Buscar

Aulas 6 e 7 A+ç+âO PENAL (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AÇÃO PENAL
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENALPossibilidade jurídica do pedido: fato que se afigura crime + punibilidade;
- O pedido será juridicamente possível sempre que, em tese, a conduta imputada ao agente for típica.
Ex.: Furto de uso ou incesto conduta atípica e pedido juridicamente impossível
- Há também posicionamento no sentido da impossibilidade jurídica do pedido: 
a) se já estiver extinta a punibilidade;
b) quando se pedir a condenação do acusado a uma pena não admitida no ordenamento jurídico.
Ex.: açoite, trabalhos forçados. 
OBS.: O pedido de condenação é possível; o que não é o pedido mediato.
IMPORTANTE: “as condições de procedibilidade” se enquadram como requisitos da possibilidade jurídica do pedido: CP, art. 100, §1); CP, art. 100, §1, c.c. CPP, art. 24; CP, art. 7º, §2º; CPP, art. 529, caput.
Legitimidade das partes: Ativa - MP (regra) e ofendido (exceção); Passiva: Autor do delito
- Haverá ilegitimidade da parte ativa se o MP oferecer denúncia em um crime da ação penal privada ou se a vítima oferecer queixa em um crime de ação penal pública (salvo tratando-se de ação penal privada subsidiária)
Interesse de agir: relação de utilidade entre lesão e tutela jurisdicional = necessidade + adequação
- Necessidade: quando não se pode obter a satisfação do direito violado por outro meio que não o Poder Judiciário: se a parte contrária se negou a satisfazer, espontaneamente, o direito violado; ou mesmo, quando querendo, não podem atuar à vontade da lei. É inerente a toda ação penal condenatória, pois o Estado não pode impor a pena senão pelas vias jurisdicionais. Somente no JECRIM, diante da possibilidade de transação penal, é que se pode cogitar da desnecessidade da ação penal.
- Adequação: difícil surgir o problema de adequação, no que toca à tutela penal condenatória. Pode surgir em outros campos. Ex.: habeas corpus para anular processo por crime para o qual seja prevista exclusivamente pena de multa.
JUSTA CAUSA DA AÇÃO PENAL: Indícios de autoria + 
Prova da materialidade delitiva
Não há consenso sobre o enquadramento da justa causa entre as condições da ação, mas a denúncia ou queixa ainda assim deverão ser rejeitadas – CPP, art. 395, III ); assim como nas demais causa descritas acima – CPP, art 395, II, segunda parte. 
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL: CRITÉRIO SUBJETIVO (toma por elemento classificador quem irá promover a ação penal, ou seja, o legimado ativo)
	SE DIVIDE EM DUAS GRANDES CATEGORIAS:	Da Iniciativa Pública
(CP, art. 100. A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido) 
§1.º A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
A determinação de quais crimes são processados mediante a que espécie de ação penal é feita pelo Código Penal, na sua parte especial. No silêncio do legislador será pública incondicionada.
• Propositura obrigatória; desde que presente a justa causa, o MP DEVE oferecer a denúncia. Mesmo quando condicionada, satisfeita as condições de procedibilidade. 
ASSIM:
II) Da Iniciativa Privada
I.1) Incondicionada
• Não se sujeita a nenhuma outra condição, além das condições da ação);
• No silêncio do legislador;
• O crime viola um bem jurídico de interesse público (relevante para toda a sociedade).
• Representação do Ofendido – o legislador determina que “somente se procede mediante representação” – Exs. CP, art. 147, ameaça; nos crimes de violação de segredo e divulgação de segredo profissional. Embora o crime viole preponderantemente interesse público, ainda há, de forma mediata, um forte interesse da vítima, normalmente, por expor ou violar a sua intimidade. 
• Requisição do Ministro da Justiça - “(...) mediante requisição do Ministro da Justiça” – CP, art. 145, § único: crime contra honra do Presidente da República ou chefe do governo estrangeiro. 
I.2) Condicionada
• Sujeita a outras condições, para que o MP possa oferecer a denúncia. QUAIS SEJAM:
	QUAIS SEJAM:
II. 3) Ação Privada Personalíssima:
Ocorre no crime do art. 236 do CP.
II.1) Ação Exclusivamente Privada (CP, art. 100, § 2)
• Nas hipóteses em que “somente se procede mediante queixa do ofendido” (ou de seu representante legal) - ex.: CP, art. 145, caput: crimes contra a honra; 
• O crime viola um interesse preponderantemente privado. Muitas, vezes, o “escândalo” do processo poderá ser encarado como mais prejudicial à vítima do que o próprio delito.
•Depende da disponibilidade do ofendido, que pode propô-la ou não (ver renúncia ou decadência); ou mesmo dela dispor (ver perempção ou perdão)
II. 2) Ação Privada Subsidiária da Pública:
•Não há previsão específica, até mesmo porque, a ação era pública.
Conjugação de dois fatores: fatores: 
a) O silêncio da lei, para que, originamente, se tenha uma ação penal de iniciativa pública;
b) Ausência de oferecimento da denúncia no prazo legal. O ofendido (ou seu representante legal)) poderá propor a queixa subsidiária.

Outros materiais