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Direito Recuperacional e Falimentar - Paulo Bastos

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Direito Recuperacional e Falimentar – Paulo Bastos
Curso de Direito comercial vol. 3 Ed Saraiva – Fabio Ulhôa Coelho
Comentários a lei de Recuperação e falência – Ed. Latim – Nilton de Lucca e Adalberto Simão Filho
Curso de Direito Empresarial – Ed. – Paulo Roberto Bastos Pedro 
11-08-2015
Falência vem do verbo falir que significa encerrar, acabar de funcionar. A falência era a possibilidade de o credor tirar a vida do seu devedor, posteriormente arrancava membros, a sociedade foi se desenvolvendo e o credor fazia com o que o devedor trabalhasse para ele para quitar as dividas, em algumas sociedades esta situação ainda é vigente como no Brasil, exemplo os traficantes.
Na época mercantil através de um instituto “banca rota” – banco quebrado, e ate hoje a falência é conhecida como “quebra”. 
Código Comercial Brasileiro– Lei 556/850
Comerciante – foi revogada pelo artigo 2045 c.c
Comercio Marítimo – Crime de sedução de marinheiro – esta vigente ate hoje.
Quebra – é uma execução coletiva no patrimônio do devedor, perdia a posse de seus bens para a satisfação dos credores. Este decreto 7661/45 foi revogado pela Lei 11.101/05.
A falência era nos primórdios o direito que tinha o credor de retirar a vida do seu devedor, todavia com desenvolvimento da sociedade outros institutos passaram a existir permitindo aos credores o exercício do direito em face do devedor. 
Durante o período da mercancia uma expressão marcante ate a atualidade no instituto acabou sendo criada, “banca rota” que compreendia a quebra na forma literal dos bens do devedor falido. 
No Brasil a terceira parte do código comercial trouxe o instituto da quebra, porém diferentemente do mencionado acima esta consistia na execução coletiva do patrimônio do falido em circunstâncias parecida com o que temos na atualidade. 
Todavia o decreto o Decreto 7661/45 acabou substituindo a terceira parte do código comercial trazendo além da falência o instituto da concordata que consistia em favor legal concedido ao devedor para o pagamento do passivo quirografário com dilação de prazos ou descontos.
A atual lei de falências revogou o decreto acima trazendo a sociedade brasileira o instituto da quebra e principalmente o instituto da recuperação de empresas que tem como objetivo proporcionar ao devedor superação de crise e continuidade no cumprimento de sua função social. 
18/08/15 – Palestra
25/08/15
Lei 11.101/2005
Recuperação:
Extrajudicial 
Judicial Especial (ME / EPP)
Judicial
Extrajudicial: 
A recuperação extrajudicial compreende procedimento que visa proporcionar ao empresário em crise a superação desta e por consequência a continuação da atividade empresarial.
A recuperação extrajudicial poderá existir de duas formas: 
Homologatória – é aquela em que a totalidade dos credores aprova o pedido recuperacional, nesta modalidade a homologação em juízo do plano é uma faculdade.
Impositiva - é aquela onde não existe unanimidade de aprovados, porém, mais de 3/5 dos credores aprovam o plano apresentado, neste caso o plano possui validade para todos os credores, inclusive os que rejeitaram, no entanto prescinde de homologação judicial.
Artigos 161 e seguintes da lei. 
Artigo 47 – Da Recuperação Judicial: compreende procedimento judicial que será promovido pelo empresário em crise visando a superação desta, se utilizando para tanto do poder judiciário.
Requisitos: artigo 48
Exercer atividade regular a mais de 2 anos;
Não ser falido e se foi que as obrigações estejam extintas;
Não ter como administrador ou controlador pessoa condenada por crime falimentar;
Não ter obtido nos 5 últimos anos benefícios de recuperação judicial ou recuperação especial para micro e pequenas empresas.
Credores que a Recuperação Judicial poderá Abranger: artigo 49 caput
Todas as obrigações existentes na data do pedido de recuperação judicial, vencidas ou vincendas, deverão ser objetos da R.J. 
Créditos Excluídos da Recuperação: artigo 49
Credores tributários;
Credores previdenciários; 
Credor da promessa de compra e venda;
Credor da venda com reserva de domínio;
Credor do contrato de adiantamento de cambio ao exportador, (modalidade de empréstimo bancário)
 Credor do contrato de alienação fiduciária em garantia ou cessão fiduciária de credito.
