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Ética - CADERNO

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ÉTICA
Marta Vimercati
03.03.2020
Método avaliativo 5,5pts de prova + 4,5 pts de atividade (0,75)
Atividades aula expositiva + palestra (Rafael Câmara) 
Ponderações acerca do exame de ordem
· Quem pode prestar (art.2° do provimento 156/2013 do conselho federal da OAB): bacharel em direito (mesmo que sem colar grau) e estudante dos dois últimos semestres do curso ou último ano;
· Qual a frequência de ocorrência do exame: normalmente, 03 vezes ao ano em datas fixadas pelo Conselho Federal da OAB; realizado na mesma data/horário de Brasília; o edital é publicado minimamente 30 dias antes da prova objetiva;
· Local de prova: na localização em possui residência; local da IES em que tirou o bacharel; 
· Como são compostas as provas: 01 prova objetiva (80 questões de múltipla escolha) e 1 discursiva – prova prático-profissional
· Duração: 05 horas
· Pontuação mínima: 6 pontos na prova prática profissional (a peça vale 5)
· Disciplinas disponíveis a escolha: administrativa, penal, civil, trabalho, tributário, constitucional e empresarial.
· Consulta somente a legislação seca
· Aproveitamento da aprovação da 1ª fase para a 2ª fase, somente no próximo exame seguinte àquele em que se obteve a aprovação
10.03.2020
TEXTO DE LEI
· Estatuto da advocacia – Lei 8.906/94
· Código de ética e disciplina
· Regulamento geral do estatuto da advocacia
· Provimento
_____Unidade I – Da Advocacia
1. Origem da advocacia 
2. Atividade da advocacia
3. Organização da OAB
4. Direito do advogado
1. ORIGEM DA ADVOCACIA
· Surgiu na Grécia, mas só em Roma foi considerada profissão 
· Advogado= aquele a quem se chama, convoca, convida a sua defesa.
· Era considerado em posto de HONRA e por isso não era remunerado; com o tempo começaram a gratificar, presentear ao que se chamava HONORARIUM que vem da palavra honor honra.
· “ad vocatus”(ad = para junto, e vocatus = chamado) - O verbo “advoco”, no sentido próprio, pode ser compreendido como “chamar a si, convocar, convidar“, significa portanto, Advogado àquele a quem se chama, convoca, convida sua defesa;
· No princípio, o exercício da advocacia ERA UMA HONRA e não podia ser remunerado. Com o tempo, o patrocínio da causa foi sendo gratificado pelos beneficiados, que vendo a honrada atuação de seus causídicos, a eles ofereciam uma recompensa pelo trabalho realizado, que passou a ser chamada de honorarium, palavra quem vem de honor, honra;
1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS E CRIAÇÃO DA OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi criada pelo Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930. Todavia o seu surgimento foi precedido de alguns fatores históricos, quais sejam:
· 1827 11/08/1827 foi promulgada Lei que instituiu os cursos jurídicos no Brasil; primeiro em SP e depois em Olinda. 
· Instituição dos cursos jurídicos no Brasil (Lei de 11/08/1827) → 3 anos após a 1ª Constituição Brasileira;
· Os primeiros cursos jurídicos foram instituídos em São Paulo (01/03/1828) e em Olinda (15/05/1828);
· 1843 IAB – Instituto das Advogados do Brasil que tinha como regra organizar os advogados e reforçar a área como ciência (como já era na Medicina e na Engenharia)
· Fundação do Instituto dos Advogados do Brasil (IAB); Aprovado pelo Governo Imperial em 07/08/1943, teve sua primeira diretoria eleita em 27/08 do mesmo ano. O art. 2.º do Estatuto aprovado estatui: “O fim do Instituto é organizar a Ordem dos Advogados, em proveito geral da ciência da jurisprudência”.
· 1930 – Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930 → cria a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) → quase um século após a instituição do Instituto dos Advogados do Brasil, que originariamente teria vindo para preparar o caminho da OAB;
· Getúlio Vargas → O Decreto foi assinado por Getúlio Vargas (chefe do governo provisório) e referendado pelo Ministro da Justiça Osvaldo Aranha;
 ART. 1º AO 7º CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB
· O advogado é indispensável a administração da justiça, é defensor do Estado democrático de direito, direito humanos e garantias fundamentais da cidadania, moralidade pública, da justiça e da paz social devendo observar a agir de acordo com.:
· Estatuto da advocacia;
· Código de ética e disciplina;
· Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia;
· Provimentos;
· Princípios da moral individual, social e profissional;
24.03.2020
2. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA
Estatuto da OAB art.1° a 5° | Regimento OAB art.1° a 14°
ATIVIDADES PRIVATIVAS
O advogado é o inscrito, temos 3 atividades: postulação em qualquer juízo; consultoria, assessoria e direção jurídica; e visar atos constitutivos de pessoa jurídica.
 ESTATUTO
Art.1° - São atividades privativas da advocacia (...)
· Consultoria, assessoria e direção jurídica são privativas de advogado. 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação (constitui regra, ou seja, deve ser obrigatoriamente feita por advogado) a qualquer órgão do Poder Judiciário (capacidade postulatória_ atividade privativas de advogado, ou seja, só quem está regulamente inscrito como advogado na OAB pode realizar) e aos juizados especiais;
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
EXCEÇÃO se constitui quando há lei específica ou quando a jurisprudência dispensar o advogado, caberá exceção, não pode ser tácita, tem que ser expressa tal dispensa)
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. 
REGRA É obrigatório o visto do advogado em todos os contratos. Mesmo já aprovado em exame de ordem, se não estiver inscrito não pode praticar tais atividades (art. 8º EOAB_ Vários Requisitos). 
EXCEÇÃO Salvo as microempresas e empresas de pequeno porte. - ME e EPP (Não precisa de advogado assinando o contrato social -Art. 9º, § 2º LC 123/06) O contrato deve ser registrado nas juntas comerciais, cartórios de registro civil de pessoas jurídicas ou em outros órgãos competentes. 
ATENÇÃO IMPEDIDOS DE ATUAR - Não podem visar atos constitutivos e contratos sociais, os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública, direta ou indireta, vinculadas a junta comercial ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro daquele Estado em que prestar serviços. (Ex. Advogado da Cesan, Escelsa).
	
NAS MICROEMPRESAS NÃO SÃO NECESSÁRIOS 
· Devido ao fato de a relação entre advogado e cliente se fazer com base em confiança, não se admite a conjugação de atividades como, por exemplo, um indivíduo que atua como advogado quanto como contador.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
Há vedação expressa quanto a divulgação da advocacia com qualquer outra atividade, conexa ou não, sendo que “a vedação legal diz respeito não apenas à publicidade, mas ao exercício conjunto de atividades, que incluam a advocacia” isto visa evitar tanto a mercantilização da atividade, pela atuação em conjunto, conjunto, quanto pela captação de clientela, clientela, esta disposição também é reafirmada no art. 28 do Código de Ética e Disciplina.
· Aprovação em exame de ordem é apenas um dos requisitos para ser advogado inscrito; 
· Praticar atividade sem ser inscrito constitui exercício ilegal da profissão; 
· Se a sociedade não puder ser registrada, é vedado ao advogado prestar serviços a terceiros;
· Os integrantes da advocacia pública são sujeitos ao Estatuto da OAB; 
· Integrantes da advocacia são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB; 
2.1. EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA
O art.5° do regimento da OAB trata da participação anual mínima do advogado em pelo menos 5 atos privativos de advogado.
