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ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE FOME E EDUCAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE CURSO DE GEOGRAFIA BACHAREL
Claudia Sousa Lins¹
João Antonio dos Santos Neto²
MAPA DA FOME E DA EDUCAÇÃO, CAMINHOS QUE SE GALGAM NUM BRASIL TÃO DESARMÔNICO
MACEIÓ, AL
2016
 RESUMO
O presente artigo pretende contribuir para uma melhor compreensão da dimensão e possíveis soluções para a fome e a educação no Brasil. Pretende-se fazer uma investigação sob o caráter de revisão bibliográfica, focada na visão histórica sobre a trajetória da fome; educação; pobreza. A princípio, vamos esclarecer a natureza distinta de cada um desses problemas e o que os difere conceitualmente da pobreza. Em seguida, examinaremos as alternativas disponíveis para operacionalizar os conceitos de fome e educação em estudos que buscam aferir a frequência desses problemas na população. Finalmente, comparam-se resultados relativos à frequência, distribuição geográfica e tendência secular da fome e daeducação no Brasil e destacamos suas principais implicações para o delineamento de políticas públicas que busquem o controle desses problemas em nosso meio.
 SUMMARY
Questo articolo si propone di contribuire ad una migliore comprensione delle dimensioni e le possibili soluzioni per la fame e l'educazione in Brasile. Inizialmente, abbiamo cercato di chiarire la natura distinta di ciascuno di questi problemi e ciò che distingue loro povertà concettualmente. Successivamente, esaminiamo le alternative disponibili per rendere operativi i concetti di fame e di educazione in studi che cercano di misurare la frequenza di questi problemi nella popolazione. Infine, rispetto ai risultati per la frequenza, distribuzione geografica e la tendenza secolare di fame e daeducação in Brasile ed evidenziare le sue principali implicazioni per la progettazione di politiche pubbliche che cercano di controllare questi problemi in mezzo a noi.
PALAVRAS-CHAVES: fome, educação, pobreza
¹
IGDEMA – 
I
nstituto de Geografia, 
D
esenvolvimentoe
 M
eio
 A
mbiente
 Universidade Federal de Alagoas
 Discente em Bacharel em Geografia
 Universidade Federal de Alagoas
Cslins.para@gmail.com
²
IGDEMA – 
I
nstituto de Geografia, 
D
esenvolvimentoe
 M
eio
 A
mbiente
 Universidade Federal de Alagoas
 Discente em Bacharel em Geografia
 Universidade Federal de Alagoas
Joao_antonio_1945@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O presente artigofoi elaborado a partir de pesquisa de artigos científicos e livros que expõe estes problemas de forma clara. Para não desmerecer a particularidade da disciplina de Geografia optou-se desenredar, por meio do conhecimento científico, as reais causas e as principais consequências da fome e da deficiência na educação, sendo estes considerados a pior forma de desigualdade estagnada no espaço geográfico. Portanto, o estudo da fome no brasil e da deficiência na educação oportuniza ao estudante perceber-se agente das metamorfoses, conhecedor de que as desigualdades tendem a se agravar ante o desvairo e despolitização da grande massa da população, a qual provém da manobra e inculcação da ideologia dominante. Sendo assim, revelar, a fome e a falha na educação, bem como suas reais causas pode ser uma forma de auxiliar o alunado para postura política mais conscientes. É sugerir a eles condições de observar além das aparências, de saber que o espaço geográfico é o produto do processo histórico, resultado das ações humanas no decorrer do tempo. Ações essas que na maioria das vezes atende aos interesses de uma minoria que detêm o poder econômico e, por extensão o poder político, e que, recebendo suas vantagens, não têm interesses em mudanças.
Fome
Quando se fala nofim da fome, o primeiro passo é enunciar o número potencial de pessoas que estariam passando fome. No entanto, está não é uma tarefa tão simples assim, pode-se observar isto com a falta de acordo sobre o assunto que existe no país e as diferenças nos resultados. Afinal de contas, quantos brasileiros realmente passam fome? Os 3 milhões de Carlos Augusto Monteiro, os 16 milhões da FAO (Organização da Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), os 22 milhões do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), os 44 milhões do Fome Zero ou os 55 milhões da Fundação Getúlio Vargas (FGV)?
