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Apostila Conhecimentos Bancários - Edgar Abreu - Apostila Completa

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CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS
APOSTILA COMPLETA
CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
EDGAR ABREU
2
Há muitos anos, grandes professores se juntaram e construíram um lar para 
acolher concurseiros de todo o Brasil. Naquela época, fomos inovadores, com 
metodologia diferenciada, didática e brincadeiras. Criamos muitas novidades, 
como pré-provas, questões comentadas em vídeo, assinatura de cursos – 
realmente quebramos muitos paradigmas.
Essa receita foi o que levou à aprovação de dezenas de milhares de alunos do 
Brasil todo, nos mais diferentes concursos.
Hoje, esses mesmos professores se juntaram para uma nova proposta, um 
novo formato. Muito mais condizente com os tempos atuais, onde as relações 
são virtuais. Entendemos que os cursos de hoje oferecem apenas aulas 
gravadas, sem foco, sem experiência, sem interação, sem emoção.
É com esse desafio que nasce o Concurseiro Live! Não é à toa que escolhemos 
um nome onde o concurseiro é o protagonista, e não apenas um mero 
espectador.
Temos a certeza de que, mais uma vez, vamos mudar a maneira de como se 
preparar para um concurso público, e o resultado disso será demonstrado 
como todos os demais – aprovando as primeiras colocações – dessa vez, no 
concurso do Banco do Brasil.
SOBRE O CONCURSEIRO LIVE
Vem com a gente?
@concurseirolive
Concurseiro Live
Concurseiro Live
https://www.instagram.com/concurseirolive/
https://www.facebook.com/Concurseiro-live-110730194589380
https://www.youtube.com/channel/UCd7Dk9VvlvXZiD4z9cqV7AQ
3
Como professor, Edgar Abreu é pioneiro e a maior referência em preparação 
para certificações financeiras do Brasil (CPA-10, CPA 20, CEA, ANCORD e CFP), 
sendo que mais de 240 mil dos profissionais do mercado financeiro estudaram 
com seus livros, apostilas ou videoaulas.
Possui mestrado em economia pela FGV, com graduação em Matemática 
(PUCRS) e especializações em Investment Banking (NYIF), Finanças (UFRGS) e 
Educação a Distância (SENAC).
Apesar de ter trabalhando por sete anos em um Banco Público, sempre teve 
e foi movido pela veia empreendedora, o que o levou a criar duas empresas 
de Educação Online (Casa do Concurseiro e EA Certificações), as quais vendeu 
para o Grupo UOL no final de 2017.
Durante esse período, também foi responsável pela criação de um novo 
formato de educação profissional ao desenvolver cursos de Pós-Graduação 
ministrados por profissionais de mercado – modelo que implementou na 
instituição PUCRS e que hoje é uma referência em cursos de especialização 
online.
Atualmente se dedica a melhorar a educação financeira das pessoas por meio 
de conteúdos disponibilizados em seus canais do YouTube e Instagram
PROF. EDGAR ABREU
Onde me encontrar?
@prof.edgarabreu
@abreu.edgar
edgarabreu.oficial
edgar-abreu
edgar@cursosedgarabreu.com.br
https://www.instagram.com/prof.edgarabreu/?hl=en
https://www.youtube.com/channel/UCIwPnua0qHJWyW7g3VG1BQw
https://www.facebook.com/abreu.edgar
https://www.linkedin.com/in/profedgarabreu/?originalSubdomain=br
4
SOBRE O MATERIAL – APOSTILA DO BEM
Essa é uma Apostila do Bem, para ter acesso a ela existe dois caminhos:
Por esse motivo, chamamos de apostila do bem! Você estuda com um material 
melhor do que os materiais que são vendidos como curso, pagando por ele o 
valor que desejar, e ainda ajuda alguém que possui dificuldades financeiras e 
quer mudar de vida!
Além disso, os primeiros 30 minutos de todas as nossas aulas são 
disponibilizados de graça em nosso canal do Youtube. Basta se inscrever, ativar 
o “sininho” e se preparar com a melhor equipe de professores!
Todos os nossos alunos que compraram o curso do Banco do Brasil têm 
acesso a todas as apostilas, disponíveis na plataforma e em nossos grupos 
de whats.
Você deverá escolher um valor qualquer, pode ser R$3,00, R$10,00 ou 
R$100,00. Isso mesmo, vocês escolhe o valor e faz o download da apostila 
em nosso site.
A cada R$100,00 arrecadados em doação de apostilas, iremos doar uma 
bolsa para um aluno que quer estudar, mas não tem condições financeiras.
Sendo aluno
Não aluno
Cursos Grátis
LINK QR CODE
30 minutos 
de Videoaulas 
grátis
https://www.youtube.com/channel/
UCd7Dk9VvlvXZiD4z9cqV7AQ
Apostilas 
do Bem https://concurseirolive.com.br/
5
SOBRE MINHAS AULAS
Você sabia que os primeiros 30 minutos de cada uma das minhas aulas são grátis, ou seja, poderão 
ser acessadas por qualquer um em nosso canal do youtube. 
E eu estou falando de aulas atualizadas e focadas no concurso do BB. Vou postar aqui o cronograma. 
Lembrando que as aulas que já passaram, poderão ser acessadas mesmo posteriormente pois 
deixamos salva lá para você em nosso canal do Youtube
Aproveita e vai lá e se inscreva e ative o “sininho” para não perder nenhuma das nossas aulas:
Live Assunto Data
0 Como estudar para conhecimentos Bancários 28/06 – 19:00
1 Sistema Financeiro Nacional – Normativos 05/07 – 20:00
2 Sistema Financeiro Nacional – Supervisores 11/07 – 07:00
3 Sistema Financeiro Nacional – Operadores 12/07 – 13:00
4 Exercícios 16/07 – 20:00
5 Política Monetária e Taxa de Juros 22/07 – 19:00
6 Orçamento e Dívida Pública 01/08 – 07:00
7 Produtos Bancários – Parte 1 13/08 – 09:00
8 Produtos Bancários – Parte 2 14/08 – 08:00
9 Exercícios 17/08 – 09:00
10 Mercado de Capitais 19/08 – 20:00
11 Mercado de Câmbio e Política Cambial 24/08 – 14:00
12 Garantias do Sistema Financeiro Nacional 26/08 – 09:00
13 Prevenção e combate à lavagem de dinheiro 28/08 – 08:00
14 Exercícios 03/09 – 20:00
15 Revisão 05/09 – 09:00
16 Simulado 06/09 – 20:00
6
SUMÁRIO
1. MERCADO FINANCEIRO: MERCADOS MONETÁRIOS, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAMBIAL ....11
2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................................................................................15
2.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................................................................................. 15
2.2 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS NORMATIVOS .................................................... 16
2.1.1 Conselho Mentário Nacional – CMN .................................................................... 16
2.1.2 Conselho Nacional Seguros Privados – CNSP ....................................................... 19
2.1.3 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC .................................. 21
2.3 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS RECURSAIS ........................................................ 22
2.3.1 Conselho De Recursos Do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN ......................... 22
2.3.2 Conselho De Recursos Do Sistema Nacional De Seguros Privados, 
De Previdência Privada Aberta E De Capitalização – CRSNSP ....................................... 24
2.3.3 Camara De Recursos Da Previdência Complementar – CRPC ............................... 25
2.4 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS SUPERVISORES .................................................. 25
2.4.1 Banco Central Do Brasil – BACEN OU BCB ............................................................ 26
2.4.2 Comitê De Política Monetária – COPOM .............................................................. 31
2.4.3 Comissão De Valores Mobiliários – CVM .............................................................. 32
2.4.4 Superintendencia De Seguros Privados – SUSEP .................................................. 35
2.4.5 Superintendência Nacional De Previdência Complementar – PREVIC .................. 37
2.5 AGENTES ESPECIAIS ....................................................................................................... 38
2.5.1 Banco do Brasil – BB ............................................................................................ 39
2.5.2 Caixa Econômica Federal – CEF ............................................................................ 40
2.5.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES...................... 41
2.6 SUBSISTEMA OPERACIONAL .......................................................................................... 42
2.7 SUBSISTEMA OPERATIVO – INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS ..............................................43
2.7.1 Bancos Comerciais (BC) ........................................................................................ 45
2.7.2 Bancos Múltiplos (BM) ......................................................................................... 46
2.7.3 Cooperativas De Crédito (CC) ............................................................................... 47
2.7.4 Bancos Cooperativos (BCoop) .............................................................................. 49
2.8 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (SBPE) ......50
2.9 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 
DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (SDTVM) .................................................................. 52
7
2.9.1 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e 
Distribuidoras De Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) ............................................... 52
2.9.2 Bolsas de Valores e Mercado de Balcão Organizados .......................................... 54
2.9.3 B3 – Bolsa, Balcão, Brasil ..................................................................................... 55
2.9.4 Bancos De Investimento (BI) ................................................................................ 57
2.10 SUBSISTEMA OPERATIVO – DEMAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ............................... 58
2.10.1 Bancos De Desenvolvimento (BD) ...................................................................... 58
2.10.2 Bancos de Câmbio (BC) ...................................................................................... 60
2.10.3 Sociedade de Crédito Financiamento e Investimento (SCFI) – Financeiras ......... 61
2.10.4 Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) ................................................... 62
2.10.5 Administradoras de Consórcio ........................................................................... 62
2.10.6 Administradoras de Cartão de Crédito e Instituições de Pagamento ................. 64
2.11 AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA ............................................................................. 65
2.11.1 FAQ Autorregulação Bancária ............................................................................ 67
3. MOEDA: POLÍTICA, TAXA DE JUROS E DINÂMICA DE MERCADO .......................................71
3.1 INFLAÇÃO ...................................................................................................................... 71
3.1.1 IPCA (índice nacional de preços ao consumidor amplo) ....................................... 72
3.1.2 IGP-M (índice geral de preços do mercado) ......................................................... 72
3.2 TAXAS DE JUROS ............................................................................................................ 73
3.2.1 Taxa Selic .............................................................................................................. 73
3.2.2 CDI (certificado de depósito interfinanceiro) ........................................................ 73
3.2.3 TR (taxa referencial) ............................................................................................. 74
3.3 OPERAÇÕES DE CRÉDITO E RECUPERAÇÃO ................................................................... 75
3.4 POLÍTICA MONETÁRIA ................................................................................................... 77
3.4.1 Meios de Pagamento ........................................................................................... 77
3.4.2 depósito compulsório ........................................................................................... 79