Art. 5º, Parágrafo Único do Regulamento Geral - Considera efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. [comprovar-se-á por meio de certidão (expedida por cartório,ofício, órgão público, juízo) ou por meio de cópia autenticada (defesa, inicial, recurso)]
 EXCEÇÕES, são casos em que cabe o JUSPOSTULANDI
· Art.1°, §1°, da lei 1890/94 – HC
· Não se inclui como atividade privativa da advocacia.
· Pode ser feita por qualquer pessoa.
· Art.1º, §1º - Impetração de Habeas Corpus – qualquer pessoa, sem qualquer formalidade – 3 pontos que podem ser abordados na prova da OAB:
· Pode misturar com habeas corpus, com habeas data, mandado de segurança e ação popular – os últimos precisam de advogado!
· Em qualquer grau é possível impetrar HC? SIM! Em qualquer instância ou tribunal!
· O HC prescinde (necessita) de advogado? NÃO, não HÁ NECESSIDADE de advogado!
· Art.9° da lei 9.099/95 – JEC até 20 salários
· Lei 9.099/95 - Nos JEC em causas de ate 20 salários mínimos é facultativa a
· presença de advogado. Na 2ª Instancia/colegiado recursal, independente do
· valor da causa, advogado é OBRIGATÓRIO.
· No JECRIM sempre se precisa de advogado!
· Art.10, caput – lei 10.259/01 – JEF
· Lei 10.259/01 – JUIZADO ESPECIAL FEDERAL – Art.10 a parte poderá ser representada por advogado ou por qualquer pessoa (na federal não precisa ser advogado).
· Art.2°, caput da lei 5478/68 – Alimentos 
· Súmula Vinculante – OS STF – Processo administrativo disciplinar
· SÚMULA VINCULANTE 5 do STF – Defesa em processo administrativo disciplinar pode ser feita por qualquer pessoa, não há necessidade de ser advogado.
· Art. 791 da CLT e Súmula 425 do TST – Jornada de Trabalho
· CLT - Art.791 - poderão postular diretamente (jus postulandi), até o final do processo; Não faz exceção ao TST;
Art. 791 da CLT Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
· Súmula 425 do TST – Exceção da exceção - (vara e TRT não precisa de advogado) já no TST é imprescindível advogado (precisa! – ações rescisórias, cautelares, MS, recursos)
Súmula 425 TST O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e Trabalho e acompanhar as aos Tribunais Regionais aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mando de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
2.2. PAPEL E DEVERES DO ADVOGADO
· Art.2º do Estatuto de Advocacia da OAB + art.133 da CF/88
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. (VIDE art.133 da CF/88)
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.
Art. 133 da CF/88 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
· Art. 2º do Código de Ética da OAB 
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que
exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue;
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso;
d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;
e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade.
· O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
· O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência (mesmo quando empregado ou prestador de serviços); zelar por valores institucionais da advocacia; ater-se, quando atuar como defensor público, a defesa dos necessitados; adotar conduta compatível com a indispensável administração da justiça a qual defende.
· O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. 
· É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.
· É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.
· Artigos 5º, 6º e 7º do Código de Ética da OAB 
Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.
Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.
2.3. EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA 
 ESTATUTO
· Art.3º do Estatuto de Advocacia da OAB
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
O advogado público além de obedecer aos ditames da legislação que regulamenta sua carreira, também tem que observar o que preza o estatuto da OAB já que pratica ato privativo da advocacia, estando submetidos a dois regimes distintos, mas não antagônicos ou contraditórios. Vide provimento 114/2006.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Aluno matriculado em um dos dois últimos anos do Curso de Ciências Jurídicas (Direito) de instituição de ensino superior autorizada e credenciada, regularmente inscrito nos quadros da OAB como estagiário, pode praticar os atos previstos no art. 1º do EAOAB, em conjunto com o advogado e sob sua orientação, supervisão e responsabilidade.
Isoladamente, o estagiário inscrito na OAB poderá praticar os atos autorizados pelo art. 29 do RGEAOAB, sempre sob a responsabilidade do advogado, que são: 
a. retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
b. obter junto aos escrivães e chefes de secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
c. assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; 
d. exercício de atividades extrajudiciais, desde que tenha sido autorizado ou substabelecido pelo advogado.
31.03.2020· Art.4º do Estatuto de Advocacia da OAB 
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO PRATICADOS POR NÃO ADVOGADOS são nulos de pleno direito, efeito ex tunc, não serão convalidados por não serem anuláveis, existem mas são nulos; essa nulidade não será suprida e nem sanada; terá que ser feito novamente o ato; A pessoa responde nas esferas cível (Art. 186 e 927 do CC/02), administrativa (Art.34, I Estatuto OAB) e criminal, pois a prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui exercício ilegal da profissão ou nos casos dos artigos 29 a 30 do Estatuto, exercício de atividade ao qual está impedido(art. 47 da LCP e art. 205 CP).
3. MANDATO JUDICIAL (Art.653 e ss do CC/02 e art.104 e ss do CPC/15)
 ESTATUTO
· Art.5º - O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. (apenas advogados e membros do MP têm CAPACIDADE POSTULATÓRIA [capacidade do advogado/promotor de ir a juízo; é inerente a advocacia]; não se confunde com CAPACIDADE PROCESSUAL que é aquelas em que as partes restam possibilitadas de exercer seus direitos perante um juízo) 
Art.5º - O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
3.1. Conceito
É o contrato pelo qual alguém recebe de outrem podres para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. (art.653 do CC/02).
O mandato judicial é o ato pelo qual o outorgante (cliente) nomeia e constitui o outorgado (advogado) para representa-lo judicial ou extrajudicialmente. Intuitu personae pois relata uma relação de confiança.
O Cliente atribui poderes a um advogado para que este tenha voz jurídica de sua pretensão.
· Tipos de mandato (art.105 do CPC) pode ser um instrumento público ou particular. A última dispensa o reconhecimento de firma no instrumento de mandato.
· Prazos a regra é que o advogado postule em juízo sempre fazendo prova do mandato judicial. O EOAB prevê exceção, em caso de urgência, concedendo o prazo de 15 (quinze) dias para que o advogado apresente nos autos o instrumento de mandato, a iniciar-se do primeiro dia útil seguinte ao do ato da representação. URGÊNCIA (art. 5º, §1º do EOAB e art. 104 do CPC) - O advogado pode atuar sem procuração em caso de urgência, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. Há necessidade de pedir prorrogação, não é automático. Exemplo: Plúrima de autores; nomeação em cima do ato; em não apresentando a procuração nos moldes acima, incorrerá na previsão do art. 104, §2º do CPC e seu ato será considerado ineficaz.
· Poderes especiais no mandato o advogado munido de procuração com poderes especiais pode entrar em ambientes privados para representar seu cliente (quando for em nome dele) ou assisti-lo (quando for em conjunto) – prerrogativa constante do art. 7º do EOAB. 
Art.76 do CPC verificada irregularidade de representação o juízo determinara a suspensão do processo designando prazo razoável para sanar o vicio, sob pena de extinção/revelia.
3.2. Riscos do Mandato
Art. 9º O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.
Art. 9º CED - É dever do advogado informar o cliente de forma clara e inequívoca quanto a eventuais riscos da sua pretensão e das consequências que poderão advir da demanda, devendo alertá-lo sobre os riscos e consequências que aquela pode trazer, bem como denunciar situações que possam influir na causa. 
