Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• " .' -' . ..... · •• 1 ' ..•. " '.: .... " - ',' ORIGINAL ESCRITA PlLO SR. JACK BERER - II Prothiç da MarilM •• • Como o � � � � � � � � Pode A md. Salvar II Mnndo PensologoSou.pt A uBíBLIA DO CANHAMO" ORIGINAL ESCRITA PELO SR. JACK BERER @).-- -- -- - .. O CA HAMO E A CONSPIRACAo CONTRA A MA IJUA A o Registo Hist6rico e CientfOco sobre a Planta Cannabis 'Sativa L .. A Proibição da Muijuana e Como o Cânhamo Pode Ainda Salvar o Mundo EXTRA! A CANNABIS EM PORTUGAL Nota à Ediçõo Portuguesa A edição portuguesa de The Emperor Wears No Clothes, de Jack Herer) apresenta algu- mas diferenças em relação à original, não incluindo os Apêndices) onde se reprodu- zem fontes citadas no texto, a Documentação) uma colecção de recortes de imprensa sobre o cânhamo-de-cannabis, e o Suplemento Publicitário. Adicionalmente, a adap- tação do formato A4 original da edição americana desta obra obrigou a fazer algumas alterações de pormenor ao seu conteúdo. - DEDICATóRIA A fdw;n UCapitão Ed" M. Ada;r III Nascido a 29 de Outubro de 1940; Falecido a 16 de Agosto de 1991, de Leucemia Pai de Scarlet, Robyne Edwin Marsh IV Ele foi o meu mestre, sócio e amigo; o homem mai honrado e o mais bravo com- batente pela liberdade que jamais conheci. Ele ensinou a tantos de nós como sal- var a Terra de nós próprios e a rir dos seus inimig , em deixar de os estimar. Em 974-75, a po e de menos de uma onça de cânhamo/ganza foi descrimina- lizada no estado da Califórnia. O Capitão . d Cà direita na imagem acim.a, com o autor no Encontro do Rainbow realizado no Mimlesota em 1990) tinha 33 anos e eu 34. Fizemos uma jura. Nessa altura, virtual- mente toda a pe soa que p rtenc.iam ao movimento pr -ganza californiano consi- deravam que já tínhamo ganho. C me- çaram a afastar-se do m vimento e a re- gre sar às suas ocupações, pensando que a batalha t rminara e que os políticos trata- riam dos últimos detalhes ... Capitão ' d desconfiava que os po- líticos fo em terminar o trabalho. E � � � � nha razão. A jura de d, que eu subscrevi em 1974, e de novo em Abril d 1980, 1986 e 1988, 15 de Julho de 1998 finalmente no hospital, quatro dias antes de ele falecer em Agosto de 1991, era do seguinte teor: jurávamos trabalhar todos os dias para legalizar a marijuana e tirar da cadeia todas as pessoas presas por gan- za, até 11'lOrrermos ou a marijuana ser le- galizada, ou podíamos desistir quando fi- zéssemos 84 anos. Não éramos obrigados a desistir, mas podíamos fazê-lo. Quando fizemos pela primeira vez esta jura faltavam cinquenta anos para nos tornarmos octogenários. Incrivelmente, achávamos que, à luz de toda a espantosa informação que havíamos descoberto so- bre o cânhamo, a batalha para a legaliza- ção competa da cannabis estaria termi- nada com facilidade em seis meses - dois anos no máximo .. . O Capitão Ed mostrou-nos que o câ- nhamo é um dos mais estimáveis e im- portantes salvadores da Humanidade. Eu comprometo-me a continuar a luta, e pe- ço aos meus concidadãos da Califórnia, e a todos os americanos, e ao resto do mun.do, que se nos juntem. � � � � � � � � -. r'" ., . ) 7 :- "t{ 'I: r " r ... { � � � � "- ... � � � � � \ .... ,..t Introdução por Jack Herer Prólogo por Michael E. Rose Prefácio por George Clayton Johnson I Capítulo I RESENHA HISTÓRICA SOBRE O CÂNHAMO-DE- -CANNABIS Notas Explanatórias • O Cânhamo-de-Cannabis • O Que um Nome Indica • Notas Históricas Americanas • Notas Históricas Mundiais • Combateram-se Grandes Guerras • Por Que É Que o Cânhamo é Tão Importante? . 5 Capítulo 2 UM BREVE SUMÁRIO DOS USOS DO CÂNHAMO Navios e Marinheiros • Têxteis e Tecidos • Papel • Quando o Cânhamo Salvou George Bush '. Cordas, Cordel e Cordame • Telas para Pintura • Tintas e Vernizes • Óleo de Iluminação • Energia de Biomassa • Medicamentos • Óleos Alimentares e Proteína • Materiais de Construção e Habitação • Para Fumar (Lazer e Criatividade) • Estabilidade Económica, Lucro e Comércio Uvre • O Desafio • O Efeito de Estufa e o Burocrata • Diagrama da Planta • G. W Schlichten e o Descorticador A CONSPIRAÇÃO � � � � � � � A MARIJUANA 23 Capitulo 3 NOVO PRODUTO AGRíCOLA MULTIMILIONÁRIO Artigos das revistas Popular Mechanics e Mechanical Engineering, ambas de Fevereiro de /938. 31 Capítulo 4 OS ÚLTIMOS DIAS DA CANNABIS LEGAL Revolução no Fabrico de Papel • Um Plano para Salvar as Nossas Florestas • Conservação e Redução na Fonte • Conspiração vs. Competição • "Reorganização Social'" A Desinformação de Hearst • Xenofobia e Apartheid • A Taxação da Marijuana • "Alguém Consultou a A.MA?"· Houve Mais Quem Se Pronunciasse Contra • Protegendo os Interesses Especiais • Mentiras Autoperpetuadoras 45 Capítulo 5 A PROIBiÇÃO DA MARIJUANA Esmagar a dissençõo • A Erva e a Ameaça à Paz • Um Programa de Controle • A Fraude Farmacêutica de BushlQuaylelUlly • Comportamento Criminoso SO Capítulo 6 A LITERATURA CLíNICA SOBRE A MEDICINA DA CANNABIS I Cuidados de Saúde Acessíveis • Século XIX • Século XX • Aceitação Popular • A Conferência de Asilomar • Proibição da Investigação • Juiz da DEA Delibera a Favor da Marijuana Médica • As Empresas Farmacêuticas • A Raposo e o Galinheiro • Minando a Competição Natural • Envenenando o Terceiro Mundo • Reescrevendo a História xi - ÍNDICE • -_ . ! � � � � � � � ,'.,'. I - - - -- -- 59 Capítulo 7 O USO TERAPÊUT CO DA CANNABIS : Asma' Glaucoma • Tumores • Náusea/Quimioterapia do Cancro '. Epilepsia, Esclerose Múltipla, · Dores nas Costas e Espasmos • A Determinação de um Homem .• CSOs Antibióticos e : AntiBacterianos • Herpes, Fibrose Quístico,.Artrite e Reumatismo I ' Expectorante • A Cannabis · Compassiva e as Culturas Cruéis • Sono e Relaxamento I � � � � � � � � � • Suess e Enxaquecas • Apetite • A Guerra às Drogas • Salivação I SIDA, Depressão, etc. "' Riscos Aceitáveis 71 Capítulo 8 A SEMENTE DE CÂNHAMO' COMIO ALIMENTO , BÁSICO DO MUNDO Nutrição com Sementes de Cânhamo • A Melhor fonte Alimentar da Humanidade .' O Espearo da , Fome Mundial' Um Elo Fundamental na Cadeia Alimentar , 75 Capítulo " ECONOMIA: IEINERGIIA E AMBIENTE Energia e Economia' Combustível Limpo ,e Renovável • BiomassQ' paml a Abundância' Energética • · Quintas Familiares ou Combustiveis Fósseis '. Quol É 10 Problema? • A .segunda Guerra Mundial .. · Segurança Energética .. Uvre Iniciativa, Lucro Elevado .. Mudanças riO Afta C.oswro .. Resistentes · Produtos de Papel • Substituto BiodegradáveJ paro o Plástico, • Negócios e Taxos Derivados • Economia Verde .. Recuperação da Terra e do Solo .' Guarda Natural " O Corro de Biomassa de Henry Ford 85 Ca,pítulo I OMITO, MAGIA. IE MEDICINA O Que Um Nome Indica (2) • Os Primeiros Utilizadores Conheddos de Marij ano • � � � � � � � � � AC. • O Cânhamo e os Citas • O Fio da Civilização" O Cânhamo' ria' ApliGoçào da Lei j A Medicino Vegetal da Cannabis • Os Filósofos Místic(}s .. A Ment,e NaturoJ • En DitO ,em SegredOI ., A Unha , Judaica • O Que Diz a Bíblia • O Cr.istianismo Primitivo 'j O Sacro impéIio Romano • A Ar(stocloda Igreja/Estado • A Política do Papel" A Proibição dos MedicamerTtos de' Ú1nndbis .. as Medicamentos Medievais Legais' Contradições' E Todovia' o Cânhamo Persistiu • Mode (} Económico das Leis de : Confisco· Iluminismo • A Com,paroção que Jefferson fez ,com .o Tabaco ---- -- A CONSPIRAÇÃO' CO'NTRA A MARIJUANA 97 Capítulo I, I A GU'ERRA (DO CÂINHAMO), DE 181 '2, , NAPOLEÃO E. A RÚSSIA A história oculta do papel que o cânhamo ,desempenhou numo ,era histórica 'mportan!e • De' I' 740 , até 18/5 103 Capítulo 12 O :USO DAS DIR.OGAS DE CANNAIBIIS AM:É,RI'CA DO SÉCULO XIX Medicação com Marijuana • Inspiração Uterária • Rebuçados de Ho)(i • $íiI ões, d- fumo Turcos .' Tão Americano Como Torta de Maçã • Calúniasx' ÍNDICE • () is:.f;,j 'i/oi Nu 108 Capítulo I J RACISMO:A MARIJUANA E AS LEIS JIM CROW Fumar na América- Blackface • Todo Aquele Jazz • O Ódio que Anslinger Nutria Pelo Jazz • Os Mexicano-Americanos • A África do Sul • Vestígios 115 Capítulo 14 MAIS DE SESSENTA ANOS DE SUPIRESSÃO Forças Armadas -A Privacidade É um Direito· Testes à Urina - laRouche Contra o Rock • Babe Ruth • Dividindo Famílias • Vigilância e � � � � � � � � � • Uma Política Antiamericana • Polícia, Segredos e Chantagem- Paul McCartney/8anda em Fuga • Humilhação Pública • Lei Feuda/ • Armadilhas, Intolerância, Ignorância • A PDFA • O Programa DARE· A Hipocrisia Absoluta • Os Média Entorpecidos • Injustiça Continuada A CONSPIRAÇÃO CONTRA A MARIJUANA 130 Capítulo 15 A HISTORIA OFICIAL: DESMASCA,RANDO A HCI:ÊNCIA RASCAu Desperdiçando Tempo e Vidas • Conversa DuPla • Relatórios sobre Lesões Cerebrais • Efeitos Duradouros • Os Estudos de Nahas • Relatórios sobre Lesões Pulmonares • A Radioactividade no Tabaco • Estudos de que o Governo Não Fala '. O Estudo Copta • Os Estudos Jamaicanos • O Estudo Costarriquenho • O Modelo de Amesterdão • Corrupção: O Caso Carlton Turner • Bush Ataca de Novo - Comparação com o Alcool 147 Capítulo 16 O REIVAI INU A Fábula • Analogia Lógica • As Verdadeiras Consequências da Proibição • Repressão High Tech • Desperdiçando os Nossos lmpost,os • A Supressão dos Factos pelo Smithsonion • Critérios Duplos • Políticas de Ignorância • O Que E a Lei? • Conclusão • O Que a Justiça Exige • O Que ° Leitor Pode Fazer 158 Epílogo: O Estado do Reino do Cânhamo, 2000 168 Actua'lização da la edição, portuguesaó Novembro 2002 169 Apêndice UMA BRiEVE HISTÓRIA DA C.ANNABI.S EM PORTUGAL O Canhamo Nosso de Codo Dia • Quando em Portugal Até os Padres Eram Obrigados a Cultivar Cannabis • Garcia do Orta Apresenta o Bangue ao Ocidente • A Capital Portuguesa da Cannabis • Eça de Queirós: "Pois Venha o Haschisch!"