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Apostila 2- CEPV Cursinho UEL(2)

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física 1
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física 3
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geografia
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história do
 brasil
história 
 geral
inglês
matemática 1
matemática 2
matemática 3
química 1
química 2
química 3
sociologia 1
sociologia 2
apostila 2
Sumário
27
45
75
89
113
129
139
163
181
197
221
233
245
267
289
305
325
347
365
379
403
biologia 105
filosofia435
Coordenação Geral
Rita de Cássia Rodrigues Oliveira
Diagramação
Pedro Guilherme de Almeida Pinto
Instrutores
Artes - Carlos Ricardo Rafalski Cunha e Gisele Nazário
Biologia - Rodrigo Dambrózio, Angélica Marim Lopes, Francisco Paulo Caires Junior.
Espanhol - Caio Vítor Marques Miranda
Filosofia - Débora Moreira; Antônio Henrique Nogueira
Física - Ivan Dal Rovere; Paulo Camargo; Gustavo André
História - Matheus Fávaro; Mirella Samaha;
Gramática - Jonas Passos da Silva, Bárbara Blanco.
Geografia Geral - Matheus Romagnolli
Geografia do Brasil - Diego Pianovski
Inglês - Marina Rangel Ferro Pereira
Matemática - Márcio Aurélio Pardo; Edson da Costa; Leonardo Tolentino
Sociologia - Eliza Carvalho e Jeniffer Modenuti
Química - Carlos Hiroji Hiroki, Diego Araújo, Edson da Costa Rodrigues
5
 
Biologia 1
16
CitoplasMa 
 E oRgaNElas 
Unidade 10
07
a CélUla i
Unidade 7
10
a CélUla ii
Unidade 8
13
a CélUla i
Unidade 9
21
FERMENtação
Unidade 11
22
REspiRação
 CElUlaR
Unidade 12
6
 
7
Biologia 1
 MODELOS CELULARES 
Apesar de todas as células apresentarem as mes-
mas propriedades gerais, existem dois tipos básicos de 
estruturas celulares no mundo vivo: a procariótica e a 
eucariótica.
CÉLULAS PROCARIÓTICAS
As células procarióticas (do grego proto = primitivo; karion 
= núcleo) são geralmente menores que as células eucarióti-
cas. Esse tipo celular apresenta como características princi-
pais ausência de núcleo individualizado (DNA circular mergu-
lhado no citoplasma, não estando envolvido por membrana 
– carioteca ou membrana nuclear) e de organelas membra-
nosas, como complexo golgiense, retículo endoplasmático, 
lisossomo.
Seres vivos formados por células procarióticas são cha-
mados procariontes e estão classifi cados no Reino Monera, 
que é representado pelas bactérias.
Figura 7.1: Esquema de uma bactéria. Nas células bacterianas o 
material genético está solto no hialoplasma e possuem ribosso-
mos, estruturas relacionadas com produção de proteínas, possui 
também, a membrana plasmática e pode possuir uma membrana 
externa.
CÉLULAS EUCARIÓTICAS
Os protistas, os fungos, as plantas e os animais têm cé-
lulas que são usualmente maiores e estruturalmente mais 
complexas que as células procarióticas. Estas são chamadas 
de eucarióticas (do grego eu = bom; karion = núcleo) que se 
caracterizam principalmente pela presença de núcleo indi-
vidualizado (DNA envolto pela membrana nuclear ou cario-
teca) e várias organelas membranosas. Outra característica 
diferencial entre os dois modelos celulares é a presença de 
citoesqueleto nas células eucarióticas e sua ausência nas 
procarióticas. Seres vivos formados por células eucarióticas 
são chamadas eucariontes.
CÉLULA ANIMAL
Uma célula animal típica possui além das estruturas básicas 
encontradas nas células procarióticas (membrana plasmática, 
hialoplasma, ribossomos e ácidos nucléicos), muitas outras es-
truturas como representado na fi gura 7.2.
Figura 7.2: Esquema de uma célula animal típica. Em destaque, es-
truturas encontradas nesse tipo de célula. 
CÉLULA VEGETAL
Nas células vegetais, além dos componentes encontrados 
numa célula animal, também se encontra os cloroplastos (fo-
tossíntese), o vacúolo (armazenamento de água e sais) e uma 
parede celular que da forma e proteção para as células vege-
tais (fi gura 7.3).
Figura 7.3: Esquema de uma célula vegetal superior. Em destaque, 
estruturas encontradas nesse tipo de célula. 
 MEMBRANA PLASMÁTICA 
As células diferem nos tipos de estruturas que pos-
sui, porém, tanto as células animais, vegetais e bacté-
rias possuem em comum uma membrana que envolve e 
delimita a célula, a membrana plasmática.
A membrana plasmática, também conhecida como 
plasmalema, membrana citoplasmática e membrana ce-
lular funciona como barreira seletiva para a passagem 
7Unidade
a CélUla i
8
Biologia 1
de moléculas, defi nindo a composição citoplasmática. 
Em virtude disso, a membrana plasmática apresenta 
permeabilidade seletiva, ou seja, muitas substâncias 
conseguem atravessá-la, mas ela “escolhe” o que entra 
e o que sai.
ESTRUTURA
A membrana plasmática é formada por lipídios e proteí-
nas, sendo, portanto lipoproteica. 
O modelo de estrutura da membrana plasmática aceito 
atualmente foi proposto em 1972 pelos cientistas S. J. Singer 
e G. Nicolson, e denomina-se modelo do mosaico fl uido.
Figura 7.4: Membrana plasmática. A estrutura de uma determinada 
parte está diretamente relacionada com as funções que ela exer-
ce. No caso das membranas plasmáticas, a dupla camada lipídica 
que é bipolar (polar e apolar), associada com proteínas permite uma 
função de permeabilidade seletiva dos componentes que entram e 
saem da célula. 
A membrana é uma película bastante fina que mantém 
contato com o hialoplasma da célula. Só pode ser vista 
em microscópio eletrônico. Enquanto os fosfolipídios de-
terminam a estrutura básica, as proteínas teriam papel 
funcional como enzimas (catalisando reações), recepto-
res de membrana (com papel de reconhecer substâncias). 
Mas as proteínas que mais nos interessam aqui são as 
transportadoras, ou carreadoras que estão diretamente 
ligadas ao problema de entrada, saída e seleção se subs-
tâncias.
ENVOLTÓRIOS EXTERNOS À MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática é fl uida e, como tal, trata-se de 
uma estrutura delicada. Ao longo da evolução dos seres vivos, 
surgiram na superfície das células modifi cações que trouxeram 
como vantagem maior resistência ao envoltório delas sem in-
terferir na sua permeabilidade. Esses envoltórios são, em geral, 
resistentes e permeáveis. Por serem vantajosas, essas modifi -
cações persistiram ao longo do tempo e estão presentes nas 
células de muitos organismos que vivem hoje em nosso planeta. 
Esses envoltórios são:
- glicocálix, presente nas células animais e de muitos pro-
tistas.
- parede celular, presente na maioria das bactérias, nas 
cianobactérias, em alguns protistas, nos fungos e nas plantas.
GLICOCÁLIX
O glicocálix ocorre externamente à membrana plasmática. 
Ele é formado por uma camada frouxa de glicídios, associa-
dos aos lipídios e às proteínas da membrana. 
Além de proporcionar resistência à membrana plasmática, 
o glicocálix possui outras funções:
- constitui uma barreira contra agentes físicos e químicos 
do meio externo;
- confere às células a capacidade de se reconhecerem, 
uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por gli-
cídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por 
glicídios iguais.
- forma uma malha que retém nutrientes e enzimas ao re-
dor das células, de modo a manter nessa região um meio ex-
terno adequado.
Figura 7.5: Esquema simplifi cado de um setor da membrana plas-
mática de uma célula animal, mostrando o glicocálix. 
PAREDE CELULAR
A parede celular é uma estrutura semirrígida, o que não 
acontece com o glicocálix. Assim, as células que a possuem 
têm menor possibilidade de modifi car sua forma. É, ainda, 
dentro de certos limites, uma estrutura permeável, não exer-
cendo controle sobre as substâncias que penetram na célula 
ou que dela saem.
Nas bactérias e nas cianobactérias, a parede celular é 
formada basicamente por uma substancia típica de proca-
riontes: o peptidoglicano (ou peptoglicano, ou peptideogli-
cano). 
Entre os protistas muitos possuem parede celular, sendo 
que a composição química varia nos diferentes grupos. Em 
geral a parede celular pode ser basicamente de sílica ou de 
celulose.
A maioria dos fungos apresenta parede celular constituída 
basicamente por quitina. Já nas plantas, a paredecelular é 
formada principalmente por celulose.
9
Biologia 1
 EXERCÍCIOS 
1) Tanto em uma célula eucarionte quanto em uma procar-
ionte podemos encontrar:
a) membrana plasmática e retículo endoplasmático.
b) ribossomos e aparelho de Golgi.
c) mitocôndrias e nucléolo.
d) mitocôndrias e centríolos.
e) membrana plasmática e ribossomos.
2) A parede celular e a membrana plasmática apresentam, 
respectivamente constituição:
a) celulósica e lipoproteica
b) glicídica e lipídica
c) celulósica e proteica
d) lipoproteica e glicídica
e) proteica e lipoproteica
3) As células caracterizam-se por possuírem uma mem-
brana plasmática separando o meio intracelular do meio 
extracelular. A manutenção da integridade dessa membra-
na é essencial para:
a) possibilitar o livre ingresso de íons na célula.
b) manter seu conteúdo, não necessitando de metabólitos 
do meio externo.
c) impedir a penetração de substâncias existentes em ex-
cesso no meio extracelular. 
d) possibilitar que a célula mantenha uma composição 
própria.
e) regular as trocas entre a célula e o meio, permitindo 
somente a passagem de moléculas do meio intra para o 
extra celular.
4) (Mack-2005) Assinale a alternativa correta a respeito da 
membrana lipoprotéica. 
a) Em bactérias, apresenta uma organização diferente da 
encontrada em células eucariotas. 
b) Existe apenas como envoltório externo das células. 
c) É formada por uma camada dupla de glicoproteínas, 
com várias moléculas de lipídios encrustadas. 
d) É rígida, garantindo a estabilidade da célula. 
e) Está envolvida em processos como a fagocitose e a pi-
nocitose. 
5) (UEL – 2006) A imagem a seguir representa a estrutura 
molecular da membrana plasmática de uma célula animal. 
 