3.4.3 Operação De Redesconto ..................................................................................... 79
3.4.4 Open Market (Mercado Aberto) ........................................................................... 80
4. ORÇAMENTO E DÍVIDAS PÚBLICA ....................................................................................81
4.1 DÍVIDA PÚBLICA E ORÇAMENTO ................................................................................... 81
4.2 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL – STN ................................................................. 82
4.2.1 Competências da Secretária do Tesouro Nacional – STN ..................................... 83
4.3 TESOURO DIRETO .......................................................................................................... 83
4.3.1 Objetivos do Tesouro Direto ................................................................................. 84
4.4 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS ........................................................................................ 84
8
4.4.1 Negociação com títulos de renda fixa .................................................................. 85
5. PRODUTOS BANCÁRIOS ...................................................................................................87
5.1 CARTÃO DE CRÉDITO ..................................................................................................... 87
5.1.1 Regulamentação .................................................................................................. 87
5.1.2 Tipos de Cartões ................................................................................................... 87
5.1.3 Tarifas .................................................................................................................. 88
5.2 CARTÃO DE DÉBITO........................................................................................................ 88
5.2.1 Tecnologia de Aproximação ................................................................................. 89
5.3 CRÉDITO RURAL ............................................................................................................. 89
5.3.1 Finalidades do crédito rural ................................................................................. 89
5.3.2 Origem dos recursos ............................................................................................ 90
5.3.3 Beneficiários ........................................................................................................ 90
5.3.4 Proagro – Seguro do Agronegócio ....................................................................... 90
5.4 CONSÓRCIO ................................................................................................................... 91
5.4.1 Contemplação no Consórcio ................................................................................ 91
5.5 CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – CDC .................................................................... 91
5.6 SEGUROS ....................................................................................................................... 92
5.6.1 Glossário .............................................................................................................. 92
5.7 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO ............................................................................................ 93
5.7.1 Modalidades de Títulos ........................................................................................ 94
5.7.2 Prazos .................................................................................................................. 95
5.8 PREVIDÊNCIA PRIVADA .................................................................................................. 95
5.8.1 Taxas De Administração ....................................................................................... 96
5.8.2 Taxas De Carregamento ....................................................................................... 96
5.8.3 Portabilidade ........................................................................................................ 96
5.8.4 Resgates ............................................................................................................... 97
5.8.5 Fase De Benefícios................................................................................................97
5.8.6 Plano Gerador De Benefícios Livres (Pgbl) ........................................................... 98
5.8.7 Vida Gerador De Benefícios Livres (Vgbl) ............................................................. 98
5.9 CADERNETA DE POUPANÇA ........................................................................................... 99
6. MERCADO DE CAPITAIS ....................................................................................................101
6.1 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL ........................................................................... 101
6.1.1 Ações .................................................................................................................... 101
9
6.1.2 Depositary Receipts (DR’s) ................................................................................... 102
6.1.3 Direitos Dos Acionistas ......................................................................................... 103
6.1.4 Oferta Primária E Secundária ............................................................................... 104
6.1.5 S.A Aberta X S.A Fechada .................................................................................... 105
6.1.6 Governança Corporativa: ..................................................................................... 106
6.1.7 Principais Índices De Mercado ............................................................................. 106
6.1.8 Clube De Investimento ......................................................................................... 108
6.2 Títulos Corporativos ................................................................................................ 108
6.2.1 Debêntures ........................................................................................................... 108
6.2.2 Debêntures Incentivadas ...................................................................................... 111
6.2.3 Notas Promissórias .............................................................................................. 111
7. MERCADO DE CÂMBIO E POLÍTICA CAMBIAL ...................................................................113
7.1 MERCADO DE CÂMBIO .................................................................................................. 113
7.1.1 O que é Câmbio? .................................................................................................. 113
7.1.2 Principais operações de câmbio ........................................................................... 114
7.1.3 Como fazer uma operação de câmbio? ................................................................ 114
7.1.4 Agentes autorizados a operarem ......................................................................... 114
7.1.5 Importação e Exportação ..................................................................................... 115
7.1.6 Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) .................................................. 116
 7.1.7 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) ................................................... 116
7.2 TAXA DE CÂMBIO ........................................................................................................... 117
7.2.1 Câmbio Pronto – taxa spot ................................................................................... 117
7.2.2 Câmbio Futuro – taxa forward (NDF) ................................................................... 117
7.2.3 Dólar comercial, turismo e paralelo ..................................................................... 118
7.2.4 Valorização e desvalorização cambial .................................................................. 118
7.3 POLÍTICA CAMBIAL ........................................................................................................ 119
7.4 SWAP CAMBIAL ............................................................................................................. 121
8. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ............................................................123
8.1 GARANTIAS PESSOAIS .................................................................................................... 124
8.1.1 Aval ...................................................................................................................... 124
8.1.2 Fiança ................................................................................................................... 125
8.1.3 Fiança bancária .................................................................................................... 126
8.1.4 Aval x Fiança ........................................................................................................ 127
8.2 GARANTIAS REAIS .......................................................................................................... 127
8.2.1 Hipoteca ............................................................................................................... 127
8.2.2 Penhor mercantil .................................................................................................. 128
10
8.2.3 Alienação fiduciária ............................................................................................. 129
8.4.4 Diferença Hipoteca e Alienação Fiduciária ........................................................... 132
9. PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO 
E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO (PLD/FT) ..............................................................133
9.1 LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................ 133
9.1.1 fases lavagem de dinheiro ................................................................................... 134
9.1.2 lavagem de dinheiro x sonegação fiscal ............................................................... 135
9.1.3 sujeito a lei ........................................................................................................... 135
9.1.4 pena ..................................................................................................................... 136
9.1.5 operações suspeitas ............................................................................................. 136
9.1.6 Do registro de operações ..................................................................................... 137
9.1.7 Da comunicação de operações em espécie .......................................................... 138
9.1.8 Mudanças na legislação: avaliação de risco ........................................................ 138
9.1.9 Diretor de política pld-ft ....................................................................................... 139
9.2 COAF – ONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIUDADE FINANCEIRA .................................... 139
9.2.1 Convenção de viena ............................................................................................. 140
9.3. PPE (PESSOA POLITICAMENTE EXPOSTA) ..................................................................... 141
9.3.1 Da qualificação como pessoa exposta politicamente ........................................... 141
10. QUESTÕES .....................................................................................................................143
11
MÓDULO 01
1. MERCADO FINANCEIRO: MERCADOS MONETÁRIOS, 
DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAMBIAL
Itens do Edital – 2021
2 – Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial).