· A Cannabis na ,ungua Portuguesa • "Se Não Comes a Sopa, Chamo o Traficante ... '" Os Mil e Um Segredos de Fátima • A Gonzo Estreia-se no Cinema Nacional 107 IBibl'iografia: Leituras Recomendadas 213 índice Remissivo: Referências Cruzadas xiii INTRODUÇÃO à edições de 1 Este livro é dedicado a todos os prisio-neiros de consciência desta guerra desencadeada contra uma planta; e ao espírito indomitável de pessoas em toda a parte que procuram conhecer a ver;dade para que possamos continuar a viver so- bre a superficie da Terra com todas as suas inúmeras e abundantes p.lantas e substâncias naturais. " ri O objectivo deste livro é apre ntar uma rigorosa perspectiva hi tórica, 0- eial e económica sobre o ânhamo/ma- rijuana) a qual é neces ária com vi ta a assegurar reformas legai abrang nte , abolir as leis que proíbem e ta planta) e ciment adiciona' à alvar os si temas vitai da Terra. Escrevi o meu primeiro livro obre a r,e marijuana, G.R.A.S.S.) no início d 1973. À época, desconhecia qualquer utilização para e ta planta, com a po ível excepção do fabrico de corda) quanto mais que ela era o mais importante recur o terre tre para a produção de papel, fibras) com- bustível) etc. Completei a ver ão ini ial de O Rei Vai Nu em 1985, apó doze ano pa ado a recolher informação obre o cânhamo. intenção do livro era ser o culminar d uma cruzada pessoal muito concreta. t que empreendi com o meu amigo de longa data e sócio, Capitão Ed Adair pa- ra conseguir o direito de e u ar marijua- na e educar as pes oa obre o cânhamo. Foi o Capitão Ed quem) de d 973) me nelf encorajou con tant mente a regi tar e compilar o facto que eu ia obtendo o- bre a marijuana e cânhamo. Ao recolher um facto aqui e outr a1i, começou a revelar- e uma p r pectiva mais alargada do cânhamo-de-cannabi e da sua upre ão - p rsp cti a e a que eu não antecipara. O que começou a formar- e, fa t ap6 facto empírico, foi a imagem de um mundo a ser destruído por uma perver a conspiração para uprimir nã urna liv I m u trabaJho. rn pnn ipal t livr ' n- tribuição de monta para este empreendi- mento. Os conflitos de egos estiveram ausentes quando quatro ou cinco de nós ficaram acordados noites a fio; só o me- lhor de cada espírito se manifestou. Quando e escreve wn livr.o como O Rei Vai Nu original, dado que a informação que devia s r do c nhecimento comum é virtualmente desconhecida dos nossos do- centes e cidadãos, espera-se sempre que alguém dotado de grande energia e inte- lecto o leia, o aSSW11a como cau a e pa e também a en iná-lo aos outros. Ao longo dos anos, centenas, talvez milhares, de pessoas que leram O Rei Vai Nu agradeceram-me por ter e crito um dos seus livro preferidos. Num concerto dos Grateful Dead, um doutorado de Ya- le chegou mesmo a agradecer-me abra- çar-me por eu er o seu autor pr ferido de sempre, dizendo- e encantado por eu ainda estar vivo! (Estava obviamente a confundir este livro com a história infan- til homónima que Hans Christian An- dersen screveu no século XIX, a qual a sua mãe lhe lera quando era menino). Um dia no fmal de 1988, Chris Conrad leu O Rei Vai Nu e tornou-se o meu alia- do. Com as sua infindas energias e pro- digiosos talentos editoriais, Chris traba- lhou 40 horas por semana durante quase cinco meses, sem qualquer remuneração, agindo todavia como se � � sse receber um milhão de dólare pelo seu trabalho. Du- rante tod este tempo, a mulher de Chris, Mikkiorri , deu o seu ap io cli - ver ificado a este projecto. Qu riam também transmitir infin- dos agradecimentos ao resto do nosso dedicado grupo: Obrigado ao m u antigo editor asso- ciado e r da tor adjunt , Lynn Osburn, que é ao mesmo tempo um grande es- critor e um grande cientista da energia do cânhamo/marijuana. Lynn dedic u- -se a verificar se o cânhamo era de facto um dos principaj recursos naturai re- n váveis da Terra. le estudou a tecnolo- gia capaz de gerar energia limpa reno- xv vável para ser usada no planeta. Os resul- tados da sua brilhante obra podem descobrir-se em todas as páginas deste livro. O trabalho de Lynn revelará às pes- soas de todo o mundo a beleza, necessi- dade e facilidade do cultivo e conversão de energia. Lynn trabalhou dia e noite, fazendo pe quisas para este livro até 2 de Janeiro de 1990, quando foi preso por crime de cultivo de marijuana. Encarce- rado em Ventura County, Califórnia) por um período de um ano, continuou a edi- tar activamente este livro por detrás das grades. A um dos meus grandes associados e redactores contribuintes, a mulher de Lynn, Judy Osburn. A Judy tornou-se, por necessidade e ultraje, uma respeitada autoridade em legislação sobre apreeen- são e confisco. A necessidade surgiu quando o governo apreendeu a casa da família Osburn em 1988. Desde então) o casal Osburn desenvolveu comigo um plano para salvar o planeta para os nos- sos filho. O excelente livro que Judy escreveu, Spectre af Farfeiture [O Es- pectro do Confisco], relatando a sua odisseia, encontra-se agora esgotado. A Shan Clark, pela sua participação ac- tiva na edição) catalogação e redacção deste projecto, e por tê-lo empurrado em frente quando ele ou eu poderíamos de outro modo ter estagnado À minha antiga assistente, Maria Far- row, que me acompanhou da Biblioteca do Congresso à Smithsonian Institution e ao Departamento de Agricultura dos E.U., enquanto procurámos dúzias de funcionários governamentais para os inquirir sobre o cânhamo, e localizámos centenas de documentos sobre esta plan- ta e o seu encobrimento. A Dana Beal, por todo o seu brilhante trabalho de investigação que permitiu ligar o livro DuPant Dynasties, de Jerry Colby, com a informação sobre a proibição do cânhamo. A Jerry Colby, pelo seu trabalho cora- joso e engenhoso, que nos tornou COllS-ciente da megalomania do DuPont . A Ben Ma el, pela sua crítica positiva, grande assistência e investigação sobr o dado mais esotérios relativo ao cultivo mundial do cânhamo, e por outras coisas ainda ... A Julie Kershenbaum, pela excelência da sua assi tência editorial e r vi ão d provas, e a D. S. H., pela ua a i tência editorial e meticulosa preocupação c m exactidão e legibilidad . A Brenda Ker- shenbaum e Doug McVay pela re i ão d provas e comentário editorai qu fiz- ram para a dição de 1990. A Steve Hager,. John Holm trom e a equipa da Righ Times pela ua a . � � � � � da editorial e total apoio que pre ta am, não apena a este projecto, ma à id ia de que a Terra pode ser salva, e qUI ada um de nós pode tornar- e um "Combatente pela Liberdade" em prol d tacau a. Aos Wiz Kids da Kno Ware, Ron law- rence e Vicki Marshal, que por iniciativa própria digitalizaram em computadore Mac a antiga versão de O Rei Vai u. m 1989) ao regre ar de uma éri de ale- tras universitárias sobre o cânhamo, ele presentearam-me de surpresa c m um ficheiro digital contendo o te do livr antigo) o que me conferiu o adianto de que eu carecja para realizar e te enorm - empreendimento. A Timothy Leary, que encorajou Ron e Vicki e eu a realizarmos esta obra. George Clayton John on, que durante quatro anos me fez çhegar provas fre cas de O Rei Vai Nu e um carinhoso en raja- menta para actualizar e reeditar t li roo Aos meus senhorio altruísta, Ed ther, que protelaram o prazos de paga- mento do aluguer, de modo a q ue e t projecto, no qual também a reditavam. não parasse ou estagnas e de id a mi- nha escassez de fundos. Aos meus amigos doutore Tod iku- riya e Fred Oerther, pela crítica qu fize- ram da secçõe médicas de te ] í roo A Loey Glover, r, pon ável da ed nacional da NORML, pelo eu apoio constante e caloroso encorajamento. xv . A Gatew od aJbraith ark Br nna- men, de Lex.íngton. Kentucky. p [t, da a n tá eJ in tiga -o qu fiz ram obr a cannabi , e p la luta que empre nd ram a ia 'or do d' reito legíti m ,e p tendal do cidadão d ntu David e Debbie, Steve e Chuquette, Roger, Gary H., Rooster, Dudley, Tim, Rose e Chris, Gail e Billy, o Estranho Amigável - Ed, Steve e Andrew DeAngelo, Rick Pfro- mmer, Peter A., Larry ., Floyd, Jean Mi- chel Eribon, Ron Tisbert, Ri.chard M ., T. c., Mitche1 de Nova Jersey, Beau e Ra- chael, o falecido Jonathan Drewel (que da Southern Montana University nos fez chegar toda a sua incrível energia), e Lynn "Thelma" Malone, por terem mantido a chama acesa durante o últimos cinco anos, e a todo quantos leram esta obra, ou para ela contribuíram, dos quais eu po sa ter-me esquecido inadvertidamente. PARA A EDICÁO DE 1998: - . A Michael Kleinman, que teve o senti- do d previsão e negócio para tornar esta edição do Rei a melhor de sempre. A minha esperança é que este livro ajude todos a compreenderem a verda- deira natureza do cânhamo-de-cannabis, e que você, caro leitor, decida tornar-se activo no forço para parar este crime contra o Homem e a Natureza: a proibi- ção da marijuana. O objectivo deste livro é fornecer ao leitor as ferramentas, os factos inegáveis e a sensação de ultraje neces- sários para derrotar mais de 60 anos de mentiras contínuas e supressão da verdade por parte das autoridades. Tentámos ser tão factuais e exactos quanto é humanam nte possivel, ma erão empre neces árias revisões e cor- r cções. Por favor enviem-me cópias de quai quer documentos ou materiais que fortaleçam aLnda mais a próxima edição do Rei. E de novo o meus agradecimentos aos meus leitores e parceiros de descoberta de 1992: obrigado por todos os docu- mentos, recortes e sugestões que nos en- viaram durante os últimos anos. Conti- nuem a enviar-me as novas