01/09/15
Pedido de Recuperação Judicial
Instruído o pedido com os documentos do artigo 51, o juiz, através de despacho irá autorizar o processamento da recuperação judicial.
O despacho que defere o processamento devera conter:
Nomeação do administrador judicial;
Determinara a dispensa do devedor;
Dispensa das apresentações de certidões negativas, exceto para cotações com poder público;
Suspensão de todas as ações e execuções contra o devedor pelo prazo de 180 dias.
(artigo 52,III, é vinculado com o artigo 6, caput e parag. 4)
Ordenara ao devedor que preste contas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituições dos seus administradores (artigo 52, IV)
Intimara o M.P e as fazendas publicas (artigo 52,V)
Ordenará a publicação de edital contendo resumo do pedido relações dos credores e manifestações sobre as habilitações de crédito.
08-09-2015
Deferida a recuperação judicial tendo o deferimento sido publicado no diário oficial será então aberto um prazo de 60 dias para a apresentação do plano, tal período é improrrogável e não sendo apresentado o plano ocorrera o instituto da convolação em falência, ou seja, a recuperação será transformada em falência, artigo 53
O artigo 53 prevê que o plano recuperacional terá conteúdo livre sendo que as hipóteses do artigo 50 contem um rol exemplificativo apenas.
Quanto aos requisitos técnicos o artigo 53 prevê a necessidade de o plano conter os seguintes elementos: 
Explicação dos meios que serão empregados;
Demonstração da sua viabilidade econômica;
Laudo econômico financeiro e de avaliação dos bens do devedor.
Como mencionado acima o conteúdo do plano será livre todavia, dois credores recebem tratamento diferenciado da legislação conforme abaixo:
As dividas trabalhistas deverão ser liquidada dentro de um prazo máximo de 1 ano, artigo 54 caput;
Os salários em atraso deverão ter liquidados dentro do prazo de 30 dias a quantia de ate 5 salários mínimos por empregado, artigo 54, paragrafo único;
15/09/15
Órgãos da Recuperação Judicial
Administrador Judicial: como visto anteriormente ao deferir a recuperação judicial o juiz devera nomear o administrador judicial que será preferencialmente um advogado, contador, administrador de empresas ou como pessoa jurídica especializada no assunto.
Ao administrador caberão funções enumeradas no artigo 22 da Lei de recuperação judicial.
O artigo 22, inciso I trata das atividades comuns nos processos de falência e recuperação, enquanto o inciso II deste artigo prevê as atividades especificas da recuperação judicial, enquanto o inciso III trata das atividades somente na falência.
A atividade do administrador judicial será remunerada conforme prevê o artigo 24, o juiz irá fixa-la de acordo com a complexidade do trabalho, prevê a lei que tal remuneração não poderá superar na recuperação judicial o percentual de 5% dos valores pagos neste processo, já na falência a quantia será de no máximo 5% do ativo arrecadado e vendido.
Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes.
        § 1o Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência.
        § 2o Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei.
        § 3o O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmenteao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remuneração.
        § 4o Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas desaprovadas.
        § 5o  A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso de microempresas e empresas de pequeno porte.
Prestação de Contas: nos 30 dias seguintes ao encerramento da falência/encerramento da recuperação judicial devera o administrador judicial prestar contas da sua atividade junto com os documentos comprobatórios sendo aberto prazo de 5 dias para manifestação dos interessados e do M.P que poderão impugnar as contas, caso ocorra a impugnação terá o administrador 5 dias para contesta-la, artigo 154 parag. 1º,2º e 3º.
Art. 154. Concluída a realização de todo o ativo, e distribuído o produto entre os credores, o administrador judicial apresentará suas contas ao juiz no prazo de 30 (trinta) dias.
        § 1o As contas, acompanhadas dos documentos comprobatórios, serão prestadas em autos apartados que, ao final, serão apensados aos autos da falência.
        § 2o O juiz ordenará a publicação de aviso de que as contas foram entregues e se encontram à disposição dos interessados, que poderão impugná-las no prazo de 10 (dez) dias.
