Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
– 50 mil anos atrás (Paleolítico – Pedra Lascada) Emprego de ferramentas de pedra com gumes afiados por lascamento, adaptando a geometria de corte à tarefa a ser EVOLUÇÃO DOS MATERIAS DE FERRAMENTA O primeiro metal surgiu quando pedras de minério de ferro foram usadas em fogueiras para aquecer as cavernas. Pelo efeito combinado do calor e da adição de carbono pela madeira carbonizada, o minério transformou-se em metal. A evolução ao longo dos séculos levou a sofisticação dos métodos de fabricação e combinações de elementos, resultando nos materiais de alto desempenho hoje disponíveis. DESCOBERTA DO METAL ELEVADA DUREZA A FRIO E A QUENTE. Ou seja, é a resistência oferecida pelo material à penetração, ao desgaste, e ao atrito. Mede-se usualmente a dureza com auxílio de penetrador que tem a forma de uma esfera/pirâmide com dimensões e cargas padronizadas. ( Brinell, Rchwell etc.) A dureza da ferramenta deve ser bem maior que a do material a ser usinado, porém, dentro de certos limites para que este não se torne muito quebradiço (frágil). EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE TENACIDADE É a capacidade que o material tem de absorver energia (deformar-se) até fraturar-se, incluindo a deformação plástica. O material deve ter uma boa tenacidade para resistir aos choques E impactos que ocorrem durante a usinagem, evitando com isso o surgimento de trincas e lascamento Da ferramenta. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE RESISTÊNCIA AO DESGASTE POR ABRASÃO Na região de contato entre a peça-ferramenta-cavaco ocorrem elevadas pressões e presença de partículas muito duras. Essas partículas, devido ao movimento relativo entre os componentes (peça-ferramenta-cavaco, penetram no material da ferramenta. Essas partículas funcionam como um abrasivo podendo ocorrer(desgaste),caso a ferramenta não possua elevada resistência. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE ESTABILIDADE QUÍMICA Na usinagem a ferramenta e a peça apresentam diferentes composições químicas e estão submetidas a elevadas temperaturas, formando assim uma condição favorável para o surgimento de reações. Estas reações caracterizam-se pela troca de elementos químicos da peça para ferramenta e vice-versa, levando ao desgaste e perdas de propriedade da ferramenta. EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA UM MATERIAL DE CORTE Custo e facilidade de obtenção. Existem materiais para ferramenta que são fáceis de fabricar e apresentam baixo custo de produção. No entanto, não apresentam todas as propriedades desejadas e por isto tem seu uso limitado, exemplo: aço ferramenta. Por outro lado, tem-se a disposição materiais com excelentes propriedades dentre as quais dureza e resistência ao desgaste, porém com elevado custo. Portanto o balanço qualidade-custo deverá ser adequado a necessidades específicas. EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS DE CORTE ● Aço ferramenta (1868) ● Aço rápido (1900) ● Stellite (1910) ● Metal duro (1926) ● Cerâmicas (1938) ● Nitreto de boro cúbico (década de 50) ● Diamante mono e policristalino (década de 70) AÇO FERRAMENTA O nome aço ferramenta se aplica a liga ferro e carbono, ou seja , um aço ao carbono. Foi o único material (aço) empregado na confecção de ferramentas de corte até 1900. Sua composição química podia variar de 0.8 a 1.5% de carbono. Após o surgimento do aço rápido seu uso reduziu-se a aplicações secundárias, tais como: Reparos, uso doméstico e de lazer. Ferramentas usadas uma única vez ou para fabricação de poucas peças. AÇO FERRAMENTA ATUALMENTE AINDA SÃO USADOS POR POSSUÍREM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: São os materiais mais baratos. Facilidade de obtenção de gumes vivos. Tratamento térmico simples. Quando bem temperado obtém-se elevada dureza e resistência ao desgaste. PRINCIPAL LIMITAÇÃO Temperatura de trabalho: até 250oC, acima desta