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PensologoSou.pt O Rei Vai Nú O Cânhamo e a Conspiração contra a Marijuana Jack Herer Compressed

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• 
" .' -' . ..... · •• 1 ' ..•. " '.: .... " - ',' 
ORIGINAL ESCRITA PlLO SR. JACK BERER 
-
II Prothiç da MarilM •• 
• Como o � � � � � � � � Pode 
A md. Salvar II Mnndo 
PensologoSou.pt
A uBíBLIA DO CANHAMO" ORIGINAL ESCRITA PELO SR. JACK BERER 
@).-- -- -- -
.. O CA HAMO 
E A CONSPIRACAo CONTRA A MA IJUA A 
o Registo Hist6rico e 
CientfOco sobre a Planta 
Cannabis 'Sativa L .. 
A Proibição da Muijuana 
e Como o Cânhamo Pode 
Ainda Salvar o Mundo 
EXTRA! 
A CANNABIS EM PORTUGAL 
Nota à Ediçõo Portuguesa 
A edição portuguesa de The Emperor Wears No Clothes, de Jack Herer) apresenta algu-
mas diferenças em relação à original, não incluindo os Apêndices) onde se reprodu-
zem fontes citadas no texto, a Documentação) uma colecção de recortes de imprensa 
sobre o cânhamo-de-cannabis, e o Suplemento Publicitário. Adicionalmente, a adap-
tação do formato A4 original da edição americana desta obra obrigou a fazer algumas 
alterações de pormenor ao seu conteúdo. 
-
DEDICATóRIA 
A fdw;n UCapitão Ed" M. Ada;r III 
Nascido a 29 de Outubro de 1940; Falecido a 16 de Agosto de 1991, de Leucemia 
Pai de Scarlet, Robyne Edwin Marsh IV 
Ele foi o meu mestre, sócio e amigo; o 
homem mai honrado e o mais bravo com-
batente pela liberdade que jamais conheci. 
Ele ensinou a tantos de nós como sal-
var a Terra de nós próprios e a rir dos 
seus inimig , em deixar de os estimar. 
Em 974-75, a po e de menos de uma 
onça de cânhamo/ganza foi descrimina-
lizada no estado da Califórnia. O Capitão 
. d Cà direita na imagem acim.a, com o 
autor no Encontro do Rainbow realizado no 
Mimlesota em 1990) tinha 33 anos e eu 34. 
Fizemos uma jura. Nessa altura, virtual-
mente toda a pe soa que p rtenc.iam ao 
movimento pr -ganza californiano consi-
deravam que já tínhamo ganho. C me-
çaram a afastar-se do m vimento e a re-
gre sar às suas ocupações, pensando que a 
batalha t rminara e que os políticos trata-
riam dos últimos detalhes ... 
Capitão ' d desconfiava que os po-
líticos fo em terminar o trabalho. E � � � �
nha razão. 
A jura de d, que eu subscrevi em 1974, 
e de novo em Abril d 1980, 1986 e 1988, 
15 de Julho de 1998 
finalmente no hospital, quatro dias antes 
de ele falecer em Agosto de 1991, era do 
seguinte teor: jurávamos trabalhar todos 
os dias para legalizar a marijuana e tirar 
da cadeia todas as pessoas presas por gan-
za, até 11'lOrrermos ou a marijuana ser le-
galizada, ou podíamos desistir quando fi-
zéssemos 84 anos. Não éramos obrigados a 
desistir, mas podíamos fazê-lo. 
Quando fizemos pela primeira vez esta 
jura faltavam cinquenta anos para nos 
tornarmos octogenários. Incrivelmente, 
achávamos que, à luz de toda a espantosa 
informação que havíamos descoberto so-
bre o cânhamo, a batalha para a legaliza-
ção competa da cannabis estaria termi-
nada com facilidade em seis meses -
dois anos no máximo .. . 
O Capitão Ed mostrou-nos que o câ-
nhamo é um dos mais estimáveis e im-
portantes salvadores da Humanidade. Eu 
comprometo-me a continuar a luta, e pe-
ço aos meus concidadãos da Califórnia, e 
a todos os americanos, e ao resto do 
mun.do, que se nos juntem. 
� � � � � � � � -. r'" ., . ) 7 :- "t{ 'I: r " r ... { � � � � "- ... � � � � � \ .... ,..t 
Introdução por Jack Herer 
Prólogo por Michael E. Rose 
Prefácio por George Clayton Johnson 
I Capítulo I RESENHA HISTÓRICA SOBRE O CÂNHAMO-DE-
-CANNABIS 
Notas Explanatórias • O Cânhamo-de-Cannabis • O Que um Nome Indica • Notas Históricas 
Americanas • Notas Históricas Mundiais • Combateram-se Grandes Guerras • Por Que É Que o 
Cânhamo é Tão Importante? . 
5 Capítulo 2 UM BREVE SUMÁRIO DOS USOS DO CÂNHAMO 
Navios e Marinheiros • Têxteis e Tecidos • Papel • Quando o Cânhamo Salvou George Bush '. 
Cordas, Cordel e Cordame • Telas para Pintura • Tintas e Vernizes • Óleo de Iluminação • Energia de 
Biomassa • Medicamentos • Óleos Alimentares e Proteína • Materiais de Construção e Habitação • 
Para Fumar (Lazer e Criatividade) • Estabilidade Económica, Lucro e Comércio Uvre • O Desafio • 
O Efeito de Estufa e o Burocrata • Diagrama da Planta • G. W Schlichten e o Descorticador 
A CONSPIRAÇÃO � � � � � � � A MARIJUANA 
23 Capitulo 3 NOVO PRODUTO AGRíCOLA MULTIMILIONÁRIO 
Artigos das revistas Popular Mechanics e Mechanical Engineering, ambas de Fevereiro de /938. 
31 Capítulo 4 OS ÚLTIMOS DIAS DA CANNABIS LEGAL 
Revolução no Fabrico de Papel • Um Plano para Salvar as Nossas Florestas • Conservação e Redução 
na Fonte • Conspiração vs. Competição • "Reorganização Social'" A Desinformação de Hearst • 
Xenofobia e Apartheid • A Taxação da Marijuana • "Alguém Consultou a A.MA?"· Houve Mais 
Quem Se Pronunciasse Contra • Protegendo os Interesses Especiais • Mentiras Autoperpetuadoras 
45 Capítulo 5 A PROIBiÇÃO DA MARIJUANA 
Esmagar a dissençõo • A Erva e a Ameaça à Paz • Um Programa de Controle • A Fraude 
Farmacêutica de BushlQuaylelUlly • Comportamento Criminoso 
SO Capítulo 6 A LITERATURA CLíNICA SOBRE A MEDICINA DA 
CANNABIS 
I Cuidados de Saúde Acessíveis • Século XIX • Século XX • Aceitação Popular • A Conferência de 
Asilomar • Proibição da Investigação • Juiz da DEA Delibera a Favor da Marijuana Médica • As 
Empresas Farmacêuticas • A Raposo e o Galinheiro • Minando a Competição Natural • 
Envenenando o Terceiro Mundo • Reescrevendo a História 
xi 
-
ÍNDICE • -_ . ! � � � � � � � ,'.,'. I 
- - - -- --
59 Capítulo 7 O USO TERAPÊUT CO DA CANNABIS 
: Asma' Glaucoma • Tumores • Náusea/Quimioterapia do Cancro '. Epilepsia, Esclerose Múltipla, 
· Dores nas Costas e Espasmos • A Determinação de um Homem .• CSOs Antibióticos e 
: AntiBacterianos • Herpes, Fibrose Quístico,.Artrite e Reumatismo I ' Expectorante • A Cannabis 
· Compassiva e as Culturas Cruéis • Sono e Relaxamento I � � � � � � � � � • Suess e Enxaquecas • Apetite 
• A Guerra às Drogas • Salivação I SIDA, Depressão, etc. "' Riscos Aceitáveis 
71 Capítulo 8 A SEMENTE DE CÂNHAMO' COMIO ALIMENTO 
, BÁSICO DO MUNDO 
Nutrição com Sementes de Cânhamo • A Melhor fonte Alimentar da Humanidade .' O Espearo da 
, Fome Mundial' Um Elo Fundamental na Cadeia Alimentar 
, 75 Capítulo " ECONOMIA: IEINERGIIA E AMBIENTE 
Energia e Economia' Combustível Limpo ,e Renovável • BiomassQ' paml a Abundância' Energética • 
· Quintas Familiares ou Combustiveis Fósseis '. Quol É 10 Problema? • A .segunda Guerra Mundial .. 
· Segurança Energética .. Uvre Iniciativa, Lucro Elevado .. Mudanças riO Afta C.oswro .. Resistentes 
· Produtos de Papel • Substituto BiodegradáveJ paro o Plástico, • Negócios e Taxos Derivados • 
Economia Verde .. Recuperação da Terra e do Solo .' Guarda Natural " O Corro de Biomassa de 
Henry Ford 
85 Ca,pítulo I OMITO, MAGIA. IE MEDICINA 
O Que Um Nome Indica (2) • Os Primeiros Utilizadores Conheddos de Marij ano • � � � � � � � � � AC. 
• O Cânhamo e os Citas • O Fio da Civilização" O Cânhamo' ria' ApliGoçào da Lei j A Medicino 
Vegetal da Cannabis • Os Filósofos Místic(}s .. A Ment,e NaturoJ • En DitO ,em SegredOI ., A Unha 
, Judaica • O Que Diz a Bíblia • O Cr.istianismo Primitivo 'j O Sacro impéIio Romano • A Ar(stocloda 
Igreja/Estado • A Política do Papel" A Proibição dos MedicamerTtos de' Ú1nndbis .. as Medicamentos 
Medievais Legais' Contradições' E Todovia' o Cânhamo Persistiu • Mode (} Económico das Leis de 
: Confisco· Iluminismo • A Com,paroção que Jefferson fez ,com .o Tabaco 
---- --
A CONSPIRAÇÃO' CO'NTRA A MARIJUANA 
97 Capítulo I, I A GU'ERRA (DO CÂINHAMO), DE 181 '2, 
, NAPOLEÃO E. A RÚSSIA 
A história oculta do papel que o cânhamo ,desempenhou numo ,era histórica 'mportan!e • De' I' 740 
, até 18/5 
103 Capítulo 12 O :USO DAS DIR.OGAS DE CANNAIBIIS 
AM:É,RI'CA DO SÉCULO XIX 
Medicação com Marijuana • Inspiração Uterária • Rebuçados de Ho)(i • $íiI ões, d- fumo Turcos .' 
