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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 1 1 Equações diferenciais de 1a ordem 1.1 Equações diferenciais Definição 1: Uma equação cujas incógnitas são funções e que contém, pelo menos, uma derivada ou diferencial dessas funções é denominada de equação diferencial. Definição 2: Se uma equação diferencial só contém diferenciais ou derivadas totais é denominada de equação diferencial ordinária. Definição 3: Se uma equação diferencial contém, pelo menos, uma derivada parcial é denominada de equação diferencial parcial. Exemplos: a) 2 dx dy dx yd x 2 2 =−⋅ b) 0dxydyx =⋅−⋅ ordinárias c) xeyy =+′′ d) ( )yx,zz , 0 y z x z 2 2 2 2 == ∂ ∂ + ∂ ∂ parciais e) ( )zy,x,uu , 0 z u y u x u 2 2 2 2 2 2 == ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ Definição 4: Chama-se ordem de uma equação diferencial a ordem da “maior” derivada que aparece na equação. Definição 5: O grau de uma equação diferencial é o grau da derivada de maior ordem envolvida na equação. Exemplos: a) 0y dx dy dx yd 2 2 =++ b) ( ) 0 dt xd tcos22t dt dx 3 3 2 10 =⋅⋅+−� � � � � � c) x 43 2 2 e dx dy x dx yd =� � � � � � ⋅+� � � � � � � � d) 3 2 22 2 3 y uy yx u x � � � � � � � � ∂ ∂ ⋅=� � � � � � � � ∂⋅∂ ∂ ⋅ e) 0 y u x u 2 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 2 1.2 Resolução Resolver uma equação diferencial significa determinar as funções que satisfazem tal equação. Dessa forma, é pela integração de uma diferencial que se dá a solução e, geometricamente, as curvas que representam soluções são chamadas curvas integrais. Existem 3 tipos de soluções: 1.2.1 Solução geral: é a solução da equação que contém tantas constantes arbitrárias quantas forem as unidades da ordem de integração; 1.2.2 Solução particular: é a solução deduzida da solução geral atribuindo-se valores particulares às constantes; 1.2.3 Solução singular: é uma solução não deduzida da solução geral e que só existe em alguns casos. Exemplos: a) Dada a equação 2x dx dy = , determine a solução geral e represente geometricamente. (esta família de curvas recebe o nome de curvas integrais) b) Sendo dadas as curvas seguintes determinar, para cada uma delas, a equação diferencial de menor ordem possível que não contenha nenhuma constante arbitrária: i) ( ) ( )xcoscxsency 21 ⋅+⋅= ii) 2xcy ⋅= iii) 221 cxcy +⋅= iv) ( )bxcosay +⋅= , onde a e b são constantes v) 2x23x1 ececy −⋅+⋅= Definição 6: Uma condição inicial é uma condição da solução de uma equação diferencial num ponto. Definição 7: Uma condição de contorno é uma condição da solução de uma equação diferencial em 2 ou mais pontos. Definição 8: Uma equação diferencial com uma condição inicial é chamada problema de valor inicial (PVI). Aquelas que envolvem condições de contorno são chamadas problema de valor de contorno (PVC). Exemplos: a) Seja a equação diferencial 0yy =+′′ . Verifique que a função ( ) ( )xcoscxsency 21 ⋅+⋅= é solução da equação diferencial e determine o valor das constantes (a solução particular) através do PVI ( )( )�� =′ = 10y 20y . EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 3 b) Idem para 06y dx dy dx yd 2 2 =−− , 2x 2 3x 1 ececy − ⋅+⋅= , ( ) ( )�� −=′ = 100y 00y . c) Idem para 04yy =+′′ , ( ) ( )2xsenc2xcoscy 21 ⋅+⋅= , ( )( ) � � −=′ −= 54y 34y pi pi . 1.3 Exercícios 1) Sendo dadas as curvas seguintes, determinar para cada uma delas a equação diferencial de menor ordem possível que não contenha nenhuma constante arbitrária: a) 222 cyx =+ R: 0dyydxx =⋅+⋅ b) xecy ⋅= R: 0y dx dy =− c) ( ) 0 xe y x, yxcx 22223 ≠≠−⋅= R: ( ) 0dx3yxdy2xy 22 =⋅−+⋅ d) ( ) ( )2xsenc2xcoscy 21 ⋅+⋅= R: 04ydx yd 2 2 =+ e) ( ) 3x21 cexccy +⋅+= R: 0dx dy dx yd2 dx yd 2 2 3 3 =+⋅− f) x22x1 ececy −⋅+⋅= R: 02ydx dy dx yd 2 2 =−− g) 0y x,, ca ;ay 1 y xln te ≠≡+=�� � � �� � � R: 0dy y xlnxdxy =⋅�� � � �� � � ⋅−⋅ 2) Em cada caso, verificar que a função dada constitui uma solução da equação: a) -2xecy ; 02yy ⋅==+′ b) cbxaxy ; 0y 2 ++==′′′ c) ( ) ( )xsenbxcosay ; 0yy ⋅+⋅==+′′ d) xececy ;x yy x2x1 −⋅+⋅==−′′ − e) cxy ;2x y 2 +==′ f) 2xcy ; x 2yy ⋅==′ g) 2x-ecy ; 02xyy ⋅==+′ h) cy x; y xy 22 =+−=′ i) 2xx2x eecy ; eyy +⋅==−′ j) ( ) � � = −⋅= =+′−′ 4 xy cxcy ; 0yyxy 2 2 2 12 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 4 k) ( )xcosy ; 0yy ==+′′ l) ( ) ( ) ( ) ( ) � � −= += = =′ 5 4 xseny 3xseny xseny ; xcosy 3 2 1 m) � � ⋅−= ⋅= = =−′ x 3 x 2 x 1 e 5 6y e2y ey ; 0yy n) � � ⋅+⋅= = = =+′⋅−′′⋅ 3 2 2 13 3 2 2 1 2 xcxcy xy xy ; 06yy4xyx 3) Em cada caso, determinar ( )� ⋅= dxxfy e a constante de integração c, de modo que y satisfaça a condição dada: a) ( ) ( ) 02y ; xxf 2 == R: ( )8x 3 1y 3 −= b) ( ) ( ) ( ) 2 y ; xcosxf 2 pipi == R: ( )2xsen 4 1 x 2 1y += c) ( ) ( ) ( ) 10y ; 2xcosxf == R: ( ) 1 2 2xseny += d) ( ) ( ) 00y ; exxf 2x- =⋅= R: � � � � � � +−= − 1e 2 1y 2x 4) Em cada caso, verificar que a função dada é solução da equação diferencial correspondente e determinar as constantes de modo que a solução particular satisfaça a condição dada: a) 3y(0) ; ecy ; 0yy x =⋅==+′ − R: xe3y −⋅= b) 6y(1) ; 5ecy ; 5yy x =+⋅==+′ − R: 5ey x1 += − c) 2y(0) ; ecy ; 02xyy 2x −=⋅==+′ − R: 2xe2y −⋅−= d) 3y(1) ; xcy ; x 2y dx dy 2 =⋅== R: 2x3y ⋅= e) ( )( )�� =′ −= +⋅==− 41y 81y ; cxcy ; 0 dx dy dx yd x 2 2 12 2 R: 102xy 2 −= f) ( ) ( )( ) � � =′ = +⋅==+ 32 3y 2 a 2 3y ; bxcosay ; 0y dx yd 2 2 pi pi R: � � � � � � +⋅= 6 xcos2y pi 5) Suponha que r1 e r2 são duas raízes reais e distintas da equação ( ) 0crabar2 =+−+ . Verifique se a função 21 r2r1 xdxdy += , onde d1 e d2 são EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 5 constantes arbitrárias, é uma solução da equação diferencial 0cyybxyax2 =+′+′′ 1.4 Equações de 1a ordem e 1o grau São equações do tipo ( )yx,f dx dy = . Se ( ) ( )( )yx,N yx,Myx,f −= , com ( ) 0yx,N ≠ , podemos escrever: ( ) ( )yx,N yx,M dx dy −= � 0NdyMdx =+ 1.5 Equações de Variáveis Separáveis Se apresentam ou são transformáveis numa equação do tipo 0NdyMdx =+ , onde M e N podem ser: 1.5.1 funções de uma variável ou 1.5.2 produtos com fatores de uma só variável ou 1.5.3 constantes. São equações de fácil solução, bastando isolar os termos de x e y e integrar. Exemplos: a) ( ) ( ) 0dyxy2ydx1y2 =+−− b) 0xdyydx =− c) ( ) 0dyxdxy11x 222 =⋅−⋅−⋅− d) 13x dx dy −= e) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dyxsecytgdxysecxtg =⋅⋅−⋅⋅ 1.6 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geraldas seguintes equações diferenciais: a) ( ) 0ydxdy1x =−− R: ( )1xky −= b) ( )xyx1 y1dxdy 2 2 + + = R: 1 1x kxy 2 2 2 − + = c) ( ) 0xcosy dx dy =⋅+ R: ( )xsene ky = d) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dy xtgysecdx ytgxsec 22 =⋅+⋅ R: ( ) ( )xcotgkytg ⋅= e) dx dy xy2y dx dy xa =� � � � � � +⋅ R: ( )a2a ykxlny ⋅= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 6 f) ( ) ( ) 0dyxy1dxyx1 3232 =−++ R: k y 1 x 1 2 1 y xln 22 =�� � � � � � � +−�� � � �� � � g) ( )( ) ( )( ) 0dybyaxdxbyax 22222222 =−−+++ R: c b y arctg2by ax axlnx a =� � � � � � ⋅−+� � � � � � + − + h) ( ) 0 dx dyytg x 1 =− R: ( ) kycosx =⋅ i) ( ) 0dy1xdx4xy 22 =++ R: ( ) c y 11xln 22 =−+ j) ( ) 0dy2y3dxxy =⋅−−⋅ R: ( )122 kylnx6y =− k) 0dyyexdx 2x =+ − R: kye 2x 2 =+ l) ( ) ( ) 0dyx3dxy2 =−−+ R: ( )( ) kx3y2 =−+ m) ( ) 0dyx1dxxy 2 =⋅+−⋅ R: ( )22 x1ky += n) 4x e dx dy 2 2y + = − R: k 2 x arctge2y +� � � � � � = o) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dyxcosysendxxsenycos2 =⋅+⋅ R: ( )( ) ( ) kysecxsecln =+ 2) Resolva os seguintes problemas de valor inicial (PVI): a) ( ) ( ) 20y ; 0dydxyy 2 ==−− R: xe 2 11 1y − − = b) ( ) 10y ; 0ydydxex ==− R: 12ey x2 −= c) ( ) 41y ; 0dyxdxy ==− R: ( )21xy += d) ( ) ( ) 10y ; 0dy1xdxy2 ==−+ R: y y1 ex1 − =− e) ( ) ( ) ( )3ln2y ; 0dyxxdx 3 ==−+ R: � � � � � � � � − = 1x2 3xlny 2 f) ( ) ( ) ( ) 22y ; 0dyx1dxy1 22 ==−+− R: ( )1x9 1x1y 1y −+=+− g) ( ) ( ) 21y ; 0dyxdxy1 32 ==+− R: ��� � � � � � − ⋅= − + 2 2 x x1 e3 1y 1y h) ( ) 11y ; 0dyx1dxy1 22 ==−+− R: ( ) ( ) 0yarccosxarccos =+ i) ( ) ( ) ( ) 11y ; 0dyx1dxy1 22 ==+++ R: ( ) ( )xarctg 2 yarctg −= pi j) ( ) ( ) ( ) 17y ; 0dyx6xydx3x 2 ==−++ R: ( ) x 6x7y 3 2 − = EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 