temperatura a ferramenta perde sua dureza. AÇO FERRAMENTA PRINCIPAIS ÁREAS DE APLICAÇÃO Materiais de baixa velocidade de corte Usinagem de aços doces com Vc < 25m/min Brocas para uso doméstico – hobby - Ferramentas para carpintaria AÇO RÁPIDO High Speed Steel (HSS) O primeiro grande impulso causado nos materiais de ferramentas aconteceu na virada do século XIX, quando desenvolveram o primeiro aço rápido (HSS). Em meados de 1899, Frederick Taylor e Maunsel White, trabalhando na Bethlehem Steel, Pennsylvania, EUA, fizeram extensivos testes com os melhores aços ferramenta, aquecendo-os a temperaturas muito mais altas do que as utilizadas na indústria. Taylor elaborou estudos para determinação das velocidades e profundidades de corte da usinagem de metais. O aço rápido revolucionou a prática de usinagem naquela época, dando um grande aumento na produtividade. As velocidades de corte puderam ser aumentadas em uma ordem de grandeza: de 3 a 5 m/min com ferramentas de aço carbono para 30 a 35 m/min com os aços rápidos. Exatamente por isso, estes aços levaram este nome. O desenvolvimento de Taylor foi apresentado publicamente em 1900 na Exposição Mundial de Paris. COMPOSIÇÃO QUIMICA Taylor adicionou Elementos de Liga como; tungstênio (W), cromo (Cr) e vanádio (V) como elementos básicos de liga e pequena quantidade de manganês para evitar fragilidade. Em 1942 devido a escassez de tungstênio provocada pela guerra, este foi substituído pelo molibdênio. CARACTERÍSTICAS FAVORÁVEIS: - Temperatura limite de 520 a 600oC, ou seja, mantem sua dureza ao rubro - Maior resistência à abrasão em relação ao aço-ferrameta, ou seja, o gume de corte se mantem por mais tempo em condições de uso CARACTERÍSTICAS DESFAVORÁVEIS: - Preço elevado - Tratamento térmico complexo. AÇO RÁPIDO AÇO RÁPIDO EXISTEM DUAS CLASSIFICAÇÕES DE AÇOS RÁPIDOS Aços rápidos ao molibdênio (grupo M) com carbono na faixa de 0.75 a 1.52% e molibdênio entre 4.50 e 11.0% Aços rápidos ao tungstênio (grupo T) que tem teores similares de carbono , mas altos teores de tungstênio, entre 11,75 e 21 %. O tipo principal T-15 com 18% de tungstênio não mudou sua composição desde 1910 e era o tipo mais usado até 1940, quando foi substituído pelo molibdênio(M-2). Hoje em dia, apenas 5-12% do aço rápido usado na Europa é desse tipo e apenas 2% nos EUA. A adição de 10% de tungstênio e molibdênio no total maximiza a dureza efetiva e a resistência do aço rápido e mantém essas propriedades sob altas temperaturas geradas quando se corta metal. AÇO RÁPIDO COMPOSIÇÃO QUÍMICA USUAL : ( 5 a 7% formam carbonetos ) 0,6 a 1,6% C 4% Cr 7 a 10% W 85 a 89% Fe 4 a 5% Mo 0,9 a 3% V DESIGNAÇÃO: HS + % W - Mo - V - Co (ex.: HS 10-4-3-10). AÇO RÁPIDO SÃO SUBDIVIDIDOS EM 4 GRUPOS, SEGUNDO O TEOR DE W E Mo AÇO RÁPIDO – Grupo 1 ● Alto teor de W (até 18%) ● Bom revenimento ● Empregado para desbaste de aço e ferro fundido – Grupo 2 ● Teores de W de até 12% ● Crescente teor de V ● Revenimento um pouco pior que grupo 1 ● Empregado para acabamento de materiais ferrosos e na usinagem de materiais não-ferrosos ● Para ferramentas com forma complexa (boa maleabilidade e tenacidade) – Grupos 3 e 4 ● W + Mo (Mo substitui W) ● Possui tenacidade muito boa ● Empregado para todos tipos de ferramentas AÇO RÁPIDO INFLUENCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA ●Tungstênio (W) – Formador de carbonetos – Melhorarevenimento – Melhora resistência ao desgaste ●Molibdênio (Mo) – Melhoratemperabilidade – Melhora tenacidade – Substitui W Vanádio (V) – Formador de carbonetos – Melhora resistência ao desgaste (resist. A quente) – Usado para acabamento Cobalto (Co) – Eleva temperatura de sensibilização a quente – Melhora dureza a quente – Melhor solubilidade de carbonetos AÇO RÁPIDO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Tem grande capacidade de usinar metais com velocidades de corte superiores às dos aços carbono de baixa e média liga. - A dureza destes aços não