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Estrutura Frasal 
 
Frase, Oração e Período 
 Frase é todo enunciado linguístico capaz de transmitir uma ideia. A frase é uma palavra ou conjunto 
de palavras que constitui um enunciado de sentido completo. 
 A frase não vem necessariamente acompanhada por um sujeito, verbo ou predicado. 
Ex: Silêncio! 
 A frase se define pelo propósito de comunicação, e não pela sua extensão. O conceito de frase, portanto, 
abrange desde estruturas linguísticas muito simples até enunciados bastante complexos. 
Outros tipos de frases 
 Frase Clichê: são frases que podem reproduzir formas de discriminação social e expressar um modo 
de pensar as relações sociais,utilizando às vezes fragmentos de provérbios. 
Ex: Lugar de Mulher é na Cozinha. 
Homem não presta. 
 Frase coloquial (coloquialismo) : É a dita de forma coloquial, ou seja, usando-se uma linguagem 
simples, em geral oralmente, com textos resumidos e informais. Uma frase coloquial pode conter 
erros gramaticais (uma ou mais palavras não estão na linguagem padrão), mas costuma ser falada 
por qualquer pessoa, não importa o seu nível social. 
Ex: 
Formal: Está certo (concordo). 
Coloquial:Tá certo. 
 
Formal: Sou totalmente indiferente quanto a isto. 
 Coloquial: Tô nem aí. 
 
Formal: Sua afirmação foi encarada com ceticismo. 
 Coloquial: Não acreditaram no que ele disse. 
 
Formal: Paradoxalmente; 
 Coloquial: Ao contrário do que todo mundo pensa. 
 
Formal: Ele foi flagrado. 
 Coloquial: Ele foi pego com a boca na botija. 
 
A frase e o Discurso Jurídico 
Nem sempre a estrutura da frase é adequada ao discurso jurídico. 
Literariamente, há diversos tipos frásicos de rigor retórico, mas não apropriados ao discurso jurídico. 
As principais modalidades frasais são as seguintes: 
 Frase de arrastão: sequência cronológica de coordenações, arrastando a ideia, pormenorizando o 
pensamento. São muito utilizadas na linguagem infantil e empregadas por autores contemporâneos 
para denunciar uma humanidade que perdeu sua capacidade de hierarquizar ideias, imitando o 
homem medieval, que tinha dificuldades em construir períodos subordinados. 
 Ao jurista é totalmente imprópria esta construção frásica. 
 Leia-se o exemplo: 
O julgamento iniciou e o juiz deu a palavra ao advogado e este apresentou sua tese com entusiasmo, 
mas os jurados não aceitaram a legítima defesa e condenaram o réu. 
 Poder-se-á tornar o período mais complexo, sem perder de vista a mensagem, por meio de terapia de 
linguagem, processo pelo qual se torna a frase mais adequada sintática e estilisticamente: 
 Iniciado o julgamento, o juiz deu a palavra ao advogado, que apresentou, com entusiasmo, sua tese, 
não sendo aceita, porém, a legítima defesa, razão pela qual os jurados consideraram o réu culpado. 
 Frase de ladainha: é variante da frase 
 Frase de ladainha: é variante da frase de arrastão, sendo construída com excesso de polissíndeto 
da conjunção e, sem, no entanto, dar à frase tom retórico de gradação (crescente ou decrescente). 
 Apesar de nunca ser recomendado seu emprego no discurso jurídico escrito, pode, eventualmente, e com 
auxílio de recursos fônicos (timbre de voz, tonicidade) e gestuais, ser utilizada no discurso oral. 
 Imagine o advogado dirigindo-se vagarosamente em direção aos jurados, mão estendida, olhar sombrio e 
voz arrastada, aumentando, aos poucos, o timbre e a velocidade, dizendo: 
 O réu entrou na sala e caminhou lentamente em direção à vítima e a olhava friamente, com riso 
perverso nos lábios e balançava uma faca brilhante e afiada na mão direita e, com violência, enfiou o 
instrumento perfurante no ventre da mísera mulher. 
 O recurso poderá demonstrar a crueldade do ato criminoso, se usado com habilidade. Não deverá, porém, 
ser empregado repetidamente, pois perderá sua validade no discurso jurídico. 
 
 Frase entrecortada: também chamada de frase esportiva, é muito curta. Em excesso, esta 
construção usada como recurso estilístico literário para apontar a incapacidade de o homem 
pensar, torna-se em estilo picadinho, impróprio ao discurso jurídico. 
 Veja-se: 
O réu entrou na sala. Estava abatido. Sentou-se. Colocando as mãos na cabeça. Ela estava abaixada. Ele 
parecia desanimado. Ele previa o resultado adverso. Ele esperava a condenação. 
Terapia da linguagem: 
O réu entrou abatido na sala, sentando-se, em seguida, com as mãos na cabeça abaixada. Ele parecia 
desanimado, pois previa o resultado adverso e esperava a condenação. 
 Frase fragmentária: variante da frase entrecortada, apresenta rupturas na construção frásica, 
com incompletude sintática. Não deve ser usada no discurso jurídico, salvo se ocorrer elipse 
gramatical retórica: 
 Condenado o réu, será encaminhado a presídio de segurança máxima 
 Por: 
Se o réu for condenado, será encaminhado a presídio de segurança máxima. 
 Frase labiríntica: é o excesso de subordinações, dividindo-se a frase em ideias secundárias que, 
por sua vez, também se partem, afastando-se da ideia nuclear. 
 Veja-se: 
 O Direito é aplicação da lei que é imperativa, não convidando seus subordinados a obedecer a ela, 
por exigir seu acatamento, sendo a norma jurídica a vontade do ordenamento jurídico. 
Terapia da linguagem: 
 O Direito é, antes de tudo, a aplicação da lei que traduz a vontade do ordenamento jurídico. Assim, a 
norma jurídica tem natureza imperativa, pois não convida; antes disso, exige obediência de seus 
subordinados. 
 Frase caótica: também apelidada fluxo do consciente, da linha psicanalística. É estrutura frásica 
desorganizada, sem logicidade semântico-sintática, bastante empregada na literatura 
contemporânea, mas inaceitável no discurso jurídico. 
 Assim, o emissor deve verificar se as ideias estão bem ordenadas, com estruturação sintática adequada, 
porque o discurso jurídico afasta qualquer possibilidade de emprego do monólogo interior, expressão da 
frase caótica. 
Algumas frases: 
“A lei é a razão livre da paixão” Aristóteles 
 “Cometer injustiça é pior do que sofrê-la” Platão 
“É preciso que os homens bons respeitem as leis más, para que os homens maus respeitem as leis boas” 
- Sócrates 
 
Medida Retórica 
No discurso jurídico, o emprego adequado é o da medida retórica, a saber: 
 Período simples: expansão moderada da estrutura sintática mínima, evitando frases entrecortadas (ou 
fragmentadas quando incompletas): 
O réu atacou a vítima 
 \_____/ \______/ \_______/ 
 Sujeito vtd od 
estrutura sintática mínima 
ou: 
O Réu, de inopino, atacou a indefesa vítima. 
Período composto: medida retórica = três orações (duas orações representam a estrutura mínima do 
período composto, com o seguinte esquema: 
 ____________, __________, ____________. 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 1ª frase 
Parágrafo gráfico: medida retórica = três frases, com o seguinte esquema: 
 ____________, ____________, ____________. ____________________, 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 1ª oração 
 
 ____________, ____________. ____________, ______________, 
 2ª oração 3ª oração 1ª oração 2ª oração 
 
 ____________. 
 3ª oração 
Parágrafo formal (redação): medida retórica = três argumentos no desenvolvimento do discurso dissertativo, 
com o seguinte esquema: 
 
 Introdução 
 ideia 1 
Desenvolvimento ideia 2 
 ideia3 
Conclusão 
 Atendida a medida retórica, cada parágrafo gráfico terá, em média, seis linhas, perfazendo 30 linhas, 
medida retórica redacional. 
 
