Classicismo e o Quinhentismo portugues

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O CLASSICISMO PORTUGUES
Surgiu durante o renascimento, na Itália, estendendo-se depois aos demais países da Europa.
 Característica do Classicismo: É a reprodução dos exemplos da antiguidade clássica greco-romana. A literatura dessa época distinguiu-se pela retomada da mitologia pagã e pela perfeição estética, marcada pela pureza de formas, na poesia vê-se: soneto, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia. Autores do classicismo: Luís Vaz de Camões. Camões é tradicionalmente considerado o maior poeta lírico português. Sua poesia é marcada por uma dualidade: ora são textos de nítida herança da tradicional poesia portuguesa, escritos em redondilhas, ora são poesias perfeitamente enquadradas no estilo novo do Renascimento, como é o caso de seus belíssimos sonetos.
Merecem destaque: 1- O Amor: Ora visto como ideia, ora como manifestação de carnal idade. 2- O amor é concebido de forma idealizada, recorrendo o poeta á constante adjetivação para descrever sua amada. 3- O Desconcerto do mundo: Esse foi um dos temas que mais perturbaram o poeta português, manifestando-se em poemas sobre as injustiças, a recompensa aos maus e o castigo aos bons, sobre a ambição e a inútil tentativa de guardar bens; sobre os sofrimentos constantes que aniquilam as prováveis conquistas; enfim, sobre o conflito violento entre o ser e o dever ser. A estrutura de OS LUSIADAS os dez cantos que formam o poema estão distribuídos em cinco partes, como se verifica em todas as epopeias clássicas. São elas: - Proposição: é a apresentação do poema. - Invocação: o poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do rio Tejo, para que lhe deem um “engenho ardente” e “um som alto e sublimado, um estilo grandíloquo”, ou seja, o absoluto domínio da arte poética. -Dedicatória: o poema é dedicado a D. Sebastião, rei de Portugal à época da publicação do poema. - Narração: é a longa parte narrativa, em que o poeta desenvolve o tema contando os episódios da viagem de Vasco da Gama e a história de Portugal. Na narrativa, desempenha papel fundamental a mitologia. Ao longo de dois cantos, CAMÕES utiliza como pretexto uma visita de Vasco da Gama ao rei de Melinde para contar a historia de Portugal desde a fundação até o governo de D. Manuel.
O QUINHENTISMO BRASILEIRO
A carta ao rei DOM MANUEL sobre a descoberta do Brasil, de Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, pode ser analisada do marco inicial da história da literatura brasileira. É indiscutível o fato de a carta refletir uma visão de mundo do homem português, o que bastaria para colocá-la como mais um texto-documento da literatura portuguesa ligada à expansão ultramarina. E é justamente essa visão de mundo do homem europeu que vai dominar, com maior ou menor intensidade, os três primeiros séculos de nossa literatura, em que o Brasil é colocado na condição de “objeto de uma cultura, o outro em relação á Metrópole”. Só a partir do século XIX, com o Romantismo, encontraremos manifestações literárias genuinamente nacionais. A preocupação com a conquista espiritual, a necessidade de ampliar a fé cristã, resultante do movimento religioso da contra reforma. Essas preocupações determinaram as duas manifestações literárias do quinhentismo brasileiro: A literatura informativa, com os olhos voltados a conquista material. Ex: ouro, prata, ferro, madeira, etc. A literatura dos jesuítas, voltada à catequese. O Quinhentismo Brasileiro, isto é, o conjunto de manifestações dos anos de 1500(séc. -XVI), retrata mais do que qualquer outro período, a condição colonial do Brasil com sua terra e população vistas como objetos a serem conquistados. A literatura é feita no Brasil, fala do Brasil, mas reflete a visão de mundo, as ambições, as intenções do homem europeu, particularmente do ibérico, que manifesta duas preocupações distintas: A preocupação com a conquista material resultante da política das Grandes Navegações.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinhentismo
http://www.infoescola.com/literatura/classicismo/
http://www.mundovestibular.com.br/articles/5283/1/Classicismo/Paacutegina1.html