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CASOS CONCRETOS - CIÊNCIAS POLITICAS SEMANAS DE 1 A 16

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CASOS CONCRETOS DE CIENCIAS POLITICAS – SEMANAS DE 1 A 16
CASO CONCRETO – SEMANA 1
Diante do texto acima e, de acordo com o que você aprendeu da leitura referente a aula 1, responda:
A verdadeira concepção de política se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela cidadania?
RESPOSTA: Não, pois se entende como a verdadeira concepção de política aquilo tudo que diz respeito a relação entre os cidadãos (como membros de um corpo social) com seus governantes, quando essa relação tem fundamentos o interesse público. Assim, fica claro o contrassenso que há entre o desinteresse pela coisa pública e a política, uma vez que esta, a verdadeira concepção de política, cuida dos interesses dos cidadãos.
Estaria correta a afirmação do filosofo Francis Wolff quando afirma que “o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça à democracia”? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Sim, estaria correta, pois quando os cidadãos se negam a participar da vida política de sua Nação, eles estão na verdade renunciando a uma das mais importantes garantias Constitucionais que nos é assegurado que é o direito ao voto. Consequentemente, políticos corruptos podem assumir o poder e a probabilidade de a população exausta colocar no poder governantes que a pretexto de acabar com a corrupção tomem medidas autoritárias e maior.
CASO CONCRETO – SEMANA 2
Sabe se que em um discurso político pode ser convincente quando fundado em raciocínio claro, baseando-se sobre as faculdades intelectuais e estando voltado para o estabelecimento de verdade. Neste caso, obtém-se a persuasão através de argumentos que levam o auditório a acreditar que perspectiva do orador é correta. Neste sentido, responda:
Em uma democracia, pode haver outros elementos discursos que influenciem no processo de convencimento do auditório?
RESPOSTA: Não, em uma democracia o discurso político deve ser o único elemento a influenciar o processo de convencimento do auditório. 
Observando a charge abaixo, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os limites do discurso político? Explique?
RESPOSTA: A charge abaixo traz a discussão um dos elementos do discurso político que é a emoção, ou pathos, o orador deve ser capaz de produzir um discurso que empolgue, impressione e mobilize os sentimentos e emoções dos seus ouvintes. Assim como, o orador, para obter plena capacidade persuasiva precisa equilibrar seus argumentos com o logos (convicção), pathos (emoção) e ethos (virtudes de seu caráter). Os cidadãos, para fazer bom uso de seu direito de eleger os representantes também devem escolher seus candidatos não apenas com base na emoção, ou em seu discurso e propostas, mas devem analisar e pesquisar sobre a sua conduta.
http://2.bp.blogspot.com/-35XEv1BVMkw/T6rq5pi7xHI/AAAAAAAACa0/EaWYVH_mZqs/s640/C%C3%A9rebro+e+cora%C3%A7%C3%A3o.JPG
CASO CONCRETO – SEMANA 3
Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e uma ordem social segura. Com este acordo, segundo Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste sentido, pergunta-se:
Quais as finalidades do Estado em Hobbes?
RESPOSTA: Para Hobbes o Estado tem a função de conter, de monitorar o homem, já que para o autor a natureza do ser humano é perversa.
Analisando a situação expressa na charge abaixo – corriqueira nas grandes cidades brasileiras-, o que supostamente poderia ser dito por Hobbes a partir dos termos pactuados no Contrato Social?
RESPOSTA: Para Hobbes o Estado deveria monitorar constantemente os seus cidadãos, pois “o homem é o lobo do homem”. O autor já dizia que o Estado deve ser como o Leviatã - forte, atemorizante, para que os que estão sob sua égide adotem determinados proceder impostos aquela sociedade. Também defendia Hobbes que quando o Estado se afasta, os indivíduos praticam atos que normalmente não praticariam sob olhar estatal. 
