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B1Prospecção Aluvionar2

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PROSPECÇÃO ALUVIONAR
Introdução
 Um dos métodos de pesquisa mais antigos – usado no século passado na pesquisa de ouro e pedras preciosas. 
 Sua aplicação sistemática na África e Ásia deve-se aos belgas na prospecção de ouro, diamantes, cassiterita, cromita e minerais de titânio.
 Devido à excelentes resultados e extrema simplicidade da pesquisa, o método foi utilizado para a pesquisa depósitos de praias, eluviões e coluviões.
 Objetivos da P.A. transcendem aqueles da mera descoberta de depósitos detríticos economicamente interessantes: 
	Utilizado, como ferramenta auxiliar para a localização de fontes 	primárias de mineralizações e para solução de problemas na 	estratigrafia, petrografia e outras áreas.
	
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FASES DA PROSPECÇÃO ALUVIONAR
O desenvolvimento completo de uma campanha strictu senso comporta 3 fases:
Prospecção Geral ou Estratégica, 
Prospecção Detalhada ou Tática
Prospecção através de Minerais Pesados
 
Prospecção Geral ou Estratégica - campanha em uma região com a finalidade de detectar a presença de minerais detríticos econômicos para detalhamento em fase posterior. É efetuada nos flats (= planície aluvial) por meio de poços escavados até os horizontes de cascalho ou sondagens do tipo Banka.
Nas coleta das amostras por poços podem-se seguir as seguintes normas (fig1):
 em riachos pequenos e com pequenos flats deve-se abrir só um poço;
 em riachos com grandes planícies aluviais abrem-se, no mínimo, 3 poços
transversalmente ao curso d'água
 abrem-se poços antes e depois do estreitamento dos cursos d'água;
 no caso de confluências os poços devem cortar os dois cursos d’água;
 os terraços antigos (grupiaras) também devem ser amostrados.	
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O Material Utilizado
Pás, baldes, peneiras, picaretas, enxadões, sarilhos, cordas e, às vezes, uma motobomba para o esgotamento dos poços
A concentração do material coletado, dependendo do volume de material a ser tratado pode ser efetuada por:
 sluices, jigs, bateia, ou outros tipos de equipamentos que permitam a contagem dos minerais pesados.
Na etapa de campo deve obter antes da sua implementação o maior número possível de infomações sobre a área alvo da campanha de amostragem, geralmente, contidas nas:
Cartas topográficas e geológicas das áreas a serem pesquisadas. 
Informações sobre:
- cidades que podem servir de apoio para as campanhas de amostragem
- vias de acesso, principais e secundárias, 
- existência de pontos de triangulação, 
- o tipo de cobertura vegetal, 
- morfologia da área, 
- existência de áreas alagadiças, de várzeas ou pantanosas, 
- as estruturas e litologias, 
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O Material Utilizado
Fotografias aéreas ou imagens de satélite que permitirão complementar
	informações anteriores, propiciando melhor localização dos pontos de amostragem e permitindo a confecção de uma base fotogeológica;
Relatórios e publicações de órgãos que fornecem informações sobre:
 		- Porte, socioeconomia e infra-estrutura das localidades que servirão de centros de apoio e 
		- Condições climáticas regionais, sobretudo o período das chuvas - dado muito útil p/ programar a pesquisa de campo para estação seca, quando acessos aos pontos de amostragem são mais fáceis (lençol freático se encontra em nível mais baixo).
 
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Prospecção Detalhada ou Tática
	Objetivo: avaliar as ocorrências minerais encontradas durante a etapa de Prospecção Geral. Para melhor compreensão divide-se em:
	
A - Depósitos de praias
	Após a seleção das áreas e testes preliminares que indicaram as zonas litorais mais favoráveis, adota-se a sistemática de levantamento:
Estabelecer, com teodolito ou bússola, uma linha base que deve coincidir com o eixo do depósito que pode ser paralelo à linha de praia;	
Marca-se, ortogonalmente a linha base as linhas que conterão os furos de amostragem.
Furos de amostragem plotados ao longo das linhas, poderão distanciar de 20 ou 40 metros. (podem ser até 10 metros nos trechos mineralizados) devido a existência de zonas de enriquecimento estreitas os pay streaks.
Estabelecer um sistema de numeração para as linhas de furos e para os furos: 
 	- Essas linhas (equivalem às picadas), recebem a numeração: P1, P9, P17, P25, P33, etc. Assim, entre duas linhas consecutivas pode-se implantar mais 7 linhas intermediárias espaçadas de 40 m cada uma, podendo estreitar a malha de pesquisa.
	- Cada furo deverá receber a numeração: 0 para os furos localizados sobre a linha base e 4, 8, 12, etc. p/ demais, podendo locar furos complementares espaçados de 10 m entre cada ponto de amostragem.
	- As letras E e W acompanham n° dos furos de acordo c/ posição: leste ou oeste da linha base. Nessa fase nem todas as linhas marcadas são amostradas (fig. 2).
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Prospecção Detalhada ou Tática
	A - Depósitos de praias
	
