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Aborto aula 8

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 É a interrupção proposital ou espontânea de uma gravidez no período de até 28 semanas, tempo no qual o feto ainda não consegue sobreviver fora do útero.
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2010
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Taxas anuais de aborto induzido por 1.000 mulheres 
de 15 a 44 anos no Brasil por Microrregião (2005 a 2007) - FIOCRUZ
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Aspectos estatísticos
A prática do aborto inseguro evidencia, especialmente, as diferenças sócio-econômicas, culturais e regionais, diante da mesma condição de ilegalidade: mulheres com maior condição financeira, têm acesso aos métodos e à clínicas clandestinas de maior higiene e cuidado. Já as mulheres mais carentes, recorrem aos métodos mais perigosos, de menor precaução, resultando num alto índice de agravos a saúde. 
reportagem do programa “Fantástico” (2010)
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É crime elencado no Código Penal vigente, decretado em 1940, salvo nas hipóteses de: 
não haver outro meio para salvar a vida da gestante;
de a gravidez resultar de estupro
Feto apresentando anencefalia. 
Não é crime: O médico que o provocar, nessas condições, não será criminalmente punido (Código Penal, art.124 e 128),
										 Só é permitido ao profissional médico ser responsável por essa prática.
 É dado à mãe o direito de levar qualquer gestação a termo – legalmente não é feito nenhum aborto sem a permissão da gestante.
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 Quando a lei autoriza a prática do aborto terapêutico, o legislador deve elaborar uma declaração esclarecendo que: Se o profissional de saúde, em razão de suas convicções, considera estar impedido de aconselhar ou de praticar o aborto, ele pode se negar a fazê-lo assegurando a continuidade dos cuidados por um colega qualificado.
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Todo aborto não legalizado é considerado um infanticídio (assassinato de criança)
A gestante pode ser condenada de 1 à 3 anos de prisão.
Provocar aborto sem consentimento da gestante pode resultar de 3 à 10 anos de prisão.
Executar aborto a pedido da gestante, detenção de 1 à 4 anos.
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O Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (Comitê CEDAW), em sua 29ª. Sessão, no período de 30 de junho a 18 de julho de 2003, ao examinar o relatório apresentado pelo Estado Brasileiro, emitiu os seus Comentários Conclusivos, recomendando que: “profundas medidas sejam tomadas para garantir o efetivo acesso das mulheres a serviços e informações com o cuidado da saúde, particularmente em relação à saúde sexual e reprodutiva, incluindo mulheres jovens, mulheres de grupos em desvantagem e mulheres rurais. Tais medidas são essenciais para reduzir a mortalidade materna e para prevenir o recurso ao aborto e proteger as mulheres de seus efeitos negativos à saúde(...)” 
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Atenção de Qualidade ao 
Abortamento e suas Complicações
com Referências Éticos,
 Legais e Bioéticos 
Planejamento
Reprodutivo
Acolher, Orientar
e Informar
Integração com 
Serviços de
Atenção à 
Saúde da Mulher
Parceria com a 
Comunidade
Atenção Humanizada às Mulheres em
Abortamento
Marco Conceitual:
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Aborto Espontâneo : ocorre involuntariamente, por acidente, por anormalidades orgânicas da mulher ou por defeito do próprio ovo.
Aborto Provocado : é todo aquele que tem como causador um agente externo, que pode ser um profissional ou um "leigo" que utiliza técnicas e/ou medicamentos para expulsão do feto. 
Aborto terapêutico: são os permitidos por lei e realizados por profissionais médicos em hospitais credenciados e em condições adequadas.
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Normalmente abortamentos são mais de um por cada mulher (aborto de repetição) 
Insuficiência do colo uterino (lesões que impedem outra gravidez, gravidez ectópica, etc.)
Partos prematuros em outras vezes
Infecções que podem levar à esterilidade
Hemorragias não controláveis (criando a necessidade de retirada do útero).
Perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas (aderências)
Aspectos psicológicos graves (depressão)
 e outras....
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Para alguns: direito à vida!
Para outros: envolve o direito da mulher de decidir em ter ou não ter ou ainda, de manipular seu próprio corpo.
Estatisticamente está provado que na atualidade o principal motivo do aborto é a gravidez indesejada. 
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Influências religiosas: As igrejas cristãs, fundamentam suas doutrinas no ponto crucial do respeito à vida humana e que já existe uma vida desde a concepção.
Ética Contemporânea (Utilitarista): A questão primordial: apenas saber se o ato de abortar afeta o bem estar dos envolvidos. Um feto não é considerado como dotado de bem-estar, portanto não tendo nenhum interesse envolvido, fica evidente que esses não possuindo um estatuto moral, abortá-los é totalmente ético e permissível.
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As pessoas que se opõem ao aborto partem do princípio de que a vida humana tem início no momento em que o espermatozóide fertiliza o óvulo. Conseqüentemente, acreditam que a destruição de um embrião ou feto vivo constitui ato moralmente condenável. 
Outro argumento contra o aborto é que a sua autorização legal estimularia a gravidez irresponsável e o desrespeito à vida humana. 
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A mais firme adversária do aborto é, provavelmente, a Igreja Católica, mas outras pessoas de outras religiões, particularmente do budismo e hinduísmo, certos grupos de judeus e protestantes, espiritas, também são contra. 
Vários médicos o condenam com base no argumento de que sua missão consiste em salvar vidas, não em destruí-las.
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Salvo nas circunstâncias previstas nas leis, muitos defensores do aborto entendem que o feto não é um ser humano completo e, conseqüentemente, não faz jus aos direitos normalmente assegurados aos seres humanos. Sustentam que a mulher deveria ser livre para decidir se quer ou não dar à luz a criança. 
Há ainda os que consideram o aborto um bom método de controle da natalidade e de diminuição de crianças defeituosas (abortamento eugênico).
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Outro argumento é que a legalização da prática do aborto, sempre que desejado pela mulher, reduziria o número de abortos clandestinos, realizados com frequência por indivíduos não qualificados (argumento sócio-econômico-educacional e estatístico)
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O aborto constitui, já há muito tempo, uma questão extremamente controvertida. Um dos aspectos mais importantes dessa controvérsia consiste em saber se a mulher deve ser autorizada por lei a praticar o aborto e, em caso afirmativo, em que circunstâncias. 
Discute-se também como, e em que medida, as leis devem assegurar à criança que está por nascer o direito à vida.
A MULHER É DONA DO SEU CORPO E CONSEQUENTEMENTE DONA DE SEU FETO?
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O abortamento representa um grave problema de saúde pública e de justiça social em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil , e apresenta grande amplitude, com uma complexa cadeia de aspectos envolvendo questões legais, econômicas, sociais e psicológicas.
Estudos têm demonstrado que a incidência do abortamento continua elevada, com a maioria dos procedimentos sendo realizados sob condições inseguras. 
O problema não é o aborto em si e sim como é realizado ?
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Milhões de casos no mundo anualmente, constitui alta estatística de mortalidade, principalmente em mulheres de baixa renda.
Em geral, recai sobre a mulher o peso da decisão e seu próprio corpo é o foco da ação abortiva
Os cenários da vida contemporânea indicam que a situação tende se agravar, especialmente com a valorização da subjetividade, índole e impulsividade como fonte das decisões humanas.
É um problema de saúde pública ou é um problema individual?
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É mais fácil não pensar e não ver!

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