Não posso efetuar promessas de sucesso na causa pois advocacia e atividade meio e não atividade fim; não se tem controle sobre o resultado da causa e desestimular a aventuras jurídicas.
3.3. Recusa de Mandato
Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.
Art.14º do CED - Não havendo urgência ou justo motivo, o advogado deve, seguindo as imposições éticas, recusar o mandato de potencial cliente que omita o fato de já ter constituído outro advogado para a mesma causa. 
Obs.: Causas criminais (art. 23, parágrafo único do Código de Ética e Disciplina) 
EXCEÇÃO Situações urgentes. EX: Advogado em local incerto e não sabido; Risco iminente a vida de alguém em processo que não houve pedido de tutela de urgência e, sendo necessária a mesma e não se podendo naquele momento contactar o advogado, qualquer outro poderá atuar;
3.4. Imposição do cliente e independência do advogado
O advogado não tem obrigação de se sujeitar à “imposição” do cliente caso ele queira outro advogado atuando em conjunto (art. 24, CED)
3.5. Instrumento de mandato 
Trata-se da procuração. Deve constar: (Art. 105, §1º a §3º do CPC) 
· nome e qualificação do(s) outorgante(s);
· nome e qualificação do(s) outorgado(s);
· poderes outorgados; 
· data e assinatura do(s) outorgante(s)
 Outorgante: qualquer pessoa poderá ser outorgante de poderes no mandato judicial, desde que respeitadas as condições impostas pelos artigos. 7.º a 13 do CPC.
 Outorgado: somente aqueles que exerçam a atividade de advogado ou estagiário, regularmente inscritos na OAB.
Não se admitirá outorga a sociedade de advogados mas, tão somente aos patronos (PF) entretanto, nos moldes do art. 105, §3º do CPC, caso o patrono integre uma sociedade, a procuração deverá conter o nome desta e nº de registro na OAB e endereço.
3.6. Início do Mandato: 
a. Tem início com a assinatura do instrumento/procuração pelo cliente; 
b. Nomeação que pode se dar de duas formas: 
· Ad Hoc: nomeação para ato específico e determinado; Exemplo: Dativo
· Apud acta: ocorre quando a nomeação fica registrada na ata de audiência. Conhecida também como mandato tácito. Ex.: Art. 791, §3º da CLT 
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. § 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
3.7. Conflito de interesses entre os clientes
Por imperativo ético o advogado deverá optar por um dos mandatos, com prudência e discrição, renunciando aos demais, garantindo aos renunciados o sigilo profissional ad infinitum (art. 20 do CED). [prudência e discrição]
3.8. Patrocínio simultâneo: 
É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente (Art.25 CED). É a tipificação de crime contra a administração da justiça. Nele incorre advogado ou procurador que prejudica interesse a quem deveria resguardar, ou que lhe seja confiado. É incluída nesta descrição ou tipificação criminal, a conduta delituosa de advogado que trabalha em prol das duas partes que litiga. Pena: pode acarretar pena de seis meses a três anos.
3.9. Deveres do Advogado para com o Mandato: 
· Exceto por justo motivo/urgência, não aceitarprocuração de cliente que já possua outro advogado nos autos, sob pena de incorrer na punição de censura; (ARt.14 CED) 
· Sempre informar o cliente acerca dos riscos da demanda o desestimulando a causas aventureiras; (art.9º CED)
· Ao fim do mandato deverá promover a devolução dos bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato e pormenorizada prestação de contas ao fim deste e, ainda, prestar todas as informações necessárias e solicitadas no decorrer do mesmo. (Art. 25-A Estatuto e Art. 12 CED);
· Não deve deixar ao abandono as causas sob seu patrocínio, sendo aconselhável em caso de o cliente dar causa, renunciar; (Art.15 CED) 
· O motivo da renúncia deve ser omitido e, o advogado restara responsável pelo processo por 10 dias, sem exclusão de danos que possa causar a cliente ou terceiros. (art. 5º, §3º do Estatuto);
· Advogados de uma mesma sociedade ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos. (Art. 19 CED); 
· Havendo conflito de interesses entre os constituintes, o advogado optara por uma das partes ou nenhuma, renunciando aos demais com prudência e discrição (art.20 CED); Não pode se manter para todos sob pena de crime de tergiversação (patrocínio sucessivo dentro da mesma causa_ art. 355, Parágrafo Único do CP).
· Advogado que advogar contra ex-cliente ou empregador devera resguardar o sigilo profissional. (art. 21 CED) – É possível? Sim, desde que observados 2 requisitos: Requisito Legal: não quebrar o sigilo profissional a qualquer tempo e Jurisprudencial: observar o decurso de prazo de 2 anos.
· O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer. (Art. 22 CED)
· O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. (Art. 24 CED)
· É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente (Art. 25.CED). Na JT pode se apresentar como preposto o advogado para evitar os efeitos da revelia. 
· São devidos honorários ao advogado na conciliação, mediação e arbitragem.
3.10. Forma de extinção do mandato
a. Revogação: ocorre quando o cliente pretende revogar os poderes outorgados ao advogado. Trata-se de ato unilateral do cliente. (Art. 17 CED) 
a) Ato privativo do cliente; 
b) Retira os poderes outorgados na procuração;
c) Independe da anuência do advogado; 
d) Pode ocorrer em qualquer fase do processo; 
e) Exige a prévia e inequívoca ciência do advogado; 
f) O advogado receberá os honorários pactuados de forma proporcional. (art. 51, §1º CED, entre advogados; se for entre cliente e advogado será resolvido judicialmente por arbitramento_Art.54 CED) 
b. Renúncia: ocorre quando o advogado (Outorgado, titular do mandato, quem o exerce) não tem mais interesse em permanecer na causa. Poderá ocorrer qualquer tempo. (Artigos 15 e 16 do CED)
a) Renuncia: Ato privativo e unilateral do advogado;
b) Após informada a renúncia (carta AR), o advogado ainda fica responsável pelo processo por dez dias, ou até que seja substituído por outro advogado. Nesse caso, não é necessário observar os dez dias (art. 112 do CPC); 
c) Pode ocorrer por conveniência do advogado ou imposição ética;
d) A renúncia independe da anuência do cliente. 
e) Pode ocorrer em qualquer fase do processo;
f) O advogado receberá os honorários pactuados de forma proporcional. 
g) Não deve revelar o motivo da renuncia;
c. Conclusão da causa (Transito em julgado) ou arquivamento do processo: trata-se de hipóteses em que o cumprimento e a cessação do mandato estão presumidos (art. 13 do CED - Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato.). 
O Mandato judicial ou extrajudicial não se exaure por decurso de tempo salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento, desde que permaneça a confiança entre as partes. (Art. 18 CED) 
d. Substabelecimento sem reserva de poderes: ocorre quando o advogado transfere os poderes recebidos pelo cliente a outro advogado ou estagiário. 
O advogado transfere os poderes outorgados para outro advogado. É ato pessoal. 
OBSERVAÇÃO Existem DUAS ESPÉCIES DE SUBSTABELECIMENTO: 
a) Com Reserva De Poderes (art. 26, §2º do CED) O advogado substabelecente continua atuando no processo, pois reserva poderes para si. O advogado continua na causa, mas a ela integra outro causídico. O advogado substabelecido não poderá mexer em valores sem a autorização ou presença do advogado substabelecente. (Art. 26 Estatuto)
b) Sem Reserva De Poderes (art. 26, §1º do CED) O advogado substabelecente não atua mais no processo e transfere todos os poderes para outro advogado. Para este ato, é necessário o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. 