 Todavia, não há rigidez retórica, permitindo-se variáveis aos parágrafos gráficos. A medida retórica deve 
servir de paradigma e de parâmetro ao discurso redacional. 
 
 Oração 
 É todo enunciado linguístico que tem o nucleo como o verbo, apresentandosujeito e predicado". 
Ex.: O menino brincou com o cavalo. 
O que caracteriza a oração é o verbo, não importando que a oração tenha sentido ou não sem ele. 
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: 
- que o enunciado tenha sentido completo; 
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). 
Ex:Camila terminou a leitura do livro. 
 Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: 
elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma 
função sintática. 
Atenção: 
 Nem toda frase é oração. 
Ex: Que dia lindo! 
 Esse enunciado é frase, pois tem sentido completo. 
 Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. 
 
 Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como: 
 Socorro! 
 Com Licença! 
 Que rapaz ignorante! 
 
 A frase pode conter uma ou mais orações. 
Ex: Brinquei no parque. (uma oração) 
 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) 
 Cheguei, vi, venci. ( três orações) 
Observação: 
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas 
orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais. 
 Período 
O período é uma frase que possui uma ou mais orações, podendo ser: 
Simples: Quando constituído de uma só oração. 
 Ex.: João ofereceu um livro a Joana. 
 O amor é eterno. 
 As plantas necessitam de cuidados especiais. 
 Quero aquelas rosas. 
Composto: Quando é constituído de duas ou mais orações. 
 Ex.: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. 
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe. 
 Chegueiem casa, jantei e fui dormir. 
Tipos de Período Composto 
 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃOorações coordenadas. 
 PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃOorações subordinadas. 
 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E POR SUBORDINAÇÃO = orações coordenadas e orações 
subordinadas. 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
As orações coordenadas podem ser: 
 Assindéticas = vêm justapostas, não iniciadas por conjunção coordenativa. 
Ex: O dia é belo, esplende ao sol a baía, os aviões rumorejam, passam mulheres perfumadas. 
 Sindéticas = são introduzidas por uma conjunção coordenativa qualquer, da qual tomam o nome. 
Ex: Subi devagarzinho, colei o ouvido à porta da sala de Damasceno, mas não ouvi nada. 
 Maria casou-se e teve quatro filhos. 
As Orações Coordenadas Sindéticas podem ser: 
 Aditivas = expressam ideia de adição. Iniciadas pelas conjunções: e, nem, mas também, mas ainda, 
bem como, como também, etc. 
 Ex: Eu leio os originais e você corrige os erros. 
 Adversativas = Exprimem oposição.Iniciadas pelas conjunções: mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, no entanto, senão, não obstante,ao passo que,apesar disso, etc. 
 Ex: É pobre, mas é honesto. 
 Alternativas = Exprimem fatos que se alternam. Iniciadas pelas conjunções: ou...ou, ora...ora, 
quer...quer, seja...seja, já....já, talvez....talvez, etc) 
 Ex: Ou trabalha, ou estuda. 
 Explicativas = Justificam uma opinião.Iniciadas pelas conjunções: que, porque, porquanto, pois, etc. 
 Ex: Não chores, porque é pior. 
 Conclusivas = Exprimem uma conclusão lógica. Iniciadas pelas conjunções: logo, portanto, por 
conseguinte, por isso, pois, etc) 
 Ex:Penso, logo existo. 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 Neste período figuram orações de duas naturezas, ou seja, orações principais e orações subordinadas. 
Há três tipos de oraçõessubordinadas: 
 Substantivas = na maioria das vezes, as orações subordinadas substantivas são introduzidas por 
conjunção subordinada integrante, sendo as principais a partícula QUE e a SE. Tais orações são assim 
denominadas porque exercem função sintática própria de substantivo. 
 Adjetivas = são introduzidas por pronomes relativos, sendo o mais comum o relativo QUE quando 
substituível por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS, sem alterar o sentido do período. Tais 
orações exercem a função de adjuntos adnominais. Como a função de adjunto adnominal é própria de 
adjetivo, a oração do mesmo valor chama-se adjetiva. 
 Adverbiais = estas exercem a função de adjuntos adverbiais. Excetuando-se as conjunções 
subordinativas integrantes QUE e SE, as demais conjunções subordinativas introduzem as orações 
subordinadas adverbiais no período, as quais se classificam de acordo com a classificação da própria 
conjunção subordinativa. 
 
TERMOS DA ORAÇÃO 
Essenciais: Sujeito e Predicado 
Integrantes: Objeto Direto, Objeto Indireto, Predicativo do sujeito, Predicativo do Objeto, Agente da Passiva 
Acessórios: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial, Complemento Nominal, Vocativo, Aposto. 
 
OBJETO DIRETO 
 Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo 
transitivo direto, por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado. 
 Ex: Melissa achou o livro. 
 André quer um tênis. 
 Jéssica come salada. 
 
OBJETO INDIRETO 
 Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo 
transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. 
 O traço mais importante e característico do objeto indireto é a presença da preposição. 
 Ex: A cigana pedia dinheiroà moça. 
 José lembrou-se daex-namorada. 
 Lúcia gostademacarronada. 
 Renata e José assistiramaofilme. 
PREDICATIVO DO SUJEITO 
Predicativo é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ao sujeito. 
 É o termo que indica uma qualidade do sujeito ou do objeto direto ou do objeto indireto. No 
predicado nominal sempre existe predicativo do sujeito. No predicado verbo-nominal, sempre existe 
predicativo do sujeito ou do objeto direto o do objeto indireto. 
 
Ex: Ele está triste 
 Os alunos são inteligentes. 
 O trem está quebrado. 
 
