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Resumo Anatomia e Fisiologia- Cardiologia

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ANATOMIA DO SISTEMA CARDÍACO 
- O coração é composto de 4 câmaras: Átrio Direito, Átrio 
Esquerdo, Ventrículo Direito e Ventrículo Esquerdo. Mais: V. 
Cava Superior e V. Cava Inferior, A. Pulmonar, V. Pulmonar, A. 
Aorta, Valva Tricuspide( lado direito), Valva Mitral (lado 
esquerdo). 
- Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que 
irão envolver as valvas atrioventriculares e não irão conduzir 
potenciais de ação. 
- O coração se localiza no mediastino. 2/3 para esquerda e 1/3 
para direita. 
- O ápice do coração é o ventrículo esquerdo, e a base são os 
átrios direito e esquerdo. 
- Faces: esternocostal, diagragmática, pulmonar direita e 
pulmonar esquerda. 
- O coração direito recebe sangue pouco oxigenado (venoso), vindo da veia cava inferior e bombeia sangue até o 
pulmão pela A. pulmonar, onde haverá a troca gasosa. Já o coração esquerdo recebe sangue muito oxigenado 
(sangue arterial) pela V. pulmonar e bombeia sangue para o restante de todo corpo através da A. Aorta. 
- O coração é composto de 3 tipos de músculos: MÚSCULO ATRIAL, MÚSCULO VENTRICULAR e FIBRAS EXCITATÓRIAS 
E CONDUTORAS. O músculo atrial e o ventricular possui uma contração mais longa que o músculo esquelético, e as 
fibras excitatórias possuem descargas elétricas rítmicas- ou potenciais de ação- que controlam o ritmo do batimento 
cardíaco. 
- A vascularização do coração dá-se pelas A. coronárias (primeiros ramos da A. Aorta), e pela V. cardíacas. 
 
- HISTOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO: (1) ENDOCÁRDIO: envolve todo o coração 
 (2) MIOCÁRDIO: tecido muscular estriado cardíaco- contém miofribilas 
 com filamentos de actina e miosina. As células do miocárdio são 
 alongadas e ramificadas e entre elas há junções: Discos intercalados. 
 (3) EPICÁRDIO: tecido adiposo. Visto principalmente na base do coração. 
 (4) PERICARDIO: Membrana fibro-serosa que envolve todo coração. 
 “Saco”. É formado por 2 camadas: Pericárdio Fibroso e Pericárdio 
 Seroso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- As células do miocárdio tem caráter “sincicial”, ou seja, são células individuais, mas que são conectadas entre si 
pelos discos intercalados. Nesses discos intercalares há junções gap que permitem a passagem de potenciais de ação 
pela difusão de íons. 
 
• VALVAS 
(1) VALVAS ATRIOVENTRICULARES (TRICUSPIDE E MITRAL): Evitam o refluxo do sangue dos ventrículos para os 
átrios. Se abrem e se fecham passivamente de acordo com o gradiente de pressão. 
- Nessas válvulas há os Músculos Papilares, que são ligadas a valvas pelas Cordas Tendíneas. Os músculos e as cordas 
não ajudam no fechamento e abertura da mesma, apenas ajudam para que as valvas não sejam empurradas para o 
átrio na sístole ventricular. 
 
(2) VALVAS SEMILUNARES (AÓRTICAS E PULMONARES): Evitam o refluxo do sangue das artérias para os ventrículos. 
- Possuem aberturas menores, por isso a velocidade de ejeção é maior. 
 