Aqui eu advogada não reservo poderes para mim, eu transmito todos os meus poderes a outro patrono. O novo causídico assume totalmente a ação, deixando-me de ser a advogada da causa e o novo assume meu lugar. É uma espécie de renúncia. 
Se o cliente tiver um advogado a ser indicado a te substituir, aponde no substabelecimento tal situação a fim de se eximir de qualquer responsabilidade. Aqui não se cumpre os 10 dias.
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07.04.2020
4. Sigilo dos Advogados (arts. 7º, XIX e 34, VII do EOAB + arts. 35 ao 38 do CED)
Art. 7º - São Direitos dos Advogados:
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
(...)
ART. 34 – Constitui Infração Disciplinar:
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
O sigilo profissional é um direito/dever do advogado e, por ser de ordem pública, independe de solicitação do cliente, de modo que qualquer informação passada ao advogado no exercício de sua atividade profissional, independente do meio (telefone, carta, e-mail, telegram, whatzap e etc.) deverá ser considerada sigilosa.
O Advogado tem o direito de recusar-se a depor como testemunha em qualquer processo que tenha patrocinado ou procedimentos judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos relacionados aos seus constituintes. A recusa em prestar depoimento como testemunha refere-se a fatos a respeito dos quais o Advogado deve guardar segredo em razão das funções desempenhadas quando do patrocínio das causas, não abarcando outros fatos sem relação com esse patrocínio.
E, também, razões de ordem prática avalizam a dispensa. É certo que o sigilo profissional alcança apenas os fatos a respeito dos quais se deva guardar segredo em razão do ofício e que, em tese, poderia o advogado depor sobre outros fatos, alheios a esses. Todavia, na hipótese, não há como separá-los e, na dúvida, cabe a recusa
O advogado também deve observar as regras de sigilo profissional ao exercer as funções de { mediador | conciliador | árbitro}
O advogado também dever ser observado em relação aos fatos que teve conhecimento em funções desempenhadas na OAB;
Uma vez quebrado o sigilo profissional, o advogado incorrerá em infração disciplinar passível de sanção de censura, após a condenação do advogado no devido processo disciplinar.
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. 
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entreadvogado e cliente. 
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. 
Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. 
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
5. Direitos dos Advogados (arts. 6º, 7º e 7º-A do EOAB + arts. 18 e 19 do Regimento da OAB)
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
A legislação providencia todo o possível para que o advogado tenha liberdade (dentro do que a lei permite/determina) para efetuar a defesa de seu cliente, desde que de forma cordial (ambas as partes).
Este artigo corrobora com o art. 133 da CF quando fala que o advogado é indispensável a administração da justiça na medida em que traz igualdade a advogados, promotores e juízes.
As funções são distintas e, por isso, não se estabelece entre elas relação de hierarquia e subordinação. Não se trata de um privilégio, uma vez que a advocacia é serviço público quanto a seus efeitos (a lei assim o diz), e seu desempenho tem de receber adequada colaboração desses agentes.
Prerrogativa NÃO é somente direito (facultas agendi) mas, condição para o exercício da profissão do advogado!
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
Preste atenção, pois isso diz respeito ao local onde consta sua inscrição profissional e domicílio profissional;
· Pois bem, dito isto, podemos dizer que o advogado poderá atuar livremente em conselhos seccionais diversos? Sim, MAS se o fizer com habitualidade (mais de 5 causas por ano), naquele conselho seccional em que não fixar domicílio e não tiver a sua inscrição principal, terá ele que obrigatoriamente adquirir sua inscrição suplementar.
Então concluímos que essa LIBERDADE do inciso I do art. 7º do EOAB é RELATIVA, por conta das razões acima.
Art. 7º (...) II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; 
INCIDÊNCIA ALTA DE CAIR EM PROVA!!!!
· Inviolabilidade – é a garantia que o advogado tem de que será protegido por lei, ou seja, garantia de defender livremente seu cliente. A inviolabilidade é uma garantia dada pelo exercício da advocacia, decorre desta e não pelo simples fato de ser advogado.
· Escritório ou local de trabalho – o escritório ou, caso não o tenha, o local em que o advogado trabalhe é que são invioláveis (jurídico interno de empresa, jurídico interno de banco, residência, enfim, onde exerça suas atividades de advogado);
· Instrumentos de trabalho – computadores, celulares, notebook, as pastas, arquivos físicos, os espaços nas nuvens, contas de Dropbox
· OBS: O carro não é instrumento de trabalho
· Correspondência – escrita (cartas, telegramas, epistolares - epístola é uma carta de correspondência entre duas ou mais partes só que diferente da carta, ela é mais formal enquanto a carta, mais pessoal), eletrônica (e-mail), telefônica (sms) e telemática (conjunto de serviços informáticos fornecidos através de uma rede de telecomunicações. EX: Whatsapp, telegram, inbox do facebook ou do instagram), desde que relativas ao exercício da advocacia
 Essa inviolabilidade é absoluta ou relativa? Admite quebra? Sim, é relativa, admite-se quebra nas seguintes hipóteses:
· Indício de autoria e materialidade da prática de um crime pelo advogado – não precisa de prova, basta o indício, não podendo se valer da garantia da inviolabilidade para praticar crime;
· Ordem Judicial – A quebra da inviolabilidade de um advogado somente e tão somente poderá se dar por meio de ordem judicial (mandado de busca e apreensão por exemplo), devendo tal decisão ser fundamentada, específica (não pode ser genérica, tem que apontar exatamente o que quer pegar) e pormenorizada (detalhada).
· Acompanhamento de representante da OAB – É necessário que um membro da OAB acompanhe o cumprimento desta ordem judicial. 
· JURISPRUDÊNCIA DO STF – Entendeu que se a OAB for notificada para acompanhar a diligência e não encaminhar um representante, a diligência será válida. 
Tais requisitos encontram-se constantes do Art.7º, § 6º e 7º do EOAB:
§ 6º - Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. 
§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
EOAB - Art. 7º (...)
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
Tal conversa tem que ser pessoal e reservadamente, sozinho, pessoal e reservadamente, sem ninguém perto. Seja com clientes presos, detidos ou recolhidos, na delegacia, na prisão, ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis, independente de procuração. Não pode ser monitorada tal conversa.
Assegura o cumprimento do que reza o art. 5º, LXIII da CF/88.:
5º LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
· O cliente em RDD – Regime Disciplinar Diferenciado, onde o preso não recebe visita; advogado não faz visita, ele vai a trabalho e por isso, o cliente tem direito de conversar com seu cliente.
POSICIONAMENTO DO STF: “Ministro Lewandowiski decidiu em 11/06/2013, na 2ª Turma, em sede de HC que “os impetrantes não lograram demonstrar a ocorrência de prejuízo concreto para a defesa decorrente da existência de ”barreiras” à comunicação entre advogado e seu cliente, o que impede o reconhecimento de nulidade, nos termos da reiterada jurisprudência desta Corte”
Art. 7º (...) IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
Se o advogado for preso em flagrante e, esta se der em razão do exercício da advocacia, o advogado terá o direito a ter a presença de um representante da OAB durante a lavratura do auto de prisão. Ressalta-se que tal flagrante esta vinculado a crimes inafiançáveis. 
