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Citologia e Histologia - Ricardo Bacchi (Unimontes)

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Ricardo Rodrigues Bacchi
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
período
º1
Citologia e 
Histologia
Montes Claros/MG - 2013
Ricardo Rodrigues Bacchi
citologia e Histologia
2013
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
Caixa Postal: 126 - CEP: 39.401-089
Correio eletrônico: editora@unimontes.br - Telefone: (38) 3229-8214
Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge - Unimontes
Ficha Catalográfica:
Copyright ©: Universidade Estadual de Montes Claros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
REITOR
João dos Reis Canela
VICE-REITORA
Maria Ivete Soares de Almeida
DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES
Humberto Velloso Reis
EDITORA UNIMONTES
Conselho Editorial
Prof. Silvio Guimarães – Medicina. Unimontes.
Prof. Hercílio Mertelli – Odontologia. Unimontes.
Prof. Humberto Guido – Filosofia. UFU.
Profª Maria Geralda Almeida. UFG
Prof. Luis Jobim – UERJ.
Prof. Manuel Sarmento – Minho – Portugal.
Prof. Fernando Verdú Pascoal. Valencia – Espanha.
Prof. Antônio Alvimar Souza - Unimontes
Prof. Fernando Lolas Stepke. – Univ. Chile.
Prof. José Geraldo de Freitas Drumond – Unimontes.
Profª Rita de Cássia Silva Dionísio. Letras – Unimontes.
Profª Maisa Tavares de Souza Leite. Enfermagem – Unimontes.
Profª Siomara A. Silva – Educação Física. UFOP.
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Carla Roselma Athayde Moraes
Maria Cristina Ruas de Abreu Maia
Waneuza Soares Eulálio
REVISÃO TÉCNICA
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Karen Torres C. Lafetá de Almeida 
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DESIGN EDITORIAL E CONTROLE DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
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Diretora do Centro de Ciências Biológicas da Saúde - CCBS/
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Diretor de Educação a Distância da CAPES
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Governador do Estado de Minas Gerais
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Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
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Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
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Unimontes
maria Ivete Soares de Almeida
Pró-Reitor de Ensino/Unimontes
João Felício Rodrigues Neto
Diretor do Centro de Educação a Distância/Unimontes
Jânio marques Dias
Coordenadora da UAB/Unimontes
maria Ângela Lopes Dumont macedo
Autor
Ricardo Rodrigues Bacchi
Possui graduação em Ciências Biológicas - Modalidade Médica pelo Centro Universitário 
Barão de Mauá. Mestrado em Saúde - Avaliação das Atividades Físicas e Desportivas pela 
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Portugal, Especialista em Bioquímica Médica 
pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Atualmente é professor de Citologia, Histologia e 
Embriologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Sumário
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Unidade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
Níveis de organização das estruturas biológicas: células eucarionte e procarionte . . . .13
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
1.2 Células procariontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
1.3 Células eucariontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
1.4 Organização celular dos seres vivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Unidade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
Noções sobre microscopia e composição química da célula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
2.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
2.2 Microscópio óptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
2.3 Composição química da célula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
Unidade 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27
Princípios da divisão, diferenciação e especialização celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27
3.2 Interfase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27
3.3 Mitose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
3.4 Meiose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
3.5 Especialização, diferenciação e potencialidade embrionária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Unidade 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
Membrana plasmática e digestão intracelular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
4.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
4.2 Estrutura da membrana plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
4.3 Mecanismos de transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
4.4 Digestão intracelular . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Unidade 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
Mitocôndrias - usinas energéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
5.2 Respiração celular aeróbia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
5.3 Cadeia respiratória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42
Unidade 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
Tecido epitelial de revestimento e glandular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
6.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
6.2 Tecido epitelial de revestimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
6.3 Membrana basal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
6.4 Tecido epitelial glandular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Unidade 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
Tecido conjuntivo propriamente dito e adiposo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
7.2 Tecido conjuntivo propriamente dito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
7.3 Células . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52
7.4 Classificação do tecido conjuntivo propriamente dito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
Unidade 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
Tecido conjuntivo cartilaginoso, ósseo e sanguíneo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
8.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
8.2 Tecido conjuntivo cartilaginoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
8.3 Tecido conjuntivo ósseo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63
8.4 Tipos de tecido ósseo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
8.5 Osteogênese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65
8.6 Tecido conjuntivo sanguíneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69
Unidade 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
Tecidos musculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
9.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
9.2 O tecido muscular estriado esquelético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
9.3 O tecido muscular estriado cardíaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74
9.4 O músculo liso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .76
Unidade 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77
Tecido nervoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
10.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
10.2 Componentes do tecido nervoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78
10.3 Fibras nervosas e nervos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81
10.4 Classificação dos neurônios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82
10.5 Substância cinzenta e substância branca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87
Referências básicas e complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89
Atividades de Aprendizagem-AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91
11
Educação Física - Citologia e Histologia
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a),
Para que a biologia consiga ter um entendimento melhor dos seres vivos e suas relações, 
fez-se necessário a fragmentação dessa ciência abrangente em subáreas específicas como: bio-
química, citologia, histologia, genética, embriologia, etc. Chegando a um nível populacional 
onde compreendemos melhor as interações entre os seres vivos e o meio ambiente. 
Vamos abordar neste caderno didático a Biologia Celular que por si só estuda a célula em 
vários aspectos bioquímicos, estruturais e funcionais. Sendo assim, é nosso objetivo principal en-
tender a célula como uma entidade dotada de uma maquinaria autônoma responsável por di-
versas ações metabólicas que nos permite dizer que até mesmo um organismo unicelular como 
uma bactéria apresenta condições de se reproduzir, respirar, produzir e digerir alimentos entre 
outras tantas funções que a tornam apta à sobrevivência. Para que assim, seja considerada como 
unidade de matéria viva. 
O autor.
13
Educação Física - Citologia e Histologia
UNIDADE 1
Níveis de organização das 
estruturas biológicas:células 
eucarionte e procarionte
Ricardo Rodrigues Bacchi
1.1 Introdução
Caros acadêmicos, nesta unidade com-
prenderemos os vários níveis de organização 
das estruturas biológicas. Segundo DE Rober-
tis (2006, p.01), os estudos modernos da ma-
téria viva demonstram que as manifestações 
vitais do organismo resultam de uma série de 
níveis de organização integrados. O conceito 
de níveis de organização implica que, em todo 
o universo, tanto no mundo inerte como no 
mundo dos seres vivos, existem diferentes ní-
veis de complexidade, de maneira que as leis 
ou regras que são cumpridas em um nível po-
dem não se manifestar em outros.
 Vamos iniciar o nosso estudo compreen-
dendo a estrutura de um átomo que, segundo 
o físico neozelandês Ernest Rutherford (1911), 
descobriu a estrutura atômica através de sua 
“experiência da dispersão” , que serviu de base 
para o modelo atômico que estudamos até 
os dias de hoje, sendo o átomo considerado 
a menor porção da matéria, esteja ela em um 
estado sólido, líquido ou gasoso, podendo ser 
dividido por fissão nuclear em prótons, nêu-
trons e elétrons.
Veja que o núcleo é formado por prótons 
e nêutrons e que os elétrons circundam o nú-
cleo atômico.
Quando vários átomos de elementos quí-
micos iguais ou diferentes se unem através de 
ligações químicas, formam diversas moléculas 
que entram na constituição química da célula.
Observe na figura 2 a tabela periódica com 
os elementos químicos presentes na natureza.
Algumas dessas moléculas são simples, 
como a água que é constituída de dois átomos 
de hidrogênio e um de oxigênio. Outras molé-
culas, como as proteínas, podem conter cente-
nas de átomos. 
As moléculas são constituintes das orga-
nelas celulares, estas desempenham funções 
específicas e vitais para a sobrevivência da 
célula. Por isso, dizemos que a célula - seja ela: 
eucarionte ou procarionte - é considerada a 
unidade estrutural e funcional da vida.
GLOSSÁRIO
Fissão nuclear: é uma 
reação que ocorre no 
núcleo de um átomo. 
Geralmente o núcleo 
pesado é atingido por 
um nêutron, que, após 
a colisão, libera uma 
imensa quantidade de 
energia. No processo 
de fissão de um átomo, 
a cada colisão são libe-
rados novos nêutrons. 
Os novos nêutrons 
irão colidir com novos 
núcleos, provocando 
a fissão sucessiva de 
outros núcleos e esta-
belecendo, então, uma 
reação que denomina-
mos reação em cadeia.
Autor: Domiciano 
Marques
Fonte: Disponível em 
<http://www.brasiles-
cola.com/fisica/fissao-
-nuclear.htm> Acesso 
em 12 fev. 2013 
◄ Figura 1: Estrutura de 
um átomo do gás Hélio
Fonte: Disponível em 
<http://www.novaeletro-
nica.net> acesso em 12 
fev. 2013
PARA SABER mAIS
 Acesse <http://www.
ptable.com/?lang=pt> 
e acesse uma Tabela 
Periódica interativa. Cli-
cando nos elementos, 
você terá uma breve 
descrição dos mesmos. 
Acesso em 15 fev. 2013
14
UAB/Unimontes - 1º Período
1.2 Células procariontes
As células procariontes são mais simples. 