se altera com o aumento da temperatura em serviço. Tem boa estabilidade dimensional e boa tenacidade. MICROESTRUTURA São fornecidos normalmente recozidos, com microestrutura de carbonetos esferoidizados dispersos em matriz ferrítica. Para a sua utilização há necessidade de temperá-los e a microestrutura é composta de carbonetos complexos em matriz martensítica. AÇO RÁPIDO ÁREAS DE APLICAÇÃO Ferramentas para todas as operações de usinagem Ferramentas para desbaste e acabamento Machos e cossinetes de roscas Brocas helicoidais Alargadores Fresas de todos os tipos Ferramentas de plainar Escareadores Ferramentas para trabalho a frio Ferramentas para trabalho em madeira - outras. AÇO RÁPIDO AÇO RÁPIDO COM COBALTO O aço rápido ao cobalto, denominado de aço super-rápido, apareceram pela primeira vez em 1921. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS Maior dureza a quente Maior resistência ao desgaste - Porém apresentam menor tenacidade. AÇO RÁPIDO AÇO RÁPIDO REVESTIDO Para aumentar a vida útil do aço rápido, as ferramentas são às vezes revestidas por uma camada de outro metal. Um exemplo é o TiN (Nitreto de Titâneo). A maioria dos revestimentos geralmente aumenta a dureza torna a ferramenta mais lisa. O revestimento permite a ponta da ferramenta cortar facilmente o material sem que partes deste fiquem incrustadas (presas) à ferramenta. O revestimento também ajuda a diminuir a temperatura associada ao processo de corte e aumenta a vida da ferramenta. LIGAS FUNDIDAS CARACTERÍSTICAS COMPOSIÇÃO TÍPICA: 3% Fe, 17% W, 33% Cr, ➔ 44% Co Resistem a temperatura entre aproximadamente 700 a 800°C Tratamento térmico complexo Preço elevado Nomes comerciais: Stellite, Tantung, Rexalloy e Chromalloy Áreas de aplicação das Ligas Fundidas - Raro em ferramentas para usinagem de geometria definida - Material para abrasivos - Isoladores térmicos, isoladores elétricos - Fundição de materiais cerâmicos - outros METAL DURO METAL DURO (Carbonetos Sinterizados) surgiram em 1927 com o nome de widia (wie diamant - como diamante), com uma composição de 81% de tungstênio, 6% de carbono e 13% de cobalto. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS Elevada dureza Elevada resistência à compressão Elevada resistência ao desgaste a quente Possibilidade de obter com facilidade propriedades distintas nos metais duros pela mudança específica dos carbonetos e das proporções do ligante. METAL DURO O metal duro é composto basicamente por carbonetos e cobalto responsáveis pela dureza e tenacidade, respectivamente. Neste caso o cobalto funciona como ligante, podemos usar também Níquel como ligante. O tamanho das partículas varia entre 1 e 10 microns e compreende geralmente 60 à 95% da porção de volume. As primeiras ferramentas eram compostas unicamente de carbonetos de tungstênio (WC) e cobalto, eram adequadas para a usinagem de ferro fundido, porém durante a usinagem do aço havia formação de cratera na face da ferramenta devido a fenômenos de difusão e dissolução ocorridos entre o cavaco da peça e a face da ferramenta. Para solucionar tais problemas, começou-se a acrescentar outros carbonetos (TiC, TaC e NbC) que conferem as seguintes características: TiC (Carbonetos de Titânio): Pouca tendência à difusão, resultando na alta resistência dos metais duros; redução da resistência interna e dos cantos. TaC (Carbonetos de Tântalo) e NbC (Carboneto de Nióbio) :Em pequenas quantidades atuam na diminuição do tamanho dos grãos, melhorando a tenacidade e a resistência dos cantos. METAL DURO AS PROPRIEDADES DO METAL DURO SÃO DETERMINADAS POR: Tipo e tamanho das partículas Tipo e propriedades dos ligantes Técnica de manufatura Quantidade de elemento de liga. α = Carbonetos de Tungstênio β = Cobalto ϒ = Carbonetos de Titânio, Tântalo, Nióbio etc METAL DURO PROPRIEDADES DOS COMPONENTES DO METAL DURO CARBONETO DE TUNGSTÊNIO (WC) - Solúvel em Co alta resistência de ligação interna e de gume - Boa resistência ao