Em seu item 2 o edital cita apenas os mercados monetários, crédito, capitais e cambial. Po-
rém no item 1, quando ele como ele pede Sistema Financeiro Nacional como todo, e em pro-
dutos bancários (item 5) ele pede produtos como previdência e capitalização, vejo margem 
para cobrar os demais Mercados do Sistema Financeiro Nacional.
#PaiEd | Comenta
Então vamos começar vendo como o Sistema Financeiro Nacional e ver os Mercados que ele está 
dividido e entender de forma resumida o que abrange cada umdesses mercados.
MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
Mercado De Moeda (Monetário)
Garantir a liquidez da economia. O Banco Central é o principal 
executor desse mercado atuando através da Política Monetária 
para realizar o controle de oferta de moeda e das taxas de juros 
de empréstimos de curto prazo.
Mercado de Crédito
Onde ocorre a intermediação de recursos de médio e longo prazo 
entre os agentes superavitários (ofertantes de recursos) e os de-
ficitários (tomadores de recursos).
Mercado de Câmbio
Troca de moeda estrangeira por moeda nacional (real) ou ao in-
verso. Todas as transações de comércio exterior do país passam 
por esse mercado.
Mercado de Capitais
Meio de captação de recursos para agentes deficitários através 
da oferta de valores mobiliários (ações, debêntures, notas pro-
missórias, entre outros). É uma forma de o investidor acessar di-
retamente aos emissores desses valores mobiliários.
12
CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
Mercado de Seguros e Resseguro
Transferência de risco de um agente (segurado) para uma insti-
tuição (seguradora) através de pagamento de prêmio (custo do 
seguro). Mercado essencial para o gerenciamento de riscos de 
indivíduos e empresas.
Mercado de Previdência Aberta
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria com-
plementar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Disponí-
vel para qualquer participante que possua interesse.
Mercado de Capitalização Garantir ao participante a oportunidade de acumular recursos e também concorrer a sorteios periódicos de valores em dinheiro.
Mercado de Previdência 
Complementar Fechada 
(Fundos de Pensão)
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria com-
plementar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Porém, 
disponível apenas para um grupo restrito de participantes (fun-
cionários de uma mesma empresa, por exemplo).
Note que eu pintei de cores diferentes cada os mercados, agrupando alguns deles. Sabe porque? 
Cada cor dessa tem um chefão, ou como a prova vai chamar, uma Instituição Normativa.
Vou apresentar elas aqui para você:
13
CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Essas Intuições Normativas, são os caras que “ditam” as regras. No módulo 2, onde estudaremos 
cada uma das Instituições, ficará mais claro a atividade e responsabilidade de cada um deles. Mas 
para agora, para facilitar seu entendimento, são como instituição legislativa, quem dita as normas, 
as leis, regulamenta o mercado! 
Por falar em leis, você sabia que existem leis em vários estados e municípios que proíbem as pesso-
as de jogarem lixo ao ar livre, na rua, calçadas etc? Sim, existe, mas porque será que as pessoas não 
cumprem essas leis? Porque de nada adianta uma lei se não tivermos quem fiscaliza! 
Esses conselhos são muito importantes no Mercado Financeiro, mas cada um deles irá precisar de 
uma autarquia que fiscaliza e faça cumprir a legislação editada. Esses fiscalizadores, damos o nome 
de Instituições Supervisoras. Agora vou te apresentar quem é o supervisor de cada um dos merca-
dos que compõe o Sistema Financeiro Nacional!
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN
M
er
ca
do
s
Moeda, Crédito e 
Câmbio Capitais
Seguro, 
Previdência 
Aberta, 
Capitalização e 
Resseguro
Previdência 
Fechada – Fundo 
de Pensão
N
or
m
at
iv
os Conselho 
Monetário 
Nacional – CMN
Conselho 
Monetário 
Nacional – CMN
Conselho 
Nacional de 
Seguros Privados 
– CNSP
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar – 
CNPC
Su
pe
rv
is
or
es
Banco Central do 
Brasil – BCB
Banco Central 
do Brasil – BCB 
e Comissão 
de Valores 
Mobiliários – 
CVM
Superintendência 
de Seguros 
Privados – SUSEP
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar – 
PREVIC
Note que o mercado de capitais possui dois supervisores (supervisão compartilhada), Banco Cen-
tral (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Bom, agora estamos com um sistema mais completo, não é? Temos quem cria as leis (órgãos nor-
mativos) e também que faz essas leis serem cumpridas (órgãos supervisores). Mas ainda falta uma 
pequena peça nesse quebra-cabeça, não acha?
Eu gosto de fazer a analogia com o trânsito. Imagina que em uma determinada rua tem um limite 
de velocidade de 60 km/h, quem determina isso? É o órgão legislativo, em nosso caso Normativo, 
para fazer cumprir a legislação o agente de trânsito fiscaliza, com radares fixo, móveis etc. No nosso 
caso esse fiscalizador são os órgãos Supervisores. Agora pensa quem em sua casa você recebeu 
uma multa que não é devida? Placa clonada, ou algum erro da instituição. Como você luta pelos 
seus direitos? Precisamos ter um sistema judiciário, não é mesmo? No Sistema Financeiro, esses 
órgãos são chamados de Recursais.
14
CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Quando exercem suas funções de fiscalização os supervisores possuem autonomia para punir as 
instituições que não agirem em conformidade com a lei. Como em qualquer julgamento, cabe a 
instituição punida a faculdade de recorrer a penalidade aplicada, para isso se faz necessário a exis-
tência de um órgão recursal, que são eles:
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN
M
er
ca
do
s
Moeda, Crédito e 
Câmbio Capitais
Seguro, 
Previdência 
Aberta, 
Capitalização e 
Resseguro
Previdência 
Fechada – Fundo 
de Pensão
Re
cu
rs
al
Conselho de Recursos do Sistema 
Financeiro Nacional – CRSFN
Conselho de 
Recursos do 
Sistema Nacional 
de Seguros 
Privados- CRSNSP
Câmara de 
Recursos da 
Previdência 
Complementar – 
CRPC
Esses três órgãos recursais são responsáveis por julgar os recursos interpostos, oriundos de penali-
dades administrativas aplicadas pelos supervisores do Sistema Financeiro Nacional – SFN. 
