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OAB XVII DIR HUM 03

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OAB 1ª FASE XVII- DIREITO 
Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
1 
Convenção sobre os direitos da criança 
DECRETO No 99.710, DE 21 DE NOVEMBRO 
DE 1990. 
Artigo 1 
Para efeitos da presente Convenção 
considera-se como criança todo ser humano 
com menos de dezoito anos de idade, a não 
ser que, em conformidade com a lei aplicável 
à criança, a maioridade seja alcançada antes. 
Artigo 2 
1. Os Estados Partes respeitarão os direitos 
enunciados na presente Convenção e 
assegurarão sua aplicação a cada criança 
sujeita à sua jurisdição, sem distinção alguma, 
independentemente de raça, cor, sexo, idioma, 
crença, opinião política ou de outra índole, 
origem nacional, étnica ou social, posição 
econômica, deficiências físicas, nascimento ou 
qualquer outra condição da criança, de seus 
pais ou de seus representantes legais. 
2. Os Estados Partes tomarão todas as 
medidas apropriadas para assegurar a 
proteção da criança contra toda forma de 
discriminação ou castigo por causa da 
condição, das atividades, das opiniões 
manifestadas ou das crenças de seus pais, 
representantes legais ou familiares. 
Artigo 3 
1. Todas as ações relativas às crianças, 
levadas a efeito por instituições públicas ou 
privadas de bem estar social, tribunais, 
autoridades administrativas ou órgãos 
legislativos, devem considerar, 
primordialmente, o interesse maior da criança. 
2. Os Estados Partes se comprometem a 
assegurar à criança a proteção e o cuidado 
que sejam necessários para seu bem-estar, 
levando em consideração os direitos e deveres 
de seus pais, tutores ou outras pessoas 
responsáveis por ela perante a lei e, com essa 
finalidade, tomarão todas as medidas 
legislativas e administrativas adequadas. 
3. Os Estados Partes se certificarão de que as 
instituições, os serviços e os estabelecimentos 
encarregados do cuidado ou da proteção das 
crianças cumpram com os padrões 
estabelecidos pelas autoridades competentes, 
especialmente no que diz respeito à segurança 
e à saúde das crianças, ao número e à 
competência de seu pessoal e à existência de 
supervisão adequada. 
Protocolos Opcionais à Convenção sobre os 
Direitos das crianças 
DECRETO Nº 5.006, DE 8 DE MARÇO DE 
2004 - Promulga o Protocolo Facultativo à 
Convenção sobre os Direitos da Criança 
relativo ao envolvimento de crianças em 
conflitos armados. 
DECRETO Nº 5.017, DE 12 DE MARÇO DE 
2004. 
Promulga o Protocolo Adicional à Convenção 
das Nações Unidas contra o Crime Organizado 
Transnacional Relativo à Prevenção, 
Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, 
em Especial Mulheres e Crianças. 
Proteção à criança na CF/88: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do 
Estado assegurar à criança, ao adolescente e 
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de 
colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
Convenção Internacional Sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de Discriminação Racial 
de 1965, feita pela ONU e ratificada pelo Brasil 
em 1968. 
 Em seu artigo 1º tem-se que a expressão 
"discriminação racial" significa toda distinção, 
exclusão, restrição ou preferência baseada em 
raça, cor, descendência ou origem 
nacional ou étnica que tenha por objeto ou 
resultado anular ou restringir o 
reconhecimento, gozo ou exercício em um 
mesmo plano (em igualdade de condição) de 
direitos humanos e liberdades fundamentais 
nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida 
pública. 
O parágrafo 4º do artigo 1º da referida 
Convenção dispõe: "Não serão consideradas 
discriminação racial as medidas especiais 
tomadas com o único objetivo de assegurar o 
progresso adequado de certos grupos raciais 
ou étnicos ou de indivíduos que necessitem da 
proteção que possa ser necessária para 
proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual 
gozo ou exercício de direitos humanos e 
liberdades fundamentais, contanto que tais 
medidas não conduzam, em consequência, à 
manutenção de direitos separados para 
