Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Arthur Barroso 1 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Cap.- 1- SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O Sistema Financeiro Nacional O estudo, tanto do Sistema Financeiro Nacional como dos Conhecimentos Bancários, é algo que além de ser útil para concursos de órgãos renomados como o Banco Central, a Polícia Federal, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, é também de extrema importância para proporcionar ao aluno a consciência do funcionamento da economia através de seus agentes. Todos esses agentes estão presentes no cotidiano da nossa sociedade, garantindo que a economia do país funcione de forma eficiente. Portanto informo a vocês que esta é uma disciplina bastante pragmática ao contrário das disciplinas jurídicas que geralmente se voltam para um plano teórico. Muitas das entidades que iremos estudar poderão ser percebidas em situações comuns ao nosso dia a dia. Sendo assim, o ideal é que realizemos essa constante relação entre a matéria e as atividades corriqueiras da nossa sociedade para que facilite a assimilação do conteúdo. Desejo a vocês bons estudos! Definição O Sistema Financeiro Nacional é constituído pelo conjunto de instituições dedicadas a garantir condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre agentes superavitários - poupadores – e agentes deficitários – investidores - no País. É também caracterizado como um grupo de instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e fazem as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. Regulação Leis complementares regularão o Sistema Financeiro Nacional, conforme nos informa a Emenda Constitucional n.º 40/2003: Letra da lei! : “O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos Arthur Barroso 2 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.” Composição O Sistema Financeiro Nacional poderá ser estruturado de duas maneiras, sendo que uma delas será adotada com maior freqüência nos principais materiais que tratam do assunto. Esse enfoque majoritário terá como base o papel principal dos órgãos dividindo eles entre: órgãos normativos, órgãos supervisores e órgãos operadores. Já a segunda maneira, com menor adesão pelos autores, mas de fundamental importância para a melhor compreensão do assunto, se refere às funções de cada órgão e se divide entre órgãos de função normativa e órgãos que possuem função executiva. Quanto ao papel principal No que se refere ao papel principal os órgãos se dividem entre os que possuem papel normativo, supervisor e operador. Vejamos cada um deles: - Entidades Normativas: ►Conselho Monetário Nacional (CMN) ►Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) ►Conselho Nacional Previdência Complementar (CNPC) DICA!: Veja que a estrutura de cada um desses órgãos é a mesma. Todos eles são “conselhos”, organismos destinados à orientação de agentes nos mais diversos campos de atuação. - Entidades Supervisoras: ►Banco Central do Brasil (Bacen) ►Conselho de Valores Mobiliários (CVM) ►Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ►Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - Entidades Operadoras: Arthur Barroso 3 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. O Banco Central traz um rol exaustivo de entidades operadoras, mas podemos resumi-las em 6 categorias principais: ►Instituições Financeiras Bancárias ►Instituições Financeiras Não-Bancárias ►Bolsas de valores ►Sociedades seguradoras ►Sociedades de capitalização ►Entidades de previdência complementar Quanto às funções No que diz respeito às funções, o SFN se dividirá entre os órgãos de função normativa e os órgãos de função executiva. - Órgãos de Função Normativa: ►CMN (Conselho Monetário Nacional) ►CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) ►CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) ►BACEN (Banco Central do Brasil) ►CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ►SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) ►PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) DICA!: Na classificação “quanto à função” os órgãos de função Normativa equivalem ao somatório das entidades normativas com as entidades supervisoras da classificação “quanto ao papel principal” - Órgãos de Função Executiva ►BACEN (Banco Central do Brasil) ►SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) ►PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) ►Banco do Brasil ►CEF (Caixa Econômica Federal) ►BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) ►Instituições financeiras públicas ou privadas. Arthur Barroso 4 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. DICA!: Na classificação “quanto à função” os órgãos de função Executiva equivalem ao somatório das entidades supervisoras com as entidades operadoras da classificação “quanto ao papel principal” Agentes Especiais Os Agentes Especiais são entidades públicas que atuam no mercado Financeiro de capitais. Eles são considerados especiais pelo incentivo exclusivo que realizam a determinadas atividades socioeconômicas. São eles: o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). - o Banco do Brasil e os estímulos à área rural O Banco do Brasil é caracterizado como agente especial devido ao fomento direcionado ao meio rural a fim de garantir seu pleno desenvolvimento. O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista que desempenha as atividades de um Banco Múltiplo e possui o controle acionário da União, atuando inclusive como caixa do governo federal. O Banco do Brasil também realizará de maneira exclusiva a EXECUÇÃO dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. DICA!: É muito importante ficar atento a isso, pois enquanto o BaCen é o responsável por REGULAMENTAR os serviços de compensação de cheque o Banco do Brasil será o responsável por EXECUTAR esses serviços. -A Caixa Econômica Federal e os incentivos a projetos sociais A CEF é classificada como um agente especial devido a alguns serviços de grande importância social, estes serviços estãovinculados às áreas de: assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Possui também o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e da venda de bilhetes da Loteria Federal, além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A CEF é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, integrante do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, - O BNDES e os estímulos aos empreendedores Arthur Barroso 5 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. O BNDES é considerado agente especial por contribuir para o desenvolvimento do país através do apoio a empreendimentos que fortalecem as empresas nacionais. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. O BNDES é uma empresa pública, com personalidade jurídica de direito privado, pertencente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Órgãos Recursais O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Fazenda e que tem por função julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas do SFN ► pelo Banco Central do Brasil (BCB) ► pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ► pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) ► pela Secretaria da Receita Federal (SRF) - Composição do CRSFN O CRSFN é composto por 8 conselheiros – com igual número de suplentes - que se dividem em dois grupos Os dois grupos do CRSFN se dividem em: um grupo de 4 representantes do setor público: ►2 representantes do Ministério da Fazenda; ►1 representante do BaCen; ►1 representante da CVM; Arthur Barroso 6 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. e outro grupo de 4 representantes do setor privado. Todos eles possuem mandato de 2 anos, permitida uma recondução. O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados de Previdência Privada Aberta e de Capitalização O CRSNSP é um órgão colegiado integrante do ministério da Fazenda e que é presidido pelo próprio ministro da Fazenda. Têm por objetivo: de fixar diretrizes e normas para a política do sistema nacional de seguros privados. - Função O CRSNSP terá por atribuição: julgar, em última instância administrativa, os recursos de decisões da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, nos casos específicos. - Composição O CRSNSP é constituído por seis Conselheiros e seus respectivos suplentes. Assim como o CRSFN (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional), o CRSNSP será composto por dois grupos, metade (três) representando o setor público e a outra metade (três) representando o setor privado. Portanto seus integrantes serão: ► Ministério da Fazenda (Presidente); ► Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (Vice-Presidente); ► Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça; ► Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização – FENASEG; ►Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Capitalização – FENACOR; ►Associação Nacional das Entidades Abertas de Previdência Privada – ANAPP. Os membros que compõe o CRSNSP possuirão mandato de dois anos podendo ser reconduzidos. Os representantes das entidades de classe serão indicados por estas em lista tríplice. Arthur Barroso 7 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. A Câmara de Recursos da Previdência Complementar A CRPC será o órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Previdência Social competente a fim de apreciar e julgar os recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – (Previc) A CRPC julgará recursos quanto ► a conclusão dos relatórios finais dos processos administrativos iniciados por lavratura de auto de infração ou instauração de inquérito, com a finalidade de apurar responsabilidade de pessoa física ou jurídica, e sobre a aplicação das penalidades cabíveis ► as impugnações referentes aos lançamentos tributários da Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - Tafic. - Composição A CRPC será composta por 7 (sete) membros e seus respectivos suplentes, todos eles terão direito a voto e serão indicados pelo Ministro da Previdência Social. Os integrantes terão mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução. Os sete membros são: ► 4 (quatro) servidores federais titulares de cargo efetivo, em exercício no Ministério da Previdência Social, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ► 1 (um) representante das entidades fechadas de previdência complementar ► 1 (um) representante dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar ► 1 (um) representante dos participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar Arthur Barroso 8 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. ORGANIZANDO O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Arthur Barroso 9 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Atenção!: Nós vamos estudar o Sistema Financeiro Nacional baseado na forma majoritária de estruturá-lo, ou seja, “quanto ao papel principal de cada órgão” As Entidades Normativas do SFN Vamos relembrar as quatro entidades normativas citadas anteriormente. São elas ►O CMN (Conselho Monetário Nacional) ►O CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) ►O CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) Conselho Monetário Nacional O Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema FinanceiroNacional que ditará as normas que irão orientar todos os outros componentes do Sistema Financeiro Nacional. DICA!: Geralmente o CMN está sempre ligado a termos referentes a função de direção, comando e chefia. Ex: “Regular”, “Orientar”, “Coordenar”, etc. - Composição O CMN é composto por três ministros conselheiros que têm a responsabilidade de definir as normas da política econômica. São eles: O Ministro da Fazenda (MF), presidente do conselho, o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e o Presidente do Banco Central (BACEN). - As comissões consultivas do CMN São sete as comissões consultivas vinculadas ao CMN para auxiliá-lo em suas decisões. Cada uma delas é responsável por determinada operação, são elas: ► Comissão de Normas e Organização do Sistema Financeiro, ► Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, ► Comissão de Crédito Rural, ► Comissão de Crédito Industrial, ► Comissão de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infraestrutura Urbana, ► Comissão de Endividamento Público e ► Comissão de Política Monetária e Cambial. Arthur Barroso 10 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. - A Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) É muito importante não se equivocar nesse ponto. A COMOC, apesar de ser uma comissão ligada ao CMN e de orientá-lo em questões técnicas, não integra o grupo das chamadas comissões consultivas. Portanto a COMOC exerce apenas a função de assessoramento técnico ao CMN. - As reuniões do CMN O CMN se reúne, ordinariamente, uma vez por mês e em todas as suas reuniões serão lavradas atas que posteriormente serão publicadas no Diário Oficial da União (D.O.U.) e no site do Banco do