Por isso, Hobbes defendia que o Estado deve ser onipresente.
http://1.bp.blogspot.com/-H8k1REyO9Gg/T_Be4XKAVWI/AAAAAAAARoU/kRDvjCy_SFA/s1600/1charge_violencia_controle.png
CASO CONCRETO – SEMANA 4
Como foi dito, o contratualismo é um rotulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organizações do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxugaram de forma diversa uns dos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda:
Na charge acima, a questão da soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está refenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique.
RESPOSTA: A Graúna está referenciando o contratualismo de Rousseau, já que o autor defendia a democracia e o personagem da charge brinca conjugando o verbo poder.
O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseaniano? Justifique.
RESPOSTA: Não, pois Rousseau entendia da renúncia de cada um à sua vontade particular nasce a vontade geral, que é nada mais nada menos do que a vontade do corpo social unido por um interesse comum, inalienável e indivisível. Já Locke entendia como soberania popular o conjunto de indivíduos que preferiram a vida civil a condição natural, aceitando abrir mão do seu direito a uma organização estatal. No entanto, o indivíduo não aliena todos os seus direitos, pois, ao confiar o cuidado da sua salvaguarda as leis, cede tão somente o seu direito de punir.
CASO CONCRETO – SEMANA 5
Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato no interior de navio mercante com bandeira da Nauru (pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22 km quadrados) a 10 milhas marítimas de distância da linha de base do território brasileiro. A fim de realizar uma entrega de produtos extraídos na ilha e comercializados para o exterior, o referido navio dirigia-se a uma plataforma da Petrobras situada a 15 milhas marítimas de distancias da costa brasileira, que explora petróleo a uma profundidade de 6 mil metros (pré - sal). Na reportagem, o jornalista afirmou que as autoridades brasileiras seriam competentes para investigar e julgar o crime já que o mesmo teria ocorrido dentro de seu território (o detentor de soberania.
Analisando as informações acima, responda:
Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das autoridades brasileiras no que se refere a investigação e julgamento do crime? 
Resposta: Sim, pois de acordo com o Código Penal brasileiro compete as autoridades brasileiras as investigações e julgamento aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a permissão da comunidade internacional?
Reposta: Não, o Brasil só está autorizado a explorar atividade econômica dentro de território, mar ou terra.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – SEMANA 6
Título Povo: traços característicos e distintivos Descrição
No quadro acima, observamos que dentro do território do Estado espanhol, surgem dois territórios cujos habitantes se reconhecem como catalães e bascos. Neste sentido, de acordo com os seus estudos, responda: 
É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado?
RESPOSTA: Não, já que um estado é formado de três elementos – Soberania, território e nação. Como visto em aula, nação representa uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Assim, nação pode ser entendida como gruposde pessoas que, compartilham dos mesmos valores. Pessoas de nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma mesma nacionalidade podem ser membros de nações diversas. 
 
Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? 
RESPOSTA: Não, segundo Paulo Bonavides há algumas teorias que explicam o surgimento da natureza jurídica do estado: a) Teoria do território-patrimônio – O território é considerado propriedade do Estado. É uma concepção medieval, cuja característica era exatamente essa ideia de que os senhores feudais e os reis eram considerados proprietários de seus respectivos domínios, assim como dos servos hereditários da gleba, considerados acessórios da terra e do solo. Com isso, tal teoria não faz a distinção entre direito público e privado, nem entre imperium e dominium. B) Teoria do território-objeto – segundo esta teoria, o Estado exerce um direito real de caráter público, chamado domínio eminente sobre o território. Esse direito estatal (dimensão positiva), no entanto, coexistiria com o chamado domínio útil, exercido pelo cidadão (dimensão negativa). Observe, portanto, que há uma incongruência nessa teoria, uma vez que não se admitem dois direitos de propriedade sobre a mesma coisa. C) Teoria do território-espaço – Esta terceira teoria vislumbra que o poder que o Estado exerce sobre o território é um poder exercido sobre pessoas, ou seja, um poder de imperium, de comandar pessoas. Diferentemente da segunda teoria que se pauta no poder exercido sobre coisas (dominium), a teoria do d) território-espaço, na qualidade de direito pessoal do Estado, tem dificuldade para explicar o direito do Estado de praticar certos atos fora do seu território, como por exemplo, no alto mar em navios sob sua bandeira, ou, então, dificuldade para explicar o exercício do poder em áreas anecumênicas (áreas inabitadas pelo homem). E) Teoria do território-competência – Finalmente, a teoria do território-competência, concebida pela Escola de Viena, vislumbra o território como elemento determinante da validez da norma jurídica, isto é, o território é o âmbito espacial de validade da ordem jurídica estatal, com exclusão dos outros. 