 E se o representante da OAB não estiver presente por não ter sido chamado? O auto de prisão será nulo!!!
· Exemplo: desentendimento entre advogado e juiz durante uma audiência, onde agride (tenta matar) o juiz. Será decretada a prisão e, uma vez lavrado o aludido auto de prisão, imediatamente tem que ser chamada a OAB e comunicada do ocorrido;
 E se a OAB mesmo sendo chamada não comparecer? tal como se deu no caso anterior, o STF entende pela validade do ato.
POSICIONAMENTO STF: “A presença de representanteda OAB em caso de prisão em flagrante de advogado constitui garantia da inviolabilidade da atuação profissional. A cominação de nulidade da prisão, caso não se faça a comunicação, configura sanção para tornar efetiva a norma. (ADI 1.127-8, Rel. Min Ricardo Lewandowiski, julgado em 17/05/2006, publicado em 11.06.2010)
Nos demais casos, quando não for prisão em flagrante, basta comunicar a OAB. 
Condição cumulada e prevista com o que consta previsto no Art.7º, § 3 o do EOAB:
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
PRISÃO EM FLAGRANTE de advogado em razão do exercício da advocacia SOMENTE pode ser por conta de CRIME INAFIANÇÁVEL e assim mesmo se notificada/presente, representante da OAB.
Art. 7º (...) V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;
 Que prisão é esta antes de sentença com trânsito em julgado? Prisão cautelar [preventiva, temporária, flagrante (discutido se é ou não cautelar)]
· Sala de estado Maior: Por Estado-Maior se entende o grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organização militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, quartel do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar). Assim sendo, a sala de Estado-Maior é o compartimento de qualquer unidade militar que, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funções. A distinção que se deve fazer é que, enquanto uma 'cela' tem como finalidade típica o aprisionamento de alguém e, por isso, de regra tem grades, uma 'sala' apenas ocasionalmente é destinada para esse fim. O local oferecer 'instalações e comodidades condignas', ou seja, condições adequadas de higiene e segurança.
 Depois do trânsito em julgado? Vai para qualquer local! Instalações e comodidades condignas e na falta, em prisão domiciliar! Se não tiver Sala de Estado Maior: Prisão Domiciliar!
 Precisa que o crime tenha sido praticado em razão do exercício da advocacia? Não, para qualquer crime!!! Exemplo: homicídio, estupro, fraude, qualquer crime, dá direito a sala de estado maior!!!! Só aplicável a advogado devidamente inscrito na OAB, excluem-se os estagiários, estes são presos comum!
Art. 7º (...) VI - ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
Pode o advogado mesmo além das barreiras onde constem avisos ou reservas contrárias ao ingresso de pessoas estranhas ou áreas reservadas a magistrados, servidores ou membros do MP, mesmo assim não há restrições ao ingresso do advogado, incluindo inclusive o elevador privativo do juízo;
Em delegacias e prisões a presença e ingresso de advogados não se limitam sequer a horários, mesmo que delegado ou autoridade não esteja e, em caso de ser obstaculizado o ingresso, cabe Mandado de Segurança (direito líquido e certo autorizado por lei federal).
No concernente a alínea “c”, cabe chamar atenção ao seguinte fato:
 QUESTÃO DE PROVA: Digamos que o Fórum funcione de 08:00h/18:00h entretanto o juízo por meio de uma portaria, determinou que horário de atendimento a advogados seria de 11:00/16:00horas pois no restante do tempo os servidores seriam destinados a serviço interno. PODE? NÃO, pois a referida portaria fere o art.7º, VI, alínea “c” do EOAB.
No concernente a alínea “d” – temos como exemplos o acompanhamento em CPI, mesmo sendo reservada, Reuniões de condomínio, entretanto, nestas hipóteses necessária procuração com poderes específicos, tal como ensinamos no art.5º, §2º do EOAB.
Posicionamento do STF: “descabe impor aos advogados, no mister da profissão, a obtenção de ficha de atendimento. A formalidade não se coaduna sequer com o direito dos cidadãos em geral de serem atendidos pelo Estado de imediato, sem submeter-se à peregrinação verificada costumeiramente em se tratando do instituto (RE 227.065 rel Min Marco Aurelio, j. em 8-4-2014, Primeira Turma, DJE de 13-4-2014).”
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28.04.2020
Art. 7º (...) VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença
Precisa nem ser “educadinho” você advogado não pode ser obrigado a isto! Pode ficar de pé, sentado, entrar, sair, não há que pedir nada disso, nenhum tipo de autorização. MASSSSSS MUITO EMBORA A LEI NÃO LHE EXIJA EDUCAÇÃO, CRIATURAAAAAAAAAAA, SEJA EDUCADO PELO AMOR DE DEUS NE?!!!!
 Sustentações orais normalmente são feitas em pé. E se o advogado quiser fazer sentado? O CNJ determinou via provimento que os Tribunais Superiores mantenham uma cadeira a disposição dos advogados próxima ao parlatório.
Art. 7º (...) VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;
O juiz é obrigado a receber o advogado sempre que este quiser falar com ele. Tal previsão consta tanto do EOAB quanto da Lei Orgânica da Magistratura. Não há regras exceto a ordem de chegada!!!
Muito embora os TJ’s e Tribunais Superiores determinem agendamento, não há necessidade, na verdade não pode agendar!
 E Se o juiz, desembargador ou Ministro não quiserem te atender??? Liga para a comissão de prerrogativa da OAB pois a mesma dispõe de um número que fica 24h a disposição do advogado que dela necessite. Representa contra este juiz no CNJ! 
ADVOGADO NÃO PODE SER MEDROSO!!! ADVOGADO REPRESENTA QUEM NÃO TEM VOZ! 
CURIOSIDADE: Ministro Joaquim Barbosa só recebia advogado se agendassem e, ainda, se os advogados de ambas as partes fossem juntos!!!! SURREAL!!!
Art. 7º (...) IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7)
Julgado inconstitucional pois não faz sentido o advogado sustentar depois do voto do relator (ADIN 1.127)
Art. 7º (...)
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
Tal intervenção tem que ser rápida e com o fim de esclarecer dúvidas ou equívocos que de alguma forma pode interferir no resultado do julgamento ou ainda, se precisar replicar acusação ou censura que lhe forem feitas.
Art. 7º (...) XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
Advogado tem como maior prerrogativa: RECLAMAR!!!
Pode ser VERBAL ou por ESCRITO (JÁ CAIU NA PROVA!!!) ante a inobservância de lei, regulamento ou regimento. Identificou algum descumprimento a legislação a reclamação deve ser feita!
Art. 7º (...)
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processosfindos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos;
Pode examinar nos 03 poderes, os autos de processos findos ou não desde que não estejam em sigilo ou segredo de justiça, sendo que neste caso, necessitam de procuração!
“(...) Obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos (...)” – pode foto!
Pode escanear ali no ato! Pode fazer carga cópia! 
A expressão segredo de justiça foi instituída agora com a alteração feita pela lei 13.793/19
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração*, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
Pode ser inquérito policial, inquérito civil (MP, MPT), Processo administrativo da Polícia Militar, ou seja, qualquer investigação.
Processo não autoriza na lei que ela pode ser examinada (sem procuração) AINDA QUE CONCLUSOS.
ATENÇÃO ao § 10 do art. 7º!!!! – SE FOR SIGILOSO PRECISA DE PROCURAÇÃO!!! Antes não precisava, agora é necessário!!!!