• SISTEMA CARDIOVASCULAR 
- O sistema vascular tem como função regular a pressão sanguínea arterial, regulação da temperatura corporal etc. 
- Débito Cardíaco: é a intensidade com que o sangue é bombeado pelos ventrículos. 
- Retorno Venoso: é a intensidade com que o sangue retorna ao átrio direito, pelas veias. 
- ARTÉRIAS: Função de levar o sangue oxigenado para os órgãos e periferias. Possuem parede espessa, tecido 
elástico e bem desenvolvido, além de uma camada de músculo liso. Suportam altas pressões, por isso diz-se que o 
volume de sangue nas artérias é um “Volume Estressado”. 
- ARTERIOLAS: São os menores ramos das artérias. Possuem a camada de músculo liso bem desenvolvida e com 
bastante tônus (contração). É o local de maior resistência ao fluxo sanguíneo. Nas arteríolas há Receptores-alfa-
adrenérgicos que quando estimulados causam contração do m. liso, e há também Receptores-beta-adrenérgicos que 
quando estimulados causam dilatação das arteríolas. Portanto, as arteríolas é o ponto onde há mais alteração da 
resistência. 
- CAPILARES: Possuem parede delgada. É o local onde ocorre troca de nutrientes e água. Substâncias lipossolúveis 
(oxigênio e gás carbônico) se difundem pelos capilares, enquanto substâncias hidrossolúveis não se difundem e 
precisam passar por poros ou entre as células endoteliais. No inicio do capilar, por haver alta pressão hidrostática, há 
FILTRAÇÃO, e no final do capilar, por haver alta pressão oncótica, há ABSORÇÃO. 
- VEIAS: São vasos que possuem alta capacitância, ou seja, capacidade de armazenar sangue em grande quantidade 
em baixas pressões. Possuem valvas, contém pouco tecido elástico, e seu volume é não estressado (em baixa 
pressão). 
-VÊNULAS: Possuem parede fina como os capilares. 
 
- A Velocidade do Fluxo Sanguíneo depende da Quantidade de fluxo (Q) e da Área de corte transversal (A):V= Q/A. 
- A medida que o diâmetro do vaso aumenta, há uma diminuição do fluxo pelo vaso. 
- Os capilares possuem uma área de secção transversa maior, devido a soma de todos os capilares, do que a da A. 
Aorta, por isso a velocidade do fluxo na A. Aorta é 800x maior do que nos capilares. 
- Já a Resistência ao Fluxo Sanguíneo pode ser alterada devido ao diâmetro dos vasos sanguíneos, viscosidade, ou se 
os vasos estão em série ou em paralelo. 
- Complacência dos Vasos Sanguíneos: A complacência, ou capacitância, é o volume de sangue que o vaso pode 
conter sob determinada pressão. C=V/P (V é o volume e P é Pressão). 
- As veias possuem alta complacência, ou seja, possui grandes quantidades de sangue em baixas pressões. 
- As artérias possuem baixa complacência, ou seja, baixo volume de sangue em altas pressões. 
- Quando as artérias envelhecem, há aumento de rigidez em suas paredes, ficando menos elásticas e ainda menos 
complacentes. 
 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDÍACO 
 
• POTENCIAIS DE AÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO 
- É uma ativação elétrica para que o ventrículo seja uma 
bomba, ou seja, para haver contração (despolarização) 
- Essa ativação elétrica normalmente é originada do NODO 
SINOATRIAL, que após o inicio de potencial de ação, irá 
seguir uma sequência cronometrada por todo o músculo 
cardíaco. Essa sequência é de extrema importância, pois é 
necessário que os átrios sejam contraídos antes (1/6 de 
segundo antes) que os ventrículos, e os ventrículos devem 
ser contraído do ápice para a base. 
- Sequência da passagem do potencial de ação: 
(1) NODO SINOATRIAL: Serve como um “Marca-passo 
natural”, que dá o inicio da ativação elétrica. As fibras desse 
Nodo possuem capacidade de AUTO-EXCITAÇÃO devido ao vazamento de íons Na para dentro das células do Nodo. 
- O potencial de repousa da membrana do Sinoatrial é de -60 mV e na despolarização chega a -40 mV. 
- Considerado o “Marca Passo” natural do coração, devido a sua auto-excitação que ocorre mais rápida que as 
demais. 
- Em alguns casos, o Marca Passo pode ocorrer em outros lugares (ex: Nodo AV ou Fibras de Purkinje), e a isso se dá 
o nome de “Marca Passo Ectópico”. Geralmente, nesses casos ocorre uma frequência de batimentos maior. 
(2) NODO ATRIOVENTRICULARES: Apresentam uma condução mais lenta que em outros tecidos, pois isso assegura 
tempo necessário para que os ventrículos se encham antes de serem contraídos. Ocorre então o “retardamento do 
impulso”. 
(3) FEIXE DE HIS (FEIXE COMUM) 
(4) FEIXE DE HIS (RAMO DIREITO E RAMO ESQUERDO) 
(5) FIBRAS DE PURKINJE (condução velozm de 1,5 a 4 m/s). 
 