Neste momento da história, são os catalães e os basco parte integrante do povo espanhol em seu sentido jurídico-político?
RESPOSTA: Sim, O País Basco atualmente é uma das regiões autônomas da Espanha, passaram a ser parte do território da Espanha a partir do século XV. Apesar dos movimentos separatistas cientistas políticos consideram que a tendência é que eles não consigam suas independências durante os próximos anos, em face do forte apoio que o Estado Espanhol possui por parte da União Europeia e da ONU.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – SEMANA 7
Título A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senão vejamos:
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; (...) III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; (...)”
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. (...)” (grifo nosso)
Diante do acima exposto, pergunta-se: 
Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal?
RESPOSTA: sim, a soberania consiste na capacidade de subsistência por si da ordem jurídica estadual, não dependente quanto a sua validade, de qualquer outra ordem jurídica.
A qual dos contratualistas é possível relacionar a soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? Justifique.
RESPOSTA: Locke, pois este defendia que para o contrato social ser firmado precisava ser por sufrágio universal, isto é não necessariamente precisaria ser unanime, mas precisa ser firmado por maioria dos indivíduos.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 8
Título A separação dos poderes e as clássicas formas de Estado 
Vários pequenos Estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada Confederação “C”. Em razão do sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os Estados confederados resolvem estreitar os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o Estado “Z”, que não querendo fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da Confederação “C”. O projeto vai adiante com os demais Estados e estes promulgam uma Constituição criando a República Federativa “F”. Passados três anos de criação da República Federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a ele dispensado, o Estado autônomo “X” informa que retornará à condição de Estado soberano, desvinculando-se de “F”. 
Pergunta-se: 
De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de “Z” e “X”? 
RESPOSTA: A desvinculação “Z” é aceitável, mas a “X” não, visto que o pacto confederal é dissolúvel, pois a Confederação é a União de Estados Soberanos, enquanto que o pacto federal é indissolúvel, visto que a Federação é a União de Estados Autônomos.
Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo?
RESPOSTA: O modelo centrípeto, onde a Confederação se forma a partir de Estados independentes.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 9
Título: As formas clássicas de governo 
Descrição 
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P” resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício personalista ao poder. A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos. 
Pergunta-se: 
A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada? 
Resposta: Não. Porque as características da Monarquia são a hereditariedade, vitaliciedade e irresponsabilidade política.
A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Pesquise e responda.
Resposta: Sim, segundo Paulo Bonavides “o constituinte de 1988, inseriu no texto magno uma disposição transitória – a do artigo 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a qual entrega ao leitor soberano, mediante plebiscito, a decisão definitiva sobre a forma de governo”. Entende o autor que não poderá mais ser abolida a República, pelo fato de que a oportunidade para tal alteração fora o plebiscito de 1993, previsto no referido artigo.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 10
Título: Os clássicos sistemas de governoEsta é uma aula que pode despertar grande interesse em razão das atuais discussões que o tema vem despertando. Neste sentido, para mostrar a importância da temática, valeria a pena (e trata-se, como sempre, de uma mera sugestão) iniciar a Aula 10 com a leitura da reportagem na “Articulação teoria e prática”, a fim de situar o discente no contexto do que será apresentado. Tendo em vista que já foi tratada a questão da separação entre poderes, esta será uma ótima oportunidade para mostrar que pode haver, no processo de divisão de funções do Estado, maneiras diversas de relação entre os poderes (principalmente entre Executivo e Legislativo), dependendo do sistema de governo adotado.