        § 3o Decorrido o prazo do aviso e realizadas as diligências necessárias à apuração dos fatos, o juiz intimará o Ministério Público para manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias, findo o qual o administrador judicial será ouvido se houver impugnação ou parecer contrário do Ministério Público.
O juiz devera julgar as contas através de sentença e quando estas forem reprovadas fixara na sentença a responsabilidade do administrador, artigo 154 parag. 5. Contra a decisão do juízo caberá apelação, artigo 154 parag. 6.
Art. 154. Concluída a realização de todo o ativo, e distribuído o produto entre os credores, o administrador judicial apresentará suas contas ao juiz no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 5o A sentença que rejeitar as contas do administrador judicial fixará suas responsabilidades, poderá determinar a indisponibilidade ou o sequestro de bens e servirá como título executivo para indenização da massa.
 § 6o Da sentença cabe apelação.
Impedidos - artigo 30: não poderá figurar na condição de administrador aquele que nos últimos 5 anos exercendo função de administrador judicial ou membro do comitê de credores foi destituído ou deixou de prestar contas. Também será impedido aquele que tenha relação de parentesco ou atividade com devedor.
Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada.
Destituição- artigo 31: poderá ser requerida por qualquer interessado ou declarada de oficio quando o administrador deixar de cumprir as suas obrigações legais ou for verificada a negligencia, omissão ou pratica de atos lesivos aos interesses da falência ou recuperação.
Art. 31. O juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer interessado, poderá determinar a destituição do administrador judicial ou de quaisquer dos membros do Comitê de Credores quando verificar desobediência aos preceitos desta Lei, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros.
 § 1o No ato de destituição, o juiz nomeará novo administrador judicial ou convocará os suplentes para recompor o Comitê.
 § 2o Na falência, o administrador judicial substituído prestará contas no prazo de 10 (dez) dias, nos termos dos §§ 1o a 6o do art. 154 desta Lei.
.
29/09/15
Assembléia de Credores
Assembléia - reunião de credores
Competência
Convocação
Instalação 
Votação 
Quórum de aprovação de matérias.
Composição
Credores Trabalhistas / credores acidente de trabalho – artigo 45;
Credores de garantia Real; 
Credores de Privilégio especial/ privilégio geral / quirografários / subquirografários – artigo 41;
Credor titular de Micro Empresa (ME) e de Empresa de Pequeno Porte (EPP).
Assembléia de credores - trata-se de órgão deliberativo, onde os credores da recuperação judicial e da falência, não deliberar assuntos de interesse destes.
Na recuperação judicial a assembléia terá: 
Aprovação, rejeição e modificação do plano de recuperação;
Constituição do comitê de credores;
O pedido de desistência do devedor; e 
Qualquer outra matéria de interesse dos credores.
Nomeação do credor judicial, aquele que poderá substituir o empresário devedor na administração da atividade empresarial.
Na falência a assembléia poderá deliberar sobre:
Constituição do comitê de credores;
Forma alternativa de realização do ativo; e 
Matéria de interesse dos credores. 
06/10/2015
Assembléia de Credores
Assembléia - reunião de credores
Competência
Convocação
Instalação 
Votação 
Quórum de aprovação de matérias.
Composição
Credores Trabalhistas / credores acidente de trabalho – artigo 45;
Credores de garantia Real; 
Credores de Privilégio especial/ privilégio geral / quirografários / subquirografários – artigo 41;
Credor titular de Micro Empresa (ME) e de Empresa de Pequeno Porte (EPP).
Os credores na assembléia irão deliberar os assuntos previstos no edital de convocação e via de regra os seu votos serão computados de forma proporcional ao valor do seu credito. O direito de voto poderá ser exercido por procurador desde que com procuração nos autos ou instrumento procuratório juntado ate 24 horas antes da data prevista no edital ou da data da assembléia quando o edital for omisso.
O sindicato poderá representar seus associados desde que apresente a relação de representados com antecedência de 10 dias.
Quórum de Aprovação de Matérias: o artigo 42 trata do quórum geral estabelecendo como quórum necessário para aprovação de assuntos a proporção de mais da metade de credores presentes na assembléia, ou seja, 50% + 1 dos credores presentes.
Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral, exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei.
Obs. Aprovação de modalidade alternativa de realização do ativo para que a matéria acima seja aprovada necessária será aprovação de pelo menos 2/3 dos créditos presentes na assembléia, artigo 46.