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre o tema, 
considere as afi rmativas a seguir. 
I. Os fosfolipídios têm um comportamento peculiar 
em relação à água: uma parte da sua molécula é hidrofílica 
e a outra, hidrofóbica, favorecendo a sua organização em 
dupla camada. 
II. A fl uidez atribuída às membranas celulares é decorrente 
da presença de fosfolipídios. 
III. Na bicamada lipídica da membrana, os fosfolipídios têm 
a sua porção hidrofílica voltada para o
interior dessa bicamada e sua porção hidrofóbica voltada 
para o exterior. 
IV. Os fosfolipídios formam uma barreira ao redor das célu-
las, impedindo a passagem de moléculas e íons solúveis em 
água, que são transportados através das proteínas intrínse-
cas à membrana. 
Estão corretas apenas as afi rmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
6) De acordo com seu conhecimento a respeito do modelo 
do mosaico fl uido, marque a alternativa em que estão indi-
cados corretamente os nomes das moléculas abaixo:
Esquema da membrana plasmática segundo o modelo do 
mosaico fl uido
a) 1- Fosfolipídios e 2- Glicocálix.
b) 1- Proteínas e 2- Fosfolipídios.
c) 1- Fosfolipídios e 2- Proteínas.
d) 1- Proteínas e 2- Glicocálix.
7) A membrana plasmática apresenta uma propriedade típi-
ca: a permeabilidade seletiva. No que consiste essa proprie-
dade?
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Descreva o modelo de mosaico fl uído proposto por Singer 
e Nicholson para a estrutura da membrana plasmática.
 
 
 
 
 
 
 