informações que nos ajudarão a completar este que- bra-cabeçasem futuras edições. A ReShard e seus amigos em Treasure Valley, Indiana. Desejo agradecer de novo aos meus inúmeros editores, presentes e passados (Leslie Cabarga, Jeff Meyers, Tod McCor- mick, Jeremy Stout, Lynn e Judy Osburn, Ellen Komp, Chris Conrad, Shan Clark, Bryce Garner e Carolee Wilson), por se- rem os mais extraordinários colaborado- re , patriotas e apoiantes do cânhamo com quem alguma vez poderia ter dese- jado trabalhar. Obrigado .também a Ste- ven Saunders, Milo, Ivy e Michael M., os editores associados da edição deste livro em CD-Rom, The Electric E111peror. E flnalmente, à minha namorada, Jeannie Hawkin , cuja dedicaçãO ao mo- vimento do cânhamo e trabalho duro neste livro me tomaram o mais feliz e afortuna- do de todos os guerreiros do cânhamo. Sinceramente, Jack Herer Director e Fundador, HEMP (H elp End Marijuana Prohibition) xvii PRÓLOGO Redigi ° meu primeiro prefáci para uito t mpo p ou d d então, mas algumas coisas manti eram- e on tant. 19 5, r ri o 600.000 detenções p r po se de marijuana. m t do o p ' . o ano p houve 642.000 novas detenç- prd lito rela ionad m m rijuana. P I 75% desses casos envolviam po e ou cultivo para consumo p alo Estes treze anos trouxeram alguma mudan co o l r . tuai n - e legais são mais severas ainda. Mai pe oa do que m 19 5 e t-o p rder a uas a devido a crime relacionado com a marijuana. Corno r uJt d da rr à dr g J a construção de pri ões - não de e cola - t rn u- a mal ria ílld' tri crescimento, e a protecçõ s con agrada na uarta nda a t rnar- memória grata ma cada vez mais ténu . Outra mudança perturbadora D i a intensificação - qu - do nível de hipocri ia governamental. Ap ar dpro lama ,. trário) actualmente ninguém pode acr ditar qu a gu rra a do que foi a guerra no Vietname. · inguém p d p r riament em u a cios de um cessar-fogo permanente n ta CL mente gu rr por ausa de dr ga . Todavia) a guerra continua. Ape ar do no , nh imento mi· b ar para excluir da questão o valor terapêuti o da marijuana p oas continu m a r pr - cessadas pelo uso puramente médi o que fazem da cannabi . ' izem aut ridad : "Talvez seja verdade, ma estamo a nviar uma m n ag m: ntão e 2.000 p - soas foram vítimas numa guerra que tem apena uma ra ionaliza ão imb li a? I to soa a um enorme desperdício. Observo os comentário que fiz há treze ano atI:" into um rto e pant minhas palavras ainda serem exacta. O' facto é decerto ai az e apontador. esperança era que pudé emo ter dec'dido a que tão, e que h j o Ih'ro d Ja k tivesse tornado uma curio idade histórica. ão. o li [iO tão, ,o ortuno h j mo sempre) e o Rei ainda vai nu. - Michael E. Rose, advogado m Portland fi, I de de 199 xviii: Jack Herer conseguiu o seu objectivo. Com incrível precisão, apoiando-se em volu- mosas pe quisas, colocou o dedo no ponto onde convergem todas as tendências que ameaçam sufocar o mundo. E no núcleo destas complexidades descobriu o CÂNHA- MO. A premi sa do livro de Jack Herer, O Rei Vai Nu, é maximamente fantasiosa: Que as diversas propriedades da aviltada e condenada planta de marijuana podem for- necer suficiente vestuário, óleo, medicamentos, alimentos e habitação para todos os povos do mundo, caso ela eja completamente legalizada e comercializada; e que o cãnhamo provará er o meio de alva r o planeta (nós) da chuva ácida, do aqueci- mento global e da rarefacção das nossas precio as florestas e combustíveis fósseis. Mais ainda - que os alegados perigos de fumar marijuana empalidecem perante as muitas vantagens potenciais do comércio livre de cânhamo e produtos derivados. Agora que Jack a inalou estes facto a um mundo em mudança que anda em busca da verdade - os cidadãos irão decerto repor as coisas no seu devido lugar renun- ciando ao Tratado da Convenção Única de 1961 sobre as drogas e a marijuana, e ape- trechando-se de forma a produzir uma enome quantidade de bens de qualidade e ecologicamente benignos para uma sociedadede mobilidade ascendente. Enquanto escritor de ficção científica, sinto-me atraido por esta visão de um mundo alterado de céus limpos e viçosas florestas, repleto de pessoas amantes da liberdade que vivem em casas de cãnhamo, u am roupas de cânhamo, comem saladas de tofu de cânhamo e guiam o seus automóveis de cânhamo movidos a cãnhamo ao longo de autoestradas bordejada a cânhamo. Jack argumenta muito bem em favor desta possibilidade. O facto é que fiquei encantado com a leitura que fiz deste informativo livro. Aparentemente, Jack Herer tem um onho - no seu futuro, o cânhamo está com- pletamente integrado na sociedade, de tal forma que os combustíveis fósseis e fibras intéticas, por exemplo, terão sido substituídos por substâncias naturais que são anualmente renováveis e não-tóxicas. Para além da elevação da nossa inteligência) ele antevê a melhoria da nossa aúde graças à proteína completa chamada edistina e aos ácidos gordo e senciais, o linolénico e o linoleico, que se encontram em abundância no miolo e no óleo da semente de cãnhamo. Ele antevê como as nossas habitações, a no sa alimentação, o nos o vestuário, os nossos medicamento, os nossos com- bustiveis e o nosso estado mental e espiritual erão melhorados devido ao cânhamo. Ele dedi.cou a sua vida a tornar r aI est seu futuro. Eu coo eguiria viver nele. - George Clayton ]ohnson) autor de 8 episódios da série Twilight Zone, de Twilight Zone ( . he Movie), Logan's Run (livro e filme), Star Trek, Oceans Eleven, Kung Pu, etc., 15 de Maio de 1998. xix CAMPONESES COLHENDO cÂN'HAMO O, I íCIO DO S r CULO XX Ao longo de muitos milhares de anoS', por UJdo o mundo tomlllas inteiros juntaram.se para fazer ,as colh'eitas dos campos d ,cânhamo no a,uge da época de floração deste, nunca sonhando qu,-' um dia o gov mo dos E.U. lideraria um movimento internad onol p ara ,eITadif:or ti p'anta cannabls da face da Terra. Ao longo dos ú/timo.s sessenta onos" os ,Estados Unidos' ,ndO $,6 ,d S D"'Ord- jarom o uso do cânhamo, mas odop,taram uma poll 'CD d extinção, � � � � � � � da desta espécie de planta. O impacto de' aciden'rolmente, ou mesmo d forma consciente, se destruir uma forma de vida .sfJedfico nunca :(01 � � � talmente considerado, quanto mais o e:fefto' d'en o1aque concertado CO'R- tra aquele que é possivelmente o principal recurso _ noáv I da Terro. tendo literalmente centenas de aplicações criticas - m esp c a' na substi tuição da maioria dos usos dos combustlveis fós.seis da lnad'e 1'0' e dos pro- dutos petroqufmicos. Res,enha Histórica sobre o Cânhamo-de-Cannabis Para Que EsteUvro Seja Maximamente Claro: As explicações ou documentações marcadas com um asterisco (*) são apre- ' sentadas no final do(s) parágrafo(s) relevante(s). Por uma questão de brevidade, outras fontes de factos, episódio ) histórias, estudos, etc., são citados no corpo no texto. As notas numeradas encontram-se no final de cada capítulo. O factos aqui citados são em geral verificáveis na Encydopaedia Britannica, a qual � � i impre sa em papel feito primariamente de cânhamo-de-cannabis du- rante mais de 150 anos. Porém, qualquer enciclopédia (por mais antiga que seja) ou bom dicionário servirá para fins de verificação geraL CANNABIS SATIVA L. NOTAS HISTÓRICAS AME:RICANAS P,lanta também c?nhecida por cânhamo, canhamo- -de-cannabis, cânl am in- diano, cânhamo verdadeiro, muggles, weed [erva], pot [boi, ganza], marijuana, ree- fer [ harro, pa sa]) grass [er- va], ganja, bhang, "the kind", dagga, herb, etc. i" Todos es- tes nome referem-seexac- tamente à mesma planta! Cannabissativa I. Em 1619, a primeira lei americana sobre marijuana foi promul- gada na Colónia de Ja- mestown, Virgínia, «in- timando" todos os agri- cultores a «experimen- tar" (cultivar) sementes o QUE UM NOME INDIC.A (Geografia dos E. U.) H EMP tead [Lugar do Cânhamo 1, .. Long I land; HEMPstead County, Arkansa ; HEMPstead, Texas: HEMPhill [Colina do Cânhamo], Carolina do Norte; HEMPfield [Campo d Cânha- mo], Pen ilvânia; entre outro lugares, foram baptizados com o nome d regiõe onde se cultivava o cânhamo, ou com nomes de famílias derivados do cultivo de cânhamo. t No mund lu 6f0110, diz- também "ma onha" (Brasil), "liamba" (Angola) e "SOTurna" (Moçambi- que) . (N. do T.) de cânhamo indiano. Leis adicionais mandatórias do cultivo de cânhamo foram promulgadas no Massachusetts em 1631, no Connecticut em 1632 e nas colónias de Chesapeake até meados do século XVIII. Em Inglaterra, o cobiçadíssimo pré- mio de cidadania britânica completa era conferido por decreto real a estrangeiros que cultivassem cânhamo, e amiúde eram aplicadas multas aos que recusas- sem fazê-lo .. O cânhamo-de-cannabis foi moeda corrente na maior parte da América do Norte de de 1631 até ao inicio do século XIX. Porquê? Para encorajar os agricul- tore americanos a cultivá-lo em maior quantidade. 1 Durante mais de 200 ano , por toda a América puderam pagar-se impo to com cânhamo-de-cannabis.2 Durante diversos período dee a ez registados na América, corria- e mesmo risco de prisão por não se cuJti a r an- nabis, p. e.) na Virgínia entre 1763 e 1767. (Herndon, G. M., Hemp il1 Colonial Viriginia. 