desgaste abrasivo (melhor que TiC e TaC) - Limitações de vc’s devido à tendência à difusão em temperaturas Elevadas CARBONETO DE TITÂNIO (TiC) - Baixa tendência à difusão - Boa resistência à quente - Pequena resistência de ligação interna baixa reistência de gume - Os metais duros com alto teor de TiC são frágeis CARBONETO DE NIÓBIO (NbC) - Em pequenas quantidades refino do grão proporciona um aumento de tenacidade e da resistência do gume - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC METAL DURO PROPRIEDADES DOS COMPONENTES DO METAL DURO CARBONETO DE TÂNTALO (TaC) - Em pequenas quantidades refino do grão proporciona um aumento de tenacidade e de resistência do gume - A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC NITRETO DE TITÂNIO (TiN) - Componente de maior influência nas propriedades dos Cermets - Menor solubilidade no aço - Maior resistência à difusão que o TiC - Alta resistência ao desgaste - Estrutura de grãos finos COBALTO (Co) - Melhor metal de ligação para metais duros com base em WC - Boa solubilidade do WC - Bom ancoramento dos cristais de WC METAL DURO PRODUÇÃO DAS PASTILHA : As pastilhas são produzidas pelo processo conhecido como metalurgia do pó. Os componentes químicos que irão compor a liga são moído, misturados, prensados no formato desejado e calcinados em fornos com temperatura controlada. Podem após esse processo receber um tratamento superficial ou não ( Revestimento METAL DURO PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A ESCOLHA DA PASTILHA: Material da peça Operação Condições de usinagem METAL DURO ESCOLHA DA PASTILHA EM FUNÇÃO DO MATERIAL DA PEÇA: METAL DURO ESCOLHA DA PASTILHA ERM FUNÇÃO DA OPERAÇÃO METAL DURO ESCOLHA DA PASTILHA EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USINAGEM: METAL DURO Classificação dos Metais Duros – Grupo P ● Alta resistência a quente ● Pequeno desgaste abrasivo ● Empregado para usinagem de aços com cavacos longos – Grupo M ● Média resistência a quente ● Média resistência à abrasão ● Para aços resistentes a altas temperaturas, aço inoxidável, aços resistentes à corrosão, FoFo... – Grupo K ● Pouca resistência a quente ● Alta resistência ao desgaste ● Usinagem de materiais com cavacos curtos, Fofo, metais não ferrosos,materiais não metálicos (pedra, madeira, ...) materiais com boa resistência a quente, ... ● Compostos praticamente somente por WC e Co (pequenas quantidades de TiC, TaC e NbC) METAL DURO ( Cermet ) Cermet é um material compósito formado por Cerâmica e Metal. O mesmo foi projetado para ter as propriedades ideais tanto de um material cerâmico como resistência a altas temperaturas e dureza, e também as propriedades de um metal como capacidade de sofrer deformação plástica. É um metal duro a base de titânio, ou seja, seus principais componentes são Carbeto de Ti, Nitreto de Ti e o chamado Carbeto relacionado de Ti. O metal é usado como um ligante para um óxido, boreto, carbeto ou alumina. Geralmente, os elementos metálicos utilizados são níquel, molibdênio e cobalto. Os cermets são obtidos pela metalurgia do pó e podem ser constituídos principalmente de carbonetos e nitretos de titânio (TiC; TiN) utilizando, quase sempre, o níquel (Ni) como elemento ligante Esse nome Cermet foi dado pela Força Aérea dos Estados Unidos, é a combinação de dois materiais, um metal e um cerâmico. O primeiro materal feito de Cermet foi usado óxido do magnésio (MgO), Óxido do berílio (BeO), e óxido de alumínio (Al2O3). A ênfase em forças elevadas da ruptura era em torno de 980°C. (TINKLEPAUGH). METAL DURO ( Cermet ) VANTAGENS Baixa tendência à formação de gume postiço; Boa resistência à corrosão; Resistência à temperatura elevada; Alta estabilidade química; Superior resistência ao desgaste e à formação de crateras, é capaz de usinar a altas velocidades; Baixa afinidade com a peça usinada, capaz de obter acabamento espelhado. METAL DURO ( Cermet ) CARACTERISTICAS DOS CERMETS METAL DURO ( Cermet ) VANTAGENS Baixa tendência à formação de aresta postiça de corte, resistência à temperatura elevada, alta estabilidade química. Nota-se uma maior dureza apresentada pelo Cermet, garantida pela maior dureza do TiC em relação ao WC, garantindo uma maior resistência ao desgaste ou maiores velocidades de corte para os Cermets. O Cermet apresenta também temperatura mais alta de oxidação que o metal duro. A oxidação pode ser um forte acelerador de desgaste, diminuindo assim o tempo de vida útil da ferramenta de corte. Seu padrão de desgaste autoafiante mantém as forças de corte baixas mesmo após longos períodos em corte. Em operações de acabamento, isto permite uma vida útil mais longa da ferramenta e tolerâncias estreitas, resultando em superfícies brilhantes. METAL DURO ( Cermet ) DESVANTAGENS Alguns pontos fracos do Cermet estão nas propriedades térmicas. Devido à baixa condutividade térmica e ao alto coeficiente de dilatação, o Cermet tem baixo coeficiente de resistência ao choque térmico, sendo eficiente então: Apenas em baixos avanços; Pequenas profundidades de corte; Altas velocidades (operações de acabamento) na usinagem de materiais ferrosos. METAL DURO ( Cermet ) APLICAÇÕES Próprio para acabamento de aços com alta velocidade de corte e pequena seção transversal de corte, como por exemplo: usinagem de ferro fundido de dureza Brinell superior a HB 235 e aços de dureza HRC de 34 até 66. O Cermet é um material de ferramenta para operações de acabamento, onde a estabilidade dimensional e de acabamento superficial são as principais exigências (Sandvik, 2001). Os Cermets são projetados para aços maleáveis, como os de baixo carbono, que formam cavacos longos e têm tendência à formação de aresta postiça, e para ferro fundido e aço inoxidável. (Sandvik, 2001). Cermets podem também ser aplicados para solução de problemas em todos os materiais ferrosos. METAL DURO ( Cermet ) CONCLUSÃO Todas essas melhorias levaram a um cermet como ferramenta de corte ideal para usuários que necessitam de uma velocidade superior em seus torneamentos. Em uma operação de alta velocidade, o atrito entre a inserção e a peça pode elevar a temperatura para 1000º C (BIAGIOTTI). O Cermet deve a sua elevada dureza a quente para o componente principal de suas partículas duras, o TiC. Em temperaturas elevadas, a dureza do composto TiC é comparável a qualquer carboneto, nitreto ou óxido usado em ferramentas de corte (BIAGIOTTI). A velocidade não é a única razão para que os usuários utilizem os cermets, no entanto, as pastilhas também podem ser usadas para produzir acabamentos espelhados. CERÂMICAS DE CORTE GENERALIDADES - Alta resistência à compressão - Alta estabilidade química Limitações na aplicação devido ao comportamento frágil e à dispersão das propriedades de resistência mecânica - Indispensável em áreas como fabricação de discos de freio - Empregada na usinagem de aços e ferros fundidos - Altas velocidades de corte, altas potências de acionamento - Exigem máquinas rígidas e proteção ao operador CERÂMICAS DE CORTE PROPRIEDADES - Resistentes à corrosão e às altas temperaturas - Elevada estabilidade química (boa resistência ao desgaste) - Resistência à compressão - Materiais não-metálicos e inorgânicos - Ligação química de metais com não metais - Podem ser óxidas ou não óxidas CERÂMICAS DE CORTE Cerâmicas óxidas à base de Al2 O3 Surgiram a partir do final dos anos 30 Tradicional – cerâmica branca Percentual de Al2 O3 maior que 90% (cor branca) Al2 O3 + óxido de zircônio finamente distribuído Desbaste e acabamento de FoFo cinzento, aços cementados, aços temperados e extrudados Apresentam alta dureza a quente Têm pouca resistência à flexão Extremamente sensíveis a choques térmicos (usinagem a seco) - Empregadas em ferros fundidos e aços de alta resistência CERÂMICAS DE CORTE CERÂMICAS ÓXIDAS MISTAS Teor de Al2O3 menor que 90% (cor escura) Contém de 5 a 40% de TiC e/ou TiN Mais tenaz que cerâmica óxida e