7 k) ( ) ( ) 00y ; 0ydy1x2dxxe 2y ==+− R: ( ) ( ) 3 1x 11xln1y2e y − + ++=+− − l) ( ) ( ) ( ) 11y ; 0dy1xdxxlny 2 ==+−⋅ R: ( )1xx 2xy 1x 1 +⋅ = + m) ( ) ( ) 00y ; 0dye1dxe 2xx ==+− − R: ( ) ( ) 2 14ln 1e 11elney x 2xx −+ + −+−= n) ( ) ( )( ) ( )( )( ) ( ) ( )3ln3y ; 0dyxtglnydxxtgxcotg ==−+ pi R: ( )( )2xtglny = o) ( ) ( ) ( ) 32y ; 0dy3ycosdx2xsen pipi ==+ R: ( ) ( ) 32x3cos3y2sen += p) ( ) 10y ; 0dyyexdx x ==+ − R: ( ) 1x12ey x2 −−= q) ( ) 20r ;r d dr == θ R: θ2er = r) ( ) 20y ; yxy 2x dx dy 2 −=+ = R: ( )[ ]2 222 x1elny += s) ( ) ( ) 10y ; x1xy dx dy 2123 =+= − R: ( ) 212 2 x123 1y +− = t) ( ) 02y ; 2y1 2x dx dy = + = R: ( ) 4xy1y 2 −=+ u) ( ) ( ) 00y ; 0dy1ydxxe 5x 2 ==−+ R: ( ) 36yy3e 5x 2 =−+ 3) Observe que a equação yx 4xy dx dy − − = não é separável, mas se a variável y for substituída por uma nova variável v, definida por x y v = , então a equação se torna separável em x e v. Ache a solução da equação dada usando esta técnica. R: ( ) ( ) k2xy2xy 3 =−+ 1.7 Equações Homogêneas Definição 9: Diz-se que uma função ( )zy,x,f é homogênea se, substituindo-se x por kx, y por ky e z por kz, for verdadeira a igualdade ( ) ( )zy,x,fkkzky,kx,f m ⋅= , onde m é dito grau de homogeneidade. Exemplos: a) ( ) 22 y2xyxyx,f +−= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 8 b) ( ) 5 3323 zxyzyxyxzy,x,f −−++= c) ( ) � � � � � � + ++ +− = x y sen yxyx yxyxyx,f 22 22 Definição 10: As equações homogêneas são do tipo, ou podem ser transformadas, em 0NdyMdx =+ , onde M e N são funções homogêneas do mesmo grau. Exemplos: a) ( ) 0dy2xydxyx 22 =⋅−⋅− b) ( ) ( ) 0dy4yxdxy2x =⋅+−⋅− c) ( ) ( ) 0dy4yxdxyx 22 =⋅+−⋅− Seja 0NdyMdx =+ uma equação homogênea. Então, NdyMdx −= � N M dx dy −= . Como a equação é homogênea, M e N têm o mesmo grau de homogeneidade m. Daí, se dividirmos M e N por xm, transformaremos N M − numa função do tipo � � � � � � x yF . Daí, � � � � � � = x yF dx dy . (I) Se fizermos t x y = ou txy = e derivarmos em relação a x, teremos a equação dx dt xt dx dy += . (II) Substituindo (II) em (I), F(t) dx dt xt =+ � x dx tF(t) dt = − , que é uma equação de variáveis separáveis. Exemplos: a) ( ) 0dxx2xyydy2x 222 =⋅−−+⋅ b) ( ) 0dxyxdyxy 332 =⋅+−⋅ c) ( ) 0dy2xydx3yx 22 =⋅+⋅− 1.8 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) ( ) 02xydydxyx 22 =−− R: k3xyx 23 =− b) ( ) 0xydydxyx 22 =−+ R: 2 2 2x y ekx = c) ( ) ( ) 0dyyxdxyx =+−− R: ky2xyx 22 =−− EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 9 d) ( ) ( ) 0ydyy2xdxyx 22 =+++ R: ky3xyx 323 =++ e) ( ) ( ) 0dyxydxyx =−++ R: ( )[ ] � � � � � � ⋅=+ x y arctg2yxkln 22 f) ( ) ( ) 0dyyxdxy2xx 22 =+++ R: kyy3xx 323 =++ g) 0 x;dx yxydxxdy 22 >+=− R: 222 kxyyx =++ h) ( ) 0xydydxyxyx 22 =−+− R: ( ) k x yyxln =+− i) x y e dx dy x y += R: � � � � � � � � � � � ⋅−= x klnlnxy j) 0xdydxyx x y senx =−�� � � �� � � ++� � � � � � ⋅ R: ( ) � � � � � � −� � � � � � = x y sec x y tgkxln k) ( ) 0 x; 0dyxxy2ydx >=−⋅+ R: ( ) kyln y x =+ l) ( ) ( ) 0dyx3xy4ydxy3xy4x 2222 =+++++ R: ( ) ( ) kyxyx 2322 =+⋅+ m) 0dy y x cosx y x senydx y x cosy =�� � � � � � � �� � � �� � � ⋅−�� � � �� � � ⋅+�� � � �� � � ⋅ R: �� � � �� � � ⋅= y x cossecky n) ( ) 0ydxdy2yx =+− R: ( ) kxyy =−⋅ 2) Resolva os problemas de valor inicial (PVI) abaixo: a) ( ) ( ) 2y ; 1 x; 0dy4yxdxy2x ===+−− R: 092yxyx 22 =+−− b) ( ) 1y ; 2 x; 02xydydx3yx 22 ===+− R: 322 x 8 3 xy −=− c) ( ) � � = + = 11y x xyx dx dy 2 2 R: x xy ex − = d) ( ) � � = � � � � � � ⋅− = 4 1y x x y cosxy dx dy 2 pi R: ( )xln1 x y tg −=� � � � � � e) ( ) � � = + = 13y x 3xy4y dx dy 3 23 R: ( )( ) ( )554 xy3 4 x4yxy ⋅=−+ 3) Dadas as equações abaixo, verifique que a mudança para coordenadas polares, ( )θcosrx ⋅= e ( )θsenry ⋅= , transforma as equações em variáveis separáveis e, então, resolva as equações: a) ( ) 0xydydxyx 22 =−+ R: ( ) 222xykxln = EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 10 b) x y y xln x y dx dy +�� � � �� � � ⋅= R: k y xlnx =�� � � �� � � ⋅ 1.9 Equações Diferenciais Exatas Definição 11: Uma equação na forma, ou redutível à forma 0NdyMdx =+ é diferencial exata se existe ( )yx,U tal que: 0NdyMdxdU =+= (como 0dU = então ( ) cyx,U = é solução da equação diferencial dada) Teorema: Sejam M e N funções contínuas e deriváveis. 0NdyMdx =+ é diferencial exata se, e somente se, x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ . Demonstração: (�) Sejam M e N funções contínuas e deriváveis tais que 0NdyMdx=+ é diferencial exata. Então, ( )yx,U∃ tal que ( ) cyx,U = e 0NdyMdxdU =+= . Pela definição de diferencial total, dy y Udx x UdU ∂ ∂ + ∂ ∂ = dy y Udx x UNdyMdx ∂ ∂ + ∂ ∂ =+ x UM ∂ ∂ = e y UN ∂ ∂ = xy U y M 2 ∂∂ ∂ = ∂ ∂ e y x U x N 2 ∂∂ ∂ = ∂ ∂ . Pelo teorema de Schwartz, xy U y x U 22 ∂∂ ∂ = ∂∂ ∂ . Daí, x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ . (⇐) Sejam M e N funções contínuas e deriváveis tais que x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ . Seja 0NdyMdx =+ . Pelo teorema de Schwartz, �� � � �� � � ∂ ∂ ∂ ∂ =� � � � � � ∂ ∂ ∂ ∂ y U x x U y . Daí, x UM ∂ ∂ = e y UN ∂ ∂ = . dx x UMdx ∂ ∂ = e dy y UNdy ∂ ∂ = . EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 11 0dUdy y Udx x UNdyMdx == ∂ ∂ + ∂ ∂ =+ . Logo, 0NdyMdx =+ é diferencial exata. Exemplo: Verificar se a equação ( ) 0dy2xydxyx 22 =−− é diferencial exata. Resolução: Sabemos que x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ e queremos determinar a função ( )yx,U tal que NdyMdxdU += . Seja �= Mdxw a integral parcial de Mdx , isto é, a integral obtida quando se considera y constante ( )( )yx,MM = . Mostraremos que y wN ∂ ∂ − é função apenas de y: ( ) =�� � � �� � � ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ =�� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ w y x x N y wN x ( ) =�� � � �� � � ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ = �Mdxy x x N ( ) =� � � � � � ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ = �Mdx xy x N ( ) = ∂ ∂ − ∂ ∂ = M y x N 0 y M x N = ∂ ∂ − ∂ ∂ = . Se tomarmos dy y wNwU � �� � � �� � � ∂ ∂ −+= , teremos: =�� � � �� � � ∂ ∂ −+ ∂ ∂ + ∂ ∂ = dy y wNdy y wdx x wdU ( ) = ∂ ∂ −+ ∂ ∂ + ∂ ∂ = � dy y wNdydy y wdx Mdx x NdyMdx += . Logo, ( ) cdy y wNwyx,U =�� � � �� � � ∂ ∂ −+= � , ou ainda: ( ) ( ) cdy Mdx y NMdxyx,U = � � � � � ∂ ∂ −+= � �� é a solução geral da equação. Exemplos: a) ( ) 0dy2yxedxe yy =−+ c) ( ) 0dy2xy dx yx 22 =−− b) ( ) ( )( ) 0dy ycos2xydx yx 23 =+++ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 12 1.10 Fator Integrante Quando a equação ( ) ( ) 0dyyx,Ndxyx,M =+ não é diferencial exata, isto é, x N y M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ , pode-se transformá-la em uma diferencial exata multiplicando-a por uma função (a ser determinada) ( )yx, λ , denominado fator integrante. Exemplo: ( ) 2y 1 ; 0xdydxxy1y ==−+ λ . Pesquisa do Fator Integrante: Seja ( )yx, λ fator integrante de 0NdyMdx =+ . Daí, ( ) ( ) x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ λλ (1) x N N x y M M y ∂ ∂ ⋅+⋅ ∂ ∂ = ∂ ∂ ⋅+⋅ ∂ ∂ λλλλ �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= ∂ ∂ ⋅− ∂ ∂ ⋅ y M x N x N y M λλλ (2) Esta equação é uma equação diferencial parcial de 1a ordem em λ e, portanto, sua solução não poderia ser efetuada por enquanto. Assim, ela se simplifica supondo-se λ função apenas de x ou apenas de y. Suponhamos ( )x λλ = . Então, 0 y = ∂ ∂ λ . Daí e de (2), temos: �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= ∂ ∂ ⋅− y M x N x N λλ ( )N : λ �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= ∂ ∂ ⋅− y M x N N 1 x 1 λ λ �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= ∂ ∂ ⋅ x N y M N 1 x 1 λ λ (3) Como x 1 ∂ ∂ ⋅ λ λ é função apenas de x, seja ( ) ��� � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= x N y M N 1 xR (4) ( ) x 1 xR ∂ ∂ ⋅= λ λ � ( ) dx x 1dxxR �� � � � � � � ∂ ∂ ⋅= λ λ � � ∂ ∂ = = dx x du u λ λ ( ) ( ) ( )λlnulndu u 1dxxR === �� ( )dxxRe �=λ ou dx x N y M N 1 � = � � � � � �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅ eλ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 13 Analogamente, se ( )y λλ = , ( )dyyRe �=λ ou dy y M x N M 1 � = � � � � � �� � � �� � � ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅ eλ Observe que, pelo processo adotado, pode-se obter um fator integrante e não todos os fatores, de modo que as restrições adotadas não prejudicam a pesquisa deste fator. Exemplos: a) ( ) 0dy1xydxy2 =++ b) dxexydxxdy x2=− 1.11 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) ( ) ( ) 0dy23yxdx1y2x =−+−+− R: k4y3y2x2xy2x 22 =+−+− b) ( ) ( ) 0dy y 1 x2xycosxdx x y xycosy = � � � � � ++⋅+ � � � � � +⋅ R: ( ) ( ) Cylnx2yxysen =++ c) 0dy y 3xydx y 2x 4 22 3 = − + R: C y 1 y x 3 2 =− d) ( ) ( ) 0dy4yy6xdx6xy3x 3222 =+++ R: Cyy3xx 4223 =++ e) 22 yx ydxxdyydyxdx + + =+ R: ( ) k4xyyx 222 =−+ f) ( )( ) ( )( ) 0dyxcos1dxxseny1 =−+⋅+ R: ( ) Cyxcosyx =+⋅− g) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) 0dw2twtgwsecdtwttgtsec =+−⋅+−⋅ R: ( ) ( ) k2wwsecwttsec =++− h) ( ) ( )( ) 0 dt dy e3yycosteyysen2t t22t3 =⋅+⋅+⋅+⋅ R: ( ) Ceyysent t32 =⋅+⋅ i) ( ) ( ) ( ) ( )( ) 0 dt dy ttg2yttgtsectsecy 2 =++⋅+⋅ R: ( ) ( ) Ctsecttgyy2 =+⋅+ j) 2222 yxy xdy y dy yx dx +⋅ =+ + R: kyxx 22 =++ k) yxy xyx dx dy 2 2 + + −= R: kyyxx 2222 =++ l) ( ) 02xdydx2yx =−− R: ( ) C4yxx =−⋅ m) ( )( ) ( ) 0dyxsendxxcosyx =−⋅− R: ( ) kxsen2yx2 =⋅− n) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dy xtgysecdx ytgxsec 22 =⋅+⋅ R: ( ) ( ) Cytgxtg =⋅ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 14 o) 0dyyxyxdxyxxy 2222 =� � �� � � +⋅−+� � �� � � +⋅− R: ( ) Kyx3xy 2322 =+− p) ( )( ) ( ) ( )( ) 0dyxycosxysendxxycosy2x3x2 =⋅++⋅++ R: ( ) ( ) cycosxysenxx 23 =−++ q) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dy 2ysenh2xsenhdx 2ycosh2xcosh =⋅+⋅ R: ( ) ( ) C2ycosh2xsenh =⋅ r) 0dy2y2xyeexdx2xey2xye 2222 xyyx2xy2yx =� � � � � � +++� � � � � � ++ R: Cyxee 22xyyx 22 =+++ s) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dyxcotgycotgycossec2xyedxxcossecycossece 22 y2y =� � � � � � ⋅−+� � � � � � − R: ( ) ( ) Cxcotgycossecxe 2y =⋅+ t) ( ) 0dy2y2xyyx 1dx2x yxx yy2 =�� � � �� � � ++ + +�� � � �� � � + +⋅ − R: K x yxlnyxxy 222 =� � � � � � + +++ 2) Determine os fatores integrantes para as seguintes equações: a) ( ) 0xdydxxyx 23 =+− R: 3x 3 e x 1 ⋅=λ b) ( ) 0dyyxyeydx 2y =−+ R: yee y 1 ⋅=λ c) ( ) ( )( ) ( ) 0dyxsendxxtgxcosy =−−⋅ R: ( )xcossec2=λ d) ( ) 0dyxdx2xyx 23 =+− R: 4 x 1 =λ 3) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) ( ) 02xydydxyx 22 =+− R: C x yx 22 = + b) xdyydxdyy2 =+ R: Cyxy2 =+ c) ( )( ) 0dyxlnydx x y 3 =−+ R: ( ) kyyxln 32 =+ d) ( ) 0xydydxyxx 22 =−−+ R: ( ) C6y4x3xx 222 =−+ e) ( ) ( ) 0dyyxdxy2xyy3x 2232 =++++ R: ( ) C3xyye223x =+ f) 1ye dx dy 2x −+= R: 1ekey x2x +⋅=− g) ( ) 0dyysen y xdx =�� � � �� � � −+ R: ( ) ( ) kysenycosyxy =−⋅+ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 15 h) ( ) 0dye2xyydx 2y =−+ − R: ( ) cylnxe2y =− i) ( ) ( )( ) 0dyycossec2yycotgedxe xx =⋅++ R: ( ) Kyysene 2x =+ j) ( )( ) 0xdydxxlnxy 4 =−+ R: ( )( ) Cxxln1x9y 34 =−+ k) ( ) 0dy3x2y2xydx 22 =−+ R: 322 Ky2yx =− l) ( ) ( ) 0dy4x2yxydx2yy 434 =−+++ R: ( ) 23 cy2xyxy =++ m) 0dy3xydx3xe2y 2x3 3 =+� � � � � � + R: Keyx 3x32 =+ n) ( )( ) 0dyxedxetgxee yxyy =+++ R: ( )( ) Ceseclnxe xyx =++ 4) Mostre que as equações abaixo não são exatas, mas tornam-se exatas quando multiplicadas pelo fator integrante dado ao lado. Portanto, resolva as equações: a) ( ) ( ) 3232 xy1yx, ; 0dyy1xdxyx ==++ λ R: ( ) Cylny1x 222 =+− b) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) xxx yeyx, ; 0dy y xcos2eycosdxxsen2e y ysen ==� � � � � � � � + +�� � � �� � � − − − λ R: ( ) ( ) kxcosy2ysenex =⋅+ 5) Achar a solução particular para 0x = na equação: ( )( ) ( ) 0dyysenxdxeycos2x 2x =−−⋅ R: ( ) 1ycosxe 2x =− 6) Resolver os seguintes problemas de valor inicial (PVI): a) ( ) 11y ; 0 dt dyy3t2ty 223 ==+ R: 3 2 ty − = b) ( ) ( ) 10y ; 0 dt dy2t2y4ty3t 22 ==+++ R: 1yy2tt 223 =++ c) ( ) 11y ; 24y3x 53y2x dx dy = +− +− = R: 32y2y5x3xyx 22 =−++− d) ( ) 20y ; 2y12xyxe 4yye dx dy 2xy 3xy = −+ + −= R: 34xyey 3xy2 =−− e) ( ) ( ) 51y ; x yxxln3x dx dy 22 = −+ = R: ( ) 5xlnxxy 3 =⋅− 7) Determine a constante a de modo que a equação seja exata e, então, resolva a equação resultante: a) 0 dx dy axeyex 2xy2xy =++ R: kex 2xy2 =+ b) 0 dx dy y 1ax y 1 x 1 322 = + ++ R: 222 cxyx2y2x =−− c) ( ) 0 dx dy ey2xy3xe yax322yax =+++ ++ R: Cyxe 23yx =++ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 16 d) ( ) ( ) 0dyxyxdxyaxxy 222 =+++ R: ( ) Kx2yyx2 =+⋅ 1.12 Equações Lineares Se apresentam, ou podem ser colocadas, na forma QPy dx dy =+ , onde P e Q são funções de x ou constantes. Observe que, neste tipo de equação, � Pdxe é fator integrante. De fato, QPy dx dy =+ � ( ) 0dydxQPy =+− � � ( ) 0dyedxQPye PdxPdx =�+−� , onde ( )QPyeM Pdx −�=λ e �= PdxeN λ . ( ) � ⋅= ∂ ∂ Pdx eP y M λ e ( ) � ⋅= ∂ ∂ Pdx eP x N λ Daí, transformamos a equação linear em outra diferencial exata. Vamos achar, então, sua solução: ( ) ( ) Cdy dx QPye y edxQPye PdxPdxPdx = � � � � � � � � � � � � � �� � −⋅ � ∂ ∂ − �+ � � �� � −⋅ � � �� (1) ( ) = � � �� � ⋅ � − � � �� � � ⋅⋅= � � �� � −⋅ � ��� dxQedxePydxQPye PdxPdxPdx � � � �� � ⋅ � − � ⋅= dxQeey PdxPdx (2) ( ) �=� � � � � � � � �� � −⋅ � ∂ ∂ � PdxPdx edx QPye y (3) De (1), (2) e (3), temos: �� = � � �� � � − �+ � � �� � ⋅ � − � ⋅ CdyeedxQeey PdxPdxPdxPdx � � CdxQeey PdxPdx + � � �� � ⋅ � = � ⋅ � � � � � �� � +� � � � � � ⋅ � ⋅ � = � − CdxQeey PdxPdx que é a solução geral de uma equação linear de 1a ordem e 1o grau. Exemplos: a) 4x2y dx dy x =+ c) 2x x y dx dy −=− b) xey dx dy =− EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 17 1.13 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) ( ) ( )xsenxtgy dx dy =⋅− R: ( ) ( ) �� � � � � � � +⋅= C 2 xsen xsecy 2 b) ( )( ) ( ) 0dxycosdy1ysenx =−−+ R: ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]Cyy2tgy2secytgysecx ++−⋅+= c) ( ) ( )xarctgy dx dy x1 2 =++ R: ( ) ( )xarctgek1xarctgy −⋅+−= d) ( ) 0 x xcotg x y dx dy =−+ R: ( )( )[ ]Cxsenln x 1y +⋅= e) ( ) ( )xcosxtgy dx dy +⋅= R: ( ) ( ) � � � � � � ++⋅= C2xsen 4 1 x 2 1 xsecy f) 2xy dx dy x =− R: 2xCxy += g) 3x x 2y dx dy =+ R: 2 4 Cx 6 xy −+= h) ( ) 0dy32xydxy2 =+− R: y 1Cyx 2 −= i) xy dx dy =+ R: xek1xy −⋅+−= j) ( )xseny dx dy =+ R: ( ) ( ) xek 2 xcosxseny −⋅+−= k) 4x2e3 14y dx dy + =+ R: ( ) � � � � � ++⋅= − C2e3lney 8 14x4x l) ( ) yyylnx dy dx =⋅− R: ( )yy ek1yx −⋅+⋅= m) ( ) x22 ex2xy dx dy1x ⋅=++ R: ( )[ ]C22xxe 1x 1y 2x2 ++−⋅⋅+ = n) ( ) dyysece2xdydx 22y ⋅⋅=+ − R: ( )[ ]Cytgex 2y +⋅= − o) ( )42 2 2 1y y x 1y 6y dy dx + =⋅ + + R: ( ) ( )[ ]Cyarctgy1y 1 x 32 +−⋅ + = p) ( )xarctgxy x 2 dx dy 2 ⋅=⋅− R: ( ) � � �� � ++−⋅⋅= Cx1lnxarctgxxy 22 q) ( ) ( )( ) 0dxxln2ydyxlnx =⋅−+⋅⋅ R: ( ) ( )xln C xlny += r) ( ) ( )2ysenycosx dy dx =⋅+ R: ( )( ) ( )yseneC1ysen2x −⋅+−⋅= s) ( ) ( ) ( )( )xsen xcosy1xsen dx dy ⋅−− = R: ( ) ( ) ( )( ) ( )[ ]Cxcossecxcotgxcosseclnxseny ++−⋅= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 18 t) ( ) ( )θθ θ 2sen5cotg3r d dr ⋅−=⋅+ R: ( ) ( )θθ 32 cossecksen2r ⋅+⋅−= u) ( ) ( ) ( )( )[ ] 0dx1xcosxsenxydyxcosx =⋅−+⋅⋅+⋅⋅ R: ( ) ( )[ ]xcoskxsen x 1y ⋅+⋅= v) ( ) 1x xy dx dy1xx 2 2 2 − =+−⋅ R: � � � � � � +� � � � � � � � + − ⋅ − = C 1x 1xln 1x xy 2 w) ( ) ( ) ( )xsecxtgxsecy dx dy 22 ⋅=⋅+ R: ( ) ( )xtgeC1xtgy −⋅+−= x) ( ) ( )( )xlnlny dx dy xlnx =+⋅⋅ R: ( )( ) ( ) 1xln k xlnlny −+= y) ( ) ( )θθ θ 4sen2cos2r d dr =⋅+ R: ( ) ( ) 1ek2senr 2sen −⋅+= − θθ 2) Achar a solução particular para 0y = e 0x = na equação: ( ) ( )xsecxtgy dx dy =⋅− R: ( )xsecxy ⋅= 3) Achar a solução particular para by = e ax = na equação: 0ey dx dy x x =−+⋅ R: ( )ax eabe x 1y −+⋅= 1.14 Equações Redutíveis às de Variáveis Separáveis Equações da forma �� � � �� � � ++ ++ = 222 111 cybxa cybxaF dx dy (1) , onde a1, a2, b1, b2, c1, c2 são constantes e o determinante 0 ba ba 22 11 = , podem ser redutíveis a variáveis separáveis. Se o determinante acima é zero, então 0baba 1221 =− . Daí, 1221 baba = � mb b a a 1 2 1 2 == , onde 1 2 c c m ≠ (caso fosse igual seria possível uma simplificação na forma da equação, não sendo necessário, então, o processo em descrição). Desta forma, � � ⋅= ⋅= 12 12 bmb ama (2) . Levando (2) em (1), temos: �� � � �� � � ++ ++ = 211 111 cymbxma cybxaF dx dy � ( ) ��� � �� � � ++ ++ = 211 111 