Bom, acho que dei um bom spoiler do que vem por aí.. Sistema Financeiro Nacional! Vamos juntos?
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MÓDULO 02
2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Itens do Edital – 2021
1 – Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e 
instituições supervisoras, executoras e operadoras.
17 – Autorregulação bancária. 
2.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Em algum momento de sua vida você já solicitou dinheiro a um amigo ou parente ou pediu a ele 
dinheiro emprestado? Caso tenha participado de uma operação financeira bilateral, espero que 
tenha tido sucesso quanto aos compromissos assumidos. Em geral, não é o que acontece.
Se operações financeiras com pessoas conhecidas já são complexas, imagine fazer um negócio fi-
nanceiro com quem você nunca viu. Quais são as garantias? Os riscos assumidos? Se os negócios 
no mercado financeiro ocorressem de forma direta entre agentes superavitários e deficitários1, 
quantos negócios teríamos? Como as pessoas e as empresas se capitalizariam? Certamente, a liqui-
dez seria mínima.
Por esse motivo, faz-se necessária a criação de um Sistema Financeiro, que se trata de um conjunto 
de órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações indispensáveis à circulação da moeda 
e do crédito na economia. O Sistema Financeiro tem o importante papel de fazer a intermedia-
ção de recursos entre 
os agentes econômi-
cos superavitários e 
os deficitários de re-
cursos, tendo como 
resultado um cresci-
mento da atividade 
produtiva. Sua estabi-
lidade é fundamental 
para a segurança das 
relações entre os pró-
prios agentes econô-
micos.
1 Superavitário: Quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: Quem tem déficit financeiro e busca 
recursos junto ao mercado.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Segundo a Legislação, o sistema Financeiro Nacional, é constituído:
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois subsistemas, uma maneira mais simples para a 
gente entender. Basicamente é uma divisão de quem manda e quem obedece, como o diagrama a 
seguir:
2.2 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS NORMATIVOS
São responsáveis por determinar regras e diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema 
Financeiro Nacional.Os três órgãos normativos que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:
2.1.1 Conselho Monetário Nacional – CMN 
Vamos começar falando dele o chefe supremo, quem manda em tudo, o grande CMN. Antes de 
começar a falar, já vou chamando a atenção aqui:
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
A legislação que regulamenta o CMN, 4.595 de 1.964, sofreu alteração ESSE ANO! (demo-
rou). São poucas mudanças, mas o suficiente para te derrubar na prova se estiver estudando 
com material desatualizado, então CUIDADO! Se você está lendo isso, é porque está com 
#PaiEd então está em boas mãos! Vamos juntos?
#PaiEd | Atualiza
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e 
tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade 
da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.
Em sua primeira formação o CMN era composto pelo Ministro da Fazenda (presidente do Conse-
lho), pelo Presidente do Banco do Brasil, o Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-
nômico – BNDE2 e mais seis membros nomeados pelo Presidente da República. Desde sua criação 
sofreu por algumas constantes mudanças em sua composição, ficando como a atual a ditada pela 
lei 9.069/95 (Plano Real), que limita os membros em apenas 3, sendo eles o 
Os seus membros reúnem-se uma vez por mês (ordinariamente) para deliberar sobre assuntos 
relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma 
reunião por mês. 
Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que foi cria-
da pelo art. 9º da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995 e tem como coordenador o Presidente do 
Banco Central do Brasil. A Comoc funciona como órgão de assessoramento técnico para o CMN, 
na formulação da política da moeda e do crédito do País. Apesar de prestar assessoria técnica a Co-
moc não pode ser considerada uma comissão consultiva, já que suas competências são bem mais 
abrangentes, destacando-se pelo fato de ser o responsável em propor regulamentação e também 
manifestar-se previamente sobre as matérias tratadas de competência do Conselho Monetário Na-
cional.
A COMOC é composta:
I. Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil
II. Presidente da Comissão de Valores Mobiliários
III. Secretário-Executivo do Ministério da Economia 
IV. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
V. Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia
2 Na época (1945) o BNDE não tinha em seu nome e nem em suas atividades o cunho “social”, passando a se chamar 
BNDES somente em 1982.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se 
atualizam, falam das comissões consultivas que funcionam junto ao CMN. Funcionavam... 
desde a Lei Complementar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, aca-
bou tirando algumas coisas do CMN, entre elas, as comissões consultivas, que deixaram de 
existir, ficando apenas a COMOC.
#PaiEd | Atualiza
O CMN reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu 
presidente. Participam das suas reuniões além dos conselheiros, membros da Comoc, os Diretores 
de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil, quando convocados pelo Presidente do 
CMN (Ministro da Fazenda).
De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União (DOU), 
onde também devem ser publicadas as matérias aprovadas que são regulamentadas por meio de 
Resoluções, normativos de caráter público, que também podem ser consultados através da página 
de normativos do Banco Central do Brasil3. 
Os objetivos do CMN estão definidos no artigo 3º da lei 4.595. São eles:
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se 
atualizam, utilizam os objetivos REVOGADOS do CMN. Isso mudou... desde a Lei Comple-
mentar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, acabou tirando algu-
mas coisas do CMN, mas vem comigo que vou te explicar da forma CORRETA!
#PaiEd | Atualiza
“I. Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da econo-
mia nacional e seu processo de desenvolvimento.” (Revogado pela LC 179/21)
“II – Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os 
surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depres-
sões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais.” 
(Revogado pela LC 179/21)
“III – Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento 
do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira” 
(Revogado pela LC 179/21)
“IV – Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públi-
cas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, con-
dições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional”
Como maior autoridade monetária do país, cabe ao CMN a responsabilidade de orientar as insti-
tuições financeiras quanto a suas aplicações de recursos. As Sociedades Seguradoras, por exem-
plo, que são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e 
pela Superintendência Nacional de Seguros Privados – SUSEP devem seguirem orientações do CMN 
quanto a aplicação de recursos. Vale ressaltar que as Sociedades Seguradoras mesmo não sendo 
Instituições Financeiras, são equiparadas como tal, de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 7.492 
de 1986.
3 Ver Link 1 na seção Link’s interessantes e QR codes.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
“V – Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financei-
ros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de 
recursos.”
Um dos exemplos da atuação do CMN para atingimento desse objetivo foi a criação do DPGE (De-
pósito a Prazo com Garantia Especial), que foi criado em 2009 pela resolução 3.692 (revogado 
posteriormente após a estabilidade da economia) foi uma alternativa de captação para bancos de 
menor porte em meio à crise internacional de liquidez, que, no Brasil, castigou principalmente os 
pequenos e médios e que conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC até o limite de 
40 milhões. 
“VI – Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.”
A liquidez e solvência das instituições financeiras está diretamente ligada com a liquidez da econo-
mia, porém a responsabilidade de zelar pela liquidez da economia é do Banco Central do Brasil e 
não do CMN.
“VII – Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívi-
da pública, interna e externa.” 
O Conselho deve coordenar as políticas, sendo o Banco Central do Brasil o responsável pela execu-
ção delas. 
Já as competências do CMN estão redigidas no artigo 4º da lei que o cria (4.595/64), também sofre-
ram algumas alterações, como são aproximadamente 30 incisos, vou destacar aqui os mais impor-
tantes:
1. Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
2. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas 
formas;
3. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras;
4. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões, inclusive os prestados 
pelo Banco Central;
5. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão em-
prestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
6. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições fi-
nanceiras.