diferentes grupos raciais e não prossigam 
após terem sido alcançados os seus objetivos" 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 1ª FASE XVII- DIREITO 
Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
2 
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA 
O RACISMO, 
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E FORMAS 
CORRELATAS DE INTOLERÂNCIA 
Art. 1º Discriminação racial é qualquer 
distinção, exclusão, restrição ou preferência, 
em qualquer área da vida pública ou privada, 
cujo propósito ou efeito seja anular ou restringir 
o reconhecimento, gozo ou exercício, em 
condições de igualdade, de um ou mais 
direitos humanos e liberdades fundamentais 
consagrados nos instrumentos internacionais 
aplicáveis aos Estados Partes. 
A discriminação racial pode basear-se em 
raça, cor, ascendência ou origem nacional ou 
étnica. 
Discriminação racial indireta é aquela que 
ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou 
privada, quando um dispositivo, prática ou 
critério aparentemente neutro tem a 
capacidade de acarretar uma desvantagem 
particular para pessoas pertencentes a um 
grupo específico, com base nas razões 
estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em 
desvantagem, a menos que esse dispositivo, 
prática ou critério tenha um objetivo ou 
justificativa razoável e legítima à luz do Direito 
Internacional dos Direitos Humanos 
Discriminação múltipla ou agravada é qualquer 
preferência, distinção, exclusão ou restrição 
baseada, de modo concomitante, em dois ou 
mais critérios dispostos no Artigo 1.1, ou outros 
reconhecidos em instrumentos internacionais, 
cujo objetivo ou resultado seja anular ou 
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, 
em condições de igualdade, de um ou mais 
direitos humanos e liberdades fundamentais 
consagrados nos instrumentos internacionais 
aplicáveis aos Estados Partes, em qualquer 
área da vida pública ou privada 
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS 
Artigo 5º, incisos XLI e XLII - considera a 
prática do racismo crime inafiançável, 
imprescritível e sujeito à pena de reclusão, nos 
termos da lei. 
Artigo 1º, inciso III - Princípio da Dignidade da 
Pessoa Humana é um valor essencial nos 
países livres. 
Artigo 3º, inciso IV - é um dos objetivos 
principais da República combater o 
preconceito e a discriminação. 
Artigo 4º, inciso VIII - reafirma o compromisso 
da República de combater o racismo em todas 
as suas manifestações. 
Declaração do Milênio das Nações Unidas 
 08 de Setembro de 2000 
A Cúpula do Milênio das Nações Unidas foi 
realizada em Nova York, de 6 a 8 de Setembro 
de 2000. 
Foi um encontro sem precedentes, assistido 
por 100 Chefes de Estado, 47 Chefes de 
Governos, 3 Príncipes, 5 Vice-Presidentes, 3 
Primeiros Ministros, 8000 Delegados e 5500 
jornalistas. 
Valores e Princípios 
Paz, Segurança e Desarmamento 
Desenvolvimento e Erradicação da Pobreza 
Protegendo nosso Ambiente Comum 
Direitos Humanos, Democracia e Boa 
Governança 
Protegendo os Vulneráveis 
Indo ao encontro das Necessidades Especiais 
da África 
Reforçando as Nações Unidas 
Os líderes definiram alvos concretos, como: 
Reduzir para metade a percentagem de 
pessoas que vivem na 
pobreza extrema, fornecer água potável e 
educação a todos, inverter a tendência de 
propagação do VIH/SIDA e alcançar outros 
objetivos no domínio do desenvolvimento. 
Pediram o reforço das operações de paz das 
Nações Unidas, para que as comunidades 
vulneráveis possam contar conosco nas horas 
difíceis. E pediram-nos também que 
combatêssemos a injustiça e a desigualdade, 
o terror e o crime, e que protegêssemos o 
nosso património comum, a Terra, em 
benefíciodas gerações futuras 
Na Declaração, os dirigentes mundiais deram 
indicações claras sobre como adaptar a 
Organização ao novo século. Estão 
preocupados – aliás, justamente – com a 
eficácia da ONU. Querem ação e, acima de 
tudo, resultados. 
O SISTEMA EUROPEU DE DIREITOS 
HUMANOS 
1- A CONVENÇÃO EUROPEIA 
4.11.1950 – ENTROU EM VIGOR EM 
3.9.1953 
(8 ESTADOS) 
CATÁLOGO DE DIREITOS CIVIS E 