Segundo (Castro 1984), a fome coletiva é um fenômeno social bem mais generalizado. É um fenômeno geograficamente universal, não havendo nenhum continente que escape à sua ação nefasta. Toda a terra dos homens tem sido também até hoje terra da fome. Mesmo nosso continente, chamado o da abundância simbolizado até hoje nas lendas do Eldorado, sofre intensamente o flagelo da fome.
Figura: 1. Revista Radis nº 54 Minérios/Mineração, fevereiro 2016.
Educação
Para compreender os problemas educacionais do Brasil de hoje é necessário entender oâmbito no qual foi urdido o sistema escolar a partir de sua implantação, que remonta ao período da colonização. Estruturada para atender as necessidades de enriquecimento da Metrópole a economia nacolônia, até o século XVII, estabilizou-se inicialmente no extrativismo do pau-brasil e depois, emfunção de assegurar a posse da nova terra, no plantio da cana-de-açúcar. Com issomodificou-se oponto de vistada colonização pela ocupação, para o do povoamento e cultivo da terra. Dianteda questão, abalroaramnoBrasil membros da pequena nobreza portuguesa que se dispuseram a levar avante tal empresa.A partir deste momento houve a necessidade da criação de escolas. Para tanto, como já ocorria em Portugal, o ensino ficoua cargo dos jesuítas, o que desobrigou a Coroa de custeá-lo (Pinto, 2002).Com sua chegada (1549), fundaram em São Vicente um seminário que se tornouo modelo para ensino médio por mais de duzentos anos. A princípio seu objetivo era aformação de sacerdotes, pretexto este que apresentava-se como a única opção para a formação da elite local,preparando-a para o ingresso nas universidades europeias. Observa-se, então, que o ensinomédio, desde sua implantação apresenta uma configuração elitista, ou seja: sistema político que prioriza a elite, e propedêutica cujametodologia ainda valoriza a disciplina e a memorização e o estudo das humanidades emdetrimento das ciências experimentais. Para tanto, havia outro grupo a ser atendido: oformado pelos nativos, negros e colonos pobres. O primeiro programa educacional, introduzido pelo padre Manuel da Nóbrega, além catequizar e instruir os indígenas, conforme determinava a política de D. João III, deveria atender também aos filhos homens dos colonos. O mérito deste plano era o de ter sido elaborado de forma diversificada para atender à diversidade aqui encontrada, mas a partir de 1599 com a publicação da Ratio Studiorum¹, o ensino jesuítico optou definitivamente, pela formação da elite colonial. Seguindo os padrões vigentes em Portugal, tal sistema, adaptou-se perfeitamente às necessidades da política colonial e, ao privilegiar o trabalho
Intelectual, acabou por afastar os estudantes da realidade imediata e evidenciou as desigualdades social. 
Figura: 2. http://www.gilbertogodoy.com.br/ler-post/brasil-e-3--pior-em-ranking-de-educacao--diz-economist
Definindo pobreza, desnutrição e fome
Das três questões, a pobreza talvez seja o mais fácil de revelar. De modo bastante simples, pode-se dizer que pobreza corresponde à condição de: necessidades humanas elementares como comida, abrigo, vestuário, educação, assistência à saúde, entre várias outras.A desnutrição ou, mais especificamente, as deficiências nutricionais – porque são várias as modalidades de desnutrição – são doenças que decorrem do aporte alimentar insuficiente em energia e nutrientes ou, ainda, com alguma frequência, do inadequado aproveitamento biológico dos alimentos ingeridos – geralmente motivado pela presença de doenças, em particular doenças infecciosas. A fome é certamente o problema cuja definição se mostra mais controversa.Haveria inicialmente que se distinguir a fome aguda, momentânea, da fome crônica. A fome aguda equivale à urgência de se alimentar, a um grande apetite, e não é relevante para nossa discussão. A fome crônica, permanente, a que nosinteressa aqui, ocorre quando a alimentação cotidiana, habitual, não propicia ao indivíduo energia suficiente para a manutenção do seu organismo e para o desempenho de suas atividades rotineiras. Nesse sentido, a fome crônica resulta em uma das modalidades de desnutrição: a deficiência energética crônica.
Desnutrição 
 Pobreza
 Fome
Figura: 3. Pobreza, desnutrição e fome
¹
O 
Ratio Studiorum 
era a organização e plano de estudos da Companhia de Jesus (1599), baseado na cultura europeia. Consistia de aulas elementares de Humanidades, Filosofia (Artes), e Teologia, possibilitando a obtençãodos títulos de bacharel, licenciado e mestre em artes.

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