Central do Brasil. - O CMN e as metas da inflação O regime de metas para a inflação é um regime monetário, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no qual o banco central se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente. O Conselho Nacional de Seguros Privados O Conselho Nacional de Seguros Privados é o órgão normativo responsável por tratar dos assuntos relacionados aos seguros privados. Possui a função de estabelecer as normas e diretrizes dessas atividades. - Composição do CNSP I - Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante; II - representante do Ministério da Justiça; III - representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; IV - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP; Arthur Barroso 11 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. V - representante do Banco Central do Brasil; VI – representante da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O CNSP será presidido pelo Ministro da Fazendo, somente na sua ausência é que o Superintendente da SUSEP assumirá a função de presidente do órgão. O parágrafo 1º do art. 33 do Decreto-Lei 73/66: Letra da lei!: “§ 1o O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP” - Supervisão A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) é o órgão imediatamente inferior ao CNSP e que é responsável por fiscalizar o cumprimento de suas normas O Conselho Nacional de Previdência Complementar O Conselho Nacional de Previdência Complementar é o responsável por estabelecer as normas das entidades de previdência complementar, similar ao Conselho Nacional de Seguros Privados. DICA!: Enquanto o CMN, o CNSP e os demais estão ligados ao Ministério da Fazenda, o CNPC está vinculado ao Ministério da Previdência. Informação importante que o examinador pode fazer confusão. - Supervisão A PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) é o órgão responsável por supervisionar suas normas. Ela é uma autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social, com sede e foro no Distrito Federal, terá atuação em todo o território nacional como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades. As Entidades Supervisoras do SFN Arthur Barroso 12 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Composição As entidades supervisoras do SFN são as responsáveis por fiscalizar o cumprimento das diretrizes das entidades normativas. São elas: ► BACEN ► CVM ► SUSEP ► PREVIC O Banco Central do Brasil O Banco Central tem por função principal garantir a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro, ele é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional, atuando como supervisor das entidades operadoras do sistema financeiro. DICA!: Podemos distinguir o BaCen pelos termos que o acompanham, assim como o CMN está ligado a termos de chefia, o BaCen, devido a sua atividade, está relacionado a termos referentes a supervisão e a execução das normas do “chefe”. Tem por objetivo: ►zelar pela adequada liquidez da economia; ►manter as reservas internacionais em nível adequado; ►estimular a formação de poupança; ►zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. * Peculiaridades do BaCen - O BaCen e os títulos públicos O BaCen é responsável pela atividade de compra e venda de títulos públicos, a fim de equilibrar a taxa de juros e a inflação, mas ele não emite títulos público, pois isso é uma função privativa do Tesouro Nacional -A autorização do funcionamento de qualquer Instituição Financeira A autorização do funcionamento de instituições financeiras, no Arthur Barroso 13 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. geral, é função do BaCen, mas a autorização do funcionamento das instituições financeiras internacionais depende, exclusivamente, de Decreto do Poder Executivo Federal. - Composição O Banco Central é composto por 1 presidente e 7 diretores, porém existem 8 diretorias já que o Sr. Luiz Awazu Pereira da Silva ocupa duas diretorias. Algo possível de se cobrar em uma prova, visto que a criação da “Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania – Direc" ocorreu há pouco tempo. O COPOM (Comitê de Política Monetária) O COPOM é um órgão criado pelo Banco Central com a funçãode definir as diretrizes da política monetária e de estabelecer a taxa de juros Selic. - Composição A composição do COPOM é a mesma do BACEN, pois são membros da Diretoria Colegiada do Banco Central que o integram. - O COPOM e as diretrizes da política monetária A principal atribuição do COPOM para direcionar a política monetária é determinar a Taxa de Juros Selic (Selic-meta), que é considerada a taxa básica de juros do país. Ela serve como referência para as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil. - As reuniões do COPOM O COPOM se reúne ordinariamente oito(8) vezes ao ano(com periodicidade aproximadamente de 45 dias), porém vale lembrar que existem as chamadas reuniões extraordinárias que podem ser convocadas pelo presidente do Bacen, em função de alterações inesperadas no cenário macroeconômico.. As reuniões do Copom deverão ocorrer exatamente as Terças- Feiras e Quartas-Feiras, sendo que no primeiro dia da reunião, os chefes de departamento fazem suas apresentações técnicas sobre a conjuntura econômica e financeira enquanto que no segundo é feita a análise das projeções atualizadas para a inflação, baseadas em Arthur Barroso 14 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. diferentes hipóteses para as principais variáveis macroeconômicas. Após essa avaliação, os Diretores de Política Econômica e de Política Monetária apresentam alternativas para a taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Os outros membros do Copom, em seguida, tecem seus comentários e propostas. Para concluir, os membros votam numa proposta final. A decisão final – a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver – é imediatamente anunciada à imprensa e divulgada na página do BCB na internet. Determinam: Se irá aumentar ou reduzir, qual a porcentagem dessa variação e se será com ou sem viés. O viés é uma prerrogativa, estabelecidas pelo COPOM, que autoriza o Presidente do BCB a alterar a meta para a Taxa Selic na direção da tendência da economia(viés) a qualquer momento no período decorrente entre as reuniões regulares do COPOM. As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8:30h da quinta-feira da semana posterior a cada reunião (seis dias úteis), publicadas na página do BCB na internet e disponibilizada para a mídia por meio da