Aliás, a ideia de configurar como se dá a relação de poderes também estará presente no momento em que se for tratar, mais adiante, das novas perspectivas neoconstitucionais, quando a discussão será em torno da delimitação entre os espaços ocupados pelos Poderes Legislativo e Judiciário em uma ordem democrática. De toda forma, vale a pena ressaltar que os diversos modelos podem configurar formas específicas de organizar a relação entre os três Poderes, não havendo um modelo fixo “oficial”. Nesta linha, mais uma oportunidade para que mostremos que os modelos teóricos são meros nortes e que a realidade específica de cada Estado, mesmo que fundamentadas nestes parâmetros, jamais se enquadrará no exatos limites propostos pelas teorias.
Outra análise que nos parece importante enfocar com maior cuidado é a da divisão de funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo que no Presidencialismo é concentrada em uma única pessoa (Presidente da República) e no Parlamentarismo é exercido por pessoas diversas. Esta é mais uma maneira de apontar para o papel reforçado do Presidente em um sistema presidencialista, esclarecendo, todavia, que a divisão de atribuição entre o Chefe de Estado e o Chefe de Governo no sistema parlamentarista também não seguem uma regra fixa. Na verdade, diferenciam-se de Estado para Estado, configurando-se de acordo com o estabelecido por cada uma de suas constituições.
Como sabemos, os nossos alunos possuem especial dificuldade de entender os mecanismos de funcionamento do sistema parlamentarista. Neste sentido, a proposta é que se proceda a explicação sempre de forma correlata e comparativa com o sistema presidencialista, o que, entendemos, facilita sobremaneira o processo de compreensão das características e, principalmente, das diferenças entre os dois sistemas.
Resposta: O governo Parlamentarista é um sistema que possui as seguintes as características: as relações entre os Poderes Legislativo e Executivo se estabelecem em nível mais flexível, sendo este último um órgão colegiado liderado pelo Primeiro-Ministro, que tem responsabilidade ministerial perante o Parlamento (princípio da responsabilidade do governo perante o parlamento); o Primeiro-Ministro não possui tempo de mandato definido expressamente pela Constituição, pois, sua duração depende do apoio da maioria parlamentar, sendo que se ausentando esta dá-se a dissolução do parlamento com a convocação de eleições gerais. 
Já o governo Presidencialista Presidencialismo tem as seguintes características: o Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do poder executivo); o Poder Executivo é unipessoal, sendo que o poder presidencial deriva da própria nação; o mandato presidencial tem prazo determinado; o Presidente da República, com seu poder de veto possui participação efetiva no processo de elaboração das leis; é um sistema típico das repúblicas; a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário é rígida, embora estes poderes busquem manter a harmonia entre si.
No sistema parlamentarista, as relações entre os Poderes Legislativo e Executivo se estabelecem em nível mais flexível, vez que não há uma separação rígida dos poderes. Já no sistema presidencialista, sendo o Poder Executivo unipessoal, é observável uma demarcação mais rígida entre os espaços de atuação dos Poderes Executivo e Legislativo.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 11
Título A democracia como regime de governo 
Após inúmeras manifestações populares exigindo ampliação de participação dos cidadãos no processo político do País “P”, os governantes, assustados com tais eventos, dão início a uma reforma política que tem por objetivo alterar algumas regras estabelecidas na Constituição de “P”. Nesta, atualmente, há previsão para que apenas os homens com idade igual ou superior a 21 anos possam votar, sendo que a proposta é a de que o voto seja passível de ser exercido por homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos. Além desta alteração outras mais poderão ser propostas pelos atuais parlamentares, que, simbolicamente, representam a vontade do povo de “P”. Diante do quadro apresentado, e considerando a leitura de seu livro de Ciência Política, responda: 
A alteração da idade mínima para exercício do voto pode ser considerada uma medida que amplia o grau de democracia de “P”?