cybxam cybxaF dx dy (3) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 19 Seja ybxat 11 += (4) � xatyb 11 −= � ( )xatb 1y 1 1 −= � � � � � � � � −= 1 1 a dx dt b 1 dx dy (5) Levando (5) e (4) em (3), temos: G(t) cmt ctFa dx dt b 1 2 1 1 1 =�� � � �� � � + + =� � � � � � − � G(t)a dx dt b 1 1 1 =� � � � � � − � � 11 aG(t)bdx dt +⋅= � dx aG(t)b dt 11 = +⋅ , que é uma equação de variáveis separáveis. Exemplos: a) ( ) ( ) 0dx52y4xdy4y2x=+−++− c) 13y6x 1y2x dx dy −− +− = b) ( ) ( ) 0dy12y2xdx1yx =−++++ 1.15 Equações Redutíveis às Homogêneas Equações da forma �� � � �� � � ++ ++ = 222 111 cybxa cybxaF dx dy (1) , onde a1, a2, b1, b2, c1, c2 são constantes e o determinante 0 ba ba 22 11 ≠ , podem ser reduzidas à forma das homogêneas. Considerando o sistema � � =++ =++ 0cybxa 0cybxa 222 111 (2) , com solução genérica α=x e β=y . Reintroduzindo x e y na equação (1) como � � =∴+= =∴+= dydvvy dxduux β α (geometricamente equivale a uma translação dos eixos coordenados para o ponto ( )βα , que é a interseção das retas componentes do sistema (2), o que é verdadeiro, uma vez que o determinante considerado é diferente de zero). ( ) ( ) ( ) ( ) =��� � �� � � ++++ ++++ =�� � � �� � � ++++ ++++ = 22222 11111 222 111 cbvbaua cbvbauaF cvbua cvbuaF du dv βα βα βα βα ( ) ( )��� � �� � � ++++ ++++ = 22222 11111 cbavbua cbavbuaF βα βα (vemos, em (2), que α e β são soluções do sistema) �� � � �� � � + + = vbua vbuaF du dv 22 11 , que é uma equação homogênea. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 20 Exemplos: a) ( ) ( ) 0dy5y2xdx42yx =−+−−+ b) ( ) ( ) 0dy4yxdx2yx =+−+−+ 1.16 Exercícios Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) ( ) ( ) 0dy23y2xdx13y2x =+++−+ R: ( ) k73y2xln3y3x 9 =−+++ b) 1yx 13y3x dx dy ++ +−− = R: ( ) k1yxlny3x 2 =+−−++ c) 3y42x 12yx dx dy ++ ++ = R: ( ) k58yx4ln4y8 =+++− x d) ( ) ( ) 0dy13y9xdx2y3x =+−++− R: ( ) k1y2x6lny62x =+−++ e) 2y3x 13y2x dx dy −+ −− = R: k4y2xy6xy2x 22 =+−−− f) ( ) ( ) 0dy85yxdxx3y =−+++ R: ( ) ( )( ) ( )[ ] ( ) k2 12x 4y52arctg12x4y12x44y5ln 22 =� � � � � � + + − −++−++− g) ( ) ( ) 0dx5y2xdy4y2x =+−++− R: ( ) 3xy1yxC 3 −−=−+ h) ( ) ( ) 0dy56yxdx34yx =−−−−− R: ( ) 2x3y1x2yC 2 +−=+− 1.17 Equação de Bernoulli Se apresentam, ou podem ser transformadas, na forma nQyPy dx dy =+ , onde P e Q são funções de x ou constantes e n é diferente de zero e de um ( )1n0n ≠∧≠ pois, nestes casos, teremos uma equação linear. A equação de Bernoulli se resolve através de sua redução a uma linear. Seja a equação nQyPy dx dy =+ , onde 1ne0n ≠≠ . Dividindo ambos os membros por ny , temos: QPy dx dyy n1n =+ −− (1) Fazendo a substituição ty n1 =− , sendo t uma função de x, teremos: ( ) dx dt n1 1 dx dyy dx dt dx dyyn1 nn − =�=− −− Substituindo na equação (1): QPt dx dt n1 1 =+ − � ( ) ( )n1Qtn1P dx dt −=−+ , que é uma equação linear. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 21 Exemplos: a) 23xy x y2 dx dy =− b) 3xy2xy dx dy =− c) ( )xlnyy dx dy x 2 ⋅=+ 1.18 Exercícios Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: a) 33yxy dx dy x =+ R: 1yCxy2x 2223 =+− b) 33yxxy dx dy =+ R: 2 x2 2 Ce1x 1y ++ = c) yxy x 4 dx dy += R: ( ) 2 4 Cxln 2 1 xy � � � � � � += d) 0xy dx dy2xy 2 =+− R: � � � � � � ⋅= x Clnxy2 e) 22y x 2y dx dy =+ R: 012xyyCx2 =−+ f) ( )dx1yydyx 2 += R: 222 xC xy −= g) ( ) 22 xyxy dx dy x1 +=− R: 1x1C 1y 2 −− = 1.19 Equação de Riccati Se apresentam, ou podem ser transformadas, na forma RQyPy dx dy 2 ++= (2), onde P, Q e R são funções de x ou constantes. Observemos que a equação linear e a de Bernoulli são casos particulares desta (a primeira quando P=0 e a segunda quando R=0). Comprovou-se que a solução dessa equação só é possível quando se conhece uma solução particular 0y . Admitamos, então, uma solução particular 0y da equação RQyPydx dy 2 ++= . Seja zyy 0 += (3), onde z é uma função a determinar. Daí, dx dz dx dy dx dy 0 += (4). Se 0y é solução da equação, podemos escrever: RQyPy dx dy 0 2 0 0 ++= (5) Substituindo (3) e (4) na equação (2), temos: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 22 ( ) ( ) RzyQzyP dx dz dx dy 0 2 0 0 ++++=+ RQzQyPzz2PyPy dx dz dx dy 0 2 0 2 0 0 +++++=+ ( ) RQyPyzQ2PyPz dx dz dx dy 0 2 00 20 +++++=+ Daí e da equação (5), temos: ( ) RQyPyzQ2PyPz dx dzRQyPy 02002020 +++++=+++ ( )zQ2PyPz dx dz 0 2 ++= ( ) 20 PzzQ2Pydx dz =+− , que é uma equação de Bernoulli em z. Exemplos: 1) Verificar se xy = é solução particular da equação 3 x y x y dx dy 2 2 =++ . Em caso afirmativo, calcular a solução geral. 2) Verificar que xy −= é solução particular da equação ( ) 01yx2xy dx dy x1 223 =++++ e determinar a sua solução geral. 3) Sabendo que 1y = é solução particular da equação (verifique) ( ) 1xxyy12x dx dy 2 −=−−+ , calcular a sua solução geral. 1.20 Exercícios Mostrar que 0y é solução particular da equação dada e calcular sua solução geral: a) x 1y0 = e 2 2 x 2y dx dy −= R: Cx 3x x 1y 3 2 + −= b) xy0 = e 1xy x 112y x 1 dx dy 2 −+� � � � � � −−= R: 2 32 xC x2xCxy − −+ = c) 1y0 −= e 023yydx dy 2 =+++ R: 1Ce Ce2y x x − − = d) x0 ey = e ( ) 2x2x eyy2e1dxdy −=++− R: Ce Ceeey x xx2x + ++ = EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 23 e) ( )xseny0 = e ( ) ( ) ( )xsenyyxcossecxcotgdx dy 2 +−⋅⋅= R: ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) x x Cexsenxcos Cexsenxcosxsen y +− ++⋅ = 1.21 Equação de Clairaut É a equação da forma � � � � � � += dx dy dx dy xy φ (6). Fazendo dx dyp = , temos: ( )pxpy φ+= (7) � ( ) dx dpp dx dp xpp dx dy φ ′++== � ( )[ ] 0 dx dppx =′+φ (8) � � 0 dx dp = � Cp = A solução geral é dada substituindo-se, em (7), p pelo seu valor C. Assim, ( )CCxy φ+= é a solução geral da equação de Clairaut (família de retas). De (8), tem-se que: ( ) 0px =′+ φ (9) � ( ) xp −=′φ Eliminando-se p entre (7) e (9) tem-se uma relação ( ) 0yx,F = que representa a solução singular. De fato, essa eliminação equivale a eliminar C entre a solução geral ( )CCxy φ+= e a equação ( ) 0Cx =′+φ , o que conduz à envoltória da família de curvas definida pela solução geral. Exemplos: Determine, se possível, a solução geral e a solução singular das seguintes equações de Clairaut: a) � � � � � � −= dx dyln dx dy xy b) 0y dx dy x dx dy 2 =+−� � � � � � c) 2 dx dy3 dx dy xy � � � � � � =− d) 01 dx dyy dx dy x 23 =+� � � � � � −� � � � � � e) 045y dx dy x dx dy =+� � � � � � +− f) 2 dx dy4 dx dy xy � � � � � � ++= 1.22 Exercícios Determine, se possível, a solução geral e a solução singular das seguintes equações de Clairaut: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 24 a) 2 dx dy dx dy xy � � � � � � −= R: � � −= −= 23 2 x 4 27y C 1Cxy b) 2 dx dy1 dx dy xy � � � � � � ++= R:� � −= ++= 2 2 x1y C1Cxy c) dx dy dx dy xy += R: � � += singularsoluçãoháNão CCxy d) � � � � � � += dx dy sen dx dy xy R: ( ) ( ) � � � � −+� � �� � � −⋅= −+⋅= += 22 2 x1x1arcsenxy OU x1xarccosxy CsenCxy 1.23 Aplicações Problemas, fenômenos, processos, etc., que dependem (são funções) de uma variável contínua (independente) podem sempre ser representados (modelados) por uma equação diferencial. Geralmente a variável (contínua) independente é tempo, distância, tamanho, velocidade, volume, etc. A variável dependente (função) deve ser aquela que melhor caracteriza (descreve) o fenômeno ou processo que se deseja modelar. A modelagem – representação matemática de um enunciado em palavras – de um fenômeno, processo, etc., é facilitada se forem levadas em consideração as seguintes sugestões: a) No enunciado do problema reconheça a variável dependente e represente-a por uma função (f) da variável independente (x); b) Represente uma “taxa de variação” pela derivada da função em relação à variável independente ( )� � � � � � dx xdf ; c) Represente a frase “proporcional a ...” por “ g(x)k ⋅= ” onde g(x) pode ser a própria f(x) ou o x ou uma outra função (g) de f e/ou de x, conforme especificado no enunciado; d) A constante de proporcionalidade k pode ser positiva ou negativa, dependendo se f(x) cresce ou decresce, de acordo com o enunciado. Após a montagem da equação diferencial esta deve ser resolvida. Os valores da constante k e da constante arbitrária (provenientes da solução da equação diferencial) serão determinados pelas condições iniciais dadas no enunciado do problema. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 25 Exemplos: 1) A taxa de crescimento de um investimento na bolsa de valores é proporcional ao investimento a cada instante. Determine a equação (modelo matemático) que rege o investimento com o tempo. Solução: Sejam: t − tempo (variável independente); f(t) − valor do investimento no instante t (variável dependente); ( ) dt tdf − taxa de crescimento do investimento com o tempo; f(t)k ⋅ − representando o “proporcional ao investimento”. Logo, do enunciado temos a equação diferencial que modela o problema: ( ) f(t)k dt tdf ⋅= onde 0k > , por ser a taxa de investimento crescente (pelo enunciado do problema). 2) Experiências mostram que uma substância radioativa se decompõe a uma taxa proporcional à quantidade de material radioativo presente a cada instante. Obtenha a equação diferencial que modela o fenômeno. Solução: Sejam: t − tempo (variável independente); f(t) − quantidade (massa) de substância presente no instante t; ( ) dt tdf − taxa de variação da quantidade de substância; f(t)k ⋅ − representando o “proporcional à quantidade de substância”. Logo, do enunciado temos a equação diferencial que modela o problema: ( ) f(t)k dt tdf ⋅= onde 0k < , por haver decaimento (pelo enunciado do problema). 3) Qual a equação diferencial que vai permitir determinar a velocidade inicial mínima de um corpo o qual é disparado na direção radial da Terra e que é suposto escapar desta. Desprezar a resistência do ar e a atração gravitacional de outros corpos celestes. Solução: Sejam: t − tempo (variável independente); v(t) – velocidade do corpo no instante t. Aqui o problema é mais complexo por não enunciar a proporcionalidade. Mas, sabemos da Física Clássica (Lei de Newton) que a aceleração radial a uma distância r do centro da Terra (a(r)) é inversamente proporcional ao quadrado da distância (r) do corpo ao centro da Terra. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 26 Temos, então, que ( ) 2r 1kra ⋅= , onde 0k < por ser a aceleração dirigida para o centro da Terra. A constante k é facilmente determinada, lembrando que: ( ) 2sm9,81gRa −=−= , onde R é o raio da Terra ( )m106,38R 6⋅= . Assim, 22 RgkR 1kg ⋅−=�⋅=− . Por outro lado, sabemos que ( ) dt dv ra = , onde ( ) dt dr tv = (taxa de variação da distância radial em relação ao tempo). Juntando as informações anteriores e verificando que desejamos a variação de v em relação à r (e não a t), temos: ( ) 222 r 1Rg r 1kv dr dv dt dr dr dv ra ⋅⋅−=⋅=⋅=⋅= . Daí, a equação procurada é: 2 2 r 1Rgv dr dv ⋅⋅−=⋅ 4) Sabendo que o volume de uma gota, suposta esférica, decresce por evaporação a uma taxa proporcional à área de sua superfície, determine a equação do raio da gota em função do tempo. Solução: Sejam: t – tempo (variável independente); V(t) – volume da gota no instante t; S(t) – superfície da gota no instante t. Do enunciado do problema, temos: Sk dt dV ⋅= , onde 0k < pois V decresce com o tempo. Como a gota é esférica, 3r 3 4V pi= e 2r4S pi= , onde r(t) é o raio da gota no instante t. Substituindo V e S na equação diferencial, temos: ( )23 r4kr 3 4 dt d pipi ⋅=� � � � � � , 0k < . Derivando e simplificando a equação acima, teremos: 22 r�4k dt dr r3� 3 4 = � k dt dr = , 0k < . Integrando a equação acima teremos a equação que exprime o raio da gota em função do tempo, isto é, ( ) 0rtktr +⋅= , onde 0r é o raio da gota no instante 0t = (constante de integração). EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 27 1.24 Exercícios 1) No exemplo 1, sabe-se que um investimento de R$ 100,00 rendeu R$ 44,00 após 6 anos. Determine qual foi o rendimento deste investimento nos 3 primeiros anos. R: R$ 20,00 2) No exemplo 3, determine: a) A distância radial do centro da Terra na qual o corpo para e começa a retornar a Terra em queda livre sabendo que a velocidade inicial no lançamento foi de 3600 km/h; b) A velocidade inicial mínima necessária para o corpo escapar da gravitação terrestre e nunca mais retornar. R: a) 6431 km; b) 4027 km/h. 3) No exemplo 4, determine o tempo necessário para a gota evaporar por completo, sabendo que a gota inicialmente tinha 1 mm de diâmetro e que o tempo em que uma outra gota de 0,5 mm de diâmetro evaporou foi de 10 minutos. R: 20 minutos 4) a) Determine a equação diferencial cujas curvas integrais são círculos de raio 10 e cujos centros estejam sobre o eixo das ordenadas. b) Quais são as duas soluções singulares da equação diferencial determinada no item (a)? R: a) 22 22 x10 x dx dy − =� � � � � � ; b) Retas 10x ±= 5) Um tanque vertical tem uma pequena fenda no fundo. Supondo que a água escape do tanque a uma taxa proporcional à pressão da água sobre o fundo e sabendo que 5% de água escapou no primeiro dia, determine o tempo necessário para que o nível da água no tanque chegue à metade. R: 13,5 horas 6) De acordo com a Lei de Newton, a taxa a que uma substância se resfria é proporcional à diferença das temperaturas da substância e do ar. Se a temperatura do ar é de 20oC e a substância se resfria de 100oC para 60oC em 30 minutos, quando a temperatura da substância atingirá 40o. R: 60,2 minutos EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 28 2 Equações diferenciais lineares de ordem n 2.1 Definição São equações da forma: ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0xa ; b(x)xyxaxyxaxyxaxyxa 0n1n1n1n0 ≠=+′+++ −− � , onde: i) ( )xy é a função incógnita; ii) Se ( )xa ,n 0,...,i i=∀ é constante então a equação é denominada de equaçãode coeficientes constantes; iii) Se ( )xa que tal,n 0,...,i i=∃ é função de x, então a equação é denominada de equação de coeficientes variáveis; iv) Se ( ) 0xb = a equação é denominada equação linear homogênea; v) Se ( ) 0xb ≠ a equação é denominada equação linear não homogênea. Exemplos: a) ( )( )xcosln2xyyxyx2 ⋅=+′−′′ é uma equação diferencial linear de 2a ordem com coeficientes variáveis e não homogênea. b) 8yy =−′′ é uma equação diferencial linear de 2a ordem com coeficientes constantes e não homogênea. c) ( ) 0y2xy7y vi =′+′′′− é uma equação diferencial linear de 6a ordem com coeficientes variáveis e homogênea. d) xey x 2y =+′ é uma equação diferencial linear de 1a ordem com coeficientes variáveis e não homogênea. e) 2yyx2yy =′−′′ não é uma equação linear. 2.2 Equação diferencial linear homogênea de ordem n e coeficientes constantes É a equação da forma: ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) 0a ; 0xyaxyaxyaxyaxya 0n1n2n21n1n0 ≠=+′++++ −−− � e constantea i ≡ . 1ª ORDEM: 0a ; 0yaya 010 ≠=+′ �=+′ 0y a ay 0 1 �−=′ y a ay 0 1 �= py dx dy �⋅= dxp y dy ( ) �+=� Cpxyln �⋅=⋅== + keeeey pxCpxCpx pxkey = 2ª ORDEM: 0a ; 0yayaya 0210 ≠=+′+′′ �� � � �� � � ===+′+′′ 0 2 0 1 a aqe a ap 0qyypy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 29 Suponhamos rxey = solução da equação. rx2rx eryerey =′′=′ Substituindo na equação: �=+′+′′ 0qyypy �=++ 0qepreer rxrxrx2 ( ) �=++ 0qprre 2rx � 0qprr2 =++ (equação característica) � 2 4qpp r 2 −±− = Daí, teremos 2 raízes 21 rer . Assim, as soluções serão: xr2 xr 1 21 eyeey == . Teorema da superposição: Se 21 yey são soluções linearmente independentes (LI) de uma equação diferencial linear de 2ª ordem ( ) ( ) 0yxbyxay =+′+′′ então 2211 ycycy += também é solução e é denominada de solução geral desta equação. Demonstração: Sejam 21 yey soluções LI da equação, isto é, ( ) ( ) 0yxbyxay 111 =+′+′′ e ( ) ( ) 0yxbyxay 222 =+′+′′ . Vamos mostrar que 2211 ycycy += também é solução da equação dada, isto é, substituindo na equação encontraremos 0. �+= 2211 ycycy �′+′=′ 2211 ycycy 2211 ycycy ′′+′′=′′ . Substituindo na equação: ( ) ( ) =+′+′′ yxbyxay ( ) ( )( ) ( )( ) =++′+′+′′+′′ 221122112211 ycycxbycycxaycyc ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) =+′+′′++′+′′= 22221111 yxbyxaycyxbyxayc 00c0c 21 =⋅+⋅ . Teorema: Sejam n21 y,...,y,y funções com derivadas de ordem n contínuas. Estas funções serão LI se o Wronskiano for diferente de zero, isto é: ( ) ( ) ( ) 0 yyy yyy yyy W 1n n 1n 2 1n 1 n21 n21 ≠ ′′′ = −−− � ��� � � Exemplos: 1) ( ) ( )xcosyexseny 21 == 2) x3x22x1 eyeey,ey === − 3) Em que casos as soluções xr2xr1 21 eyeey == serão LI? �≠= 0 erer eeW xr 2 xr 1 xrxr 21 21 �≠− 0eereer xrxr1 xrxr 2 2112 ( ) ( ) �≠− + 0err xrr12 21 �≠−� 0rr 12 12 rr ≠ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 30 Voltando ao nosso texto, teremos que 2 4qpp r 2 −±− = nos leva a três casos: 04qp2 >−=∆ , 04qp2 <−=∆ e 04qp2 =−=∆ . 