 
de moléculas, defi nindo a composição citoplasmática. 
Em virtude disso, a membrana plasmática apresenta 
permeabilidade seletiva, ou seja, muitas substâncias 
conseguem atravessá-la, mas ela “escolhe” o que entra 
e o que sai.
ESTRUTURA
A membrana plasmática é formada por lipídios e proteí-
nas, sendo, portanto lipoproteica. 
O modelo de estrutura da membrana plasmática aceito 
atualmente foi proposto em 1972 pelos cientistas S. J. Singer 
e G. Nicolson, e denomina-se modelo do mosaico fl uido.
Figura 7.4: Membrana plasmática. A estrutura de uma determinada 
parte está diretamente relacionada com as funções que ela exer-
ce. No caso das membranas plasmáticas, a dupla camada lipídica 
que é bipolar (polar e apolar), associada com proteínas permite uma 
função de permeabilidade seletiva dos componentes que entram e 
saem da célula. 
A membrana é uma película bastante fina que mantém 
contato com o hialoplasma da célula. Só pode ser vista 
em microscópio eletrônico. Enquanto os fosfolipídios de-
terminam a estrutura básica, as proteínas teriam papel 
funcional como enzimas (catalisando reações), recepto-
res de membrana (com papel de reconhecer substâncias). 
Mas as proteínas que mais nos interessam aqui são as 
transportadoras, ou carreadoras que estão diretamente 
ligadas ao problema de entrada, saída e seleção se subs-
tâncias.
ENVOLTÓRIOS EXTERNOS À MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática é fl uida e, como tal, trata-se de 
uma estrutura delicada. Ao longo da evolução dos seres vivos, 
surgiram na superfície das células modifi cações que trouxeram 
como vantagem maior resistência ao envoltório delas sem in-
terferir na sua permeabilidade. Esses envoltórios são, em geral, 
resistentes e permeáveis. Por serem vantajosas, essas modifi -
cações persistiram ao longo do tempo e estão presentes nas 
células de muitos organismos que vivem hoje em nosso planeta. 
Esses envoltórios são:
- glicocálix, presente nas células animais e de muitos pro-
tistas.
- parede celular, presente na maioria das bactérias, nas 
cianobactérias, em alguns protistas, nos fungos e nas plantas.
GLICOCÁLIX
O glicocálix ocorre externamente à membrana plasmática. 
Ele é formado por uma camada frouxa de glicídios, associa-
dos aos lipídios e às proteínas da membrana. 
Além de proporcionar resistência à membrana plasmática, 
o glicocálix possui outras funções:
- constitui uma barreira contra agentes físicos e químicos 
do meio externo;
- confere às células a capacidade de se reconhecerem, 
uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por gli-
cídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por 
glicídios iguais.
- forma uma malha que retém nutrientes e enzimas ao re-
dor das células, de modo a manter nessa região um meio ex-
terno adequado.
Figura 7.5: Esquema simplifi cado de um setor da membrana plas-
mática de uma célula animal, mostrando o glicocálix. 
PAREDE CELULAR
A parede celular é uma estrutura semirrígida, o que não 
acontece com o glicocálix. Assim, as células que a possuem 
têm menor possibilidade demodifi car sua forma. É, ainda, 
dentro de certos limites, uma estrutura permeável, não exer-
cendo controle sobre as substâncias que penetram na célula 
ou que dela saem.
Nas bactérias e nas cianobactérias, a parede celular é 
formada basicamente por uma substancia típica de proca-
riontes: o peptidoglicano (ou peptoglicano, ou peptideogli-
cano). 
Entre os protistas muitos possuem parede celular, sendo 
que a composição química varia nos diferentes grupos. Em 
geral a parede celular pode ser basicamente de sílica ou de 
celulose.
A maioria dos fungos apresenta parede celular constituída 
basicamente por quitina. Já nas plantas, a parede celular é 
formada principalmente por celulose.
10
Biologia 1
 TRANSPORTE DE MEMBRANA 
AS TROCAS ENTRE AS CÉLULAS E O AMBIENTE
As células trocam de material com o meio de dois modos:
- Substâncias atravessam a membrana;
- Podem ser envolvidas (englobadas) pela membrana.
A membrana plasmática limita o hialoplasma celular e o 
meio externo. É através dela que a célula retira os alimentos 
de que necessita e também por onde excreta os seus resíduos, 
funções essenciais à vida celular. A permeabilidade seletiva dá 
à membrana a propriedade de ela regular as trocas existentes 
entre a célula e o meio externo. Esse transporte de substâncias 
que há entre a célula e o meio pode se dar de duas formas: 
passivamente sem gasto de energia (transporte passivo) e ativa-
mente com gasto de energia proveniente da queima da glicose 
(transporte ativo).
 TIPOS DE TRANSPORTE NA CÉLULA 
O transporte passivo é um processo físico, que 
ocorre sem gasto de energia celular. O movimento das 
substâncias é condicionado por:
• Tamanho das moléculas. Quanto menor for a molécula, 
mais rápido e com mais facilidade ela entra na célula. As-
sim, a água (H2O) atravessa a membrana facilmente, a gli-
cose (C6H12O6) move-se mais depressa do que a sacarose 
(C12H22O11), porém mais lentamente que a água.
• Grau de solubilidade em lipídeos. As moléculas solúveis 
em lipídeos penetram mais rapidamente, como é o caso 
de álcoois, cetonas e anestésicos, pois como a membrana 
plasmática é formada por lipídios, tais compostos podem 
atravessá-la facilmente.
• Gradiente de concentração. Em condições normais, a 
água entra e sai continuamente da célula, difundindo-se 
através da membrana. A membrana plasmática é semi-
permeável, ou seja, é permeável ao solvente (água), mas 
é impermeável aos solutos (sais, açúcares etc.). Quando 
duas soluções de concentração diferentes estão separa-
das por uma membrana semipermeável, os solutos ten-
dem a passar da solução mais concentrada (hipertônica) 
para a menos concentrada (hipotônica). Esse movimen-
to só ocorre, no entanto, se o soluto for sufi cientemente 
pequeno para se difundir pela membrana plasmática (gas-
es como O2 e CO2) ou se a membrana possuir canais pro-
teicos para esse soluto passar. De qualquer modo, essa 
diferença de concentração entre o interior da célula e o 
meio extracelular é chamada gradiente de concentração.
DIFUSÃO SIMPLES
É um tipo de transporte passivo (sem gasto de energia ce-
lular) onde as substâncias se difundem a favor do gradiente de 
concentração, ou seja, do meio mais concentrado para o meio 
menos concentrado. A “intenção” é equilibrar os dois lados, dei-
xando ambos com a mesma quantidade de soluto. Esse tipo de 
transporte acontece com moléculas pequenas como o gás oxi-
gênio (O2) e o gás carbônico (CO2), que têm baixo peso molecular.
OSMOSE
Osmose é o nome que se dá ao processo de difusão 
simples da água através de uma membrana semiper-
meável. Quando duas soluções de concentração dife-
rentes estão separadas por uma membrana semiper-
meável, a água passa da solução mais diluída (hipotônica) 
para a mais concentrada (hipertônica), tendendo a uma isoto-
nia entre as duas soluções.É como se a água fosse dissolver 
o lado que possui muito soluto.
Figura 8.1: Demonstração de Osmose
DIFUSÃO FACILITADA
Existem substâncias, como a glicose, que atravessam a 
membrana a favor de um gradiente, mas com a ajuda de uma 
proteína que atua como transportadora.
Nesses casos atua na difusão facilitada as permeases, 
proteínas especializadas no transporte de determinadas mo-
léculas. Assim, a glicose se combina com a permease, que se 
desloca e a libera no interior da célula.
Figura 8.2: Difusão Facilitada
8Unidade
a CélUla ii
11
Biologia 1
O TRANSPORTE ATIVO
O transporte ativo é um processo que consome energia 
celular; essa energia é fornecida pela respiração celular. O 
transporte ativo se efetua contra o gradiente de concentra-
ção, o que exemplifi caremos por meio da Bomba de Na+ e K+.
Uma hemácia possui no citoplasma concentração de potás-
sio 20 vezes maior do que no plasma, e este, por sua vez, pos-
sui concentração de sódio 20 vezes maior do que na hemácia.
Apesar de a membrana apresentar permeabilidade pas-
siva aos dois íons, as concentrações não se igualam. Para 
manter esta diferença de concentração iônica, a célula tem 
de fornecer energia para permitir o funcionamento de uma 
espécie de “bomba”, que possa expelir o sódio assim que 
este surgir no seu interior, e captar o potássio do meio ex-
tracelular, para que o sódio continue em maior concentração 
fora da célula, e o potássio em maior concentração dentro 
da célula.
Perceba que esse tipo de transporte é contrário ao transpor-
te por difusão.
O transporte ativo é explicado pela existência de proteí-
nas transportadoras de sódio e potássio que fi cam alojadas na 
membrana e que, em cada ciclo jogam três íons sódio pra fora 
da célula e captam dois íons de potássio, gastando para isso a 
energia armazenada em uma molécula de ATP.
 O TRANSPORTE EM QUANTIDADE 
Também conhecido por endocitose, consiste num método 
de captura de partículas e moléculas, através de dois proces-
sos: fagocitose e pinocitose.
FAGOCITOSE
A fagocitose é o englobamento de partículas sólidas por 
meio da emissão de pseudópodes (falsos pés).
Nos protozoários, como as amebas, por exemplo, a fago-
citose participa dos processos de nutrição. Nos animais, em 
geral, representa um mecanismo de defesa, através do qual 
os fagócitos – células que realizam a fagocitose – englobam e 
destroem partículas inertes e microrganismos invasores.
PINOCITOSE
A pinocitose é o processo de englobamento de partículas 
líquidas. Ocorre pela invaginação da membrana que forma 
um túbulo, visível apenas ao microscópio eletrônico. Pelo tú-
bulo penetra a substância líquida que envolve a célula e, por 
estrangulamentos basais, originam-se microvacúolos deno-
minados pinossomos.
Tabela 8.3 – Tipos de transportes de membrana.
12
Biologia 1
 EXERCÍCIOS 
1) Durante a osmose a água passa através da membrana 
semipermeável da solução menos concentrada em soluto 
para a solução:
a) hipertônica
b) hipotônica
c) isotônica
d) osmótica
e) Osmoticamente invariável
2) Neutrófi los e macrófagos combatem bactérias e outros in-
vasores que penetram em nosso corpo, englobando-os com 
projeções de suas membranas plasmáticas (pseudópodes). 
Esse processo de ingestão de partículas é chamado:
a) difusão
b) fagocitose
c) osmose
d) pinocitose
e) transporte ativo
3) Quando a produção de energia de uma célula é inibida 
experimentalmente, a concentração de íons no citoplasma 
pouco a pouco se iguala à do ambiente externo. Qual dos 
mecanismos a seguir é o responsável pela manutenção da 
diferença de concentração de íons dentro e fora da célula?
a) Difusão facilitada.
b) Difusão simples.
c) Osmose.
d) Transporte ativo.
e) Pinocitose.
4) Experimentalmente, hemácias humanas forma colocadas 
em água destilada. Observou-se que:
a) as hemácias sofrem modifi cação de forma e redução de 
volume em consequência da saída de água.
b) as hemácias não sofrem modifi cação de forma nem de 
volume em virtude de a membrana plasmática ser imper-
meável a água.
c) as hemácias não sofrem nenhuma alteração de forma nem 
de volume, pois a água destilada é isotônica em relação ao 
conteúdo das hemácias.
d) as hemácias sofrem aumentode volume e terminam por 
romper-se liberando hemoglobina em consequência da en-
trada de água destilada, pois essa é hipotônica em relação 
ao conteúdo das hemácias.
e) as hemácias sofrem redução de volume e modifi cação de 
forma em consequência da saída de hemoglobina, apesar 
de se manter íntegra a membrana plasmática.
5) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A difusão simples é um tipo de transporte passivo at-
ravés da membrana plasmática que ocorre quando existem 
condições de gradiente de concentração sem haver gasto 
de energia.
b) A difusão facilitada utiliza proteínas carregadoras para o 
transporte de açúcares simples e aminoácidos através da 
membrana, constituindo, por esta razão, um processo de 
transporte ativo.
c) A membrana é formada por uma camada biomoléculas de 
fosfolipídios onde estão dispersas moléculas de proteínas 
globulares, dispostas como um mosaico.
d) Qualquer processo de captura por meio do envolvimento 
de partículas é chamado de endocitose.
e) Na fagocitose, a célula engloba partículas sólidas através 
da emissão de pseudópodes que as englobam formando um 
vacúolo alimentar denominado fagossomo.
6) (UFPR – 2006) Abaixo, pode-se observar a representação 
esquemática de uma membrana plasmática celular e de um 
gradiente de concentração de uma pequena molécula “X” 
ao longo dessa membrana. 
Com base nesse esquema, considere as seguintes afi rma-
tivas: 
I. A molécula “X” pode se movimentar por difusão 
simples, através dos lipídios, caso seja uma molécula apolar. 
II. A difusão facilitada da molécula “X” acontece 
quando ela atravessa a membrana com o auxílio de proteínas 
carreadoras, que a levam contra seu gradiente de concen-
tração. 
III. Se a molécula “X” for um íon, ela poderá atravessar a 
membrana com o auxílio de uma proteína carreadora. 
IV. O transporte ativo da molécula “X” ocorre do meio ex-
tracelular para o citoplasma. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afi rmativas I e III são verdadeiras. 
b) Somente as afi rmativas I e II são verdadeiras. 
c) Somente as afi rmativas II e IV são verdadeiras. 
d) Somente as afi rmativas I, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente a afi rmativa III é verdadeira.
7) Um pesquisador verifi cou que a concentração de uma 
certa substância dentro da célula era vinte vezes maior do 
que fora dela. Sabendo-se que a substância em questão 
é capaz de se difundir facilmente através da membrana 
plasmática, como pode ser explicado o fato de não ser atin-
gido o equilíbrio entre as concentrações interna e externa?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) (Unicamp – 2011) Duas fatias iguais de batata, rica em 
amido, foram colocadas em dois recipientes, um com NaCl 
5M e outro com H2O. A cada 30 minutos as fatias eram reti-
radas da solução de NaCl 5M e da água, enxugadas e pesa-
das. A variação de peso dessas fatias é mostrada no gráfi co 
abaixo.
13
Biologia 1
a) Explique a variação de peso observada na fatia de batata 
colocada em NaCl 5M e a observada na fatia de batata co-
locada em água.
 
 
 
 
 
b) Hemácias colocadas em água teriam o mesmo compor-
tamento das células da fatia de batata em água? Justifi que.
 