Resposta: Sim, a alteração do voto universal com idade mínima de 21 para 18 anos para eleger seus representantes, pode ser considerada uma medida que amplia o grau de democracia, pois garante uma participação efetiva igualdade de voto, entendimento esclarecido, controle do programa de planejamento e a inclusão do maior número de participantes são hoje considerados verdadeiros critérios de verificação da adoção de regime democrático pelos diversos Estados nacionais.
A vontade popular manifestada por meio de parlamentares é admitida dentro de um quadro teórico democrático? Se sim, seguindo que modelo de democracia, a dos antigos ou a dos modernos? Justifique.
Resposta: Sim, pois os regimes democráticos buscam entre muitas outras vantagens, impedir o governo de autocratas cruéis e perversos, garantindo aos cidadãos uma série de direitos fundamentais garantidos através do ordenamento jurídico que os sistemas não democráticos recusam proporcionar. Seguem a denominada “democracia dos modernos” que se fundamenta em sistema de controle e limitação, com base na transmissão representativa do poder do povo a seus representantes, que passam a exercer mandatos políticos, representando a vontade da cidadania.
A manifestação nas ruas pode ser considerada como exercício democrático ou a democracia somente deve ser reconhecida pela manifestação institucional do voto? Justifique sua resposta.
Resposta: A manifestação nas ruas e a manifestação nas urnas, mediante ao voto são duas formas distintas participar ativamente da vida política do país, as duas são, portanto, reconhecidas como exercício democrático de manifestação.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 12
Título: Os regimes autocráticos de governo 
Descrição
Recentemente em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/03/golpe-militar-de1964-completa-50-anos-relembre.html foi publicada a seguinte manchete em conhecido meio de comunicação:
“Golpe militar de 1964 completa 50 anos; Foi o início de uma ditadura militar de duas décadas no Brasil. Especialistas contam como ocorreu a tomada do poder do país pelos militares.”
Como tivemos a oportunidade de estudar na disciplina História do Direito Brasileiro, o golpe militar que deu início a uma ditadura que perdurou por 21 anos no Brasil ocorreu em um contexto histórico de Guerra Fria, com disputa entre americanos e soviéticos por áreas de influência. Neste sentido pergunta-se: 
O regime militar implantado em 1964 pode ser classificado como um regime autocrático? Justifique 
Resposta: Sim. A existência de um partido único, a concentração de poder, desrespeito aos direitos fundamentais, Estado intervencionista, violação as liberdades, restrições a direitos civis e políticos.
Em relação ao Golpe de 1964, ocorrido em um quadro de disputas por áreas de influência e lutas ideológicas entre Estados Unidos e União Soviética, é-nos possível afirmar que os norte-americanos representaram a defesado regime liberal-democrático, enquanto os soviéticos representavam a defesa das posições socialistas de cunho autoritário? Justifique. 
Resposta: Não. Visto que é possível Estados autocráticos com regime capitalista. E mais, diante da ameaça de um Estado de ideologia soviética, os EUA apoiaram as ditaduras da América Latina.
Pode-se dizer que o Brasil vivenciou a experiência totalitária no decorrer do regime militar de 1964? Justifique.
Resposta: No caso brasileiro, estaríamos diante de um governo autoritário, pois apesar de violar direitos civis e políticos, permitia uma pequena liberdade na esfera privada.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 13 
Título O Estado Constitucional de Direito e sua gênese com o Estado Liberal 
Descrição 
Leia o fragmento de reportagem publicado em http://www.vermelho.org.br/noticia/251526-1, conforme segue: Economista francês: Eleição de neoliberal é retrocesso para o mundo Dominique Plihon, professor da Universidade Paris 13, em entrevista ao Brasil Debate, afirma: “Se um candidato neoliberal ganha no Brasil, certamente ficarei triste pelos brasileiros, mas também triste pela ordem internacional. Precisamos de líderes que saibam resistir às grandes potências, ao setor financeiro, e não que sejam seus aliados.”