POLÍTICOS 
2. A CARTA SOCIAL EUROPEIA – 26.2.1965 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 1ª FASE XVII- DIREITO 
Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
3 
3. A CORTE EUROPEIA 
POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS 
HUMANOS 
1- HISTÓRICO 
2- O PROGRAMA NACIONAL 
O PNDH reflete e fortalece uma mudança na 
concepção de direitos humanos, já partilhada 
anteriormente por organizações de direitos 
humanos, mas pela primeira vez adotada e 
defendida pelo governo brasileiro na história 
republicana, segundo a qual os direitos 
humanos devem ser os direitos todos: a 
cidadania plena não deve estar limitada, como 
na tradição brasileira, às elites. As não-elites 
são sujeitos plenos de direitos. Passam a 
abranger os direitos definidos em tratados 
internacionais ratificados pelo Congresso 
Nacional. 
3- O PROGRAMA NACIONAL NÚMERO I – 
1996 
- Marca dos direitos e liberdades 
individuais 
- O PNDH permitiu que instituições 
existentes no âmbito federal, como o 
Conselho Nacional de Proteção dos 
Direitos da Pessoa Humana, CDDPH, 
do Ministério da Justiça, assumisse 
papel mais decisivo. 
- Estreitaram-se as relações e o diálogo com a 
Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos, que foi convidada a visitar o Brasil e 
que publicou em 1998 um Relatório de Direitos 
Humanos no Brasil, que aliás reconhece vários 
avanços realizados. 
4- O PROGRAMA NACIONAL NÚMERO II – 
2002 
- Incorpora ações específicas no campo da 
garantia do direito à educação, à saúde, à 
previdência e assistência social, ao trabalho, à 
moradia, a um meio ambiente saudável, à 
alimentação, à cultura e ao lazer, assim como 
propostas voltadas para a educação e 
sensibilização de toda a sociedade brasileira 
com vistas à construção e consolidação de 
uma cultura de respeito aos direitos humanos. 
- Apoiar a formulação, a implementação e a 
avaliação de políticas e ações sociais para a 
redução das desigualdades econômicas, 
sociais e culturais existentes no país, visando 
à plena realização do direito ao 
desenvolvimento e conferindo prioridade às 
necessidades dos grupos socialmente 
vulneráveis. 
- Apoiar, na esfera estadual e municipal, a 
criação de conselhos de direitos dotados de 
autonomia e com composição paritária de 
representantes do governo e da sociedade 
civil. 
- Apoiar a formulação de programas estaduais 
e municipais de direitos humanos e a 
realização de conferências e seminários 
voltados para a proteção e promoção de 
direitos humanos. 
5- O PROGRAMA NACIONAL NÚMERO III – 
2010 
- O objetivo do programa desenvolvido pelo 
governo federal é dar continuidade à 
integração e ao aprimoramento dos 
mecanismos de participação existentes e criar 
novos meios de construção e monitoramento 
das políticas públicas sobre Direitos 
Humanos no Brasil. 
- O PNDH-3 tem como diretriz a garantia da 
igualdade na diversidade, com respeito às 
diferentes crenças, liberdade de culto e 
garantia da laicidade do Estado brasileiro, 
prevista na Constituição Federal. A ação que 
propõe a criação de mecanismos que 
impeçam a ostentação de símbolos religiosos 
em estabelecimentos públicos da União visa 
atender a esta diretriz. 
- O programa é ainda estruturado nos 
seguintes eixos orientadores: 
1.Interação Democrática entre Estado e 
Sociedade Civil; 
2.Desenvolvimento e Direitos Humanos; 
3.Universalizar Direitos em um 
Contexto de Desigualdades; 
4.Segurança Pública, Acesso à Justiça e 
Combate à Violência; 
5.Educação e Cultura em Direitos Humanos e 
6.Direito à Memória e à Verdade 
- O programa prevê ainda Planos de Ação a 
serem construídos a cada dois anos, sendo 
fixados os recursos orçamentários, as medidas 
concretas e os órgãos responsáveis por sua 
execução. 
- O PNDH-3 foi precedido pelo PNDH-
I, de 1996, que enfatizou os direitos civis e 
políticos, e pelo PNDH-II, que incorporou 
os direitos econômicos, sociais, culturais e 
ambientais, em 2002. 
- A participação social na elaboração 
do programa se deu por meio de conferências, 
realizadas em todos os estados do Brasil 
durante o ano de 2008, envolvendo 
 