Segundo Junqueira e Carneiro (2005, p. 02), 
“as células procariontes se caracterizam pela 
pobreza de membranas. Nelas geralmente 
a única membrana presente é a membrana 
plasmática”. Ele ainda afirma que os seres 
vivos que têm células procariontes são de-
nominados procariotas, sendo células proca-
riontes as células bacterianas, cianofíceas, ou 
algas azuis. 
O material genético (DNA) apresenta-se 
difuso em seu citoplasma já que não possui 
carioteca, envoltório nuclear de composição 
lipoprotéica e estrutura semelhante às de-
mais membranas celulares, tem como função 
separar o material nuclear do citosol e regu-
lar a entrada e saída de substâncias entre os 
meios intracelular e extracelular.
Essas células não apresentam endo-
membranas, sendo assim, são destituídas de 
organelas membranosas em seu citoplasma. 
Entretanto, possuem ribossomos livres, res-
ponsáveis pela produção de proteínas neces-
sárias à sua sobrevivência.
Figura 3: Célula 
Procarionte
Fonte: Disponível em 
<http://bioinvisivel.blo-
gspot.com.br> acesso 
em 17 fev. 2013
►
AtIvIDADE 
As células eucariontes 
dos animais e vegetais 
apresentam algumas 
semelhanças e algumas 
diferenças estruturais. 
Analise as figuras 4 e 
5 e procure identificar 
quais são suas seme-
lhanças e diferenças. 
Poste sua resposta no 
Fórum de Discussão.
▲
Figura 2: Tabela 
periódica
 Fonte: Disponível em 
<http://www.ptable.
com/?lang=pt> acesso em 
20 fev. 2013
15
Educação Física - Citologia e Histologia
1.3 Células eucariontes
Segundo Alberts (2006), as células euca-
rióticas, em geral, são maiores e mais elabo-
radas do que as bactérias e arqueobactérias. 
Algumas vivem vidas independentes, como 
organismos unicelulares, como as Amebas e 
as leveduras; outras vivem em agrupamentos 
multicelulares, incluindo plantas, animais e 
fungos. 
Nas células eucariontes animal e vege-
tal, o material genético (DNA) é revestido 
pela carioteca, formando, assim, um núcleo 
verdadeiro. A comunicação do núcleo com o 
citosol ocorre através de poros presentes na 
carioteca que regulam a entrada e saída de 
substância do núcleo celular. As células eu-
cariontes são compartimentadas, possuindo 
endomembranas que são responsáveis pela 
formação de diversas organelas em seu cito-
plasma, como:
Retículo endoplasmático: Formado a 
partir de invaginações da membrana plas-
mática, é o responsável pela circulação in-
◄ Figura 4: Célula 
Eucarionte Animal
Fonte: Disponível em 
<http://prof-marcosale-
xandre.blogspot.com.
br> acesso em 12 fev. 
2013
◄ Figura 5: Célula 
Eucarionte Vegetal
Fonte: Disponível em 
<http://biofraganunes.
blogspot.com.br > aces-
so em 15 fev. 2013
GLOSSÁRIO
tecido: grupo de 
células dos organismos 
multicelulares que 
apresentam estrutura e 
funções fundamental-
mente semelhantes. 
Fonte: Disponível em 
<http://www.mundoe-
ducacao.com.br/biolo-
gia/niveis-organizacao-
-biologia.htm.> acesso 
em 15 fev. 2013
DIcA
Homeostasia é o con-
junto de fenómenos 
de auto-regulação que 
levam à preservação 
da constância quanto 
às propriedades e à 
composição do meio 
interno de um orga-
nismo. O conceito foi 
criado pelo fisiologista 
norte-americano Walter 
Bradford Cannon 
(1871-1945).
Fonte: Disponível em 
<http://renasnascer.
blogspot.com.br/> 
acesso em 16 fev. 2013
16
UAB/Unimontes - 1º Período
tracelular, apresenta-se morfologicamente 
como tubos ou vesículas achatadas, poden-
do apresentar ribossomos aderidos em suas 
membranas fosfolipídicas, sendo denomi-
nado retículo endoplasmático rugoso (RER), 
relacionado com a síntese de proteínas. O 
retículo endoplasmático liso não apresenta 
ribossomos aderidos em sua membrana e sua 
função é a produção de lipídeos e desintoxi-
cação celular.
Complexo de golgi: corresponde a uma 
pilha de sáculos achatados, tem como função 
o armazenamento, empacotamento e secre-
ção de substâncias. Também modifica e se-
leciona proteínas para serem transportadas 
para diversos lugares do citoplasma através 
de vesículas.
Lisossomos: são vesículas originadas do 
complexo de golgi, apresentando, ao micros-
cópio eletrônico, diversos tamanhos e for-
mas, em seu interior encontramos diversas 
enzimas hidrolíticas relacionadas com a di-
gestão intracelular.
Mitocôndrias: São organelas citoplasmáti-
cas presentes em células eucariontes animais e 
vegetais, são formadas por duas unidades de 
membrana separadas por um espaço inter-
-membranoso, desempenham importante pa-
pel no processo de respiração celular, na qual 
produzem a maior quantidade de adenosina 
trifosfato (ATP) a partir da degradação dos car-
boidratos e de ácidos graxos.
Peroxíssomos: Vesículas esféricas mem-
branosas encontradas em células eucariontes 
animais e vegetais, contendo em seu interiorenzimas relacionadas com a degradação do 
peróxido de hidrogênio (H2O2), Nos vegetais 
são importantes reguladores do processo 
germinativo, convertendo os lipídios armaze-
nados nas sementes em açúcares.
Plastos: São estruturas citoplasmáticas 
exclusivas de células eucariontes vegetais e 
apresentam dupla membrana, podendo ou 
não apresentar pigmento. Os plastos que 
apresentam pigmento são denominados 
cromoplastos e estão relacionados com a fo-
tossíntese, os leucoplastos não apresentam 
pigmento e estão relacionados ao armazena-
mento de substâncias, como exemplo, temos 
o amiloplasto que armazena o amido.
1.4 Organização celular dos seres 
vivos
Muitos animais, como as bactérias, são 
formados apenas por uma célula, portanto, 
são denominados unicelulares. Outros, como 
os seres humanos, são multicelulares, forma-
dos por milhares de células, possuindo assim 
uma grande massa corporal. 
Esta grande massa corporal exige que as 
células que apresentem a mesma morfologia 
e função se reconheçam, agrupando-se e for-
mando os tecidos.
A união de dois ou mais tecidos forma-
rá um órgão com determinada função. Por 
exemplo, os pulmões são responsáveis pela 
função de trocas gasosas de O2 e CO2. 
 Para que ocorra uma troca gasosa efeti-
va, o ar contendo esses gases precisa passar 
pelas vias respiratórias: fossas nasais, faringe, 
laringe, traquéia, brônquios, bronquíolo e 
alvéolos pulmonares. Notem que todos es-
ses órgãos realizam funções diversas, porém 
com o mesmo objetivo que é de conduzir o 
ar para a realização da respiração. Dizemos, 
então, que esses órgãos formam o sistema 
respiratório. 
Vários sistemas com funções distintas, 
como o sistema renal, responsável pela filtra-
ção, e o sistema digestório, responsável pela 
digestão de macromoléculas, se unem para 
promover uma perfeita integração e manu-
tenção da vida do organismo. Confira na Fi-
gura 6, o esquema de classificação desde a 
célula até o organismo.
GLOSSÁRIO
Um Elemento: é uma 
substância que não 
pode ser reduzida a 
uma forma mais simples 
por meios químicos. 
Ferro, ouro, prata, cobre 
e oxigênio são bons 
exemplos de elementos. 
Uma molécula: é a 
menor parte de um 
composto que tem 
todas as características 
do composto. Cada 
molécula contém algum 
ou alguns dos átomos 
de cada elemento que 
forma o composto. 
Um Composto: é uma 
combinação química de 
dois ou mais elementos. 
Água, sal de cozinha, 
álcool etílico e amônia 
são exemplos de com-
postos. 
matéria: é qualquer coi-
sa que ocupa espaço e 
tem peso. Rochas, água 
e ar são exemplos de 
material. Matéria pode 
ser encontrada em 
qualquer um destes três 
estados: sólido, líquido 
e gasoso. Ela também 
pode ser composta de 
um elemento ou de 
uma combinação de 
elementos. 
Fonte: Disponível em 
<http://educacao.uol.
com.br/planos-de-aula/
medio/biologia-niveis-
-de-organizacao-dos-
-seres-vivos.htm> 
Acesso em 12 fev. 2013
17
Educação Física - Citologia e Histologia
Como nosso caderno aborda a citologia e a histologia, vamos parar por aqui. Todavia, é bom 
saber que existem outros níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, terminando na 
biosfera. Observe na figura 6 um esquema dos mesmos.
Referências
ALBERTS, B. Fundamentos da Biologia celular . 2ª ed. ArtMed. 2006.
DE ROBERTIS, E. M. F. J. H. Bases da Biologia celular e molecular.  Rio de Janeiro, Guanabara 
Koogan, 2006.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J.  Biologia celular e molecular. 8ª ed. Rio de Janeiro, Guanaba-
ra Koogan, 2005.
