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DIREITOS HUMANOS I
Prof. Dr. Sandro Oliveira
Faculdade de Direito
UFMS
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“O grito não é teu. Não é tu que fala; inúmeros antepassados falam por tua boca. Não é tu que desejas; inumeráveis gerações desejam com teu coração. Teus mortos não jazem, sob a terra. (...) Se fizeram idéias e paixões que determinarão tua vontade e tuas ações.” 
Nikos Kazantzákis
(Filósofo, escritor e poeta grego;
* 18/2/1883, Heraclion, Grécia
+ 26/10/1957, Friburgo, Alemanha
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HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05 DE OUTUBRO DE 1988
PREÂMBULO
	
	Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
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Art. 1º CF/88 – A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
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Art. 3º CF/88 – Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Art. 4º CF/88 - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
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Art. 5º CF/88 – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA E FILOSÓFICA 
HISTORICIDADE DOS DIREITOS
Legislação Mosaica
Código de Hamurabi
Código de Manu
Lei das XII Tábuas
O Alcorão
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A LIMITAÇÃO DO PODER
O primado da Constituição
O Pacto Político
O Pacto Social (Declaração de Direitos)
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PRECEDENTES HISTÓRICOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Forais e Cartas de Franquia
A Magna Carta (1215)
O Bill of rights (1689)
Declaração de Direitos da Virgínia (1776)
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AS GERAÇÕES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS
1ª Geração - As liberdades Públicas: declaração francesa de 1789  início do século XX;
2ª Geração - Os direitos sociais e econômicos: início do século XX  Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948);
3ª Geração - Os direitos de solidariedade: Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948)  presente?
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AS LIBERDADES PÚBLICAS
A Declaração Francesa de 1789
Origem
 Finalidade, objetivo e natureza
 características: 	
direitos naturais;
abstratos;
imprescritíveis;
inalienáveis;
individuais;
universais.
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Liberdades do Homem e do Cidadão:
segurança (art. 2º);
locomoção (art. 7º);
opinião (art. 10);
expressão (art. 11);
presunção de inocência (art. 9º);
legalidade criminal (art. 8º);
legalidade processual (art. 7º);
resistência à opressão (art. 2º);
poder de participar da vontade geral ou de escolher representantes (art. 6º);
consentir nos tributos (art. 14);
controlar os gastos públicos e pedir contas ao administrador público (art. 15);
proteção da propriedade (art. 17)
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 O papel da lei:
A lei é expressão da justiça, aplicando-se em todos os casos, sem distinção entre os envolvidos.
“A lei é a expressão da vontade geral.” Rousseau
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Isonomia / Igualdade
- Uniformidade do direito aplicável a todos os homens.
	Natureza jurídica
são direitos subjetivos. Poderes de agir reconhecidos e protegidos pela ordem jurídica a todos os homens;
são direitos subjetivos oponíveis ao Estado.
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Sujeitos da relação:
Ativo: todo e cada um dos seres humanos;
Passivo: todos os indivíduos que não seu titular, mais todos os entes públicos ou privados, e especialmente o Estado 
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DIREITOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
O Problema Social
- Liberalismo X pobreza da classe operária
Novos Pensamentos:
Socialismo Democrático;
Cristianismo social ( Encíclica rerum novarum – 1891);
Anarquistas.
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Constituição Francesa de 1848
proteção do trabalho;
assegurar a existência dos cidadãos necessitados;
promoção de trabalhos públicos para os desempregados
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Constituição Alemã de 1919 (Weimar)
a propriedade induz a obrigações;
a propriedade deve atender o interesse geral;
proteção do trabalho;
direito a sindicalização;
previdência social.
 
A Constituição Brasileira de 1934 sofreu influência da Constituição de Weimar.
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Natureza
são direitos subjetivos;
poderes de exigir do Estado.
Objeto
prestação de um serviço.
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DIREITOS DE SOLIDARIEDADE 
Terceira Geração dos Direitos Fundamentais
Fim do que seria o último objetivo do ideal revolucionário francês.
A origem:
Declaração Universal dos Direitos do Homem - 1948
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Direitos de Solidariedade
direito à paz;
direito ao desenvolvimento;
direito ao patrimônio comum da humanidade;
direito à comunicação;
direito a autodeterminação dos povos;
direito ao meio ambiente.
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Sujeitos:
Ativo: todo o povo?
Passivo: o Estado.
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A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Proteção contra o Poder Executivo
Fundamentado na proteção judicial.
Sistema da common law
due process of law (devido processo legal);
Os writs ( habeas corpus, mandamus, injuction, etc.)
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Sistema Mexicano
Amparo ( constituição Mexicana de 1917)
Sistema Francês
Contencioso administrativo ( ou “jurisdição administrativa”);
Não faz parte do Poder Judiciário 
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Sistema Brasileiro
Mandado de Segurança (individual e coletivo);
Mandado de injunção;
Habeas corpus;
Habeas data.
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Proteção contra o Poder Legislativo
Controle da constitucionalidade das leis
Corte Suprema dos Estados Unidos (Caso Marbury X Madison)
Sistema brasileiro
Ação direta de inconstitucionalidade (por ação / por omissão)
Ação direta de constitucionalidade
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REGIMES EXCEPCIONAIS
 Ditaduras
 
Limitação no exercício, ou inexistência dos direitos fundamentais.
 