 
 
 
 
 
 
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Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
4 
diretamente mais de 14 mil cidadãos, 
além de consulta pública. 
 
 COMISSÃO DA VERDADE 
A Comissão Nacional da Verdade foi criada 
pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio 
de 2012. A CNV tem por finalidade apurar 
graves violações de Direitos Humanos 
ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de 
outubro de 1988. Em dezembro de 2013, o 
mandato da CNV foi prorrogado até dezembro 
de 2014 pela medida provisória nº 632. 
Art. 1o É criada, no âmbito da Casa Civil da 
Presidência da República, a Comissão 
Nacional da Verdade, com a finalidade de 
examinar e esclarecer as graves violações de 
direitos humanos praticadas no período fixado 
no art. 8o do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, a fim de efetivar o 
direito à memória e à verdade histórica e 
promover a reconciliação nacional. 
Art. 2o A Comissão Nacional da Verdade, 
composta de forma pluralista, será integrada 
por 7 (sete) membros, designados pelo 
Presidente da República, dentre brasileiros, de 
reconhecida idoneidade e conduta ética, 
identificados com a defesa da democracia e da 
institucionalidade constitucional, bem como 
com o respeito aos direitos humanos. 
Art. 3o São objetivos da Comissão Nacional da 
Verdade: 
I - esclarecer os fatos e as circunstâncias dos 
casos de graves violações de direitos 
humanos mencionados no caput do art. 1o; 
II - promover o esclarecimento circunstanciado 
dos casos de torturas, mortes, 
desaparecimentos forçados, ocultação de 
cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos 
no exterior; 
III - identificar e tornar públicos as estruturas, 
os locais, as instituições e as circunstâncias 
relacionados à prática de violações de direitos 
humanos mencionadas no caput do art. 1o e 
suas eventuais ramificações nos diversos 
aparelhos estatais e na sociedade; 
IV - encaminhar aos órgãos públicos 
competentes toda e qualquer informação 
obtida que possa auxiliar na localização e 
identificação de corpos e restos mortais de 
desaparecidos políticos, nos termos do art. 
1o da Lei no 9.140, de 4 de dezembro de 1995; 
V - colaborar com todas as instâncias do poder 
público para apuração de violação de direitos 
humanos; 
VI - recomendar a adoção de medidas e 
políticas públicas para prevenir violação de 
direitos humanos, assegurar sua não repetição 
e promover a efetiva reconciliação nacional; e 
VII - promover, com base nos informes obtidos, 
a reconstrução da história dos casos de graves 
violações de direitos humanos, bem como 
colaborar para que seja prestada assistência 
às vítimas de tais violações. 
ATENÇÃO 
Segundo o texto da Convenção Internacional 
Para a Proteção de Todas as Pessoas Contra 
o Desaparecimento Forçado, entende-se por 
desaparecimento forçado a prisão, a detenção, 
o sequestro ou qualquer outra forma de 
privação de liberdade por agentes do Estado 
ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo 
com a autorização, o apoio ou o consentimento 
do Estado, 
seguido da recusa em reconhecer a privação 
de liberdade, ou do encobrimento do destino 
ou do paradeiro da pessoa desaparecida, 
colocando-a assim fora do âmbito de proteção 
da lei. 
De acordo com a Convenção Internacional 
Para a Proteção de Todas as Pessoas Contra 
o Desaparecimento Forçado,a prática 
generalizada ou sistemática de 
desaparecimentos forçados constitui um crime 
contra a humanidade, tal como definido no 
direito internacional aplicável, acarretando as 
consequências que o mesmo prevê. 
Preceitua o art. 15 da Convenção Internacional 
Para a Proteção de Todas as Pessoas Contra 
o Desaparecimento Forçado: “Os Estados 
Partes cooperarão entre si e conceder-se-ão o 
mais amplo auxílio mútuo a fim de prestarem 
assistência mútua às vítimas de 
desaparecimento forçado e de procederem à 
procura, localização e libertação de pessoas 
desaparecidas e, em caso de morte, à sua 
exumação, identificação e entrega dos seus 
restos mortais.” 
 