AGENTE DA PASSIVA 
 É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser 
que praticou a ação verbal. 
 Ex: O barulho acordou a vizinhança. [oração na voz ativa] 
 A vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva] 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 Complemento nominal é o termo que complementa o sentido de um nome, conferindo-lhe uma 
significação completa ou, ao menos, mais específica. 
 São duas as principais características do complemento nominal: 
- sempre seguem um nome, em geral abstrato; 
- ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória. 
 Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral. 
Ex: Meus filhos têm loucura por futebol. 
 A vitória de um é a conquista de todos. 
 Tenho confiança em suas palavras 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
Adjunto adnominal é otermo que caracteriza e/ou define o nome sem intermediação de um verbo. 
Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome adjetivo ou 
numeral. 
Ex: Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente. 
...[nosso: pronome adjetivo] 
...[velho: adjetivo] 
 Todos querem saber amúsicaque cantarei na apresentação. 
...[a: artigo] 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 O adjunto adverbial é um termo cuja função é complementar um verbo intransitivo, ou seja, um 
verbo que tem sentido pleno, completo, ou um verbo transitivo, aquele que possui um 
complemento. 
 Ex: Choveu Ontem. 
 O termo grifado é um adjunto adverbial, visto que complementa um verbo intransitivo, de sentido 
pleno. O termo ontem passa a ser categorizado como um advérbio composto pela própria palavra, 
ou seja, os adjuntos adverbiais indicam circunstância ao verbo. 
 São eles:Tempo, Lugar, Modo, afirmação, causa, dúvida, instrumento, intensidade, negação, etc 
APOSTO 
 É um termo se liga a um substantivo com a função de explicá-lo, aparecendo de forma isolada, ora 
entre vírgulas, ora separado por uma única vírgula no início ou no final de uma oração ou ainda por 
dois pontos. 
 É um termo que repete a função sintática de outro termo fundamental da oração 
Ex: Ronaldo, o fenômeno, joga no timão. 
 Maria, a esposa do infeliz, abriu a porta. 
VOCATIVO 
 O vocativo é um termo de natureza exclamativa, que tem como função chamar alguém ou alguma 
coisa personificada. É o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. 
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar ou interpelar o elemento a 
que se está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação e admite anteposição de interjeição de 
chamamento. 
Ex: "Tenho certeza, amigos, que isso vai acabar bem." 
 "Ide lá, rapazes!" 
 "Paulo, venha cá." 
 "Silvia, vamos logo!" 
 "Ana, saia daí!" 
 "Elen,olhe aqui!" 
 Ó máquina, orai por nós. 
 
Concordância Verbal Jurídica 
Concordância do Sujeito Composto 
O verbo permanece no singular: 
a)Se os sujeitos dão a ideia de gradação. 
 Ex: Os Municípios, os Estados, todo Brasil quer a reforma tributária. 
 
b) Se os sujeitos são formados por infinitivos: 
 Ex: Exercitar e comer com moderação faz bem ao corpo. 
O verbo vai para o plural se os infinitivos são antônimos ou se estiverem determinados. 
Ex: Acusar e defender distinguem no júri, o promotor e o advogado. 
 Amar pouco e sofrer muito são próprios dos infelizes 
 Se os vários sujeitos se resumem em um pronome indefinido (tudo, nada, alguém, ninguém, etc). 
 Ex: Dinheiro, mulher, ambição, tudo o incentivou ao crime. 
 Partes, advogados, testemunhas, ninguém comentou a decisão. 
d) Quando os sujeitos são antecedidos do pronome indefinido cada. 
 Ex: Cada palavra, cada gesto demonstra seu bom caráter. 
e) Se os sujeitos estão ligados pela conjunção ou, indicando exclusão, bem como os sujeitos 
antecedidos pela conjunção nem. 
Ex: O juiz fulano ou o juiz beltrano será promovido a desembargador. 
 Nem A nem B se candidatará à vaga de promotor. 
Exceções: 
1. o verbo concorda com o último sujeito se a conjunção ou tem o sentido corretivo 
Ex: A testemunha ou as testemunhas prestaram depoimentos pouco convincentes. 
2. Estando o verbo antecedendo os sujeitos, a concordância se fará com o mais próximo. 
Ex: Nenhuma pista deixou o mandante ou os executores do crime. 
 Nenhuma pista deixaram os executores do crime ou o mandante. 
 
f) Quando os sujeitos estão ligados pela preposição com, se há o propósito de dar ênfase a um deles: 
 Ex: O governador com os secretários afirma que solucionará o problema. 
Obs: o verbo vai para o plural caso se refira, de modo expresso, aos dois sujeitos. 
 Ex: A parte com seu advogado compareceram à audiência. 
 
2. O verbo poderá ficar no singular ou no plural: 
a) Se os sujeitos, no singular, estão após o verbo. 
 Ex: Entrou/entraram na sala o juiz e o escrivão. 
b) Se o sujeito é um e outro 
 Ex: O bandidos trocaram tiros, um e outro ficaram/ficou ferido (s) 
Obs: A expressão nem um nem outro leva o verbo para o plural 
 Ex: Os acusados compareceram, mas nem um nem outro confessaram. 
Casos especiais 
a) Sendo o sujeito composto por pessoas gramaticais diferentes, o verbo fica no plural, mas concorda 
com a pessoa que tem primazia. 
 Ex: Tu e ele estais condenados. 
 
b) Quando figurar um ou mais pronomes como um dos sujeitos entre outros,o verbo concorda com o 
mais próximo ou com a pessoa gramatical que tem primazia. 
 Ex: Aplaudi eu e todos os presentes ( mais próximo) 
 Aplaudimos todos os demais presentes e eu. (primazia) 
c) Os termos correlativos não só, mas também, tanto..., como e outros semelhantes levam o verbo 
para o plural. 
 Ex: Não só o mandante mas também o executor do crime foram presos. 
 Tanto o autor como o réu ficaram insatisfeitos com a decisão. 
d) Se entre dois sujeitos aparece uma dessas expressões bem como, assim como, do mesmo modo que 
ou simplesmente a palavra como (no mesmo sentido delas). O verbo concorda com o primeiro sujeito. 
Ex: O escrivão, bem como os servidores do cartório, recusou a atender a parte. 
 O réu, como seu advogado, ficou muito tenso durante o júri. 
O verbo ser 
a) Quando o pronome pessoal está depois do verbo, este concorda com o pronome. 
 Ex: O juiz aqui sou eu. 
Obs: Se forem dois pronomes pessoais, o verbo concorda com o primeiro. 
 Ex: Nós não somos vocês. 
 b) Nas orações interrogativas começadas com pronome interrogativo, o verbo concorda como 
termo posposto. 
 Ex: Quem são as testemunhas? 
 c) O verbo fica no singular se o sujeito da ideia de preço, medida, peso ou quantidade. 
 Ex: Cem reais é o valor das custas. 
 Dez metros a mais no terreno foi suficiente para as partes conciliarem. 
 d) Sendo o verbo ser empregado como impessoal (não havendo sujeito), a concordância se dá 
com o predicativo. 
 Ex: Hoje são três de março. 
 Eram dez horas da manhã. 
Obs: Tratando-se de data o verbo fica no singular quando aparece a palavra dia. 
 Ex: Hoje é o dia três de março. 
Verbo parecer 
a) Se o verbo parece estiver acompanhado de infinitivo, nunca os dois devem ficar no plural, 
sendo facultativo variar um ou o outro. 
 Ex: Os advogados parecem gostar de prazos curtos. 
 Os advogados parece gostarem de prazos curtos. 
 b) O verbo parecer fica invariável se aparecer depois dele um infinitivo pronominal. 
 Ex: Os servidores da justiça parece arrependeram-se de fazer a greve. 
Concordância Irregular 
É também chamada pelos gramáticos de concordância figurada ou de silepse. 
 Ex: Vossa Excelência é justo. 
 Salvador é bonita. 
 O camisa dez jogou mal. 
A silepse de número é mais comum quando se inicia uma frase com coletivo partitivo ou com um 
número percentual, concordando o verbo com o nome posposto. 
 Ex: A maior parte dos candidatos conseguiram aprovação. 
 