1º caso: 04qp2 >−=∆ Aqui teremos duas raízes reais e distintas 21 rer . Assim, as soluções xr 1 1ey = e xr2 2ey = serão LI. Logo a solução geral da equação será xr 2 xr 12211 21 ececycycy +=+= , onde 21 cec são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 0y2y =′−′′ 2) 02yy3y =+′−′′ 2º caso: 04qp2 <−=∆ Teremos 2 raízes complexas conjugadas do tipo biar1 += e biar2 −= (que serão diferentes). Assim, as soluções ( )xbia1 ey += e ( )xbia2 ey −= serão LI e temos, como solução geral da equação, ( ) ( ) ( )ibx2ibx1axxbia2xbia1 ececeececy −−+ +=+= . Reescreveremos esta solução com a cara de uma solução real. Lembremos primeiro as equações de Euler: ( ) ( )�seni�cosei� += e ( ) ( )�seni�cose i� −=− . Assim, ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]bxsenBbxcosAe bxseniccbxcoscce bxsenibxcoscbxsenibxcosce ececey ax 2121 ax 21 ax ibx 2 ibx 1 ax ⋅+⋅= =−++= =−++= =+= − é a solução geral, onde A e B são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 02yyy =+′+′′ 2) 0yy =+′′ 3º caso: 04qp2 =−=∆ . Neste caso teremos duas raízes 21 rer reais e iguais a 2 p − , isto é, 2 p rrr 21 −=== . EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 31 Sendo assim, teremos apenas uma solução rx1 ey = e precisamos encontrar uma 2ª solução, LI com a 1ª, para montarmos a solução geral. Para isso usaremos o Método da Redução de Ordem (MRO), enunciado a seguir: Método da Redução de Ordem (MRO): Seja a equação ( ) ( ) ( ) 0yxayxayxa 210 =+′+′′ , onde 1y é solução da equação. Podemos supor ( ) 12 yxvy ⋅= como uma 2ª solução da equação. Exemplo: ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) xxy;0yxcos2xx6sen yxcos2xx6xsenyxcosxxsen3xyxsenx 1 2 2323 ==⋅+− +′⋅++′′⋅+−′′′⋅ No nosso caso, seja a equação 0qyypy =+′+′′ , onde x2 p rx 1 eey − == é solução da equação, isto é, 0qyypy 111 =+′+′′ . Vamos supor 12 yvy ⋅= , ( )xvv = , solução da equação. Assim, 112 yvyvy ′⋅+⋅′=′ e 1112 yvyv2yvy ′′⋅+′⋅′+⋅′′=′′ . Substituído na equação 0qyypy =+′+′′ , temos: ( ) ( ) 0yvqyvyvpyvyv2yv 111111 =⋅⋅+′⋅+⋅′⋅+′′⋅+′⋅′+⋅′′ � � ( ) ( ) 0vyqypyvypy2vy 0 111111 =⋅⋅+′⋅+′′+′⋅⋅+′⋅+′′⋅ = ��� ���� �� � � ( ) 0vypy2vy 111 =′⋅⋅+′⋅+′′⋅ � � ( ) 0veper2ve rxrxrx =′⋅⋅+⋅⋅+′′⋅ � � ( ) 0vp2rv 0 =′⋅++′′ = ��� � � � � � � −= 2 p rpois � � 0v =′′ � 2cv =′ � 12 cxcv += . Logo, ( ) rx2rx1rx211 excecexccyvy ⋅⋅+⋅=⋅+=⋅= . Assim, temos duas soluções: rx2 rx 1 exyeey ⋅== . Falta determinar se elas são LI. Utilizando o Wronskiano, temos: ( ) 0eerxrx1 rexere exeW 2rx2rx rxrxrx rxrx >=⋅−+= ⋅+ ⋅ = . Sendo assim, rx2 rx 1 excecy ⋅⋅+⋅= é a solução geral da equação, onde 21 cec são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 0y61y8y =+′+′′ 2) 0yy2y =+′−′′ Generalização: Determine a solução geral da equação diferencial linear homogênea e coeficientes constantes, cujas raízes de sua equação característica são: 1; 2; 3; 3; 3; 3; 2+3i; 2−3i; −1+4i; −1−4i; −1+4i; −1−4i EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 32 2.3 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: i) 02yy3y =+′−′′ R: 2x2x1 ececy += ii) 0 w, 0ywy 2 >=+′′ R: ( ) ( )wxsencwxcoscy 21 ⋅+⋅= iii) 02y1yy =−′−′′ R: 4x2x31 ececy += − iv) 0y6yy =−′+′′ R: 2x2x31 ececy += − v) 0y25y =+′′ R: ( ) ( )5xsenc5xcoscy 21 ⋅+⋅= vi) 02yy2y =+′−′′ R: ( ) ( )[ ]xsencxcoscey 21x ⋅+⋅⋅= vii) 0yy2y =+′−′′ R: [ ]xccey 21x +⋅= viii) 0yy2y =+′+′′ R: [ ]xccey 21x +⋅= − ix) 0yy3y3y =−′+′′−′′′ R: [ ]2321x xcxccey ++⋅= x) 0y2y =′′−′′′ R: 2x321 ecxccy ++= xi) 0yy =′′−′′′ R: x321 ecxccy ++= xii) 0yyy4y4 =+′−′′−′′′ R: 0,5x30,5x2x1 ecececy −++= xiii) 0yy2yiv =+′′− R: x4x3x2x1 xececxececy −− +++= xiv) ( ) ( )3r 2;r 1;r 012yy14y52yy 321ivv ==−==+′+′′′−− R: ( ) ( )[ ]xsencxcosceecececy 54x3x32x2x1 ⋅+⋅⋅+++= −− xv) 0yyiv =− R: ( ) ( )xsencxcoscececy 43x2x1 ⋅+⋅++= − xvi) 0y36y13yiv =+′′− R: x34x233x22x1 ececececy −− +++= xvii) 012yy4y3y =−′−′′+′′′ R: x33x222x1 ecececy −− ++= xviii) 0y5y4y =′+′′−′′′ R: ( ) ( )[ ]xsencxcoscecy 32x21 ⋅+⋅⋅+= xix) 0y7y5y =′+′′−′′′ R: � � � � � � � � � � � � � ⋅+� � � � � � � � ⋅+= 2 x3 senc 2x3 coscecy 32 2,5x 1 xx) ( )2r 02yy5y3yy 1iv ==−′−′′−′′′+ R: x24 x 3 x 2 2x 1 excxecececy −−− +++= xxi) ( ) ( ) 0y127yy ivv =′′′+− R: 25434x23x1 xcxccececy ++++= xxii) ( ) 0yy2y iv =+′′+ R: ( ) ( ) ( ) ( )[ ]xsencxcoscxxsencxcoscy 4321 ⋅+⋅⋅+⋅+⋅= xxiii) ( ) 09yy iv =− R: ( ) ( ) x34x3321 ececx3sencx3coscy ⋅+⋅+⋅+⋅= − 2) Resolva os seguintes problemas de valor inicial: i) 3(0)y 0,y(0) ; 010yy2y =′==+′+′′ R: ( )3xseney x ⋅= − ii) 3(0)y ,1y(0) ; 0y5y4y −=′==+′+′′ R: ( ) ( )[ ]xsenxcosey 2x −⋅= − EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 33 iii) 1(0)y 3,y(0) ; 05yy2y =′−==+′−′′ R: ( ) ( )[ ]xsen2xcos3ey x ⋅−⋅⋅−= iv) 3(0)y ,0y(0) ; 0y4y4y =′==+′+′′ R: 2xe3xy −⋅= v) 8(0)y ,4y(0) ; 0y4y4y =′==+′−′′ R: 2xe4y ⋅= vi) 1(0)y ,2y(0) ; 05y2,0yy =′−==+′+′′ R: 0,5xe2y −⋅−= vii) 2(1)y ,5y(1) ; 0y10yy2 =′==−′+′′ R: ( ) ( )x12,51x2 e 9 16 e 9 29y −− += viii) 4(0)y 0,y(0) ; 0yy6y =′==+′−′′ R: ( ) ( ) � �� −= −+ x223x223 ee2 2y ix) 2(0)y ,1y(0) ; 0y2yy −=′==+′+′′ R: � � � � � � � � � � � � � ⋅−� � � � � � � � ⋅= − 2 x7 sen 7 73 2 x7 cosey 0,5x x) 1(0)y y(0) ; 0y3yy2 =′==+′−′′ R: � � � � � � � � � � � � � ⋅+� � � � � � � � ⋅= 4 x23 sen 23 233 4 x23 cosey 0,25x xi) 0)(y ,e)y( ; 0y 3 10y2y3 3 =′==+′−′′ pipi pi R: ( ) ( )� �� −⋅⋅= xcosxsen 3 1 ey 3 x xii) 0(0)y 1,y(0) ; 0yy6y9 =′==+′+′′ R: � �� +⋅= − 3 x1ey 3 x xiii) pipi pipi 33 e)(y ,e)y( ; 025yy6y −=′==+′−′′ R: ( ) ( )[ ]4xsen4xcosey 3x −⋅= 3) Verifique se 1y é solução da equação e, utilizando o método de redução de ordem, determine a solução geral da equação: i) x1 ey;0yy ==−′′ R: x2x1 ececy −+⋅= ii) 212 xy;04yy3xyx ==+′−′′ R: ( )( )xlnccxy 212 ⋅+⋅= iii) ( ) 2x12 ey;0y24xy4xy ==−+′−′′ R: ( ) 2x21 exccy += iv) ( ) ( ) xy;0yx6yxx6y3xyx 12223 ==−−′−+′′−′′′ R: ( ) xececcy x3x21 ⋅⋅+⋅+= − v) ( ) xy ; 02yy2xyx1 12 ==−′+′′− R: ( ) xc1xcy 221 ++⋅= vi) ( ) xy ; 02yy2xyx1 12 ==+′−′′− R: xc 1x 1xln x 1 cy 21 �� � � � �� � � � +� � � + − +⋅= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 34 vii) ( ) ( ) x1y ; 0yy1xyxx 12 +==−′++′′− R: ( ) ( )1xc1xcy 20,521 +⋅� �� +−⋅= − 2.4 Equações de Euler-Cauchy homogêneas É a equação da forma: ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) 0;xyaxyxaxyxaxyxaxyxa n1n2n2n21n1n1nn0 =+′++++ −−−−− � 0a0 ≠ e constantea i ≡ . 1ª ORDEM: 0a ; 0yayxa 010 ≠=+′ �=+ 0y a a dx dy x 0 1 �−= y a a dx dy x 0 1 �= py dx dy x �= x dxp y dy ( ) ( ) �+⋅=� Cxlnpyln ( ) ( ) ( )�+⋅= klnxlnpyln ( ) ( )�= pkxlnyln � pkxy = 2ª ORDEM: 0a ; 0yayxayxa 021 2 0 ≠=+′+′′ �� � � �� � � ===+′+′′ 0 2 0 12 a aqe a ap 0qyypxyx Suponhamos rxy = solução da equação. ( ) 2r1r x1rryerxy −− −=′′=′ Substituindo na equação: �=+′+′′ 0qyypxyx2 ( )[ ] [ ] �=++− −− 0qxrxpxx1rrx r1r2r2 ( )[ ] �=++−� 0qpr1rrx r ( ) 0qpr1rr =++− ou ( ) 0qr1pr2 =+−+ (equação característica) � ( ) ( ) 2 4q1pp1 r 2 −−±− = Daí, teremos 2 raízes 21 rer . Assim, as soluções serão: 21 r2 r 1 xyexy == . Vamos verificar quando 21 yey serão LI: 0 xrxr xxW 1r 2 1r 1 rr 21 21 ≠= −− � 0xrxr 1rr1 1rr 2 2121 ≠− −+−+ � � ( ) 0xrr 1rr12 21 ≠− −+ � 0rr 12 ≠− � 21 rr ≠ Isto significa que, quando as raízes forem distintas, as soluções serão LI e, conseqüentemente, sua solução geral será uma combinação linear das soluções. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 35 ( ) ( ) 2 4q1pp1 r 2 −−±− = nos leva a três casos: ( ) 04q1p 2 >−−=∆ , ( ) 04q1p 2 <−−=∆ e ( ) 04q1p 2 =−−=∆ . 