 Art. 46. A aprovação de forma alternativa de realização do ativo na falência, prevista no art. 145 desta Lei, dependerá do voto favorável de credores que representem 2/3 (dois terços) dos créditos presentes à assembléia
Aprovação do Plano de Recuperação Judicial: o plano de recuperação judicial devera ser aprovado em todas as categorias de credores toda via a legislação prevê que na categoria 1 e 4 devera existir aprovação de credores que representem a maioria simples, ou seja, é o voto por cabeça (cada credor tem direito a 1 voto independentemente do valor do seu credito).
Já nas categorias 2 e 3 necessário será a obtenção de um quórum cumulativo correspondente a maioria simples dos credores (voto por cabeça) cumulada com a maioria dos créditos (valores).
Forma Alternativa de Aprovação do Plano – artigo 58, §1º: Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei. § 1o O juiz poderá conceder a recuperaçãojudicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa.
O juiz poderá determinar a aprovação do plano mesmo que este tenha sido rejeitado pela assembleia desde que obedecidos cumulativamente os seguintes requisitos: 
Aprovação da maioria dos credores presentes a assembleia independentemente da classe;
Aprovação de 3 das 4 categorias ou de 2 quando existirem 3 categorias ou da aprovação de 1 quando existir apenas 2 categorias;
Na categoria que rejeitou o plano a aprovação de mais de 1/3 computados na forma do artigo 45, §1º e §2º.
Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta.
§ 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes.
§ 2o Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito.
Comitê de Credores: trata-se de órgão facultativo que terá a seguinte composição:
1 representante indicado pelos credores trabalhistas + 2 suplentes;
1 representante indicado pelos credores de garantia real e + 2 suplentes;
1 representante indicado pelos credores quirografários e com privilegio geral + 2 suplentes.
Comitê de credores: O comitê de credores é órgão de existência facultativa tanto na recuperação judicial quanto na falência.
	Fábio Ulhoa Coelho aduz sobre o comitê que “...sua constituição e a operacionalização dependem do tamanho da atividade econômica em crise. Ele deve existir apenas nos processos em que a sociedade empresária devedora explora empresa grande o suficiente para absorver as despesas com o órgão. Se a atividade econômica é modesta, não há razão para se destinarem recursos à remuneração dos membros do Comitê. Em nenhuma hipóteses será obrigatório...”. (Fabio Ulhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, Vol. III, p. 400).
	O comitê de credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral, contendo a seguinte composição:
I) 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes;
II) 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais ou privilégios especiais, mais 2 (dois) suplentes;
III) 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes.
Impedidos: Não podem figurar nos quadros do Comitê de credores, aqueles que descrevemos como impedidos de figurar como administrador judicial. (Art. 30, caput e art. 30 § 1° LFR)
Atribuições: ”O comitê de credores desempenhará suas funções segundo atribuições legalmente estabelecidas, as quais não se realizam, como à primeira vista possa aparecer, no interesse exclusivo da massa de credores. Sua atuação, em diversas vezes, beneficia o próprio devedor, e, em última análise, funcionará como um agente auxiliar do juiz, velando pela consecução dos fins dos processos de falência e de recuperação judicial”. (Sérgio Campinho, Falência e Recuperação de empresa: O novo regime da insolvência empresarial, p. 95).
Tanto na recuperação judicial quanto na falência caberá ao Comitê de credores (Art. 27, I, LFR):
a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;
c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;
d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações de interessados;
e) requerer ao juiz a convocação da assembléia se credores;
f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei. 
	Especificamente na recuperação judicial, além daquilo já especificado caberá ao Comitê de Credores (Art. 27, II LFR):
a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 dias, relatório de sua situação;
b) fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial;
c) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previstas em lei, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e outras garantias, bem como atos de endividamento necessários à continuação da atividade empresarial durante o período que antecede a aprovação do plano de recuperação judicial.