2.1.2 Conselho Nacional Seguros Privados – CNSP 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as diretrizes e nor-
mas da política do mercado de seguros privados. É a autoridade nesse mercado, que se divide em:
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
 • Mercado de Seguros Privados: é omercado que oferece serviços de proteção contra riscos;
 • Mercado de Capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores podendo 
recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.
 • Mercado de Previdência Complementar Aberta: é um tipo de plano para aposentadoria, pou-
pança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a participação do 
público em geral.
O CNSP é composto por representantes do(a):
I. Ministério da Economia (Presidente)
II. Ministério da Justiça e Segurança Pública
III. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,
IV. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
V. Banco Central do Brasil – BACEN
VI. Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Apesar de não ser subordinado hierarquicamente ao Conselho Monetário Nacional, suas políticas 
devem estar de acordo com as políticas definidas pelo CMN.
Suas principais competências são:
 • Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados.
 • Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercerem ativida-
des subordinadas ao mercado de seguros privados, bem como a aplicação das penalidades 
previstas.
 • Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitali-
zação e resseguro;
 • Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
 • Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entida-
des de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos 
das respectivas operações;
 • Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.
As decisões do CNSP são tomadas por meio de:
1. Resoluções Quando a matéria for de interesse geral do Sistema Nacional de Seguros Privados, Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar.
2. Atos do CNSP Quando for de interesse restrito.
OBS.: As decisões de caráter confidencial serão apenas mencionadas em Ata e constarão, se for o 
caso, de comunicação específica ao interessado.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
2.1.3 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC 
O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) foi criado em 03 de março de 2010 
pelo decreto federal 7.123, em substituição ao Conselho de Gestão da Previdência Complementar 
– CGPC.
Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo dos fundos de pensão trata de pla-
nos de aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e 
integrantes de associações ou entidades de classe.
O CNPC é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Economia com sede em 
Brasília, Distrito Federal, e jurisdição em todo o território nacional. Sua principal função é a de 
regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar (fundos de pensão).
O CNPC não substituiu o CGPC em todas as suas atividades, haja visto que o órgão normativo Con-
selho de Gestão da Previdência Complementar – CGPC, funcionava não somente como um órgão 
normativo, mas também como um órgão recursal, cabendo a ele a responsabilidade de julgar os 
recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previ-
dência Complementar – Previc. Com objetivo de dar mais autonomia e isonomia ao órgão recursal, 
o governo segregou as atividades de normatização com as recursais, dividindo assim o CGPC em 
dois novos órgãos, o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC (normativo) e a Câ-
mara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC (recursal), conforme ilustra abaixo:
O CNPC é integrado pelo Ministro de Economia, que o preside, representantes da Superintendên-
cia Nacional de Previdência Complementar, Casa Civil, secretarias do Ministério da Economia e dos 
patrocinadores e assistidos de fundos de pensão. 
As assembleias ocorrem trimestralmente de forma ordinária, são deliberadas por maioria simples, 
sendo obrigatório a presença de pelo menos cinco dos seus membros, a votação é realizada por 
processo nominal e aberta, sendo suas deliberações consubstanciadas em resoluções ou em reco-
mendações.
Apesar do CNSP ser responsável por normatizar o mercado de previdência fechada, as diretrizes de 
aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previ-
dência complementar são ditadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, conforme está defini-
do na Lei 4.595/64 em seu artigo 3º inciso quarto:
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
“A política do Conselho Monetário Nacional objetivará orientar a aplicação dos 
recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista 
propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimen-
to harmônico da economia nacional”
Atualmente essas estão definidas pela resolução CMN 4.661/2018.
2.3 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS RECURSAIS
Opa, agora chegou a hora de falar dos caras que são uma espécie de “poder judiciário” do Sistema 
Financeiro Nacional. A atividade punitiva no âmbito da regulação do sistema financeiro nacional 
deve ser compreendida como instrumento de sinalização das condutas consideradas inadmissíveis 
aos agentes e instituições envolvidos.
De maneira geral, no início, cabia sempre ao órgão normativo (CMN, CNSP e CNPC) a tarefa de jul-
gar esses recursos, porém essa atividade além de sobrecarregar as instituições ainda não dava ao 
punido ampla defesa, uma vez que os conselhos normativos eram compostos apenas por entes no-
meados pelo poder público. Com a evolução do Sistema Financeiro Nacional, foram criados órgãos 
específicos para executarem a apreciação e o julgamento desses recursos, os chamados órgãos 
recursais, que são eles:
1. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN. 
2. Instituiu o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Pri-
vada Aberta e de Capitalização – CRSNSP. 
3. Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC. 
2.3.1 Conselho De Recursos Do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, órgão colegiado judicante de segundo grau, 
integrante da estrutura do Ministério da Economia, criado pelo Decreto no 91.152, de 15 de março 
de 1985, tem por finalidade examinar e julgar, último grau recursal na esfera administrativa, as de-
cisões proferidas em processos administrativos sancionadores pelos seguintes órgãos:
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
O CRSFN é atualmente constituído por oito membros (quatro do setor público e quatro indicado 
pelo setor privado):
I – dois indicados pelo Ministério da Economia; (um deles será o presidente do conselho)
II – um indicado pelo Banco Central do Brasil;
III – um indicado pela Comissão de Valores Mobiliários; e
IV – quatro indicados, em lista tríplice, pelas entidades representativas dos mercados financeiro e 
de capitais.
Atuam junto ao CRSFN três procuradores da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com 
a finalidade de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, de modo que opinam sobre recur-
sos, comparecem às sessões de julgamento e reuniões técnicas, bem como assessoram juridica-
mente a presidência do Conselho.
De acordo com o seu regimento interno, cabe ao CRSFN julgar:
Órgão responsável por 
julgamento em primeiro Grau MATÉRIAS
Banco Central do Brasil – BCB
Suspensão ou cassação de funcionamento das Sociedades de Crédito 
Imobiliário – SCI
Punições impostas pelo BACEN as instituições financeiras, seus dire-
tores, membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes, 
e gerentes
Relativas a penalidades por infrações à legislação cambial, de capitais 
estrangeiros e de crédito rural e industrial
Relativas a penalidades por infração à legislação de consórcios;
Referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de 
crédito rural e industrial, e a impedimentos referentes ao Programa 
de Garantiada Atividade Agropecuária – PROAGRO
Relacionadas à retificação de informações, aplicação de multas e cus-
tos financeiros associados a recolhimento compulsório, encaixe obri-
gatório e direcionamento obrigatório de recursos
Secretaria do Comércio Exterior 
– SECEX e Secretaria da Receita 
Federal – SRF
Fraudes que apliquem às empresas comerciais exportadoras, tais 
como: na exportação ou na tentativa de exportação de mercadorias 
de saída proibida do território nacional e nos casos em que o expor-
tador deixar de efetuar as vendas contratadas no exterior, sem justifi-
cativa ou fizer entrega ao comprador estrangeiro de mercadorias em 
desacordo com as obrigações contratuais assumidas.
Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM
Infrações relativas a normas da lei de sociedades por ações, das suas 
resoluções (Instruções CVM), bem como de outras normas legais cujo 
cumprimento lhe incumba fiscalização da CVM.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Órgão responsável por 
julgamento em primeiro Grau MATÉRIAS
Conselho de Controle ao 
Combate de Lavagem de 
Dinheiro – COAF
e demais autoridades 
administrativas competentes
Crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores;
2.3.2 Conselho De Recursos Do Sistema Nacional De Seguros Privados, 
De Previdência Privada Aberta E De Capitalização – CRSNSP
O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta 
e de Capitalização – CRSNSP, com a competência privativa para julgar, em última instância admi-
nistrativa, os recursos contra penalidades de natureza administrativa aplicadas pela SUSEP.