Assessoria de Imprensa. A versão em inglês é divulgada com pequena defasagem (com sete dias úteis, um dia depois da ata em português). A ata fornece resumo das discussões do Copom, em conformidade com o compromisso de transparência do regime de metas para a inflação. - A prestação de contas do presidente do Banco Central O COPOM terá como guias as metas da inflação adotas pelo CMN, sendo assim, o Presidente do Banco Central do Brasil, na condição de presidente do COPOM, caso a meta da inflação não seja cumprida, divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao presidente do CMN (ministro da Fazenda). A carta deve conter as razões do mau desempenho, a ações a serem tomadas para corrigi-lo e o prazo para que elas surtam efeito. Confiramos o Decreto 3088/99 que trata da questão em seu Art.4º: Letra da lei!: Art. 4º Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido no artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada Arthur Barroso 15 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. ano-calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância. Parágrafo único.Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda, que deverá conter: I - descrição detalhada das causas do descumprimento; II - providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos; e III - o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito. Comissão de Valores Mobiliários A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão que tem por objetivo estabelecer normas para promover o mercado de títulos e valores mobiliários. E segundo sua lei de criação (Lei 6385/76): Letra da lei!: “Art. 8º - Compete à Comissão de Valores Mobiliários: I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na Lei de sociedades por ações; II - administrar os registros instituídos por esta Lei; III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o art. 1º, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados; IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários de mercado; V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório;” Arthur Barroso 16 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. A Comissão de Valores Mobiliários também deverá investigar e aplicar punições à condutas fraudulentas no mercado de valores mobiliários, como atos ou omissões relevantes praticados no Brasil ou danos a residentes no Brasil, independentemente do local de ocorrência dos fatos. - A definição de valores mobiliários Os principais exemplos de valores mobiliários são: Ações, Debêntures e Notas promissórias (Commercial Paper). Os valores mobiliários são quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos advém do esforço do empreendedor ou de terceiros, quando ofertados publicamente. Simplificando para a melhor compreensão!: Todos eles são “papéis” garantidores de créditos futuros. - Composição A CVM é administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem seus mandatos "em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. A recondução (“reeleição”) dos integrantes é proibida, e a cada ano deverá ser renovado um quinto dos membros do colegiado, conforme nos informa a Lei 10411/2002: “ Art. 6º § 1º O mandato dos dirigentes da Comissão será de cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos membros do Colegiado.” - As penas aplicadas pela CVM A CVM realizará inquérito administrativo para apurar práticas irregulares ao que diz a Lei 6385/76. Depois de constatadas,as condutas ilícitas poderão ser penalizadas com: Advertência; Multa; Suspensão ou Inabilitação para o exercício do cargo; Suspensão ou Cassação da autorização ou do registro, além da proibição temporária por prazo determinado, não só para a prática de Arthur Barroso 17 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. atividades ou operações para os integrantes do sistema de distribuição, como também para atuar como investidor, direta ou indiretamente, no mercado. Para melhor aprofundarmos, vejamos o que diz a lei: Letra da lei!: Art 11. A Comissão de Valores Mobiliários poderá impor aos infratores das normas desta Lei, da lei de sociedades por ações, das suas resoluções, bem como de outras normas legais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar, as seguintes penalidades: I - advertência; II - multa; III - suspensão do exercício de cargo de administrador de companhia aberta ou de entidade do sistema de distribuição de valores; IV - inabilitação para o exercício dos cargos referidos no inciso anterior; V - suspensão da autorização ou registro para o exercício das atividades de que trata esta Lei; VI - cassação da autorização ou registro indicados no inciso anterior. Superintendência de Seguros Privados A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) é uma autarquia vinculada ao ministério da Fazenda, responsável por garantir que as normas da CNSP sejam cumpridas, ou seja, um órgão supervisor destas normas. A SUSEP fiscalizará: ►Sociedades Seguradoras ►Sociedades de Capitalização ►Entidades de Previdência Complementar Aberta (PGBL e VGBL) Superintendência Nacional de Previdência Complementar A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) está para o CNPC assim como a SUSEP está para o CNSP, portanto ela é o órgão responsável por assegurar que as normas da CNPC sejam cumpridas, é, portanto, um órgão supervisor destas normas. A Previc realizará a supervisão somente das entidades de Previdência Arthur Barroso 18 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Complementar Fechada, também chamada de Fundos de Pensão. As Entidades Operadoras do SFN Composição ►Instituições Financeiras Bancárias ► Instituições Financeiras Não-Bancárias ►Bolsas de valores ►Sociedades seguradoras ►Sociedades de capitalização ►Entidades de previdência complementar Instituição Financeira Instituições financeiras são pessoas jurídicas de direito público ou privado que têm por atividade a intermediação de recursos financeiros de terceiros através da captação financeira dos agentes superavitários (poupadores) e a aplicação desses recursos em empréstimos realizados aos agentes deficitários (tomadores). Essas instituições também atuam no mercado de câmbio através da administração de valores mobiliários. Instituição Financeira Bancária Um banco é uma instituição financeira específica que deve cumprir as seguintes funções: I- Gerar renda às poupanças e economias de pessoas físicas (indivíduos) ou jurídicas (empresas) II- Custear os investimentos e consumos das pessoas e das empresas exigindo