Deliberações: Nas reuniões do comitê de credores, as decisões serão tomadas por maioria, devendo tais deliberações ser consignadas em livros de atas, rubricada pelo juízo, ficando a disposição do administrador judicial, dos credores ou do devedor. (Art. 27 § 1° LFR)
	Em caso de impossibilidade de obtenção dessa maioria, o impasse será resolvido pelo administrador judicial, ou caso seja incompatível por se referirem as deliberações sobre, por exemplo, das contas do administrador judicial, caberá ao juiz a resolução. (Art. 27 § 2° LFR)
Remuneração:	Ao contrário do que ocorre com o administrador judicial, os membros do Comitê de credores não terão direito à remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, podendo existir apenas o pagamento das despesas do Comitê pelo devedor ou pela massa falida, caso exista comprovação das despesas. (Art. 29 LFR)
	Todavia, poderão os membros do Comitê auferir rendimentos, porém neste caso, os valores devem ser suportados pelos credores do devedor ou da massa falida. 
 
13/10 – não houve aula
De 19/10 a 23/10 – semana jurídica
27/10/2015
Falências 
Homologado o plano, contra a decisão do juiz que homologa o plano caberá o agravo sempre que for verificado alguma inconsistência ou alguma ilegalidade na decisão judicial homologatória da recuperação judicial. A decisão não é terminativa por isso que cabe o agravo.
Aprovado o plano recuperacional o juiz devera homologa-lo.
Contra a decisão homologatória caberá recurso de agravo conforme disposição do artigo 59, §2º. 
Art. 59. O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1o do art. 50 desta Lei.
§ 2o Contra a decisão que conceder a recuperação judicial caberá agravo, que poderá ser interposto por qualquer credor e pelo Ministério Público.
A decisão judicial terá também a necessidade da expedição de oficio para a junta comercial que devera anotar junto ao nome empresarial do devedor a expressão “em recuperação”, artigo 69.
Art. 69. Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo devedor sujeito ao procedimento de recuperação judicial deverá ser acrescida, após o nome empresarial, a expressão "em Recuperação Judicial".
        Parágrafo único. O juiz determinará ao Registro Público de Empresas a anotação da recuperação judicial no registro correspondente.
Homologada a decisão o empresário permanecera em recuperação por 2 anos, período em que será fiscalizado pelo administrador judicial que continuara a emitir os relatórios mensais.
Durante este período o empresário permanecera em recuperação e o descumprimento do plano acarretara na convolação/transformação da recuperação judicial em falência, artigo 61.
Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação judicial.
        § 1o Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência, nos termos do art. 73 desta Lei.
        § 2o Decretadaa falência, os credores terão reconstituídos seus direitos e garantias nas condições originalmente contratadas, deduzidos os valores eventualmente pagos e ressalvados os atos validamente praticados no âmbito da recuperação judicial. 
Findo o prazo de 2 anos o processo será encerrado e eventual descumprimento do plano poderá acarretar na execução do plano tendo em vista ser este titulo executivo judicial ou na possibilidade do credor requerer a falência do empresário em recuperação tendo em vista o ato de falência existente na forma do artigo 94, inciso III, alínea “G” da lei 11.101/2005.
 Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
Falência
Falência trata-se de modalidade de execução coletiva quanto ao patrimônio do falido, este instituto visa otimizar o patrimônio do devedor utilizando este para satisfação dos credores conforme prevê o artigo 75 da lei .Para existir a falência temos três pressupostos.
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa.
 Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual.
Pressupostos da Falência: 
Qualidade de empresário do devedor;
Insolvência jurídica; 
Sentença declaratória da falência.
Qualidade do devedor: Como primeiro pressuposto para a instauração da falência, é necessário que o devedor seja um empresário. Logo, somente o empresário, seja ele uma pessoa física – empresário individual – ou uma pessoa jurídica – sociedade empresária –, poderá ter a sua falência decretada (Lei 11.101/05, art. 1º).
Insolvência Jurídica: A insolvência pode ser caracterizada por três características: 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA no pagamento de obrigação líquida superior a 40 (quarenta) salários mínimos e os títulos esteja protestado. O protesto comum e simples poderá embasar o pedido de falência, (Lei 11.101/05, art. 94, inciso I); 
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
	
EXECUÇÃO FRUSTRADA também conhecida como tríplice omissão, quando o devedor não paga a obrigação, o titulo tem que estar efetivamente vencido. (Lei 11.101/05, art. 94, inciso II); 
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
ou pela prática de ATOS DE FALÊNCIA são atos fraudulentos, condutas praticadas pelo credores que pode gerar o ato de falência, (Lei 11.101/05, art. 94, inciso III, alíneas de “A” ate “G”). 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
 a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
 b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
 c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
 d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
 e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
 f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
 g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
Estas alíneas contem condutas que se praticadas pelo empresário poderão acarretar no seu pedido de falência. Ao analisar as condutas verifica-se de maneira clara o objetivo fraudulento do ato. 