Concordância Nominal 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e 
as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numeraisadjetivos 
e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes. 
Obs: Normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como 
adjunto adnominal. 
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. 
 Ex: As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. 
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa 
flexão nos seguintes casos: 
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: 
- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. 
Ex: Encontramos caídas as roupas e os prendedores. 
 Encontramos caída a roupa e os prendedores. 
 Encontramos caído o prendedor e a roupa. 
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. 
Ex: As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. 
 Encontrei os divertidos primos e primas na festa. 
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (forma masculino plural). 
Ex: A indústria oferece localização e atendimento perfeito. 
 A indústria oferece atendimento e localização perfeita. 
 A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. 
 A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. 
 Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo 
efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural 
masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes. 
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: 
 a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. 
 Ex:Água é bom para saúde. 
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere. 
 Ex: Juliana as viu ontem muito felizes. 
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + 
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular. 
 Ex: Os jovens tinham algo de misterioso. 
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a 
que se refere. 
 Ex: Cristina saiu só. 
 Cristina e Débora saíram sós. 
 Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, 
portanto, invariável. 
 Ex: Eles só desejam ganhar presentes. 
 
Casos Particulares 
 É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido) 
Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que 
se referem possuir sentido genérico (não vir precedido de artigo). 
 Ex: É proibido entrada de crianças. 
 Em certos momentos, é necessário atenção. 
 No verão, melancia é bom. 
 É preciso cidadania. 
 Não é permitido saída pelas portas laterais. 
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o 
verbo como o adjetivo concordam com ele. 
Ex: É proibida a entrada de crianças. 
 Esta salada é ótima. 
 A educação é necessária. 
 São precisas várias medidas na educação. 
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite 
 Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se 
referem. Observe: 
Ex: Seguem anexas as documentações requeridas. 
 A menina agradeceu: - Muito obrigada. 
 Seguem inclusos os papéis solicitados. 
 Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites. 
Bastante - Caro - Barato – Longe 
 Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se 
referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais. 
 Ex: As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) 
 Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo) 
 Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) 
 As casas estão caras. (adjetivo) 
 Achei barato este casaco.(advérbio) 
 Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 
 "Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio) 
 "Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo) 
Meio – Meia 
 A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere. 
 Ex: Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. 
Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável. 
 Ex: A noiva está meio nervosa. 
 
Alerta – Menos 
 Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis. 
Ex: Os escoteiros estão sempre alerta. 
 Carolina tem menos bonecas que sua amiga. 
Regência Verbal 
Os termos quando exigem a presença de outros chamam-se REGENTES. 
Os que completam a significação são REGIDOS. 
Quando o termo REGENTE é um verbo, ocorre a REGÊNCIA VERBAL. 
 Ex: O governo congelouos preços. 
 Termo REGENTE Termo REGIDO 
 Confiamos em Deus. 
 Termo REGENTE Termo REGIDO 
Obs: Na Regência Verbal o termo regido pode ser preposicionado ou não 
Quando o termo REGENTE é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) ocorre a REGÊNCIA NOMINAL. 
Ex: Temos confiança em Deus. 
 Termo REGENTE Termo REGIDO 
Filme impróprio para menores. 
Termo REGENTE Termo REGIDO 
Ele agiu contrariamenteao regulamento. 
 Termo REGENTE Termo REGIDO 
Obs: Na REGÊNCIA NOMINAL o termo regido é obrigatoriamente preposicionado. 
 
REGÊNCIA VERBAL 
Dá-se o nome de REGÊNCIAa relação de dependência que se estabelece entre um verbo (ou um nome) e seus 
complementos. 
Observamos que na relação de dependência entre um verbo e seu complemento, estes podem 
virdiretamente ligados àqueles, ou indiretamente, ou seja, com uma preposição entre eles. 
 AGRADECER 
- Transitivo direto (quando o objeto for um ser não personificado). 
 Ex: Agradeceu a joia. 
- Transitivo Indireto (quando o objeto for pessoa). 
 Ex: Agradeceu ao noivo. 
- Transitivo Direto e Indireto ( quando se refere a coisa e pessoa). 
 Ex: Agradeceu a joia ao noivo. 
 
 ASPIRAR 
 - No sentido de sorver, tragar, constrói-se com objeto direto. 
 Ex: Marta aspirava o perfume das rosas. 
- No sentido de desejar, pretender, constrói-se com objeto indireto. 
 Ex: Ela aspirava a altos cargos. 
Obs: Neste verbo usa-se a preposição a e não admite os pronomes lhe e lhes. 
 
 ASSISTIR(admite várias regências) 
a) Dar assistência, prestar auxílio: tem preposição facultativa 
 Ex: A defensoria pública assiste (o ou ao) cidadão. 
 b) Ver, notar, perceber: exige a preposição a 
 Ex: A esposa assistiu ao julgamento do marido. 
 c) Caber, competir: exige a preposição a. 
 Ex: Não assiste ao advogado contestar a autoridade. 
 d) Residir, morar:exige a preposição em ou a: 
 Ex: Meu cliente assiste no mesmo domicílio há dez anos. 
Obs: O verbo assistir no sentido de estar presente não pode ser empregado na voz passiva, portanto frase 
como essa éincorreta: 
 Ex: O jogo foi assistido por milhares de pessoas. 
 
 ATENDER 
Pede objeto direto com o significado de "servir, escutar e responder". 
 Ex: O garçom atendia o freguês com simpatia. 
 Renato atendeu o telefone logo que ele tocou. 
 Observação: Com o sentido de "escutar e responder", a regência deste verbo pode apresentar 
a oposição luso-brasileira "atender algo / atender a algo". 
 Ex: Renato atendeu o telefone / Renato atendeu ao telefone 
 Pede objeto indireto no sentido de "deferir, cuidar de". 
 Ex: O juiz atendeu ao requerimento do advogado. 
 Horácio e Vera atendiam às crianças de sua creche com muito carinho e dedicação. 
 Todo domingo, um grupo de jovens atendia aos mais necessitados de seu bairro com alimentos e 
roupas doados. 
 Pede objeto direto ou indireto, indiferentemente, quando significa "dar ou prestar atenção a, 
dar audiência a". 
 Ex: O soldado não atendeu as (às) ordens do sargento. 
 Janete sempre atendia os (aos) conselhos de sua mãe. 
 O reitor atenderá a (à) comissão de alunos amanhã. 
 AVISAR 
(assim como CERTIFICAR, INFORMAR, NOTIFICAR, PREVENIR) 
 Pede objeto direto e indireto. 
Ex: (AVISAR ALGUÉM DE ALGUMA COISA - FORMA MAIS ACEITÁVEL) Eu avisarei Pedro da sua chegada. 
Eu o avisarei... 
(AVISAR ALGUMA COISA A ALGUÉM) 
Eu avisarei sua chegada a Pedro. 
Eu lhe avisarei... 
 CONSTITUIR (-SE) 
 O verbo constituir é transitivo direto. 
Ex: Esses capítulos constituem o núcleo do romance. 
O verbo constituir-se rege a preposição "em": Esses capítulos constituem-se no núcleo do romance. 
 CUSTAR 
 No sentido de ser custoso, difícil, emprega-se na 3ª pessoa do singular, tendo como sujeito uma oração 
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, a qual pode vir precedida da preposição a. 
 Ex: Custa-me dizer o que aconteceu. 
 Custa muito chegar até lá. 
No sentido de acarretar trabalhos, causar incômodos, constrói-se com objeto direto e indireto. 
Ex: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. 
 DEPARAR 
 = constrói-se com objeto direto ou indireto no sentido de encontrar. 
 Ex: Deparei (com) mulheres na praia. 
 Constrói-se com objeto direto ou indireto no sentido de fazer aparecer, apresentar. 
 Ex: O juiz não deparou solução ao processo. 
 Constrói-se com objeto indireto no sentido de apresentar-se, oferecer-se, sendo o verbo pronominal. 
 Ex: Depararam-se com coisas estranhas. 
 