Tão Americano Como Torta de Maçã • Calúniasx' 
ÍNDICE • () is:.f;,j 'i/oi Nu 
108 Capítulo I J RACISMO:A MARIJUANA E AS LEIS JIM CROW 
Fumar na América- Blackface • Todo Aquele Jazz • O Ódio que Anslinger Nutria Pelo Jazz • Os 
Mexicano-Americanos • A África do Sul • Vestígios 
115 Capítulo 14 MAIS DE SESSENTA ANOS DE SUPIRESSÃO 
Forças Armadas -A Privacidade É um Direito· Testes à Urina - laRouche Contra o Rock • Babe 
Ruth • Dividindo Famílias • Vigilância e � � � � � � � � � • Uma Política Antiamericana • Polícia, Segredos e 
Chantagem- Paul McCartney/8anda em Fuga • Humilhação Pública • Lei Feuda/ • Armadilhas, 
Intolerância, Ignorância • A PDFA • O Programa DARE· A Hipocrisia Absoluta • Os Média 
Entorpecidos • Injustiça Continuada 
A CONSPIRAÇÃO CONTRA A MARIJUANA 
130 Capítulo 15 A HISTORIA OFICIAL: DESMASCA,RANDO A 
HCI:ÊNCIA RASCAu 
Desperdiçando Tempo e Vidas • Conversa DuPla • Relatórios sobre Lesões Cerebrais • Efeitos 
Duradouros • Os Estudos de Nahas • Relatórios sobre Lesões Pulmonares • A Radioactividade no 
Tabaco • Estudos de que o Governo Não Fala '. O Estudo Copta • Os Estudos Jamaicanos • O 
Estudo Costarriquenho • O Modelo de Amesterdão • Corrupção: O Caso Carlton Turner • Bush Ataca 
de Novo - Comparação com o Alcool 
147 Capítulo 16 O REIVAI INU 
A Fábula • Analogia Lógica • As Verdadeiras Consequências da Proibição • Repressão High Tech • 
Desperdiçando os Nossos lmpost,os • A Supressão dos Factos pelo Smithsonion • Critérios Duplos • 
Políticas de Ignorância • O Que E a Lei? • Conclusão • O Que a Justiça Exige • O Que ° Leitor Pode 
Fazer 
158 Epílogo: O Estado do Reino do Cânhamo, 2000 
168 Actua'lização da la edição, portuguesaó Novembro 2002 
169 Apêndice UMA BRiEVE HISTÓRIA DA C.ANNABI.S EM 
PORTUGAL 
O Canhamo Nosso de Codo Dia • Quando em Portugal Até os Padres Eram Obrigados a Cultivar 
Cannabis • Garcia do Orta Apresenta o Bangue ao Ocidente • A Capital Portuguesa da Cannabis • 
Eça de Queirós: "Pois Venha o Haschisch!"· A Cannabis na ,ungua Portuguesa • "Se Não Comes a 
Sopa, Chamo o Traficante ... '" Os Mil e Um Segredos de Fátima • A Gonzo Estreia-se no Cinema 
Nacional 
107 IBibl'iografia: Leituras Recomendadas 
213 índice Remissivo: Referências Cruzadas 
xiii 
INTRODUÇÃO à edições de 1 
Este livro é dedicado a todos os prisio-neiros de consciência desta guerra 
desencadeada contra uma planta; e ao 
espírito indomitável de pessoas em toda a 
parte que procuram conhecer a ver;dade 
para que possamos continuar a viver so-
bre a superficie da Terra com todas as 
suas inúmeras e abundantes p.lantas e 
substâncias naturais. 
" 
ri O objectivo deste livro é apre ntar 
uma rigorosa perspectiva hi tórica, 0-
eial e económica sobre o ânhamo/ma-
rijuana) a qual é neces ária com vi ta a 
assegurar reformas legai abrang nte , 
abolir as leis que proíbem e ta planta) e 
ciment adiciona' à 
alvar os si temas vitai da Terra. 
Escrevi o meu primeiro livro obre a r,e 
marijuana, G.R.A.S.S.) no início d 1973. 
À época, desconhecia qualquer utilização 
para e ta planta, com a po ível excepção 
do fabrico de corda) quanto mais que ela 
era o mais importante recur o terre tre 
para a produção de papel, fibras) com-
bustível) etc. 
Completei a ver ão ini ial de O Rei Vai 
Nu em 1985, apó doze ano pa ado a 
recolher informação obre o cânhamo. 
intenção do livro era ser o culminar d 
uma cruzada pessoal muito concreta. t 
que empreendi com o meu amigo de 
longa data e sócio, Capitão Ed Adair pa-
ra conseguir o direito de e u ar marijua-
na e educar as pes oa obre o cânhamo. 
Foi o Capitão Ed quem) de d 973) me nelf 
encorajou con tant mente a regi tar e 
compilar o facto que eu ia obtendo o-
bre a marijuana e cânhamo. 
Ao recolher um facto aqui e outr a1i, 
começou a revelar- e uma p r pectiva 
mais alargada do cânhamo-de-cannabi 
e da sua upre ão - p rsp cti a e a 
que eu não antecipara. 
O que começou a formar- e, fa t 
ap6 facto empírico, foi a imagem de um 
mundo a ser destruído por uma perver a 
conspiração para uprimir nã urna 
liv 
I m u trabaJho. 
rn pnn ipal 
t livr ' 
n-
tribuição de monta para este empreendi-
mento. Os conflitos de egos estiveram 
ausentes quando quatro ou cinco de nós 
ficaram acordados noites a fio; só o me-
lhor de cada espírito se manifestou. 
Quando e escreve wn livr.o como O Rei 
Vai Nu original, dado que a informação 
que devia s r do c nhecimento comum é 
virtualmente desconhecida dos nossos do-
centes e cidadãos, espera-se sempre que 
alguém dotado de grande energia e inte-
lecto o leia, o aSSW11a como cau a e pa e 
também a en iná-lo aos outros. 
Ao longo dos anos, centenas, talvez 
milhares, de pessoas que leram O Rei Vai 
Nu agradeceram-me por ter e crito um 
dos seus livro preferidos. Num concerto 
dos Grateful Dead, um doutorado de Ya-
le chegou mesmo a agradecer-me abra-
çar-me por eu er o seu autor pr ferido 
de sempre, dizendo- e encantado por eu 
ainda estar vivo! (Estava obviamente a 
confundir este livro com a história infan-
til homónima que Hans Christian An-
dersen screveu no século XIX, a qual a 
sua mãe lhe lera quando era menino). 
Um dia no fmal de 1988, Chris Conrad 
leu O Rei Vai Nu e tornou-se o meu alia-
do. Com as sua infindas energias e pro-
digiosos talentos editoriais, Chris traba-
lhou 40 horas por semana durante quase 
cinco meses, sem qualquer remuneração, 
agindo todavia como se � � sse receber um 
milhão de dólare pelo seu trabalho. Du-
rante tod este tempo, a mulher de 
Chris, Mikkiorri , deu o seu ap io cli -
ver ificado a este projecto. 
Qu riam também transmitir infin-
dos agradecimentos ao resto do nosso 
dedicado grupo: 
Obrigado ao m u antigo editor asso-
ciado e r da tor adjunt , Lynn Osburn, 
que é ao mesmo tempo um grande es-
critor e um grande cientista da energia 
do cânhamo/marijuana. Lynn dedic u-
-se a verificar se o cânhamo era de facto 
um dos principaj recursos naturai re-
n váveis da Terra. le estudou a tecnolo-
gia capaz de gerar energia limpa reno-
xv 
vável para ser usada no planeta. Os resul-
tados da sua brilhante obra podem 
descobrir-se em todas as páginas deste 
livro. O trabalho de Lynn revelará às pes-
soas de todo o mundo a beleza, necessi-
dade e facilidade do cultivo e conversão 
de energia. Lynn trabalhou dia e noite, 
fazendo pe quisas para este livro até 2 de 
Janeiro de 1990, quando foi preso por 
crime de cultivo de marijuana. Encarce-
rado em Ventura County, Califórnia) por 
um período de um ano, continuou a edi-
tar activamente este livro por detrás das 
grades. 
A um dos meus grandes associados e 
redactores contribuintes, a mulher de 
Lynn, Judy Osburn. A Judy tornou-se, 
por necessidade e ultraje, uma respeitada 
autoridade em legislação sobre apreeen-
são e confisco. A necessidade surgiu 
quando o governo apreendeu a casa da 
família Osburn em 1988. Desde então) o 
casal Osburn desenvolveu comigo um 
plano para salvar o planeta para os nos-
sos filho. O excelente livro que Judy 
escreveu, Spectre af Farfeiture [O Es-
pectro do Confisco], relatando a sua 
odisseia, encontra-se agora esgotado. 
A Shan Clark, pela sua participação ac-
tiva na edição) catalogação e redacção 
deste projecto, e por tê-lo empurrado em 
frente quando ele ou eu poderíamos de 
outro modo ter estagnado 
À minha antiga assistente, Maria Far-
row, que me acompanhou da Biblioteca 
do Congresso à Smithsonian Institution 
e ao Departamento de Agricultura dos 
E.U., enquanto procurámos dúzias de 
funcionários governamentais para os 
inquirir sobre o cânhamo, e localizámos 
centenas de documentos sobre esta plan-
ta e o seu encobrimento. 
A Dana Beal, por todo o seu brilhante 
trabalho de investigação que permitiu ligar 
o livro DuPant Dynasties, de Jerry Colby, 
com a informação sobre a proibição do 
cânhamo. 
A Jerry Colby, pelo seu trabalho cora-
joso e engenhoso, que nos tornou COllS-ciente da megalomania do DuPont . A 
Ben Ma el, pela sua crítica positiva, grande 
assistência e investigação sobr o dado 
mais esotérios relativo ao cultivo mundial 
do cânhamo, e por outras coisas ainda ... 
A Julie Kershenbaum, pela excelência 
da sua assi tência editorial e r vi ão d 
provas, e a D. S. H., pela ua a i tência 
editorial e meticulosa preocupação c m 
exactidão e legibilidad . A Brenda Ker-
shenbaum e Doug McVay pela re i ão d 
provas e comentário editorai qu fiz-
ram para a dição de 1990. 
A Steve Hager,. John Holm trom e a 
equipa da Righ Times pela ua a . � � � � �
da editorial e total apoio que pre ta am, 
não apena a este projecto, ma à id ia de 
que a Terra pode ser salva, e qUI ada um 
de nós pode tornar- e um "Combatente 
pela Liberdade" em prol d tacau a. 
Aos Wiz Kids da Kno Ware, Ron law-
rence e Vicki Marshal, que por iniciativa 
própria digitalizaram em computadore 
Mac a antiga versão de O Rei Vai u. m 
1989) ao regre ar de uma éri de ale-
tras universitárias sobre o cânhamo, ele 
presentearam-me de surpresa c m um 
ficheiro digital contendo o te do livr 
antigo) o que me conferiu o adianto de 
que eu carecja para realizar e te enorm -
empreendimento. 
A Timothy Leary, que encorajou Ron e 
Vicki e eu a realizarmos esta obra. 
George Clayton John on, que durante 
quatro anos me fez çhegar provas fre cas 
de O Rei Vai Nu e um carinhoso en raja-
menta para actualizar e reeditar t li roo 
Aos meus senhorio altruísta, Ed 
ther, que protelaram o prazos de paga-
mento do aluguer, de modo a q ue e t 
projecto, no qual também a reditavam. 
não parasse ou estagnas e de id a mi-
nha escassez de fundos. 
Aos meus amigos doutore Tod iku-
riya e Fred Oerther, pela crítica qu fize-
ram da secçõe médicas de te ] í roo 
A Loey Glover, r, pon ável da ed 
nacional da NORML, pelo eu apoio 
constante e caloroso encorajamento. 
xv . 
A Gatew od aJbraith ark Br nna-
men, de Lex.íngton. Kentucky. p [t, da a 
n tá eJ in tiga -o qu fiz ram obr a 
cannabi , e p la luta que empre nd ram 
a ia 'or do d' reito legíti m ,e p tendal 
do cidadão d ntu 
David e Debbie, Steve e Chuquette, Roger, 
Gary H., Rooster, Dudley, Tim, Rose e 
Chris, Gail e Billy, o Estranho Amigável -
Ed, Steve e Andrew DeAngelo, Rick Pfro-
mmer, Peter A., Larry ., Floyd, Jean Mi-
chel Eribon, Ron Tisbert, Ri.chard M ., T. 
c., Mitche1 de Nova Jersey, Beau e Ra-
chael, o falecido Jonathan Drewel (que da 
Southern Montana University nos fez 
chegar toda a sua incrível energia), e Lynn 
"Thelma" Malone, por terem mantido a 
chama acesa durante o últimos cinco 
anos, e a todo quantos leram esta obra, 
ou para ela contribuíram, dos quais eu 
po sa ter-me esquecido inadvertidamente. 
PARA A EDICÁO DE 1998: - . 
A Michael Kleinman, que teve o senti-
do d previsão e negócio para tornar esta 
edição do Rei a melhor de sempre. 