 
 
 
 
 ESPECIALIZAÇÕES 
 DA MEMBRANA PLASMÁTICA 
A membrana plasmática pode apresentar diversas especia-
lizações, as quais variam de acordo com as diferenciações ce-
lulares. Assim, temos as microvilosidades, os desmossomos e 
as interdigitações.
MICROVILOSIDADES (MICROVILOS)
São delgadas saliências da membrana plasmática, que cor-
respondem a expansões semelhantes a dedos. Ocorre nas cé-
lulas do epitélio intestinal e servem para aumentar a superfície 
de absorção da membrana a fi m de facilitar o transporte de nu-
trientes da luz intestinal para dentro das células.
Figura 9.1: Esquema de uma célula intestinal com microvilosidades. 
DESMOSSOMOS
São espécies de botões adesivos, que uenm fortemente 
duas células vizinhas. São muito encontrados nos tecidos epi-
teliais e servem para aumentar a adesão entre as células.
Figura 9.2: Esquema de um desmossomo. 
1.3 INTERDIGITAÇÕES
Correspondem a dobras da membrana que se encaixam 
para aumentar a adesão; também ocorrem em células epiteliais.
Figura 9.3: Esquema de interdigitações. 
9Unidade
a CélUla iii
14
Biologia 1
 A CÉLULA VEGETAL 
Uma das estruturas que permitem diferenciar grandemente 
a célula vegetal da célula animal é a parede celular, conhecida 
como parede celulósica por ser constituída basicamente por 
celulose. Como dito anteriormente, apesar dos fungos e das 
bactérias também apresentarem um tipo de parede celular, a 
parede celulósica é exclusiva das células vegetais e constitui 
uma parede que envolve a célula, dando-lhe proteção e sus-
tentação, sendo perfeitamente visível ao microscópio óptico.
A parede celular apresenta várias características impor-
tantes:
- É resistente à tensão e à decomposição por ação de organ-
ismos vivos. Raros são os seres vivos capazes de produzir 
enzimas que digerem a parede celulósica; entre eles citare-
mos algumas bactérias e protozoários.
- É permeável, deixando-se atravessar facilmente por sub-
stâncias que entram e saem da célula através de algumas 
especializações.
- É morta: os materiais componentes da parede celular são 
inertes.
- É dotada de certa elasticidade quando jovem.
- Na sua composição química encontraremos várias sub-
stâncias, das quais as mais importantes são:
- Celulose: polissacarídeo formado pela condensação de 
muitas moléculas de b-d-glicose.
- Hemicelulose: são também polissacarídeos.
- Pectinas: também polissacarídeos.
- Cutina, ceras e suberina: são lipídeos (gorduras) imper-
meáveis à água, utilizados todas as vezes que a planta 
necessita proteger as paredes celulares contra a perda de 
água. A cutina forma a película que reveste as folhas e 
frutos, em tecidos de revestimento, e a suberina aparece 
no tecido chamado súber(cortiça).
- Lignina: uma das substâncias mais resistentes dos veg-
etais. É utilizada toda vez que o vegetal requer uma sus-
tentação efi ciente. Essa substância aparece nos tecidos 
vegetais como o esclerênquima e o xilema. O xilema é que 
constitui a madeira, cuja resistência se deve à lignina.
Na estrutura da parede podemos reconhecer:
LAMELA MÉDIA
É uma membrana formada durante a telófase da divisão 
celular. Utilizada como um cimento que une as células entre 
si. Quimicamente é constituída por pectatos de cálcio e mag-
nésio. É bastante elástica e completamente permeável.
Figura 9.4: Formação da lamela média.
15
Biologia 1
PAREDE PRIMÁRIA
É a primeira parede que as células depositam sobre a la-
mela média. Encontra-se em células jovens (meristemáticas) e 
em células adultas de tecidos como parênquima, colênquima 
e vasos do fl oema. Esta parede também é elástica, delgada e 
formada principalmente por celulose e substâncias pécticas.
A observação da membrana primária permite evidenciar a 
presença de poros, correspondentes em células vizinhas, por 
onde os citoplasmas destas células apresentam continuida-
de. Estes poros são atravessados por pontes citoplasmáticas 
chamadas plasmodesmos.
Os plasmodesmos estão relacionados com a circulação 
rápida de substâncias entre as células. Através destas pontes 
citoplasmáticas passam íons, gases dissolvidos, água, subs-
tâncias orgânicas etc.
A parede primária não possui um espessamento continuo, 
formando depressões denominadas campos de pontoações.
Todas as células vegetais possuem a parede celulósica 
primária, mas as células de alguns tecidos vegetais específi -
cos depositam ainda uma parede celular secundária interna à 
parede primária.
PAREDE SECUNDÁRIA
Em células de determinados tecidos, como o xilema e o es-
clerênquima, ocorrem novas deposições de materiais, as quais 
constituem a parede 
secundária. Esta parede é espessa, pouco elástica e apre-
senta-se formada por celulose, hemicelulose, pectinas, lignina, 
etc.
A parede secundária não se deposita de maneira contínua 
e uniforme, principalmente sobre os campos de pontoações, 
formando as pontoações. Deve-se notar que as pontoações 
são correspondentes em células adjacentes, formando pares 
de pontoações. Entre estes estão os plasmodesmos.
LÚMEN CELULAR
É a cavidade interna da célula, delimitada pela parede celu-
lar. Nas células vivas este espaço interno é ocupado pelo proto-
plasma, mas células mortas o lúmen não apresenta mais o pro-
toplasma e pode fi car cheio de ar, como acontece nas células 
do tecido suberoso, ou cheio de líquido, como acontece com as 
células do tecido esclerenquimático. 
Figura 9.5: Comparação entre uma célula que possuem apenas pa-
rede primária e outra que formou parede secundária.
 EXERCÍCIOS 
1) Dos pares de organelas abaixo relacionados, aparecem 
exclusivamente em células vegetais:
a) membrana plasmática e parede celular
b) parede celular e plastos
c) plastos e centríolos
d) centríolos e lisossomos
e) lisossomos e mitocôndrias.
2) Células animais e vegetais foram colocadas em frascos 
separados, contendo uma solução de água e NaCl. Após al-
gum tempo, somente as células animais estavam rompidas. 
Isso permite concluir que a solução era I, provocando II das 
células animais e III das células vegetais.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectiva-
mente os espaços I, II e III.
a) isotônica; deplasmólise; turgência
b) hipotônica; lise; turgência
c) isotônica; lise; plasmólise
d) hipertônica; lise; turgência
e) hipotônica; deplasmólise; plasmólise
3) Considere as seguintes situações.
I. Uma célula da raiz de um vegetal absorvendo água do solo.
II. Uma célula da folha de uma alface, temperada com sal e 
vinagre.
III. Uma hemácia em um capilar do pulmão.
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de transporte que 
cada célula realiza, em cada caso:
Situação I Situação II Situação III
a) transporte ativo difusão difusão
b) osmose difusão osmose
c) osmose difusão transporte ativo
d) osmose osmose difusão
e) transporte ativo osmose osmose
4) Considere os seguintes componentes químicos:
I. lipídios.
II. açúcares.
III. proteínas
IV. ácidos nucléicos.
Assinale, no quadro abaixo, a alternativa que identifi ca correta-
mente os componentes básicos de cada estrutura considerada.
MEMBRANA
PLASMÁTICA
PAREDE
CELULAR
a) II e II III e IV
b) I e III II
c) I e IV II
d) II II e III
e) III I e III
5) (PUC) Sabe-se que a membrana externa das células veg-
etais tem a celulose como componente principal. Eis a razão 
ou razões prováveis:
a) A extrema resistência química da celulose, que se decom-
põe com difi culdade
b) Poucos seres são capazes de digeri-la
c) A capacidade de suportar grande tensão e tração
d) Permitir a grande elasticidade.
e) As alternativas a, b e c são corretas.
6) (UEL – 2011) Na tabela, a seguir, estão assinaladas a 
presença (+) ou a ausência (-) de alguns componentes en-
contrados em quatro diferentes tipos celulares (A, B, C e 
D).
16
Biologia 1
Os tipos celulares: A, B, C e D pertencem, respectivamente:
a) procarioto heterótrofo, eucarioto heterótrofo, procarioto 
autótrofo e eucarioto autótrofo.
b) procarioto autótrofo, eucarioto autótrofo, eucarioto het-
erótrofo e procarioto heterótrofo.
c) eucarioto heterótrofo, procarioto heterótrofo, procarioto 
autótrofo e eucarioto autótrofo.
d) eucarioto autótrofo, procarioto autótrofo, eucarioto het-
erótrofo e procarioto heterótrofo.
e) eucarioto heterótrofo, procarioto autótrofo, eucarioto 
autótrofo e procarioto heterótrofo.
7) Explique porque uma célula vegetal não se rompe se for 
colocada em uma solução hipotônica:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Diferencie parede celular primária de parede celular se-
cundária nas células vegetais:Figura 10.1: Esquema de uma célula eucariótica compartimentali-
zada.
 CITOPLASMA 
Denomina-se citoplasma todo o conteúdo celular 
compreendido pela membrana plasmática. O citoplasma 
é composto de um coloide aquoso chamado citosol. No 
citoplasma das células eucariontes (que compõem o orga-
nismo dos animais, plantas, fungos e protistas) estão mer-
gulhadas estruturas membranosas, as organelas. As cé-
lulas procariontes (que são as células das bactérias) são 
de estrutura mais simples e não apresentam organelas. O 
citosol também é denominado hialoplasma, e as organe-
las também são conhecidas por orgânulos ou organoides. 
Encontram-se, dissolvidas no citosol, enzimas, moléculas 
de RNAm, açúcares pequenos, íons, aminoácidos, nucle-
otídeos, e estruturas onde ocorre a síntese de proteínas, 
os ribossomos.
 CITOESQUELETO 
As células eucariontes possuem uma complexa rede de 
fi níssimos tubos e fi lamentos entrelaçados e interligados: o ci-
toesqueleto, responsável pela forma, pela organização interna 
e pelos movimentos das células eucariontes.
 RIBOSSOMOS 
São grânulos de ribonucleoproteínas produzidos a partir 
dos nucléolos. A função dos ribossomos é a síntese proteica 
pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo 
DNA. O RNA descreve a sequência dos aminoácidos da pro-
teína. Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou 
preso a membrana do retículo endoplasmático.
Os ribossomos bacterianos são diferentes dos ribos-
somos de células eucarióticas, apresentando uma massa 
menor, medida por um valor denominado índice de sedi-
mentação, enquanto os eucarióticos apresentam 80s os 
bacterianos apresentam 70s. Tal diferença é utilizada nos 
antibióticos que atuam exclusivamente sobre ribossomos 
bacterianos.
10Unidade
CitoplasMa E oRgaNElas
17
Biologia 1
Figura 10.2: Esquema de um ribossomo realizando síntese proteica. 
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
Figura 10.3: Retículo endoplasmático.
O Retículo endoplasmático (RE) é a maior organela, formada 
por uma rede de túbulos e vesículas achatadas, interconecta-
das e fechada que formam um espaço interno único, chamado 
lúmen do RE ou espaço cisternal. O RE se estende a partir do 
envoltório nuclear, percorrendo grande parte do citosol. 
Existem dois tipos morfológicos de RE: o retículo endo-
plasmático liso (REL), que não possui ribossomos, e o retículo 
endoplasmático rugoso (RER), que possuem ribossomos asso-
ciados a sua membrana. Esses ribossomos são responsáveis 
pela produção de proteínas a serem utilizadas pelo próprio RE 
e para serem transportadas para o Golgi, formar os lisossomos 
ou serem secretadas pela célula. Enquanto que o REL apresenta 
funções de síntese de lipídeos e detoxifi cação (transformação 
de substâncias tóxicas em menos tóxicas)
COMPLEXO DE GOLGI
 