1963; The Chesapeake Colonies, 1954. L.A. Times, 12 de Agosto de 1981; et ai,) o caracter chinês "Ma" foi o .mais antigo nome do cânhamo. Pelo século X a.C. , Ma tornara-se' ,o termo genérico para as f ibras de todos os tipos. Por essa altura, a palavra para cânhamo tornara-se "Tai-ma" ou "Daima", significando I4grande cânhamo", George Washington e Thoma � � � � � � � � san cultivavam cânhamo na suas plan- tações. Jefferson,3 enquanto foi enviado oficial em França, incorreu em grande despesas - e até mesmo em riscos GOn i· deráveis, para si e para os eus agente secretos - de forma a conseguir emen- Panela contendo cânhamo (em cima) e ;ncensório paro � � � � � � � � � � � de um sitio funerário cita. 2 te de cânhamo parti ularment b m,. a quai I m contraban a a 'I alm -nte da China para a Turquia. crune e vaJorÍ2aam tanto a ua e- mente de canham qu t rnar m a ua ex ortação um crime c p·taJo , Cen o do tad n° d de r 50 contou -327 "planta õe (D mínim q inta . de 200 aer ) qu cult' a am cânham -d -canna' par n6 c ã d roupa, teLa. e ln m mo da cord em u ada. para enfardar .o aIg dã . desta lan ta õ 1 aliza a- noe tado fronteiri primariam nt devido ao trabaJh e ravo � � � � t. que ante de 1 5e taa dO, p el para a indú tria do cânham utilizad ra d mão-de- bra inten i a. (Ce: U .• 1 50; AlI n Jam n • Tlle Reigll of Law, A Tale 01 rh Kmrucky Hmrp Fieids, ::Ia M illan Coo. 1900' Roffman, Rog r, Ph. D., Marijuana as edi °n. en rone W 119 2.) prim ir rn n- OU ter- mith utr:a ' farmacêuticas e apotecários americanos. Durante todo est tempo não ocorreu uma única morte causada por medi- camento feitos de extracto de cannabis, e não foi relatado virtualmente nenhum ca- so de abuso ou de perturbações mentais, Ideograma sino-japonês para nmedicinatl: o caract er superior significo f'erva" e o in ferior significa "prazer". excepto algun utilizadores pouco ou nada experimentado que e entiram desorien- tado ou xces ivamente introvertidos. (Mikuriya. Dr. Tod, MarijlJQI1Q Medical Papers, Medi- omp Pre • CA, 197J; ohen, idney e Stil - man, Richard, Therapeutic Potential of Marijuana. Plenum Pre ,NI, 1976.) NOTAS HISTÓRICAS MUNDIAIS "Apar nte. mente, a .mai � � � � � � � � peça de te ido conheCIda fOI feIta d câ- nham ,O qual começou a er trabalhado no itavo miléni. a .. � � � � � � � � � � � � � � � (The Columbia History of the World, 1981, página 54.) . O corpo de literatura (p.e. arqueolo- gia, antropologia, filologia, economia, hi tória) refer nte ao ãnhamo está deacordo g ral em ue, no mí imo: De de mai de 1000 anos ante do tempo de ri t até 1883, cânhamo-de- -cannabi - d facto, a marijuana - foi a cultura agrícola mais important do no so planeta, e a sua maior indústria, envolvendo milhares de produt e empre a ; produzindo a maioria das fi- l bras, tecido , óleo de iluminação, papel, incenso e medicamentos da Terra. Era além disso uma fonte primária de óleo alimentar e proteínas essenciais para se- res humanos e animais. Segundo virtualmente todos os antro- pólogos e universidades do mundo, a marijuana era também usada na maioria das nossas religiõe e culto , sendo uma da meia dúzia de drogas mais usadas pa- ra alterar a disposição e a mente, quando tomada como sacramento psicotrópico ou psicadélico (que manifesta ou expan- de o espírito). Quase sem excepção, estas experiên- cias sagradas (com drogas) inspiraram as no sas superstições, amuletos, talismã.s, religiões, preces e códigos linguísticos. (Ver capítulo 10 em "Religiões e Magia".) (Wasson, R. Gordon, Soma, Divine Mushroom of Immortality, Allegro, J. M., Sacred Mushroom & the Cross, Doubleday, NI, 1969; Plínio; Josefo; Heródo- to; Manuscritos do Mar Morto; Evangelhos Gnós- tico ; a Bíblia; Ginsberg Legends Kaballah, c. 1860; Paracel o; Museu Britânico; Budge; Er/cyc. Britar/- nica, «Pharmalogical Cults"; Schultes e Wasson, Plants of the Gods; Investigação de Schultes, R. E., Dept. Botânico de Harvard; Wm. EmBoden, Cal Stat U, Northridge; et ai.) COMBATERAM-SE GRANDES GUERRAS PARA ASSEGURAR O ABASTECIMENTO EM CÂNHAMO Por . exem. pIo, a causa principal da . Guerra de 1812 (que a América com- bateu com a Grã Bretanha) foi o acesso ao cânhamo-de-cannabis da Rússia. O câ- nhamo russo foi também a cau a principal da invasão da Rússia em 1812 por Napoleão (à época nos o aliado) e os seus aliados dos «Si temas ontinentais': (Ver capítulo 12, ''A Guerra (do Cânhamo) de 1812 e Napoleão Invade a Rússia:') Em 1942, após a invasão japonesa das Filipinas ter interrompido o aba teci- menta de cânhamo-de-manila (abacá), o governo do E.V. distribuiu 200.000 qui- lo de ementes de cânhamo a agriculto- res desde oWisconsin até ao Kentucky; os quais produziram anualmente 4 2.000 toneladas de fibra de cânham até 1946, quando a guerra terminou. POR QUE É QUE O CÂNHA 0- -DE-CANNABISjMARIJUANA TEM SIDO TÃO IMPORTANTE 'A HISTÓRIA? Porque o cânhamo-de-cannabis I em geral, a mais re i tente, durável e du- radoura fibra mole natural do planeta. As suas folhas e flore cên ias (mar ijuana) foram - dependendo da cultura - o primeiro, egundos ou t rceir r - médios mais usados por doi terç do habitantes do mundo durante pelo me- nos 300 0 anos, até ao início do éculo XX. Botanicamente, o cânhamo faz parte da mais avançada família d plan tas da Terra. É uma planta dióica (i t é, t m va- riedades masculinas, feminina e por ve- ze h rmafrodi ) an ua]. Jenh bá qu a o J do que lrtuaJmente planta do no robusto a 7 metro urta taçã , d cr ulti ada em irt clima ou condi . «A inalação das folhas [de cânhamo] é um b m d n- te para o cérebro; o sumo das foili apü a como lavagem remove a ca pa e o verm, . umo atiradas para o ouvido aliviam a d r e d tr m insectos. [O cânhamo] estanca,a diarreia) " útil ntr norreia, restringe as emi sõ em' n i diur tie comenda-se o pó como aplicação ext rn p ra tr tar � � ri das e chagas abertas, e para pr r gr nuJa - um emplastro de raízes cozida e folha para de in6 tar in a- mações) curar eri ipela e ali iar dore n urálgi a . fi - lhas secas, moídas e espalhada br 61 o d o hidrocele e os testículos inchado ': - "Sobre as qualidades médica do cânllamo," do a d 'Iya, um livro muçulmano de referência médica datafldo do cu/o � � 1. Um Breve Sumário dos Usos ,do Cânhamo Apostamos 100.000 Dólares+ com o Mundo: Tentem Provarquefstam·o·s Errados. Se proibíssemos todos os combustíveis fósseis e os seus � � � � � � � � � � � bem como o corte de árvores para abastece.r as celuloses e a cons- trução civil,. de modo a inverter o efeito de estufa e parar a desflo- restação, salvando assim o planeta - entãoconhece-se apenas um único recurso natural anualmente renovóvel capaz de fornecer a maior parte do papel,. têxteis e alimentos do mundo, satisfazer todas as necessidades mundiais em termos de transportes e energia, domés- tica e industrial, e em simultâneo reduzir a poluição, reconstituir o solo e limpar a atmosfem ... E, essa substancia é - o mesmo j'á fez tudo isso antes - o CÔnhamo ... de-Connobls ... a Marijuana! 1. NAVIOS E MARINHEIROS N. � � � � � � � � � por cento. de todas as ,velas náutica (de de pelo menos o seculo V a. ., ante do D nícios, at muito depois da invenção e cornerciaJização dos navios a vapor, entre meado e finais do século XIX) eram feita de cânhamo. As restant 10% eram cm geral fe itas de linho ou fibra menores com rami, i al, juta, abaca. .. Kannabis - palavra da língua grega helenizada falada na bacia mediterr.ânica, derivada do persa e de dialectos semitas setentrionai mai antigos (Quanu- ba, Kanabosffi, Cana?, Kanah?) , os quais os académi- cos fizeram agora remontar à alvorada da família de línguas indo-semito-europeias, antigas de 6000 ano, faladas pelos sumérios e acáruos. A remota palavra sumério/babilónica K(a)N(a)B(a), ou Q (a) (a)B(a), é uma das mais perenes raízes vocabulares da huma- nidade. (KN significa cana e B significa dois - doi juncos ou dois sexos. ) (Abel, Erne t, Marijuana: 11/e First 12.000 Years, Plenum Pre ,1980; Her doto. Histórias. século V a.c.; Frazier, Jack, The Marijuana. Farmer 1972. lndiçe Agricola d .' .U., 1916-1982; filme do U DA, Hernp for Victory, 1942.) } « " é , . 1 A pa avra canva . a pr nuncla 110- lande a (por dupla via do fran ê e do latim) da palavra grega "Kannabi ".lI" Além das velas feitas de tela, até este sé- culo virtualmente todo o cordame, cabos de âncora, redes de carga, redes de pesca, bandeiras, sudários e vedantes (a princi- pal protecção dos navios contra a água salgada, usados como calafetagem entre vigas soltas ou verde) eram feitos da haste da planta de marijuana. • � � Para mais detalhes contactar (I organiUlçào de Jack HereT: Hdp End MarijualUl Prohibitiol1 (H.E.M. P. ), 5632 Van Nuys Bllld. #J1O. Van Nzws, CA 91401; Te/. (BI8) 988-6210; Fax (818) 988-3319; website: jackheTer. C(Jr11 PAIRO JNADO PELA H .E.M. P. (AMERICA) . H ANf HAu I(ALEMANHA), SE SI SEED lHA H MARIJUANA MUSEU I (H LANDA) li: T.H.C., THE TEXAS HEMP CAMPAIGN (N.-taR..lCA) . 5 As roupas dos marinheiros eram tam- bém manufacturadas a partir de canna- bis, até ao pormenor dos fios usados pa- ra coser as solas dos sapatos (ele pró- prios sendo por vezes feitos de «canva "). ,. Nos séculos XVII a XIX, um navio de carga. clipper. baleeiro ou vaso militar médio. carregava entre 50 a 100 toneladas de cordame de cânhamo- -de-cannabis, para não falar nas vela , rede • etc .• necessitava da. sua total substituiçãO ao fim de um ano ou doi, devido ao aprodrecimento causado pe- lo sal. (Pergunte-se à Academia Naval dos .U., ou atente-se na con trução do USS Constitution, tam- bém conhecido por "OId lronsides". que e tá fun- deado no porto de Bo ton.) (Abel, Erne t, Marijuana: Th First 12,000 Years, Plenum Press, 1980; Encyc. Britannica; Magoun, Alexander, The Frigate ConstituNon; filme do DA Hemp for Victory, 1942. ) Adicionalmente, no mundo europeu ocidental/americano, o quadros, mapa, documentos e Bíblia dos navios foram feitos de papel contendo fibra de câ- nhamo desde o tempo de Colombo ( é- culo XV) até ao princípio do sécuJo XX. Os chineses, por seu lado, u aram â.