugares do 
COLONISAÇÃO 51 
§ 8.º Promover o registro das terras possuídas (11). 
seu territorio, seis leguas em quadro de terras devo-lutas, 
exclusivamente destinadas á colonisação, e com a condição de 
não poderem ser roteadas por braços escravos e não poderem 
ser transferidas pelos colonos emquanto não estivessem 
efectivamente roteadas e aproveitadas, revertendo ao domínio 
da Província se dentro de cinco annos os colonos não 
cumprissem esta condição. 
Pelo Av. Circ. de 27 de Dezembro de 1851, determinou-
se que as seis leguas em quadro cedidas ás Províncias era 
virtude daquells Lei fossem medidas s demarcadas 4 custa 
dos cofres provinciaes, fazendo-se a competente distribuição, 
depois de ter o Governo Imperial sciencia. 
Pela Assembléa Provincial do Espirito Santo reclamada 
a revogação daquelle Av. Circ., respondeu-se pelo Av. n. 
284 de 26 de Junho ds 1865, que embora sejio as 
Assembléas Legislativas competentes para legislarem sobre 
a colonisação, inclusive o modo de distribuir os lotes, não 
são comtudo quanto á distribuição. 
Vid. á respeito de distribuição ds lotes á colonos o cit. 
Decr. n. 3784 de 19 de Janeiro de 1867. 
(11) A organisação do Registro Geral das Terras 
possuídas por qualquer, de conformidade com o Art. 13 da 
Lei n. 601, Regulamentos, Instruccões e Ordens do Governo 
concernentes á este objecto, pertence á Se- 
52 TERRAS E 
 
 
§ 9.° Propôr ao Governo a fórmula que devem ter 
os títulos de revalidação e de legitimação de terras. 
§ 10. Organisar e submetter á approvação do 
Governo o Regulamento que deve reger a sua 
Secretaria, e a de seus Delegados nas Províncias. (12) 
§ 11. Propôr finalmente todas as medidas quea 
experiencia fôr demonstrando convenientes para o 
bom desempenho de suas attribuições, e melhor 
execução da Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850, e 
deste Regulamento. 
 
Art. 4.° Todas as ordens da Repartição Geral das 
Terras Publicas, relativas à medição, divisão e 
descripçáo das terras devolutas nas Províncias; á sua 
conservação, venda e distribuição; à co-lonisação 
nacional e estrangeira ; serão assig-nadas pelo Ministro 
e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio, e 
dirigidas aos Presidentes das Provincias. As 
informações, porém, que fôrem segunda Secção da 
Inspectoria Geral das Terras e Colo-nisação: Regul. n. 
6129 de 23 de Fevereiro de 1876 Ar.t. 2.º § 1.° n, 9.º 
(12) Vid. Not. 39 da Lei n. 601, e Nots. 1 e 2 do 
presente Regul. n. 1318. 
Em virtude da disposição deste Art. 3.° § 10 é que 
organisou-se o Regulamento provisorio constante do Av. n. 
95 de 24 de Abril de 1854. 
 
COLONISAÇÃO 53 
necessarias para o regular andamento do serviço á cargo 
da mesma Repartição, poderão ser exigidas pelo 
Director de seus Delegados, ou requisitadas das 
autoridades incumbidas por este Regulamento do 
registro das terras possuídas, da medição, divisão, 
conservação, físcalisação e vendas das terras devolutas, 
e da legitimação ou revalidação das que estão sujeitas à 
estas formalidades (13). 
(13) Vid a Not. 1 do Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro 
de 1876 a Circ. de 22 do Outubro de 1877. 
Entende-se actualmente (diz esta Circ.) o Ministerio da 
Agricultura com a Inspectoria e esta com seus Delegados nas 
Províncias á respeito de tudo quanto se refere á Direcção dos 
Estabelecimentos Coloniaes e discriminação das terras 
publicas das particulares; o que não impede que os 
Presidentes de Província continuem á exercer em relação á 
taes serviços, a vigilancia e fiscalisação que cumpre-lhes 
dispensar â todos os negocios publicos. 