Figura 10.4: Complexo de golgi.
Também conhecido por aparelho de Golgi, é constituído por 
uma pilha de vesículas achatadas e circulares e outras menores 
e esféricas, é formado a partir do RE que envia vesículas circu-
lares para a face cis (voltada para o núcleo). A face trans voltada 
para a membrana, envia vesículas para sua devida localização. 
Logo as principais funções do Sistema Golgiense são a secre-
ção de substâncias como enzimas por exocitose, formação do 
lisossomo, glicosilação (adição de açúcar) de proteínas, forma-
ção do acrossomo do espermatozóide (permitindo a penetração 
do óvulo) e síntese de polissacarídeos em vegetais (recebendo a 
organela o nome de dictiossomos)
LISOSSOMOS
Figura 10.5: Lisossomos.
18
Biologia 1
Lisossomos ou lisossomas são organelas citoplasmáti-
cas que têm como função a degradação de materiais advin-
dos do meio extracelular, assim como a reciclagem de ou-
tras organelas e componentes celulares envelhecidos. Seu 
objetivo é cumprido através da digestão intracelular contro-
lada de macromoléculas
Apresenta várias enzimas com atividade ótima em pH 
ácido (aproximadamente 5,0) o qual é mantido com eficiên-
cia no interior do lisossomo. Em função disto, o conteúdo do 
citosol é duplamente protegido contra ataques do próprio 
sistema digestivo da célula, uma vez que a membrana do li-
sossomo mantém as enzimas digestivas isoladas do citosol, 
mas mesmo em caso de vazamento, essas enzimas terão 
sua atividade inibida pelo pH citoplasmático (aproximada-
mente 7,2) causando dano reduzido à célula.
Os três tipos de função que o lisossomo apresenta são:
- Função heterofágica: consiste na digestão de 
partículas englobadas pela célula através da fagoci-
tose ou da pinocitose. Os lisossomos recém-formados, 
denominados lisossomos primários, fundem-se com 
as vesículas de fagocitose ou fagossomos e com as 
de pinocitose ou pinossomos, resultando um vacúo-
lo digestivo heterofágico, também chamado lisosso-
mo secundário. No interior deste vacúolo dá-se a di-
gestão do material ingerido pela célula. Os produtos 
resultantes da digestão passam ao citoplasma e são 
aproveitados pela célula. Após a digestão, podem per-
manecer no vacúolo digestivo resíduos que resisti-
ram ao processo digestivo. Ao vacúolo digestivo que 
contém material não digerido dá-se o nome de corpo 
residual. Circulando pelo citoplasma, o corpo residual 
entra em contato com a membrana da célula, funde-se 
com ela e elimina os produtos para o meio externo. Tal 
processo é denominado exocitose, clasmocitose ou 
defecação celular. 
- Função autofágica: consiste na digestão de estru-
turas celulares. A autofagia caracteriza-se pelo apa-
recimento de vacúolos autofagossômicos contendo 
estruturas celulares, mitocôndrias, cloroplastos etc. 
As membranas de tais vacúolos seriam originadas 
no retículo endoplasmático liso ou no complexo 
de Golgi. A autofagia é um processo de renovação das 
estruturas celulares, substituindo organelas velhas 
por novas. 
- Autólise: A ruptura da membrana lisossômica liberta as 
enzimas hidrolíticas que provocam a digestão e desin-
tegração celular (autólise). Isto ocorre, por exemplo, na 
regressão da cauda dos girinos durante a sua metamor-
fose para sapos. A autólise também é um dos processos 
responsáveis pela desintegração dos cadáveres.
PEROXISSOMOS
Os peroxissomos são organelas esféricas, com diâmetro 
variado e delimitadas por uma membrana. Atuam no cata-
bolismo de ácidos graxos de cadeia longa (beta-oxidação), 
formando Acetil-CoA e H2O2. O Peróxido de hidrogênio de-
toxifica agentes nocivos como o etanol e mata certos mi-
croorganismos. O excesso de H2O2 é destruído pela enzima 
catalase, presente no interior dos peroxissomas.
MITOCÔNDRIAS
Figura 10.6: Mitocôndrias.
As mitocôndrias são corpúsculos esféricos ou em forma de 
bastonetes, que parecem imersos no hialoplasma em número 
variável, segundo o tipo celular. Vista ao microscópio eletrônico, 
a mitocôndria apresenta uma ultra-estrutura típica. Apresenta-
se delimitada por duas unidades da membrana, a externa e a 
interna, separadas por um espaço, a câmara externa. A mem-
brana interna limita a matriz mitocondrial e forma em seu interior 
uma série de invaginações denominadas cristas mitocondriais. 
A matriz é uma substância amorfa, onde aparecem moléculas 
de DNA e ribossomos. As mitocôndrias são formadas pela di-
visão de outras preexistentes. O processo de autoduplicação 
acontece graças à existência de DNA, RNA e ribossomos. 
É no interior das mitocôndrias que ocorre duas etapas da 
respiração aeróbica: o ciclo de Krebs, desenvolvido na matriz 
mitocondrial, e a cadeia respiratória, realizada nas cristas mi-
tocondriais.
Acredita-se que tanto as mitocôndrias quanto os cloroplas-
tos eram bactérias que foram englobadas por uma célula eu-
cariótica conseguindo sobreviver, num processo chamado de 
endosimbiose. Tal evento foi vantajoso para a célula que obteve 
uma “usina produtora de energia” quanto para a mitocôndria 
que fi cou protegida do ambiente externo 
 CENTRÍOLOS
Figura 10.7: Centríolos.
Estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares 
formandoo chamado centrossomo. Dão origem a cílios e fl a-
gelos (exceto nas bactérias), estando também relacionados 
com a reprodução celular - formando o áster e o fuso que é 
observado durante a divisão celular. É uma estrutura muito 
pequena e de difícil observação ao Microscópio Óptico, po-
19
Biologia 1
rém no Microscópio Eletrônico apresenta-se em formação de 
9 jogos de 3 organelas menores denominadas, microtúbulos 
dispostos em círculo, formando uma espécie de cilindro oco.
Os microtúbulos são constituídos de várias unidades da 
proteína tubulina, sua organização compõe parte do esquele-
to da célula (citoesqueleto), cílios, fl agelos, áster e o fuso, e é 
coordenada pelo centrossomo.
CÍLIOS E FLAGELOS 
 