- nhamo na confecção de papel a partir do século primeiro da nossa era . papel de cânhamo durava 50 a 100 vezemai do que a maior parte das preparaçõe de pa- piro, e era cem veze mai fácil e econÓ- mico de confeccionar. Incrivelmente, as vela, cordas, etc., de cânhamo usadas num navio oneravam. mais a sua construção do que as parte de madeira. Mas o uso do cânhamo não se restrin- gia ao mar alto . .. 2. TÊXTEIS E TECIDOS Até por volta de 1820 na América Ce a é ao século XX na maior parte do re to do mundo)) 80% de todo o têxtei e tecidos usados pela Humanidade para confecção de roupa, t ndas, linhos, ta- petes, cortinas, colcha ) lençóis; toalhas, fraldas, etc. - e até me m da no a bandeira, a "Old Glory" -, eram � � ito principalmente de fibras de cânhamo. Durante centenas, senão milhar ) de ano (até por volta d 1 30) a Irlanda fa- bricou o m Ihor linh , a Itália fabri- cou o meLh re tecido do mundo a partir de cânhamo. edj 1 93-1910 da Encydop di Britan"i- ca indicam - • em 19 • revi La Popu/tlr 1echa- nics e üm u - que pelo meu m tade de lod O material que ai eh m do linho nào foi � � � � . cionado ele linho m im d cânhamo. Her to (c. 450 a.c.} diz u as rou d cânh mo que o tráci conli . d li linho. e que • eria direr linho. o pape" de cânhamo durava entre 50 a 100 v,ezes: mais do, que' a maior ,parte das prepar,ações de papiro, ·e era cem vez·es mais facil e b'arato detabricar. tal forma interligados, que poderão van- tajosamente ser considerados em con- junto. O tecido para velas deverá ser ta- xado em 10% ( ... )". (Herndon, G.M .. Hemp in Colonial Virginia. 1963; histórias da DAR.; Abe, E., Marijuana: The First 12.000 Years; ver também o filme de 1985 Revo/ution, com AI Pacino.) Os carroções cobertos meteram- e a ca- minho do oeste (Kentucky, Indiana, minais, Oregon e alifórnia*) cobertos com re- sistentes lonas alcatroadas feitas d tela de cânhamo/ enquanto o navios circun- davam o "Horn" na rota de São Francisco usando velas e cordas de cânhamo . .. As calça levi 's riginai, famosa pela sua grande resistência, foram confeccionadas para os garimpeiro alif, rnianos a partir de velame de câ- nhamo e rebites. Desta forma os bolsos não se ras- gavam quando eram enchido com our sedimentar peneirado. As roupas de confecção doméstica eram quase empre tecida , por pessoas de todo o mundo, a partir de fibra culti- vadas no "campo familiar de cânhamo". Na América, esta tradiçã durou desde o tempo dos Peregrino (1620) até à proi- bição do cânham no anos 30. >l- II- No anoS 30, o ongre so foi in formado pelo Gabinete Federal de Nar óticos que muitos polaco- -americano ainda cultivavam erva nos s us quin- tais para fazer cer ulas de inverno e roupas de tra- balho, o quais saudaram a tiro os agente por este querer m roubar-lhes a oupas do ano eguinte. A idade e a densidade do talhã.o de câ- nham influenciam a qualidade da fibra. e um agricult r quises e fibra suaves da qualidade do linho, plantaria as suas plantas de cânhamo muito juntas. Regra geral, em se cultivando para uso medicinal ou recreativo, planta- e uma semente por quatro jardas quadrada. Quando plantada para dar emente: quatro a cinco pé . e paçadas. (Folheto da E t. Agr. da Univ. de Kentucky. Mar- ço de 1943.) Plantam- e cento e vinte a cento e oi- tenta emente por jarda quadrada para cordame ou tecido ' gros iro, O linho ou a renda de qualidade cultivam- e com 7 até 400 plantas por jarda quadrada que se colhem ao fim de 80 a 100 dias. (Relatórios obre Colheitas Agrícolas. dados internacionais do USDA. CIBA Review 1961-62.. Lujgi Castellini. Milão, Itália.) Por volta de 1820, as novas máquinas manuais para fiar algodão americanas (in- ventadas por Eli Whitney em 1793) foram Havia mais de 60 toneladas de cânhamo no U.S.S. Constitution, distribuídas entre velas, cordame, vedantes, bandeiras e insignias, mapas e Bíblias, e roupas e uniformes de marin.heiros. largamente substituídas por teares e máqui- nas «industriais" para fiar algodão fabri- cado na Europa, devido ao avanço que a tecnologia europeia de fabrico de ferra- mentas e corantes levava sobre a americana. Pela primeira vez, era possível produ- zir roupa leve de algodão a baixo custo para alimentar rocas e teares, evitando a maceração (apodrecimento) e separação manual das fibras de cânhamo.4 Por 'm) devido à. sua resistência, macieza, conforto e qualidades duradou- ras, o cânham.o continuou a ser a segunda fibra natural mais usada até aos anos 30. aso o leitor sinta dúvidas, a fibra de cânhamo não contém TH • ou "ganza". É isso, não vale a pena fumar a ua cami a! De facto, tentar fumar tecido de cânhamo - ou qualquer outro tecido - pode re- velar- e fatal! Após a promulgação da lei de Taxação I. Copa da planta mocho, em flor; 2. Copa da planta' fêmeo em � � � � � � � 3. Rebento; 4 .. Folículo de uma folho gronde; 5. Porçoo de' uma trore_oenda estaminada, com rebentos e uma flor macho maduro' 6, fI'ores emeos, com estigmas projectando-se do brócteo peluda; 7. ,Fruto ,encerrud'o em bmdea' peluda persistente; 8. � � � � � � � vista lateral; 9. Fruto, visto da exttemid d ; 10. Pêlo glandular com caule � � � � � � � � � � � � � � � , , ,, Pêlo ,glandurar com caule invisível curto e unicelular; 12. Pêlo não-glondular, contendo um dstolito. Ifustração de E.. W. Smlt.h. Cinquenta por cento de todos os produtos químicos hoje usados na agricultura americana são aplicados no cultivo do algodão. O cânhamo não precisa de produtos químicos, e conta com poucos inimigos entre as ervas daninhas e os insectos - excepto o governo americano e a DEA. ,da Marijuana em 1937, novas "fibras de pIá tico" fabricadas p la DuPont, sob licença de patente de 1936 detida pela corporação alemã 1. G. Farben (a abdi.- cação da pat � � � � � fazia parte das inde- mnizações alemãs à América devidas à Primeira uerra MlUldial) sub tituíram a fibras naturai de cânhamo. (A Du- Pont americana detinha cerca de 30% do capital da hitleriana I. . Farben.) A Du- Pont lançou também o Nylon (inventado em 1935) no mercado quando a empresa ° patenteou em 1938. ( olby, Jerry, DuPont DYllasties, LyJe Stewart, 1984.) Finalmente, deve notar-se qu cerca de 50% de todos os produto químicos hoje usados na agricultura americana são aplicados no cultivo do algodão. O câ- nhamo não preci a de produto quími- cos e conta C0111 poucos inimigos entre as erva daninhas e o in ecto - except o governo american e a DEA. ( avender, Jim, prof, S'or d botânica, Univ r i- dade do Ohio, "Authoritie Ex.amine P t Claims", Athens New ,16 de Novembro d 1989.) 3. FIBRA E :PASTADE PAPEL Até 1883, entr 75 e 90 % de todo o pa-pel do mund foi feito com fibra de cânhamo-de-cannabis: livros, Bíblias, mapas, papel-mo da, acções e obri- gaçõe ,jornais, et ,incluindo a Bíblia de utenberg ( éculo XV); Pantagruel e Pantagruelão das Ervas, de Rabelais (sé- culo XV!); a Bíblia do Rei James (século XVII); o panfletos d Thomas Paine, "Os Direito d H mem", «Sen· o 0 - mUlTI ,e ('A ra da Razão" (5 culo XVI I)j as obras d Fitz Hugh Ludlow, Mark Twain, Victor Hugo, Alexandre Duma , a Alice no País das Maravilhas de Lewis 9 Carroll (século XIX); e praticamente to- dos os outros livras eram impressos em papel de cânhamo. O pdmeiro rascunho da Declaração de Independência (28 de Junho de 1776) foi escrito em papel holandês (de cânhamo), assim como o segundo rascunho, com- pletado em 2 de Julho de 1776. Este foi o documento que naquele dia mereceu o consenso e foi anunciado e publicado em 4 de Julho de 1776 ... Em 19 de Julho de 1776, ° Congre O ordenou que a Decla- ração fosse copiada e gravada em per- gaminho, tendo sido este o documento que os delegados efectivamente assina- ram em 2 de Agosto de 1776. As velas e cordas inutilizadas vendidas pelos proprietáriosde navios como lixo para serem recicladas em papel eram a matéria-prima a partir da qual nós (os americanos coloniais) e o resto do mundo o tumávamos fazer todo o nosso papel. O re tante provinha de roupas, len - çóis, fraldas e cortinas usados, feitos principalmente de cânl1amo e por vezes de linho, que eram vendidos a farrapei- ras como trapos.