Av. de 29 de Julho de 1878 do Ministerio da Agricultura 
:—Dispondo o Art. 51 do Regul. promulgado pelo Decr. n. 
5512 de 31 de Dezembro de 1873 que as communicações, que 
até então se fazião sobre as nomeações, remoções, 
commissões, aposentações e licenças serião substituídas pelas 
publicações feitas no Diario Official, e as de posse ou 
exercício pelos recibos das declarações feitas nos respectivos 
títulos, ou por at-testados de exercício, quando não constarem 
do mesmo Diario; assim o declaro á Vm., para a devida 
obser- 
 
54 TERRAS E 
Art. 5.° Compete ao Fiscal: 
§ 1.° Dar parecer por escripto sobre todas as 
questões de terras, de que trata a Lei n. 601 de 18 de 
Setembro de 1850, e em que estiverem envolvidos 
direitos e interesses do Estado, e tiver de intervir a 
Repartição Geral das Terras Publicas» em virtude deste 
Regulamento, ou por ordem do Governo. (14) 
 § 2.° Informar sobre os recursos interpostos das 
decisões dos Presidentes das Províncias para o Governo 
Imperial. 
 § 3.° Participar ao Director Geral as faltas 
commettidas por quaesquer autoridades ou em 
pregados, que por este Regulamento têm de exercer 
funcções concernentes ao registro das terras possuídas, 
â conservação, venda, medição, demarcação e 
fiscalisação das terras devolutas, ou que estão sujeitas á 
revalidação e legitimação pelos Arts. 4.° e 5.º da Lei n. 
601 de 18 de Setembro de 1850. (15) 
vancia ; ficando na intelligencia de que os actos deste 
Ministerio, publicados naquelle Diario, produzem seus effeitos 
legaes, logo que chegarem ao conhecimento do interessado 
ou do respectivo Chefe. 
(14) Vid. Regul. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876 
Art. 4.° 
(15) Vid. cit. Regul. n. 6129 Art. 4.º n. 13. 
COLONISAÇÃO 55 
§ 4.º Dar ao Director Geral todos os 
esclarecimentos e informações que forem exigidos para 
o bom andamento do serviço. 
Art. 6.° Havera nas Províncias uma Repartição 
Especial das Terras Publicas nellas existentes. Esta 
Repartição será subordinada aos Presidentes das 
Provincias e dirigida por um Delegado do Director Geral 
das Terras Publicas; terá um Fiscal, que será o mesmo da 
Thesouraria; os Officiaes e Amanuenses que forem 
necessarios, segundo a afluencia do trabalho, e um 
Porteiro servindo de Archivista. 
O Delegado e os Officiaes serão nomeados por 
Decreto Imperial; os Amanueses e o Porteiro por 
Portaria do Ministro e Secretario de Estado dos 
Negocios do Imperio. Estes empregados perceberão os 
vencimentos que forem marcados por Decreto, segundo 
a importancia dos respectivos trabalhos. (16)(16) As Repartições especiaes de Terras Publicas nas Provincias 
forão extinctas pelo Art. 25 do Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 
1876, creando-se as Inspectorias especiaes de terras e colonisaçao 
(Art. 3.°). 
Os Inspectores especiaes são de nomeação do Inspector Geral 
com approvação previa do Ministro d'Agricultura (Art. 4.° n. 12 
d'aquelle Decr.) 
Já pelo Decr.' n. 2575 A de 14 de Abril de 1860 havião sido 
extinctas as Repartições especiaes das terras publicas nas 
provincias do Amazonas, Pi- 
 
56 TERRAS E 
 Art. 7.º O Fiscal da Repartição Especial das terras 
publicas deve: 
§ 1.º Dar paracer por escripto sobre todas as 
questões de terras de que trata a Lei a. 601 de 18 de 
Setembro de 1850 e em que estiverem envolvidos 
interesses do Estado, e tiver de intervir a Repartição 
Especial das Terras Publicas, em virtude da Lei, 
Regulamento e ordem do Presidente da Província. 