O chamado neoliberalismo representa um retorno dos ideais liberais do Século XVIII. Nos dias de hoje os ideais neoliberais são por muitos considerados conservadores, representando, como afirmado pelo famoso professor, um retrocesso para o mundo. Neste sentido responda as questões abaixo formuladas: 
Quais as características marcantes do chamado Estado Liberal?
Resposta: O núcleo fundante do Estado Liberal se divide em duas ideias fundamentais: o respeito ao catálogo das liberdades públicas, mais precisamente a proteção dos direitos civis e políticos e, visando à obtenção deste objetivo, a limitação do poder estatal (com a pressuposta intervenção mínima na esfera privada dos cidadãos), buscando a manutenção do equilíbrio e independência entre os três poderes. Não se pode esquecer que no âmbito jurídico, também é observável, o reconhecimento da chamada igualdade formal perante a lei.
A visão de Dominique Plihon, conforme expressa no texto acima, é a mesma que tinham os revolucionários franceses (1789) e americanos (1776) quando promoveram suas revoluções?
Resposta: Não Dominique Plihon, expressa claramente no texto que sua visão é contrária as que os revolucionários franceses e americanos tinham quando promoveram suas revoluções.
Qual a relação entre o Estado Liberal e o movimento constitucionalista do Século XVIII?
Resposta: O constitucionalismo, como visão jurídico-política, está absolutamente enovelado com a concepção de um Estado de Direito, na qual os governantes estão abaixo da vontade expressa pela lei. Em um Estado Democrático de Direito não são permitidos desmandos por parte do corpo político ou mesmo por parte do corpo técnico do Estado. No atual estágio político por que passa o país é essencial que se aponte que os desvios de conduta por parte dos exercentes do poderes da República é uma anomalia inaceitável. 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 14
Título O Estado Social e a insuficiência dos ideais liberais 
Descrição 
Analise a figura abaixo. 
Ela diz respeito a uma temática que vem sendo bastante debatida pelos cientistas políticos.
Agora responda as perguntas abaixo: 
O que é o welfare state e em que contexto o mesmo surgiu?
Resposta: O Welfare State (Estado Social) se vê compelido a proteger também os direitos atrelados à igualdade material. Portanto, é dever do Estado tratar desigualmente os desiguais (na proporção de suas desigualdades), protegendo os hipossuficientes em suas necessidades materiais mais prementes. Eis aqui a essência do chamado Welfare State. No Brasil, uma certa configuração de Estado social é introduzida pela Constituição de 1934. 
 
O que representa a mencionada ilustração?
Resposta: A ilustração acima representa a crise do Estado Social, no entanto o Estado social, mesmo em crise, continua sendo uma referência forte nos modelos constitucionais adotados no país desde a Constituição de 1934.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 15
Título: O Estado e suas perspectivas contemporâneas (1ª parte) 
Descrição 
Leia a notícia abaixo, divulgada em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/11/catalunha-faz-consulta-popular-sobreindependencia-da-espanha.html “Catalunha faz consulta popular sobre independência da Espanha Votação foi considerada inconstitucial pela Justiça espanhola e só terá valor 'simbólico'. Da BBC
O povo da Catalunha, região autônoma ao norte da Espanha, está votando neste domingo (9) em uma polêmica consulta popular sobre sua independência. Os cidadãos estão sendo questionados se querem a criação de um Estado catalão e se este Estado deve ser independente. A Justiça espanhola considerou a votação inconstitucional, mas o líder do Executivo catalão, Artur Mas, alertou que o governo central não deveria interferir no processo. "Não sei o que eles (do governo central) farão. Isso não depende da gente. Mas qualquer medida contra a votação seria um ataque direto contra a democracia e os direitos fundamentais", disse Mas o Tribunal Constitucional da Espanha havia suspendido a realização de um referendo oficial sobre o assunto. Nesta semana, a mesma corte exigiu que a votação fosse suspensa.Mas o governo da Catalunha decidiu seguir em frente com a "consulta a seus cidadãos". O primeiro-ministro Mariano Rajoy disse que a votação não terá efeitos práticos e pediu que a Catalunha retornasse à "sanidade".