Sentença Declaratória da Falência: Uma vez caracterizada a insolvência jurídica, o Juiz proferirá sentença declaratória da falência do empresário devedor.
03/11/2015
Falência
Quem pode pedir falência?
O próprio empresário pode solicitar falência, pelo cônjuge, pelo herdeiro, pelos acionistas/cotistas e os credores. 
Pedido de falência do empresário: esse empresário será citado, para que ele ofereça a contestação no prazo de 10 dias. Dentro deste prazo poderá ser elaborado um depósito elisivo ou depósito impeditivo da falência, sempre que houver o deposito elisivo a falência não acontecera.
A sentença de falência possui natureza jurídica declaratória e constitutiva, sendo assim a decisão não encerrara o processo, mas sim dará inicio a fase falimentar. Sendo assim com base na decisão de quebra o recurso cabível será o agravo na forma do artigo 100 da lei de falências.
Já a decisão de improcedência, tendo em vista o encerramento do processo que gera será oponível através do recurso de apelação também dos termos do artigo 100.
 Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação.
Os prazos são os mesmo do CPC agravo 10 dias e apelação 15 dias.
Requisitos da sentença - artigo 99: dentro os principais: 
Identificação do falido e de seus administradores;
Fixação do termo legal de falência no prazo de até 90 dias anteriores ao pedido de falência, ao pedido de recuperação judicial ou primeiro protesto realizado;
Ordem para o falido apresentar em 5 dias relação de credores, sob pena de desobediência;
Fixação de prazo para as habilitações de credito de acordo com a lei; 
Suspensão de todas as ações e execuções do falido;
Suspensão das ações e execuções;
Nomeação do administrador judicial; dentre outros elemento.
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
 I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
 II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
 III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
 IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 7o desta Lei;
 V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;
 VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo;
 VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
 VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falênciano registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
 IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei;
 X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido;
 XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei;
 XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
 XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.
 Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores.
Obs. Juízo universal da falência: é aquele que tem competência para atrair todas as ações sobre bens e interesses do devedor exceto: 
Ações trabalhistas e acidentarias;
Obrigações fiscais;
Ações em que a União for parte;
Demandas ilíquidas;
Ações em que a União for polo ativo/litisconsorte ativo.
Termo legal de falência: é o período considerado suspeito, é o momento que caracteriza o estado de falido do devedor, conforme preceitua o artigo 99, inciso II da Lei de Recuperação e Falências. 
Assim, o termo legal visa propiciar a revogação de atos que sejam nocivos aos interesses dos credores, fraudulentos por presunção legal. Trata-se de uma tentativa de maximizar a equiparação dos credores, e cercá-los de mais garantias e meios eficazes de obter o pagamento do seu crédito.
Obs. O termo legal de falência é essencial para analise dos atos que poderão ter a sua ineficácia declarada nas hipóteses do artigo 129, incisos I a III. 
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
 I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título;
 II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato;
 III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto de outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada;
 
Os demais incisos do artigo 129 também compreendem condutas que poderão ensejar ineficácia, porem estas independem do termo legal de falência.
 IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
 V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
 VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;
 VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior.
 Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa ou pleiteada mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo.
10/11/2015
Juízo Universal da Falência: O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens e interesses do falido, por isso é chamado de juízo universal da falência, no entanto tal juízo não terá competência para a apreciação e julgamento de algumas ações.
	Excluídos do juízo universal da falência:
Trabalhistas (Art. 76 LFR); 
Fiscais (Art. 76 LFR, cumulada com art. 187 do CTN) ; 
Ações em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo (Art. 76 LFR); d) ações decorrentes de acidente do trabalho (Emenda Constitucional nº 45/2004, que redefiniu o art. 114 da CF);
Ações em que a União for parte (Art. 109, I, CF) 
Ações em que demandam quantia ilíquida (Art. 6º § 1º LFR).
Questão importante se dá principalmente quanto aos processos trabalhistas, afinal o juízo universal não tem competência para o seu julgamento.