Figura 10.8: Cílios e fl agelos.
São estruturas fi lamentosas móveis que se projetam da su-
perfície celular como se fossem “pêlos” microscópicos. Os fl a-
gelos são longos e pouco numerosos, enquanto os cílios são 
curtos e muito numerosos. Algumas funções dos cílios e fl a-
gelos são: locomoção, movimentação do líquido extracelular e 
limpeza das vias respiratórias aéreas.
 EXERCÍCIOS 
1) ( UEL 2010 1ª fase) Na década de 1950, a pesquisa bi-
ológica começou a empregar os microscópios eletrônicos, 
que possibilitaram o estudo detalhado da estrutura interna 
das células.
Observe, na figura a seguir, a ilustração de uma célula vege-
tal e algumas imagens em micrografia eletrônica.
Quanto às estruturas anteriormente relacionadas, é correto 
afirmar:
a) A imagem 1 é de uma organela onde as substâncias obti-
das do ambiente externo são processadas, fornecendo en-
ergia para o metabolismo celular.
b) A imagem 2 é de uma organela na qual a energia da luz 
é convertida na energia química presente em ligações entre 
átomos, produzindo açúcares.
c) A imagem 3 é de uma organela que concentra, empacota 
e seleciona as proteínas antes de enviá-las para suas desti-
nações celulares ou extracelulares.
d) A imagem 4 é de uma organela na qual a energia química 
potencial de moléculas combustíveis é convertida em uma 
forma de energia passível de uso pela célula.
e) A imagem 5 é de uma organela que produz diversos tipos 
de enzimas capazes de digerir grande variedade de sub-
stâncias orgânicas.
2) (UEL – 2001) O tecido epitelial do intestino apresenta 
um tipo de célula que produz mucopolissacarídeos com 
função lubrifi cante, facilitando, assim, o deslocamento 
do alimento durante o processo de digestão. Basean-
do-se na função destas células, qual das organelas celu-
lares aparece bastante desenvolvida quando observada 
ao microscópio eletrônico?
a) Retículo endoplasmático liso 
b) Lisossomos 
c) Complexo de Golgi 
d) Peroxissomos 
e) Vacúolo.
3) (UEL – 2001) O que indicam, respectivamente, A, B, C e 
D na tabela abaixo:
a) Respiração celular, ribossomo, detoxifi cação celular, clo-
roplasto. 
b) Respiração anaeróbica, cloroplasto, síntese de nucleo-
tídeos, ribossomos. 
c) Respiração celular, cloroplasto, digestão intracelular, per-
oxissomos. 
d) Síntese de proteínas, peroxissomos, digestão intracelular, 
ribossomos. 
e) Fermentação, cloroplastos, síntese de lipídeos, lisossomo.
4) (UEL – 2002) Entre as hipóteses que surgiram para o apa-
recimento de determinadas organelas em células eucarion-
tes inclui-se uma que postula que bactérias aeróbias te-
riam invadido células eucariontes ancestrais. Acredita-se 
que tanto as bactérias invasoras quanto a célula invadida 
obtiveram vantagens com essa associação. De acordo com 
essa hipótese, as bactérias invasoras teriam sobrevivido e 
passaram a se reproduzir juntamente com a célula hospe-
deira, vindo, mais tarde, constituir uma das organelas ci-
toplasmáticas das células eucariontes. Baseando-se nas 
informações do texto, assinale a alternativa correta abaixo 
que contém: 
20
Biologia 1
I. O tipo de associação estabelecida entre os dois tipos de 
células.
II. A organela celular que teria se originado a partir das bac-
térias invasoras. 
a) mutualismo lisossomo 
b) comensalismo lisossomo 
c) parasitismo cloroplasto 
d) parasitismo mitocôndria 
e) mutualismo mitocôndria
5) (UEL – 2004) Analise a fi gura a seguir:
Com base na fi gura e nos conhecimentos sobre célula, assi-
nale a alternativa correta. 
a) A fi gura representa uma célula animal que realiza trans-
porte ativo através da membrana plasmática porque há um 
grande número de mitocôndrias na região basal. 
b) A fi gura representa uma célula vegetal que realiza fo-
tossíntese e armazena amido porque há um grande número 
de complexos de Golgi na região basal. 
c) A fi gura representa uma célula animal de absorção de 
lipídeos porque há um grande número de complexos de 
Golgi localizados na região basal. 
d) A fi gura representa uma célula vegetal que realiza trans-
porte passivo de água através da membrana plasmática 
porque há um grande número de vacúolos localizados na 
região basal. 
e) A fi gura representa uma célula animal de secreção de 
enzimas através da membrana plasmática porque há um 
grande número de lisossomos localizados na região basal.
6) (UEL – 2003) No gráfi co a seguir observa-se a relação 
entre a atividade enzimática de uma organela presente nas 
células da cauda dos girinos e a variação no comprimento 
relativo da cauda desses animais durante o seu desenvolvi-
mento. 
Sobre a redução da cauda desses girinos, analise as se-
guintes afi rmativas: 
I. A atividade das enzimas é máxima no início da regressão 
da cauda desses anfíbios. 
II. A regressão no tamanho da cauda dos girinos ocorre por 
ação de enzimas digestivas, conhecidas como hidrolases. 
III. As enzimas que atuam na digestão da cauda dos girinos 
foram sintetizadas no interior do retículo endoplasmático ru-
goso.
IV. A ausência de lisossomos nas células da cauda dos 
girinos, no início do seu desenvolvimento, impediria a di-
minuição no tamanho da cauda desses anfíbios.
Das afi rmativas acima, são corretas: 
a) I e III 
b) II e IV 
c) I e IV 
d) I, II, e III 
e) II, III e IV
7) O cultivo de células possibilita o estudo de diversos pro-
cessos moleculares sob condições bastante controladas. O 
seguinte experimento foi realizado para comparar células 
em cultivo normais com células mutantes: no meio de cultivo 
foram colocados nutrientes necessários ao crescimento das 
células, como polissacarídeos, proteínas e lipídios. Todas 
essas substâncias são normalmente endocitadas. A tabela 
abaixo mostra os produtos metabólicos obtidos depois de 
as células permanecerem por 24 horas no meio.
Substância 
fornecida no 
meio de cultivo
Produto do metabolismo
Células normais Células mutantes
polissacarídeos monossacarídeos polissacarídeos
proteínas aminoácidos aminoácidos
lipídios ácidos graxos ácidos graxos
A partir dos dados acima apresentados, responda:
a) Qual a organela celular envolvida no defeito apresentado 
pelas células mutantes?
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Qual a provável causa do defeito apresentado?8) Explique o que aconteceria com um músculo se dele fos-
sem retiradas todas as mitocôndrias:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21
Biologia 1
 ATP 
Assim como veículos utilizam um combustível específi co 
como álcool, gasolina, óleo diesel ou querosene, as células 
têm como principal composto energético a molécula de ATP 
(adenosina trifosfato) que é formado a partir da ligação do 
nucleosídeo adenosina com 3 grupos fosfatos. A quebra da 
ligação de um fosfato da molécula convertendo-se em ADP 
(adenosina difosfato) + P, é responsável pela liberação de 
energia, e sua capacidade de ser regenerada de ADP + P em 
ATP é utilizada nas várias reações para produção de energia e 
renovação do combustível.
 INTRODUÇÃO AO 
 METABOLISMO ENERGÉTICO 
O constante trabalho que as células vivas realizam necessita 
de energia. Sintetizar proteínas, produzir membranas, duplicar 
DNA, fazer com que cílios e fl agelos batam, ou transportar ati-
vamente substâncias através da membrana, são exemplos de 
funções que consomem energia. Enquanto as plantas produ-
zem seus próprios carboidratos, os animais os retiram do meio 
através do processo de nutrição. 
Os monossacarídeos, como glicose, frutose e galactose, 
uma vez absorvido pelo corpo, penetram nas células, nas quais 
serão “queimados”, liberando energia. A fermentação e a res-
piração são dois processos que fornecem energia para a ati-
vidade celular dos organismos em geral. Nos dois casos, 
fermentação e respiração, o combustível preferido das células 
é a glicose. Enquanto a fermentação ocorre na ausência de 
oxigênio, a respiração celular necessita desse gás, para ocorrer.
 GLICÓLISE 
Ocorre no hialoplasma, sendo a primeira etapa tanto da 
fermentação quanto da respiração celular. É o desdobramen-
to de uma molécula de glicose em 2 moléculas de ácido pirú-
vico, sem consumo de oxigênio, por meio de várias reações 
químicas, produzindo duas moléculas de ácido pirúvico. Libe-
ra 2 ATP de energia.
C5H12O6 (Glicose) + 2 NAD+ → C3H6O3 (ácido pirúvico) + 2 
ATP + 2 NADH
*NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) 
*FAD (fl avina adenina dinucleotídeo) atuam como transpor-
tadores de prótons H+ e elétrons.
 TIPOS DE FERMENTAÇÃO 
FERMENTAÇÃO LÁTICA
O ácido pirúvico é convertido em ácido lático. Ocorre em 
bactérias como os lactobacilos, tornam o leite azedo coagulan-
do as proteínas pela queda do pH, produzindo iogurte e queijo. 
Os músculos quando expostos a atividade física intensa, aca-
bam produzindo ácido lático na falta de oxigênio, causando 
câimbras e dores musculares.
C3H6O3 (ácido pirúvico)→ C2H4OHCOOH (ácido láctico)
 FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
O ácido pirúvico é convertido em etanol (álcool) e gás car-
bônico (CO2). Realizado por bactérias como a Sacharomices 
Cerevisae produzindo bebidas alcoólicas como cerveja e vi-
nho, além de muito utilizada no fermento biológico para pro-
dução de massas como pães e bolos.
C3H6O3 (ácido pirúvico) → C2H5OH + CO2
 EXERCÍCIOS 
1) Observe o esquema referente ao processo de obtenção 
de energia pelos seres vivos e, em seguida, analise as 
afi rmativas. 
I. As etapas I, I e III correspondem, respectivamente, à 
glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória. 
II. A etapa I ocorre no citoplasma e a IV na mitocôndria 
III. O envenenamento por cianeto compromete a etapa II 
devido à inutilização do aceptor fi nal. 
IV. Na etapa IV, o NADH2 combina diretamente com o oxigê-
nio, liberando muita energia. 
V. A etapa III caracteriza um processo anaeróbio. 
Assinale a opção que apresenta afi rmativas corretas: 
a) I, IV e V 
b) II e V 
c) I e II
d) II, III e IV 
e) n. d. a. 
11Unidade
FERMENtação
22
Biologia 1
2) O exagero na prática de exercícios físicos leva a dores 
musculares fortes. Isso ocorre devido ao acúmulo de: 
a) ácido pirúvico 
b) ácido láctico 
c) ácido nítrico 
d) ácido fosfoglicérico 
e) ácido fólico. 
3) A equação simplifi cada a seguir, representa o processo 
de fermentação realizado por microorganismos como o 
‘Saccharomyces cerevisiae’ (levedura): 
A → B + C
A, B e C são, respectivamente: 
a) glicose, água e gás carbônico 
b) glicose, álcool e gás carbônico 
c) álcool, água e gás carbônico 
d) álcool, glicose e gás oxigênio 
e) sacarose, gás carbônico e água
4) (Fuvest – SP) A fabricação de vinho e pão depende dos 
produtos liberados pelas leveduras durante sua atividade 
fermentativa. Quais os produtos que interessam mais dire-
tamente à fabricação do vinho e do pão, respectivamente?
a) Álcool etílico, gás carbônico.
b) Gás carbônico, ácido lático.
c) Ácido acético, ácido lático.
d) Álcool etílico, ácido acético.
e) Ácido lático, álcool etílico.
5) (Cesgranrio – RJ) No exercício muscular intenso, torna-se 
insufi ciente o suprimento de oxigênio. A liberação de energia 
pelas células processa-se, desta forma, em condições relati-
vas de anaerobiose, a partir da glicose. O produto, principal-
mente, acumulado nessas condições é o:
a) ácido pirúvico.
b) ácido láctico.
c) ácido acetoacético.
d) etanol.
e) ácido cítrico.
6) (UEL – PR) Utiliza-se a fermentação láctica, alcoólica e 
acética na fabricação, respectivamente, de:
a) queijo, vinagre e vinho.
b) vinagre, queijo e vinho.
c) vinho, queijo e vinagre.
d) vinho, vinagre e queijo.
e) queijo, vinho e vinagre.
7) (UEL-2006) “Para nenhum povo da antiguidade, por mais 
que consumissem a cerveja, ela foi tão signifi cativa e impor-
tante como para os egípcios. Entre eles, além de ter uma 
função litúrgica determinada no banquete oferecido aos 
mortos ilustres, a cerveja era a bebida nacional [...]. As mul-
heres que fabricavam a cerveja tornavam-se sacerdotisas, 
tal era a importância dessa bebida digna de ser oferecida 
como libação aos deuses.” 
(VIDA biblioteca. Como fazer cerveja. 3.ed. São Paulo: Três, 
1985. p. 51-52.). Ainda que a cerveja seja fabricada há mil-
hares de anos, a essência de sua produção continua a mes-
ma. 
Com base nos conhecimentos sobre o tema, é correto afi r-
mar que a cerveja é originada a partir da fermentação de 
cereais por meio de: 
a) Fungos macroscópicos, liberando álcool etílico e oxigênio. 
b) Bactérias, liberando álcool metílico e gás carbônico. 
c) Bactérias, liberando álcoois aromáticos e oxigênio. 
d) Fungos microscópicos, liberando álcool etílico e gás car-
bônico. 
e) Fungos microscópicos, liberando álcool metílico e água.
8) (UFRJ) A produção de vinho é um dos processos mais 
antigos da biotecnologia. O livro do Gênesis já nos fala da 
embriaguez de Noé. Embora vários fatores devam ser leva-
dos em conta na produção de um bom vinho – como a cor, o 
aroma, o sabor, etc. – o processo depende essencialmente 
da degradação do suco das uvas por leveduras anaeróbias 
facultativas, presentes na casca do fruto. Na fermentação, 
nome dado a esse processo, o açúcar da uva é degradado 
a álcool etílico (etanol).
Explique por que se evita, na produção de vinho, o contato 
do suco de uva com o ar.9) (Unicamp – SP) Interprete a frase e justi-
fi que do ponto de vista da biologia celular.
Uma mistura feita de 2 g de fermento fl eischmann, 3 g de 
açúcar e 150 ml de água é colocada em 2 tubos de ensaio, 
cada um tampado na parte superior com uma bexiga de bor-
racha (“de aniversário”) vazia. Um desses tubos é colocado 
na estufa (a 30ºC), e outro na geladeira (de 5 a 10ºC) durante 
cerca de 6 horas. O que deverá acontecer com cada uma 
das bexigas? Por quê? Qual o processo bioquímico envolvi-
do?
 