A minha esperança é que este livro 
ajude todos a compreenderem a verda-
deira natureza do cânhamo-de-cannabis, 
e que você, caro leitor, decida tornar-se 
activo no forço para parar este crime 
contra o Homem e a Natureza: a proibi-
ção da marijuana. O objectivo deste livro é 
fornecer ao leitor as ferramentas, os factos 
inegáveis e a sensação de ultraje neces-
sários para derrotar mais de 60 anos de 
mentiras contínuas e supressão da verdade 
por parte das autoridades. 
Tentámos ser tão factuais e exactos 
quanto é humanam nte possivel, ma 
erão empre neces árias revisões e cor-
r cções. Por favor enviem-me cópias de 
quai quer documentos ou materiais que 
fortaleçam aLnda mais a próxima edição 
do Rei. 
E de novo o meus agradecimentos aos 
meus leitores e parceiros de descoberta 
de 1992: obrigado por todos os docu-
mentos, recortes e sugestões que nos en-
viaram durante os últimos anos. Conti-
nuem a enviar-me as novas informações 
que nos ajudarão a completar este que-
bra-cabeçasem futuras edições. 
A ReShard e seus amigos em Treasure 
Valley, Indiana. 
Desejo agradecer de novo aos meus 
inúmeros editores, presentes e passados 
(Leslie Cabarga, Jeff Meyers, Tod McCor-
mick, Jeremy Stout, Lynn e Judy Osburn, 
Ellen Komp, Chris Conrad, Shan Clark, 
Bryce Garner e Carolee Wilson), por se-
rem os mais extraordinários colaborado-
re , patriotas e apoiantes do cânhamo 
com quem alguma vez poderia ter dese-
jado trabalhar. Obrigado .também a Ste-
ven Saunders, Milo, Ivy e Michael M., os 
editores associados da edição deste livro 
em CD-Rom, The Electric E111peror. 
E flnalmente, à minha namorada, 
Jeannie Hawkin , cuja dedicaçãO ao mo-
vimento do cânhamo e trabalho duro neste 
livro me tomaram o mais feliz e afortuna-
do de todos os guerreiros do cânhamo. 
Sinceramente, 
Jack Herer 
Director e Fundador, HEMP 
(H elp End Marijuana Prohibition) 
xvii 
PRÓLOGO 
Redigi ° meu primeiro prefáci para uito t mpo p ou d d 
então, mas algumas coisas manti eram- e on tant. 19 5, r ri o 
600.000 detenções p r po se de marijuana. m t do o p ' . o ano p 
houve 642.000 novas detenç- prd lito rela ionad m m rijuana. P I 
75% desses casos envolviam po e ou cultivo para consumo p alo 
Estes treze anos trouxeram alguma mudan co o l r . tuai n - e 
legais são mais severas ainda. Mai pe oa do que m 19 5 e t-o p rder a uas a 
devido a crime relacionado com a marijuana. Corno r uJt d da rr à dr g J 
a construção de pri ões - não de e cola - t rn u- a mal ria ílld' tri 
crescimento, e a protecçõ s con agrada na uarta nda a t rnar-
memória grata ma cada vez mais ténu . 
Outra mudança perturbadora D i a intensificação - qu 
- do nível de hipocri ia governamental. Ap ar dpro lama ,. 
trário) actualmente ninguém pode acr ditar qu a gu rra a 
do que foi a guerra no Vietname. · inguém p d p r riament em u a 
cios de um cessar-fogo permanente n ta CL mente gu rr por ausa de dr ga . 
Todavia) a guerra continua. Ape ar do no , nh imento mi· b ar para 
excluir da questão o valor terapêuti o da marijuana p oas continu m a r pr -
cessadas pelo uso puramente médi o que fazem da cannabi . ' izem aut ridad : 
"Talvez seja verdade, ma estamo a nviar uma m n ag m: ntão e 2.000 p -
soas foram vítimas numa guerra que tem apena uma ra ionaliza ão imb li a? I to 
soa a um enorme desperdício. 
Observo os comentário que fiz há treze ano atI:" into um rto e pant 
minhas palavras ainda serem exacta. O' facto é decerto ai az e apontador. 
esperança era que pudé emo ter dec'dido a que tão, e que h j o Ih'ro d Ja k 
tivesse tornado uma curio idade histórica. ão. o li [iO tão, ,o ortuno h j mo 
sempre) e o Rei ainda vai nu. 
- Michael E. Rose, advogado m Portland fi, I de de 199 
xviii: 
Jack Herer conseguiu o seu objectivo. Com incrível precisão, apoiando-se em volu-
mosas pe quisas, colocou o dedo no ponto onde convergem todas as tendências que 
ameaçam sufocar o mundo. E no núcleo destas complexidades descobriu o CÂNHA-
MO. A premi sa do livro de Jack Herer, O Rei Vai Nu, é maximamente fantasiosa: Que 
as diversas propriedades da aviltada e condenada planta de marijuana podem for-
necer suficiente vestuário, óleo, medicamentos, alimentos e habitação para todos os 
povos do mundo, caso ela eja completamente legalizada e comercializada; e que o 
cãnhamo provará er o meio de alva r o planeta (nós) da chuva ácida, do aqueci-
mento global e da rarefacção das nossas precio as florestas e combustíveis fósseis. 
Mais ainda - que os alegados perigos de fumar marijuana empalidecem perante 
as muitas vantagens potenciais do comércio livre de cânhamo e produtos derivados. 
Agora que Jack a inalou estes facto a um mundo em mudança que anda em busca 
da verdade - os cidadãos irão decerto repor as coisas no seu devido lugar renun-
ciando ao Tratado da Convenção Única de 1961 sobre as drogas e a marijuana, e ape-
trechando-se de forma a produzir uma enome quantidade de bens de qualidade e 
ecologicamente benignos para uma sociedadede mobilidade ascendente. Enquanto 
escritor de ficção científica, sinto-me atraido por esta visão de um mundo alterado de 
céus limpos e viçosas florestas, repleto de pessoas amantes da liberdade que vivem em 
casas de cãnhamo, u am roupas de cânhamo, comem saladas de tofu de cânhamo e 
guiam o seus automóveis de cânhamo movidos a cãnhamo ao longo de autoestradas 
bordejada a cânhamo. Jack argumenta muito bem em favor desta possibilidade. O 
facto é que fiquei encantado com a leitura que fiz deste informativo livro. 
Aparentemente, Jack Herer tem um onho - no seu futuro, o cânhamo está com-
pletamente integrado na sociedade, de tal forma que os combustíveis fósseis e fibras 
intéticas, por exemplo, terão sido substituídos por substâncias naturais que são 
anualmente renováveis e não-tóxicas. Para além da elevação da nossa inteligência) ele 
antevê a melhoria da nossa aúde graças à proteína completa chamada edistina e aos 
ácidos gordo e senciais, o linolénico e o linoleico, que se encontram em abundância 
no miolo e no óleo da semente de cãnhamo. Ele antevê como as nossas habitações, a 
no sa alimentação, o nos o vestuário, os nossos medicamento, os nossos com-
bustiveis e o nosso estado mental e espiritual erão melhorados devido ao cânhamo. 
Ele dedi.cou a sua vida a tornar r aI est seu futuro. Eu coo eguiria viver nele. 
- George Clayton ]ohnson) autor de 8 episódios da série Twilight Zone, de 
Twilight Zone ( . he Movie), Logan's Run (livro e filme), Star Trek, Oceans Eleven, 
Kung Pu, etc., 15 de Maio de 1998. 
xix 
CAMPONESES COLHENDO cÂN'HAMO O, I íCIO DO S r CULO XX 
Ao longo de muitos milhares de anoS', por UJdo o mundo tomlllas inteiros 
juntaram.se para fazer ,as colh'eitas dos campos d ,cânhamo no a,uge da 
época de floração deste, nunca sonhando qu,-' um dia o gov mo dos E.U. 
lideraria um movimento internad onol p ara ,eITadif:or ti p'anta cannabls 
da face da Terra. 
Ao longo dos ú/timo.s sessenta onos" os ,Estados Unidos' ,ndO $,6 ,d S D"'Ord-
jarom o uso do cânhamo, mas odop,taram uma poll 'CD d extinção, � � � � � � �
da desta espécie de planta. O impacto de' aciden'rolmente, ou mesmo d 
forma consciente, se destruir uma forma de vida .sfJedfico nunca :(01 � � �
talmente considerado, quanto mais o e:fefto' d'en o1aque concertado CO'R-
tra aquele que é possivelmente o principal recurso _ noáv I da Terro. 
tendo literalmente centenas de aplicações criticas - m esp c a' na substi 
tuição da maioria dos usos dos combustlveis fós.seis da lnad'e 1'0' e dos pro-
dutos petroqufmicos. 
Res,enha Histórica 
sobre o Cânhamo-de-Cannabis 
Para Que EsteUvro Seja Maximamente Claro: 
As explicações ou documentações marcadas com um asterisco (*) são apre- ' 
sentadas no final do(s) parágrafo(s) relevante(s). Por uma questão de brevidade, 
outras fontes de factos, episódio ) histórias, estudos, etc., são citados no corpo 
no texto. As notas numeradas encontram-se no final de cada capítulo. 
O factos aqui citados são em geral verificáveis na Encydopaedia Britannica, 
a qual � � i impre sa em papel feito primariamente de cânhamo-de-cannabis du-
rante mais de 150 anos. Porém, qualquer enciclopédia (por mais antiga que seja) 
ou bom dicionário servirá para fins de verificação geraL 
CANNABIS SATIVA L. NOTAS 
HISTÓRICAS 
AME:RICANAS P,lanta também c?nhecida por cânhamo, canhamo-
-de-cannabis, cânl am in-
diano, cânhamo verdadeiro, 
muggles, weed [erva], pot 
[boi, ganza], marijuana, ree-
fer [ harro, pa sa]) grass [er-
va], ganja, bhang, "the kind", 
dagga, herb, etc. i" Todos es-
tes nome referem-seexac-
tamente à mesma planta! 
Cannabissativa I. 
Em 1619, a primeira lei americana sobre 
marijuana foi promul-
gada na Colónia de Ja-
mestown, Virgínia, «in-
timando" todos os agri-
cultores a «experimen-
tar" (cultivar) sementes 
o QUE UM NOME INDIC.A 
(Geografia dos E. U.) 
H EMP tead [Lugar do Cânhamo 1, .. Long I land; HEMPstead County, 
Arkansa ; HEMPstead, Texas: HEMPhill 
[Colina do Cânhamo], Carolina do 
Norte; HEMPfield [Campo d Cânha-
mo], Pen ilvânia; entre outro lugares, 
foram baptizados com o nome d regiõe 
onde se cultivava o cânhamo, ou com 
nomes de famílias derivados do cultivo 
de cânhamo. 
t No mund lu 6f0110, diz- também "ma onha" 
(Brasil), "liamba" (Angola) e "SOTurna" (Moçambi-
que) . (N. do T.) 
de cânhamo indiano. 
Leis adicionais mandatórias do cultivo 
de cânhamo foram promulgadas no 
Massachusetts em 1631, no Connecticut 
em 1632 e nas colónias de Chesapeake até 
meados do século XVIII. 
Em Inglaterra, o cobiçadíssimo pré-
mio de cidadania britânica completa era 
conferido por decreto real a estrangeiros 
que cultivassem cânhamo, e amiúde 
eram aplicadas multas aos que recusas-
sem fazê-lo .. 
O cânhamo-de-cannabis foi moeda 
corrente na maior parte da América do 
Norte de de 1631 até ao inicio do século 
XIX. Porquê? Para encorajar os agricul-
tore americanos a cultivá-lo em maior 
quantidade. 1 
Durante mais de 200 ano , por toda a 
América puderam pagar-se impo to 
com cânhamo-de-cannabis.2 
Durante diversos período dee a ez 
registados na América, corria- e mesmo 
risco de prisão por não se cuJti a r an-
nabis, p. e.) na Virgínia entre 1763 e 1767. 
(Herndon, G. M., Hemp il1 Colonial Viriginia. 