GLOSSÁRIO
Hidrólise: Significa 
“quebra pela água”, isto 
é, de acordo com a de-
finição de Arrhenius de 
ácidos e bases, hidróli-
se é uma reação entre 
um ânion ou um cátion 
e a água, com forneci-
mento de íons OH- ou 
H+ para a solução.
Fonte: Disponível em 
<http://www.ebah.
com.br/content/ABA-
AAeouUAE/relatorio-
-equilibrios-hidrolise-
-sais> acessado em 15 
fev. 2013
População: conjunto 
de seres da mesma 
espécie que habitam 
em determinada região 
geográfica. 
comunidade: con-
junto de seres vivos 
de diferentes espécies 
que coabitam em uma 
mesma região. 
Ecossistema: conjunto 
formado pelas comuni-
dades biológicas em in-
teração com os fatores 
abióticos do meio. 
Biosfera: conjunto 
de regiões do planeta 
Terra capaz de abrigar 
formas de vida.
Fonte: Disponível em 
<http://www.mundoe-
ducacao.com.br/biolo-
gia/niveis-organizacao-
-biologia.htm.> acesso 
em 15 fev. 2013
◄ Figura 7: Níveis de 
organização dos 
seres vivos: do átomo 
à biosfera
Fonte: Disponível em 
<http://www.papode-
estudante.com> acesso 
15 fev. 2013
◄ Figura 6: Esquema da 
célula ao organismo
Fonte: Disponível em 
<http://espacociencias-
quintoano.blogspot.
com.br> acesso em 15 
fev. 2013
19
Educação Física - Citologia e Histologia
UNIDADE 2 
Noções sobre microscopia e 
composição química da célula
Ricardo Rodrigues Bacchi
2.1 Introdução
Caros acadêmicos, nesta unidade terão noções básicas de microscopia e composição celu-
lar, conheceremos as substâncias constituintes da matéria viva, compreendendo a sua importân-
cia estrutural na formação das células e tecidos.
2.2 Microscópio óptico 
Segundo De Roberts (2006), o olho huma-
no só pode distinguir dois pontos separados 
por mais de 0.1 milímetro (mm ), 100 micrô-
metros (µm). 
Existem células micro e macroscópicas, 
células macroscópicas são células perceptíveis 
à resolução do olho humano, como, por exem-
plo, o ovo de galinha. Porém, a grande maio-
ria das células tem dimensões microscópicas 
e não podem ser observadas sem o auxílio de 
um instrumento óptico como o microscópio 
de luz, composto por um conjunto de lentes 
que ampliam a imagem dezenas ou centenas 
de vezes, nos permitindo a observação da cé-
lula de uma forma mais detalhada, promoven-
do um melhor estudo e compreensão da fisio-
logia celular.
Segundo o laboratório de farmacognosia 
da Universidade Federal do Paraná, o micros-
cópio óptico é formado por dois sistemas: o 
sistema óptico e o sistema mecânico. 
O primeiro é composto pela:
- Ocular: é a lente (ou são as lentes) situa-
da perto do olho do observador.
Amplia a imagem formada nas objetivas. 
Quando o microscópio é binocular, possui um 
mecanismo que permite ajustar a distância in-
terpupilar.
- Objetivas: são as lentes situadas perto 
da preparação, ampliando a imagem desta. Na 
superfície de cada objetiva estão indicados o 
aumento, a abertura numérica e ainda há um 
anel colorido que indica o aumento: vermelho 
4X, amarelo 10X, azul 40X e branco 100X (esta 
última de imersão).
- condensador: é um sistema de lentes 
situado abaixo da platina e que tem a função 
de concentrar a luz gerada pela fonte de ilumi-
nação em direção à preparação.
- Diafragma: localizado no interior do 
condensador, o diafragma-iris regula o
feixe de raios que atravessa o sistema de 
lentes, eliminando os raios muito desviados.
- Fonte de luz: trata-se de uma lâmpada 
halógena de intensidade graduada,
situada ao pé do microscópio. Sua su-
perfície externa pode possuir uma espécie de 
anel para a colocação de filtros que facilitam a 
visualização.
Além do sistema óptico, um microscópio 
é formado pelo sistema mecânico, o qual se 
compõe de:
- Suporte: mantém o sistema óptico e 
fornece estabilidade ao aparelho. É
composto por duas partes, sendo elas a 
base (ou pé) e o braço.
- Platina: também conhecida como 
mesa, é uma plataforma horizontal com 
um orifício central que permite a passa-
gem dos raios procedentes da fonte de 
iluminação. Pode ser fixa simplesmente ou 
apresentar outra peça superior deslizante, 
movimentada através de botões e denomi-
nada de carro ou charriot, destinada a mo-
vimentar a lâmina onde se localiza a pre-
paração a ser observada.20
UAB/Unimontes - 1º Período
- tubo de encaixe ou canhão: contém o 
revólver com as objetivas abaixo e o
sistema de lentes oculares acima. Existem 
tubos monoculares e binoculares.
- Revólver: contém o sistema de lentes 
objetivas. O revólver é provido de
movimento circular que permite mudar 
as objetivas.
- Parafusos macrométrico e micromé-
trico: permitem o deslocamento da
platina para cima e para baixo. O deslo-
camento grosseiro se faz por meio do parafu-
so macrométrico, que aproxima o enfoque e 
o ajuste por meio do parafuso micrométrico, 
que realiza o enfoque correto.
2.3 Composição química da célula
Junqueira e Carneiro (2005, p. 40) afirmam que: “as moléculas que constituem as células 
são formados pelos mesmos átomos encontrados em seres inanimados”. Assim, alguns tipos de 
átomos como: hidrogênio (H), oxigênio (O), carbono (C), fósforo (P) e nitrogênio (N) representam 
99% da massa das células vivas, sendo constituintes das biomoléculas.
Esses elementos, quando combinados entre si através de ligações químicas, formarão diver-
sas substâncias conhecidas como moléculas que podem ser de natureza orgânica ou inorgânica.
2.3.1 Substâncias Orgânicas
As Substâncias Orgânicas presentes nos seres vivos são aquelas que, obrigatoriamente, 
possuem carbono na constituição química de suas moléculas, podemos encontrar em nosso or-
ganismo substâncias orgânicas como as:
2.3.1.1 Proteínas
Entre todas as moléculas orgânicas, as proteínas são as mais abundantes do organismo, nor-
malmente são de alto peso molecular e representam em torno de 50 % do peso seco da massa 
celular.
São macromoléculas constituídas de aminoácidos, que são os seus monômeros, unidos 
por ligação peptídica. Os monômeos são pequenas moléculas capazes de ligarem-se entre si 
formando moléculas maiores denominadas polímeros. 
Na figura 8, notamos que na cadeia lateral é encontrado o radical (R) do aminoácido que é a 
sua porção variável.
Conforme Alberts (2006, p. 59),“O crescimento de cada polímero dá-se pela adição de um 
monômero à extremidade da cadeia polimérica que está crescendo por meio de uma reação de 
condensação, reação da qual uma molécula de água é perdida cada vez que a uma subunidade é 
adicionada”.
A união de aminoácidos ocorre através 
das ligações peptídicas, estas se fazem por de-
sidratação, liberando moléculas de água. Veja 
na figura 9 um exemplo desse processo. Rea-
ção de condensação entre duas moléculas do 
aminoácido glicina, demonstrando a formação 
da ligação peptídica.
 
GLOSSÁRIO
Substâncias Químicas: 
São classificadas como 
inorgânicas e orgâni-
cas. As inorgânicas são 
aquelas que não pos-
suem cadeias carbôni-
cas e as orgânicas são 
as que possuem.
Fonte: Disponível em 
<http://web.ccead.puc-
-rio.br/condigital/mvsl/
Sala%20de%20Leitura/
conteudos/SL_funco-
es_inorganicas.pdf> 
acesso 16 fev. 2013
Figura 8: Fórmula 
geral aminoácidos. 
Fonte: Disponível em 
<http://www.enq.ufsc.
br> acessado em 17 fev. 
2013
▼
Figura 9: Ligação 
Peptídica
Fonte: Disponível em 
<http://qnesc.sbq.org.
br/online/qnesc24/
ccd1.pdf> acesso em 17 
fev. 2013
►
21
Educação Física - Citologia e Histologia
Existem 20 aminoácidos que são responsáveis pela formação das proteínas do nosso orga-
nismo. Doze desses aminoacidos são classificados como aminoácidos naturais, ou seja, nosso or-
ganismo é capaz de produzi-los. Os demais, denominados de aminoácidos essenciais, são adqui-
ridos através da alimentação.
Os Aminoácidos são classificados conforme seu radical que, como vimos anteriormente, é 
sua única porção variável. Confira, a seguir, uma tabela com as respectivas nomenclaturas destes:
QUADRO 1 - Nomenclatura de Aminoácidos
Fonte: Disponível em <http://www.biomedicinapadrao.com/2011/07/aminoacidos-aa.html> acesso em 18 fev. 2013
As proteínas podem ser simples, quando são formadas exclusivamente por aminoácidos, 
ou podem ser conjugadas, quando formadas por aminoácidos e outra substância de natureza 
não protéica que representa o seu grupo prostético, por exemplo, lipoproteína = aminoácido + 
lipídeos.