* .. Daí o termo "papel de trapos", Os nossos antepassados eram dema- siado poupados para deitarem coisas ao lixo, de modo que, até por volta de 1880, quai quer farrapos ou roupas inúteis eram misturados e reciclados em papel. O papel de trapos, contendo fibra de cânhamo, é o papel de maior qualidade e mais durável jamais feito. P de rasgar-se quando está molhado mas regressa à sua resi tênda completa quando seca. O papel de trapos mantém-se estável du- rante éculo, a não ser em condições extrema, sendo praticamente indestru- tívd . Até por volta de 1920, muitos docu- QUANDO O CÂNHAMO SALVOU A Vi DA DE GEORGE BUSH Mais um exemplo da importân ia do cânhamo: in ano a proibição em 1937) o cânhamo-de-cannabi fi i cder m nt rcintr em 1942 para o e forço militar da egunda Gu rra undial Foi assim que, quando o jovem pil to rge Bu h eject u do chamas apó um combate áreo obre o Pacífico el mal abia que: a ua duzid m • Partes do motor do seu aviã eram ubrificada om d m nt d ã- nhamo-de-cannabis; • 100% das cintas do páraqu d . que 1he aJ" u a ida r m f; it d ã- nhamo-de-cannabis cultivado no E .. ) • Virtualmente todo o cordame e rda d 3V]0 que o r de cânhamo-de-cannabis; • As mangueiras do navio (as im como a da la qu qu otara ) ram tecidas de cânharno-de-cannabis; e, • Finalmente, quando o jovem George Bu h e \ iu em guran no o • a costura dos seus duráveis sapatos era feita de câohamo·d - nna i taJ continua a suceder até ao presente em todo o alçado d ouro e militar. E todavia Bush dedicou boa parte da ua arreira à errad'c;â d Janta an- nabis e à promulgação de leis visando as egurar ql.le nio uém v nha a onhe r esta informação - provavelmente incluindo ele próprio, .. (Filme do USDA, Hemp for Viclory, 1942; Folheto d TVi o nO ,z ) da l . r, da ni\'. d orn- cky, Março de 1943; Galbraith, Gat wood. Kentucky Marijuana FeasibilJt}, tudy, 9 .) mentos do governo dos E.V. foram redi- gidos, por lei, em "papel de trapos" fabri- cado a partir de cânham .5 Os académicos consideram em geral que, na China, o antigo conhecimento) ou arte, da fabricação de papel de ânha- mo (século primeiro da nossa era - 800 anos antes do Islão ter de coberto o pro- cesso, e 1200 a 1400 anos ante da Europa o fazer) constituía uma da dua princi- pais razões p r que o conhe imento e a ciência orientais superaram en rm - mente os eus equivalentes ocidentai durante 1400 ano . As im) a arte da fa- bricação de papel durad ur de cânha- mo permitiu que a acumuJação de con- hecimento conseguida pelos rientai fosse transmitida, aumentada, inve tiga- da, refinada, desafiada e mudada, em suce sÍvas gerações (por outra palavra) tratava-se de um conhecimento cumula- tivo e global). A outra razão que fez o conheciment e 10 rant ma cante tend 4 CORDA,CORDEL E OORD , E 1- mundo ocidental desde 1740 até 1940. Em "Senso Comum" (1776), Thomas Paine enumerou os quatro recurso na- • .. . - « turaiS es enClalS para a n va naçao: cor- dame, ferro, madeira alcatrão': O principal destes recursos era o câ- nhamo para confecção de cordame. Paine escreveu: «Como o cânhamo flo- resce em quai quer condiçõe , não deve- mos recear a falta de cordam ". Passou então a enumerar o outros recursos ne- ces ária para a guerra com a marinha britânica: canhõe ) pólvora, etc. Entre 70 90% de toda a corda, cordel e cordame foram ÍI ito de cânham até 1937, quando t ram sub tituído em gran- de medida por fibras p troquírnicas (per- tencentes principalm nte à DuPont, que licenciara as patentes da L G. arben ale- mã) e por cânham -d -Manila (abacá), no qual amiúde se entr laçavam cabos de aço para aumentar a resi t"ncia. O abacá provinha da nos a "nova" pos essão, as Filipinas do Pacifico Ocidental, tomadas da Espanha enquanto indemnização pela Guerra Hispano-Americana de 1898. 5. TELAS PARA PINTURA QCânhamo é o material de arquivo perfeito'! O quadros de Rembrandt, Van ogh, Gainsb rough, et ., f, ram maioritaria- ment pintados em tela de cânhamo, que constitu[a o suporte de praticamente to- das as pinturas a óleo. Tratand -se d uma fibra forte e lus- trosa, cânhamo resi te a a1 r, ao or- valho e ao insect , e nã.o s degrada ob acção da luz. A pintura a óleo e TI tela de cânhamo el u linho mantiveram-se em excelente condições durante éculos. 6. TINTAS E VERNIZES Durante milhares de anos, virtual-ment toda a b a tinta e vernize foram feita com óleo de semente de câ- nhamo elou óleo de linhaça. Por exemplo, só em 1935 u aram-se na I I América 58.000 toneladas* de semente de cânhamo unicamente para fabrico de tintas e vernizes. O sector dos óleos de ecagem, outrora feitos de cânhamo, pas- sou principalmente para a divisão petro- química da DuPont.8 ,. Testemunho prestado pelo Instituto acional do Produto de Oleo de Semente contra a Lei de Taxação das Transacções de Marijuana de 1937. Como comparação, considere-se que a Agência de Repressão das Drogas dos E.O. (DEA) e todas as agênciais policiais de âmbito e tadual e local preten- dem ter apreendido, durante todo o ano de 1996, mai de 700 toneladas de marijuana cultivada na América - ementes, plantas. raize , torrões de terra e tudo. Até mesmo a própria DEA admite que entre 94 e 97 por cento de todas as plantas de marijua- na/cânhamo apreendida e destru.ídas desde os anos 60 eram completamente selvagens e impróprias para ser fumadas como marijuana. Em 1935-37) o Congresso e o Departa- mento do Tesouro receberam garantias, através de testemunhos secretos presta- do pela DuPont directamente a Herman Oliphant, conselheiro-chefe do Depar- tamento do Tesouro, de que o óleo de semente de cânhamo podia ser substituí- do por óleos petroquímicos sintéticos fabricados principalmente pela DuPont. liphant foi o responsável exclusivo pelo rascunho da Lei de Taxação da Ma- rijuana que foi apre entado ao Con- gresso.9 (Ver a história completa no capí- tulo 4) ((Os Últimos Dias da Cannabis Legal".) 7. ÓLEO DE ILUMINAÇ.ÃO Até por volta de 1800) o óleo de e-mente de cânhamo era o óleo de ilu- minação mais consumido na América e no mundo. Desde essa altura até por v lta de 1870 foi o gundo óleo de ilu- minação mais consumido, excedido ape- nas pelo óleo de baleia. O óleo de semente de cânhamo alu- miou a lâmpada do lendário Aladino) a de Abraão o profeta, e, na vida real, a de Abraão Lincoln. Era o mais brilhante dos óleos de lâmpada disponíveis. O óleo de emente de cânhamo para lâmpadas foi substituído por petróleo, nham querosene, etc., após a descoberta de pe- tróleo na Pensilvânia em 1859, e o domí- nio que John D. Rockefeller pas ou a exercer sobre a indústria petr lífera na- cional a partir de 1870. (Ver Capítulo 9 em sobre "Economia".) A propósito, o célebre botâni Luther Burbank afirmou, (CA semente [de an- nabis] é cobiçada noutros paí e pelo eu óleo, e o seu abandono aqui ilu tra o me mo uso ineficiente que fazem do , 1 » nossos outro recursos agnco as .. (Burbank, Luther, How Plants Are Tra ined to Work For Man, Useful Plal1ts, P. F. Colli r & on O., NI, Vol. 6, pág. 48. ) 8. ENERGIA DE B'IOMASSA No inicio do século XX, Henry Ford e outro génios-engenheiros futuri ta e orgânicos constataram (como ainda hoje fazem os seu herdeiros intelectuai r e científicos) um facto importante - que até 90% de todo o cornbu tívei fósseis hoje usados no mundo (carvão, petróleo,gás natural, te. ) de iam ter sido substituído há muito por biomas a tal como espigas de milho, cannabi) Ver também pilul Urnd papel velho, etc. com a A bioma a pode er convertida em metano, metanol ou ga olina a uma fracção do custo actual do petróleo, arvão ou energia nuclear - em especial quando e consideram ,o custos ambientai - seu li o mandatório acabaria com a chu- vas ácidas e o nevoeiro sulfuro o, in er- teria o efeito de e tufa no no o planeta- de imediato!* * O governo e a empresas pr dutora de pe-tr - leo, carvão, etc., in i tirão que, no to ant po- luição, qu imar combusúvel de bioma a n mais vantajoso do que ga tar a ' no a r erv combu tívei f6 is; mas isto é pat nt ment -{a! . Porguê? Porque, ao ontrário do combu tí ei f6 seis, a bioma a provém d plantas i (não- -extintas), que, ao cr cerem, ontLnuam a r mover da no sa atmo fera a poluiçã de dj rido de car- bono, atravé da foto sínte e. Além di • o Clom- bustivei de biomas a n o contêm enxofr, . Isto pode conseguir- e ultivando â- 12 n. ioma a a mbu ti el usados no mundo para a maIOrIa das enfermidades que afligiam a Humanidade. Porém, na uropa Ocidental, a Igreja Católica Romana proibiu o uso de cannabis ou qualquer outro tratamento médico, excepto o álcool e a sangria, durante mais de 1200 anos. (Ver capítulo 10 obre "Sociologia".) A Farmacopeia dos ,U. prescrevia a cannabis para o tratamento de maleitas tais como: fadiga, ataque de tos e, reu- matismo, asma, delirium tremem, dores de cabeça, e as cãibras e depre sõ s asso- ciadas à menstruação. (William Embo- den, professor de botânica dos narcóti- cos' Universidade do E tado da Califór- nia, Northridge,) A Rainha Vitória li ava resinas de can- nabi para aliviar a cãibra menstruais e o síndroma pós-menstrual, e o eu reinado (1837-1901) teve paraI lo no enorme crescimento do uso da medicina do câ- nhamo indiano no mundo anglófono, No presente século, a investigação da cannabis demonstrou que ela possui valor terapêutico - e completa segu- rança - no tratamento de muito pro- blemas de aúde, incluindo asma, glau- coma, náusea, tumores) epilepsia, infec- ções, stress, enxaquecas, anorexia, de- pressãO, reumatismo, artrite e po sive1- mente herpes. (Ver capítulo 7, « s Usos Terapêuticos da � � � � � � � � � � � � 10. ÓLEOS ALIMENTARES E PROTEíNAS Asemente .de cânhamo era � � � � � � � � � � � �usada em papas e pa por vrrtual- mente toda as pe oa do mundo até ao presente século. Os monge eram brigados a comer refeições c nfeccionadas à ba e de ementes de cânhamo três veze ao dia, a tecer a sua roupas de cânhamo e a impri- mjr as uas Bíblias em pap l:fi ito com fibra de cânhamo, (Ver Rubin, drª Vera, "Re earch Tn titute for the tudy of � � � � � � Igreja Ort doxa riental; Cohen e tillman, Therapeutic Pot ntiaI of Marijuana, Ple- num Pre s, 1976; Abel, Erne t, Marijuana: The First 12,000 Years, Plenum Press, NI, 1980; Encyclopaedia Britannica.) Esmagando a semente de cânhamo obtém-se o seu óleo vegetal altamente nutritivo, o qual contém a mais elevada quantidade de ácidos gordos essenciais de todo o reino vegetal. Estes óleos essen- ciais são responsáveis pelas nossas reac- ções imunitárias e limpam as artérias de colesterol e placa. Espremendo o óleo da semente ob- tém-se um bolo de sementes contendo proteína da mais elevada qualidade, o qual pode ser grelado (convertido em malte) ou moído e cozinhado em bolos, pães ou pastéis, A proteína da semente de marijuana é uma das proteínas vegetais melhores, mais completas e mais facil- mente assimiláveis pelo corpo com que conta a Humanidade, A semente de câ- nhamo é a fonte alimentar existente mais completa para a nutrição humana. (Ver debate sobre edistinas e ácidos gordos essenciais no Capítulo 8.) 