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www.cers.com.br 
 
 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
1 
 
De acordo com o art. 97, § 1º do CTN 
considera-se majoração de tributo a 
modificação da base de cálculo de forma a 
torná-lo mais oneroso. 
A mera atualização do valor monetário da 
respectiva base de cálculo NÃO constitui 
majoração de tributo, nos termos do art. 97, § 
2º do CTN, podendo ser realizada por meio de 
simples Decreto. No entanto, se “atualização 
monetária” ocorrer com índices superiores ao 
oficial, não teremos uma mera atualização de 
valores, e sim, uma majoração de base de 
cálculo disfarçada, e por isso, nesse caso o 
instrumento normativo necessário será a Lei. 
 
A Constituição Federal, em seu artigo 153, § 1º 
prevê alguns impostos que podem ter as 
alíquotas alteradas, desde que observados 
os limites e condições estabelecidos em lei, 
por meio de ato do Poder Executivo, o que se 
dá comumente por decreto presidencial ou 
por portaria do Ministro da Fazenda. São eles: 
 
Imposto sobre a Importação (II) 
Imposto sobre a Exportação (IE) 
Imposto sobre produtos Industrializados 
(IPI) 
Imposto sobre Operações de Crédito, 
Câmbio e Seguros (IOF) 
 
O art. 177, § 4º, I, “b” da CF também 
possibilita ao Poder Executivo reduzir e 
restabelecer as alíquotas da Contribuição de 
intervenção no domínio econômico 
Combustível – CIDE COMBUSTÍVEL, por 
meio de ato próprio, no caso, o decreto 
presidencial. 
O art. 155, § 4º, IV, “c” da CF possibilita ao 
Poder Executivo reduzir e restabelecer as 
alíquotas do ICMS incidência monofásica, nas 
operações com combustíveis e lubrificantes 
previstos em lei complementar federal. 
Para visualizar: 
Princípio da Isonomia 
 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios instituir tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação profissional 
ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica 
dos rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, II 
da CF). 
 
Princípio da Irretroatividade 
 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios cobrar tributos em 
relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado. (art. 150, III, “a” da 
CF). 
 
A lei tributária NÃO pode retroagir, salvo em 
três situações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
2 
 
 
Princípio da Anterioridade 
 
O tributo que for instituído ou majorado nesse 
exercício financeiro, (coincide com o ano civil, 
inicia no dia 1º de janeiro e se encerra no dia 
31 de dezembro), somente poderá ser exigido 
no próximo exercício e desde que tenham 
transcorridos 90 dias da data da publicação 
da lei que houver instituído ou majorado o 
tributo. (art. 150, III, “b” e “c” da CF). 
 
Nem todos os tributos precisam respeitar o 
princípio da anterioridade, temos várias 
exceções a esse princípio. As exceções 
encontram-se nos arts. 150, § 1º, 155, § 4º, IV, 
“c” e 177, § 4º, I, “b” e 195,§ 6º da CF. 
 
a) Temos tributos que não precisam aguardar 
o próximo exercício e nem 90 dias, ou seja, o 
tributo pode ser cobrado: IMEDIATAMENTE!!!! 
São eles: 
 
- Imposto extraordinário guerra (IEG) 
 
- empréstimo Compulsório Guerra ou 
Calamidade Pública, 
 
- Imposto sobre importação (II), 
 
- Imposto sobre exportação (IE) 
 
- Imposto sobre operações financeiras 
(IOF) 
b) Existem tributos que não precisam aguardar 
o próximo exercício MAS precisam aguardar 
90 dias, para poder ser exigido, são: 
- IPI 
- casos de redução e restabelecimento das 
Alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS 
Combustível (155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” 
da CF. 
Contribuição Social (195,§ 6º da CF) 
Existem tributos que devem respeitar o 
Princípio da Anterioridade (do Exercício), mas 
não precisam respeitar 90 dias, são: 
-IR 
- alteração de Base de cálculo do IPTU e do 
IPVA 
 
Princípio do não-confisco 
 
O tributo não pode inviabilizar o direito de 
propriedade. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
(...) 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
O STF tem frequentemente demonstrado 
avesso às multas com caráter confiscatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
3 
Princípio da Capacidade Contributiva 
 
O princípio da capacidade contributiva é 
princípio basilar do Direito Tributário e está 
preceituado no art. 145, §1º da Constituição 
Federal: 
Art. 145 - (...) 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte 
 
Princípio da Liberdade de Tráfego 
 
O princípio da liberdade de tráfego está 
previsto no art. 150, V da CF e veda os Entes 
Federativos instituírem tributos interestaduais 
ou intermunicipais que visam estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou bens, 
ressalvadas, contudo, a exigência do 
pagamento de pedágio pela utilização das vias 
conservadas pelo Poder Público. 
 
Princípio da uniformidade Geográfica 
 
O princípio da uniformidade geográfica veda a 
União “instituir tributo que não seja uniforme 
em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, 
ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de 
incentivos fiscais destinados a promover o 
equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do 
País”. (art. 151, I da CF). 
 
Princípio da proibição das isenções 
heterônomas 
A União não pode conceder isenção 
para tributos que não estejam em sua 
competência tributária. Conforme dispõe o 
inciso III do artigo 151 da CF: 
Art. 151. É vedado à União: 
(...) 
III – instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios. 
 
A União não pode conceder isenções 
de tributos estaduais ou municipais, sob pena 
de violar o princípio do pacto federativo. 
Assim, só pode oferecer isenção de 
determinado tributo o Ente Federativo que tem 
competência para a sua instituição. 
Quando um Ente Federativo diferente 
daquele que detém a competência para 
instituir o tributo concede a isenção, tem-se a 
isenção heterônoma. 
A imunidade tributária é, em resumo, 
quando a CONSTITUIÇÃO veda a criação e a 
cobrança de tributos sobre determinadas 
situações ou sobre determinados sujeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
 Josiane Minardi 
4 
Principais diferenças entre imunidade 
e isenção: 
 
IMUNIDADES GENÉRICAS 
As imunidades genéricas estão 
previstas no art. 150, VI da CF e referem-se 
apenas aos Impostos. As pessoas e 
situações previstas no artigo 150, VI da CF não 
devem pagar apenas os impostos, devendo 
pagar as demais espécies tributárias, como as 
taxas, contribuição de melhoria, contribuições 
e empréstimo compulsório. Por isso, é possívelafirmar que quem tem imunidade genérica tem 
SORTE na vida, sorte de NÃO pagar 
IMPOSTO!! 
IMUNIDADES RECÍPROCAS 
 
A imunidade tributária recíproca, prevista no 
art. 150, VI, “a” da CF, consequência do 
modelo Federal de Estado, cujas bases 
repousam na necessária igualdade política-
jurídica entre as unidades que compõe O 
Estado Federal, veda a União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios instituírem 
impostos sobre o patrimônio, renda e serviços 
um dos outros. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros; 
 
De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a 
imunidade recíproca é extensiva às 
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
desde que cumpram 4 requisitos: 
 
 
 
O Supremo Tribunal Federal tem entendido 
que algumas empresas públicas, bem como 
algumas sociedades de economia mista são 
merecedoras da regra imunizante, quando 
prestam serviço público de caráter 
obrigatório e de forma exclusiva.

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