A estrutura da proteína é determinada pelo nosso código genético, a sequência de nucleotí-
deos presente na molécula de DNA determina o tipo e a sequência em que os aminoácidos serão 
unidos na cadeia polipeptídica.
A estrutura da proteína determina sua função que pode ser: enzimáticas, hormonais, de de-
fesa, nutritiva, coagulação sanguínea, transporte e estrutural, entrando na constituição de vários 
tecidos e órgãos.
Podemos ter proteínas com estruturas primária, secundária e terciária. A estrutura quaterná-
ria é a união de várias cadeia polipeptídicas.
DIcA
Proteínas são polímeros 
cujas unidades consti-
tuintes fundamentais 
são os aminoácidos. 
Os aminoácidos, por 
sua vez, são moléculas 
orgânicas que possuem 
ligadas ao mesmo 
átomo de carbono um 
átomo de hidrogênio, 
um grupo amina, um 
grupo carboxílico e 
uma cadeia lateral.
Fonte: Disponível em 
<http://qnesc.sbq.org.
br/online/qnesc24/
ccd1.pdf> acesso em 
18 fev. 2013
◄ Figura 10: 
Estruturas de 
Proteínas: Primárias, 
Secundárias, 
Terciárias e 
Quaternárias
Fonte: Disponível em 
<http://www.ebah.com.
br> acesso em 18 fev. 
2013
22
UAB/Unimontes - 1º Período
2.3.1.2 Ácidos nucléicos 
Os ácidos nucléicos são uma classe de 
macromoléculas ácidas constituídas por mi-
lhares de nucleotídeos, que são os seus mo-
nômeros, participam em vários processos 
bioquímicos do nosso organismo, como a 
transmissão das características hereditárias, 
operada através de moléculas de ácido de-
soxirribonucléico (DNA), constituído de ca-
deias de nucleotídeos dispostas em espiral, 
já o de ácido ribonucléico (RNA) apresenta-se 
com apenas uma cadeia de nucleotídeos em 
espiral, estando mais relacionado com a sínte-
se de proteínas da célula, os ácidos nucléicos 
também são importantes como uma das fon-
tes de energia rápida para as atividades celu-
lares, como adenosina trifosfato e guanosina 
trifosfato, e no processo de respiração celular 
no qual atuam como coenzimas.
Os Nucleotídeos são constituídos de:
•	 uma base nitrogenada, que pode ser uma 
purina (adenina ou guanina) ou uma piri-
midina (timina ou citosina no DNA; uracila 
ou citosina no RNA);
•	 um açúcar do tipo pentose (desoxirribo-
se no DNA, e ribose no RNA);
•	 um grupo fosfato (PO4).
Caso ocorra alguma mutação que leve a 
uma alteração na sequência de nucleotídeos 
da molécula de DNA, isso pode implicar pro-
teínas estruturalmente defeituosas acarretan-
do sérios problemas patológicos como o cân-
cer e doenças hereditárias.
Veja o caso da anemia falciforme, na qual 
uma alteração genética devido à substituição 
de um único nucleotídeo da cadeia de DNA 
altera a estrutura da proteína hemoglobina, le-
vando esta a adquirir um aspecto anômalo e, 
como consequência, não desempenhar bem o 
seu papel que é o de transportar gases respi-
ratórios.
Podemos concluir que a nossa sequência 
de nucleotídeos presente na molécula de DNA 
AtIvIDADE
As proteínas desempe-
nham várias funções 
em nosso organismo, 
dê exemplos de proteí-
nas que desempenham 
funções de:
a) Defesa:
b) Regulação:
c) Estrutural:
Poste sua resposta no 
Fórum de Discussão.
Figura 11: Estrutura 
química de um 
nucleotídeo
Fonte: Disponível em 
<http://www.nutritotal.
com.br> acesso em 18 
fev. 2013
►
Figura 12: Estrutura 
da Molécula de RNA 
e DNA
Fonte: Disponível em 
<http://www.alunoson-
line.com.br> acesso em 
22 fev. 2013
►
PARA SABER mAIS
Assista a este vídeo e 
veja onde está o DNA 
e sua real aparên-
cia no site: http://
www.youtube.com/
watch?feature=player_
embedded&v=oLz-
-II0eZvk
GLOSSÁRIO
mutação: É definida 
como qualquer alte-
ração permanentedo 
DNA. Pode ocorrer em 
qualquer célula, tanto 
em células da linhagem 
germinativa como em 
células somáticas. 
Fonte: Disponível em 
<http://www.virtual.
epm.br> Acesso em 18 
mai. 2013
23
Educação Física - Citologia e Histologia
tem uma relação direta com a produção de 
proteínas específicas, exercendo controle em 
diversos fenômenos biológicos, como no cres-
cimento celular e transmissão das característi-
cas hereditárias.
É bom lembrar que uma mutação gené-
tica nem sempre é ruim. Ela pode ser adapta-
tiva, promovendo maior variabilidade de indi-
víduos dentro da mesma espécie e melhorar a 
adaptação ao meio.
2.3.1.3 Carboidratos, glicídios ou açúcares
São moléculas orgânicas muito abundantes na natureza, são tão importantes que, em al-
guns tecidos, representam a única fonte metabólica de energia. O cérebro usa a energia quase 
que exclusivamente das moléculas de glicose para a realização de suas funções vitais.
Sempre o carbono, hidrogênio e oxigênio estão presentes nessas moléculas e podemos 
classificá-los de acordo com a sua constituição química em 3 grandes grupos:
I. monossacarídeos – são os carboidratos mais simples, não podendo ser hidrolizados, apre-
sentando de 3 a 7 átomos de carbono em sua constituição. Os principais monossacarídeos 
do tipo hexose são a glicose, galactose e frutose apresentando função energética; outro 
monossacarideo importante são as pentoses como a ribose e desoxirribose que apresen-
tam função estrutural, fazendo parte da composição dos ácidos nucléicos.
II. Dissacarídeos – são carboidratos hidrolizáveis formados pela união de 2 monossacarídeos 
através de ligação glicosídica, por exemplo:
Sacarose (Frutose + Glicose), Maltose (Glicose + Glicose), Lactose (Galactose + Glicose). To-
dos esses apresentando função energética.
III. Polissacarídeos – são carboidratos mais complexos formados pela união de vários monos-
sacarídeos através de ligações glicosídicas , como exemplo, podemos citar o glicogênio 
encontrado no fígado e músculos nos animais e o amido, nos vegetais; ambos são impor-
tantes como reserva energética.
2.3.1.4 Lipídios
São insolúveis em água e classificam-se em glicerídeos, ceras, esteroides, fosfolipídios 
e carotenoides. São estruturalmente os principais constituintes das membranas celulares e 
atuam, também, como moléculas de reserva energética, sendo armazenados em estado fi-
siológico em células denominadas adipócitos que estão presentes no tecido adiposo.
Os glicerídeos são moléculas de glicerol unidas a uma, duas ou três moléculas de ácidos gra-
xos. Se estiverem ligados a três ácidos graxos, os glicerídeos são denominados triglicerídeos ou 
triglicérides. Eles podem ser encontrados em alimentos como laticínios, ovos, gordura animal e 
óleo vegetal.
As ceras são originadas da união de ácidos graxos e um álcool – que não seja o glicerol. Es-
sas têm um papel de proteção nas superfícies de plantas e animais, devido à sua insolubilidade. 
Prevenindo o excesso de perda de água 
Já os esteroides são lipídeos que nem apresentam glicerol, nem ácidos graxos na sua com-
posição, estando presentes nas membranas das células animais, são utilizados na produção de 
outros esteroides, como os ácidos biliares e alguns hormônios como a progesterona. 
Os fosfolipídios possuem glicerol, ácido graxo, ácido em sua estrutura e são constituintes 
importantes nas membranas celulares.
2.3.1.5 Vitaminas
As vitaminas podem ser hidrossolúveis (solúveis em água) ou lipossolúveis (solúveis em lipí-
deos). Normalmente, são necessárias em pequenas quantidades no organismo. 
Elas atuam em diversos processos metabólicos como coenzimas ou enzimas. Em determi-
nadas situações especiais da nossa vida, como em casos de doença, por exemplo, temos que ter 
uma suplementação de vitaminas. No raquitismo, a falta de vitamina D pode levar a problemas 
na estrutura óssea. Entretanto, uma alimentação balanceada e um bom prato colorido rico em 
PARA SABER mAIS 
Para saber mais acerca 
dos Princípios do Da-
rwinismo, acesse o link: 
<http://www.algoso-
bre.com.br/biologia/
teorias-da-evolucao.
html> 
24
UAB/Unimontes - 1º Período
verduras e frutas suprem nossas necessidades diárias desses nutrientes.
QUADRO 2 - Vitaminas – forma ativa e função
FORmA ActIvA FUNÇÃO
vitamina A II – cis retinol (púrpura visual). Ácido retinóico Mecanismo da visão. Manutenção da 
integridade dos epitélicos.
tiamina Tiamina pirofosfato (cocarboxilase). Transportador de radicais aldeídos 
(descarboxilação dos ácidos cetóni-
cos).
Riboflavinas Flavin-mononucleótido. Flavin-adenin-binu-
cleótido (Flavoproteínas).
Transportador de hidrogênio. Trans-
portador de electrões.