1963; The Chesapeake Colonies, 1954. L.A. Times, 12 
de Agosto de 1981; et ai,) 
o caracter chinês "Ma" foi o .mais 
antigo nome do cânhamo. Pelo 
século X a.C. , Ma tornara-se' ,o 
termo genérico para as f ibras de 
todos os tipos. Por essa altura, a 
palavra para cânhamo tornara-se 
"Tai-ma" ou "Daima", significando 
I4grande cânhamo", 
George Washington e Thoma � � � � � � � �
san cultivavam cânhamo na suas plan-
tações. Jefferson,3 enquanto foi enviado 
oficial em França, incorreu em grande 
despesas - e até mesmo em riscos GOn i· 
deráveis, para si e para os eus agente 
secretos - de forma a conseguir emen-
Panela contendo cânhamo (em cima) 
e ;ncensório paro � � � � � � � � � � � de um 
sitio funerário cita. 
2 
te de cânhamo parti ularment b m,. a 
quai I m contraban a a 'I alm -nte 
da China para a Turquia. 
crune e vaJorÍ2aam tanto a ua e-
mente de canham qu t rnar m a ua 
ex ortação um crime c p·taJo 
, Cen o do tad n° d de r 50 
contou -327 "planta õe (D mínim 
q inta . de 200 aer ) qu cult' a am 
cânham -d -canna' par n6 c ã d 
roupa, teLa. e ln m mo da cord em 
u ada. para enfardar .o aIg dã . 
desta lan ta õ 1 aliza a-
noe tado fronteiri primariam nt 
devido ao trabaJh e ravo � � � � t. que 
ante de 1 5e taa dO, p el para a 
indú tria do cânham utilizad ra d 
mão-de- bra inten i a. 
(Ce: U .• 1 50; AlI n Jam n • Tlle 
Reigll of Law, A Tale 01 rh Kmrucky Hmrp Fieids, 
::Ia M illan Coo. 1900' Roffman, Rog r, Ph. D., 
Marijuana as edi °n. en rone W 119 2.) 
prim ir 
rn n-
OU ter-
mith 
utr:a ' 
farmacêuticas e apotecários americanos. 
Durante todo est tempo não ocorreu 
uma única morte causada por medi-
camento feitos de extracto de cannabis, e 
não foi relatado virtualmente nenhum ca-
so de abuso ou de perturbações mentais, 
Ideograma sino-japonês para 
nmedicinatl: o caract er superior 
significo f'erva" e o in ferior 
significa "prazer". 
excepto algun utilizadores pouco ou nada 
experimentado que e entiram desorien-
tado ou xces ivamente introvertidos. 
(Mikuriya. Dr. Tod, MarijlJQI1Q Medical Papers, 
Medi- omp Pre • CA, 197J; ohen, idney e Stil -
man, Richard, Therapeutic Potential of Marijuana. 
Plenum Pre ,NI, 1976.) 
NOTAS HISTÓRICAS MUNDIAIS 
"Apar nte. mente, a .mai � � � � � � � � peça 
de te ido conheCIda fOI feIta d câ-
nham ,O qual começou a er trabalhado 
no itavo miléni. a .. � � � � � � � � � � � � � � �
(The Columbia History of the World, 1981, 
página 54.) . 
O corpo de literatura (p.e. arqueolo-
gia, antropologia, filologia, economia, 
hi tória) refer nte ao ãnhamo está deacordo g ral em ue, no mí imo: 
De de mai de 1000 anos ante do 
tempo de ri t até 1883, cânhamo-de-
-cannabi - d facto, a marijuana - foi 
a cultura agrícola mais important do 
no so planeta, e a sua maior indústria, 
envolvendo milhares de produt e 
empre a ; produzindo a maioria das fi-
l 
bras, tecido , óleo de iluminação, papel, 
incenso e medicamentos da Terra. Era 
além disso uma fonte primária de óleo 
alimentar e proteínas essenciais para se-
res humanos e animais. 
Segundo virtualmente todos os antro-
pólogos e universidades do mundo, a 
marijuana era também usada na maioria 
das nossas religiõe e culto , sendo uma 
da meia dúzia de drogas mais usadas pa-
ra alterar a disposição e a mente, quando 
tomada como sacramento psicotrópico 
ou psicadélico (que manifesta ou expan-
de o espírito). 
Quase sem excepção, estas experiên-
cias sagradas (com drogas) inspiraram as 
no sas superstições, amuletos, talismã.s, 
religiões, preces e códigos linguísticos. 
(Ver capítulo 10 em "Religiões e Magia".) 
(Wasson, R. Gordon, Soma, Divine Mushroom of 
Immortality, Allegro, J. M., Sacred Mushroom & the 
Cross, Doubleday, NI, 1969; Plínio; Josefo; Heródo-
to; Manuscritos do Mar Morto; Evangelhos Gnós-
tico ; a Bíblia; Ginsberg Legends Kaballah, c. 1860; 
Paracel o; Museu Britânico; Budge; Er/cyc. Britar/-
nica, «Pharmalogical Cults"; Schultes e Wasson, 
Plants of the Gods; Investigação de Schultes, R. E., 
Dept. Botânico de Harvard; Wm. EmBoden, Cal 
Stat U, Northridge; et ai.) 
COMBATERAM-SE GRANDES 
GUERRAS PARA ASSEGURAR O 
ABASTECIMENTO EM CÂNHAMO 
Por . exem. pIo, a causa principal da . Guerra de 1812 (que a América com-
bateu com a Grã Bretanha) foi o acesso ao 
cânhamo-de-cannabis da Rússia. O câ-
nhamo russo foi também a cau a principal 
da invasão da Rússia em 1812 por Napoleão 
(à época nos o aliado) e os seus aliados 
dos «Si temas ontinentais': (Ver capítulo 
12, ''A Guerra (do Cânhamo) de 1812 e 
Napoleão Invade a Rússia:') 
Em 1942, após a invasão japonesa das 
Filipinas ter interrompido o aba teci-
menta de cânhamo-de-manila (abacá), o 
governo do E.V. distribuiu 200.000 qui-
lo de ementes de cânhamo a agriculto-
res desde oWisconsin até ao Kentucky; 
os quais produziram anualmente 4 2.000 
toneladas de fibra de cânham até 1946, 
quando a guerra terminou. 
POR QUE É QUE O CÂNHA 0-
-DE-CANNABISjMARIJUANA TEM 
SIDO TÃO IMPORTANTE 'A 
HISTÓRIA? 
Porque o cânhamo-de-cannabis I em geral, a mais re i tente, durável e du-
radoura fibra mole natural do planeta. As 
suas folhas e flore cên ias (mar ijuana) 
foram - dependendo da cultura - o 
primeiro, egundos ou t rceir r -
médios mais usados por doi terç do 
habitantes do mundo durante pelo me-
nos 300 0 anos, até ao início do éculo XX. 
Botanicamente, o cânhamo faz parte 
da mais avançada família d plan tas da 
Terra. É uma planta dióica (i t é, t m va-
riedades masculinas, feminina e por ve-
ze h rmafrodi ) an ua]. Jenh 
bá qu a o J 
do que lrtuaJmente 
planta do no 
robusto a 7 metro 
urta taçã , d cr 
ulti ada em irt 
clima ou condi . 
«A inalação das folhas [de cânhamo] é um b m d n-
te para o cérebro; o sumo das foili apü a 
como lavagem remove a ca pa e o verm, . umo 
atiradas para o ouvido aliviam a d r e d tr m 
insectos. [O cânhamo] estanca,a diarreia) " útil ntr 
norreia, restringe as emi sõ em' n i diur tie 
comenda-se o pó como aplicação ext rn p ra tr tar � � ri 
das e chagas abertas, e para pr r gr nuJa - um 
emplastro de raízes cozida e folha para de in6 tar in a-
mações) curar eri ipela e ali iar dore n urálgi a . fi -
lhas secas, moídas e espalhada br 61 o d 
o hidrocele e os testículos inchado ': 
- "Sobre as qualidades médica do cânllamo," do a d 'Iya, 
um livro muçulmano de referência médica datafldo do cu/o � � 1. 
Um Breve Sumário 
dos Usos ,do Cânhamo 
Apostamos 100.000 Dólares+ com o Mundo: 
Tentem Provarquefstam·o·s Errados. 
Se proibíssemos todos os combustíveis fósseis e os seus � � � � � � � � � � �
bem como o corte de árvores para abastece.r as celuloses e a cons-
trução civil,. de modo a inverter o efeito de estufa e parar a desflo-
restação, salvando assim o planeta - entãoconhece-se apenas um 
único recurso natural anualmente renovóvel capaz de fornecer a 
maior parte do papel,. têxteis e alimentos do mundo, satisfazer todas 
as necessidades mundiais em termos de transportes e energia, domés-
tica e industrial, e em simultâneo reduzir a poluição, reconstituir o 
solo e limpar a atmosfem ... 
E, essa substancia é - o mesmo j'á fez tudo isso antes -
o CÔnhamo ... de-Connobls ... a Marijuana! 
1. NAVIOS E MARINHEIROS 
N. � � � � � � � � � por cento. de todas as ,velas náutica (de de pelo menos o seculo 
V a. ., ante do D nícios, at muito depois 
da invenção e cornerciaJização dos navios 
a vapor, entre meado e finais do século 
XIX) eram feita de cânhamo. 
As restant 10% eram cm geral fe itas de linho 
ou fibra menores com rami, i al, juta, abaca. 
.. Kannabis - palavra da língua grega helenizada 
falada na bacia mediterr.ânica, derivada do persa e de 
dialectos semitas setentrionai mai antigos (Quanu-
ba, Kanabosffi, Cana?, Kanah?) , os quais os académi-
cos fizeram agora remontar à alvorada da família de 
línguas indo-semito-europeias, antigas de 6000 ano, 
faladas pelos sumérios e acáruos. A remota palavra 
sumério/babilónica K(a)N(a)B(a), ou Q (a) (a)B(a), 
é uma das mais perenes raízes vocabulares da huma-
nidade. (KN significa cana e B significa dois - doi 
juncos ou dois sexos. ) 
(Abel, Erne t, Marijuana: 11/e First 12.000 Years, 
Plenum Pre ,1980; Her doto. Histórias. século V 
a.c.; Frazier, Jack, The Marijuana. Farmer 1972. 
lndiçe Agricola d .' .U., 1916-1982; filme do U DA, 
Hernp for Victory, 1942.) 
} « " é , . 1 A pa avra canva . a pr nuncla 110-
lande a (por dupla via do fran ê e do 
latim) da palavra grega "Kannabi ".lI" 
Além das velas feitas de tela, até este sé-
culo virtualmente todo o cordame, cabos 
de âncora, redes de carga, redes de pesca, 
bandeiras, sudários e vedantes (a princi-
pal protecção dos navios contra a água 
salgada, usados como calafetagem entre 
vigas soltas ou verde) eram feitos da 
haste da planta de marijuana. 
• 
� � Para mais detalhes contactar (I organiUlçào de Jack HereT: Hdp End MarijualUl Prohibitiol1 
(H.E.M. P. ), 5632 Van Nuys Bllld. #J1O. Van Nzws, CA 91401; Te/. (BI8) 988-6210; Fax (818) 988-3319; 
website: jackheTer. C(Jr11 
PAIRO JNADO PELA H .E.M. P. (AMERICA) . H ANf HAu I(ALEMANHA), SE SI SEED lHA H MARIJUANA 
MUSEU I (H LANDA) li: T.H.C., THE TEXAS HEMP CAMPAIGN (N.-taR..lCA) . 
5 
As roupas dos marinheiros eram tam-
bém manufacturadas a partir de canna-
bis, até ao pormenor dos fios usados pa-
ra coser as solas dos sapatos (ele pró-
prios sendo por vezes feitos de «canva "). 
,. Nos séculos XVII a XIX, um navio de carga. 
clipper. baleeiro ou vaso militar médio. carregava 
entre 50 a 100 toneladas de cordame de cânhamo-
-de-cannabis, para não falar nas vela , rede • etc .• 
necessitava da. sua total substituiçãO ao fim de um 
ano ou doi, devido ao aprodrecimento causado pe-
lo sal. (Pergunte-se à Academia Naval dos .U., ou 
atente-se na con trução do USS Constitution, tam-
bém conhecido por "OId lronsides". que e tá fun-
deado no porto de Bo ton.) 