com maior resistência de canto e gume Mais dura e mais resistente à abrasão que cerâmica óxida Mais resiste a variações de temperatura que cerâmica óxida Grãos finos => melhor tenacide, resistência ao desgaste e resistência de quina Maior dureza que as óxidas, maior resistência a choques térmicos Torneamento e fresamento leves de FoFo cinzento - Usinagem de aços cementados e temperados CERÂMICAS DE CORTE CERÂMICAS ÓXIDAS REFORÇADAS COM WHISKERS Whiskers – cristais unitários em forma de agulhas com baixo grau de imperfeição no retículo cristalino A base de Al2O3 com aproximadamente 20 até 40% de whiskers de carboneto de silício (SiC) Objetivo de melhorar as propriedades de tenacidade (aumento de 60%). - Boa resistência a choques térmicos - corte com fluidos CERÂMICAS DE CORTE DUREZA A QUENTE DE DIVESOS MATERIAIS DE FERRAMENTAPROPRIEDADES CERÂMICAS DE CORTE NÃO OXIDAS São cerâmicas a base de carbonetos, nitretos, boretos, silicatos, etc. ● Principalmente a base de Si3N4 ● Maior tenacidade e resistência a choques térmicos quando comparadas às cerâmicas óxidas; ● Elevada dureza a quente e resistência ao calor - Usinagem do Ferro Fundido Cinzento - Torneamento de discos de freio - Desbaste de ligas à base de níquel (grupos II e III) - Possuem alta afinidade com ferro e oxigênio (desgastam-se rapidamente na usinagem de aço) - Desgaste na superfície de saída; - Gume de corte com tendência ao arredondamento CERÂMICAS DE CORTE NÃO OXIDAS DIVISÃO EM RELAÇÃO À COMPOSIÇÃO QUÍMICA I: Nitreto de silício + materiais de sinterização II: Nitreto de Silício + fases cristalinas + materiais de sinterização Sialone - o Si3N4 pode conter até 60 % de Al2 O3 na mistura sólida III: Nitreto de silício + materiais duros + materiais de sinterização. Si3N4 com propriedades influenciadas por materiais como TiN,TiC, óxido de zircônio e whisker - SiC MATERIAIS DE CORTE SUPER DURO ● Nitreto de Boro Cúbico – CBN ● Diamante ● Nitreto de Boro NITRETO DE BORO – CBN CBN CBN Forma mole - hexagonal (mesma estrutura cristalina do grafite) Forma dura - cúbica (mesma estrutura do diamante) Wurtzita - simetria hexagonal (arranjo atômico diferente do grafite) Fabricação de Nitreto de boro hexagonal através de reação de halogêneos de boro com amoníaco - Transformação em nitreto de boro cúbico através de altas pressões temperaturas NITRETO DE BORO – CBN CARACTERÍSITICAS Segundo material de maior dureza conhecido Obtido sinteticamente (primeira síntese em 1957), com transformação de estrutura hexagonal para cúbica (pressão + temperatura) Quimicamente mais estável que o diamante (até 2000 graus) Grupos de ferramentas: ● CBN + fase ligante (PCBN com alto teor de CBN); ● CBN + carbonetos (TiC + fase ligante); ● CBN + HBN + fase ligante (maior tenacidade). NITRETO DE BORO – CBN CAMPO DE APLICAÇÕES ● Aços temperados com dureza > 45 HRC: – Torneamento, fresamento, furação ● Aço-rápido (ferramentas de corte) ● Aços resistentes a altas temperaturas ● Ligas duras (Ni, Co, ...) ● Emprego em operações severas (corte interrompido), tanto quanto em operações de desbaste e acabamento. – Usinagem com ferramentas de geometria não-definida: DIAMANTE ➔ Caracterísiticas ● Material de maior dureza encontrado na natureza ● Pode ser natural ou sintético ● Monocristalino (anisotrópico) ou policristalino (isotrópico) – Diamante policristalino ● Primeira síntese em 1954 (GE) ● Síntese sob 60 a 70 kbar, 1400 a 2000 graus C ● Cobalto é usado como ligante ● Substitui metal-duro e diamante monocristalino, em alguns casos DIAMANTE FORMAS DE UTILIZAÇÃO Policristalino PKD - aglomerado de diamantes Monocristalino - Revestimento DIAMANTE CAMPO DE APLICAÇÃO ● Usinagem de ferro e aço não é possível (afinidade Fe-C) ● Usinagem de metais não ferrosos, plásticos, madeira, pedra, borracha, etc. ● Usinagem de precisão e ultraprecisão ● Emprego de altas velocidades de corte ● Tempos de vida de até 80 vezes maior que os das ferramentas de metal duro
Compartilhar