 
• FASES DOS POTENCIAIS DE AÇÃO 
- Os íons atravessam a membrana plasmática através de difusão simples ou por transporte ativo (ex: Bomba Na e K) 
- A bomba de Na K é a mais utilizada e promove uma voltagem elétrica negativa dentro da célula. 
- Fatores que afetam a velocidade de difusão: diferença de concentração através da membrana, diferença de 
pressão através da membrana. 
- Potencial de Membrana em Repouso: -90 mV 
- Na despolarização, coma abertura de canais rápidos de Na, o Spike chega até -20 mV 
(1) Fase 0- Curso Ascendente: É a fase de despolarização rápida, que é causada pelo aumento de íons Sódio para 
dentro da célula. 
(2) Fase 1- Repolarização Inicial: Fechamento das comportas de Sódio, e aumento da saída de K para fora da célula. 
(3) Fase 2- Platô: Ocorrência de um longo período de potencial de membrana despolarizado e estável nas fibras 
ventriculares e de Purkinje. 
- Para que isso ocorra, é necessário que as correntes de efluxo e influxo de Na e K sejam iguais. E para que isso 
ocorra, há aumento na condutância de Ca (corrente lenta de influxo). Portanto há abertura dos canais de Ca que são 
canais mais lentos, de longa duração. 
(4) Fase 3- Repolarização: Repolarização rápida, com correntes maiores de efluxo de K do que as de influxo. Há 
diminuição de íons Ca e aumento de íons K. 
(5) Fase 4- Potencial da Membrana em Repouso: Volta ao seu nível de repouso (-90 mV), havendo estabilidade do 
influxo e do efluxo. 
 
 
 
 
• CICLO CARDÍACO 
- É o conjunto de eventos cardíacos que ocorre do inicio até o fim de um batimento cardíaco. 
- O ciclo cardíaco inicia-se pelo potencial de ação no Nodo Sinoatrial. 
- Os átrios são considerados “Bomba de Escova”, pois se contraem antes dos ventrículos e bombeiam sangue para os 
ventrículos antes da contração ventricular. 
- SISTOLE: Período de contração e de esvaziamento 
- DIASTOLE: Período de Relaxamento e de enchimento 
- A duração do clico cardíaco é inversamente proporcional à frequência cardíaca. Quando há aumento da frequência 
cardíaca, há diminuição da duração do ciclo cardíaco, além de diminuição da duração do potencial de ação e do 
período de sístole (contração). 
- Ou seja, quando o coração está com uma frequência muito rápida, ele não permanece relaxado tempo suficiente 
para que todas as câmaras encham por completo antes da próxima contração. 
- 1 clico cardíaco = 0,833 segundos por batimento. 
 
 
- ÁTRIOS COMO “BOMBA ESCOVA”: 80% do sangue vindo da V. Cava passa direto do átrio para o ventrículo quando 
as valvas atrioventriculares estão abertas. A contração atrial só irá acontecer de fato para 20% do sangue total. Por 
isso o átrio é considerado uma “Bomba Escova” (ou Primer Pump), pois melhora a eficácia do bombeamento 
ventricular em 20%. 
- O enchimento do ventrículo é muito rápido no 1/3 de tempo, no 2/3 será normal e no 3/3 haverá o transporte de 
20% do sangue final. 
- Portanto, devido a isso, o ventrículo pode se contrair mesmo sem a contração atrial. No repouso isso não será 
problema, porém em atividades físicas isso gerará insuficiência cardíaca. 
 
- VARIAÇÕES NA PRESSÃO ATRIAL (ONDA A, C, V) 
(1) Onda A: Aumento da pressão causada pela contração atrial. 
(2) Onda C: Ocorre quando há contração dos ventrículos, causando ligeiro refluxo de sangue para os átrios no inicio 
da contração ventricular. 
(3) Onda V: Ocorre perto do fim da contração ventricular, resultado de um lento fluxo de sangue das veias para os 
átrios enquanto as valvas atrioventriculares estão fechadas. 
 