(Abel, Erne t, Marijuana: Th First 12,000 Years, 
Plenum Press, 1980; Encyc. Britannica; Magoun, 
Alexander, The Frigate ConstituNon; filme do DA 
Hemp for Victory, 1942. ) 
Adicionalmente, no mundo europeu 
ocidental/americano, o quadros, mapa, 
documentos e Bíblia dos navios foram 
feitos de papel contendo fibra de câ-
nhamo desde o tempo de Colombo ( é-
culo XV) até ao princípio do sécuJo XX. 
Os chineses, por seu lado, u aram â.-
nhamo na confecção de papel a partir do 
século primeiro da nossa era . papel de 
cânhamo durava 50 a 100 vezemai do 
que a maior parte das preparaçõe de pa-
piro, e era cem veze mai fácil e econÓ-
mico de confeccionar. 
Incrivelmente, as vela, cordas, etc., de 
cânhamo usadas num navio oneravam. 
mais a sua construção do que as parte 
de madeira. 
Mas o uso do cânhamo não se restrin-
gia ao mar alto . .. 
2. TÊXTEIS E TECIDOS 
Até por volta de 1820 na América Ce a é ao século XX na maior parte do re to 
do mundo)) 80% de todo o têxtei e 
tecidos usados pela Humanidade para 
confecção de roupa, t ndas, linhos, ta-
petes, cortinas, colcha ) lençóis; toalhas, 
fraldas, etc. - e até me m da no a 
bandeira, a "Old Glory" -, eram � � ito 
principalmente de fibras de cânhamo. 
Durante centenas, senão milhar ) de 
ano (até por volta d 1 30) a Irlanda fa-
bricou o m Ihor linh , a Itália fabri-
cou o meLh re tecido do mundo a 
partir de cânhamo. 
edj 1 93-1910 da Encydop di Britan"i-
ca indicam - • em 19 • revi La Popu/tlr 1echa-
nics e üm u - que pelo meu m tade de lod O 
material que ai eh m do linho nào foi � � � � . 
cionado ele linho m im d cânhamo. Her to 
(c. 450 a.c.} diz u as rou d cânh mo que o 
tráci conli . d li 
linho. e que • 
eria direr 
linho. 
o pape" de cânhamo durava entre 
50 a 100 v,ezes: mais do, que' a 
maior ,parte das prepar,ações de 
papiro, ·e era cem vez·es mais facil 
e b'arato detabricar. 
tal forma interligados, que poderão van-
tajosamente ser considerados em con-
junto. O tecido para velas deverá ser ta-
xado em 10% ( ... )". 
(Herndon, G.M .. Hemp in Colonial Virginia. 
1963; histórias da DAR.; Abe, E., Marijuana: The 
First 12.000 Years; ver também o filme de 1985 
Revo/ution, com AI Pacino.) 
Os carroções cobertos meteram- e a ca-
minho do oeste (Kentucky, Indiana, minais, 
Oregon e alifórnia*) cobertos com re-
sistentes lonas alcatroadas feitas d tela de 
cânhamo/ enquanto o navios circun-
davam o "Horn" na rota de São Francisco 
usando velas e cordas de cânhamo . 
.. As calça levi 's riginai, famosa pela sua 
grande resistência, foram confeccionadas para os 
garimpeiro alif, rnianos a partir de velame de câ-
nhamo e rebites. Desta forma os bolsos não se ras-
gavam quando eram enchido com our sedimentar 
peneirado. 
As roupas de confecção doméstica 
eram quase empre tecida , por pessoas 
de todo o mundo, a partir de fibra culti-
vadas no "campo familiar de cânhamo". 
Na América, esta tradiçã durou desde o 
tempo dos Peregrino (1620) até à proi-
bição do cânham no anos 30. >l-
II- No anoS 30, o ongre so foi in formado pelo 
Gabinete Federal de Nar óticos que muitos polaco-
-americano ainda cultivavam erva nos s us quin-
tais para fazer cer ulas de inverno e roupas de tra-
balho, o quais saudaram a tiro os agente por este 
querer m roubar-lhes a oupas do ano eguinte. 
A idade e a densidade do talhã.o de câ-
nham influenciam a qualidade da fibra. 
e um agricult r quises e fibra suaves 
da qualidade do linho, plantaria as suas 
plantas de cânhamo muito juntas. 
Regra geral, em se cultivando para uso 
medicinal ou recreativo, planta- e uma 
semente por quatro jardas quadrada. 
Quando plantada para dar emente: 
quatro a cinco pé . e paçadas. 
(Folheto da E t. Agr. da Univ. de Kentucky. Mar-
ço de 1943.) 
Plantam- e cento e vinte a cento e oi-
tenta emente por jarda quadrada para 
cordame ou tecido ' gros iro, O linho 
ou a renda de qualidade cultivam- e com 
7 
até 400 plantas por jarda quadrada que se 
colhem ao fim de 80 a 100 dias. 
(Relatórios obre Colheitas Agrícolas. dados 
internacionais do USDA. CIBA Review 1961-62.. 
Lujgi Castellini. Milão, Itália.) 
Por volta de 1820, as novas máquinas 
manuais para fiar algodão americanas (in-
ventadas por Eli Whitney em 1793) foram 
Havia mais de 60 toneladas de 
cânhamo no U.S.S. Constitution, 
distribuídas entre velas, cordame, 
vedantes, bandeiras e insignias, mapas 
e Bíblias, e roupas e uniformes de 
marin.heiros. 
largamente substituídas por teares e máqui-
nas «industriais" para fiar algodão fabri-
cado na Europa, devido ao avanço que a 
tecnologia europeia de fabrico de ferra-
mentas e corantes levava sobre a americana. 
Pela primeira vez, era possível produ-
zir roupa leve de algodão a baixo custo 
para alimentar rocas e teares, evitando a 
maceração (apodrecimento) e separação 
manual das fibras de cânhamo.4 
Por 'm) devido à. sua resistência, 
macieza, conforto e qualidades duradou-
ras, o cânham.o continuou a ser a segunda 
fibra natural mais usada até aos anos 30. 
aso o leitor sinta dúvidas, a fibra de cânhamo 
não contém TH • ou "ganza". É isso, não vale a pena 
fumar a ua cami a! De facto, tentar fumar tecido de 
cânhamo - ou qualquer outro tecido - pode re-
velar- e fatal! 
Após a promulgação da lei de Taxação 
I. Copa da planta mocho, em flor; 2. Copa da planta' fêmeo em � � � � � � �
3. Rebento; 4 .. Folículo de uma folho gronde; 5. Porçoo de' uma trore_oenda 
estaminada, com rebentos e uma flor macho maduro' 6, fI'ores emeos, com 
estigmas projectando-se do brócteo peluda; 7. ,Fruto ,encerrud'o em bmdea' 
peluda persistente; 8. � � � � � � � vista lateral; 9. Fruto, visto da exttemid d ; 
10. Pêlo glandular com caule � � � � � � � � � � � � � � � , , ,, Pêlo ,glandurar com caule 
invisível curto e unicelular; 12. Pêlo não-glondular, contendo um dstolito. 
Ifustração de E.. W. Smlt.h. 
Cinquenta por cento de todos os produtos químicos hoje usados na 
agricultura americana são aplicados no cultivo do algodão. O cânhamo não 
precisa de produtos químicos, e conta com poucos inimigos entre as ervas 
daninhas e os insectos - excepto o governo americano e a DEA. 
,da Marijuana em 1937, novas "fibras de 
pIá tico" fabricadas p la DuPont, sob 
licença de patente de 1936 detida pela 
corporação alemã 1. G. Farben (a abdi.-
cação da pat � � � � � fazia parte das inde-
mnizações alemãs à América devidas à 
Primeira uerra MlUldial) sub tituíram 
a fibras naturai de cânhamo. (A Du-
Pont americana detinha cerca de 30% do 
capital da hitleriana I. . Farben.) A Du-
Pont lançou também o Nylon (inventado 
em 1935) no mercado quando a empresa ° patenteou em 1938. 
( olby, Jerry, DuPont DYllasties, LyJe Stewart, 
1984.) 
Finalmente, deve notar-se qu cerca de 
50% de todos os produto químicos hoje 
usados na agricultura americana são 
aplicados no cultivo do algodão. O câ-
nhamo não preci a de produto quími-
cos e conta C0111 poucos inimigos entre as 
erva daninhas e o in ecto - except 
o governo american e a DEA. 
( avender, Jim, prof, S'or d botânica, Univ r i-
dade do Ohio, "Authoritie Ex.amine P t Claims", 
Athens New ,16 de Novembro d 1989.) 
3. FIBRA E :PASTADE PAPEL 
Até 1883, entr 75 e 90 % de todo o pa-pel do mund foi feito com fibra de 
cânhamo-de-cannabis: livros, Bíblias, 
mapas, papel-mo da, acções e obri-
gaçõe ,jornais, et ,incluindo a Bíblia de 
utenberg ( éculo XV); Pantagruel e 
Pantagruelão das Ervas, de Rabelais (sé-
culo XV!); a Bíblia do Rei James (século 
XVII); o panfletos d Thomas Paine, 
"Os Direito d H mem", «Sen· o 0 -
mUlTI ,e ('A ra da Razão" (5 culo XVI I)j 
as obras d Fitz Hugh Ludlow, Mark 
Twain, Victor Hugo, Alexandre Duma , a 
Alice no País das Maravilhas de Lewis 
9 
Carroll (século XIX); e praticamente to-
dos os outros livras eram impressos em 
papel de cânhamo. 
O pdmeiro rascunho da Declaração de 
Independência (28 de Junho de 1776) foi 
escrito em papel holandês (de cânhamo), 
assim como o segundo rascunho, com-
pletado em 2 de Julho de 1776. Este foi o 
documento que naquele dia mereceu o 
consenso e foi anunciado e publicado em 
4 de Julho de 1776 ... Em 19 de Julho de 
1776, ° Congre O ordenou que a Decla-
ração fosse copiada e gravada em per-
gaminho, tendo sido este o documento 
que os delegados efectivamente assina-
ram em 2 de Agosto de 1776. 
As velas e cordas inutilizadas vendidas 
pelos proprietáriosde navios como lixo 
para serem recicladas em papel eram a 
matéria-prima a partir da qual nós (os 
americanos coloniais) e o resto do mundo 
o tumávamos fazer todo o nosso papel. 
O re tante provinha de roupas, len -
çóis, fraldas e cortinas usados, feitos 
principalmente de cânl1amo e por vezes 
de linho, que eram vendidos a farrapei-
ras como trapos.* 
.. Daí o termo "papel de trapos", 
Os nossos antepassados eram dema-
siado poupados para deitarem coisas ao 
lixo, de modo que, até por volta de 1880, 
quai quer farrapos ou roupas inúteis 
eram misturados e reciclados em papel. 
O papel de trapos, contendo fibra de 
cânhamo, é o papel de maior qualidade e 
mais durável jamais feito. P de rasgar-se 
quando está molhado mas regressa à sua 
resi tênda completa quando seca. O 
papel de trapos mantém-se estável du-
rante éculo, a não ser em condições 
extrema, sendo praticamente indestru-
tívd . Até por volta de 1920, muitos docu-
QUANDO O CÂNHAMO SALVOU A Vi DA DE GEORGE BUSH 
Mais um exemplo da importân ia do cânhamo: in ano a proibição em 1937) o cânhamo-de-cannabi fi i cder m nt rcintr 
em 1942 para o e forço militar da egunda Gu rra undial 
Foi assim que, quando o jovem pil to rge Bu h eject u do 
chamas apó um combate áreo obre o Pacífico el mal abia que: 
a ua 
duzid 
m 
• Partes do motor do seu aviã eram ubrificada om d m nt d ã-
nhamo-de-cannabis; 
• 100% das cintas do páraqu d . que 1he aJ" u a ida r m f; it d ã-
nhamo-de-cannabis cultivado no E .. ) 
• Virtualmente todo o cordame e rda d 3V]0 que o r 
de cânhamo-de-cannabis; 
• As mangueiras do navio (as im como a da la qu qu otara ) ram 
tecidas de cânharno-de-cannabis; e, 
• Finalmente, quando o jovem George Bu h e \ iu em guran no o • a 
costura dos seus duráveis sapatos era feita de câohamo·d - nna i taJ 
continua a suceder até ao presente em todo o alçado d ouro e militar. 