1º caso: ( ) 04q1p 2 >−−=∆ Aqui teremos duas raízes reais e distintas 21 rer . Assim, as soluções 1r 1 xy = e 2 r 2 xy = serão LI. Logo a solução geral da equação será 21 r 2 r 12211 xcxcycycy +=+= , onde 21 cec são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 02yy2xyx2 =+′−′′ 2) 0y6yx2 =−′′ 2º caso: ( ) 04q1p 2 <−−=∆ Teremos 2 raízes complexas conjugadas do tipo biar1 += e biar2 −= (que serão diferentes). Assim, as soluções bia1 xy += e bia2 xy −= serão LI e temos, como solução geral da equação, ( )bi2bi1abia2bia1 xcxcxxcxcy −−+ +=+= . Reescreveremos esta solução com a cara de uma solução real. Observemos, primeiramente, que: ( ) ( ) ( )( ) ( )( )bbxlnixlnbi xlnsenixlncoseex bbi +=== ⋅ e ( ) ( ) ( )( ) ( )( )bbxlnixlnbi xlnsenixlncoseex bbi −=== ⋅−− − . Assim, ( ) ( )( ) ( )( )[ ] ( )( ) ( )( )[ ]{ } ( ) ( )( ) ( ) ( )( )[ ] ( )( ) ( )( )[ ]bba b 21 b 21 a bb 2 bb 1 a bi 2 bi 1 a xlnsenBxlncosAx xlnseniccxlncosccx xlnsenixlncoscxlnsenixlncoscx xcxcxy ⋅+⋅= =⋅⋅−+⋅+= =−++= =+= − é a solução geral, onde A e B são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 04yyxyx2 =+′−′′ 2) 0yyxyx2 =+′+′′ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 36 3º caso: ( ) 04q1p 2 =−−=∆ . Neste caso teremos duas raízes 21 rer reais e iguais a 2 p1− , isto é, 2 p1 rrr 21 − === . Sendo assim, teremos apenas uma solução r1 xy = e precisamos encontrar uma 2ª solução, LI com a 1ª, para montarmos a solução geral. Utilizando o MRO, temos que, sendo 0qyypxyx2 =+′+′′ a equação de Euler- Cauchy cujas raízes da equação característica são reais e iguais a 2 p1 rrr 21 − === , isto é, r 1 xy = é uma solução da equação, podemos supor ( ) r12 xvyxvy ⋅=⋅= como uma 2ª solução da equação. Assim, 1rr2 xrvxvy − ⋅⋅+⋅′=′ e ( ) 2r1rr2 x1rrvxrv2xvy −− ⋅−⋅+⋅⋅′⋅+⋅′′=′′ . Substituído na equação 0qyypxyx2 =+′+′′ , temos: ( )( ) ( ) ( ) 0xvqxrvxvpxx1rrvxrv2xvx r1rr2r1rr2 =⋅+⋅⋅+⋅′+⋅−⋅+⋅⋅′⋅+⋅′′ −−− � � [ ] ( )[ ] 0vxqpr1rrvxp2rvx r 0 1r2r =⋅⋅++−+′⋅⋅++′′⋅ = ++ �� ��� �� � � [ ] 0vxp2rvx 1r 1 2r =′⋅⋅++′′⋅ + = + ��� � � � � � � − = 2 p1 rpois � � 0vxvx 1r2r =′⋅+′′⋅ ++ � 0vvx =′+′′⋅ Fazendo vuvu ′′=′�′= , a equação se torna: 0uux =+′⋅ � 0u dx du x =+⋅ � x dx u du −= � ( ) ( ) Cxlnuln +−= � � 12 xcu − ⋅= Como vu ′= , temos que: 1 2 xcvu − ⋅=′= � ( ) 12 cxlncv +⋅= . Logo, ( )[ ] ( ) r2r1r211 xxlncxcxxlnccyvy ⋅⋅+⋅=⋅⋅+=⋅= Temos, então, duas soluções: ( ) r2r1 xxlnyexy ⋅== . Utilizando o Wronskiano verificamos que estas soluções são LI. Assim, ( ) r2r1 xxlncxcy ⋅⋅+⋅== é a solução geral da equação, onde 21 cec são constantes arbitrárias. Exemplos: 1) 0yyxyx2 =+′−′′ 2) 0y4y5xyx2 =+′+′′ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 37 Generalização: Determine a solução geral da equação diferencial linear homogênea de Euler-Cauchy, cujas raízes de sua equação característica são: 1; 2; 3; 3; 3; 3; 2+3i; 2−3i; −1+4i; −1−4i; −1+4i; −1−4i. 2.5 Forma geral das equações de Euler-Cauchy homogêneas No item anterior trabalhamos, na verdade, com a forma particular das equações de Euler-Cauchy. A equação de Euler-Cauchy na sua forma geral é uma equação do tipo: ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) 0;xyaxydbxaxydbxaxydbxa n1n1n1n1nn0 =+′++++++ −−− � 0a0 ≠ e constantea i ≡ . Podemos, então, mudar a variável da equação, isto é, fazerdbxt += , e transformá-la na equação do item anterior. Exemplos: 1) ( ) ( ) 0yy2xy2x 2 =+′+−′′+ 2) ( ) ( ) 036yy23x3y23x 2 =−′++′′+ 2.6 Outro método de resolução da equação de Euler-Cauchy Uma outra maneira de resolver a equação de Euler-Cauchy é transformá-la, primeiramente, em uma equação de coeficientes constantes. Observemos abaixo os tipos de soluções das duas equações (coeficientes constantes (CC) e Euler-Cauchy (EC)): ( )rtrtr eeyxy CCEC === Se chamarmos tex = na equação de Euler-Cauchy, sua solução se transformará na solução da equação de coeficientes constantes e, conseqüentemente, a equação também. Seja a equação de Euler-Cauchy 0qyypxyx2 =+′+′′ . Façamos tex = � te dt dx = � te dx dt − = . Como ( )xyy = , temos que transformá-lo em função de t. Usando a regra da cadeia: dt dy ee dt dy dx dt dt dy dx dyy tt ⋅=⋅=⋅==′ −− 2 2 2t2tt 2 2 tt tt 2 2 dt yd e dt dy ee dt yd e dt dy e dx dt dt dy e dt d dt dy e dx d dx dy dx d dx ydy ⋅+−=⋅� � � � � � � � ⋅+⋅−= =⋅� � � � � � ⋅=� � � � � � ⋅=� � � � � � ==′′ −−−−− −− Substituindo na equação: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 38 0qy dt dy epe dt dy e dt yd ee tt2t2 2 2t2t =+� � � � � � ⋅+� � � � � � � � −⋅ −−− � � 0qy dt dyp dt dy dt yd 2 2 =++− � ( ) 0qy dt dy1p dt yd 2 2 =+−+ , que é uma equação de coeficientes constantes em t. Exemplo: Resolva a equação 02yy2xyx2 =+′−′′ utilizando o método acima. 2.7 Exercícios 1) Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: i) 04yyxyx2 =−′+′′ R: 2221 xcxcy ⋅+⋅= − ii) 0y3yx =′−′′ R: 421 xccy ⋅+= iii) 03yyx5yx2 =+′+′′ R: 3211 xcxcy −− ⋅+⋅= iv) 0yyx5,3yx2 =+′+′′ R: 5,0221 xcxcy −− ⋅+⋅= v) 0yyxyx2 =+′−′′ R: ( )[ ]xlnccxy 21 ⋅+⋅= vi) 0y4yxyx2 =+′−′′ R: ( )( ) ( )( )[ ]xln3sencxln3coscxy 21 ⋅⋅+⋅⋅⋅= vii) ( )1r 02yy2xy3xyx 123 ==+′−′′+′′′ R: ( )[ ]xlnccxxcy 3221 ⋅+⋅+= − viii) ( )1r 02yy2xyx 13 ==−′+′′′ R: ( )( ) ( )( )[ ]xlnsencxlncoscxxcy 321 ⋅+⋅⋅+= ix) 0y2xyx 23 =′′+′′′ R: ( ) xcxlnccy 321 +⋅+= x) ( ) ( )1r 1;r 08yy8xy4xyx 212iv4 −===−′+′′− R: 44 2 32 1 1 xcxcxcxcy +++= − xi) ( ) � � � � � � −===+′−′′−′′′+ 2 1 r 1;r 02yy2xy4xy7xy2x 21 23iv4 R: 314 31 32 2 1 1 xcxcxcxcy −+ − +++= xii) ( )1r 06yy6xy3xyx 123 ==−′+′′−′′′ R: 33221 xcxcxcy ++= xiii) 03yy3xyx3 =+′−′′′ R: 33211 xcxcxcy ++= − xiv) ( ) ( ) 0y 4 3y1x3y1x 2 =+′++′′+ R: ( ) ( ) 0,521,51 1xc1xcy −− +⋅++⋅= xv) ( ) ( ) 08yy2x5y2x 2 =+′−+′′− R: ( ) ( )( ) ( )( )[ ]22212 2xlnsenc2xlncosc2xy −⋅+−⋅⋅−= − EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 39 xvi) ( ) ( ) 04yy34x8y34x 2 =+′−+′′− R: ( ) ( )[ ]34xlncc34xy 210,5 −⋅+⋅−= − 2) Resolva os seguintes problemas de valor inicial: i) 0(1)y 2,y(1) ; 02,25yyxyx2 =′==−′+′′ R: 1,51,5 xxy −+= ii) 2(1)y 0,y(1) ; 03yy3xyx2 −=′==+′−′′ R: ( )2x1xy −⋅= iii) 2(1)y y(1) ; 02yyxyx2 =′==+′−′′ R: ( )( )xlncos2xy ⋅= iv) 1(1)y 2,y(1) ; 0,25y0yxyx2 =′==−′+′′ R: 0,5x2y ⋅= v) 1(1)y y(1) ; 04yyx3yx2 =′==+′−′′ R: ( )[ ]xln1xy 2 −⋅= vi) 1(1)y ,0y(1) ; 02yyxyx2 =′==−′−′′ R: � � �� � � −⋅= −+ 3131 xx 6 3y 2.8 Equação diferencial linear não-homogênea de ordem n e coeficientes constantes É uma equação da forma: ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) b(x)xyaxyaxyaxya n1n1n1n0 =+′+++ −− � (♦♦♦♦), onde constantea i ≡ , ( ) 0xa0 ≠ e ( ) 0xb ≠ . Teorema: Seja a equação diferencial (♦♦♦♦) e cy a solução da equação homogênea associada desta equação, isto é, a solução da equação na qual ( ) 0xb = ( )( ) ( )( ) ( ) ( )( )0xyaxyaxyaxya cnc1n1nc1nc0 =+′+++ −− � . Suponhamos py uma solução particular da equação, ou seja, a solução que nos leva a ( ) 0xb ≠ ( )( ) ( )( ) ( ) ( )( )b(x)xyaxyaxyaxya pnp1n1np1np0 =+′+++ −− � . Daí, a solução geral da equação será pc yyy += . Estudaremos 3 métodos para determinarmos py : Método dos Coeficientes a Determinar, Método da Variação dos Parâmetros e o Método dos Operadores. 1º) Método dos Coeficientes a Determinar: Este método só permite determinar a solução particular de equações de coeficientes constantes cujo ( )xb é uma exponencial, um polinômio, uma função trigonométrica do tipo seno ou cosseno ou uma combinação linear destas funções. i) ( )xb é da forma kxe . py será da forma kxheAx , onde h é o número de vezes em que k é raiz da equação característica. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 40 Exemplos: 1) 2xeyy =−′′ 2) x2eyy3y3y =−′+′′−′′′ ii) ( )xb é um polinômio de grau n. py será um polinômio completo de grau n+k, onde k é a derivada de menor ordem da equação diferencial. Exemplos: 1) 1xyy 2 +=+′′ 2) 33xxyy2y 24 ++=′+′′−′′′ iii) ( )xb é ( )kxsen ou ( )kxcos . py será da forma ( ) ( )[ ]kxsenBkxcosAxh ⋅+⋅ , onde h é o número de vezes em que ki é raiz da equação característica. Exemplos: 1) ( )2xsen2yy ⋅=−′′ 2) ( )xcos2yy ⋅−=′+′′′ Exemplos gerais: 1) ( ) ( ) ( )x3sen3x2cos2ee2x3xyyyy x2x2iv −++−+−=′−′′+′′′− 2) ( )xlnyyxyx2 =+′+′′ 3) 12xxyy2xyx 22 +−=−′+′′ 4) ( )( ) 223 xxlnsen2yyxyxyx −=+′−′′+′′′ Sugestão: Nos 3 últimos exemplos, transforme as equações de Euler-Cauchy em equações de coeficientes constantes. 