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Neoconstitucionalismo Marco Histórico O marco histórico do novo direito constitucional foi a constituição de 1988 e o processo de redemocratização. A principal referencia no desenvolvimento do constitucionalismo é a Lei Fundamental de Bonn – Constituição Alemã – 1949, - e a criação do Tribunal Constitucional Federal, instalado em 1951, a partir disso teve inicio uma grande produção teórica e jurisprudencial, que foi responsável pela ascensão cientifica da cátedra. A segunda referencia foi a constituição da Itália, de 1947, e logo após a criação da Corte Constitucional em 1956. No Brasil, a Constituição promoveu a travessia do Estado Brasileiro de um regime autoritário, para um Estado democrático de direito. Marco Filosófico O marco filosófico do direito constitucional é o pós-positivismo, a caracterização encontra-se na junção de duas correntes de pensamento que apresentam exemplos opostos para o Direito: O Jusnaturalismo (Direito Natural) Positivismo. São opostos, mas singularmente se complementam. O Jusnaturalismo aproximou a lei da razão e transformou-se na filosofia natural do Direito, fundado em princípios de justiça universalmente validos, foi o combustível das revoluções liberais e chegou ao auge com as constituições escritas e as codificações. O Jusnaturalismo era considerado METAFÍSICO E ANTI-CIENTIFICO. Em busca da objetividade cientifica o POSITIVISMO equiparou o Direito à Lei, afastou-o da filosofia e de discussões como legitimidade e justiça e também dominou o pensamento jurídico da primeira metade do século XX. Perdeu a dominância após a derrota do fascismo e do nazismo. A superação histórica do jusnaturalismo e o fracasso político do positivismo abriram caminho para um conjunto amplo e ainda inacabado de reflexões do direitro. O Pós-positivismo busca ir alem da legalidade estrita, procura empreender uma leitura moral do Direito, mas sem se basear na metafísica. A interpretação e a aplicação do ordenamento jurídico são subsidiadas por uma teoria de justiça. Marco Teórico No plano teórico, 3 grandes transformações trouxeram a tona o conhecimento relativo à aplicação do direito constitucional: O reconhecimento da força normativa à Constituição A expansão da jurisdição constitucional O desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional A força normativa da Constituição Atribuição à norma constitucional o status de norma jurídica, antes disso a concretização de propostas parlamentares ficava condicionada a discricionariedade do administrador. Ao judiciário não se reconhecia o papel relevante na realização do conteúdo da Constituição. Esse quadro começou a ser alterado após a 2º Guerra Mundial e atualmente passou a ser premissa do estudo da CF o reconhecimento de sua força normativa, do caráter vinculado e obrigatório de suas disposições. As normas constitucionais são dotadas de IMPERATIVIDADE, atributo de todas as normas jurídicas. O debate sobre a força normativa da CF chegou ao Brasil ao longo da década de 80. A expansão da jurisdição Constitucional Antes de 1945 vigorava na Europa o modelo de supremacia do poder legislativo, na linha da doutrina inglesa de soberania do Parlamento e na concepção francesa da lei como expressão da vontade geral. No final da década de 40, surge um novo modelo inspirado pela experiência americana: a supremacia da Constituição, onde os direitos fundamentais eram constitucionalizados e ficavam imunizados em relação aos processos políticos majoritários, e sua devida proteção era função do judiciário. A partir daí, foram surgindo tribunais constitucionais pela Europa. No Brasil o controle de constitucionalidade existe desde a primeira constituição republicana de 1891 – denominada ação genérica. A nova interpretação Constitucional As especificidades das normas constitucionais levaram a doutrina e a jurisprudência, já de muitos anos, a desenvolver ou sistematizar um elenco próprio de princípios aplicáveis à interpretação constitucional. São eles: O da supremacia da CF Presunção de constitucionalidade das normas e atos do poder publico Da interpretação conforme a constituição Da unidade Razoabilidade e o da Efetividade A interpretação jurídica tradicional desenvolveu-se sobre duas premissas: i; Quanto ao papel da Norma, ii; Quanto ao papel do juiz.
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