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	B - Depósitos Aluviais
	Caso alguma mineralização tenha sido encontrada nas aluviões deve-se determinar a sua extensão, volume e teor. A sistemática adotada para o levantamento dos flats aluviais não difere muito do que já foi apresentado.
Algumas considerações devido às particularidades inerentes a esses depósitos:
- Primeiramente deve-se procurar levantar a área do flat: 
- Deve-se contorná-lo com picadas estreitas, orientadas por meio de teodolito ou bússola, plotadas em mapa, de acordo com a escala adotada para o levantamento
- Posteriormente implanta-se a linha base e, ortogonalmente a ela, as linhas de poço. (figura3)
	
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	B - Depósitos Aluviais
		O espaçamento entre as linhas de poço fica a critério do prospector, pode ser semelhante aos depósitos de praias ou distanciadas de 25, 50, 100 m ou mais, dependendo do tamanho da planície aluvial. Os poços dispostos em uma mesma linha, poderão estar distanciados de 5, 10, 20 m ou mais.
O importante: na existência de concentrações anômalas, denominadas de pay streaks ou run of gold, a relação entre a distância das linhas de poços e as distâncias entre os poços, fique próxima ao fator run que representa a razão entre a largura do flat e o seu comprimento.
	O afastamento entre as linhas de poços deve ser maior do que a distância entre os poços, pois se considera que a variação do teor é sempre maior lateralmente do que longitudinalmente.
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	C - Depósitos Eluviais	
	A sistemática adotada para a pesquisa dos depósitos eluviais se encontra próxima do que já foi indicado para os depósitos descritos anteriormente.
 As zonas com concentrações minerais primárias residuais deverão ser definidas a partir da implantação de uma malha de amostragem menos espaçada, onde deverão ser executados:
		- Poços de pesquisa
		- Trincheiras
		- Sondagens a trado ou rotativas
	Sempre partir da implantação de uma linha base e de uma série de picadas ortogonais, sendo estabelecidas previamente a distância entre as linhas (picadas) e os pontos de amostragem.
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	C - Depósitos Eluviais
	Os espaçamentos adotados para esse tipo de pesquisa não se encontram sistematizados variando de área para área de acordo com o bem mineral prospectado e segundo o geólogo encarregado da pesquisa. 
Como exemplo, cita-se o levantamento para wolframita no maciço de Lizio, França, onde foi empregado um espaçamento inicial de 100 m x 100 m para os poços de amostragem (Figura 4).
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	PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS PESADOS
	Denomina-se de Prospecção Geral ou Estratégica a campanha por concentrados de minerais pesados efetuada em uma região virgem, ou geologicamente mal conhecida com a finalidade de se caracterizar todos os minerais que lá ocorrem e detectar a presença de zonas anômalas para detalhamento em uma fase posterior. 
Visa obter um resíduo de minerais pesados, o chamado fundo de bateia, que corresponderá ao conjunto ou à súmula dos minerais que ocorrem na região. 
Busca-se fontes primárias das mineralizações. 
Detectado o mineral de interesseà pesquisa, efetua-se o adensamento da malha de amostragem (follow-up) de modo a se tentar localizar a área fonte do mineral.
Nessa fase, a pesquisa é efetuada essencialmente pela coleteta direta de material no leito dos rios, a denominada amostragem em leito ativo (lit vif) onde devem ser amostradas, preferencialmente, as concentrações de cascalhos.
 O material utilizado é extremamente simples: pás, baldes, peneiras, beteia e sacos ou tubos plásticos para acondicionar o material bateado, i.e., o concentrado.
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	PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS PESADOS
		