13 A semente de cânhamo era - até à lei de proibição de 1937 - o principal ali- mento mundial das aves) tanto sel- vagens como domésticas. Dentre quais- quer sementes alimentares do planeta, era a preferida das ave ;* em 1937, duas mil toneladas de sementes de cânhamo para aves canoras foram vendidas a retalho nos E, U. A partir de uma mistu- ra de ementes, as aves apanharão e comerão primeiro a sementes de câ- nhamo, A aves selvagens vivem e pro- criam mai quando incluem sementes de cânhamo na sua dieta, usando o óleo para a sua penas e a saúde em geraL (Ver mai informações no capítulo 8, "O Cânhamo como Alimento Básico do Mundo".) Te temunh pre tado perante o ongre 50, 1937: " em ela as aves canora nã cantam", disseram ao ongre o as ç mpanhia de raçõe avlcola . Re· sultado: semente e terilizada5 de cannabis continuo am a ser importadas para os E. U. vindas de ltália, da China e de outros países. A semente de cânhamo não produz qualquer efeito de droga nos sere huma- nos nem nas aves, pois ela contém apenas vestígios ínfimos de THC. Na Europa, a semente de cânhamo é igualmente o isco de pesca preferido, sendo vendida em pa- cotes nas lojas de artigos de pe ca. O pes- cadores atiram mancheias de emente de cânhamo para os rios e lagos de forma a atrair os peixes, que são então fisgado com anzóis. Nenhum outro isco é tão efi- caz, o que torna a semente de cânhamo A Rainha Vitória usava resinas de cannabis para aliviar o seu síndroma pós .. menstrual. O seu reinado {1837-190.1 J teve paralelo no enorme crescimento do uso de remédios de cânhamo indiano. em geral o alimento mais desejável e nutritivo para os seres humanos, as ave e os peixes. (Investigação pes oaJ de Jack Herer na Europa.) (Frazier, Jack, The Marijuana Farmers, Solar Age Press, Nova Orleães, LA, 1972.) 11. MATERIAIS DE, CONSTRUÇÃO E HABITAÇÃO Dado que um acre de cânhamo produz tanta polpa de fibra celulósica como 4,1 acres de árvores, '* o cânhamo é o ma- terial perfeito para substituir as árvores no fabrico de tábua pren adas, contr,a- placados e moldes para construção . .. Dewey e Merrill, Bulletin #404, Dep. Agr. E. ., 1916. Aquecendo e comprimindo a fibras da planta, fabrica-se um material de construção económico re i tent,e ao fo- go, possuindo excelente qualidad d isolamento térmico e acú tico. Podem criar- e assim resistentes painéis de cons- trução que substituem as parede fal as e o contraplacado. William B. C nde. da firma Conde Redwood Lumber, n arredores de Eugene, Oregofl. em con- junção coma Universidade do Estad d Washington (1991-1993), demonstrou a 14 uperior re i tenda. t1 'bilidade e e 0- nomia do materiai de c n tru -o com- pósito de cânhamo p r mparação om a fibra de mad ira. m m quand ão . ad orno vi O Iso banvre é um Ted ob rto mate- rial de on tru -o c fi ito de· . lo de c.anhamo mi turad , m cal. qu e ntualmente etrifica num tado mi- neral ,e dura muito uJo . arq ueó- log s de cobriram no uJ d rança um p nte datando do p rí do m .rov:ingi (500-751) que foi c n truíd atr v d t pro e o. A fibra de cânham foi usada da hi tória a ra urdir ta te tando também p t n ialidad nufactur,a d alcatifa fi rte r ao apodrecimento. que eliminam o fu- mo enen o in r nt à qu ima de materiais int tico em in ndio d- m tico 'ou industriais, b m reacçõe alérgica a o iad intétka . odem fabricar- tu anatiza- ção de plásti ( tub d ) U ando celulo e de cânhamo r, no á.v I mo matéria-prima , uími • ub tituind o carvão não-rena " v � � ou mal ria -pri- ma quími b a em p tI leo. Pod mo p . 'im ginar uma futuro con ruída naJizada, p·n do mobilad com a prin 'p I r, u r no- áv 1 do mund - amo. religiosas do mundo até aos nossos mais irreverentes satiristas. Eles incluem Lewis Carroll e a sua lagarta fumadora de nar- guilé em Alice n,o Pais das Maravilhas, além de Victor Hugo e Alexandre Du- mas; grandes nomes do jazz como LouisArmstrong, Cab Calloway, Duke Elling- ton e Gene Krupa; e o padrão continua até aos nossos dias com artistas tais como os Beatles, os Rolling Stones, os Eagtes, os Doobie Brothers, Bob Marley, o Jefferson Airplane, Willie Nelson, Buddy Rich, os Country Joe & the Fish, Jae Walsh, David Carradine, David Bo- wie, Iggy Pop, Lola Falana, Neil Dia- mond, Hunter S. Thompson, Peter Tosh, os Grateful Dead, os Cypress Hill, Sinead O'Connor, os Black Crowes, etc. Evidentemente, fumar marjuana ape- nas estimula a criatividade de algumas pessoas, nã,o de todas. Mas, pela história fora, diversos gru- pos proibicionistas e de CCtemperância" tentaram proibir as substâncias recreati- vas preferidas de outrém, tais como o álcool, o tabaco e a cannabis, e foram ocasionalmente bem sucedido . Abraão Lincoln respondeu a este tipo de mentalidade repressiva quando disse em Dezembro de 840: "A proibição ( ... ) ultrapassa os limites da razão ao tentar controlar o apetite humano através da legislação, e crimina- liza coisas que não são crimes ( ... ) Uma lei proibicionista fere os próprios princí- pios sobre os quais foi fundado o nosso " governo. 13. ESTABILIDADE ECONÓMICA, !LUCRO E COMÉRCIO LIVRE � � � � � � � � � � � � � � que nU_fi � � � � � � � � com. -petltlv , no qual sao conheCidos to- dos os factos, as pessoas irão a correr comprar tops ou jeans biodegradáveis feitos de cânhamo, uma planta que não contém pesticidas nem herbicidas. Al- gumas das companhias que abriram caminho com produtos deste tipo são a 15 Ecolution, a Hempstead, a Marie Mills, a Ohio Hempery, a Two Star Dog, a Headcase, e na Alemanha a HanfHaus e outras. Chegou a altura de testarmos o capita- lismo e deixarmos que seja o mercado não-regulamentado da oferta e da pro- cura, assim como a consciência ecológica "verde': a decidirem o futuro do planeta. Em 1776, urna camisa de algodão custa- va entre 100 a 200 dólares, enquanto uma camisa de cânhamo custava entre meio e um dólar. Por volta de 1830, camisas de algodão mais fr·escas e leves estavam a par em preço com as camisas de cânhamo, mais quentes e pesadas, proporcionando uma escolha competitiva. A época, as pessoas eram livres de es- colher o seu vestuário baseando-se nas propriedades particulares que desejavam num tecido. Hoje não temos tal escolha. O papel a desempenhar pelo cânhamo e outras fibras naturais dev.ia ser determi- nado pelo mercado da oferta e da pro cu - ra, e por gostos e valores pessoais, e não pela indevida intluência de leis proibi- cionistas, subsídios federais e tarifas ele- vadíssimas que impedem os tecidos na- turais de substituir as fibras sintéticas. Sessenta anos de supressão governa- mental de informação resultaram no vir- tual de conhecimento público do incrí- vel potencial dos usos da fibra de câ- nhamo. Usando cânhamo puro, ou misturando cânhamo com algodã.o, poderemos legar as nossas camisas, calças e outras peça de roupa aos nossos neto . Uma política de fomento inteligente poderia substituir essencialmente o uso de fibras petro- químicas sintéticas por fibras naturais biodegradáveis, que são mais resistentes, baratas, frescas e absorventes do que o nylon e o poliéster. . A China, a Itália e países da Europa Oriental como a Hungria) a Roménia, a Checoslováquia, a PolÓnia e a Rússia ga- nham anualmente milhões de dólares fabricando resistentes têxteis de cânha- mo e cânhamo/algodão - e p diam ga- nhar milhare de milhõe . E tes países e tão a apo tar nas uas tra- dicionais capa idades agrícolas têxteO enquanto os .u. tentam forçar a xtinção de ta planta com vista à promoção de de - trutivas tecnologia intéticas. Até 1991, nem sequer têxteis c ntend mi turas cânhamo/algodão eram autori- zado para venda directa n .U. O chi- neses, por exemploi eram obrigado por acordo tácito - a en iar-no ra- mi/algodõe de qualidade inferior. (National ImportJExport 11 xtile Company of hanghai, comunicaçõe pessoai com o autor, Abril e Maio de 1983.) Quando seguiu para o prelo a edição de 1990 de O Rei Vai Nu, chegaram da China e da Hungria roupas contendo pelo menos 55% cânhamo-de-cannabi . Em 1992, ao seguirmos para o pr I , chegaram directamente da China e da Hungria muitas qualidade difer nte de tecidos feitos de dnham puro. Agora, em 1998, o tecido de cânhamo está a ter uma procura xplo i · a em todo o mundo, chegando da Roménia, PoJónia, Itália, Alemanha. e outros paí- ses. O cânhamo foi reconhecido c mo o tecido mais "quente" da década d 90 pelas publicações Rolling St·one, Tim e, Newsweek, Paper, Detour, Detaíls, Made- moiselle, The New York Times, The Lo Angeles Times, Der Spiegel, entre muita outras, Todas e tas publicaçõe apren- taram repetidamente artigo impor- tantes sobre o çânhamo indu tria e nutricional. Adicionalmente, o cânhamo pIantad para obtenção de biornassa podia ali- mentar uma indústria energética de um bilião de dólares por ano, ao me mo tempo que melhorava a qualidade do ar e distribuía riqueza nas área rurai e comunidade circundante, t rnand - -a independentes dos monopólio d energia centralizados. O cânhamo ft - re e a prom a d uma e n mIa e 1 o o para pro ar q fi . na e proiui.ssemo todo ,o ,combustíveis fósseis e os dm ado bem como o corte d ,árvo1'e5 para ,abastr as celulo- s . Ia' CD;W1rUfão' ci il,. de moda ti itl1ler- fer o' efeito' de ,estufa ,e p rar ad � � � � � � s- tQfão, salvtm .0' assim o .plan :UJ - então conhece- ap � � � � � � um únko recurso natural anualmente r:. ltO áve1 apaz de Jomu ra maior parte do pap .1 texteis e aUm n tos do mundo' tisfaz r todas as necessidad · mundia;sm termos d'· tr,ansporles e energia, dom