Ditaduras no Mundo (século XX)
			Espanha de Franco;
			Alemanha Nazista;
			Itália Fascista;
			União Soviética.
 
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Ditaduras na América Latina (século XX)
Argentina:
Peron;
Governos Militares;
Os desaparecidos;
Filhos dos desaparecidos;
Volta à Democracia.
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Chile:
Salvador Allende;
Golpe de 1973;
Era Pinochet;
Caravana da Morte;
Volta à Democracia.
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Ditaduras no Brasil
Marechal Floriano Peixoto (O Marechal de Ferro);
Getúlio Vargas;
O Golpe de 1964;
Os Governos Militares
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SISTEMA JUDICIÁRIO DE GARANTIA
Intervenção Judicial.
não atua ex officio;
deve existir um litígio;
a função judiciária se dá por meio de um processo.
 
 Judiciário independente(art. 99, CF/88)
A Constituição Federal trata de fixar a composição dos tribunais superiores.
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O Juiz (arts. 93 e 95, CF/88)
ingresso por concurso público de provas e títulos;
promoção por antigüidade e merecimento;
vitaliciedade;
inamovibilidade;
irredutibilidade de vencimentos;
proibição de exercer qualquer outro cargo, exceto uma de magistério;
proibição de receber custas ou participações em processo;
proibição do exercício de atividade político-partidária.
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REFORMA
DO
JUDICIÁRIO
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Altera 25 artigos: 5º, 36, 52, 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição Federal;
Acrescenta 04 artigos: 103-A, 103-B, 111-A e 130-ª
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Aspectos Jurídico-sociais que levaram a EC 45/04:
CRISE DO PODER JUDICIÁRIO;
ADOÇÃO DE NOVOS PRECEITOS PARA PERMITIR A EFETIVAÇÃO DO CONJUNTO NORMATIVO CONSTITUCIONAL;
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Celeridade processual
Art. 5º (...) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Princípio da eficiência: art. 37, caput, da CF/88.
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Tratados e convenções internacionais
Art. 5º
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
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Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados: 
Os Estados signatários devem dar preferência aos instrumentos internacionais em relação às normas jurídicas internas, sob pena destas últimas se tornarem inviáveis.
Adotado em: Viena Data: 26 de maio de 1969 Entrada em vigor internacional: 27 de janeiro de 1980
http://www2.mre.gov.br/dai/dtrat.htm
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Jurisdição penal internacional
Art. 5º
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
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O Tribunal Penal Internacional foi criado pelo Estatuto de Roma (16/07/98)
Competência:
julgamento de crimes graves de âmbito internacional, tais como o crime de genocídio;
crimes de guerra e os crimes contra a humanidade, não substituindo, contudo, o sistema judicial interno. 
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Artigo 1o O Tribunal
É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal Penal Internacional ("o Tribunal"). O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente Estatuto, e será complementar às jurisdições penais nacionais. A competência e o funcionamento do Tribunal reger-se-ão pelo presente Estatuto.
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 RECUSA À EXECUÇÃO DE LEI FEDERAL 
Art. 36 [...]
III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
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CRIAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Conselho Nacional de Justiça:
Passa a fazer parte da estrutura do Poder Judiciário.
Composição 15 membros (art. 103-B)
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Conselho Nacional do Ministério Público
O art. 130-A da Carta Maior dispõe sobre a criação do Conselho Nacional do Ministério Público;
Composição: quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal;
Mandato: dois anos, admitida uma recondução.
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A MAGISTRATURA APÓS A REFORMA DO JUDICIÁRIO 
O artigo 93 da CF/88 estabelece que lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura;
Ingresso na magistratura: 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
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DESTINAÇÃO EXCLUSIVA DAS CUSTAS E EMOLUMENTOS 
Art. 98, §2º
As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. 
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CRIAÇÃO DE OUVIDORIAS 
Art. 103 -B
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.
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CRIAÇÃO DA JUSTIÇA ITINERANTE - JF
Art. 107
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
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CRIAÇÃO DAS CÂMARAS REGIONAIS - TRFs
Art. 107
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
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CRIAÇÃO DAS VARAS AGRÁRIAS 
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.
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DEFENSORIAS PÚBLICAS ESTADUAIS 
Art. 134, § 1º. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
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§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

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