- VENTRÍCULOS COMO BOMBA 
- Durante a sístole ventricular há acumulo de sangue nos átrios esquerdos e direito tendo uma forte pressão nos 
átrios, que só alivia com a abertura das valvas atrioventriculares havendo um Período de ENCHIMENTO 
VENTRICULAR RÁPIDO. 
 (1) Período de Contração Isovolumétrica: A pressão ventricular sobe muito rápido, fazendo com que as 
 valvas atrioventriculares se fechem, sendo necessário aproximadamento mais 0,02 a 0,03 segundos para 
 que atinja a pressão suficiente para abrir as valvas semilunares (aórtica e pulmonar). Nesse período haverá 
 contração dos ventrículos, mas sem esvaziamento, ocorrendo a contração isovolumétrica. 
 
(2) Período de Ejeção: Quando a pressão no ventrículo esquerdo aumenta até 80 mmHg (e o direito acima 
de 8 mmHg), as valvas semilunares se abrem e o sangue é lançado para as artérias. 70% do sangu é ejetado 
de forma rápida e 30% de forma mais lenta. 
 
(3) Período de Relaxamento Isovolumétrico: O relaxamento faz com que as pressões diminuam 
rapidamente e causam o fechamento das valvas aórticas e pulmonares, além da espera para a abertura das 
 valvas atrioventriculares, causando relaxamento mas sem alterações no volume. 
 
- VOLUME DIASTÓLICO FINAL: Durante a diástole, o volume ventricular aumenta para 110 ou 120 mL, podendo 
chegar até 150 ou 180 
- DÉBITO SISTÓLICO: Volume que é esvaziado dos ventrículos durante a sístole. Aproximadamente 70 mL. 
- VOLUME SISTÓLICO FINAL: Quantidade de sangue restante em cada ventrículo após a sístole. Aproximadamente 40 
a 50 mL. 
- FRAÇÃO DE EJEÇÃO: Fração do volume final diastólico que é ejetado: cerca de 60%. 
 
• DIAGRAMA VOLUME/PRESSÃO DO FUNCIONAMENTO DOS VENTRÍCULOS 
 
- A área do gráfico mostra a produção de trabalho pelo coração. 
- FASE I- ENCHIMENTO (A -> B): Volume ventricular de aproximadamente 65 mL vai até 135 mL, ou seja, aumento de 
70 mL. 
- FASE II- CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTICA (B -> C): Volume do ventrículo não se altera, pois todas as valvas estão 
fechadas, mas a pressão aumenta até ultrapassar a pressão da Aorta. 
- FASE III- EJEÇÃO (C -> D) 
- FASE IV- RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO (D-> A). 
 
• PRÉ CARGA 
- Considerada como a pressão diastólica final, ou seja, quando o ventrículo está cheio. 
 
• PÓS CARGA 
- Considerada a pressão na Aorta à saída de sangue do ventrículo, ou seja, a pressão sistólica. 
 
 
• REGULAÇÃO DO VOLUME DE BOMBEAMENTO CARDÍACO 
(1) REGULAÇÃO INTRINSECA OU MECANISMO DE FRANK STARLING 
- A quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto é determinado pelo Retorno Venoso. 
- “Quanto mais for distendido o coração, maior será a sua força de contração e maior quantidade de sangue 
bombeado”. 
 
(2) REGULAÇÃO PELAS INVERVAÇÕES 
- Pode ser controlado por Nervos Simpáticos e Nervos Parassimpáticos. 
- A frequência cardíaca aumenta pelos nervos simpáticos, e diminui pelos nervos parassimpáticos (vagos). 
 
 
PRESSÃO, FLUXO E RESISTÊNCIA 
- 84% do volume sanguíneo está contido na circulação sistêmica (64% nas veias, 13% nas artérias e 7% em arteríolas 
e capilares), 9% nos pulmões e 7% no coração. 
- Quando maior a área de secção transversa, menor a velocidade para que o fluxo seja sempre constante. (Capilares 
possuem maior área de secção transversa do que a A Aorta, por isso a velocidade na Aorta é muito maior do que nos 
capilares). 
 