Nicotinamida Nicotinamidadeninbinucleótido. (NAD). Transportador de hidrogênio. Nicoti-
namidadeninbinucleótido. (NAD).
Ácido fólico Ácido tetrahidrofólico. 
Ácido folínico. 
“Citrovorum factor”
Transportador de radiciais formilo e 
de radicais monocarbonados.
Biotina Carboxibiotina. Transportador de radicais carboxílicos.
Ácido panto-
ténico
Coenzima A. Transportador de radicais acetilo e 
acilo.
Piridoxina Piridoxal-S-fosfato.
Piridoxamina.
Coenzimas das transaminases, desaminases, 
descarboxilases, racemases.
Transportador de funções aminas. 
Metabolismo dos aminoácidos. For-
mação das aminas biogênicas.
cobalamina Coenzimas B12. Isomerização. Desidrogenação.
Metilação.
Ácido ascór-
bico
Ácido desidroascórbico. Integridade das membranas intrace-
lulares.
Processos de oxiredução.
vitamina D 1-25-desidroxicolecalciferol. Regulação do metabolismo do cálcio 
e do fósforo.
vitamina E Alfatocoferol ou metabolito. Antioxidante. Fertilidade. Gestação.
vitamina K Vitamina K1. Síntese dos elementos do complexo 
de protrombina.
Fonte: Disponível em <http://www.enq.ufsc.br> acesso em 18 fev. 2013
2.3.2 Substâncias Inorgânicas
As substâncias inorgânicas são todas aquelas que, como o próprio nome indica, não são or-
gânicas. Considerando que as orgânicas são todas aquelas que possuem carbono em sua cons-
tituição, logo, as substâncias inorgânicas são todas aquelas que não possuem carbono em sua 
constituição. Segundo De Roberts (2006, p. 17), “do total dos componentes da célula, cerca de 75 
a 85% correspondem à água, entre 2 e 3% são constituídos de sais inorgânicos.” 
Assim, temos como substâncias inorgânicas:
2.3.2.1 Sais minerais 
Os sais minerais entram na constituição do organismo através da alimentação, podem estar 
presentes em nosso organismo na forma insolúvel, formando cristais que fazem parte da estrutu-
ra óssea, como o fosfato e carbonato de cálcio, ou na forma solúvel, dissociados em água sendo 
chamados de íons. 
25
Educação Física - Citologia e Histologia
São importantes em diversas funções do organismo, destacando, principalmente, a trans-
missão dos impulsos nervosos, coagulação sanguínea e contração muscular.
Podem, também, apresentar-se associados às moléculas orgânicas, como a hemoglobina, 
que apresenta ferro em sua constituição.
Confira no quadro 3 alguns dos principais sais minerais solúveis do nosso organismo, bem 
como sua função e principais fontes.
QUADRO 3 - Sais Minerais e suas Funções
Fonte: Disponível em <http://lucianecantalicebiologia.blogspot.com.br> acesso em 22 fev. 2013
2.3.3 Água
É considerada solvente universal e biológico, pois a maioria das reações químicas do nosso 
organismo ocorre em meio aquoso, sendo assim, é a substância encontrada em maior quantida-
de nos seres vivos, Apresentando, como propriedade, a capacidade de absorver e liberar calor.
Em sua composição química apresenta dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, pos-
sui fórmula molecular H2O e massa molar de 18g. É uma molécula polar, sendo que o oxigênio é 
mais eletronegativo que os hidrogênios.
PARA SABER mAIS
Confira no link a seguir 
outrossais minerais 
importantes para o 
bom funcionamento do 
organismo, veja onde 
são encontrados e suas 
respectivas funções no 
corpo humano.
Fonte: <http://www.
portalsaofrancisco.com.
br/alfa/sais-minerais/
sais-minerais.php>
26
UAB/Unimontes - 1º Período
A porcentagem de água pode variar nos organismos vivos conforme a idade e espécie. Por 
exemplo, em uma semente desidratada, a porcentagem de água pode ser de apenas 5%, já em 
outros animais, como uma água viva, pode chegar a 90% ou mais. Em média, a água representa 
entre 70 a 90% do peso dos seres vivos.
Confira na Tabela 1 que a porcentagem de água no ser humano vai diminuindo de acordo 
com a idade.
TABELA 1 - Porcentagem de água corporal por idade e sexo
Idade e Sexo % de Água corporal total
Até 6 meses 74 (64-84)
6 meses a 1 ano 60 (57-64)
1 a 12 anos 60 (49-75)
   
Homem (Idade em anos)  
12 a 18 59 (52-66)
19 a 50 59 (43-73)
> 50 56 (47-67)
   
mulher (Idade em anos)  
12 a 18 56 (49-63)
19 a 50 50 (41-60)
> 50 47 (39-57)
Fonte: Altman (1961) Disponível em <http://www.ihs.pt/hid_imp_distribuicao.php> acesso em 19 fev. 2013
Referências
ALBERTS, B. Fundamentos da Biologia celular . 2ª ed. ArtMed. 2006.
DE ROBERTIS, E. M. F. J. H. Bases da Biologia celular e molecular.  Rio de Janeiro, Guanabara 
Koogan, 2006.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J.  Biologia celular e molecular. 8ª ed. Rio de Janeiro, Guanaba-
ra Koogan, 2005.
DIcA
O homem pode sobre-
viver cerca de 50 dias 
sem comer, mas pode 
morrer em poucos dias 
(em média 4 dias) por 
falta de água no seu 
organismo. Então, que 
quantidade de água é 
necessária para evitar a 
desidratação? 
A quantidade de água 
necessária para evitar a 
desidratação depende-
rá da água que é perdi-
da pelo organismo. Em 
condições normais, o 
homem necessita, em 
média, de 2 a 3 litros de 
água por dia. No entan-
to, num clima quente e 
seco e com um apreciá-
vel trabalho físico, o ser 
humano pode precisar 
de 5 a 15 litros de água 
diariamente.
Fonte: Disponível em 
<http://aguaonline.
net/thematicarticle/
content.php?id=24> 
acesso em 22 fev. 2013
27
Educação Física - Citologia e Histologia
UNIDADE 3 
Princípios da divisão, diferenciação 
e especialização celular 
Ricardo Rodrigues Bacchi
3.1 Introdução
Nesta unidade, será estudado o ciclo celular, abordaremos a divisão de trabalho entre as células 
que são os constituintes do corpo dos seres pluricelulares, Essa distribuição de tarefa só é possível 
mediante a diferenciação celular. Segundo Junqueira e Carneiro (2000, p.221), algumas células são 
mais adaptadas a realizarem com mais eficiência determinadas funções do que outras. “Por exemplo, 
todas as células são capazes de contrair o seu citoplasma em resposta a estímulos diversos, pois a 
contratilidade é uma propriedade geral da matéria viva. No entanto certas células aperfeiçoam de tal 
maneira sua capacidade de contração, que sua eficiência, nessa função, passa a ser centenas de vezes 
superior à das demais células. Essas células especializadas na contração, que surge no embrião, são as 
células musculares. 
O ciclo celular pode ser dividido em interfase e divisão celular, Bogliolo (1998, p. 149) afirma 
que “nos organismos multicelulares, o crescimento celular é regulado por mecanismos comple-
xos e integrados, processo do qual participam fatores internos e externos às células. A população 
celular global de um indivíduo é mantida através da ação de elementos que controlam tanto a 
taxa de multiplicação como a de sobrevivência das células: em outra palavras, é o resultado entre 
o número de células originadas por mitose e o de morte celular por apoptose. Esses dois fenô-
menos específicos dependem de sinais específicos que determinam quando as células devem se 
dividir ou quando devem morrer a fim de manter a população em níveis homeostáticos.” 
3.2 Interfase
A interfase antecede as divisões celulares, além do trabalho realizado pelas células para 
manter o bom funcionamento do organismo, estas ainda têm que se preocupar em replicar o 
seu material genético (DNA) para futuras divisões. A interfase, como podemos observar na figura 
13, pode ser subdividida em fases:
Na fase G1, é observada uma intensa síntese de RNA e proteínas, consequentemente, nota-
mos um pequeno aumento do volume celular.
Na fase S, ocorre a duplicação semiconservativa do DNA, este se replica, pois é necessário 
que as duas células filhas tenham a mesma quantidade de material genético (DNA) da célula 
mãe.
Na fase G2, reinicia uma intensa produção de RNA, formando ainda mais proteínas, o mate-
rial genético e algumas organelas citoplasmáticas estão em duplicidade, determinando um gran-
de crescimento celular e a aptidão da célula para entrar em divisão. 
Algumas células do organismo adulto, como os neurônios, por exemplo, podem apresentar 
a fase G0, isso quer dizer que elas não entram em G1, nem nas fases seguintes; permanecendo 
indefinidamente na interfase e, portanto, não entrando em divisão celular.
Quando a célula deixa a interfase, ela entra em divisão celular: mitose e meiose.