Vide alteração trazida pela LEI Nº 13.793/19, qual seja:
§ 13. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.” (NR)
Art.7º, § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.
Art.7º, § 11. No caso previsto no inciso XIV (inquérito | flagrante), a autoridade competente PODERÁ DELIMITAR o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências (fundamentação).
Diligência em andamento não documentadas nos autos, a autoridade pode sim, limitar o acesso dos advogados, entretanto, mediante fundamentação! 
Exemplo1: Num Inquérito Policial X, a autoridade policial delimitou acesso aos advogados as diligências em andamento, ainda não documentadas nos autos, fundamentando que caso contrário, poderia haver comprometimento, da eficácia, eficiência ou finalidade delas! ESTÁ CORRETA A AUTORIDADE!!!!!
Exemplo2: Num Inquérito Policial X, a autoridade policial delimitou acesso aos advogados as diligências em andamento, já documentadas nos autos, fundamentando que caso contrário, poderia haver comprometimento, da eficácia, eficiência ou finalidade delas! ESTÁ INCORRETA A AUTORIDADE!!!!!
	SO DILIGÊNCIA EM ANDAMENTO!!!!!
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV (acesso ao IP e ao flagrante!), o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente (via de regra por meio de Mandado de Segurança).
O delegado, na hora de dar vista ao advogado, tirou parte das peças dos autos ou entregou parte das peças consignadas nos autos, retendo informações documentadas nos autos, responde por abuso de autoridade, criminal e funcionalmente. Quem responde? A autoridade responsável, quem efetuou a restrição ou retirada de elementos já documentados!
Se eventualmente além de tudo, o advogado alegar a sumula vinculante, pois o delegado negou acesso (ver o IP), cabe reclamação ao STF, descumprimento de súmula cabe reclamação ao STF. 
Se for com base no que consta o § 12, cabe Mandado de Segurança!
Art.7º, § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
MUDANÇAS constante do Art. 18 do RegOAB (Resolução nº 1/18)
Art. 18. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. 
§ 1º O pedido será submetido à Diretoria do Conselho competente, que poderá, nos casos de urgência e notoriedade, conceder imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competente do Conselho, conforme definido em regimento interno.
§ 2º Nos demais casos, a Diretoria remeterá o pedido de desagravo ao órgão competente para instrução e decisão, podendo o relator, convencendo-se da existência de prova ou indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, solicitar informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 (quinze) dias, sem que isso configure condição para a concessão do desagravo.
§ 3º O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for pessoal, se não estiver relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do advogado ou se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso.
§ 4º Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência da ofensa, o relator emite parecer que é submetido ao órgão competente do Conselho, conforme definido em regimento interno.
§ 5º Os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
§ 6º Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, amplamente divulgada, devendo ocorrer, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofrida ou onde se encontre a autoridade ofensora. 
§ 7º Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades, e registrada nos assentamentos do inscrito e no Registro Nacional de Violações de Prerrogativas.
§ 8º Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional.
§ 9º O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho.
Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
A Diretoria do Conselho competente poderá, nos casos de URGÊNCIA E NOTORIEDADE, conceder imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competente do Conselho, conforme definido em regimento interno.
PODE A DIRETORIA CONCEDER O DESAGRAVO? SIM, em caso de urgência e notoriedade ad referendum, ela concede e depois ela confirma no conselho
Nos demais casos, a DIRETORIA remete ao RELATOR que pode no prazo de 15 dias, solicitar esclarecimentos a pessoa envolvida.
O ofensor não é obrigado a responder!!! Geralmente não respondem e, acabam por tomar representação em seu órgão de classe.
XVIII - usar os símbolos privativosda profissão de advogado;
Esta prerrogativa autoriza somente o uso de símbolos da profissão, não autorizando a utilização de símbolos da OAB, como por exemplo, seu logotipo. 
Exemplo: Não pode usar por o símbolo da OAB no cartão de visita
XIX - recusar-se a depor como testemunha (Direito-Dever) em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
Trata-se de prerrogativa ligada ao sigilo da profissão, sendo este um direito/dever do advogado. Deve o advogado, mesmo intimado, manter-se em sigilo quanto a fatos ocorridos durante o exercício da profissão. 
Veja, o advogado quando intimado deve comparecer a audiência e, uma vez estando lá, aí sim, ele justificará que não poderá contribuir com a justiça, prestando seu depoimento, por conta do sigilo profissional! (caso eu não compareça, posso ser conduzido coercitivamente por ter desatendido uma determinação judicial).
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão (CHAMADA!) para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
ATENÇÃO: Esta prerrogativa NÃO se aplica quando o magistrado encontra-se atrasado no cumprimento da pauta de audiências.
REQUISITOS:
AUDIÊNCIA MARCADA PARA AS 09:00 HORAS__09:31H O JUIZ NÃO CHEGOU!
1. autoridade ausente;
2. passados 30 minutos, a CLT dispõe 15 minutos (EXCEÇÃO);
ATENÇÃO: TEM UMA DISCUSSÃO DE QUAL SERIA VÁLIDA UMA VEZ QUE LEI ESPECIAL REVOGA A GERAL, SENDO ASSIM, SE CAIR NA PROVA DE ÉTICA ALGO NESTE SENTIDO, CONSIDERE O ESTATUTO COMO REGRA, OU SEJA, 30 MINUTOS E NÃO OS 15 DA CLT ENTRETANTO, SE CAIR EM DIREITO DO TRABALHO, RESPONDE 15 MINUTOS!!!
3. Petição deverá ser protocolizada em juízo informando o corrido.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos;
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
O STF no julgamento da ADIn 1.127-8/DF declarou inconstitucional a expressão “desacato”, contida originalmente no inciso, logo, se praticar desacato mesmo no exercício da profissão, ainda assim será considerado crime!!!
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.
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19.05.2020
5.1. Direitos da Advogada (Gestante)
A Lei 13.363/16 alterou o estatuto da advocacia estipulando direitos e garantias a advogada gestante, lactante, adotante ou que der a luz, bem como ao advogado que se tornar pai.
Art. 7º-A. São direitos da advogada:
I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. (PRAZO DE 30 DIAS)
§ 1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.
§ 2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).
§ 3º O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no §6º do art. 313
Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
6. Da Inscrição na OAB (artigos 8º ao 14 do EOAB + artigos 20 ao 26 do REG.OAB)
A Constituição Federal assegura o livre exercício de trabalho, de ofício e de profissão (art. 5º, inciso XIII - “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” ) e confere à União a competência exclusiva para legislar sobre os requisitos para o exercício das profissões (art. 22, incisos I e VI). Além de profissão, a advocacia é uma das funções indispensáveis à administração da justiça conforme reza na CF/88 (“Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”) e a Lei federal 8.906/94 (EAOAB) regula seu exercício. 
Como reza o art. 3º do EAOAB, o exercício da advocacia (art. 1º) é privativo de advogado, entendendo-se como tal, o bacharel que é inscrito na OAB. Portanto, a inscrição de bacharel na OAB é o ato constitutivo da condição de advogado.
A falta de veracidade perante a OAB submete o sujeito a uma série de consequências tais como a nulidade ab initio (desde o início) da inscrição, a declaração de ausência de idoneidade moral para exercer a advocacia, além de eventuais sanções pela prática de crime de falsidade ideológica. A lealdade para com a OAB impõe que o bacharel lhe comunique também a perda, a qualquer tempo, de qualquer dos requisitos legais do art. 8º.