 DESFRUTAR e USUFRUIR (TD) 
 Ex.: Desfrutei os bens de meu pai. 
 Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam. 
 DIGNAR-SE (pronominal, que no padrão culto rege a preposição "de") 
 Ex: Ele não se dignou de dizer a verdade. 
 O deputado nem se dignou de nos responder. 
Observações: É comum, em textos formais, encontrar esse verbo com a preposição "de" elíptica. 
 Ex.: O Presidente se dignou ouvir nossas reivindicações. 
 Normalmente, esse verbo, na linguagem corrente, é usado com as preposições "em" ou "a", sendo 
esse uso inadequado, já que não é aprovado por gramáticos e dicionaristas. 
 IMPLICAR 
 Pede objeto direto quando significa "acarretar, produzir como conseqüência alguma coisa, 
pressupor". 
 Ex: Tua atitude implica prejuízos ao colégio. 
 Acho que esses novos cálculos implicarão mudanças gerais nas obras. 
 Com o sentido de "envolver, comprometer", pede objeto direto e indireto. 
Ex: (IMPLICAR ALGUÉM EM ALGUMA COISA) 
P. C. Farias implicou muita gente em suas falcatruas. 
 
 Com o sentido de "ter antipatia, irritação em relação a alguém ou a alguma coisa", pede objeto indireto. 
Ex: Dona Maria implicava com todas as crianças do bairro. 
 Paulo implica com sua irmã caçula o dia todo. 
 MORAR (RESIDIR) 
 Vemos que o uso da preposição "a" com os verbos morar e residir é mais comum na linguagem 
burocrática, apesar de também aparecer em textos literários. Mas só há registros disso antes de rua, 
praça, avenida (palavras femininas). Não há registro, por exemplo, de "Mora ao Largo da Carioca", 
"Reside ao Beco do Mota", etc. 
 Já a preposição "em" é inquestionavelmente correta em qualquer desses casos: "Mora na Rua 
Prudente de Morais", "Reside no Largo do Machado", etc. 
 NAMORAR 
 Pede objeto direto em qualquer das acepções em que ele possa ser tomado. 
Ex: Marco namorou Denize por cinco anos. 
 Ele namorava os doces da vitrine. 
 
 Observação: É incorreto empregar a preposição "com" no sentido de "namorar com alguém". 
 
 OBEDECER (DESOBEDECER) 
 - Pede objeto indireto. 
Ex: Os alunos obedecem ao professor e às leis do Colégio. 
 Ela sempre lhe obedece. 
 Muitos brasileiros ainda desobedecem aos sinais de trânsito. 
 
 Apesar de transitivos indiretos, estes verbos admitem a voz passiva analítica. 
 Ex: Leis devem ser obedecidas. 
 Regras básicas de civilidade não podem ser desobedecidas. 
 Observação: Para substituir uma pessoa que apareça como complemento desses verbos, pode-se 
usar "lhe" ou "a ele / a ela": "Obedeço (desobedeço) ao mestre / Obedeço-lhe (desobedeço-lhe); 
 Obedeço a ele (desobedeço a ele)". Para substituir o que não for pessoa, só se pode usar "a ele / a ela": 
"Obedeço (desobedeço) ao código / Obedeço (desobedeço) a ele". 
 
 IMPLICAR: 
Transitivo direto (acarretar, envolver) 
 Ex: A resolução do exercício implica nova teoria. 
Transitivo Indireto (ter implicância, mostrar indisposição) 
 Ex: A mãe sempre implicou com seus netos. 
 
 PREFERIR 
 - Transitivo direto e indireto 
 Ex: Prefiro café a chá. 
 Este verbo não se constrói com a locução do que. Também não se diga - preferir antes = é um pleonasmo, 
pois preferir já significa = querer antes. 
 
 PRESIDIR 
 - Constrói-se indiferentemente com objeto direto ou indireto. 
 Ex: Presidir o congresso ou ao congresso. 
 
 PROCEDER 
 - No sentido de ter fundamento, é intransitivo 
 Ex: Essa acusação não procede. 
- No sentido de realizar, é transitivo indireto 
 Ex: Procedeu-se ao inventário da família. 
 
 REPARAR 
 No sentido de observar, pede objeto indireto (reparar em). 
Ex: Fernando reparava nas roupas de Carolina sempre que ela entrava na sala de aula. 
 Quando o verbo reparar for usado no sentido de "consertar", é TRANSITIVO DIRETO, e seu 
complemento (objeto direto) não precisa de preposição. 
Ex: Carlos reparou o carro para ir a Teresópolis. 
 RESPONDER 
 Pede objeto indireto de pessoa ou coisa a que se responde, e objeto direto do que se responde. 
 Ex: Isabel respondeu sim ao pedido de casamento de Luiz. 
 Vou responder-lhe todas as cartas. 
 O acusado responderá a inquérito. 
 Observações: 1. Com o significado de "ser submetido a", o emprego do artigo definido é facultativo. 
 Ex: Ele responderá a inquérito (a inquéritos) 
 Ele responderá ao inquérito (aos inquéritos) 
2. Este verbo também admite voz passiva analítica, desde que o sujeito seja aquilo, e não aquele a que se 
responde. 
 Ex.: "Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
 RENUNCIAR 
 Pode ser TD ou TI, com a prep. A. 
 Ex.: Ele renunciou o encargo 
 Ele renunciouao encargo 
 REVIDAR (TI) 
 Ex.:Ele revidou ao ataque instintivamente. 
 
 SUCEDER 
 Pede objeto indireto quando significar "substituir, ser o sucessor de". 
Ex: D. Pedro I sucedeu a D. João VI. 
 Eu lhe sucedi na presidência do grêmio estudantil. 
 
 É também pronominal no sentido de "acontecer depois, seguir-se". 
 
Ex: O que se sucedeu ao acidente, ninguém sabe. 
 Observação: Neste último sentido, o verbo apresenta-se defectivo, sendo conjugado apenas na 
terceira pessoa do singular e do plural. 
 
 VISAR 
 a) por visto, assinar: 
 Ex: O juiz visou a sentença. 
 b) Dirigir a vista, mirar: 
 Ex: Visou o júri e dirigiu-lhe a mais bela defesa de que se tem notícia. 
 c) Objetivar, ter em vista: 
 Ex: Em sua defesa, visava a integridade do seu cliente. 
 