• PRINCIPIOS BÁSICOS DA FUNÇÃO CIRCULATÓRIA 
(1) A velocidade do fluxo sanguíneo para os tecidos corporais é quase sempre controlada pela necessidade do 
próprio tecido. Ou seja, quanto mais ativo for o tecido, maior será o seu fluxo sanguíneo. Para esse controle, 
ocorrem contrações e dilatações dos vasos. 
(2) O débito cardíaco é controlado pela soma de todos os fluxos teciduais locais. 
(3) A regulação da pressão arterial é geralmente independente do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco, 
devido a resposta de reflexos nervosos (ex: barorreceptores) e controle pelos rins a longo prazo. 
 
• PRESSÃO 
- A Pressão na A. Aorta é alta (100 mmHg), pois o sangue vem diretamente bombeado do ventrículo esquerdo. 
- A medida que o sangue flui, a pressão vai caindo até chegar a 0 mmHg nas veias cavas. 
- Quando há aumento da pressão arterial, há aumento da resistência vascular (Autorregulação da Pressão). 
- A estimulação simpática também pode promover uma relação entre pressão e fluxo: Quando há inibição da 
atividade simpática há vasodilatação, e quando há estimulo ocorre a vasoconstrição. 
 
• FLUXO SANGUÍNEO (Q) 
- É a quantidade de sangue que passa em determinado ponto da circulação durante certo intervalo de tempo. 
- Fluxo sanguíneo total em um adulto em repouso: 5.000 mL, ou seja, aproximadamente 5 L/min. 
- O fluxo sanguíneo é determinado por 2 fatores: 
(1) Diferença de pressão sanguínea entre as 2 extremidadesdo vaso 
(2) Resistência Vascular 
- Então Q= ∆P/R 
- Fluxo Laminar no Sangue: Quando o sangue flui estável pelo vaso sanguíneo, ele se organiza em linhas de corrente 
em camadas equidistantes na parede do vaso. Isso é chamado de Fluxo Laminar (oposto ao Fluxo Turbulento). 
- No fluxo laminar, a velocidade do fluxo no centro do vaso é muito maior do que próximo as extremidades, por isso 
quando analisa-se a mistura das velocidades do fluxo, encontra-se um “Perfil Parabólico”. 
- Fluxo Turbulento: O fluxo pode ficar turbulento e desordenado, quando a intensidade do fluxo é muito alta, ou 
quando o sangue passa por obstrução no vaso por ângulo fechado ou por superfície áspera. Esse fluxo turbulento 
gera aumento na resistência vascular. 
- Fatores que promovem um fluxo turbulento: Velocidade do Fluxo, Diâmetro do Vaso, Densidade do Sangue, 
Viscosidade do sangue. 
- Essa turbulência geralmente ocorre em vasos de maior calibre: A. Aorta e A. Pulmonar, pois nesses locais ocorrem 
condições favoráveis a isso como: alta velocidade de fluxo, natureza pulsátil do fluxo, alteração súbita do diâmetro 
do vaso, grande diâmetro. 
- A resistência ao fluxo sanguíneo irá então acontecer quando houver impedimento de passagem do fluxo sanguíneo. 
 
•CONDUTÂNCIA/ RESISTÊNCIA 
- A condutância é a medida do fluxo sanguíneo por um vaso, sob dada diferença de pressão. 
- Pequenas variações no diâmetro do vaso, provocam grandes alterações em sua condutância (capacidade de 
conduzir sangue), ou seja, mesmo o diâmetro aumentando ou diminuindo pouco, a condutância se altera MUITO. 
- Isso ocorre porque a condutância aumenta em proporção direta a quarta potência do diâmetro (Lei de Poiseuille). 
- Quanto mais longa da parede vascular, mais rápido é o fluxo. 
- Quanto maior o diâmetro do vaso, maior a condutância. 
- Isso é muito importante, principalmente nas arteríolas, que com pequenas alterações em seu volume, podem 
interromper ou aumentar o fluxo bruscamente. 
 