§ 2.º Participar ao Delegado do Chefe da 
Repartição geral, afim de as fazer subir ao 
conhecimento do Presidente da Província e ao do 
mesmo Chefe, as faltas commettidas por quaesquer 
autoridades ou empregados das respectiva Província, 
que por este Regulamento têm de exercer funcções 
concernentes ao registro das terras possuídas, á 
conservação, venda, medição, demarcação o 
fiscalisação das terras devolutas, ou que estão sujeitas 
à revalidação e legitimação pelos Arts. 4.° e 5.º da Lei 
n. 601 de 18 de Setembro de 1850. 
auhy, Ceará, Parahyba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, 
Rio do Janeiro, Minas Geraes e Goyaz. 
O Inspector Geral das terras e colonisação, seu Ajudante e os 
Chefes de secção são nomeados por Decreto, os Officiaes e 
Amanuenses, o Porteiro e o Contínuo por Portaria do Ministro e os 
demais empregados por acto do Inspector: Art. 14 do Decr. n. 6129 
de 23 de Fevereiro de 1876. 
COLONISAÇÃO 57 
§ 3.º Prestar ao Delegado Chefe da Repartição 
geral todos os esclarecimentos e informações que forem 
por elle exigidos para o bom andamento do serviço. 
Art. 8.º O Governo fixará os emolumentos que as 
partes têm de pagar pelas certidões, cópias de mappas e 
quaesquer outros documentos passados nas Secretarias 
das Repartições geral e especiaes das Terras Publicas 
(17). Os títulos 
(17) As certidões extrahidas nas Repartições de livros e 
documentos pagão o sello fixo de l$000, por lauda de trinta linhas: 
Regul. do sello n. 7540 de 15 de Novembro de 1879 Art. 10.º § 
6.°. 
Nenhuma certidão pode pagar menos de 1$000. 
As buscas para certidões cxtrahidas de livros findos ou 
parados, pagão, por anno, o sello fixo de 500 rs: cit. Regul. loc. cit. 
Contar-se-ha o tempo da busca, do anno seguinte áquelles em que 
os papeis e livros) se acharem findos, excluído o anno em que se 
passar a certidão : Cit. Regul. loc. cit. 
Sempre que a parte interessada indicar no requerimento o anno 
ou annos em que se deu o acto de que pedir certidão, limitando-se a 
husca á esse periodo, dever-se-hão contar na mesma razão os respe-
ctivos emolumentos, excluindo os dous annos á que refere-se o Art. 
10. § 108 do Regul. de 24 de Abril de 1S80 cobrando-se em todo o 
caso 500 rs. de busca, ainda quando o tempo indicado pela parte 
não exceda de um anno. Cit. Regul. loc. cit. 
58 TERRAS E 
porém das terras distribuídas em virtude da Lei n. 601 
de 18 de Setembro de 1850 sómente pagarão o imposto 
fixado no Art.11 da mesma Lei. (18) 
Os emolumentos e imposto serão arrecadados 
como renda do Estado. 
Art. 9.° O Director Geral das terras publicas, nos 
impedimentos temporarios, será substituído pelo 
Oficial maior da Repartição; e os Delegados por um 
dos Oficiaes da respectiva Secretaria, designado pelo 
Presidente da Província. (19) 
Ainda que um ou mais individuos requeirâo certidão, não se cobrará 
mais de uma basca, nem esta será contada segundo o numero de 
volumes em que estiverem divididos os livros sobre o mesmo 
assumpto. Cobrar-se-ha, porém, a importancia de tantas buscas, 
quantos forem os assumptos de que se pedir certidão : cit. Regul. 
loc. cit. 
 Os dous annos á que se refere o Art. 10. § 108 do Regul. de 21 
de Abril de 1869, são — o anno seguinte áquelle em que os papeis 
e livros se acharem findos, e o anno em que se passar a certidão. 
(18) Vid. Not. 22 ao Art. 11 da Lei de 18 de 
Setembro de 1850. 