Regência Nominal 
 Na REGÊNCIA NOMINAL o termo regido é obrigatoriamente preposicionado. 
Muitas regências nós aprendemos de tanto escutá-las, porém não significa que todas estejam corretas. 
“Prefiro mais cinema do que teatro.” 
Escutamos esta frase quase todos os dias. 
 aceito a; 
 Acessível a, para por. 
 adequado a, para, com; 
 abrigado de, a, contra, em sob; 
 afável a, com, para com; 
 alheio a, de; 
 amante de; 
 Amigo de, 
 Admiração a, por 
 Aversão a, para, por, em; 
 Atentado a, contra 
 aflito com, por 
 Acostumado a, com 
 Agradável a, de, para; 
 Alheio a, de 
 Apto a, para 
 Ávido de, por; 
 Avaro a, de, com, em, para com; 
 ambicioso de 
 amizade a, por, com 
 amor a, por, de, para, com , por 
 apaixonado de, por 
 atencioso com, para 
 Ânimo de , para 
 amigo de; 
 amoroso com, para, para com; 
 análogo a; 
 ansioso de, por, para; 
 anterior a; 
 Antipatia a, com, contra, por 
 aparentadoa,com, de; 
 Avesso a, de, em; 
 Atento a, em, para; 
 Benéfico a, para; 
 Banhado de, em, por; 
 Bom a, de, para, para com; 
 Bacharel em, por; 
 Capaz de, para 
 Caro a, de; 
 Cego a, de, para; 
 Cheio com, de; 
 Cheiro a , de; 
 Cobiçoso de , por; 
 Certo com, de, em, para 
 Conforme a, com em, para 
 caritativo com, para como; 
 Capacidade de, para; 
 Conivente com, em; 
 Constante de, em; 
 Contente com, de , em, por; 
 Compatível a, com, em, entre, para; 
 Contíguo a, com; 
 Contrário a 
 Comum a, com, de, em, entre, para; 
 Contemporâneo a, de 
 Contrário a, de , em, por 
 Cruel a, com, em , para, para com; 
 Cuidadoso com, de, em 
 Cúmplice de, em, para, 
 Curioso de, por, a, para 
 Descontente com 
 Desejoso de 
 Datado em, de 
 Diferente de, com, em, entre, por; 
 Desatento a; 
 Descontente com, de; 
 Desfavorável a, para; 
 Desleal a, para, com, em, para com; 
 Devoção a, para com, por; 
 Devoto a, de; 
 Difícil a, de, para; 
 Digno de; 
 Diligente em, para; 
 Diverso de , em; 
 Doce a, de, para; 
 Dócil a, para; 
 Dotado em, com, para, de; 
 Doutor de, em, por; 
 Dúvida acerca de, sobre, em; 
 Digno de; 
 Diligente em, para; 
 Diverso de , em; 
 Ditoso com, de, em, por; 
 Doce a, de, para; 
 Empenho em, de, por, contra; 
 Entendido Erudito em; 
 Equivalente a; 
 Escasso de, em; 
 Estranho a, de, para; 
 Essencial a, para, de, em; 
 Exato em; 
 Fácil de, a, em, para; 
 Fanático por; 
 Favorável a, para; 
 Falho de, em; 
 Fácil a, de, para, em; 
 Fértil de , em; 
 em, por; 
 Fiel a, em, para com; 
 Firme em; 
 Forte de, em, para; 
 Fraco com, de, em, para; 
 Franco a, com, em, sobre; 
 Furioso com, contra, por; 
 Feliz com, de , em, por; 
 Generoso com, para; 
 Grato a, para, por; 
 Hábil em, para; 
 Habituado a, com, em; 
 Horror a, de, diante de, por; 
 Hostil a, contra, para com; 
 Ida a, para; 
 Idêntico a, em; 
 Imediato a; 
 Impaciente com, de, por; 
 Importante a, contra, em, para; 
 Impotente a, ante, contra, diante de, por; 
 Impróprio a, de, para; 
 Imune a, de; 
 Inábil em, para; 
 Inacessível a, para; 
 Incapaz de, em, para; 
 Incompatível em; 
 Incompreensível a, em, para; 
 Inconstante em; 
 Incrível a, para; 
 Indeciso em, entre, quanto a, sobre; 
 Indiferente a, com, para, para com, por; 
 Indigno de; 
 Indulgente a, com, em, para, para com; 
 Inédito a, em; 
 Inerente a, em; 
 Insensível a, ante, para; 
 Intolerante a, com, em, para, para com; 
 Leal a, com, em, para, para com; 
 Lento de, em; 
 Liberal com, de, em, para com; 
 Maior de, em; 
 Mau com, de, para, para com; 
 Menor de, em; 
 Medo a, de 
 Morador de, em; 
 Natural a, de, em, para; 
 Necessário a, em, para; 
 Negligente em; 
 Nobre de, em , por 
 Nocivo a, para; 
 Necessário a, em, para; 
 Nocivo a, para; 
 Orgulhoso com, de, em , por; 
 Parecido a, com, em; 
 Passível de, 
 Peculiar a, de; 
 Perito em; 
 Piedade com, de, para com, por, para 
 Pobre de 
 Poderoso com, em, para; 
 Possível a, de; 
 Posterior a; 
 Prestes a, em, para; 
 Prodígio de, em; 
 Proeminência sobre; 
 Pronto a, em, para; 
 Propício a, para; 
 Próprio a, de, para 
 Proveitoso a, para; 
 Paralelo a; 
 Passível de; 
 Preferível a; 
 Prejudicial a, para; 
 Prestes a, em, para; 
. Perto de; 
 Próximo a, de; 
 Querido a, de, em , por; 
 Rente a, de, com, por; 
 Respeito a, com, de, em, entre, para com, por; 
 Rico em, de; 
 Sábio em, para; 
 Relacionado com; 
 Relativo a; 
 Satisfeito com, de, em, por; 
 Semelhante a; 
 Sensível a, para; 
 Sito em, entre; 
 Situado a, em, entre; 
 Soberbo com, de; 
 Solícito com, de, em , para, para com, por; 
 Sujo de; 
 Suspeito a, de 
 Superior a, em 
 Temeroso a, de, em 
 Temível a, para; 
 Triste com, de , em, para, por; 
 Útil a, em, para, 
 Último a, de, em; 
 União a, com, de, entre; 
 Único a, em, entre, sobre; 
 Usual a, entre; 
 Utilizado em, par; 
 Vacilante ante, em, entre; 
 Vagaroso de, em; 
 Vaidade de, em; 
 Vário de 
 Vaidoso de, em; 
 Vedado a, por; 
 Velado a, de, em, por; 
 Vencido de, em , por; 
 Veneração a, de, para com, por 
 Venerado de, por; 
 Venerável a, por; 
 Venturoso com, por; 
 Vendido a, por; 
 Verdade de, em, sobre; 
 Vergonha de, para; 
 Versado em; 
 Vestido com, a, de , em, para, por; 
 Veto a, contra; 
 Visível a; 
 Viagem a, através de, em, para, por; 
 Vinculado a,em, por; 
 Vizinho a, com, de; 
 Vulgar a, em, entre; 
 Vulgarizado em, por; 
 Vazio de 
 
Regência Semântica 
Preposição a 
Destino Nas férias irei à Bahia. 
Instrumento Dilacerou o braço do filho a machado 
Lugar O oficial de justiça chegou a casa do acusado 
meio Chegou do escritório a pé 
Preço Adquiriu o livro a 50 reais. 
tempo A última nasceu a 24 de junho. 
 