• RESISTÊNCIA EM SÉRIE 
- Ocorre em: artérias -> arteríolas -> capilares –> vênulas ->veias 
- Nesse caso, o fluxo em cada vaso é o mesmo, e a resistência total é a soma de todas as resistências de cada vaso. 
 
• RESISTÊNCIA EM PARALELO 
- Ocorre quando há irrigações de vários órgãos e tecidos do corpo. 
- A disposição em paralelo permite que cada tecido regule seu próprio fluxo sanguíneo de modo independente do 
fluxo em outros tecidos. 
- A resistência total será muito menor do que qualquer vaso sanguíneo isolado. 
- A adição de vasos sanguíneos ao circuito, reduz a resistência vascular total. 
 
• VISCOSIDADE DO SANGUE/ RESISTÊNCIA 
- Quando há aumento da viscosidade, há diminuição do fluxo sanguíneo 
- O sangue torna-se viscoso pelo aumento do número de eritrócitos, que aumenta o hematócrito (hematócrito 
médio em homens é de 42 e em mulheres é de 38). Outro fator que altera a viscosidade é a concentração e os tipos 
de proteínas no plasma. 
 
• DISTENSIBILIDADE VASCULAR 
- Distensibilidade: é a fração de aumento de volume para cada mmHg aumentado. 
- Todos os vasos são distensíveis. As artérias possuem grande elasticidade devido a camada de m. liso e por isso 
suportam grandes alterações pulsáteis e faz com que o fluxo sanguíneo para os vasos seja uniforme e contínuo e não 
sofram muitas alterações. 
- Porém, as paredes das artérias são mais fortes que as das veias, portanto as veias dão 8X mais distensíveis que as 
artérias. 
- Conclui-se que: as veias possuem maior distensibilidade que as artérias. 
 
• COMPLACÊNCIA VASCULAR (OU CAPACITÂNCIA) 
- Veias são mais complacentes do que artérias pois transportam grandes quantidades de sangue em baixa pressão. 
 
 
PULSAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
- Pressão de Pulso: Diferença entre a pressão sistólica (120 mmHg) e a pressão diastólica (80 mmHg), ou seja, a 
pressão de pulso é de 40 mmHg. 
- Quando maior o débito sistólico, maior a quantidade de sangue que deve ser acomodado na árvore arterial, 
portanto, maior será a queda da pressão durante a sístole e a diástole, e consequentemente maior será a pressão de 
pulso. 
- Pressão de Pulso= Débito Sistólico/Complacência Arterial. 
- A pressão arterial é medida, usualmente, através do esfignomamometro. 
- A pressão arterial média é a média entre a pressão sistólica e pressão diastólica, sendo que ela geralmente fica 
mais próxima da sistólica. 
 
 
SISTEMA VENOSO 
- As veias tem grande capacidade de armazenamento de sangue. 
- Veias periféricas (ex: poplítea) podem impulsionar sangue diante da chamada “Bomba Venosa Periférica”. 
- Todas as veias fluem para o átrio direito, por isso a pressão no átrio direito (ou retorno venoso) será igual a pressão 
venosa central. A pressão atrial direita normal é de 0 mmHg, mas pode aumentar de 20 a 30 mmHg em condições 
anormais como a insuficiência cardíaca. 
 
MICROCIRCULAÇÃO 
- É na microcirculação onde ocorre o transporte de nutrientes e a remoção de excreções celulares pelos CAPILARES. 
 
- Há no nosso corpo aproximadamente 10 bilhões de capilares, sendo que cada órgão possui sua microcirculação 
organizada de forma específica para atender a sua necessidade. 
- Antes da metarteriola virar capilar, há um ESFINCTER PRÉ CAPILAR. 
- No capilar há vias de passagens: Fenda Intercelular, Cavéolas, e Canais vesiculares. 
- O sangue não flui de forma continua nos capilares, ele é intermitente e pode ser interrompido. Isso ocorre devido a 
presença dos esfincters que determinam a abertura e o fechamento das metarteriolas e a concentração de oxigênio 
nos tecidos. 
- Os capilares em vários tecidos, apresentam diferenças em suas permeabilidades. 
 