GLOSSÁRIO
Apoptose: foi a deno-
minação dada à morte 
“fisiológica” observa-
da, (...).São inúmeros 
os exemplos onde a 
morte de uma célula 
ou de uma população 
celular é, na verdade, 
um fenômeno benéfico 
ao organismo como 
um todo. Talvez um dos 
aspectos mais interes-
santes da apoptose é 
que, em todos os casos 
onde observamos este 
processo de morte 
celular, a própria célula 
se encarrega de desen-
cadear uma cascata de 
eventos bioquímicos 
em seu interior, que 
sela o seu destino. Por 
este motivo, a apoptose 
foi e ainda é, por mui-
tos, associada ao termo 
suicídio celular. Não 
com uma conotação 
negativista, mas sim 
sob um aspecto altru-
ístico – a célula decide 
terminar a sua própria 
existência para um bem 
maior da coletividade, 
que é o desenvolvi-
mento apropriado e a 
continuidade da vida 
do organismo e, conse-
quentemente, daquela 
espécie.
Fonte: Disponível em 
<http://www.einstein.
br/biblioteca/pdf/
On%20line%2010.pdf> 
Acesso em 30 jun. 2013
28
UAB/Unimontes - 1º Período
3.3 Mitose
A Mitose dará origem a duas outras célu-
las, com o mesmo número de cromossomos 
da célula inicial.
Veja na figura 14 a célula se dividindo. 
Para ficar mais didático, os citologistas dividi-
ram a mitose em fases, de acordo com os fenô-
menos que ocorrem durante a divisão.
A mitose, entre outras funções, é responsá-
vel pela regeneração de tecidos lesados e cres-
cimento dos organismos multicelulares, além de 
ser um importante mecanismo de reprodução 
assexuada dos organismos unicelulares.
Dentro de uma população celular, algu-
mas células se dividem entrando em mitose 
em algum momento, chamamos esse fenôme-
no de Índice mitótico celular.
3.4 Meiose 
Já a meiose é um outro tipo de divisão celular, responsável pela formação dos gametas mas-
culino e feminino, essa divisão vai dar origem a quatro novas células filhas com metade do nú-
mero de cromossomos da célula mãe, esse tipo de divisão é importante para que o número de 
cromossomos da espécie permaneça sempre constante 
GLOSSÁRIO
células Lábeis: São 
células que se regene-
ram com facilidade e 
rapidez. São exemplos 
as células das superfí-
cies de revestimento, 
do epitélio seminífero e 
dos órgãos hematopo-
éticos.
células Estáveis: São 
células cuja capacida-
de de replicação dos 
núcleos permanece 
em descanso na maior 
parte do tempo, mas 
isso muda rapidamen-
te quando se recebe 
um estímulo adequa-
do. São exemplos os 
hematócitos, as células 
dos túbulos renais e os 
fibroblastos.
células Permanen-
tes: São células cujos 
núcleos não possuem 
mais a capacidade de 
reiniciar o processo 
replicativo e,uma vez 
perdida essa capacida-
de, essas células não são 
mais substituídas. São 
exemplos os neurônios 
e as fibras musculares 
estriadas.
Fonte: Montenegro, 
M.R.; Franco, M.; Pato-
logia, processos gerais; 
editora Atheneu; 4° 
Edição, 1999.
células Somáticas: to-
das as células corporais 
(2N) que possuem o 
cariótipo completo.
Fonte: Disponível em 
<http://www.portalsa-
ofrancisco.com.br/alfa/
leis-de-mendel/concei-
tos-gerais-em-genetica.
php> acesso em 22 fev. 
2013
cariótipo: é o conjunto 
cromossômico ou a 
constante cromossô-
mica diplóide (2n) de 
uma espécie. Represen-
ta o número total de 
cromossomos de uma 
célula somática (do 
corpo).
Fonte: Disponível em 
<http://www.ciencias.
seed.pr.gov.br/modu-
les/galeria/detalhe.
php?foto=2023& evento 
=3> acesso em 22 fev. 
2013
Figura 13: Interfase
Fonte: Disponível em 
<http://www.educado-
res.diaadia.pr.gov.br> 
acesso em 22 fev. 2013
►
Figura 14: Fases da 
Mitose 
Fonte: JUNQUEIRA & 
CARNEIRO, 2000, p. 59
►
29
Educação Física - Citologia e Histologia
Ocorre a partir de uma célula diploide, inicialmente essa célula vai passar pela primeira di-
visão meiótica, também chamada reducional, na qual o número de  cromossomos da célula é 
reduzido à metade. A célula mãe que era diploide, passa a ser haploide, pois o número de cro-
mossomos foi reduzido à metade. A segunda divisão da meiose é uma divisão equacional, pois 
duas células haploides vão produzir, cada uma, mais duas células, também haploides. Essa parte 
da divisão não altera o número de cromossomos, sendo esses repassados em sua totalidade para 
as células filhas.
Já imaginou se não reduzíssemos o número de cromossomos da espécie humana? Teríamos 
um caso de Tetraploidia (92 XXXX ou XXYY). 
Dizemos que o conjunto de cromossomos de uma célula é chamado de Ploidia. As células 
somáticas da espécie humana são diploides (2n), possuindo 23 pares de cromossomos, totalizan-
do um número de 23 cromossomos; as células germinativas da espécie humana: espermatozóide 
e ovócito são haploides (n) e possuem apenas 23 cromossomos.
Na mitose o número de cromossomos é igual entre as células-mãe e as células-filha, já na 
meiose as células-mãe têm o dobro de cromossomos do que as células-filha.
Observe no vídeo a formação do fuso mitótico que puxa os cromossomos para os polos da 
celular, compare os processos de mitose e meiose, note que só na meiose ocorre o crossing-over 
entre os cromossomos homólogos.
3.5 Especialização, diferenciação e 
potencialidade embrionária
Quando a célula tem a capacidade de formar outros tipos celulares, falamos que essa célula 
é dotada de uma potencialidade embrionária.
GLOSSÁRIO
tetraploidia: Cada 
espécie viva apresenta 
um número definido 
de cromossomos que a 
caracteriza, o que é de-
nominado genoma. Na 
espécie humana há 23 
pares de cromossomos 
(2n=46), sendo metade 
proveniente do gameta 
feminino (n=23) e outra 
metade do gameta 
masculino (n=23). No 
entanto, podem ocorrer 
irregularidades na 
divisão celular após a 
fecundação. Dentre as 
anormalidades ge-
néticas marcadas por 
alterações numéricas 
de cromossomos, está 
a tetraploidia, caracteri-
zada por um organismo, 
célula, núcleo ou fase do 
ciclo de desenvolvimen-
to que tem quatro vezes 
o número de cromos-
somos do gameta da 
espécie (92 XXXX ou 92 
XXYY).
Fonte: Disponível em 
<http://www.sbfa.
org.br> Acesso em 
18/05/2013
◄ Figura 15: Meiose
Fonte: Disponível em 
<http://www.sobiolo-
gia.com.br> acesso em 
22 fev. 2013
DIcA
Todo tecido que forma o 
corpo humano origina-
-se de uma única célula, 
o zigoto, resultante da 
fecundação. Essa célula 
tem a potencialidade 
para produzir todos os 
tipos de células dos dife-
rentes tecidos do futuro 
organismo.
Fonte:Disponível em < 
http://histologianow.
blogspot.com.br/> aces-
so em 22 fev. 2013
AtIvIDADE 
Quais são as principais 
diferenças entre a mi-
tose e a meiose? Poste 
sua resposta no Fórum 
de discussão.
30
UAB/Unimontes - 1º Período
As células com alta potencialidade embrionária normalmente são pouco diferenciadas e 
apresentam índices mitóticos elevados, podendo originar linhagens células distintas, conforme 
a necessidade do organismo. 
Conforme Bogliolo (1998), a reprodução é atividade fundamental das células, e, em geral, 
existe correlação inversa, de grau razoável, entre diferenciação e multiplicação celular. “Quanto 
mais avançado ou complexo é o estado de diferenciação, menor é a taxa de reprodução.” 
Um neurônio é uma célula que apresenta 100 % de diferenciação, ou seja, possui uma mor-
fologia própria que o torna apto a realizar a sua função que é a de conduzir o impulso nervoso. 
Porém, essa diferenciação e alta complexidade interferem na sua potencialidade embrionária, fa-
zendo com que esta célula perca a capacidade de formar novas populações de células.
Desta maneira, concluímos que ela apresenta 100 % de diferenciação e 0 % de potencialida-
de embrionária.
Já com a célula tronco, o processo é inverso, a célula apresenta 0 % de diferenciação e 100 
% de potencialidade embrionária. A célula tronco é completamente indiferenciada, ou seja, não 
apresenta uma morfologia definida, essa particularidade, em um dado momento, sofre estímulos 
químicos tanto intra como extracelulares, ativando genes que são responsáveis pela sua diferen-
ciação e formação de novas linhagens celulares diferenciadas e aptas a realizarem funções espe-
cíficas no organismo.
Referências
BOGLIOLO, G. B. F. Patologia Geral. 2. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998. 
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. Rio de Janeiro, Guanabara Koo-
gan, 2000.
MONTENEGRO, M.R. FRANCO, M. Patologia, Processos Gerais. Atheneu; 4. ed. 1999.
GLOSSÁRIO
Processo de diferen-
ciação celular: Consiste 
na ativação de alguns 
genes e desativação de 
outros, coordenando 
alterações bioquímicas, 
fisiológicas e morfoló-
gicas, para formar os 
diversos tipos de células 
que caracterizam os 
diferentes tecidos.
Especialização: As 
células destinadas a 
desempenhar funções 
específicas nos tecidos 
especializam-se por 
meio de alterações de-
terminadas pelos genes. 