Ante 
Diante de, em presença de Postou-se com distinçãoante o magistrado 
Em consequência de Ante seu jeito quieto, declinou de repreendê-lo 
 
Após 
Depois de Sentia-se reinserido após anos de reclusão 
Atrás de Após ele, ninguém mais entraria – afirmou. 
 
até 
Lugar Nunca deixe que seu filho vá até a praia sozinho 
limite Sua conduta exemplar foi até o limiar de sua vergonha 
 
Com 
Instrumento Destruiu as provas com uma tesoura afiada 
Matéria Untou o serrote cego com óleo de móveis 
Modo Agiu com a frieza que caracteriza os psicopatas 
Tempo Adormeceu com a chegada do alvorecer. 
 
Contra 
Significado Exemplo 
A troco de O pagamento será efetuado contra recibo de quitação 
Contrariamente a Jamais agiremos contra o que você orientou 
De combate a Usou todos os argumentos contra a condenação 
De encontro a O condenado bateu a cabeça contra a parede 
Defrontede Na acareação, ficaramfrente contra frente 
Em contradição com É incapaz de agir contra seus princípios éticos 
Em direção oposta a Caso perdido, não posso lutar contra o júri. 
Em direção a Em desespero, atirou-se contra a mesa da promotoria 
Em oposição a O cliente parecia lutar contra seu advogado 
Hostil a Posicionou-se contra toda a diretoria da mesa 
Junto de Os presos ficaram espremidos um contra o outro 
 
De 
Acomodação As salas de reunião na defensoria são climatizadas. 
Assunto Não me venha falar de caráter. 
Causa As testemunhas de acusação estavam morrendo de medo. 
Conteúdo Um prato de feijão salva uma vida. 
Dimensão A cela comporta dois beliches de dois metros. 
Duração A pena terá a duração de 18 anos. 
Especificação Para matar usou uma faca de açougueiro. 
Matéria Este bandido cometeu o crime com uma estátua de madeira. 
Naturalidade Os nativos do Brasil foram dizimados por gripe. 
Natureza O curso do processo será alterado. 
origem Tanta violência é oriunda do meio em que vive. 
 
do 
Posse A arma do policial não disparou. 
Preço A joia furtada era um diamante de R$ 1 milhão. 
Primazia Rui Barbosa foi orador dos oradores do Brasil. 
Profissão O s homens da lei são destemidos diante de intempéries. 
Quantidade Era suficiente o contingente de quinhentos bombeiros. 
tenção Sua atitude de valentão afasta os pacifistas. 
 
Desde 
A começar de , a partir de Espero a decisão desde 15h. 
 
em 
Lugar A greve eclodia em penitenciárias de todo país 
destino Acenou em despedida e partiu para o exílio. 
Disposição Os detentos postaram-se em fila para a revista. 
Duração O assalto aconteceu em fração de segundos. 
Especialização Especializou-se em medicina forense. 
Modo No verão, as pessoas ficam em manga de camisa. 
Sequência De hoje em diante serás o número 2314 desta cadeia. 
tempo Em feriados prolongados não viajaram. 
 
Companhia Sempre viveu entre inimigos. 
Lugar Vivia entre a Bahia e a Paraíba. 
Preferência Tem livre arbítrio para decidir entre o bem e o mal 
 
Para 
Comparação Para uma criança, ele é bem sarcástico. 
Destino Vai agora para a cadeia esse facínora. 
Direção Olhava para a direita querendo ver o que se passava. 
Finalidade Sempre trabalhou para o bem-estar da família. 
Objetivo Viera para ser alguém, e agora jaz na cova rasa. 
Opinião Para Rui Barbosa, a política afina o espírito. 
Relação Três está para seis, assim como quatro está para oito. 
sentido Vinha de São Paulo para o Rio. 
 
por 
Causa Matou por amor, eis a razão. 
Distribuição O resgate custou R$ 5.000,00 por familiar. 
Expediente Chegou ao Supremo por favorecimentos. 
Fim Durante anos, lutou por uma vida digna. 
Juramento Juro por esse livro sagrado que sou inocente. 
Lugar Passou por uma porta esquecida aberta. 
Permuta Trocou um doce lar por ciúmes exagerados. 
Procuração Compareceu a audiência por seu cliente. 
Propósito Minha dignidade a vendi por ti, dona do meu coração. 
Meio Exprimiu sua indignação por um gesto de desagravo. 
Preço Vendeu a moral por R$ 500,00. 
tempo A vítima ficou amarrada por duas horas. 
 
Perante 
Na presença de Ficou emudecido perante o Júri 
 
sem 
Ausência Sentia-se abandonado sem o seu advogado. 
Condição Não deporei sem meu advogado. 
Exclusão Vieram os membros do Júri, sem o Sr. Paulo José. 
privação Morreu na prisão sem ver os pais novamente. 
 
sob 
Afirmação Não se esqueça de que está sob julgamento solene. 
Comando As testemunhas estavam sob orientação da defesa. 
Estado No caso em questão, advogava sob forte stress. 
Debaixo de O processo estava sob a mesa do promotor. 
 
sobre 
Acima de A sentença sobre a mesa do juiz, agora seria prolatada 
Alçada O Supremo reina soberano sobre os Tribunais de Justiça 
Assunto Jamais discutimos sobre política neste tribunal 
Contato Tinha sobre a pele uma tatuagem do filho 
Direção O escritório avança sobre a esquina da rua 
Encalço O policial correu sobre o sequestrador. 
preferência Amava a esposa assassinada sobre todas asa coisas. 
Proximidade Sobre o amanhecer ele foi preso. 
superfície Voavam sobre o azul do mar. 
 
Trás 
Em seguida, após Esperou ano trás ano por sua libertação. 
 
Colocação Pronominal 
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos 
 Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, lhes, os, as) podem 
assumir três posições diferentes numa oração: 
antes do verbo, (PRÓCLISE) 
 Ex: Não, não me abandone, não me deixe! 
depois do verbo e (ÊNCLISE) 
 Ex: Suporta-se com paciência. 
no interior do verbo. (MESÓCLISE) 
 Ex: Meu nome dir-lhes-ei a seu tempo. 
 
Próclise 
Na próclise, o pronome surge antes do verbo. Seu uso é obrigatório: 
a) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo. 
 Ex: Ninguém o apoia. 
 Nunca se esqueça de mim. 
 Não me fale sobre este assunto. 
 Não se preocupe com o que a testemunha vai dizer. 
b) Sempre que houver pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: 
 Ex: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. 
 E, depois, vejo-te humildemente. 
 
c) Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos ou demonstrativos, 
sem que exista pausa. 
 Ex: Aqui se vive. (advérbio) 
 Eu não me arrependo das ações. (advérbio) 
 Tudo me incomoda nesse lugar. (pronome indefinido) 
 Mistérios nunca me aborrecem (advérbio) 
 Aquilo lhe desagrada (pronome demonstrativo) 
 Isso me pertence. 
Obs.: caso haja pausa depois do advérbio, emprega-se ênclise. 
 Ex: Aqui, vive-se. 
 
d) Nas orações interrogativas iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos. 
 Ex: Quem te convidou para sair? (pronome interrogativo) 
 Por que a maltrataram? (advérbio interrogativo) 
 Que me dizes, mestre? 
 Como você o conhece então? 
e) Nas orações exclamativas iniciadas por pronomes ou advérbios exclamativos. 
 Ex: Quantas vezes se desequilibrou! 
 Quanto nos custa abdicar uma ilusão! 
 
f) Nas orações optativas (que exprimem desejo) com sujeito anteposto ao verbo: 
 Deus te acompanhe, meu filho! 
 Macacos me mordam! 
 Bons ventos o levem! 
 