E todavia Bush dedicou boa parte da ua arreira à errad'c;â d Janta an-
nabis e à promulgação de leis visando as egurar ql.le nio uém v nha a onhe r 
esta informação - provavelmente incluindo ele próprio, .. 
(Filme do USDA, Hemp for Viclory, 1942; Folheto d TVi o nO ,z ) da l . r, da ni\'. d orn-
cky, Março de 1943; Galbraith, Gat wood. Kentucky Marijuana FeasibilJt}, tudy, 9 .) 
mentos do governo dos E.V. foram redi-
gidos, por lei, em "papel de trapos" fabri-
cado a partir de cânham .5 
Os académicos consideram em geral 
que, na China, o antigo conhecimento) 
ou arte, da fabricação de papel de ânha-
mo (século primeiro da nossa era - 800 
anos antes do Islão ter de coberto o pro-
cesso, e 1200 a 1400 anos ante da Europa 
o fazer) constituía uma da dua princi-
pais razões p r que o conhe imento e a 
ciência orientais superaram en rm -
mente os eus equivalentes ocidentai 
durante 1400 ano . As im) a arte da fa-
bricação de papel durad ur de cânha-
mo permitiu que a acumuJação de con-
hecimento conseguida pelos rientai 
fosse transmitida, aumentada, inve tiga-
da, refinada, desafiada e mudada, em 
suce sÍvas gerações (por outra palavra) 
tratava-se de um conhecimento cumula-
tivo e global). 
A outra razão que fez o conheciment e 
10 
rant ma 
cante 
tend 
4 CORDA,CORDEL 
E OORD , E 
1-
mundo ocidental desde 1740 até 1940. 
Em "Senso Comum" (1776), Thomas 
Paine enumerou os quatro recurso na-
• .. . - « turaiS es enClalS para a n va naçao: cor-
dame, ferro, madeira alcatrão': 
O principal destes recursos era o câ-
nhamo para confecção de cordame. 
Paine escreveu: «Como o cânhamo flo-
resce em quai quer condiçõe , não deve-
mos recear a falta de cordam ". Passou 
então a enumerar o outros recursos ne-
ces ária para a guerra com a marinha 
britânica: canhõe ) pólvora, etc. 
Entre 70 90% de toda a corda, cordel 
e cordame foram ÍI ito de cânham até 
1937, quando t ram sub tituído em gran-
de medida por fibras p troquírnicas (per-
tencentes principalm nte à DuPont, que 
licenciara as patentes da L G. arben ale-
mã) e por cânham -d -Manila (abacá), 
no qual amiúde se entr laçavam cabos de 
aço para aumentar a resi t"ncia. O abacá 
provinha da nos a "nova" pos essão, as 
Filipinas do Pacifico Ocidental, tomadas 
da Espanha enquanto indemnização pela 
Guerra Hispano-Americana de 1898. 
5. TELAS PARA PINTURA 
QCânhamo é o material de arquivo perfeito'! 
O quadros de Rembrandt, Van ogh, 
Gainsb rough, et ., f, ram maioritaria-
ment pintados em tela de cânhamo, que 
constitu[a o suporte de praticamente to-
das as pinturas a óleo. 
Tratand -se d uma fibra forte e lus-
trosa, cânhamo resi te a a1 r, ao or-
valho e ao insect , e nã.o s degrada ob 
acção da luz. A pintura a óleo e TI tela 
de cânhamo el u linho mantiveram-se 
em excelente condições durante éculos. 
6. TINTAS E VERNIZES 
Durante milhares de anos, virtual-ment toda a b a tinta e vernize 
foram feita com óleo de semente de câ-
nhamo elou óleo de linhaça. 
Por exemplo, só em 1935 u aram-se na 
I I 
América 58.000 toneladas* de semente 
de cânhamo unicamente para fabrico de 
tintas e vernizes. O sector dos óleos de 
ecagem, outrora feitos de cânhamo, pas-
sou principalmente para a divisão petro-
química da DuPont.8 
,. Testemunho prestado pelo Instituto acional 
do Produto de Oleo de Semente contra a Lei de 
Taxação das Transacções de Marijuana de 1937. 
Como comparação, considere-se que a Agência de 
Repressão das Drogas dos E.O. (DEA) e todas as 
agênciais policiais de âmbito e tadual e local preten-
dem ter apreendido, durante todo o ano de 1996, 
mai de 700 toneladas de marijuana cultivada na 
América - ementes, plantas. raize , torrões de terra 
e tudo. Até mesmo a própria DEA admite que entre 
94 e 97 por cento de todas as plantas de marijua-
na/cânhamo apreendida e destru.ídas desde os anos 
60 eram completamente selvagens e impróprias para 
ser fumadas como marijuana. 
Em 1935-37) o Congresso e o Departa-
mento do Tesouro receberam garantias, 
através de testemunhos secretos presta-
do pela DuPont directamente a Herman 
Oliphant, conselheiro-chefe do Depar-
tamento do Tesouro, de que o óleo de 
semente de cânhamo podia ser substituí-
do por óleos petroquímicos sintéticos 
fabricados principalmente pela DuPont. 
liphant foi o responsável exclusivo 
pelo rascunho da Lei de Taxação da Ma-
rijuana que foi apre entado ao Con-
gresso.9 (Ver a história completa no capí-
tulo 4) ((Os Últimos Dias da Cannabis 
Legal".) 
7. ÓLEO DE ILUMINAÇ.ÃO 
Até por volta de 1800) o óleo de e-mente de cânhamo era o óleo de ilu-
minação mais consumido na América e 
no mundo. Desde essa altura até por 
v lta de 1870 foi o gundo óleo de ilu-
minação mais consumido, excedido ape-
nas pelo óleo de baleia. 
O óleo de semente de cânhamo alu-
miou a lâmpada do lendário Aladino) a 
de Abraão o profeta, e, na vida real, a de 
Abraão Lincoln. Era o mais brilhante dos 
óleos de lâmpada disponíveis. 
O óleo de emente de cânhamo para 
lâmpadas foi substituído por petróleo, nham 
querosene, etc., após a descoberta de pe-
tróleo na Pensilvânia em 1859, e o domí-
nio que John D. Rockefeller pas ou a 
exercer sobre a indústria petr lífera na-
cional a partir de 1870. (Ver Capítulo 9 em 
sobre "Economia".) 
A propósito, o célebre botâni Luther 
Burbank afirmou, (CA semente [de an-
nabis] é cobiçada noutros paí e pelo eu 
óleo, e o seu abandono aqui ilu tra o 
me mo uso ineficiente que fazem do , 1 » nossos outro recursos agnco as .. 
(Burbank, Luther, How Plants Are Tra ined to 
Work For Man, Useful Plal1ts, P. F. Colli r & on O., 
NI, Vol. 6, pág. 48. ) 
8. ENERGIA DE B'IOMASSA 
No inicio do século XX, Henry Ford e outro génios-engenheiros futuri ta 
e orgânicos constataram (como ainda 
hoje fazem os seu herdeiros intelectuai r 
e científicos) um facto importante -
que até 90% de todo o cornbu tívei 
fósseis hoje usados no mundo (carvão, 
petróleo,gás natural, te. ) de iam ter 
sido substituído há muito por biomas a 
tal como espigas de milho, cannabi) 
Ver também pilul 
Urnd 
papel velho, etc. com a 
A bioma a pode er convertida em 
metano, metanol ou ga olina a uma 
fracção do custo actual do petróleo, arvão 
ou energia nuclear - em especial quando 
e consideram ,o custos ambientai -
seu li o mandatório acabaria com a chu-
vas ácidas e o nevoeiro sulfuro o, in er-
teria o efeito de e tufa no no o planeta-
de imediato!* 
* O governo e a empresas pr dutora de pe-tr -
leo, carvão, etc., in i tirão que, no to ant po-
luição, qu imar combusúvel de bioma a n 
mais vantajoso do que ga tar a ' no a r erv 
combu tívei f6 is; mas isto é pat nt ment -{a! . 
Porguê? Porque, ao ontrário do combu tí ei 
f6 seis, a bioma a provém d plantas i (não-
-extintas), que, ao cr cerem, ontLnuam a r mover 
da no sa atmo fera a poluiçã de dj rido de car-
bono, atravé da foto sínte e. Além di • o Clom-
bustivei de biomas a n o contêm enxofr, . 
Isto pode conseguir- e ultivando â-
12 
n. 
ioma a a 
mbu ti el 
usados no mundo para a maIOrIa das 
enfermidades que afligiam a Humanidade. 
Porém, na uropa Ocidental, a Igreja 
Católica Romana proibiu o uso de 
cannabis ou qualquer outro tratamento 
médico, excepto o álcool e a sangria, 
durante mais de 1200 anos. (Ver capítulo 
10 obre "Sociologia".) 
A Farmacopeia dos ,U. prescrevia a 
cannabis para o tratamento de maleitas 
tais como: fadiga, ataque de tos e, reu-
matismo, asma, delirium tremem, dores 
de cabeça, e as cãibras e depre sõ s asso-
ciadas à menstruação. (William Embo-
den, professor de botânica dos narcóti-
cos' Universidade do E tado da Califór-
nia, Northridge,) 
A Rainha Vitória li ava resinas de can-
nabi para aliviar a cãibra menstruais e o 
síndroma pós-menstrual, e o eu reinado 
(1837-1901) teve paraI lo no enorme 
crescimento do uso da medicina do câ-
nhamo indiano no mundo anglófono, 
No presente século, a investigação da 
cannabis demonstrou que ela possui 
valor terapêutico - e completa segu-
rança - no tratamento de muito pro-
blemas de aúde, incluindo asma, glau-
coma, náusea, tumores) epilepsia, infec-
ções, stress, enxaquecas, anorexia, de-
pressãO, reumatismo, artrite e po sive1-
mente herpes. (Ver capítulo 7, « s Usos 
Terapêuticos da � � � � � � � � � � � �
10. ÓLEOS ALIMENTARES E 
PROTEíNAS 
Asemente .de cânhamo era � � � � � � � � � � � �usada em papas e pa por vrrtual-
mente toda as pe oa do mundo até ao 
presente século. Os monge eram brigados 
a comer refeições c nfeccionadas à ba e de 
ementes de cânhamo três veze ao dia, a 
tecer a sua roupas de cânhamo e a impri-
mjr as uas Bíblias em pap l:fi ito com fibra 
de cânhamo, 
(Ver Rubin, drª Vera, "Re earch Tn titute for the 
tudy of � � � � � � Igreja Ort doxa riental; Cohen e 
tillman, Therapeutic Pot ntiaI of Marijuana, Ple-
num Pre s, 1976; Abel, Erne t, Marijuana: The First 
12,000 Years, Plenum Press, NI, 1980; Encyclopaedia 
Britannica.) 
Esmagando a semente de cânhamo 
obtém-se o seu óleo vegetal altamente 
nutritivo, o qual contém a mais elevada 
quantidade de ácidos gordos essenciais 
de todo o reino vegetal. Estes óleos essen-
ciais são responsáveis pelas nossas reac-
ções imunitárias e limpam as artérias de 
colesterol e placa. 