2º) Método da Variação dos Parâmetros (Lagrange): Este método é utilizável tanto para equações de coeficientes constantes como para equações de coeficientes variáveis, de qualquer ordem, sem restrições quanto à forma da função ( )xb . Seja a equação ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) b(x)xyaxyaxyaxya n1n1n1n0 =+′+++ −− � . Se conhecemos nn2211c ycycycy +++= � , solução da homogênea associada, podemos supor nn2211p yuyuyuy +++= � , onde ( ) n,1,i,xuu ii �== são funções a serem determinadas, tal que py seja uma solução particular da equação dada. Equação de 2ª ordem: Seja ( )xbqyypy =+′+′′ , com 2211c ycycy += solução da equação homogênea associada. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 41 Podemos supor 2211p yuyuy += , ( ) 1,2i,xuu ii == . Assim, 22221111p yuyuyuyuy ′+′+′+′=′ . Faremos a seguinte imposição: 0yuyu 2211 =′+′ . Daí, 2211p yuyuy ′+′=′ . Logo, 22221111p yuyuyuyuy ′′+′′+′′+′′=′′ . Substituindo na equação ( )xbqyypy ppp =+′+′′ : ( ) ( ) ( ) ( )xbyuyuqyuyupyuyuyuyu 2211221122221111 =++′+′+′′+′′+′′+′′ � � ( ) ( ) ( )xbuqyypyuqyypyuyuy 2 0 2221 0 1112211 =⋅+′+′′+⋅+′+′′+′′+′′ == �� ��� ���� ��� �� � � ( )xbuyuy 2211 =′′+′′ Juntando a imposição com a conclusão, temos ( )�� � =′′+′′ =′+′ xbuyuy 0uyuy 2211 2211 , que é um sistema em u′ . Resolvendo este sistema por determinante, temos: 21 21 yy yy � ′′ = ( ) 2 2 1 yxb y0 u� ′ =′ � � u� u 11 ′ =′ � dx � u� u 11 � ′ = ( )xby 0y u� 1 1 2 ′ =′ � � u� u 22 ′ =′ � dx � u� u 22 � ′ = 2211p yuyuy += Exemplos: 1) ( )xsecyy =+′′ 2) ( )xcossecyy =′+′′′ 3) ( )xsene2yy3y x ⋅=+′−′′ 4) ( )xtgyy =+′′ 5) ( )xcose4yy x ⋅=−′′ 6) ( )axcotgyay 2 =+′′ 7) 1xyy 2 +=+′′ 3º) Método dos Operadores: Só pode ser utilizado quando a equação for de coeficientes constantes e as raízes da equação característica foremreais. Seja ( ) wvTv VV:T =→� tal que ( ) ( ) ( )v�Tu�T�v�uT +=+ . Daí T é chamado um operador linear. Consideremos V o espaço vetorial das funções que têm derivada de ordem n contínuas ( )nCV ≡ , isto é, ( ) yyD nyn CC:D ′=→� . EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 42 ( ) ( ) ( ) ( )2211221122112211 yD�yD�y�y�y�y�y�y�D +=′+′=′+=+ , ou seja, D é linear. ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )�� � � � �� � � � � − ′=−=− = ′′′=′′== ′′=′== ′== ayyayDyyaD yyD yyDyDDyD yyDyDDyD yDyyD nn 23 2 � Observação: ( )xyDxDy ≠ pois yxyyx ′+≠′ ( ) ( ) b(x)yayayaya n1n1n1n0 =+′+++ −− � � � b(x)yaDyayDayDa n1n1n1n0 =++++ −− � � � ( ) ( ) b(x)yaDaDaDa DP n1n 1n 1 n 0 =++++ − − ������ ������� �� � Observe que ( ) ( )CdxveeyvayyvyaD axax +⋅⋅=�=−′�=⋅− � − . O objetivo agora é fatorar este “polinômio” em n monômios e, então, resolver equações lineares de 1ª ordem. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xbyaDaDaDaD n1n21 =⋅−⋅−−⋅− −� � � ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xbyaDaDaDaD 1v n1n21 =⋅−⋅−−⋅− = − ����� � � � ( ) ( ) ( ) ( )xbvaDaDaD 2v 11n21 =⋅−−⋅− = − ������� � � � ( ) ( ) ( ) ( )xbvaDaDaD 22n21 =⋅−−⋅− −� ��� � ( ) ( )xbvaD 1n1 =⋅− − , que é uma equação linear. Exemplos: 1) xeyy =−′′ 2) ( )xsen6yy5y =+′−′′ 2.9 Exercícios Determine, se possível, a solução geral das seguintes equações diferenciais: i) 2xxyy −−=+′′ R: ( ) ( ) 2xxxsencxcoscy 221 +−−⋅+⋅= ii) xe4yy −=+′′ R: ( ) ( ) x21 e5 12xsenc2xcoscy −⋅+⋅+⋅= iii) ( )xsenyy =+′′ R: ( ) ( ) ( )xcos 2 x xsencxcoscy 21 ⋅−⋅+⋅= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 43 iv) 3xe3yy4y =+′−′′ R: 3xx23x1 e2 x ececy ⋅++= v) xeyy2y −=+′+′′ R: � � � � � +⋅+⋅= − 2 x xccey 2 21 x vi) 2xx ee2yy3y +=+′−′′ R: [ ] [ ]xcexcey 22x1x +⋅+−⋅= vii) ( )3xsene2xy3y 3x4 ++=′+′′ − R: +−++= − 453x21 x9 2 x 15 2 eccy ( ) ( )[ ]3xcos3xsen 18 1 xe 3 1 x 81 16 x 27 8 x 27 8 3x23 +−−−−+ − viii) ( ) ( ) 00y1,0y ;x yy =′==−′′ R: xey x −= ix) ( ) ( ) 30y0y ; 48x2xyy2y 2 =′=+−=+′−′′ R: 2x x2e3y += x) ( ) ( ) ( ) ( ) 10y1,0y ; x7senx4cos8yy4y −=′=+=+′+′′ R: ( ) ( )xsen2xcosey 2x +⋅= − xi) ( )xcoseyy2y x ⋅=+′+′′ − R: ( )( )xcosxccey 21x −⋅+⋅= − xii) x23 exyy2y ⋅=+′−′′ R: � � � ⋅−⋅+⋅= 2 7 21 x x 35 4 xccey xiii) ( )xcos e2yy2y 3 x− =+′+′′ R: ( ) ( ) ( ) ( )� �� ⋅−⋅+⋅⋅= − xcos2xcos 2 1 xsencxcoscey 21 x xiv) 42 x6yy4xyx −=+′−′′ R: 43221 x42 1 xcxcy −⋅+⋅+⋅= xv) x2 e2xyyx ⋅=′−′′ R: ( ) x221 e22xxccy ⋅−++= xvi) ( ) t2 e1tyy3y2 ⋅+=+′−′′ R: t3222t1 et312t9tcecy ⋅� �� ⋅+−++⋅= xvii) ( ) ( ) ( ) 00y 1,0y ; tseneyy4y3 t =′=⋅=+′′+′′ − R: ( ) ( )( ) 3ttt e 13 24 et3sent2cos 13 ey − − − ⋅+−−⋅= xviii) ( )xtgyy =′+′′′ R: ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( )xtgxseclnxsenxcoslnxsencxcosccy 321 +⋅−−⋅+⋅+= xix) ( )3x9sec9yy 2=+′′ R: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) 13xtg3xsecln3xsen3xsenc3xcoscy 21 −+⋅+⋅+⋅= xx) ( )2x3cossec4yy =+′′ R: ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )2xcosx 2 32xsenln2xsen 4 32xsenc2xcoscy 21 ⋅⋅−⋅⋅+⋅+⋅= EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 44 2.10 Aplicações – oscilações harmônicas Se a posição de um ponto material de massa m é determinada pela coordenada x, então a 2ª Lei de Newton nos diz que ( )xF dt xd m 2 2 = se a força F depende somente de x ou � � � � � � = t, dt dx ,xF dt xd m 2 2 , no caso mais geral. Considere a figura a seguir: a) representa um Sistema Massa-Mola (supondo atrito nulo) cujo movimento é regido pela equação kx dt xd m 2 2 −= , onde k é o coeficiente da mola pela Lei de Hook e m é a massa do objeto na extremidade da mola. b) representa um Pêndulo Suspenso (supondo atrito nulo) cujo movimento é regido pela equação ( )ϕϕ sen l g dt d 2 2 ⋅−= , que para � “pequeno”, como ( ) ϕϕ ≅sen , pode ser aproximada por ϕϕ ⋅−= l g dt d 2 2 e m é a massa do objeto na extremidade do Pêndulo. c) representa um Pêndulo de Torção (supondo atrito nulo) cujo movimento é regido pela equação ϕϕ ⋅−= J dt dI 2 2 , onde ϕ⋅J é a quantidade de movimento do “eixo” e I é o momento de inércia do disco. d) representa um Circuito Elétrico LC (supondo resistência nula) cuja evolução no tempo é regida pela equação q c 1 dt qd 2 2 ⋅−= , onde q é a carga elétrica, L e C são a indutância e capacitância do circuito elétrico, respectivamente. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 45 Comparando as equações que regem os sistemas a), b), c) e d), vê-se que TODAS as equações são da forma 0x� dt xd 2 2 2 =+ , onde � é a freqüência angular do fenômeno e cuja solução será (como já visto) ( ) ( )�tcosc�tsencx 21 ⋅+⋅= que pode, por substituições trigonométricas, ser transformada em ( )φ+⋅= �tsenAx , onde A é a amplitude da solução e φ é a fase da solução. Colocando atrito (ou resistência, no caso do circuito elétrico), um termo correspondente é introduzido, ficando a forma da equação para todos os casos da figura anterior, como 0x� dt dx � dt xd 2 2 2 =++ , onde � é o termo correspondente ao coeficiente de atrito (ou resistência para o circuito elétrico). EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 46 3 Sistemas de Equações Diferenciais 3.1 Resolução por substituição Exemplo: � � � � � =++ =−−+ 0y3x dt dx ey4x dt dy dt dx2 t 3.2 Resolução por operadores Exemplos: 1) � � � � � =++ =−−+ 0y3x dt dx ey4x dt dy dt dx2 t 2) � � � � �� � � � =+++ =++− =++ 02zy dt dz dt dy 1z2x dt dz dt dx 1y dt dy dt dx 3.3 Exercícios Resolva, se possível os seguintes sistemas: 1) � � � � � =++ +=−+ tx dt dy2 dt dx2 12tx dt dy dt dx 2) � � � � � =++ =++ 2t2e2y dt dy3x 03y2x dt dx 3) ( ) ( )� � � � � =−+++ =+−+ tcosy2x dt dy dt dx2 t2sen4y3x dt dy2 dt dx 4) � � � �� � � =++−++ =−++ 2 2 2 2 2 t tyx dt dy dt dx dt yd dt xd eyx dt dy dt dx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Valéria Zuma Medeiros & Mihail Lermontov 47 3.4 Revisão de alguns tópicos de Álgebra Linear Derivada e integral de matrizes: Seja a matriz [ ]ijaA = . i) � � � � = dt ad dt dA ij ii) �� � � = �� f e ij f e dtadtA Exemplos: 1) ( ) ��� � � � + = 45tsen e1tA 2t2 ( ) ��� � � � = 0tcos 2e2t dt dA 2t e ( ) � � � � � � ++− +++ =� 43 2 2t 1 3 c45tctcos c 2 e ct 3 t dtA 2) � � � � � � � � −=� � � � � � � � � = � 0 1e 1 dtX 0 e 1 X 1 0 t Autovalores e autovetores de operadores e matrizes quadradas: Seja VV:T → um operador linear, Vv ∈∀ , tal que ( ) �vvT = , onde ℜ∈� e Vv θ≠ . Diz-se que � é um autovalor de T e v é um autovetor de T associado a �. Exemplo:
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