•FILTRAÇÃO DE LÍQUIDOS PELOS CAPILARES 
(1) Pressão Hidrostática: Move os líquidos dos capilares para os espaços intersticiais. 
 - Pressão Hidrostática do Capilar: Força o líquido para FORA da membrana 
 - Pressão Hidrostática do Líquido Intersticial: Força o líquido para DENTRO do capilar quando essa pressão 
 for positiva. 
(2) Pressão Oncótica: Geradas por proteínas plasmáticas, faz o líquido se mover dos espaços intersticiais para os 
capilares 
 - Pressão Oncótica do Capilar: Força o líquido para dentro do capilar 
 - Pressão Oncótica do Líquido Intersticial: Força o líquido para fora do capilar. 
 
- Se a soma dessas forças for positiva= haverá Filtração do líquido para os capilares. 
- Se a soma dessas forças for negativa= haverá Absorção do líquido pelos capilares. 
- Em condições normais, a pressão efetiva é positiva, resultando na filtração pelos capilares. 
 
- No inicio dos capilares, ou seja, na porção arterial, há a filtração. (A soma das pressões efetivas dá positiva) 
- No final dos capilares, ou seja, na porção venosa, há absorção. (A soma das pressões efetivas dá negativa) 
- EQUILÍBRIO DE STARLING: Em condições normais, o que é filtrado para fora do capilar é quase igual ao que é 
reabsorvido, com um pequeno desequilíbrio no sistema linfático, fazendo com que a filtração seja maior que a 
absorção. 
 
BULHAS CARDÍACAS 
 
- O regurgitamento de sangue quando fecha as Valvas Atrioventriculares causa a Primeira Bulha- TUM 
- O regurgitamento de sangue quando fecha as Valvas Semilunares causa a Segunda Bulha- TÁ 
- Esses sons são causados pelas vibrações das valvas esticadas + vibrações das paredes adjacentes do coração, que 
quando em contanto com a parede torácica produzem sons possíveis de serem auscultados. 
- A Primeira Bulha geralmente dura 0,14 segundos. 
- A Segunda Bulha geralmente dura 0,11 segundos. 
- A segunda bulha geralmente tem frequência maior do que a primeira, pois as valvas semilunares estão mais 
esticadas que as AV. 
- Terceira Bulha: É uma bulha fraca que ocorre no inicio do terço médio da diástole. Também é conhecida como 
“GALOPE VENTRICULAR”. É uma bulha de difícil audição e geralmente só é detectada pelo fonocardiograma. Ocorre 
normalmente em crianças e adultosjovens, mas quando ocorre em pacientes com mais de 30 anos indica 
insuficiência cardíaca, shunt sanguíneo, congestão pulmonar etc. 
- Quarta Bulha: É uma bulha cardíaca atrial, quase nunca identificada por ausculta pois apresenta frequência muito 
baixa. Ocorre quando os átrios se contraem. É uma bulha anormal, que ocorre tardiamente na diástole. É conhecida 
como “GALOPE ATRIAL”. 
- Bulhas anormais são consideradas Sopros 
Cardíacos. 
 
• ÁREAS DE AUSCULTA 
(1) Área Aórtica: Segundo espaço intercostal, na 
borda esternal direita. 
(2) Área Pulmonar: Segundo espaço intercostal, 
na borda esternal esquerda. 
(3) Área Tricuspide: Quinto espaço intercostal, na 
borda esternal esquerda. 
(4) Área Mitral: Quinto espaço intercostal, próximo a linha hemiclavicular. 
(5) Área Aórtica Acessória: Terceiro espaço intercostal, próximo a borda esternal esquerda. 
 