dessas, em contrapartida, o pagamento de juros e comissões III- Realizar serviços de pagamentos e recebimentos de pessoas físicas ou jurídicas cobrando tarifas em cada uma dessas operações. Bancos são integrantes do Sistema Financeiro Nacional, é são regulados pelo Banco Central do Brasil. Arthur Barroso 19 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. A principal diferença entre instituições financeiras bancárias e não bancárias está no fato de serem ou não instituições monetárias. E o que isso implica? Poder ou não criar moedas – a chamada moeda escritural ou bancária, em que o principal exemplo são os depósitos à vista. - Espécimes de Instituições Financeiras Bancárias (bancos) Os principais exemplos bancos são: ►Bancos Comerciais ►Bancos Cooperativos ► Cooperativas de Crédito ► Caixas econômicas - Espécimes de Instituições Financeiras Não-Bancárias. Classificar uma instituição como sendo instituição financeira não- bancária é algo muito amplo e abrange os mais diversos tipos de instituição, portanto vamos a elas: ►Banco de desenvolvimento ►Bancos de investimento ►Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento ► Companhias Hipotecárias ► Bancos de Câmbio ► Companhias Hipotecárias ► Associações de Poupança e Empréstimo ► Sociedade de Crédito Imobiliário ► Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ► Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários ► Bolsa de Valores ► Bolsa de Valores Mercadorias e de Futuros Banco Comercial São instituições financeiras privadas ou públicas que tem por objetivo captar recursos de agentes superavitários (poupadores), através de Arthur Barroso 20 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. operações passivas, e transferi-los para os agentes deficitários (tomadores), através de operações ativas. Simplificando para a melhor compreensão!: Os bancos comerciais promovem o encontro daqueles que tem dinheiro sobrando (poupadores) com aqueles que estão buscando dinheiro emprestado (tomadores). - Operações Financeiras: Operações Passivas (Captação): ►Depósito à vista ►Depósito a prazo ►Letra financeira conforme nos informa o banco central: “A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo.” - Operações Ativas (Aplicação): ►Concessão de crédito rural; ►Concessão de empréstimo para capital de giro; ►Desconto de títulos; ►Operações de repasses e refinanciamentos ►Aplicações (próprias) em títulos e valores mobiliários; ►Operações com cheque especial ►Depósitos interfinanceiros; ►Operações de câmbio; ► Concessões de financiamentos de projetos do Programa de Fomento à Competitividade Industrial. Segundo o Banco Central a função dessas operações é : “proporcionar o suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral.” Obs: Os bancos comerciais devem ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco". Arthur Barroso 21 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o sitewww.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Banco de Desenvolvimento São instituições financeiras que possuem o objetivo de estimular o desenvolvimento de determinada região sendo geridas pelo governo do respectivo estado a que pertença. Por ser uma instituição pública, a principal fonte de recursos dos bancos de desenvolvimento são repasses de órgãos financeiros do governo federal, porém, possui também opções de depósito a prazo como CDB/RDB. Segundo a Resolução 394/76 do CMN: Letra da lei!: “Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede.“ Os bancos de desenvolvimento, devem ser obrigatoriamente públicos, visto que financiam atividades econômico-social de determinada região. - O BNDES e as diferenças com os bancos de desenvolvimentos Apesar do nome, o BNDES não é um banco de desenvolvimento como os pertencentes a cada ente estadual da federação.Ele é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no Arthur Barroso 22 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES. Banco de Investimento São instituições financeiras criadas para possibilitar o financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro - concedendo às empresas créditos de médio a longo prazo - e a administração de recursos de terceiros – subescrevendo (gerenciando) os investimentos de títulos e valores mobiliários. Segundo o Bacen: “Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).” Obs: Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento" Banco de investimento deve obrigatoriamente ser privado, recebendo fiscalização mista tanto pelo BaCen, em suas atividades de ‘banco’, como também pela CVM, em suas atividades de subscritor de valores mobiliários. As Cooperativas de Crédito As cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade civil, sem fins lucrativos, tendo por objeto a prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, Arthur Barroso 23 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de correspondente no País, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações, além de outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor. Simplificando para a melhor compreensão!: As cooperativas de crédito, geralmente, são instituições formadas por certas categorias de trabalhadores a fim de tornar mais vantajosa a aplicação de recursos desses indivíduos, oferecendo a eles investimentos mais seguros e cômodos que as outras instituições financeiras, além de outras vantagens como: ►Direção e Controle pelos próprios associados. ►Decisões quanto ao planejamento operacional feitas pela assembleia de associados. ►Aplicação dos recursos de poupança direcionada aos cooperados. ►Atendimento Personalizado ►Concessão de crédito em prazos mais adequados aos associados ►Benefício aos associados em caso de eventuais sobras ou excedentes. Deve constar, obrigatoriamente, na denominação das cooperativas de crédito a expressão “Cooperativa”, sendo proibida a expressão “Banco”. Letra da lei!: Art. 5° As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se- lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão "cooperativa" em sua denominação. Parágrafo único. É vedado às cooperativas o uso da expressão "Banco". - Composição As cooperativas devem ser constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. Bancos Cooperativos Arthur Barroso 24 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Os bancos cooperativos se distinguem dos outros bancos devido ao seu capital social, já que ele é composto, somente, pelas cooperativas de crédito as quais devem deter no mínimo 51% das ações com direito a voto, apesar disso, são bem semelhantes aos bancos comerciais. Ao contrário das cooperativas, os bancos cooperativos podem levantar recursos no exterior. Devem possuir em sua designação o termo “Bancocooperativo”. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), como o próprio nome diz, terá suas aplicações direcionadas às operações de financiamento imobiliário. O SBPE será formado pelos bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, pelas caixas econômicas, pelas sociedades de crédito imobiliário e pelas associações de poupança e empréstimo. Sociedades de Crédito Imobiliário As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras que têm por objetivo a atuação no financiamento habitacional, serão constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". Suas operações passivas se apresentarão através de: depósitos em poupança, emissão de Cédulas Hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Por outro lado, suas operações ativas serão: financiamento para construções de habitações, crédito para compra ou construção de casa própria e financiamento de capital de giro às empresas que trabalhem com material de construção. Associações de Poupança e Empréstimo As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro de Habitação. Já as operações passivas serão: emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros, empréstimos externos As Caixas Econômicas Arthur Barroso 25 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Atualmente as caixas econômicas têm como único representante a Caixa Econômica Federal, porém no contexto histórico-econômico do Brasil, elas foram as primeiras instituições financeiras a comporem o Sistema Financeiro Nacional, tendo por atividades principais: o fomento habitacional e o gerenciamento de programas sociais, além de atividades, de captação de poupança e depósito à vista, similares aos bancos comerciais. Companhias Hipotecárias As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade anônima com fins lucrativos, devendo constar em seu nome a expressão “Companhia Hipotecária”. Têm por objeto social a concessão de financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As Companhias Hipotecárias não integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo já que o depósito em poupança não está no rol de suas operações passivas: captação por Letras Hipotecárias, debêntures, empréstimos e financiamentos nacionais e internacionais. Além de suas operações passivas, as Companhias Hipotecárias irão operar operações ativas e operações especiais. As operações ativas se exemplificarão em: financiamentos imobiliários, créditos hipotecários e refinanciamentos de créditos hipotecários. Já a singular espécie de operação especial da CH se dará através da administração de créditos hipotecários de terceiros e de fundos de investimento imobiliário. Sociedades de Crédito Financiamento e Investimentos As Sociedades de Crédito Financiamento e Investimentos são instituições financeiras privadas que devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Elas captarão recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio , além da oferta de Recibos de Depósitos Bancários. Obs: Na sua denominação social deverá constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Sociedades de Arrendamento Mercantil Arthur Barroso 26 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. As Sociedades de Arrendamento Mercantil terá como operações ativas a emissão de títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por aquilo que as diferencia das demais instituições: as operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. O arrendamento mercantil é também chamado de “leasing”.Constam como operações passivas dessas sociedades: a emissão de debêntures, de títulos da dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Simplificando para a melhor compreensão!: O arrendamento mercantil (também chamado de Leasing) nada mais é do que uma espécie de locação em que você escolhe o bem de sua preferência, o fornecedor, negocia o preço e ao assinar o contrato, solicita à empresa de leasing que compre este bem e alugue para que você utilize. - Supervisão As Sociedades de Arrendamento Mercantil são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Elas dependem de autorização do BCB para a sua constituição e seu funcionamento. A resolução 2309 do Bacen em seu artigo 3º nos informa isso. Letra da lei!: “Art. 3º A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que tenham como objeto principal de sua atividade a prática de operações de arrendamento mercantil, denominadas sociedades de arrendamento mercantil, dependem de autorização do Banco Central do Brasil.” Obs: As S.A.M.são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo ainda constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". - Vedações às Sociedades de Arrendamento Mercantil As Sociedades de Arrendamento Mercantil estão proibidas de realizar as contratações de operações com “pessoas físicas ou jurídicas coligadas ou interdependentes” Além de pessoas físicas ou jurídicas coligadas ou interdependentes, as Sociedades de Arrendamento Mercantil também estão proibidas de contratar com o próprio Arthur Barroso 27 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. fabricante do bem arrendado e com os administradores da entidade seus respectivos cônjuges e parentes até o segundo grau. O artigo 28 da resolução 2309 do Banco Central no esclarece isso: Letra da lei!: Art. 28. Às sociedades de arrendamento mercantil e às instituições financeiras citadas no art. 13 deste Regulamento é vedada a contratação de operações de arrendamento mercantil com: I - pessoas físicas e jurídicas coligadas ou interdependentes; II - administradores da entidade e seus respectivos cônjuges e parentes até o segundo grau; III - o próprio fabricante do bem arrendado. Bancos múltiplos No contexto do sistema financeiro nacional, as principais instituições estão constituídas sob a forma de banco múltiploque oferece ampla gama de serviços bancários. Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco". Arthur Barroso 28 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Arthur Barroso 29 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. As Bolsas de Valores A Bolsa de Valores (BOVESPA) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), até o ano de 2008, compunham entidades diferentes, porém a partir de maio desse mesmo ano se uniram em uma só associação: BM&FBOVESPA. A BM&FBOVESPA é uma companhia que gerencia mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, além de prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes. É constituída sob a forma de associação civil. A Bolsa oferece ampla gama de produtos e serviços, tais como: negociação de ações, títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem de empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos; empréstimo de títulos; e licença de softwares. A Bolsa de Valores será regulada e fiscalizada pela CVM. - Valores Mobiliários Valores mobiliários são títulos (documentos), emitidos por empresas ou outras entidades, que representam direitos e deveres, devendo ser comercializados em mercado específico. Para as empresas que os emitem, representam uma forma de captação de recursos. Para os investidores, são um modo de aplicação financeira alternativo aos depósitos bancários e a outros produtos financeiros, pois oferecem níveis diferentes de rentabilidade. Os documentos que representam os títulos de valores mobiliários podem ser nominativos (geralmente com a emissão de certificado) ou escriturais, apenas registros virtuais o que facilita a circulação dos valores. - Os Bancos de Investimentos e a prerrogativa para atuar nas Bolsas de Valores Os Bancos de Investimentos poderão operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão, organizados por conta própria ou por terceiros. O artigo 1º da Resolução 2624 do Bacen nos diz que: Letra da lei!: Arthur Barroso 30 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. “ Parágrafo 2º Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à consecução de seus objetivos: (...) II - operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros;” - Os responsáveis por trabalhar com valores mobiliários Os principais responsáveis por operar valores mobiliários são as Sociedades Corretoras de Valores Mobiliários e as Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários. Elas se diferem quanto ao campo de atuação. As duas categorias são supervisionadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários As SCTVM são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada e têm por objeto a operação de títulos e valores mobiliários, atuando, especificamente, na bolsa de valores, sobretudo subscrevendo as emissões de títulos e valores mobiliários, além de praticar determinadas operações de conta margem; realizar operações compromissadas e praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros. Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários As SDTVM são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada e têm por objeto a operação de títulos e valores mobiliários, atuando na intermediação de oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários, operando no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro. Sociedades Seguradoras Seguradoras são entidades especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar uma indenização ao contratante (segurado), ou a quem este designar no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, as Arthur Barroso 31 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. prestações estabelecidas. São constituídas sob a forma de sociedade anônima. - Vedação às Sociedades Seguradoras. As sociedades seguradoras são impedidas de explorar qualquer outro ramo de comércio ou indústria. Podemos ter certeza disso através do Art. 73 do Decreto-Lei 73: Letra da lei!: “Art 73. As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer outro ramo de comércio ou indústria.” Entidades de Previdência Complementar A previdência privada, também chamada de previdência complementar, é formada por dois segmentos distintos e com características próprias: a previdência fechada, também denominada de fundos de pensão, e a previdência aberta. Os dois segmentos têm por objetivo assegurar a aposentadoria e outros benefícios àqueles que contribuem com pagamentos periódicos (segurados). São divididas entre entidades abertas e fechadas. - Vedação as Entidades de Previdência Complementar As entidades de previdência complementar não poderão instituir e operar benefícios livremente. As entidades de previdência complementar só poderão instituir e operar benefícios quando autorizadas por seus órgãos superiores. A Lei Complementar 109 de 2001 em seu artigo 6º nos diz que: Letra da lei!: “Art. 6º As entidades de previdência complementar somente poderão instituir e operar planos de benefíciospara os quais tenham autorização específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador, conforme disposto nesta Lei Complementar”. - Reservas técnicas, provisões ou fundos das Entidades de Previdência Complementar É obrigatório que as entidades de previdência complementar constituam reservas técnicas, provisões ou fundos, em conformidade Arthur Barroso 32 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. com critérios e normas fixados pelo órgão regulador e fiscalizador. Vejamos o que diz Lei Complementar 109, que trata do assunto: Letra da lei!: “Art. 9° As entidades de previdência complementar constituirão reservas técnicas, provisões e fundos, de conformidade com os critérios e normas fixados pelo órgão regulador e fiscalizador.” - As operações de Resseguro Os Resseguros não são uma obrigação às entidades de previdência complementar, o certo é que as entidades de previdência complementar PODERÃO contratar operações de resseguro para assegurar compromissos assumidos junto aos participantes e assistidos de planos de benefícios. O artigo 11 da Lei Complentar 109 nos confirma isso: Letra da lei!: “Art. 11. Para assegurar compromissos assumidos junto aos participantes e assistidos de planos de benefícios, as entidades de previdência complementar poderão contratar operações de resseguro, por iniciativa própria ou por determinação do órgão regulador e fiscalizador, observados o regulamento do respectivo plano e demais disposições legais e regulamentares.” Entidades de Previdência Privada Aberta As entidades de previdência aberta são vinculadas ao Ministério da Fazenda e possuem como órgãos normativos e supervisor, respectivamente: o Conselho Nacional de Seguros Privados(CNSP) e a Superitendência de Seguros Privados (SUSEP). São constituídas unicamente sob a forma de sociedade anônima. Elas têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciários concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, além de benefícios de renda por sobrevivência, renda por invalidez, pensão por morte, pecúlio por morte