 
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL - 1948 
Artigo I 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em 
dignidade e direitos. São dotadas de razão e 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB 1ª FASE XVII- DIREITO 
Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
5 
consciência e devem agir em relação umas às 
outras com espírito de fraternidade. 
Artigo II 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os 
direitos e as liberdades estabelecidos nesta 
Declaração, sem distinção de qualquer 
espécie, seja de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra 
natureza, origem nacional ou social, riqueza, 
nascimento, ou qualquer outra condição. 
Artigo III 
 Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade 
e à segurança pessoal. 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou 
servidão, a escravidão e o tráfico de escravos 
serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura, nem a 
tratamento ou castigo cruel, desumano ou 
degradante. 
Artigo VI 
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os 
lugares, reconhecida como pessoa perante a 
lei. 
Artigo VII 
Todos são iguais perante a lei e têm direito, 
sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. 
Todos têm direito a igual proteção contra 
qualquer discriminação que viole a presente 
Declaração e contra qualquer incitamento a tal 
discriminação. 
Artigo VIII 
 Toda pessoa tem direito a receber dos tributos 
nacionais competentes remédio efetivo para 
os atos que violem os direitos fundamentais 
que lhe sejam reconhecidos pela constituição 
ou pela lei. 
Artigo IX 
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou 
exilado. 
Artigo X 
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, 
a uma audiência justa e pública por parte de 
um tribunal independente e imparcial, para 
decidir de seus direitos e deveres ou do 
fundamento de qualquer acusação criminal 
contra ele. 
Artigo XI 
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso 
tem o direito de ser presumida inocente até 
que a sua culpabilidade tenha sido provada de 
acordo com a lei, em julgamento público no 
qual lhe tenham sido asseguradas todas as 
garantias necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer 
ação ou omissão que, no momento, não 
constituíam delito perante o direito nacional ou 
internacional. Tampouco será imposta pena 
mais forte do que aquela que, no momento da 
prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua 
vida privada, na sua família, no seu lar ou na 
sua correspondência, nem a ataques à sua 
honra e reputação. Toda pessoa tem direito à 
proteção da lei contra tais interferências ou 
ataques. 
Artigo XIII 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de 
locomoção e residência dentro das fronteiras 
de cada Estado. 
2. Toda pessoa tem o direito de deixar 
qualquer país, inclusive o próprio, e a este 
regressar. 
Artigo XIV 
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o 
direito de procurar e de gozar asilo em outros 
países. 
2. Este direito não pode ser invocado em caso 
de perseguição legitimamente motivada por 
crimes de direito comum ou por atos contrários 
aos propósitos e princípios das Nações 
Unidas. 
Artigo XV 
1. Toda pessoa tem direito a uma 
nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de 
sua nacionalidade, nem do direito de mudar de 
nacionalidade. 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem 
qualquer restrição de raça, nacionalidade ou 
religião, têm o direito de contrair matrimônio e 
fundar uma família. Gozam de iguais direitos 
em relação ao casamento, sua duração e sua 
dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o 
livre e pleno consentimento dos nubentes. 
Artigo XVII 
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só 
ou em sociedade com outros. 
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
propriedade. 
Artigo XVIII 
 
 
 
 
 
 
 
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Direitos Humanos 
Flavia Bahia 
6 
Toda pessoa tem direito à liberdade de 
pensamento, consciência e religião; este 
direito inclui a liberdade de mudar de religião 
ou crença e a liberdade de manifestar essa 
religião ou crença, pelo ensino, pela prática, 
pelo culto e pela observância, isolada ou 
coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo XIX 
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião 
e expressão; este direito inclui a liberdade de, 
sem interferência, ter opiniões e de procurar, 
receber e transmitir informações e idéias por 
quaisquer meios e independentemente de 
fronteiras. 
Artigo XX 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de 
reunião e associação pacíficas. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de 
uma associação. 
Artigo XXI 
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no 
governo de seu país, diretamente ou por 
intermédio de representantes livremente 
escolhidos. 
 