(19) O Inspector geral é substituído em sua falta 
COLONISAÇÃO 59 
CAPITULO II 
DA MEDIÇÃO DAS TERSAS PUBLICAS 
Art. 10. As Províncias onde houver terras 
devolutas serão divididas em tantos districtos de 
medição quantos convier, comprehendendo cada 
districto parte de uma comarca, uma ou mais comarcas, 
e aiuda a Província inteira, segundo a quantidade de 
terras devolutas ahi existentes e a urgencia de sua 
medição. (19 bis) 
Art. 11. Em cada districto haverá um Inspector 
Geral das medições, ao qual serão subordinados tantos 
escreventes, desenhadores e agrimensores, quantos 
convier. O Inspector Geral será nomeado pelo 
Governo, sob proposta do ou impedimento pelo Ajudante: 
Art. 15 § 1.° do citado Docr. n. 6129 de 23 de Fevereiro do 1876. 
Extinctas as Repartições especiaes das Províncias, não ha 
mais os Delegados dessas Repartições. 
Os Inspectores especiaes nas Províncias desempenhão, de 
conformidade com instrucções expedidas pelo Inspector geral, as 
obrigações que por este não podem ser directamente preenchidas: 
Art. 10 do cit. Decr. n. 6129. 
 (19 bis) Vid. o Decr. n. 6129 da 23 de Fevereiro de 1876 Art. 
2.º § 1.° n. 6. Vid. supra Not. 19 
60 TERRAS E 
Director Geral. Os escreventes, desenhadores e 
agrimensores serão nomeados pelo Inspector Geral, 
com approvação do Presidente da Província. (19 ter) 
Art. 12. As medições serSo feitas por territorios, 
que regularmente formarão quadrados de seis mil 
braças de lado, subdivididos em lotes ou quadrados de 
quinhentas braças de lado, conforme a regra indicada no 
Art. 14 da Lei n. 601 de 18 de Setembro de 1850, e 
segundo o modo pratico prescripto no Regulamento es-
pecial que fôr organisado pela Repartição Geral das 
terras publicas. (20) 
Art. 13. Os agrimensores trabalharão regularmente 
por contracto que farão com o Inspector de cada 
districto e no qual se fixará o seu vencimento por braça 
de medição, comprehen-didas todas as despezas com 
picadores, homens de corda, demarcação, etc. , etc. 
O preço maximo de cada braça de medição será 
estabelecido no Regulamento especial. (21) 
(19 ter) Vid. o Decr. n. 6129 de 23 de Fevereiro de 1876. 
(20) Vid. Regul. de 8 de Maio de 1854. 
(21) Vid. Regul. de 8 da Maio 1854 Arts. 
7º, 11 e 13. 
COLONISAÇÃO 61 
Calculo da braçagem : Av. de 4 de Março de 1854. 
Aos Presidentes de Província compete arbitrar a quota 
proporcional aos Juizes, Escrivães e Agrimensores: Av. 
de 3 de Outubro de 1854. 
Além dos vencimentos, que percebem, compete aos 
Engenheiros e Agrimensores, abraçagem: Av. de 17 de 
Agosto de 1874 e Av. de 12 de Setembro de 1876. 
E mesmo quando nas Portarias de nomeação dos 
Engenheiros não se ache mencionado o direito á bra-
çagem, devem elles cobral-a : Av. de 17 de Agosto de 
1874. 
Sendo os Praticantes considerados jornaleiros, póde 
qualquer Chefe de commissão nomeal-os e dispen-sal-
os, conforme a urgencia do serviço, mas nunca abonar-
lhes braçagens, que só competem aos Engenheiros e 
Agrimensores, segundo o Decr. n. 3198 de 16 de 
Dezembro de 1863, e Av. Circ. de 12 de Setembro de 
1876, cujas disposições annullarão a Ord. n. 386 de 11 
de Dezembro de 1855. 
Vid. Art. 35 deste Regul. n. 1318, e Regul. n. 6129 
de 23 de Fevereiro de 1876 Art. 4.º 
Por este Art. n. 10 ao Inspector geral das 
Terras e Colonisação compete formular as instruc-
ções para os Engenheiros e Agrimensores 
encarregados do serviço de medição de terras e outros 
trabalhos

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