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Direito Tributário
O mundo é tributário! Paga-se tributo em tudo!
“Só existem duas coisas certas na vida: a morte e os tributos!” (Benjamin Franklin)
A incidência tributária está em toda parte, em todo fenômeno econômico. Todos pagam tributos.
Fatos tributados
Tributação sobre o lucro: IRPJ, IR s/ ganho de capital e CSLL (contribuição social sobre lucro líquido).
Tributação sobre o comércio: PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição de Financiamento da Seguridade Social), ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação), CIDE (Contribuição de intervenção do domínio econômico).
Tributação sobre a indústria: PIS, COFINS, IPI, ICMS, CIDE.
Tributação sobre os serviços: PIS, COFINS, ISS.
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Tributação sobre a folha de salários: cota patronal, FGTS, “pro labore”, “terceiros”.
Tributação sobre comércio exterior: IE, II, PIS/importação, COFINS/importação, IPI, ICMS.
Tributação sobre operações financeiras: IOF e extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira).
Tributação sobre a propriedade: IPTU, ITR, IPVA.
Tributação sobre transferência de bens: ITBI (imposto sobre transmissão de bens imóveis), ITCMD (imposto causa mortis e doação).
Manicômio Tributário
Siglas tributárias (“abecedário tributário”).
Legislação numerosa, confusa e em constante alteração: sérias dificuldades na interpretação e aplicação da norma tributária, que reforçam o papel da jurisprudência e da doutrina neste campo jurídico; proliferação de normas administrativas; insegurança jurídica; “teses” tributárias; reviravoltas jurisprudenciais, custos de conformidade.
Falta de visão acerca da presença constante do tributo no dia-a-dia (carência de cidadania tributária e passividade popular). 
“Brasil - País dos Tributos”; “o homem é um ser contribuinte” (os brasileiros, mais ainda!).
https://www.ibpt.org.br/noticia/1951/Brasil-cria-em-media-46-novas-regras-de-tributos-a-cada-dia-util
A tributação na História
Vários movimentos decorreram da carga tributária: Revolução Francesa (1789), Boston Tea Party (1776).
"Quanto maior a pressão tributária sobre a sociedade, maior será a atenção que a população dará a ela. Por isso, os impostos têm muito peso no início das revoluções" (Alcides Jorge Costa)
No Brasil: Inconfidência Mineira, em 1789.
Contexto: colonização exploradora de Portugal; Brasil não era independente (1824, 35 anos depois); abusos políticos e econômicos por parte do colonizador; grande extração de ouro (principal produto e principal taxação); consequente diminuição do ouro nas minas.
Direito Tributário para o Estado (Fisco)
Atividade financeira do Estado: “busca de meios para satisfazer as necessidades públicas” (Alberto Deodato).
Principal Receita Pública: receita pública derivada, responsabilidade fiscal, repartição da competência tributária gera uma disputa acirrada entre União, Estados, DF e Municípios (“guerra fiscal”), Reforma Tributária, repartição da arrecadação tributária e dos gastos públicos, superposição de tributos sobre o mesmo fato econômico.
Instrumento para intervenção estatal na economia (dirigismo estatal, Política Tributária): seletividade, progressividade extrafiscal, tributação extrafiscal, CIDE, benefícios fiscais.
Direito tributário para o contribuinte
Norma de rejeição social: causas e consequências (legalidade, proximidade com o direito penal, coerção, criminalização da infração tributária, substituição tributária, informatização da administração tributária, carga desmedida).
Direito-custo: “internalização”, transferência do encargo tributário para o consumidor (tributo embutido no preço dos produtos e serviços),disputa entre os contribuintes (menos tributo = maior lucro ou menos prejuízo = menor o preço = maior a competitividade). Custos de conformidade.
Embate entre Fisco e contribuinte
Direito Tributário é um direito obrigacional (direito das obrigações): obrigação tributária principal e obrigação tributária acessória.
Direito tributário é um direito de superposição, sobreposição: os fatos jurídicos tributários são, antes disso, fatos “econômicos” regulados por outros ramos do direito (civil, empresarial, imobiliário, trabalhista, administrativo etc.). Análise dos fatos sob o critério da “capacidade contributiva”, e não puramente jurídico (“non olet” aquilo que não tem cheiro, quer dizer que não importa se os rendimentos tributáveis tiveram ou não fonte lícita ou moral).
Limitações ao Poder de Tributar: direitos fundamentais dos contribuintes (princípios e imunidades), Constituição é o “Estatuto dos Contribuintes” (Roque Carrazza).
 “O Poder de Tributar envolve o Poder de destruir” (John Marshall).
Processo Administrativo e processo judicial tributário.
Ligação com outras áreas
Direito Tributário e Economia
Direito Tributário e Finanças Públicas
Direito Tributário e Ciências Contábeis
Direito Tributário e Administração
Direito Tributário e Sociologia
Direito Tributário e Política
Direito Tributário e outros ramos jurídicos (Financeiro, Administrativo, Penal, Civil, Comercial, Trabalhista)
Cidadania fiscal
A partir dos estudos e conhecimentos tributários, conscientizaremos e desenvolveremos uma CIDADANIA FISCAL.
“PAGO, LOGO EXIJO!”
Quais são os tributos? Quem deve pagar? Por que pagar? Para onde vai o dinheiro arrecadado? Quanto é a arrecadação? Qual é o peso do tributo nos produtos e serviços consumidos?
Dias trabalhados para pagar imposto
O cidadão brasileiro trabalha cerca de 157 dias só para pagar tributos (até 05/06).
Entre 06/06 e 30/09 (mais 117), o brasileiro trabalha para adquirir serviços “públicos” (educação, saúde, previdência, segurança, pedágio).
Outros países (dias trabalhados para pagar tributos):
Suécia = 185 dias
França = 149 dias
Espanha = 137 dias
EUA = 102 dias
Argentina = 97 dias
México = 91 dias
Impostrômetro
http://www.impostometro.com.br/
http://www.impostometro.com.br/posts/um-passo-para-a-cidadania
Direito Tributário
Conceito: 
“Ramo do Direito que se ocupa das relações entre o Fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”. (Machado, 2013, p. 51).
Ou seja, é o conjunto de normas jurídicas que versam sobre a instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.
Outras denominações:
Direito Financeiro: é disciplina jurídica diversa, que sob certo aspecto pode ser tida como abrangente do Direito tributário. Regula a atividade financeira do Estado. Regula todas as receitas não tributárias, o orçamento, o crédito público e a despesa pública.
Direito fiscal: é sinônimo de direito tributário, mas a palavra “fiscal” designa algo mais abrangente, além dos tributos todo o Erário, aproximando-se portanto de financeiro.
Legislação tributária: é expressão de abrangência menor. É o conjunto de regras jurídicas a respeito de tributos e suas relações.
Cabe salientar que a finalidade do Direito Tributário não se confunde com a finalidade do tributo:
O tributo tem por finalidade suprir os cofres públicos dos recursos financeiros necessários ao custeio das atividades do Estado. (Machado, 2013, p. 52)
A do Direito Tributário é de delimitar o poder de tributar, transformando-se a relação de poder (antiguidade) em relação jurídica. (Machado, 2013, p. 52)
Em resumo:
O direito tributário regula a atividade financeira do Estado no pertinente à tributação.
O direito financeiro regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação.
À política fiscal indica o mais conveniente em matéria de recursos públicos, tanto das receitas quanto nos gastos.
À política tributária indica o mais conveniente em matéria tributária.
Fonte: Curso de Direito Tributário,
Hugo de Brito Machado, 2013.

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