 
CONTROLE DA CIRCULAÇÃO 
(1) Norepinefrina e Epinefrina: Liberados quando o SN simpático é ativado, fazendo contração de veias e arteríolas. 
(2) Angiotensina II: Potente vasoconstritor, possui o efeito de contrair intensamente pequenas arteríolas, 
aumentando a resistência periférica total e elevando a pressão arterial. 
(3) Vasopressina (ou ADH): Mais intenso que a Angiotensina II. Tem como função principal aumentar a reabsorção 
de água pelos túbulos renais auxiliando no controle de volume corporal. 
(4) Endotelina: É um peptídeo vasoconstritor muito potente. Ocorre principalmente quando há lesões no vaso, 
impedindo o sangramento abundante. 
(5) Bradicinina: Efeito vasodilatador, aumentando a permeabilidade vascular e aumentando o fluxo sanguíneo. 
(6) Histamina: Efeito vasodilatador, liberado quando o tecido é lesado, inflamado ou sofre reação alérgica. 
 
•Controle por íons 
- Aumento nas concentrações de Na, provoca vasoconstrição 
- Aumento nas concentrações de K, Mg, H+, CO2 provocam vasodilatação 
 
• Regulação Nervosa da Circulação 
- Sistema nervoso Simpático: vasoconstrição, aumentam a atividade cardíaca e a frequência cardíaca e a força de 
contração. 
- Sistema Nervoso Parassimpático: Diminui frequência cardíaca e reduz a vasoconstrição. 
- Porém, há constantemente sendo mandados impulsos simpáticos que mantêm normalmente o tônus vasomotor, 
ou seja, a contração leve dos vasos sanguíneos. 
 
 
CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL 
(1) Sistema Barorreceptor: Causado por receptores de estiramento localizados nas parede das grandes artérias 
(parede da Carótida Interna e na parede do Arco Aórtico). Quando a pressão está muito elevada, há sinais 
transmitidos para o SNC que fazem a redução momentânea da pressão arterial (inibição do centro vasoconstritor 
que fica no Trato Solitário do Bulbo) gerando vasodilatação e diminuição da frequência cardíaca. Porém os 
barorreceptores só irão responder a pressões maiores que 60 mmHg. 
- Os barorreceptores não são eficazes no controle da pressão à longo prazo, pois com o aumento da pressão 
constantemente, os mesmo acabam sofrendo uma “reprogramação” e se adaptando a nova pressão. 
(2) Sistema de Quimiorreceptores: É estimulado por quimiorreceptores sensíveis à falta de oxigênio e ao excesso de 
CO2 e íons H+. Quando a pressão cai abaixo de um nível crítico, sinais são enviados ao SNC para que o Centro 
Vasomotor promova vasoconstrição. 
(3) Reflexos atriais e artérias pulmonares 
(4) Reflexo de Volume (átrio/rins): estiramento do átrio promove dilatação reflexa das arteriolas dos rins. 
(5) Reflexo de Brainbrigde (átrio/frequência cardíaca): O aumento da pressão atrial provoca aumento na frequência 
cardíaca. 
 
CONTROLE LENTO DA PRESSÃO ARTERIAL 
- Controlado pela excreção ou retenção de líquido na urina. 
- Aumento do líquido extracelular -> aumento do volume sanguíneo -> aumento da pressão média de enchimento da 
circulação -> aumento do retorno venoso -> aumento do débito cardíaco -> aumento da pressão artéria. 
 
• Sistema Renina- Angiotensina 
- A renina é uma enzima liberada pelos rins quando a pressão arterial cai muito, tendo como objetivo aumentar a 
pressão até voltar ao valor normal. 
- A renina é sintetizada pelos rins e é armazenada nas células justaglomerulares como Pró-renina. Quando a pressão 
diminui, a pró-renina é clivada e torna-se Renina. 
- A renina age com outra proteína plasmática e torna-se Angiotensinogênio. 
-O angiotensinogênio transforma-se em Angiotensina I e nos pulmões é convertida em Angiotensina II. 
-A angiotensina II possui grandes propriedades vasoconstritoras, além de diminuir a excreção de sal e água pelos 
rins, pois faz contrição das arteríolas dos rins e aumenta a produção de aldosterona pelas supra renais. 
- Então: Diminuição da pressão arterial->aumento da produção de renina e consequentemente de angiotensina II -> 
aumento da produção de aldosterona pelas supra-renais-> retensão de sal e água -> aumento do volume 
extracelular -> aumento do retorno venoso -> aumento do débito cardíaco -> aumento da pressão arterial.

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