A forma das células e o 
tipo de organelas que se 
apresentam em maior 
abundância variam de 
acordo com a especiali-
zação. Exemplo: células 
do tecido muscular, com 
metabolismo ativo, são 
ricas em mitocôndrias, 
células de defesa que re-
alizam fagocitose, como 
os macrófagos, são ricas 
em vacúolos digestivos 
e lisossomos.
Fonte: Disponível em 
<http://histologianow.
blogspot.com.br/> aces-
so em 22 fev. 2013
DIcA 
A Morfologia Celular 
denota sua fisiologia. Isso 
significa que, obser-
vando o tipo, tamanho, 
quantidade e disposição 
das organelas e estruturas 
de uma determinada cé-
lula, é possível se ter uma 
ideia de sua atividade 
funcional, mesmo sem 
conhecê-la.
A célula cancerosa 
apresenta alto índice mi-
tótico, perda da diferen-
ciação celular e, como 
consequência, perda da 
sua especialização.
Fonte: Disponível em 
<http://www.dcm.uem.
br/morfo-cel-2012.pdf> 
acesso em 22 fev. 2013
31
Educação Física - Citologia e Histologia
UNIDADE 4 
Membrana plasmática e digestão 
intracelular
4.1 Introdução
A princípio, vamos abordar sobre a membrana celular que, entre tantas outras funções, tem 
como principal objetivo manter uma comunicação constante do líquido intracelular (LIC) com 
o líquido extracelular (LEC), proporcionando concentrações diferenciadas de várias substâncias 
químicas nos dois meios. Esta habilidade é denominada de permeabilidade seletiva.
A Membrana celular possui receptores para hormônios e outros sinais químicos em sua par-
te externa, essa comunicação é importanteporque estabelece uma conexão das células entre si 
e com o meio extracelular.
TABELA 2 - Concentração no Líquido Intracelular e Líquido Extracelular
cOmPOSIÇÃO ELEtROLÍtIcA DOS ELEmENtOS
ÍONS EXTRACELULAR INTRACELULAR
Na+ 142 mEq/L* 10 mEq/L
K+ 5 mEq/L 141 mEq/L
CI- 103 mEq/L 4 mEq/L
Ca++ 5 mEq/L < 1 mEq/L
Mg++ 3 mEq/L 58 mEq/L
* A concentração dos eletrólitos expressa-se em liliequivalentes por litros de soro ou plasma (mEq/L)
Fonte: Disponível em < http://books.google.com.br/books?id=BKWu_rUEHecC&pg=PA72&lpg=PA72&dq=conentra%C3%
A7%C3%A3o+liquido+extracelular+e+intracelular&source=bl&ots=6yePHRx78n&sig=pca300_P-d7pTtxLLRtha4nwc8I&hl-
=pt-BR&sa=X&ei=KnY4UcKFHY7U9ATpkoDgDA&ved=0CEEQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false> acesso em 20 fev. 2013
4.2 Estrutura da membrana 
plasmática 
A membrana plasmática das células eucariontes, assim como suas endomembranas, ao mi-
croscópio eletrônico, apresentam-se como uma estrutura trilaminar sendo visualizadas duas ca-
madas escuras, separadas por uma camada clara central, por isso denominamos essa estrutura 
trilaminar como unidade de membrana, é formada basicamente por lipídeos, glicídios e proteínas.
Possuem uma bicamada de fosfolipídio (modelo de Singer e Nicolson - 1972), onde os mais 
encontrados, segundo De Robertis (2006), são o fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfati-
dilserina, esfingomielina e o fosfatidilinositol. Entre esses lipídeos encontramos moléculas de 
proteínas periféricas e integrais, veja na figura 16 que as proteínas integrais estão alojadas na 
membrana fazendo contato direto com o meio extracelular. As ligações químicas que unem as 
proteínas periféricas à membrana são fracas, por isso elas podem ser separadas da membrana 
com muita facilidade.
32
UAB/Unimontes - 1º Período
Observe as proteínas transmembranas de passagem única e de múltiplas passagens. A figu-
ra mostra uma proteína periférica na superfície externa da membrana, mas essas proteínas são 
mais frequentes na superfície interna (...).
Já as proteínas integrais, atravessam a membrana entre os lipídeos, mantendo uma comuni-
cação constante do meio extracelular com o meio intracelular, formando um canal que transpor-
ta íons e moléculas entre os dois meios, por isso são chamadas de transmembranas. Elas estão 
fortemente aderidas à membrana plasmática e só podem ser isoladas desta por técnicas drásti-
cas de separação, como o uso de detergente.
Os lipídios da membrana possuem uma cabeça hidrofílica, solúvel em água, e uma cauda 
hidrofóbica, insolúvel em água, porém solúvel em lipídios e solventes orgânicos, devido a essa 
característica, dizemos que são moléculas anfipáticas. 
Embora a classe dos fosfolipídios, como os fosfoglicerídeos e os esfingolipídio, que contém 
radical fosfato em sua constituição seja a mais abundante, também podemos encontrar outros 
lipídeos como esteroides e colesterol presentes na membrana.
Na parte externa da membrana, observamos que os glicídios podem estar ligados à prote-
ína formando glicoproteínas; ou ligados a lipídios formando glicolipídio. A união desses carboi-
dratos com uma proteína chamada fibronectina, entre outras, vai formar o glicocálice que está 
presente na parte externa da membrana celular, tendo como função unir as células umas às ou-
tras e à matriz extracelular. 
Figura 16: Desenho 
esquemático da 
estrutura molecular 
da membrana 
plasmática.
Fonte: JUNQUEIRA & 
CARNEIRO, p. 26, 2004
►
Figura 17: 
Fosfolipídeos
Fonte: Disponível em 
<http://www.ebah.com.
br> acesso em 25 fev. 
2013
►
AtIvIDADE 
Pesquise os termos: 
Fatores de crescimen-
to, Receptores para 
fatores de crescimento, 
Estimulação autócrina 
e Estimulação parácri-
na. Poste sua resposta 
no fórum de discussão.
GLOSSÁRIO
Gradiente de concen-
tração: É a diferença 
de concentração entre 
dois meios ou a dife-
rença de concentração 
de uma substância por 
unidade de distância.
Fonte: Disponível em 
<http://www.pdamed.
com.br/diciomed/
pdamed_0001_08695.
php> acesso em 22 fev. 
2013
33
Educação Física - Citologia e Histologia
Essas glicoproteínas na parte externa da membrana celular vão proporcionar um reconhe-
cimento celular entre células com a mesma morfologia, proporcionando uma melhor interação 
e relacionamento entre elas, podemos dizer então que tipos celulares iguais se reconhecem e 
interagem entre si.
As glicoproteínas também são responsáveis pela característica imunogênica da membrana 
plasmática, formando o complexo principal de histocompatibilidade MHC que determina, ou 
não, a rejeição de um tecido ou órgão transplantado. Pelo ponto de vista anatômico e funcional, 
daria perfeitamente para colocarmos o coração de um porco em um ser humano, isso só não é 
possível porque o MHC desse animal é diferente do da espécie humana. Se ousássemos fazer tal 
experiência, em menos de 30 minutos, nossas células atacariam e destruiriam esse tecido estra-
nho e o coração necrosaria. 
4.3 Mecanismos de transporte 
Todo líquido que não está no interior da célula é considerado um líquido extracelular, inclu-
sive o sangue (plasma), o líquido intersticial e a linfa. A membrana plasmática seleciona e regula 
a entrada e saída de diversas substâncias através de vários mecanismos de transporte. 
4.3.1 Mecanismos de transporte passivos
Alguns desses mecanismos são passivos, ou seja, as moléculas atravessam a membrana a 
favor de um gradiente de concentração e, por isso, não consomem energia da célula, não resul-
tando em gasto de adenosina trifosfato (ATP) pela mesma.
Entre os transportes passivos, temos:
4.3.1.1 Difusão simples e facilitada
Difusão é um fenômeno físico no qual o soluto vai passar do meio mais concentrado para o 
meio menos concentrado.
Segundo ALBERTS (2006), moléculas de água e moléculas apolares serão transportadas atra-
vés da membrana celular por difusão simples. Porém, para as células adquirirem nutrientes como 
açúcares, aminoácidos e nucleotídeos e excretarem metabólitos celulares, é necessário que tais 
moléculas sejam transportadas através da membrana por proteínas especializadas denominada 
carreadoras, realizando assim a difusão facilitada .
Algumas substâncias são lipossolúveis, ou seja, conseguem atravessar a membrana somen-
te através dos lipídeos presentes na mesma, então dizemos que são substâncias transportadas 
por difusão simples. 
DIcA 
O que é ATP? 
A ATP (ou Adenosina 
Trifosfato) é uma mo-
lécula/composto cuja 
energia potencial 
pode ser facilmente 
mobilizada pela célula, 
constituindo a mais 
importante fonte de 
energia diretamente 
utilizável por esta. É 
formada por adenosina, 
por sua vez composta 
por uma adenina (base 
nitrogenada ) e uma ri-
bose (açúcar com cinco 
carbonos) e três grupos 
de fosfato (composto 
inorgânico) conectados 
em cadeia. A energia 
potencial, proveniente 
da respiração celular e 
da fotossíntese, é ar-
mazenada nas ligações 
entre os fosfatos, po-
dendo ser mobilizável 
pelas células para todo 
o tipo de processos 
biológicos.