 
 
 
 
 
 
Além da glicólise que ocorre no citoplasma, pode ser dividi-
da em mais duas etapas: ciclo de Krebs e Cadeia transportado-
ra de elétrons, ambas ocorrendo no interior das mitocôndrias.
 CICLO DE KREBS 
Ocorre na matriz da mitocôndria. Os ácidos pirúvicos, deri-
vados da glicolise, atravessam as membranas da mitocôndria 
e reagem com a coenzima A, produzindo a acetil coenzima A, 
que entrará no ciclo de Krebs.Durante este ciclo, há produção 
de prótons H+ capturados por aceptores específi cos como o 
NAD e o FAD, além do gás carbônico (CO2). Além disso, ocorre 
desprendimento de energia sufi ciente para transformar 1 mo-
lécula de ADP em 1 molécula de ATP para cada molécula de 
ácido pirúvico. 
12Unidade
REspiRação CElUlaR
23
Biologia 1
 CADEIA RESPIRATÓRIA 
Ocorre na crista da mitocôndria. Os NADH e FADH2, pro-
duzidos nas duas etapas anteriores cedem os elétrons para 
os citocromos, uma cadeia transportadora de elétrons, e têm 
seus prótons carregados para o espaço intermembrana. Ao 
longo desta cadeia, através da *fosforilação oxidativa do 
ADP, a energia liberada é utilizada para produzir 32 ou 34 mo-
léculas de ATP. No fi nal da cadeia transportadora, os elétrons 
são capturados pelo oxigênio que se unem aos prótons H+ 
para formar moléculas de H2O.
Ao fi nal da respiração celular são produzidos no toal 36 ou 
38 moléculas de ATP sendo 2 provenientes da glicólise, 2 do 
ciclo de Krebs e 32 ou 34 da cadeia respiratória, uma quanti-
dade bem superior aos 2ATPs formados com a fermentação, 
sendo um processo muito mais lucrativo para as células eu-
carioticas.
A equação geral da respiração celular pode ser representada 
por: 
C6H12O6(glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + 36 ou 38ATP
É importante ressaltar que o gás carbônico é produzido no 
ciclo de Krebs e que apenas a Cadeia transportadora de elé-
trons é aeróbia, necessitando de oxigênio para a formação de 
água.
*Fosforilação Oxidativa: o termo fosforilação oxidativa re-
fere-se, justamente, à produção de ATP, pois a adição de fos-
fato ao ADP para formar ATP é uma reação de fosforilação. A 
fosforilação é chamada oxidativa porque ocorre em diversas 
oxidações sequenciais, nas quais o último agente oxidante é 
o gás oxigênio (O2). 
 EXERCÍCIOS 
1) ( UEL 2008 1ªFase) Observe a fi gura
Com base na ilustração e nos conhecimentos sobre o tema, 
analise as afirmativas a seguir:
I. O Ciclo de Krebs é o último evento das várias reações que 
ocorrem numa via comum de produção de moléculas for-
necedoras de energia, onde a oxidação dos grupos fosfatos 
libera a energia armazenada nas ligações acetila.
II. As mitocôndrias podem ser encontradas, por exemplo, 
no epitélio ciliado, onde se acumulam perto dos cílios; nos 
espermatozoides, ao redor da porção inicial do flagelo, onde 
tem início a movimentação ciliar; e nas células musculares 
estriadas, entre os feixes de miofibrilas.
III. As mitocôndrias estão presentes em um tecido adipo-
so específico, o qual se constitui como fonte de calor im-
portante em animais que hibernam, em animais adaptados 
ao frio e em alguns animais recém-nascidos, incluindo hu-
manos.
IV. Uma peculiaridade do DNA mitocondrial é sua origem pa-
terna, porque se origina das mitocôndrias encontradas nos 
espermatozoides, sem participação das mitocôndrias do 
óvulo, pois o sexo é definido geneticamente pelos cromos-
somos sexuais do pai.
Assinale a alternativa que contêm todas as afirmativas cor-
retas.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
2) No que se refere à respiração aeróbica pode-se dizer: 
a) é na glicólise que se dá a maior produção de ATP. 
b) é no ciclo de Krebs que ocorre diretamente a conversão 
de ADP em ATP. 
c) é no interior das mitocôndrias que ocorre a glicólise, 
uma das etapas da respiração.
d) é no citoplasma que ocorre o ciclo de Krebs.
e) é ao nível da membrana interna das mitocôndrias que 
fi cam localizadas as proteínas componentes da cadeia de 
transporte de elétrons. 
3) (UEL – 2010 Específi ca) Analise o esquema da respiração 
celular em eucariotos, a seguir:
24
Biologia 1
Com base nas informações contidas no esquema e nos con-
hecimentos sobre respiração celular, considere as afirmati-
vas a seguir:
I. A glicose é totalmente degradada durante a etapa A que 
ocorre na matriz mitocondrial.
II. A etapa B ocorre no hialoplasma da célula e produz menor 
quantidade de ATP que a etapa A.
III. A etapa C ocorre nas cristas mitocondriais e produz maior 
quantidade de ATP que a etapa B.
IV. O processo anaeróbico que ocorre no hialoplasma corre-
sponde à etapa A.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
4) As mitocôndrias são consideradas as “casas de força” das 
células vivas. Tal analogia refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a) estocarem moléculas de ATP produzidas na digestão de 
alimentos.
b) produzirem ATP com utilização de energia liberada na ox-
idação de moléculas orgânicas.
c) consumirem moléculas de ATP na síntese de glicogênio 
ou de amido a partir de glicose.
d) serem capazes de absorver energia luminosa utilizada na 
síntese de ATP.
e) produzirem ATP a partir da energia liberada na síntese de 
amido ou de glicogênio.
5) Uma vez no citoplasma, a glicose participará do proces-
so de respiração celular, resultando, no fi nal, gás carbônico, 
água e liberação de energia sob a forma de ATP. Essa trans-
formação ocorre primeiramente no citoplasma e posterior-
mente no interior de uma organela citoplasmática. O nome 
da organela e a sequência completa dos acontecimentos, 
incluindo o que ocorre no citoplasma, correspondem à:
a) ribossomo, ciclo de Krebs, cadeia respiratória, glicólise.
b) complexo de Golgi, cadeia respiratória, ciclo de Krebs, 
glicólise.
c) mitocôndria, glicólise, ciclo de Krebs, cadeia respiratória.
d) lisossomo, glicólise, cadeia respiratória, ciclo de Krebs.
e) ribossomo, glicólise, fermentação, ciclo de Krebs.
6) (UEL-2014) Pode-se considerar a organização e o fun-
cionamento de uma célula eucarionte animal de modo 
análogo ao que ocorre em uma cidade. Desse modo, a 
membrana plasmática seria o perímetro urbano e o cito-
plasma, com suas organelas, o espaço urbano. Algumas 
dessas similaridades funcionais entre a cidade e a célula 
corresponderiam às vias públicas como sendo o retículo 
endoplasmático, para o transporte e a distribuição de mer-
cadorias; os supermercados como sendo o complexo de 
Golgi, responsávelpelo armazenamento de mercadorias, 
e a companhia elétrica como sendo as mitocôndrias, que 
correspondem à usina de força da cidade. Pode-se, ainda, 
considerar que a molécula de adenosina trifosfato (ATP) 
seja a moeda circulante para o comércio de mercadorias.
Assinale a alternativa que justifi ca, corretamente, a analogia de-
scrita para as mitocôndrias.
a) Absorção de energia luminosa utilizada na produção de ATP.
b) Armazenamento de ATP produzido da energia de substân-
cias inorgânicas.
c) Armazenamento de ATP produzido na digestão dos alimentos.
d) Produção de ATP a partir da oxidação de substâncias 
orgânicas.
e) Produção de ATP a partir da síntese de amido e glicogênio.
7) Explique porque geralmente sentimos tontura e “fraqueza” 
quando estamos mal alimentados.
 