Espremendo o óleo da semente ob-
tém-se um bolo de sementes contendo 
proteína da mais elevada qualidade, o 
qual pode ser grelado (convertido em 
malte) ou moído e cozinhado em bolos, 
pães ou pastéis, A proteína da semente de 
marijuana é uma das proteínas vegetais 
melhores, mais completas e mais facil-
mente assimiláveis pelo corpo com que 
conta a Humanidade, A semente de câ-
nhamo é a fonte alimentar existente mais 
completa para a nutrição humana. (Ver 
debate sobre edistinas e ácidos gordos 
essenciais no Capítulo 8.) 
13 
A semente de cânhamo era - até à lei 
de proibição de 1937 - o principal ali-
mento mundial das aves) tanto sel-
vagens como domésticas. Dentre quais-
quer sementes alimentares do planeta, 
era a preferida das ave ;* em 1937, duas 
mil toneladas de sementes de cânhamo 
para aves canoras foram vendidas a 
retalho nos E, U. A partir de uma mistu-
ra de ementes, as aves apanharão e 
comerão primeiro a sementes de câ-
nhamo, A aves selvagens vivem e pro-
criam mai quando incluem sementes 
de cânhamo na sua dieta, usando o óleo 
para a sua penas e a saúde em geraL 
(Ver mai informações no capítulo 8, "O 
Cânhamo como Alimento Básico do 
Mundo".) 
Te temunh pre tado perante o ongre 50, 
1937: " em ela as aves canora nã cantam", disseram 
ao ongre o as ç mpanhia de raçõe avlcola . Re· 
sultado: semente e terilizada5 de cannabis continuo 
am a ser importadas para os E. U. vindas de ltália, da 
China e de outros países. 
A semente de cânhamo não produz 
qualquer efeito de droga nos sere huma-
nos nem nas aves, pois ela contém apenas 
vestígios ínfimos de THC. Na Europa, a 
semente de cânhamo é igualmente o isco 
de pesca preferido, sendo vendida em pa-
cotes nas lojas de artigos de pe ca. O pes-
cadores atiram mancheias de emente de 
cânhamo para os rios e lagos de forma a 
atrair os peixes, que são então fisgado 
com anzóis. Nenhum outro isco é tão efi-
caz, o que torna a semente de cânhamo 
A Rainha Vitória usava resinas de 
cannabis para aliviar o seu 
síndroma pós .. menstrual. O seu 
reinado {1837-190.1 J teve paralelo 
no enorme crescimento do uso de 
remédios de cânhamo indiano. 
em geral o alimento mais desejável e 
nutritivo para os seres humanos, as ave e 
os peixes. 
(Investigação pes oaJ de Jack Herer na Europa.) 
(Frazier, Jack, The Marijuana Farmers, Solar Age 
Press, Nova Orleães, LA, 1972.) 
11. MATERIAIS DE, 
CONSTRUÇÃO E HABITAÇÃO 
Dado que um acre de cânhamo produz tanta polpa de fibra celulósica como 
4,1 acres de árvores, '* o cânhamo é o ma-
terial perfeito para substituir as árvores 
no fabrico de tábua pren adas, contr,a-
placados e moldes para construção . 
.. Dewey e Merrill, Bulletin #404, Dep. Agr. E. ., 
1916. 
Aquecendo e comprimindo a fibras 
da planta, fabrica-se um material de 
construção económico re i tent,e ao fo-
go, possuindo excelente qualidad d 
isolamento térmico e acú tico. Podem 
criar- e assim resistentes painéis de cons-
trução que substituem as parede fal as e 
o contraplacado. William B. C nde. da 
firma Conde Redwood Lumber, n 
arredores de Eugene, Oregofl. em con-
junção coma Universidade do Estad d 
Washington (1991-1993), demonstrou a 
14 
uperior re i tenda. t1 'bilidade e e 0-
nomia do materiai de c n tru -o com-
pósito de cânhamo p r mparação 
om a fibra de mad ira. m m quand 
ão . ad orno vi 
O Iso banvre é um Ted ob rto mate-
rial de on tru -o c fi ito de· . lo 
de c.anhamo mi turad , m cal. qu 
e ntualmente etrifica num tado mi-
neral ,e dura muito uJo . arq ueó-
log s de cobriram no uJ d rança um 
p nte datando do p rí do m .rov:ingi 
(500-751) que foi c n truíd atr v d t 
pro e o. 
A fibra de cânham foi usada 
da hi tória a ra urdir ta te 
tando também p t n ialidad 
nufactur,a d alcatifa fi rte r 
ao apodrecimento. que eliminam o fu-
mo enen o in r nt à qu ima de 
materiais int tico em in ndio d-
m tico 'ou industriais, b m 
reacçõe alérgica a o iad 
intétka . 
odem fabricar- tu anatiza-
ção de plásti ( tub d ) U ando 
celulo e de cânhamo r, no á.v I mo 
matéria-prima , uími • ub tituind o 
carvão não-rena " v � � ou mal ria -pri-
ma quími b a em p tI leo. 
Pod mo p . 'im ginar uma 
futuro con ruída naJizada, p·n 
do 
mobilad com a prin 'p I r, u r no-
áv 1 do mund - amo. 
religiosas do mundo até aos nossos mais 
irreverentes satiristas. Eles incluem Lewis 
Carroll e a sua lagarta fumadora de nar-
guilé em Alice n,o Pais das Maravilhas, 
além de Victor Hugo e Alexandre Du-
mas; grandes nomes do jazz como LouisArmstrong, Cab Calloway, Duke Elling-
ton e Gene Krupa; e o padrão continua 
até aos nossos dias com artistas tais 
como os Beatles, os Rolling Stones, os 
Eagtes, os Doobie Brothers, Bob Marley, 
o Jefferson Airplane, Willie Nelson, 
Buddy Rich, os Country Joe & the Fish, 
Jae Walsh, David Carradine, David Bo-
wie, Iggy Pop, Lola Falana, Neil Dia-
mond, Hunter S. Thompson, Peter Tosh, 
os Grateful Dead, os Cypress Hill, Sinead 
O'Connor, os Black Crowes, etc. 
Evidentemente, fumar marjuana ape-
nas estimula a criatividade de algumas 
pessoas, nã,o de todas. 
Mas, pela história fora, diversos gru-
pos proibicionistas e de CCtemperância" 
tentaram proibir as substâncias recreati-
vas preferidas de outrém, tais como o 
álcool, o tabaco e a cannabis, e foram 
ocasionalmente bem sucedido . 
Abraão Lincoln respondeu a este tipo 
de mentalidade repressiva quando disse 
em Dezembro de 840: 
"A proibição ( ... ) ultrapassa os limites 
da razão ao tentar controlar o apetite 
humano através da legislação, e crimina-
liza coisas que não são crimes ( ... ) Uma 
lei proibicionista fere os próprios princí-
pios sobre os quais foi fundado o nosso 
" governo. 
13. ESTABILIDADE ECONÓMICA, 
!LUCRO E COMÉRCIO LIVRE 
� � � � � � � � � � � � � � que nU_fi � � � � � � � � com. -petltlv , no qual sao conheCidos to-
dos os factos, as pessoas irão a correr 
comprar tops ou jeans biodegradáveis 
feitos de cânhamo, uma planta que não 
contém pesticidas nem herbicidas. Al-
gumas das companhias que abriram 
caminho com produtos deste tipo são a 
15 
Ecolution, a Hempstead, a Marie Mills, a 
Ohio Hempery, a Two Star Dog, a 
Headcase, e na Alemanha a HanfHaus e 
outras. 
Chegou a altura de testarmos o capita-
lismo e deixarmos que seja o mercado 
não-regulamentado da oferta e da pro-
cura, assim como a consciência ecológica 
"verde': a decidirem o futuro do planeta. 
Em 1776, urna camisa de algodão custa-
va entre 100 a 200 dólares, enquanto uma 
camisa de cânhamo custava entre meio e 
um dólar. Por volta de 1830, camisas de 
algodão mais fr·escas e leves estavam a par 
em preço com as camisas de cânhamo, 
mais quentes e pesadas, proporcionando 
uma escolha competitiva. 
A época, as pessoas eram livres de es-
colher o seu vestuário baseando-se nas 
propriedades particulares que desejavam 
num tecido. Hoje não temos tal escolha. 
O papel a desempenhar pelo cânhamo 
e outras fibras naturais dev.ia ser determi-
nado pelo mercado da oferta e da pro cu -
ra, e por gostos e valores pessoais, e não 
pela indevida intluência de leis proibi-
cionistas, subsídios federais e tarifas ele-
vadíssimas que impedem os tecidos na-
turais de substituir as fibras sintéticas. 
Sessenta anos de supressão governa-
mental de informação resultaram no vir-
tual de conhecimento público do incrí-
vel potencial dos usos da fibra de câ-
nhamo. 
Usando cânhamo puro, ou misturando 
cânhamo com algodã.o, poderemos legar 
as nossas camisas, calças e outras peça de 
roupa aos nossos neto . Uma política de 
fomento inteligente poderia substituir 
essencialmente o uso de fibras petro-
químicas sintéticas por fibras naturais 
biodegradáveis, que são mais resistentes, 
baratas, frescas e absorventes do que o 
nylon e o poliéster. . 
A China, a Itália e países da Europa 
Oriental como a Hungria) a Roménia, a 
Checoslováquia, a PolÓnia e a Rússia ga-
nham anualmente milhões de dólares 
fabricando resistentes têxteis de cânha-
mo e cânhamo/algodão - e p diam ga-
nhar milhare de milhõe . 
E tes países e tão a apo tar nas uas tra-
dicionais capa idades agrícolas têxteO 
enquanto os .u. tentam forçar a xtinção 
de ta planta com vista à promoção de de -
trutivas tecnologia intéticas. 
Até 1991, nem sequer têxteis c ntend 
mi turas cânhamo/algodão eram autori-
zado para venda directa n .U. O chi-
neses, por exemploi eram obrigado 
por acordo tácito - a en iar-no ra-
mi/algodõe de qualidade inferior. 
(National ImportJExport 11 xtile Company of 
hanghai, comunicaçõe pessoai com o autor, Abril 
e Maio de 1983.) 
Quando seguiu para o prelo a edição 
de 1990 de O Rei Vai Nu, chegaram da 
China e da Hungria roupas contendo 
pelo menos 55% cânhamo-de-cannabi . 
Em 1992, ao seguirmos para o pr I , 
chegaram directamente da China e da 
Hungria muitas qualidade difer nte 
de tecidos feitos de dnham puro. 
Agora, em 1998, o tecido de cânhamo 
está a ter uma procura xplo i · a em 
todo o mundo, chegando da Roménia, 
PoJónia, Itália, Alemanha. e outros paí-
ses. O cânhamo foi reconhecido c mo o 
tecido mais "quente" da década d 90 
pelas publicações Rolling St·one, Tim e, 
Newsweek, Paper, Detour, Detaíls, Made-
moiselle, The New York Times, The Lo 
Angeles Times, Der Spiegel, entre muita 
outras, Todas e tas publicaçõe apren-
taram repetidamente artigo impor-
tantes sobre o çânhamo indu tria e 
nutricional. 
Adicionalmente, o cânhamo pIantad 
para obtenção de biornassa podia ali-
mentar uma indústria energética de um 
bilião de dólares por ano, ao me mo 
tempo que melhorava a qualidade do ar 
e distribuía riqueza nas área rurai e 
comunidade circundante, t rnand -
-a independentes dos monopólio d 
energia centralizados. O cânhamo ft -
re e a prom a d uma e n mIa e 
1 
o 
o 
para pro ar q fi . na 
e proiui.ssemo todo ,o ,combustíveis 
fósseis e os dm ado bem como o 
corte d ,árvo1'e5 para ,abastr as celulo-
s . Ia' CD;W1rUfão' ci il,. de moda ti itl1ler-
fer o' efeito' de ,estufa ,e p rar ad � � � � � � s-
tQfão, salvtm .0' assim o .plan :UJ - então 
conhece- ap � � � � � � um únko recurso 
natural anualmente r:. ltO áve1 apaz de 
Jomu ra maior parte do pap .1 texteis 
e aUm n tos do mundo' tisfaz r todas 
as necessidad · mundia;sm termos d'· 
tr,ansporles e energia, dom fica in-
� � � � � � � � � ao mesmo' mpo' que reduz a 
p.oluiçao, re on itui (1 010 I limpa a 
atmosfera. .. 