fica in- � � � � � � � � � ao mesmo' mpo' que reduz a p.oluiçao, re on itui (1 010 I limpa a atmosfera. .. E essa ' ub t nÔQ é - a mesma já fez tudo ;s o antes - o ânhamo-de- -Ca,mab' co . a .arij lannJ Notas: 1. o ord BritOtm; Ency I 'Pa dia U • Hemp A BATALHA DO BOLETIM 404 ou COMO A I Q GUERRA MUNDIAL NOS CUSTOU O CÂ.NHAMO E AS fLORESTAS o Cenário Em 1917, o mundo combatia a Pri- meira Guerra Mundial. Na América, os industriais, a quem acabava de ser imposto o alário mínimo e taxas pro- gressivas sobre os rendimentos, anda- vam desvairados. Os ideais progressis- tas foram- e perdendo à medida que os Estados Unidos tomavam o seu ]u- gar no palco mundial do conflito pela supremacia comercial. Foi contra este pano de fundo que teve lugar o primeiro drama do câ- nhamo desenrolado no século XX. Os Jogadores A história começa em 1916, pouco depois da publicação do Bulletin 404 do USDA (ver página 20). Perto de San Diego, Califórnia, um imigrante de 50 anos chamado George Schlichten de- senvolvera uma invenção simples mas brilhante na qual dispendera 18 anos e 400.000 d lares - o descorticador, uma máquina capaz de descascar a fibra de qualquer planta, deixando ficar a polpa. Para construí-la, Schlichten desenvolvera um conhecimento enci- clopédico sobre fibras e fabrico de pa- pel. O seu desejo era pôr fim ao abate de flore tas para obtenção de papel, prática que considerava criminosa. A gestão flore tal estava bem avançada na sua Alemanha nata], e Schlichten sabia que destruir florestas significava des@ truir aquíferos necessários. Henry Timken, próspero industrial e inventor do rolamento esférico, ou- viu falar da invenção de Schlichten e encontrou- e com o inventor em Feve- reiro de 1917. Timken considerava o descorticador uma invenção revolu- 17 cionária que melhoraria as condições de vida da Humanidade. Timken pro- pôs-se plantar 100 acres de cânhamo no seu rancho situado nos férteis cam- pos de Imperial Va II ey, Califórnia, mesmo a leste de San Diego, para Sch- .lichtenpoder testar a sua invenção. Pouco tempo depois, Timken reu- niu-se com o magnata da imprensa E. W. Scripps, e o velho associado deste, Milton McRae, em Miramar, a casa de Scripps em San Diego. Scripps, então com 63 anos, acumulara a maior ca- deia de jornais do país. Timken espe- rava interessar Scripps no fabrico de papel de jornal a partir de miolo de cânhamo. Os barões da imprensa da viragem do século precisavam de enormes quantidades de papel para satisfazer as suas tiragens crescentes. Quase 30% das quatro milhões de toneladas de papel fabricadas em 1909 era papel de jornal; em 1914, a circulação de jornais diários aumentara 11'/0 relativamente aos nú- meros de 1909, para mais de 28 milhões de exemplares. l Em 1917, o preço do pa- pel de jornal subia rapidamente, e McRae, que, desde 1904, andava a con- siderar a hipótese de explorar uma fá- brica de papel, estava preocupado. Plantando as Sementes Em Maio, após reuniões adicionais com Timken, Scripps pediu a McRae que investigasse a possibilidade de usar o descorticador na fabricação de papel de jornaL McRae entusiasmou-se de imediato com o plano, chamando ao descortica- dor «uma grande invenção ( ... ) que não apenas prestará um grande serviço a este paí ,mas erá financeiramente lucrativa ( . . . ) ele p derá revolucionar a condições � � � � � � � � � � � � � Corno se apro- xima e a estação das colheita, mar- cou- e um encontro, que teve lugar a 3 "O miolo de cânhamo é um sucesso prático e produzirá papel de melhor qualidade do que o normalmente usado para imprimir jornais, " afirmou Schllchten. de Agosto, entre chlichten, McRae e o gestor do jornal, Ed Chase. Sem o conhecimento de chLichten, McRae instruira a sua secretária para gravar estenograficamente a reunião de três horas. Até à data, o documento resu1tante é o único regi to conhecido sobre o volumoso conhecimento de Schlichten. Schlichten estudara minuci a- mente m uitos tipo de planta u adas para fazer papel. entre ela o milho, o algodão, a yucca e a Espmla bacata. O cânhamo, aparentemente, era a ua preferida: ((O miolo de cânhamo é um uce o prát ico e fará papel de m Ihor quali- dade do que normalment u ado para imprimir jornais," afirm u. Schlichten afirmava que e t . pap I de cânhamo seria de melh r qualidade ainda do que o produzido para o Bul- letin 404 do USDA, porque o de CO[- ticador e]iminava O proce 50 de d - composição, deixando filamento cur- tos e uma cola natural que dava n- sistência ao papel. Aos nívei de produção de cânham registados em 1917, Schlichten anteci- pava fabricar 50.000 toneladas de papel por ano, a um preço d retalho de 2S dólares por tonelada. Isto era menos de 50% do preço que cu tava o 18 papel de j rnal na altura. ,a re en- tava chlichten. cada a Te d ãnhamo 'tran formado eu pap 1 pre erva ri a re d flore ta. cRae entiu- e impre i nado hJj hten. I h mem que jantava tria e cr \' u a r ceio de eq #. . . e apitã da indú - . imken. Diria em que r. hlichten m unpre lon u como d umh - mem d grand intele u lidade e ca- pacidade; e tanto uando me é dad ob er ar. le criou e c n trmu uma má.quina maravilho cRae incum- biu eh e de pa sar o má imo de tempo po í eI com chlí hten e pr parar um rel tório. Estaçõo dos Colheitas mAgo to, a tr me apena de cre cimento, a u]tura d ãnhamo de Tirnken atingira o eu tamanho máximo - 4 6 m tro ! - o ue o fazia entif- altamente ptimia quanto ao prognó tic d ta. E p - ra a d locar- a lifórnia para a-. tu a d ç rtica - da colheita, c n- 'd raIldo- n eí or da Huma- nidad um r lad n tava p imi ta. le que, redi- país ru[na qu rete- to to, ua irmã, Quand o r. c ae m do aumento Utiinent d pr pel bran • d" -Lhe u m c n ide- fava incon i n t ba tanU para não me pr cup r com oi a': redi- tava- e qu pr do papel ubiria 50%, o qu cu taria a ripp a totalí- -- dade do seu lucro anual de 1.250.000 dólares! Ao invés de desenvolver uma nova tecnologia, ele escolheu a saída mais fácil: o Rei da Impren a de Tostão planeava simplesmente subir o preço dos seus jornais entre um e dois cêntimos. o fim Em 28 de Agosto, Bd Chase enviou o seu relatório completo a Scripps e McRae. Chase ficara também impres- sionado com o processo: "Vi uma in- venção simples mas maravilhosa. G. w. 'CHlItMl[II. 1,308,378, hCaclelll!l1r I, 1919. • llceU-1Illi I , � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � Patente do descorticador de Schlichten Acredito que ela revolucionará. muitos dos processos relacionados com a ali- mentação, o vestuário e a atisfação de outras necessidades da � � � � � � � � � � � � � Chase observou o descorticador processar sete toneladas de miolo de cânhamo em dois dias. Schlichten antecipou que, em regime de pro- dução máxima, cada máquina proces- aria cinco toneladas por dia. Chase estimou que o cânhamo podia abaste- cer facilmente os jornais de Scripps na Costa Oeste, sobrando polpa residual suficiente para venda a pequenas em- presas. Ele estimou que o papel de jor- nal custaria entre 25 e 25 dólares por tonelada, e propôs-se perguntar a uma fábrica de papel da Costa Leste se estaria interessada em fazer experiên- cias com eles. McRae, porém, parece ter entendido que o seu patrão já não estava muito interessado em fazer papel a partir de cânhamo. A sua resposta ao relatório de Chase é cautelosa: «Muito haverá que determinar quanto à praticabilida- de dos custos de transporte, fabrico, etc.) etc., os quais só poderemos deter- minar procedendo às devidas investi- gações': Possivelmente. quando os seus ideais colidiram com o duro esforço de os desenvol er) o semi-reformado Mc- Rae recuou. 19 Em Setembro, a colheita de Timken estava a produzir uma tonelada de fibra e quatro toneladas de miolo por acre, e ele estava a tentar interessar Scripps em abrir uma fábrica de papel em San Diego. McRae e Chase deslo- caram-se a Cleveland e passaram duas horas a convencer Timken de que, en- quanto o miolo de cânhamo era uti- lizável para fazer outros tipos de papel, era inviável tran formá-lo em papel de jornal assaz economicamente. É pos- si vel que as experiências em curso na fábrica de papel da zona leste não esti- vessem a ser encorajadoras - afinal, a fábrica estava preparada para fazer pa- pel de polpa de madeira. Por esta altura, também Timken estava a sentir o aperto da economia - --- ---- - - de guerra. E perava pagar 54% de im- posto bre rendimentos e e tava a tentar o nseguir um ,empréstimo de 2 milhões de dólares a um jur de ]0% com vi ta a reconverter o seu parque de máquinas para fins militares. O ho- mem que poucas semana ante , an ia- va por e de locar à Califórnia · não fazia quai quer tenção de víajar para oeste naquele inverno. Di e a Me' ae: "Acho que ou estar upado como o diabo a tratar d negó i ne ta parte d ' » o paIs. O descorticad r v Itaria a . r falado nos anos 30) quando) m artigo pu- blicados nas revista Mechanical Engi- neering e Popular Mechanics) foi pr - movido como a máquina que tornaria o cânhamo uma '(colheita mu'ltimili - 10 nária': ( acredita 3- 'n entad n mi ha d cr pp. 2. -2 otas: 1 d Rei. � � � � � � � � � � ra c .) I ma ez ra indú tria do m- a, d la ez p la Lei 3!lJU na de 19 7· - I enKomp l. 'o Id Almonnc. 191 " .:U ,I 17. ilt n , larem nt. L uando ubli u o Bul- U ' POR QUE NÃO HAVEMOS DE USAR O CÂNHAMO PARA INVERTER O EFEITO DE ESTUFA E SALVAR O MUNDO? No início de 1989, Jack Herer e Ma-ria Farrow colocaram esta questão a Steve Rawlings, o funcionário mais graduado do Departamento de Agri- cultura dos E.U., que estava encarre- gado de inverter o Efeito de Estufa,
Compartilhar