Fonte: Disponível 
em <http://www.
knoow.net/ciencter-
ravida/biologia/atp.
htm#vermais> acesso 
em 22 fev. 2013
◄ Figura 18: Difusão 
Simples
Fonte: Disponível em 
<http://www.infoescola.
com> acesso em 22 fev. 
2013
34
UAB/Unimontes - 1º Período
Outras substâncias, como a glicose e grande parte dos aminoácidos, não são permeáveis 
aos lipídeos. Dizemos, então, que essas moléculas não são lipossolúveis, sendo transportadas por 
difusão facilitada através de proteínas transmembranas, como as permeases ou transportadoras.
4.3.1.2 Osmose 
Passagem do solvente (H2O) do meio hipotônico para o meio hipertônico, moléculas e íons 
movem-se naturalmente sem gasto de energia de regiões de baixa concentração para regiões de 
alta concentração.
É bom lembrar que a concentração éa relação entre a quantidade de soluto e o volume da 
solução.
Quando nos referimos à concentração de uma substância, estamos nos referindo à quanti-
dade ou massa do soluto em gramas (g) e o volume do solvente.
A membrana celular é muito permeável à água: Colocada em uma solução hipotônica, as 
células aumentam de volume devido à penetração de água. Se o aumento de volume for muito 
acentuado, a membrana plasmática se rompe e o conteúdo da célula extravasa, fenômeno co-
nhecido como lise celular (JUNQUEIRA CARNEIRO, p.84, 2005). 
A pressão osmótica é influenciada pelo potencial de água e concentração do soluto do meio 
intra e extracelular.
Nas células eucariontes animais, por ser destituída de parede celular, uma pressão osmótica 
muito elevada pode acarretar em lise celular, ou seja, o rompimento da membrana celular e sua 
morte. Confira na figura 20, os efeitos sofridos em uma célula animal e vegetal em meios de dife-
rentes concentrações de soluto, vejam como as células se comportam em relação à pressão os-
mótica, notem que a célula vegetal fica túrgida em meio hipotônico, mas não ocorre a lise celular.
Figura 19: Difusão 
Facilitada
Fonte: Disponível em 
<http://gracieteoliveira.
pbworks.com> acesso 
em 20 fev. 2013
►
PARA SABER mAIS 
Saiba mais sobre o 
Transporte Passivo por 
difusão e Osmose. Bem 
como meios hipotôni-
co, isotônico e hipertô-
nico, acessando o link: 
<http://rived.mec.gov.
br/atividades/biologia/
transporte_passi-
vo_membrana_plas-
matica/> acesso em 20 
fev. 2013
DIcA 
PRESSÃO OSMÓTICA 
é a pressão necessária 
para contrabalançar a 
tendência da água para 
se mover através de 
uma membrana seleti-
vamente permeável, da 
região onde há maior 
quantidade de molécu-
las de água (hipotôni-
ca) para a região onde 
há menor quantidade 
de moléculas de água 
(hipertônica).
A PRESSÃO OSMÓTICA 
do meio é diretamente 
proporcional à presen-
ça de solutos. A água 
tende a mover-se de 
uma região com menor 
pressão osmótica 
(solução hipotônica) 
para uma região com 
maior pressão osmótica 
(solução hipertônica).
Fonte: Disponível em 
<http://www.slidesha-
re.net/margaridabt/mo-
vimentos-transmem-
branares-7340587> 
acesso em 20 fev. 2013
Figura 20: Efeitos da 
osmose em células 
animais e vegetais
Fonte: Disponível em 
<http://biofraganunes.
blogspot.com.br> aces-
so em 20 fev. 2013
►
35
Educação Física - Citologia e Histologia
4.3.2 Transportes ativos da membrana celular
Muitas vezes, a célula tem que eliminar material do meio intracelular para o meio extracelu-
lar e capturar moléculas do meio extracelular para o meio intracelular.
Essas moléculas apresentam alto peso molecular e só conseguem atravessar a membrana 
plasmática através de modificações em sua estrutura.
Para que essas modificações aconteçam, elas exigem da célula certo gasto de energia (ATP). 
Às vezes, as moléculas não possuem peso molecular elevado, mas estão contra um gradiente de 
concentração e necessitam ser bombeadas do meio menos concentrado para o mais concentra-
do, essa situação também exige gasto de energia (ATP) pela célula. 
Assim, podemos concluir que, quando uma célula consome moléculas de ATP para realizar 
um tipo de transporte, ela está realizando um transporte ativo.
Os transportes ativos podem ser classificados em: 
4.3.2.1 Endocitose
É o mecanismo no qual a membrana celular envolve partículas ou fluído do meio extracelu-
lar para o meio intracelular, como podemos ver na figura 21.
I) Fagocitose
Englobamento de partículas sólidas e volumosas pelas células, modificações estruturais da 
membrana vão promover evaginações e formações dos pseudópodos, formando uma vesícula 
chamada fagossomo. 
Nos mamíferos, é um importante mecanismo de defesa, nossos macrófagos, presentes nos 
tecidos conjuntivos, vão englobar e destruir bactérias para combater processos infecciosos.
Nos unicelulares, como as amebas, é utilizado para alimentação englobando partículas do 
meio para sua nutrição.
◄ Figura 21: Endocitose
Fonte: Disponível em 
<http://gracieteoliveira.
pbworks.com> acesso 
em 20 fev. 2013
◄ Figura 22: Fagocitose
Fonte: Disponível em 
<http://gracieteoliveira.
pbworks.com> acesso 
em 20 fev. 2013
36
UAB/Unimontes - 1º Período
II) Pinocitose
Invaginação da membrana plasmática para a obtenção de partículas líquidas, essa modifica-
ção estrutural permitirá a formação do canal de pinocitose e formação de uma vesícula chamada 
pinocítica.
4.3.2.2 Exocitose 
É o mecanismo na qual a célula vai eliminar sustâncias úteis através da secreção do meio 
intracelular para o meio extracelular.
A célula pode, também, eliminar substâncias indesejáveis e prejudiciais a seu bom fun-
cionamento através da excreção. Como exemplo, temos a Clasmocitose ou defecação celular 
que, após a digestão intracelular, formará vesículas chamadas de vesículas exocíticas. Estas se 
fundem à membrana na sua face interna para a posterior eliminação dos resíduos para o meio 
extracelular.
4.3.2.3 Transporte ativo primário: na, K-ATPase
A bomba de sódio e potássio é importante para manter o potencial elétrico nas células dos 
organismos vivos. Está diretamente ligada a processos de contração muscular e condução dos 
impulsos nervosos.
A concentração de sódio é maior no meio extracelular e a de potássio é maior no meio in-
tracelular, note que este processo é realisado contra os gradientes de concentraçao destes dois 
íons, o que ocorre graças à hidrólise de moléculas de trifosfato de adenosina (ATP), composto 
mais energético, em adenosina difosfato (ADP), composto menos energético, liberando energia. 
Essa reação é catalisada pela família das enzimas ATPase, sendo um transporte ativo primário 
porque a energia consumida por esse transporte provém, diretamente, de moléculas de ATP da 
célula. 
DIcA 
Se a invaginação da 
membrana for desen-
cadeada pela ligação 
de uma determina-
da substância a um 
constituinte específico 
da membrana trata-
-se de um processo de 
endocitose mediada e 
chama-se a esse cons-
tituinte receptor. Para 
entrar na célula deste 
modo é necessário que 
a membrana possua 
receptores específicos 
para a substância em 
questão.
Este mecanismo é 
utilizado por muitos 
vírus (como o HIV, por 
exemplo) e toxinas para 
penetrar na célula dado 
que ao longo do tempo 
foram desenvolvendo 
uma complementarida-
de com os receptores.
Este processo é 
também importante 
para a Medicina, pois 
foram introduzidos em 
medicamentos usados 
para destruir células tu-
morais fragmentos que 
se ligam aos receptores 
membranares específi-
cos das células que se 
pretende destruir.
Fonte: Disponível em 
<http://www.sobiolo-
gia.com.br/conteudos/
Citologia/cito13.php> 
acesso em 20 fev. 2013
Figura 23: Pinocitose
Fonte: Disponível em 
<http://www.infoescola.
com> acesso em 23 fev. 
2013
►
Figura 24: Exocitose
Fonte: Disponível em 
<http://gracieteoliveira.
pbworks.com> acesso 
em 20 fev. 2013
►
37
Educação Física - Citologia e Histologia
Para manter concentrações diferenciadas desses íons nos dois meios é necessario que pro-
teínas carreadoras constituintes da membrana citoplasmática funcionem como bombas de íons 
e, portanto, regulem a passagem desses elementos através da membrana citoplasmática.
Notem na figura que a proteína carreadora fraciona moléculas de trifosfato de adenosina 
(ATP) para gerar energia e deslocar os íons.
4.3.2.4 Transporte ativo secundário: transporte impulsionado por 
gradientes iônicos
A célula utiliza a energia de um potencial de gradiente iônico, normalmente utiliza íons Na+, 
para realizar o transporte de glicose pela membrana plasmática. Como exemplo, podemos citar 
as células epiteliais de revestimento intestinal

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