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao 
serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da 
autoridade do governo; esta vontade será 
expressa em eleições periódicas e legítimas, 
por sufrágio universal, por voto secreto ou 
processo equivalente que assegure a 
liberdade de voto. 
Artigo XXII 
 Toda pessoa, como membro da sociedade, 
tem direito à segurança social e à realização, 
pelo esforço nacional, pela cooperação 
internacional e de acordo com a organização e 
recursos de cada Estado, dos direitos 
econômicos, sociais e culturais indispensáveis 
à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da 
sua personalidade. 
Artigo XXIII 
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre 
escolha de emprego, a condições justas e 
favoráveis de trabalho e à proteção contra o 
desemprego. 
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem 
direito a igual remuneração por igual 
trabalho. 
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma 
remuneração justa e satisfatória, que lhe 
assegure, assim como à sua família, uma 
existência compatível com a dignidade 
humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social. 
 
4. Toda pessoa tem direito a organizar 
sindicatos e neles ingressar para proteção de 
seus interesses. 
Artigo XXIV 
 Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, 
inclusive a limitação razoável das horas de 
trabalho e férias periódicas remuneradas. 
Artigo XXV 
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de 
vida capaz de assegurar a si e a sua família 
saúde e bem estar, inclusive alimentação, 
vestuário, habitação, cuidados médicos e os 
serviços sociais indispensáveis, e direito à 
segurança em caso de desemprego, doença, 
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de 
perda dos meios de subsistência fora de seu 
controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a 
cuidados e assistência especiais. Todas as 
crianças nascidas dentro ou fora do 
matrimônio, gozarão da mesma proteção 
social. 
Artigo XXVI 
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A 
instrução será gratuita, pelo menos nos graus 
elementares e fundamentais. A instrução 
elementar será obrigatória. A instrução 
técnico-profissional será acessívela todos, 
bem como a instrução superior, esta baseada 
no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do 
pleno desenvolvimento da personalidade 
humana e do fortalecimento do respeito pelos 
direitos humanos e pelas liberdades 
fundamentais. A instrução promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre 
todas as nações e grupos raciais ou religiosos, 
e coadjuvará as atividades das Nações Unidas 
em prol da manutenção da paz. 
 
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha 
do gênero de instrução que será ministrada a 
seus filhos. 
Artigo XXVII 
1. Toda pessoa tem o direito de participar 
livremente da vida cultural da comunidade, de 
fruir as artes e de participar do processo 
científico e de seus benefícios. 
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos 
 
 
 
 
 
 
 
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Direitos Humanos 
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7 
interesses morais e materiais decorrentes de 
qualquer produção científica, literária ou 
artística da qual seja autor. 
Artigo XXVIII 
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e 
internacional em que os direitos e liberdades 
estabelecidos na presente Declaração possam 
ser plenamente realizados. 
Artigo XXIX 
1. Toda pessoa tem deveres para com a 
comunidade, em que o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é 
possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, 
toda pessoa estará sujeita apenas às 
limitações determinadas pela lei, 
exclusivamente com o fim de assegurar o 
devido reconhecimento e respeito dos direitos 
e liberdades de outrem e de satisfazer às 
justas exigências da moral, da ordem pública e 
do bem-estar de uma sociedade 
democrática. 
 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em 
hipótese alguma, ser exercidos contrariamente 
aos propósitos e princípios das Nações 
Unidas. 
Artigo XXX 
 Nenhuma disposição da presente 
Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou 
pessoa, do direito de exercer qualquer 
atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e 
liberdades aqui estabelecidos. 
PACTO DE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
PACTO DE DIREITOS SOCIAIS 
Casos contra o Estado brasileiro perante o 
sistema Interamericano de Direitos Humanos. 
1. Caso Ximenes Lopes versus Brasil 
Sentença de 4 de julho de 2006 
2. Caso Nogueira de Carvalho e Outro Versus 
Brasil 
Sentença de 28 de Novembro de 2006 
3. CASO ESCHER E OUTROS VS. BRASIL 
SENTENÇA DE 6 DE JULHO DE 2009 
4. CASO GARIBALDI VS. BRASIL 
SENTENÇA DE 23 DE SETEMBRO DE 2009 
5. CASO GOMES LUND E OUTROS 
(“GUERRILHA DO ARAGUAIA”) VS. BRASIL 
SENTENÇA DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010

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