e pecúlio por invalidez, sendo todos eles acessíveis a quaisquer pessoas físicas, e é por esse motivo que recebem o nome de abertas. Entidades de Previdência Privada Fechada As entidades de previdência fechada são vinculadas ao Ministério da Previdência Social e possuem como órgãos normativo e supervisor, Arthur Barroso 33 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. respectivamente: o Conselho Nacional de Previdencia Complementar (CNPC) e a Superitendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Também chamadas de fundos de pensão, as entidades de previdência fechada são acessíveis apenas aos funcionários de um determinado órgão e são constituídas sob a forma de fundação ou sociedade civil sem fins lucrativos. O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é um sistema que tem por função intermediar a liquidação das operações de mercado aberto e de redesconto com títulos escriturais (virtuais) PÚBLICOS, decorrentes da condução da política monetária. Além de ser o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal interna (DPMFi) emitidos pelo Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia desses títulos. O SELIC será gerido pelo Banco Central do Brasil, e por ele operado em parceria com a AnBima com sede no Rio de Janeiro. - O funcionamento da SELIC O horário de funcionamento do SELIC acompanhará o horário de funcionamento do STR (Sistema de Transferência de Reservas), , das 6:30h às 18:30h, - As garantias da SELIC A SELIC é também um sistema eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade e transparência aos negócios. - As operações de Liquidação Física e de Liquidação Financeira Liquidação Física e Liquidação Financeira são dois termos que dizem respeito a transferência do título do comprador para o vendedor, porém enquanto a “liquidação física” trata da transferência física do título, a “liquidação financeira” se refere a transferência do numerário (dinheiro) em espécie. - Títulos escriturais do SELIC Arthur Barroso 34 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Todos os títulos que o SELIC é depositário são virtuais, isto é, escriturais. A CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) A CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) é uma empresa privada constituída sob a forma de sociedade anônima com fins lucrativos. É a entidade depositária de títulos escriturais de renda fixa privados como os relacionados: com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). Porém será depositária, também, de títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de DÍVIDA de responsabilidade do Tesouro Nacional. - As operações da CETIP A CETIP utiliza a compensação bilateral, nas operações com derivativos, e nas operações com títulos no mercado secundário, a liquidação bruta em tempo real. - Títulos escriturais do CETIP Na CETIP existem exceções aos títulos escriturais como por exemplo os títulos transacionados são emitidos em papel, por comando legal. Esses títulos são transferidos para a CETIP no momento do registro e são fisicamente guardados pelo registrador. Os Bancos de Câmbio Os bancos de câmbio são instituições financeiras que não possuem qualquer restrição na realização de operação de câmbio desde que as operações efetuadas sejam permitidas pela legislação. Nestas condições podem realizar quaisquer operações lícitas com câmbio. Obs: Deverá estar presente na denominação dessas instituições obrigatoriamente a expressão “Banco de Câmbio”. - Operações: Os Bancos de Câmbio realizarão operações como: ► compra e venda de moeda estrangeira ►financiamento de importação e de exportação Arthur Barroso 35 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. ►transferências de recursos do e para o exterior; ►adiantamento sobre contratos de câmbio ►outras operações, inclusive de prestação de serviços, previstas na regulamentação do mercado de câmbio.As Agências de Fomento As Agências de Fomento tem por objetivo financiar capital fixo e capital de giro associados a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede (os estados e o Distrito Federal são as chamadas Unidades da Federação). Elas são a forma de sociedade anônima de capital fechado e dependem de autorização do Banco Central do Brasil para sua constituição e funcionamento sob controle acionário de Unidade da federação a que pertença. O Banco Central do Brasil autorizará a constituição de uma única agência de fomento por Unidade da Federação. A Agência terá a função de estimular os projetos que visem ao aumento ou à manutenção da capacidade produtiva de bens e serviços, previstos em programas de desenvolvimento econômico e social da Unidade da Federação onde tenham sede, não podendo, no entanto, ser transformadas em qualquer outro tipo de instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil Obs: A denominação social deve ser obrigatoriamente composta da expressão "Agência de Fomento" acrescida da Unidade da Federação controladora. As Sociedades Corretoras de Câmbio As sociedades corretoras de câmbio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e tem a função exclusiva de realizar a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Corretora de Câmbio". As Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte As Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte serão constituídas sob a forma de companhia fechada ou sob a forma de sociedade limitada, deverá constar em sua denominação social a expressão "Sociedade de Crédito ao Arthur Barroso 36 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte", sendo vedado o emprego da palavra "banco". As Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte têm como operações, como o próprio nome diz, o financiamento e a prestação de garantias às microempresas ou empresas de pequeno porte, bem como a pessoas físicas no desempenho desse tipo de atividade, sendo vedada a participação societária, direta ou indireta, do setor público no capital dessas sociedades. As Administradoras de Consórcios As administradoras de consórcio são empresas responsáveis pela formação e administração de grupos de consórcio, atuando como mandatárias de seus interesses e direitos. O grupo de consórcio é uma sociedade não personificada, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, e que visa a coleta de poupança para permitir aos consorciados a aquisição de bens ou serviços. São fiscalizadas pelo Banco Central. Arthur Barroso 37 Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição.
Compartilhar