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6 Plano de Aula 6

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL - CCJ0042
Semana Aula: 6
Dos Direitos do Advogado: parte II.
Tema
Das prerrogativas da advocacia
Palavras-chave
Prerrogativas. Desagravo. Imunidade penal.
Objetivos
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
Identificar o rol de prerrogativas da advocacia.
Identificar a imunidade penal para os crimes de injuria e difamação.
Estrutura de Conteúdo
Art. 7º, X, EOAB: uso palavra oral para esclarecimentos e reclamações – a intervenção 
extraordinária (dever de diligência).
Usar a palavra pela ordem; Replicar.
Art. 7º, XI e XII, EOAB: direito à reclamação e a ausência de forma específica para seu 
exercício profissional, podendo fazê-lo sentado ou em pé.
Em juízo, tribunal, órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou Poder 
Judiciário.
Art. 7º, XIII ao XV, EOAB: acesso aos autos de processos judiciais ou administrativos 
findos ou em andamento.
• Direito de vista (pressupõe procuração)
• Direito de exame (prerrogativa de todos os advogados)
• Direito de retirada de autos findos
Compete ao Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção – art. 15 do RG.
As providências devem ser judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o 
império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive, mediante representação administrativa.
O que significa direito de examinar?
Entende-se por exame dos autos, o direito irrestrito do advogado, mesmo sem 
procuração, salvo as exceções previstas em lei. 
O que significa direito de vistar?
Entende-se por exame de vistar, o direito do advogado constituído nos autos retirá-los do 
cartório, secretaria ou repartição para realizar ato advocatício.
Importa acrescentar que é direito do Advogado o exame doa autos em cartório ou 
secretaria, bem como requerer vista, como procurador, pelo prazo legal.
Quando um advogado tem o direito de vista SEM procuração?
STF: Constitui direito do advogado, assegurado por lei, receber os autos dos processos 
judiciais ou administrativos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias, quando se 
tratar de autos findos (RT, 678:194).
E o inquérito policial?
No que concerne aos Inquéritos policiais, os advogados poderão analisá-los mesmo sem 
prova do mandato judicial, ainda que findos, em andamento ou conclusão, podendo 
copiar peças. Observa-se que a exigência de sigilação no inquérito policial se limita à 
coleta de provas, não significa que o advogado deva ficar impedido de ter acesso às peças 
escritas do inquérito (art. 9° do CPP), nem de estar presente em interrogatório de 
indiciado, de testemunhas etc. A autoridade policial não tem competência para decretar 
sigilo. Caberá Mandado de Segurança contra autoridade coatora. 
Art. 7°§ 1º, EOAB - Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1 - aos processos sob regime de segredo de justiça;
2 - quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer 
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou 
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, 
mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3 - até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os 
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
O art. 93, inciso IX da CR/88, alterado pela EC 45/2004, estabeleceu que a lei pode 
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados ou 
somente a estes.
 
Art. 7º, XVII e § 5º, EOAB: Ser desagravado quando ofendido no exercício da profissão 
(c/c art. 18 do RGOAB).
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em 
razão dela;
§ 5º - No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou 
função de órgão da OAB, o Conselho competente deve promover o desagravo público do 
ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
O desagravo público é o procedimento formal com o objetivo de registrar o repúdio 
coletivo ao ofensor. O desagravo não depende nem é prejudicado por processo criminal 
que o advogado ofendido ajuíze contra o ofensor.
Art. 18, RG. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do 
exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público 
promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa.
Art. 19, RG. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de 
Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no 
exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir 
de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 
deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na 
sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
Qual a comissão que aprecia ofensa relativa ao exercício da atividade da advocacia 
ou de cargo ou função na OAB?
Comissão de Direitos e Prerrogativas do Conselho Seccional
Quando o desagravo público é promovido pelo Conselho Federal?
Conselheiro Federal
Presidente do Conselho Seccional
Relevância e grave violação às prerrogativas profissionais.
Art. 7º, XIX, EOAB: Recusar-se a depor como testemunha – Sigilo profissional –
direito-dever;
 Fatos conhecidos em razão da profissão de advogado;
 Inexiste tal direito em relação a fatos notórios, fatos de conhecimento público, 
fatos provados em juízo e a documentos autênticos ou autenticados.
 Revelar sigilo configura infração disciplinar punível com censura – art. 36, I, 
EOAB e crime punível com detenção – art. 154, CP.
Art. 7º, XX, EOAB: Retirada do recinto - Retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão após 30 minutos de espera, desde que a autoridade não tenha 
comparecido (ausência efetiva do juiz). Não se aplica a regra quando o juiz estiver 
presente e o retardamento se der em virtude de atrasos ou prolongamentos de audiências 
imediatamente anteriores (LÔBO, 2009).
Art. 7º, § 2º, EOAB:
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou 
(desacato) puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em 
juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos 
que cometer.
• Calúnia: imputação falsa de um crime.
• Injúria: ofensa à dignidade.
• Difamação: ofensa à reputação.
• Desacato: ofensa à autoridade pública.
Veja-se que a imunidade profissional do advogado não se estende ao crime de 
calúnia. Agiu acertadamente o legislador. No exercício da sua relevante função, o 
causídico pode, se necessário, injuriar ou difamar outra pessoa, mas não há razão 
nenhuma para permitir a calúnia. Nenhuma linha de atuação profissional depende da 
imputação falsa de crime a outrem para desenrolar-se com qualidade e competência 
(MASSON, 2011, 190).
Informativo 427, STF
“Em relação ao § 2º do art. 7º da lei (...), julgou-se, procedente, em parte o pedido, 
vencidos os Ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, para excluir o termo 
"desacato", ao fundamento de que tal previsão cria situação de desigualdade entre o juiz e 
o advogado, retirando do primeiro a autoridade necessária à condução do processo”.
Prevalece o entendimento de que não se aplica a excludente da ilicitude àquele que 
ofende o magistrado. O julgador não é parte, e sua imparcialidade exclui qualquer 
interesse no resultado da demanda. Qualquer ato contra sua honra, portanto, deve ser 
punida (MESSON, 2011, p. 200).
Imunidade penal: manifestações, palavras e atos no exercício profissional. 
• Imunidade para os delitos de injúria (art. 140,CP) e difamação (art.139, CP);
• Os excessos serão punidos pela OAB (art. 44 e 45, CED);
• Responde criminalmente por desacato (331, CP).
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 
de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
LÔBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. 13 
de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do Estatuto da 
Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2014.
SOUZA, J. N. de ; COLNAGO, R. Ética Profissional e da Advocacia. 2. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2010
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto:
 (Adaptado do X EO-OAB) A advogada Ana Mônica solicitou, no cartório de 
determinada vara cível, examinar e extrair cópias dos autos de processo não sujeito a 
sigilo. O serventuário a quem foi feita a solicitação afirmou que Ana Mônica não havia 
juntado procuração aos autos do processo em questão e, em razão disso, apenas poderia 
ter vista dos autos no balcão e que lhe seria vedada a extração de cópias. Pergunta-se: 
1 - qual a diferença entre o direito de vistar e direito de examinar os autos findos ou em 
andamento em qualquer órgão do Judiciário, Legislativo ou Administração Pública?
2 - A postura do serventuário está de acordo com a Lei? Justifique a sua resposta.
3 - Como deverá proceder a advogada se desejar ter acesso aos autos de flagrante e de 
inquérito, sem procuração, findo ou em andamento? Justifique a sua resposta.
Considerações Adicionais

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