Após a publicação da Lei Complementar no 126, de 15 de janeiro de 2007, que alterou a política 
de resseguro no país, rompendo o monopólio, do até então IRB, para operações de resseguros e 
retrocessão no Brasil e também passou a qualifica-lo como ressegurador local. As atribuições de 
regulamentação e de fiscalização das operações de transferência de risco envolvendo as empresas 
nacionais e estrangeiras que atuam nos segmentos de resseguro, retrocessão e cosseguro, até en-
tão a cargo do IRB, foram transferidas para a SUSEP. 
Em síntese, à luz do marco regulatório atual, tem-se que compete ao CRSNSP o julgamento dos 
recursos das decisões condenatórias impostas pela SUSEP em processos administrativos sanciona-
dores, conforme fica claro no gráfico:
Conforme Regimento Interno aprovado pelo Decreto nº 2.824 de 27 de outubro de 1998, o CR-
SNSP é integrado por seis Conselheiros, titulares e seus respectivos suplentes, de reconhecida 
competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos ao mercado 
securitário, de capitalização, de previdência privada e de crédito imobiliário e poupança.
Conselho é formado por cinco representantes do Governo Federal e por cinco representantes de 
entidades de classe, atualmente com a seguinte composição.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Tanto os conselheiros titulares quanto seus respectivos suplentes são nomeados pelo Ministro da 
economia, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Junto ao Conselho atuam procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da 
Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância das leis, dos decretos, dos regula-
mentos e dos demais atos normativos.
Ao receber intimação da decisão condenatória proferida em processo administrativo sancionador 
oriundo da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP – a pessoa física ou jurídica que tiver 
sofrido a sanção poderá interpor recurso ao CRSNSP, no prazo estipulado na intimação, devendo 
entregá-lo à própria SUSEP. 
2.3.3 Camara De Recursos Da Previdência Complementar – CRPC
A Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC, colegiado integrante da estrutura do 
Ministério do Economia com sede em Brasília, Distrito Federal, criada nos termos do art. 15 da Lei 
nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009, é órgão recursal que tem como responsabilidade apreciar 
e julgar, em última instância administrativa recurso interposto contra decisão proferida pela Dire-
toria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.
A CRPC é integrada por sete membros, mandato de dois anos contados da publicação do ato de 
designação no diário oficial da união, indicados pelo ministro do Trabalho e da Previdência, sendo 
permitida uma única recondução com seus respectivos suplentes, sendo eles:
Os representantes público são:
 • 4 servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício no atual Ministério da 
Economia, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
2.4 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS SUPERVISORES
As entidades supervisoras trabalham para que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro 
sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Suas competências são as de regulamentar o 
mercado de acordo com as diretrizes traçadas pelos respectivos órgãos normativos, supervisio-
nar, fiscalizar e punir os agentes que agirem as margens da legislação. Os quatro órgãos superviso-
res que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:
1. Banco Central do Brasil – BCB ou BACEN (Sim, ele tem dois apelido)
2. Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
3. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
4. Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
Vamos estudar cada um deles cabeção?
2.4.1 Banco Central Do Brasil – BACEN OU BCB
Muito cuidado agora. Todo material, vídeo, livros, PDF’s, questões, elaborados antes de Fe-
vereiro de 2021 que fala sobre o BACEN, está desatualizado. Cuidado com uns após essa 
data que também não foram corrigidos, olha, tem curso grande que vende “PDF” cheio de 
informações erradas! 
A verdade é que a LC 179 alterou muitas coisas sobre o BACEN, desvinculando do ministério, 
tirando o status de ministro do seu presidente, estipulando mandado para seus diretores, 
enfim, muitas mudanças, mas fique tranquilo que o #PaiEd vai mastigar tudo para você! 
Vem comigo BB? 
#PaiEd | Atualiza
Banco Central do Brasil é autarquia4 de natureza especial caracterizada pela AUSÊNCIA de vincula-
ção a Ministério (ai sôr, mas eu li que era vinculado ao ministério da economia.. então.. era, não é 
mais! #desapega), com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o território nacional, embora 
suas representações estejam restritas as capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São 
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Além de não ter vinculo a 
ministério, o BACEN possui autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira
O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e após a nova legis-
lação, passou a ter como objetivos:
Políticas econômicas: 
 • Conselho Monetário Nacional – CMN: Responsável por coordenar.
 • Banco Central do Brasil – BCB: Responsável por formular, executar, acompanhar e controlar.
4 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e 
financeira descentralizada.
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
O que é: Possui Meta
Política 
Monetária
Conjunto de medidas adotadas pelo Bacen visando adequar 
os meios de pagamento disponíveis às necessidades da eco-
nomia do país, bem como, controlar da quantidade de di-
nheiro em circulação no mercado e que permite definir as 
taxas de juros. 
Sim. 
A Meta de inflação é defi-
nida pelo CMN. Atualmen-
te é de 4,5% ao ano com 
2% de intervalo de tole-
rância.
Política 
Creditícia
Tem como objetivo ampliar a oferta e o acesso da população 
ao crédito. Não
Política 
Cambial
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacio-
nadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive 
no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbioe do equilíbrio no balanço de pagamentos. Tem como obje-
tivo o aperfeiçoamento permanente do regime de câmbio 
flutuante.
Não
Além de fiscalizar o SFN o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de capitais junto 
com a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Mesmo com a instituição da CVM pela lei federal 
6.385/76, parte do mercado de capitais, que envolve basicamente os títulos públicos federais, es-
taduais e municipais, continuam continuou sobe a supervisão do BCB, conforme já constava na lei 
federal 4.728/65. (Lei 6.385, artigo 3º parágrafo 1º).
São atribuições do BACEN:
Manter a Inflação 
baixa e estável
Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo funda-
mental do BC.
A estabilidade dos preços preserva o v alor do dinheiro, mantendo o 
poder de compra da moeda . Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza 
a política monetária, política que se refere às ações do BC que visam 
afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro 
(condições de liquidez) na economia.
Manter o Sistema financeiro 
seguro e eficiente 
Faz parte da missão do BC assegurar que o sistema financeiro seja só-
lido (tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos) e efi-
ciente.
Ser o Banco do governo O BC detém as contas mais importantes do governo e é o depositório das reservas internacionais do país.
Ser o Banco dos Bancos
As instituições financeiras precisam manter contas no BC. Essas contas 
são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com 
fluidez e para que as próprias contas não fechem o dia com saldo ne-
gativo.
Ser o Emissor do dinheiro O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir, para a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.
Os seus objetivos são os de:
 • manter as reservas internacionais em nível adequado;
 • estimular a formação de poupança;
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
 • zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.
 • zelar pela adequada liquidez da economia; 
OBS: cuidado para não confundir com o objetivo do Conselho Monetário Nacional que é de “zelar 
pela liquidez e solvência das instituições financeiras”)
Para cumprir com as suas responsabilidades e atingir seus objetivos, o BCB conta com uma direto-
ria Colegiada5 que é composta por nove membros, um dos quais o Presidente (8+1), todos indica-
dos e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória ca-
pacidade em assuntos econômico-financeiros. Após a nomeação, os nomes devem ser aprovados 
também pelo Senado Federal. 
Os mandados dos diretores serão de 4 anos, podendo ser reconduzido uma vez para o cargo e não 
podendo coincidir com o mandado do presidente da república, respeitando a escala abaixo:
I. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano de mandato 
do Presidente da República;
II. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato 
do Presidente da República;
III. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato 
do Presidente da República; e
IV. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do 
Presidente da República.