Analisando o texto acima, é possível afirmar que a pretensão do povo catalão encontra bases teóricas em posições multiculturalistas?
Resposta: Sim, pois o multiculturalismo é a existência de várias nações em um mesmo estado, o que gera diferenças e o desejo de independência. Cada nação possui seus costumes, sua religião, idioma e etnia, constituindo um povo diferente, se considerarmos povo no sentido sociológico da palavra.
No caso acima, observou-se que a disputa foi levada a Corte Constitucional espanhola. É possível afirmar que nos países em que se reconhece o neconstitucionalismo como linha teórico-jurídica hegemônica, o Poder Judiciário possui maior relevância em um quadro de divisão de poderes?
Resposta: Sim, pois o neoconstitucionalismo pressupõe uma maior eficácia das normas constitucionais, o que acaba exigindo uma postura mais ativa do judiciário, a quem incumbe a proteção da constituição.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 16
Título O Estado e suas perspectivas contemporâneas (2ª parte) 
Descrição 
FIGURA 1
FIGURA 2
Nesta Aula 16 foram analisados alguns temas ligados à fragmentação quantitativa e qualitativa da soberania estatal em tempos de intensa globalização. No que se refere aos cartoons acima, pergunta-se: 
Na figura 1, qual a relação que a ilustração sugere haver entre globalização e relativização da soberania?
Resposta: A repercussão da globalização na reconfiguração da estrutura e do papel do Estado nacional pode ser considerada, inequivocamente, uma extensão e um acelerador do processo contínuo de transnacionalização. É nesse sentido que parece estarmos diante de uma possível erosão das competências tradicionais do Estado soberano, tendendo este, progressivamente, a ter de abrir mão de algumas de suas mais tradicionais competências de regulação e jurisdição já que não se mostra mais capaz de, por si só, resolver ou apresentar resposta perante as diversas solicitações e exigências que a ele são dirigidas, seja ao nível do desenvolvimento e do bem-estar, da segurança e da estabilidade ou mesmo do ambiente, da justiça e dos direitos humanos. Porém, ao delegar a outras entidades competências anteriormente suas, os Estados nacionais podem ter de reconhecer nas outras esferas uma hierarquia superior à sua, o que coloca em xeque sua própria soberania.
No que se refere à Figura 2, é possível afirmar que a mesma representa um bom exemplo ideiade fragmentação da soberania estatal? Justifique.
Resposta: A fragmentação quantitativa com o reconhecimento de inúmeros novos países no Pós-Guerra, levando o número de Estados a triplicar, por si só nada significaria, se na maior parte deles as crises já não mais repercutissem no seu processo de organização interna. Porém, tão preocupante quanto este tema é aquele que vem surgindo no cenário contemporâneo e que vislumbra a formação de um outro tipo de cidadania (incentivada pelas demandas multiculturais), que compartilha lealdades e que se vê vinculada não apenas ao direito produzido pelo Estado nacional, mas também àquele produzido por outros entes. Isto porque, por trás do direito a ser diferente, do respeito pelos direitos culturais e pelos laços transnacionais, pode estar surgindo um regime legal, estabelecido por, até mesmo, fontes extraestatais que, ao estabelecer a quebra do monopólio estatal, compartilhando competência de produção normativa, contribui fortemente para a relativização da soberania estatal e dos vínculos Estado/cidadão.

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