Formalizado e instruído com os documentos comprobatórios, o requerimento de inscrição passa à fase de análise e julgamento.
Quando a OAB concede uma inscrição, atesta com fé pública e perante toda a sociedade a presunção de que aquele profissional preenche as condições legais para exercer a advocacia. Evidente que, chegando ao seu conhecimento, a qualquer tempo, a prova da inexistência ou do desaparecimento de algum dos requisitos, cabe à OAB cancelar (ou, se a ausência for temporária, licenciar) a inscrição do advogado.
A inscrição nos quadros da OAB é possível a quem declare idoneidade e tenha passado no Exame da OAB nacional, estando inscrito no Conselho Federal, que regulamenta a profissão. 
O Estatuto da OAB prevê como requisitos de inscrição do ADVOGADO, de maneira taxativa, os dispostos no Art. 8º, quais sejam:
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o Conselho. 
6.1. Capacidade Civil
 Excluem-se os relativa e absolutamente incapazes
A capacidade mencionada no EAOAB é a capacidade civil regulada nos art. 3º a 5º do Código Civil (CC); 
Em tese, é possível a inscrição de menor de dezoito anos, desde que comprovada a graduação no curso de Direito, já que o CC prevê a graduação em ensino superior como hipótese de antecipação da maioridade (art. 5º § único, IV) e a Lei 9.394/96 permite, para casos excepcionais de rendimento escolar, a duração abreviada de cursos.
A prova de capacidade civil pode ser elidida a qualquer tempo, caso chegue ao conhecimento da OAB, a notícia comprovada de alguma causa civil de incapacidade (absolutaou relativa), por exemplo, com a decretação judicial da interdição do interessado.
· Código Civil/02, Art. 3º, 4º e 5º:
Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
6.2. Diploma OU Certidão de Graduação em Direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada
Se juntar a certidão de conclusão de curso, tem que juntar cópia autenticada do histórico escolar.
Art. 8º, § 2º do EOAB prevê: “O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.” 
O art. 23 do RGEAOAB, prevê que: “O requerente à inscrição no quadro de advogados, na falta de diploma regularmente registrado, apresenta certidão de graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.”
Bacharéis que colaram grau em instituição não reconhecida – o §2° prevê que graduados no estrangeiro deve fazer prova do título de graduação; 
Isso é possível pois a Instituição que emitir tal certidão deve, obrigatoriamente, ser “oficialmente autorizada e credenciada” a oferecer o curso de Direito, de acordo com o MEC, ressalvando que tal reconhecimento é renovável e em não se atendendo mais, o MEC revoga tal autorização. Numa situação dessas, o pedido de inscrição fica sobrestado.
O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
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26.05.2020
6.3. Se brasileiro, título de eleitor e quitação do serviço militar
O título é necessário a meninos e meninas e a quitação do serviço militar é só para os meninos!
Tais documentos referem-se a regularidade das obrigações constitucionais referentes ao EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
A cópia do título de eleitor (que comprova o alistamento eleitoral) deve estar acompanhada do comprovante de votação (ou de justificação de ausência) nas últimas eleições. A certidão de quitação eleitoral disponível no sítio eletrônico dos TRE’s tem suprido esse último comprovante.
A quitação de serviço militar, fornecido pelos candidatos do sexo masculino são emitidas pela Junta de Alistamento.
6.4. Aprovação em exame de ordem
Uma vez aprovado no exame de ordem deve necessariamente obedecer a todos os requisitos do art. 8º para obtenção da inscrição, o que você terá ao ser aprovado no exame é a CERTIDÃO DE APROVAÇÃO NO EXAME DE ORDEM, comprova apenas que você passou entretanto, só terá direito a esta se cumprir os requisitos do edital do exame de ordem (normalmente estar cursando o 9º/10º semestre ou ser bacharel em direito). 
· CERTIDÃO DE EXAME DE ORDEM TEM VALIDADE PERPÉTUA! TODA A SUA VIDINHA MARAVILHOSA!
· NÃO HAVERÁ RESERVA DO NÚMERO DA OAB POIS A PESSOA NÃO FEZ A INSCRIÇÃO, SOMENTE PASSOU.
· PRECISA PAGAR ANUIDADE PARA A OAB? NÃO, POIS SOMENTE PASSOU NO EXAME DE ORDEM E NÃO SE INSCREVEU! 
Uma vez aprovado, terá que reunir os demais requisitos do art. 8º do EOAB.
O padrão mínimo de qualidade é a aprovação no Exame de Ordem, como prova de capacitação técnica existente em diversos outros países, alguns deles extremamente exigentes como o Japão e a França.
Em 2010, já existiam 1.240 Faculdades de Direito no Brasil, enquanto a soma de todos os outros cursos de Direito em todos os demais países do mundo era 1.10095. Evidente a mercantilização do ensino jurídico entre nós e a necessidade de evitar o acesso ao mercado de trabalho de um grande contingente de bacharéis mal preparados. As carreiras jurídicas, a qual a advocacia se inclui, executam munus público e todas, devem precipuamente, cuidar minimamente, da qualidade de seus operadores.
Existe no Congresso a proposta de eliminação do Exame, o que, pela OAB e seus membros e visto como um atentado ao exercício da advocacia em si, haja vista que claramente tal proposta vem encampada por pessoas despreparadas minimamente, sendo desastroso permitir que cidadãos despreparados possam se colocar no mercado de trabalho;
Evidente que se a aprovação se encontrar sub judice e uma ordem judicial determinar a expedição de certidão, enquanto não transitar em julgado a demanda, a inscrição será concedida em caráter precário, podendo ser posteriormente anulada ab initio (desde o início).
O Exame de Ordem é regulamentado pelo Provimento Nº144/2011, do Conselho Federal da OAB. Este documento estabelece que o Exame acontecerá três vezes no ano, e poderá ser prestado por graduandos dos dois últimos semestres ou do último ano do curso de Direito. É um requisito fundamental para a obtenção da inscrição nos Quadros da OAB. Entretanto, existe uma exceção, prevista no Provimento Nº129/2008. 
Art. 1º - O advogado de nacionalidade portuguesa, em situação regular na Ordem dos Advogados Portugueses, pode inscrever-se no quadro da Ordem dos Advogados do Brasil, observados os requisitos do art. 8º da Lei n. 8.906, de 1994, com a dispensa das exigências previstas no inciso IV e no § 2º, e do art. 20 do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB […].
 PROVIMENTO 144/2011 – casos de dispensa do exame de ordem:
Art. 6, parágrafo único do Provimento 144/2011 do CFOAB – Ficam dispensados do Exame de Ordem os postulantes oriundos da Magistratura e do Ministério Público e os bacharéis alcançados pela Resolução n. 02/94, da Diretoria do CFOAB.
O Exame de Ordem, antes opcional, tornou-se obrigatório com o advento da Lei 8.906/94, tendo, desde o final de 2009, caráter nacional e unificado, já que todas as Seccionais o delegaram ao Conselho Federal.
Uma vez aprovado e possuindo os demais requisitos o bacharel pode se inscrever quando quiser, pois NÃO HÁ PRAZO DE VALIDADE E NUNCA “PRESCREVE”.
Exame de Ordem tem SIDO APLICADO TRÊS VEZES ao ano e é composto de DUAS FASES:
A PRIMEIRA, objetiva (com 80 questões de múltipla escolha) e de CARÁTER ELIMINATÓRIO (exigindo-se 50% de acertos) e, a SEGUNDA, PRÁTICO PROFISSIONAL (com peça jurídica e questões), restando aprovado o examinando que atingir a nota 6,0 (seis).