E essa ' ub t nÔQ é - a mesma já fez 
tudo ;s o antes - o ânhamo-de-
-Ca,mab' co . a .arij lannJ 
Notas: 
1. o ord 
BritOtm; 
Ency I 'Pa dia 
U • Hemp 
A BATALHA DO BOLETIM 404 
ou COMO A I Q GUERRA MUNDIAL NOS CUSTOU O 
CÂ.NHAMO E AS fLORESTAS 
o Cenário 
Em 1917, o mundo combatia a Pri-
meira Guerra Mundial. Na América, 
os industriais, a quem acabava de ser 
imposto o alário mínimo e taxas pro-
gressivas sobre os rendimentos, anda-
vam desvairados. Os ideais progressis-
tas foram- e perdendo à medida que 
os Estados Unidos tomavam o seu ]u-
gar no palco mundial do conflito pela 
supremacia comercial. 
Foi contra este pano de fundo que 
teve lugar o primeiro drama do câ-
nhamo desenrolado no século XX. 
Os Jogadores 
A história começa em 1916, pouco 
depois da publicação do Bulletin 404 
do USDA (ver página 20). Perto de San 
Diego, Califórnia, um imigrante de 50 
anos chamado George Schlichten de-
senvolvera uma invenção simples mas 
brilhante na qual dispendera 18 anos e 
400.000 d lares - o descorticador, 
uma máquina capaz de descascar a 
fibra de qualquer planta, deixando ficar 
a polpa. Para construí-la, Schlichten 
desenvolvera um conhecimento enci-
clopédico sobre fibras e fabrico de pa-
pel. O seu desejo era pôr fim ao abate 
de flore tas para obtenção de papel, 
prática que considerava criminosa. A 
gestão flore tal estava bem avançada na 
sua Alemanha nata], e Schlichten sabia 
que destruir florestas significava des@ 
truir aquíferos necessários. 
Henry Timken, próspero industrial 
e inventor do rolamento esférico, ou-
viu falar da invenção de Schlichten e 
encontrou- e com o inventor em Feve-
reiro de 1917. Timken considerava o 
descorticador uma invenção revolu-
17 
cionária que melhoraria as condições 
de vida da Humanidade. Timken pro-
pôs-se plantar 100 acres de cânhamo 
no seu rancho situado nos férteis cam-
pos de Imperial Va II ey, Califórnia, 
mesmo a leste de San Diego, para Sch-
.lichtenpoder testar a sua invenção. 
Pouco tempo depois, Timken reu-
niu-se com o magnata da imprensa E. 
W. Scripps, e o velho associado deste, 
Milton McRae, em Miramar, a casa de 
Scripps em San Diego. Scripps, então 
com 63 anos, acumulara a maior ca-
deia de jornais do país. Timken espe-
rava interessar Scripps no fabrico de 
papel de jornal a partir de miolo de 
cânhamo. 
Os barões da imprensa da viragem 
do século precisavam de enormes 
quantidades de papel para satisfazer as 
suas tiragens crescentes. Quase 30% das 
quatro milhões de toneladas de papel 
fabricadas em 1909 era papel de jornal; 
em 1914, a circulação de jornais diários 
aumentara 11'/0 relativamente aos nú-
meros de 1909, para mais de 28 milhões 
de exemplares. l Em 1917, o preço do pa-
pel de jornal subia rapidamente, e 
McRae, que, desde 1904, andava a con-
siderar a hipótese de explorar uma fá-
brica de papel, estava preocupado. 
Plantando as Sementes 
Em Maio, após reuniões adicionais 
com Timken, Scripps pediu a McRae 
que investigasse a possibilidade de usar 
o descorticador na fabricação de papel 
de jornaL 
McRae entusiasmou-se de imediato 
com o plano, chamando ao descortica-
dor «uma grande invenção ( ... ) que 
não apenas prestará um grande serviço 
a este paí ,mas erá financeiramente 
lucrativa ( . . . ) ele p derá revolucionar 
a condições � � � � � � � � � � � � � Corno se apro-
xima e a estação das colheita, mar-
cou- e um encontro, que teve lugar a 3 
"O miolo de cânhamo é um 
sucesso prático e produzirá 
papel de melhor qualidade do 
que o normalmente usado para 
imprimir jornais, " afirmou 
Schllchten. 
de Agosto, entre chlichten, McRae e o 
gestor do jornal, Ed Chase. 
Sem o conhecimento de chLichten, 
McRae instruira a sua secretária para 
gravar estenograficamente a reunião 
de três horas. Até à data, o documento 
resu1tante é o único regi to conhecido 
sobre o volumoso conhecimento de 
Schlichten. 
Schlichten estudara minuci a-
mente m uitos tipo de planta u adas 
para fazer papel. entre ela o milho, o 
algodão, a yucca e a Espmla bacata. O 
cânhamo, aparentemente, era a ua 
preferida: 
((O miolo de cânhamo é um uce o 
prát ico e fará papel de m Ihor quali-
dade do que normalment u ado 
para imprimir jornais," afirm u. 
Schlichten afirmava que e t . pap I 
de cânhamo seria de melh r qualidade 
ainda do que o produzido para o Bul-
letin 404 do USDA, porque o de CO[-
ticador e]iminava O proce 50 de d -
composição, deixando filamento cur-
tos e uma cola natural que dava n-
sistência ao papel. 
Aos nívei de produção de cânham 
registados em 1917, Schlichten anteci-
pava fabricar 50.000 toneladas de 
papel por ano, a um preço d retalho 
de 2S dólares por tonelada. Isto era 
menos de 50% do preço que cu tava o 
18 
papel de j rnal na altura. ,a re en-
tava chlichten. cada a Te d ãnhamo 
'tran formado eu pap 1 pre erva ri a 
re d flore ta. 
cRae entiu- e impre i nado 
hJj hten. I h mem que jantava 
tria e cr \' u a 
r ceio de eq #. . . 
e apitã da indú -
. imken. Diria em 
que r. hlichten 
m unpre lon u como d umh -
mem d grand intele u lidade e ca-
pacidade; e tanto uando me é dad 
ob er ar. le criou e c n trmu uma 
má.quina maravilho cRae incum-
biu eh e de pa sar o má imo de 
tempo po í eI com chlí hten e 
pr parar um rel tório. 
Estaçõo dos Colheitas 
mAgo to, a tr me apena 
de cre cimento, a u]tura d ãnhamo 
de Tirnken atingira o eu tamanho 
máximo - 4 6 m tro ! - o ue o 
fazia entif- altamente ptimia 
quanto ao prognó tic d ta. E p -
ra a d locar- a lifórnia para a-. tu a d ç rtica - da colheita, c n-
'd raIldo- n eí or da Huma-
nidad 
um 
r lad n tava 
p imi ta. le 
que, redi-
país ru[na 
qu rete-
to 
to, 
ua irmã, 
Quand o r. c ae m 
do aumento Utiinent d pr 
pel bran • d" -Lhe u m c n ide-
fava incon i n t ba tanU para não 
me pr cup r com oi a': redi-
tava- e qu pr do papel ubiria 
50%, o qu cu taria a ripp a totalí-
--
dade do seu lucro anual de 1.250.000 
dólares! Ao invés de desenvolver uma 
nova tecnologia, ele escolheu a saída 
mais fácil: o Rei da Impren a de 
Tostão planeava simplesmente subir o 
preço dos seus jornais entre um e dois 
cêntimos. o fim 
Em 28 de Agosto, Bd Chase enviou o 
seu relatório completo a Scripps e 
McRae. Chase ficara também impres-
sionado com o processo: "Vi uma in-
venção simples mas maravilhosa. 
G. w. 'CHlItMl[II. 
1,308,378, hCaclelll!l1r I, 1919. • llceU-1Illi I , 
� �
� � � � � �
� � � � � � � � � � � � �
� � �
Patente do descorticador de Schlichten 
Acredito que ela revolucionará. muitos 
dos processos relacionados com a ali-
mentação, o vestuário e a atisfação de 
outras necessidades da � � � � � � � � � � � � �
Chase observou o descorticador 
processar sete toneladas de miolo de 
cânhamo em dois dias. Schlichten 
antecipou que, em regime de pro-
dução máxima, cada máquina proces-
aria cinco toneladas por dia. Chase 
estimou que o cânhamo podia abaste-
cer facilmente os jornais de Scripps na 
Costa Oeste, sobrando polpa residual 
suficiente para venda a pequenas em-
presas. Ele estimou que o papel de jor-
nal custaria entre 25 e 25 dólares por 
tonelada, e propôs-se perguntar a uma 
fábrica de papel da Costa Leste se 
estaria interessada em fazer experiên-
cias com eles. 
McRae, porém, parece ter entendido 
que o seu patrão já não estava muito 
interessado em fazer papel a partir de 
cânhamo. A sua resposta ao relatório 
de Chase é cautelosa: «Muito haverá 
que determinar quanto à praticabilida-
de dos custos de transporte, fabrico, 
etc.) etc., os quais só poderemos deter-
minar procedendo às devidas investi-
gações': Possivelmente. quando os seus 
ideais colidiram com o duro esforço de 
os desenvol er) o semi-reformado Mc-
Rae recuou. 
19 
Em Setembro, a colheita de Timken 
estava a produzir uma tonelada de 
fibra e quatro toneladas de miolo por 
acre, e ele estava a tentar interessar 
Scripps em abrir uma fábrica de papel 
em San Diego. McRae e Chase deslo-
caram-se a Cleveland e passaram duas 
horas a convencer Timken de que, en-
quanto o miolo de cânhamo era uti-
lizável para fazer outros tipos de papel, 
era inviável tran formá-lo em papel de 
jornal assaz economicamente. É pos-
si vel que as experiências em curso na 
fábrica de papel da zona leste não esti-
vessem a ser encorajadoras - afinal, a 
fábrica estava preparada para fazer pa-
pel de polpa de madeira. 
Por esta altura, também Timken 
estava a sentir o aperto da economia 
- --- ---- - -
de guerra. E perava pagar 54% de im-
posto bre rendimentos e e tava a 
tentar o nseguir um ,empréstimo de 2 
milhões de dólares a um jur de ]0% 
com vi ta a reconverter o seu parque 
de máquinas para fins militares. O ho-
mem que poucas semana ante , an ia-
va por e de locar à Califórnia · não 
fazia quai quer tenção de víajar para 
oeste naquele inverno. Di e a Me' ae: 
"Acho que ou estar upado como o 
diabo a tratar d negó i ne ta parte 
d ' » o paIs. 
O descorticad r v Itaria a . r falado 
nos anos 30) quando) m artigo pu-
blicados nas revista Mechanical Engi-
neering e Popular Mechanics) foi pr -
movido como a máquina que tornaria 
o cânhamo uma '(colheita mu'ltimili -
10 
nária': ( 
acredita 3-
'n entad n 
mi 
ha 
d 
cr pp. 2. -2 
otas: 
1 d Rei. 
� � � � � � � � � � ra 
c .) I ma ez 
ra indú tria do m-
a, d la ez p la Lei 
3!lJU na de 19 7· 
- I enKomp 
l. 'o Id Almonnc. 191 " .:U ,I 17. 
ilt n 
, larem nt. 
L 
uando ubli u o Bul-
U ' 
POR QUE NÃO HAVEMOS DE USAR O CÂNHAMO 
PARA INVERTER O EFEITO DE ESTUFA E SALVAR 
O MUNDO? 
No início de 1989, Jack Herer e Ma-ria Farrow colocaram esta questão 
a Steve Rawlings, o funcionário mais 
graduado do Departamento de Agri-
cultura dos E.U., que estava encarre-
gado de inverter o Efeito de Estufa,

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