Sistemática de amostragem
	Na amostragem de material no leito ativo da corrente a metodologia é:
coleta-se em cada ponto amostrado sempre o mesmo volume de material (5, 10, 20 litros ou mais) para facilitar a comparação dos teores determinados nas amostras;
Lava-se a amostra para a remoção da argila e peneira-se o material a - 2 mm, para a separação da fração grossa o oversize, que deverá ser examinada no local. 
Qualquer mineral de interesse econômico detectado deverá ser catado e guardado junto ao concentrado;
Concentra-se em bateia, jigs ou pequenos sluices a fração < 2 mm, o undersize, para obter o concentrado.
 Esse material deverá ser acondicionado em sacos ou tubos plásticos para ser enviado aos laboratórios de análises minerais.
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	PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS PESADOS
Durante essa fase da prospecção, a densidade de amostragem adotada em cada projeto pode variar dentro de amplos limites. Exemplo: projeto Jamanxim na Amazônia (CPRM) - densidade: 1 amostra/25 km2 e médio vale do rio Paraíba do Sul, com coleta de 1 amostra/8 km2 (figura 5). 
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	PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS PESADOS
Destaca-se excelente resultado na campanha do Maciço Armoricano (França) coleta sistemática em malha c/ espaçamento de 1 km ao longo de todos os cursos d'água (10.000 concentrados/50.000 km2), permitiu detecção de numerosas ocorrências minerais, como: cassiterita, wolframita, scheelita, galena, blenda e monazita cinza (importante fonte de európio) 
Na coleta do material do tipo leito ativo deve-se dar preferência às armadilhas dos rios como marmitas, travessões (figura 6), cachoeiras, etc., pontos naturais de acumulação de cascalho.
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	PROSPECÇÃO DE DEPÓSITOS PRIMÁRIOS A PARTIR DA AMOSTRAGEM DE-SOLOS
Uma variante da pesquisa dos depósitos eluviais também pode ser utilizada para se detectar área com mineralizações primárias. Exemplo: jazidas de ouro associadas a zonas de cisalhamento em greenstones belts (ou outro tipo de ocorrência formada por minerais resistatos, como corpos cromitíticos da Fazenda Monjolo, MG). 
Esses levantamentos envolvem, via de regra, amostragem de solos residuais.
Antes de se iniciar a campanha de amostragem alguns parâmetros devem ser previamente verificados e determinados:
		- Profundidade que será adotada para a coleta da amostra;
		- Volume de material a ser coletado.
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	PROSPECÇÃO DE DEPÓSITOS PRIMÁRIOS A PARTIR DA AMOSTRAGEM DE-SOLOS
Exemplo: profundidade de coleta das amostras de solo realizada no Greenstone Belt do Rio Itapicuru: horizonte amostrado foi o mais superficial (A), incluindo húmus e fragmentos vegetais. 
No levantamento do Alvo Meia Pataca do Greenstone Belt de Crixás, GO (METAGO), o material foi retirado de um nível entre 10 cm e 20 cm de profundidade. => Nível de menor possibilidade de movimentação das pintas de ouro através do escoamento laminar das águas superficiais. Nesse nível o número de pintas de ouro foi sempre superior ao encontrado no horizonte mais superficial.
As diferenças entre as profundidades de coleta das amostras de solo nos dois greenstones refletem condições climáticas diferentes => c/ regimes pluviais diferenciados em cada uma destas regiões.
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 Metodologia de processamento e preparação das amostras
	Como exemplo, o procedimento para a coleta e processamento das amostras adotado pela DOCEGEO na campanha de prospecção dos depósitos de ouro do Greenstone Belt do Rio Itapicuru, BA:
 Coleta em malha de 200 X 25m de 5 litros de amostra de solo do 	horizonte superficial (A). Incluindo húmus e fragmentos vegetais;
 Peneiramento do material em telas de arame de 1/4" com o fito de 	eliminar os fragmentos maiores de rocha e restos vegetais;
 Desfloculação do material argiloso por via úmida, com a utilização de 	misturadores rotativos e porções de cal virgem, para aumentar o pH 	da amostra e evitar a formação de pelotas de argila;
 Pré-concentração dos minerais pesados em calha sluice, 
 Apuração do concentrado em bateia e contagem do número de pintas 	de ouro nas amostras;
 Elaboração do mapa de isopintas ou isoteores. 
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 No levantamento do Alvo Meia Pataca as malhas adotadas para a coleta de amostras de solo foram de 160 m x 80 m e, para maior detalhamento, de 80 m x 40 m. O volume amostrado correspondeu a 5 litros.
 Definidas as áreas anômalas, após serem traçadas as curvas de isopintas, isogrãos ou isoteores (figura 7), as possíveis zonas primárias serão alvo dos trabalhos sistemáticos de praxe, como poços de pesquisa, trincheiras e/ou sondagens rotativas.

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