Desde o final de 2004 o presidente do BACEN ganhou status de Ministro de Estado, dado pela lei 
federal 11.036. Após a publicação da LC 179, o Presidente do BACEN perdeu o status de ministro, 
e seu cargo foi transformado no cargo de Natureza Especial de Presidente do Banco Central do 
Brasil.
As decisões da Diretoria Colegiada serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente, ou 
a seu substituto, o voto de qualidade. A diretoria reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana. 
Nesse encontro devem estar presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substituto, e metade do 
número de Diretores. 
Além das reuniões periódicas, os diretores do BCB reúnem-se também para estabelecer as diretri-
zes da política monetária e para definir a taxa de juros, essas atividades são de responsabilidades 
do Comitê de Política Monetária (Copom) que foi instituído em 20 de junho de 1996, e é formado 
pelos diretores do Banco Central. 
O BCB, na implementação das resoluções aprovadas pelo CMN, edita os seguintes documentos:
DOCUMENTO O QUE É
RESOLUÇÕES 
BCN
Ato normativo que tem por finalidade divulgar deliberação da Diretoria Colegiada do 
Banco Central.
INSTRUÇÕES 
NORMATIVAS
Ato normativo que tem a finalidade de divulgar instrução, procedimento ou esclareci-
mento a respeito de conteúdo de documento normativos.
5 Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo, com o 
aproveitamento de experiências diferenciadas.
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DOCUMENTO O QUE É
COMUNICADO Documento administrativo de âmbito externo, que tem por finalidade divulgar delibe-ração ou informação relacionada à área de atuação do Banco Central do Brasil
Até 2020 o BACEN emitia Circular e Carta-Circular. Com objetivo de unificar, simplificar a co-
municação da legislação, esses documentos sofreram alterações em seus nomes, reinician-
do sua numeração sequencial à partir do número 1.
#PaiEd | Atualiza
Dentre suas atribuições do BCB estão: 
1. Emitir papel-moeda e moeda metálica; 
2. Executar os serviços do meio circulante; 
3. Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; 
4. Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; 
5. Exercer o controle de crédito; 
6. Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições fi-
nanceiras; 
7. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o 
fluxo de capitais estrangeiros no país.
8. Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias. 
Também compete ao BCB determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos de-
pósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições finan-
ceiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de 
títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, conforme Inciso III 
do artigo 10º da Lei 4.595/64.
9. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras. Exceto quando essa for uma institui-
ção estrangeira, nesse caso a autorização é dada através de decreto do poder executivo, con-
forme artigo 18 da Lei 4.595/64.
10. Exercer a fiscalização das instituições financeiras. 
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Agora vamos ver quem são as Instituições Fiscalizadas pelo BCB:
Base Legal Instituições Fiscalizáveis
Lei Federal 4.595/64
1. Bancos: Comerciais, de Investimento, de câmbio, Múltiplos e de Desen-
volvimento.
2. Caixa Econômica Federal
3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
4. Sociedades: corretora de câmbio e de crédito, financiamento e investi-
mento.
5. Companhias hipotecárias. 
6. Agências de turismo e meios de hospedagem autorizados pelo BCB a 
operar no mercado de câmbio.
7. Empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso interna-
cional
8. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT (nas transferências in-
ternacionais de recursos vinculadas a vales postais internacionais)
Lei nº 4.380/64 9. Sociedades de crédito imobiliário
Lei nº 4.728/65 10. Sociedades Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores mobiliários6
Decreto-Lei nº 70/66 11. Associações de Poupança e Empréstimo
Lei nº 5.764/71 
e LC 130/09 12. Cooperativas de crédito
Lei nº 6.099/74 13. Sociedades de Arrendamento Mercantil
Lei nº 11.795/08 14. Administradoras de Consórcios
Lei nº 9.613/98 15. Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exte-rior (acerca da prevenção e combate à lavagem de dinheiro)
Lei nº 10.194/01 16. Sociedades de crédito ao microempreendedorMedida Provisória 
nº 2.192-70 17. Agências de fomento
Lei nº 6.385/76 18. Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes
Lei 12.865/13 19. Instituições de pagamento e de arranjos de pagamentos
As sociedades de fomento comercial (factoring) não são fiscalizadas pelo BCB, sendo suas ativida-
des meramente comercial.
Segundo a Constituição Federal, artigo 164º em seu parágrafo primeiro: “É vedado ao banco cen-
tral conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira”.
Desde a publicação da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LC 101 de 04/05/2000), o BCB não 
emite mais títulos da dívida pública (vedado pelo artigo 34), ficando o Tesouro Nacional o único 
órgão autorizado a emitir títulos para atender a política fiscal. 
6 As SCTVM e as DTVM sobre supervisão compartilhada, haja visto que O BCB fiscaliza as operações com títulos de renda 
fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários.
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O Banco Central utiliza os títulos do Tesouro Nacional para realizar política monetária, por meio de 
operações de compra e venda no mercado secundário.
A atuação do BCB no mercado primário de títulos públicos dar-se somente quando a emissão dos 
títulos tiver com objetivo o refinanciamento da dívida pública, nesse caso a compra de títulos se 
caracteriza como um alongamento do prazo das dívidas e não um financiamento ao tesouro.
Importante ressaltar que no mercado primário é quando o valor de venda dos títulos públicos será 
repassado para o cofre do governo, motivo pelo qual o BCB não pode atuar nesse segmento, exce-
to no caso citado acima. Já no secundário, onde o BCB atua livremente, a negociação é de um título 
já existente e anteriormente adquirido por um investidor, ou seja, o valor de venda irá para esse 
investidor e não para o governo.
2.4.2 Comitê De Política Monetária – COPOM 
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de 
estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a meta da taxa básica de juros, Taxa 
Selic-Meta. Desde dezembro de 2017 juros selic-meta não pode ser mais definida com viés7, que 
foi extinto nessa data. 
Compete então ao COPOM:
O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do BCB: o Presidente e os Diretores. 
Após a publicação do Decreto Federal 3.088, em 21 de junho de 1999, o COPOM passou a ter a 
sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões 
do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. (Mesmo com a autonomia do BACEN, essa continua sendo uma atribuição do 
CMN).
Se, em determinado ano, a inflação (medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA) 
ultrapassar a meta estabelecida pelo CMN, o Presidente do BCB deve encaminhar carta aberta ao 
Ministro da Economia explicando as razões do não cumprimento da meta, bem como as medidas 
necessárias para trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o tempo esperado para que 
essas medidas surtam efeito.
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de merca-
do aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima 
ao valor definido na reunião.
7 Viés: O viés é utilizado, normalmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura econômica for esperada. A 
última vez em que esse expediente foi utilizado ocorreu na 82ª reunião do Comitê, em 19-20/3/2003.
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As reuniões ordinárias8 acontecem oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis semanas, e 
são realizadas em dois dias. 
Reunião Dia Objetivo
1º Dia Terça-Feira Apresentações sobre a economia Brasileira e Mundial
2º Dia Quarta-Feira
Avaliação das perspectivas de inflação
Decisão e divulgação da taxa de juros SELIC-META
A decisão final – a meta para a Taxa Selic é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo 
em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). 
O Presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária.
As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no prazo de até seis dias úteis 
após a data de sua realização.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o docu-
mento “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira 
do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
2.4.3 Comissão De Valores Mobiliários – CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei nº 6.385 
para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários9 no Brasil. Até o ano de 1976 o Con-
selho Monetário Nacional – CMN e o Banco Central do Brasil – BCB eram responsáveis por discipli-
nar e a fiscalizar, respectivamente, do mercado de capitais, como consta na lei federal 4.728 de 14 
de Julho de 1965.