 
 
 
 
8) Qual a molécula que entra na segunda etapa da respi-
ração? Quais os produtos resultantes dessa etapa? 
 
 
 
 
25
Biologia 1
GABARITO
UNIDADE 7
1) E
2) A
3) D
4) E
5) D
6) C
7) Consiste em regular a entrada e saída de substâncias na 
célula, mantendo uma composição química específica.
8) Dupla camada lipídica, na qual se movimentam moléculas 
proteicas.
UNIDADE 8
1) A
2) B
3) D
4) D
5) B
6) A
7) Através do transporte ativo ( com gasto de energia).
8) a) Em água houve aumento de peso da fatia de batata 
porque esta é hipertônica em relação à água. Assim, molécu-
las de água passarão para o interior das células da batata. 
No caso do NaCl 5M, a água da batata vai sair, pois a fatia 
de batata está em um meio hipertônico.
b) As hemácias se romperiam, pois, ao contrário das células 
da batata, elas não têm parede celular, que manteria a inte-
gridade da célula.
UNIDADE 9
1) B
2) B
3) D
4) B
5) E
6) E
7) Devido à resistência da sua parede celular.
8) Parede primária: encontrada geralmente em células jov-
ens e é mais fina. 
Parede secundária: O oposto.
UNIDADE 10
1) C
2) C
3) C
4) E
5) A
6) B
7) a) Retículo Endoplasmático Rugoso (RER). 
b) Não há enzima que processe polissacarídeos; provavel-
mente mutação do DNA, não havendo a formação da enzi-
ma. 8) O músculo morreria pois não teria energia suficiente 
para funcionar.
UNIDADE 11
1) B
2) B
3) B
4) A
5) B
6) E
7) D
8) A produção de vinho é um processo fermentativo; assim 
sendo, ocorre sem oxigênio. As leveduras que realizam a 
fermentação, sendo anaeróbias facultativas, para realizar a 
fermentação, precisam estar em um ambiente sem O2, caso 
contrário, param de realizar fermentação e realizam respi-
ração aeróbica, cujos produtos finais são CO2 e H2O.
9) O que está na estufa aumentará mais o volume do que o 
que está na geladeira, pois sua temperatura está próxima à 
temperatura ótima de funcionamento das enzimas no pro-
cesso de fermentação, liberando mais CO2.
UNIDADE 12
1) B
2) E
3) C
4) B
5) C
6) D
7) Pelo fato de não termos um “produto”, como no caso da 
glicose para realizarmos a degradação através da respiração 
celular e obtermos ATP.
8) A molécula que entra na segunda etapa da respiração é 
o Piruvato ou Ácido Pirúvico, os produtos resultantes dessa 
etapa são, NADH, FADH2, CO2 e ATP.
26
Biologia 1
27
Biologia 2
Biologia 2
38
Filo 
 aRtHRopoDa - ii
Unidade 11
29
paRasitosE CaUsaDas 
 poR NEMatoDas
Unidade 7
31
Filo 
 MollUsCa
Unidade 8
33
Filo 
 aNNEliDa
Unidade 9
35
Filo 
 aRtHRopoDa - i
Unidade 10
40
Filo 
 ECHiNoDERMata
Unidade 12
28
Biologia 2
29
Biologia 2
 BICHOGEOGRÁFICO 
Ancylostomabraziliensisé um parasita muito comum de 
cães. Todavia, sua larva pode penetrar na pele humana, onde 
provoca sensações de ardência e coceira extremamente incô-
modas. O contágio ocorre freqüentemente na areia das praias, 
onde os cães portadores da verminose defecam, ali deixando 
os ovos embrionados do parasita. A larva desse verme é conhe-
cida como larva mígrans ou “bicho geográfico”.
 ANCILOSTOMOSE OU AMARELÃO 
Ancylostomaduodenalee Necatoramericanussão dois ver-
mes muito parecidos (cerca de 1,5 cm). Os ancilóstomos pos-
suem uma espécie de boca com dentes que servem para se 
prender a mucosa intestinal, fazendo sangrar. Esses parasitas 
alimentam-se do sangue. O necátor não possui dentes, mas 
lâminas cortantes na boca, que são usadas com a mesma final-
idade. Isso provoca uma constante perda sanguínea no doente, 
que vai ficando anêmico e enfraquecido. É isso que justifica o 
nome popular de “amarelão” ou “opilação” que é dado à anci-
lostomose e à necatorese. Os ovos desses vermes são elimi-
nados nas fezes e contaminam o solo, onde liberam larvas. Es-
sas larvas têm a capacidade de penetrar pela pele dos pés das 
pessoas que andam descalças, sendo essa a principal, embora, 
não a única, via de propagação da doença. O uso de calçados 
constitui-se no melhor meio de profilaxia da ancilostomose.
Profilaxia: educação sanitária (uso de privadas com esgoto 
ou fossa negra), evitar contato das mãos e pés com o solo apro-
priado ao desenvolvimento das larvas, andar calçado.
 ENTEROBIOSE (OXIURUS) 
Enterobiusvermicularisé um dos vermes de maior dissem-
inação entre crianças, embora também ocorra em adultos. O 
oxiúro prolifera nas porções baixas do intestino grosso, de onde 
migra para o reto, nas imediações do ânus, principalmente à 
noite. No rebordo anal, a fêmea põe seus ovos. A intensa mov-
imentação dos vermes e a presença de ovos nas proximidades 
do ânus ocasionam uma irritante coceira no ânus, que identifi-
ca logo a oxiuríase. O hospedeiro coça a região anal levando às 
mãos os ovos do parasita. Se porventura os ovos forem coloca-
dos à boca, completa-se o ciclo.
ASCARIDÍASE (LOMBRIGA)
Agente etiológico (causador): Ascaris lumbricoides. O ma-
cho (cerca de 15 cm) é um pouco menor que a fêmea e tem a 
extremidade posterior curva. É um parasita do intestino delga-
do.O ciclo é oral-fecal.Contágio direto pela ingestão de água e 
alimentos contaminados com ovos do verme.
O parasita passa por um ciclo (Ciclo de Loos) no organismo 
humano, durante o qual a larva atravessa a parede do intesti-
no, cai na circulação, vai ao fígado e depois aos pulmões, onde 
evolui parcialmente. A seguir, prossegue pelos brônquios, tra-
quéia, laringe, glote, faringe, esôfago, estômago e, finalmente, 
retorna ao intestino, onde termina a evolução. A Ascaridíase 
provoca distúrbios digestivos e cólicas vagas. Só quando o 
número de vermes se torna muito grande é que surge o grave 
perigo de obstrução intestinal por novelos de áscaris.
FILARIOSE OU ELEFANTÍASE
Agente etiológico:Wuchereriabancrofti, também conhe-
cida como filaria de Bancroft, é um verme extra-intestinal, 
pois se localiza nos vasos linfáticos. A fêmea é maior que 
o macho, podendo alcançar 10 cm de comprimento. A pre-
sença do verme nos vasos linfáticos ocasiona a dificuldade 
circulatória da linfa, isto é, estase linfática. Há derrame de 
líquidos para os tecidos vizinhos, com aparecimento de 
edema (inchaço) progressivo, que pode levar aquela parte 
do corpo a dimensões desproporcionais. Partes do corpo 
como mamas, bolsa escrotal e pernas assumem tamanhos 
desproporcionais. Essa doença tornou-se

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