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Atividade Financeira do Estado - Direito Financeiro e Tributário

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Curso: Direito Aula n.º 01
Disciplina: Direito Tributário I
Tema: A atividade financeira do Estado
Faculdade Estácio de Sá
Prof. Rogério Correia
ROTEIRO DE AULA
I - Direito Financeiro
É o ramo do direito que tem por objeto o conjunto de normas que regulam a atividade financeira do Estado. Isto é, visa estudar a regulamentação das diversas formas que o Estado e seus organismos se valem para obter e utilizar as riquezas necessárias para a consecução dos seus objetivos.
Alguns autores refutam a ideai de autonomia do direito financeiro, considerando este apenas como uma subárea do direito administrativo. Não obstante, a doutrina majoritária reconhece a autonomia do direito financeiro, tendo em vista que goza de elementos e princípios próprios que permitem uma sistematização normativa.
O direito financeiro regulamenta quatro elementos da atividade de cada ente federado, sendo eles: receita, despesa, orçamento e crédito público.
- Fontes do Direito Financeiro
Constituição Federal – art. 163 a 169 e 192
Lei 4.320/1964
Lei Complementar 101/2000 (lei de responsabilidade fiscal)
O art. 24 da CRFB/88 preceitua que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre normas de direito financeiro.
Embora o referido dispositivo não faça menção ao Município, tem-se entendido que tal competência concorrente a ele se estende, tendo em vista que a própria Constituição atribui competência aos Municípios para legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual, no que couber. Assim, gozando os Municípios de autonomia financeira, há de se reconhecer também a competência concorrente para legislar sobre direito financeiro, desde que não viole legislação federal e estadual sobre o tema.
II - Despesa Pública
- Conceito 
A despesa pública é a soma dos gastos em dinheiro feitos pelo Estado para a realização do interesse público, incluindo o gasto com a máquina administrativa, obras e serviços públicos.
Trata-se de uma decisão política: o administrador elabora um plano de ação, descreve-o no orçamento, aponta os meios disponíveis para seu atendimento e efetua o gasto.
- Classificação das despesas – art. 13 da lei 4.320/64
Despesas correntes: são os gastos usuais para a manutenção da máquina administrativa, incluindo os da administração Indireta. Elas se subdividem em:
Despesas de custeio: pessoal civil, militar, material de consumo, serviços de terceiros e encargos diversos;
Transferências correntes: subvenções sociais e econômicas, inativos, pensionistas, salário família e abono familiar, juros da dívida pública, contribuições de previdência social e diversas;
Despesas de capital: são aquelas que contribuem para a formação e aquisição de um bem de capital, ou seja, que têm por finalidade o custo do aumento do patrimônio público.
Investimentos: obras, serviços em regime de programação especial, equipamentos e instalações, material permanente, participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou agrícolas; 
Inversões financeiras: aquisição de imóveis, participação em aumento ou constituição de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras, aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento, constituição de fundos rotativos, concessão de empréstimos e diversos; 
Transferências de capital: amortização da dívida pública, auxílios para obras públicas, auxílios para equipamentos e instalações, auxílios para inversões financeiras e outras contribuições.
- Requisitos para a despesa
Necessidade de prévia autorização do poder legislativo;
Necessidade de licitação pública (art. 37, XXI, da CF);
Todas as despesas devem ser documentadas;
2.3.1 - Processamento das despesas:
1. fase. Fixação da despesa: constitui no valor total da despesa previsto na LOA. É a dotação orçamentária inicial;
2.º fase. Programação da despesa (art. 8.º da LC 101/2000)
3.º fase. Empenho: ato emanado da autoridade administrativa que confirma a relação jurídica com o contratado, criando para o Estado a obrigação de pagamento pendente ou não de implemento ou condição.
4.º fase. Liquidação da despesa: verificação do implemento da obrigação
5.º fase. Ordem de pagamento: autorização de pagamento
6.° fase: Pagamento.
- Geração da despesa
Observância do Art. 16 da LC 101/2000
- Despesa obrigatória de caráter continuado
“Despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios” (art. 17 da LC 101/2000).
2.5 - Regras de despesas com pessoal 
Definição de despesas de pessoal (art. 18)
Definição dos percentuais por ente federado (art. 19)
Definição de despesas por órgãos (art. 20)
Definição de receita corrente líquida (art. 2.º, IV)
O que se veda é a nomeação (ato concreto que cria a despesa), não a criação de cargos.
Medidas de redução com gastos de pessoal: 169, § 3.º e 4.º, da CF
Sanção pelo descumprimento das medidas de redução das despesas com pessoal: art. 169, § 2.º da CF.
Vedação de aumento de despesa com pessoal nos últimos 180 dias anteriores ao final do mandato de respectivo poder ou órgão (art. 21, § único).
Verificação do cumprimento dos limites previstos nos arts. 19 e 20 será feita no final de cada quadrimestre. (art. 22)
2.6 - Despesas com seguridade social
Impossibilidade de criação, majoração ou extensão de benefício relativo à seguridade social sem indicação da fonte de custeio total (Art. 195, § 5.º, da CF e Art. 24 da LC 101/2000.

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