g) Em orações subordinadas (iniciadas por conjunção subordinativa, pronome 
relativo, pronome interrogativo ou advérbio interrogativo) 
 Quando se mete a querer explicar qualquer coisa, é um barulho do infernos. 
Por toda parte foram encontrando riachos cheios que se assemelhavam a rios. 
A maneira como a receberam era um aviso. 
Somente ela pode saber quanto lhe custa o trabalho. 
Eu ainda não sei quando te darei um aumento. 
 
h) Com verbo no gerúndio precedido de preposição "em". 
Ex: Em se tratando de negócios, você precisa falar com o gerente. 
Em se pensando em descanso, pensa-se em férias. 
 
i) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas", "somente") e com as conjunções 
coordenativas alternativas. 
Ex: Só se lembram de estudar na véspera das provas. 
 Ou se diverte, ou fica em casa. 
 
j) Nas orações introduzidas por pronomes relativos. 
Ex: Foi aquele colega quem me ensinou a matéria. 
 Há pessoas que nos tratam com carinho. 
 Aqui é o lugar onde te conheci.j) Nas orações introduzidas por pronomes relativos. 
Ex: Foi aquele colega quem me ensinou a matéria. 
 Há pessoas que nos tratam com carinho. 
 Aqui é o lugar onde te conheci. 
 
k) O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de 
preposição ou palavra atrativa. 
 Ex.: É preciso encontrar um meio de não o magoar. 
 É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. 
 Próclise: Resumo das regras 
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes 
do verbo. São elas: 
 a) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc. 
 Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor. 
 
c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam. 
 
d) Pronomes relativos. Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam 
desaparecidas. 
 
e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
 
f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda? 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada! 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude. 
 
Mesóclise 
 Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no 
futuro do pretérito do indicativo, desde que não haja algum fator de próclise. O 
pronome fica intercalado ao verbo. 
Ex: Falar-lhe-ei a teu respeito. (Falarei + lhe) 
 Procurar-me-iam caso precisassem de ajuda. (Procurariam + me) 
 Dar-vos-ia uma lágrima de saudade. 
Obs: Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto, ocorrerá a próclise 
 Ex: Tu me farias um favor. 
 Eu vos darei tudo. 
Observações: 
a) Havendo um dos casos que justifique a próclise, desfaz-se a mesóclise. 
 Ex: Tudo lhe emprestarei, pois confio em seus cuidados. 
 (O pronome "tudo" exige o uso de próclise.) 
b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais 
ocorre a ênclise. 
c) A mesóclise é colocação exclusiva da língua culta e da modalidade literária. 
Ênclise 
 A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à 
sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo. Emprega-
se geralmente: 
a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, 
na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo. 
 Ex: Diga-me apenas a verdade. 
 Importava-se com o sucesso do projeto. 
 Ferve-me o sangue. 
 Lembram-me pormenores daquela festa. 
 Queixou-se duma dor de cabeça 
b) Nas orações reduzidas de Infinitivo com o verbo no infinitivo pessoal. 
Ex: Convém confiar-lhe esta responsabilidade. 
 Espero contar-lhe isto hoje à noite. 
c) Nas orações interrogativas iniciadas por palavras interrogativas, com o 
verbo no infinitivo pessoal: 
 Ex: Por que maltratar-me assim? 
 Como convencer-te da verdade? 
d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de 
preposição "em".) 
Ex: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe carinho e proteção. 
 O menino gritou, assustando-se com o ruído que ouvira. 
e) Nas orações imperativas afirmativas. 
Ex: Fale com seu irmão e avise-o do compromisso. 
 Professor, ajude-me neste exercício! 
 Amigos, digam-me a verdade. 
 Empresta-me o teu terno preto! 
Observações: 
1) A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a 
mesóclise é necessário haver justificativas. 
2) A tendência para a próclise na língua falada atual é predominante, mas 
iniciar frases com pronomes átonos não é lícito numa conversação formal. 
Ex: Linguagem Informal: Me alcança a caneta. 
 Linguagem Formal: Alcança-me a caneta. 
3) Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro 
do Presente ou Futuro do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como a 
ênclise. 
Ex: Eu me machuquei no jogo. 
 Eu machuquei-me no jogo. 
 As crianças se esforçam para acordar cedo. 
 As crianças esforçam-se para acordar cedo. 
Ênclise – Resumo das Regras 
 A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis: 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
 Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
 Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
 Ex.: Vou-me embora agora mesmo. 
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
 Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 
5) Quando o verbo estiver no gerúndio. 
 Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais 
 As locuções verbais podem ter o verbo principal no infinitivo, no gerúndio ou 
particípio. 
1) Verbo Principal no Infinitivo ou Gerúndio 
a) Sem palavra que exija a próclise: Geralmente, emprega-se o pronome após a 
locução. 
 Ex: Quero ajudar-lhe ao máximo. 
b) Com palavra que exija próclise: O pronome pode ser colocado antes ou depois da 
locução. 
Ex: Nunca me viram cantar. (antes) 
 Não pretendo falar-lhe sobre negócios. (depois) 
Observações: 
1) Quando houver preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação 
do pronome será facultativa. 
 Ex: Nosso filho há de encontrar-se na escolha profissional. 
 Nosso filho há de se encontrar na escolha profissional. 
2) Com a preposição "a" e o pronome oblíquo "o" (e variações) o pronome 
deverá ser colocado depois do infinitivo. 
Ex: Voltei a cumprimentá-los pela vitória na partida. 
3) Verbo Principal no Particípio 
 Estando o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo átono não poderá 
vir depois dele. 
 Ex: As crianças tinham-se perdido no passeio escolar. 
 Havia-lhe dito a verdade. 
 Os seus receios haviam-se realizado 
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio 
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
 Ex.: Haviam-me convidado para a festa. 
b) Se, antes do locução verbal, houver palavra atrativa, o pronome oblíquo 
ficará antes do verbo auxiliar. 
 Ex.: Não me haviam convidado para a festa. 
a) Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo 
auxiliar. 
 Ex: Seu rendimento escolar tem-me surpreendido. 
b) Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes da locução. 
 Ex: Não me haviam avisado da prova que teremos amanhã. 
 Obs.: na língua falada, é comum o uso da próclise em relação ao particípio. 
Veja: 
 Ex: Haviam me convencido com aquela história. 
 Não haviam me mostrado todos os cômodos da casa. 
Observações importantes 
 
Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o,a,os,as não se 
alteram. 
 Ex.: Chame-o agora. 
 Deixei-a mais tranquila. 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, 
la, los, las. 
 Ex.: (Encontrar)Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
 (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes 
o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. 
 Ex.: Chamem-no agora. 
 Põe-na sobrea mesa. 
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos mo, to, lho, no-lo, vo-lo, 
formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
 Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro) 
Dicas 
 Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, 
ocorrerá a mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa. 
 Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio: 
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo 
auxiliar ou depois do verbo principal. 
 Ex.: Devo esclarecer-lhe o ocorrido 
 Devo-lhe esclarecer o ocorrido. 
 Estavam chamando-me pelo alto-falante. 
 Estavam-me chamando pelo alto-falante. 
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo 
auxiliar ou depois do verbo principal. 
 Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido 
 Não lhe posso esclarecer o ocorrido. 
 Não estavam chamando-me. 
 Não me estavam chamando.

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