Sendo assim, o processo trabalhista deverá continuar com seu devido processamento diante da Justiça do Trabalho, que deverá definir o crédito trabalhista, ou seja, o processamento até a sentença não pertence ao Juízo Universal, todavia a partir da constituição do crédito a sua execução deverá ser remetida ao Juízo Universal. 
Neste sentido já se manifestou por diversas oportunidades o STJ, (Ag. Reg. 2008/0073175-1 Ministro Fernando Gonçalves).
Ação Revocatória- artigos 130 e seguintes
Arrecadação do ativo: Concomitante à fase de mensuração do passivo, ou seja, de apuração do montante devido, o administrador judicial deverá promover a arrecadação de bens. 
Os bens e documentos arrecadados separadamente ou em blocos, no local onde se encontram, ficarão sob a guarda do administrador judicial ou de pessoa por ele escolhida, podendo o falido ou qualquer representante ser nomeado depositário dos bens. (Art. 108, § 1° LFR). 
O auto de arrecadação, composto pelo inventário e pelo respectivo laudo de avaliação dos bens, será assinado pelo administrador judicial, pelo falido ou seus representantes e por outras pessoas que auxiliarem ou presenciarem o ato. (Art. 110 LFR). 
A arrecadação será efetivada com o intuito de guardar o patrimônio e preservá-lo para que assim possa então ser este utilizado para satisfação dos credores. 
Exceção poderá ser feita aos bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável desvalorização ou que sejam de conservação arriscada, pois poderão estes, serem vendidos antecipadamente, logo após a arrecadação e a avaliação, desde que haja autorização judicial, após serem ouvidos o comitê e o falido no prazo de 48 horas. (Art. 113 LFR). 
Verificação e Habilitação de Credito na Falência: A relação de credores deve ser publicada na imprensa, depois de publicada é aberto um prazo de 15 dias para que os credores apresentem suas habilitações de credito ou divergências. O administrador que analisa, terminaram os 15 dias o administrador judicial terá 45 dias para apresentar uma nova relação de credores. Isto é republicado na imprensa, assim será aberto um prazo de 10 dias para que os interessados apresente uma impugnação de credito, o juiz ira analisar essa impugnação, a impugnação gera contraditório, e o juiz vai pedir a manifestação daquele que foi impugnado. O juiz ira sentenciar, impugnação cabe sentença e contra a sentença de impugnação de credito cabe agravo (artigo 17). Não tem custas.
Julgadas todas as impugnações haverá nova relação de credores chamado de consolidação do quadro de credores.
Se o credor perder o prazo e não estiver prescrita o credor poderá apresentar habilitação retardatária. O juiz devera receber essa habilitação que será processada sob o rito da impugnação. 
Consolidada: poderá habilitar retardatária porem apos a consolidaçãoela não é processada, forma de ação de retificação de quadro de credores, 
Arrecadação e Alienação de Bens: o administrador vai arrecadar todos os bens que se encontram no patrimônio do falido, se ele não souber o valor do bem ele poderá nomear um perito para analisar. Após analisado tem três procedimentos: 
Leilão, pregão visando preço a melhor oferta, sempre o valor maior. Busca-se aumentar o preço.
Pagamento dos Credores:
Existem três credores distintos: 
Especiais - credores do artigo 151 e do artigo 86.
Extra concursais – sempre tem – art 84 – é as despesas da massa falida, exemplo honorário do administrador judicial, que são pagos aqui.
Concursais - tem principalmente – artigo 83.
Ordem de pagamentos:
Trabalhista (150 salários mínimos) acidente de trabalho
Garantia real 
Fisco
Priv Especial
Priv. Geral
Quirografários
Multas
Subquirografários. 
Não tem no material
Obs. 1 – O saldo remanescente do credito trabalhista será considerado quirografário;
Obs.2 - A seção do credito trabalhista o transforma em quirografário; 
Obs. 3 – o saldo remanescente do bem objeto de garantia real será considerado quirografário; e
Obs. 4– Será considerado credito tributário o valor do tributo, eventuais multas pelo inadimplemento serão pagas após o pagamento dos créditos quirografários. 
O administrador judicial vai receber 60% do valor, os 40% ele recebe só após suas contas aprovada como saldo remanescente. 
Prova: A matéria toda!!!

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