É possível aproveitar-se a aprovação na primeira fase por até mais um certame, desde que consecutivo; o edital fixará a taxa a ser paga. (art. 10, §3° Provimento 144/2011).
Permite-se a submissão ao Exame tanto aos bacharéis quanto aos ACADÊMICOS QUE CURSAM O ÚLTIMO ANO (OU OS DOIS ÚLTIMOS SEMESTRES), mesmo que estejam incompatibilizados para o exercício da advocacia (a compatibilidade será requisito analisado apenas no momento da inscrição e a partir de então).
6.5. Não exercer atividade incompatível com a advocacia
iNcompatibilidade – N de não pode advogar!
O advogado não pode exercer nenhuma atividade que seja totalmente proibida de exercer enquanto advogado. Ex.: art. 28 EOAB:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutoslegais;
EX.: Prefeito, governador, deputado, senador.
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
PODE FAZER EXAME DE ORDEM??? SIMMM;
PODE SE INSCREVER??? NÃOOOOO!!! NÃO PODE SE INSCREVER!!! 
BASTA GUARDAR A CERTIDÃO PARA O DIA QUE ELE SE TORNAR COMPATIVEL (APOSENTOU OU SE EXONEROU, DEIXAR DE SER INCOMPATÍVEL).
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. 
Ex. Gerentes De Bancos Em Geral!
Vide art. 20, §2° do Regulamento e, Artigos 27 a 30 do Estatuto; (EX.: policiais, magistrados, procuradores gerais)
· FINALIDADE de proteger a isonomia dos profissionais, evitando ou reduzindo a possibilidade de tráfico de influência e de captação indevida de clientela, o Estatuto impôs limitações ao exercício da advocacia para aqueles que exerçam funções ou ocupem cargos específicos.
· Cabe ao requerente declarar a função ou cargo que exerce, de outro, compete à OAB julgar se é caso de incompatibilidade ou de impedimento. Se o candidato omitir seu cargo de modo a induzir a OAB a erro, incorrerá nas seguintes consequências:
1) sua inscrição de advogado será anulada ab initio (com efeitos ex tunc);
2) terá a nulidade de todos os atos praticados de acordo com o próprio Estatuto;
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, Penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
3) poderá ser responsabilizado civilmente pelas perdas e danos decorrentes do item anterior;
4) poderá sofrer persecução penal pelo crime de falsidade ideológica (Art 299 Código Penal) e por exercício ilegal da profissão (Art.47 Lei de Contravenções Penais);
5) poderá tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia, não conseguindo mais obter nova inscrição.
O candidato/requerente da inscrição, deve obrigatoriamente avisar a OAB sua função tão logo a mesma seja passível de gerar incompatibilidade/impedimento;
6.6. Idoneidade moral
Idoneidade significa, de forma simples boa reputação.
Uma pessoa idônea é aquela que é considerada honesta e honrada, entre outras qualidades, o que a torna respeitável.
Pode também ser definida como o conjunto de qualidades e atributos que possui o indivíduo, tais como honra, dignidade, honestidade e seriedade, entre outros valores, que levam à respeitabilidade na sociedade.
Não ter sido condenado pela prática de crime infamante (crime contrário a honra, a dignidade e a boa fama de quem pratica), salvo reabilitação judicial! 
Ex. prática ilegal da profissão por bacharel/estagiários, advogados com inscrição cancelada, quem estiver respondendo a Inquérito Policial;
Conforme consta do §4° do Art. 8° do Estatuto, não atende a tal requisito quem tiver sido condenado por prática de crime infamante (qualquer crime contrário a honra, dignidade ou contrários boa-fama de quem pratica).
A OAB é quem avalia se o crime é ou não infamante! Vide Súmula 8 do Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB:
SÚMULA Nº 08/2019/COP (DEOAB, 21/03/2019, p. 2) O CONSELHO PLENO DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe são conferidas nos arts. 75, parágrafo único, e 86 do Regulamento Geral da Lei nº 8.906/94, considerando o julgamento da Proposição n. 49.0000.2016.011884-1/COP, decidiu, na Sessão Ordinária realizada no dia 18 de março de 2019, editar a Súmula n. 08/2019/COP, com o seguinte enunciado: PROCESSO DE EXCLUSÃO - INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Compete exclusivamente ao Pleno do Conselho Seccional o julgamento dos processos de exclusão, mediante a manifestação favorável de dois terços dos seus membros, após a necessária instrução e julgamento dos referidos processos perante o Tribunal de Ética e Disciplina (art. 38, parágrafo único, c/c art. 70, § 1º, ambos da Lei n. 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB).
Segundo o art. 8º, do Estatuto da Advocacia e da OAB, a inidoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa (§ 3º), mas deve seguir procedimentos específicos para que seja declarada de fato.
Além disso, este artigo ainda prevê que aquele que tiver cometido um crime infamante (§ 4º), automaticamente não atenderá ao requisito da idoneidade moral. 
O crime infamante é aquele que faz com seu autor passe a ter má fama (qualquer crime contrário a honra, dignidade ou má-fama de quem prática), ou ainda, que provoca o forte repúdio ético da comunidade geral e profissional, acarretando desonra para seu autor, e que pode gerar desprestígio para a advocacia se for admitido seu autor a exerce-la, como o estelionato e a falsidade ideológica por exemplo. É essa repercussão à dignidade da advocacia que leva o advogado a perder (ou nem obter) sua inscrição nos Quadros da OAB.
Assim rezam os §§ 3º e 4º do Estatuto: 
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por QUALQUER PESSOA, deve ser DECLARADA mediante decisão que obtenha no MÍNIMO DOIS TERÇOS DOS VOTOS DE TODOS OS MEMBROS DO CONSELHO COMPETENTE, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que TIVER SIDO CONDENADO POR CRIME INFAMANTE, salvo reabilitação judicial. 
TÃO GRAVE QUE É, A DECLARAÇÃO DE IDONEIDADE MORAL, SÓ PODE SER PROFERIDA POR QUORUM QUALIFICADO DE 2/3 DO CONSELHO 
(maioria absoluta é definida como o primeiro número inteiro superior à metade x maioria qualificada é aquela que exige número superior à maioria absoluta)
Como comprovo a idoneidade moral? O próprio candidato a comprova por meio de uma declaração, caso tenha sido processado, declare e já junte certidão de objeto e pé para que a OAB avalie e decida se é ou não infamante.
Cabe denuncia??? Qualquer pessoa pode solicitar a OAB a instauração da declaração de inidoneidade moral, exceto se for denuncia anônima. Esse processo será incidental, ou seja, ocorrerá no meio do processo de inscrição e será julgado pelo conselho seccional do local em que se pede a inscrição.
O processo administrativo de averiguação de idoneidade moral é incidental e prejudicial ao pedido de inscrição, suspendendo o seu curso, até julgamento definitivo. Segue o rito do processo disciplinar, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa e correndo em sigilo. 
E se a OAB considerar como crime infamante? Você busca um advogado e ingresse judicialmente!
SUMULAS DO CONSELHO FEDERAL DA OAB (EDITADAS EM 2019):
(todas relacionadas a prática de violência)
Nº 9 – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra a mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto
Nº 10 - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto. 
Nº 11 – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA LGBTI+. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra pessoas LGBTI+, EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL,

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