Atualmente o mercado de capitais (mercado que envolve a negociação de títulos e valores mobili-
ários), é fiscalizado pela CVM e pelo BCB (compartilhado), sendo que a grande maioria dos títulos 
negociados nesse mercado são de responsabilidades da CVM, enquanto os títulos da dívida pública 
federal, estadual ou municipal e os títulos cambiais de responsabilidade das instituições financei-
ras, exceto as debêntures, captações feitas por entes governamentais ou por instituições financei-
ras são de responsabilidades do BCB, conforme consta no parágrafo primeiro do inciso VI, artigo 3º 
da lei federal 6.385.
São valores mobiliários de responsabilidades da CVM: 
Principais títulos e valores mobiliários:
O que é?
Ação
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. 
É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acio-
nistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas. O 
acionista torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse 
investimento, já que não se trata de um empréstimo.
8 Desde sua criação, o COPOM reuniu-se apenas três vezes de forma extraordinária.
9 São valores mobiliários, quando ofertados publicamente, quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo 
que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos 
rendimentos advém do esforço do empreendedor ou de terceiros.
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O que é?
Debêntures
Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por 
Sociedades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui 
contra a empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada 
debênture é uma fração da dívida de quem a emitiu.
Notas Promissórias
Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anôni-
mas. A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de 
capital de giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor direta-
mente para a empresa. 
Cotas de Fundos de 
Investimentos
É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço 
de gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos 
para ter vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A 
cota representa a participação de cada um dos cotistas desse fundo. 
Derivativos
É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo 
qualquer, chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que em geral é nego-
ciado no mercado à vista). Principais exemplos de derivativos: Opções, Mercado 
Futuro, Mercado a Termo e Swap.
Opções
É um instrumento que dá ao seu titular (dono da opção), um direito futurosobre 
ações ou contratos futuros, mas não uma obrigação. Ao mesmo tempo que dá ao 
seu lançador (vendedor da opção), uma obrigação futura, caso o titular exerça o 
seu direito. Existem opções de compra (direito de comprar determinado ativo) e 
opções de venda (direito de vender determinado ativo)
Mercado a Termo
É o compromisso de compra e venda de um determinado bem em uma data futura 
por um preço fixado na data atual, que não irá variar até a data da efetiva entrega 
desse bem.
Mercado Futuro
Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado os 
participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo 
por um preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente 
irá ocorrer a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem 
uma evolução do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.
Swap
Contrato entre dois agentes onde se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou 
troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que 
se passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e pas-
siva, respectivamente.
O BCB conquistou sua autonomia em 2021, já a CVM sempre desfrutou desse beneficio, desde, 
desde a publicação da Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual 
a CVM passou a ser uma “entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da 
Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administra-
tiva independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária”, como consta no artigo 5º da lei de sua criação.
Importante salientarmos que mesmo com uma ausência de subordinação hierárquica as decisões 
tomadas pela CVM devem obedecer diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, 
conforme consta no artigo 3º da lei 6.385.
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Essa autonomia que a CVM possui, dá aos seus cinco diretores, um presidente mais 4 diretores 
executivos todos eles são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Fede-
ral, mais conforto na tomada de decisões, já que seus mandatos são fixados em cinco anos, sendo 
vedada a recondução. 
Apesar de contar com regionais nas cidades de São Paulo – SP e de Brasília – DF, é no Rio de Janeiro 
– RJ onde encontra-se sua sede, local de onde são tomadas suas decisões (instruções CVM), fruto 
das reuniões que acontecem semanalmente, de forma ordinárias, ou extraordinariamente, quan-
do convocada pelo ocupante do cargo de presidente, atualmente tendo o senhor Leonardo Pereira 
como responsável pela função.
Os seus objetivos estão definidos no artigo terceiro da lei 6.385/64 e no seu regimento interno, 
Resolução CVM 24/21 são eles:
I. estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;
Comentário: não confunda formação de poupança com “caderneta de poupança”, o objetivo da 
CVM é de canalizar investimento para o mercado de valores mobiliários, formar poupança refere-
-se ao ato de poupar e não a modalidade de investimento denominada “caderneta de poupanças”.
II. promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e estimular 
as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de 
capitais privados nacionais;
III. assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balcão;
Comentário: Atualmente no Brasil temos apenas uma única bolsa de valores, a B3. 
IV. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de ad-
ministradores de carteira de valores mobiliários.
c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários. 
Comentário: Para proteger os titulares a CVM fiscaliza todas emissões de valores mobiliários. Con-
forme Instrução CVM 400/04 em seu artigo segundo temos:
V. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais 
de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
Comentário: Como o inciso deixa claro, o objetivo da CVM é o de evitar fraudes, sendo que a mes-
ma não tem competência para determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos sofridos pelos 
investidores em decorrência da ação ou omissão de agentes do mercado. Também importante sa-
lientar que o mercado de capitais não conta com cobertura ou proteção do Fundo Garantidor de 
Crédito – FGC.
VI. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as 
companhias que os tenham emitido, a observância de práticas comerciais equitativas no mer-
cado de valores mobiliários e de condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Mo-
netário Nacional – CMN.
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Para conseguir atingir os seus objetivos, a CVM possui diversas competências, sendo as principais 
atividades:
I. Disciplinar, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento.
Comentário: Os fundos de Investimento, que até o final de 2015 eram regulamentados pela instru-
ção CVM 409/04, tiveram sua legislação alterada e atualizada com a publicação da instrução CVM 
555/14.
II. Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, administra-
dores de carteiras de valores mobiliário, agentes autônomos, entre outros;
III. Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes; consultores e analistas de 
valores mobiliários
IV. Apurar, mediante inquérito administrativo, atos legais e práticas não-equitativas de adminis-
tradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliá-
rios, aplicando as penalidades previstas em lei.
2.4.4 Superintendencia De Seguros Privados – SUSEP 
A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério 
da Fazenda, criada pelo artigo 35º do decreto-lei 73 de 21 de novembro de 1966, junto com a cria-
ção do Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP, é o órgão responsável pelo controle e fiscali-
zação dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
A inclusão do mercado de previdência privada complementar aberta nas responsabilidades da SU-
SEP, só aconteceu em 2001, com a publicação da lei complementar 109, em seu artigo 74.
Entenda melhor as entidades supervisionadas pela SUSEP:
Instituição O que são
Sociedades 
Seguradoras
Companhia sediada no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e super-
visionado pela Superintendência de Seguros Privados.
Ressegurador 
admitido
Ressegurador estrangeiro com mais de cinco anos de operação no mercado internacio-
nal. Precisa ser registrado na Susep, ter escritório de representação no Brasil e manter 
conta em moeda estrangeira vinculada à Susep para garantia de suas operações no 
país. Deve atender a requisitos de capacidade econômica e financeira mínima, de ava-
liação de solvência por agência classificadora de risco (rating de crédito) e de garantias 
financeiras com aporte de recursos no país.
Resseguradores 
Locais
Ressegurador 
Eventual
Sediado no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e supervisionado 
pela Superintendência de Seguros Privados.
Corretor de 
Seguro, de 
capitalização e 
de previdência
Empresa resseguradora estrangeira sediada no exterior, sem escritório de representa-
ção no País, que, atendendo às exigências previstas na Lei Complementar No 126/07 
e nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrada 
como tal na SUSEP, para realizar operações de resseguro e retrocessão. (Resolução 
CNSP 168/07).
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Instituição O que são
Sociedades de

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