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Mecânico de ar condicionado Brasagem II- Brasagem oxiacetilênica Introdução Nas situações em que é necessário reparar a tubulação do sistema de refrigeração, ou quando se substituem componentes, é preciso brasar tubos. Estudando esta tarefa, você vai aprender a brasar e também a preparar o equipamento de brasagem. Para auxiliá-lo na execução desta tarefa, você receberá informações tecnológicas sobre: Brasagem Equipamento para brasar com oxiacetileno Você executará as seguintes operações: Preparar equipamento oxiacetilênico Brasar tubulações Brasagem Brasagem é o resultado da união de duas ligas metálicas, por meio de fusão, de modo a formar uma única liga. fig.32 – fusão de duas ligas Existe também outro tipo de brasagem, na qual ocorre a fusão apenas de uma liga, que é depositada sobre a outra. Este tipo de brasagem é utilizado em componentes elétricos. fig.33 – fusão de uma liga Veja, agora, como se efetua a brasagem. Um dos meios básicos para brasagem é a vareta. Vareta Também conhecida como material de enchimento, a vareta é uma barra muito fina de material que é fundido e depositado na região de brasagem. O procedimento para brasagem com vareta é o seguinte: aquece-se com chama oxiacetilênica o material-base, é o material que vai receber a brasagem; fig.34 – aquecimento do material-base em seguida, aproxima-se a vareta, que irá fundir-se por possuir ponto de fusão inferior ao do material-base; metal depositado flui entre as partes de união do material-base e observa-se, então, que as partes se uniram. fig.35 – aplicação da brasagem Há varetas de latão, de fósforo-prata, de fósforo e de prata. Vareta de latão O latão é uma liga utilizada na brasagem de equipamentos de trocadores de calor. Vareta de fósforo-prata É uma vareta com teores de fósforo e de prata. É utilizada na brasagem de tubos de cobre em evaporadores industriais. Vareta de fósforo É específica para brasar ligas de cobre fosforoso, usada na brasagem de serpentinas de radiadores de automóveis. Vareta de prata Esta vareta, cujo material depositado apresenta maior aderência ao material-base, é utilizada em tubos de cobre em geral, principalmente conexões de evaporadores industriais. A temperatura de fusão, ou seja, a temperatura em que o metal passa do estado sólido para o líquido, é característica de cada metal ou liga. O aço é um produto resultante da liga de ferro com carbono e o carbono é o principal elemento controlador da qualidade do aço; por isso, a variação do teor de carbono influencia o ponto de fusão dessa liga metálica. Quanto maior for o teor de carbono, menor será o ponto de fusão do aço. Para controlar melhor o processo de brasagem, é preciso conhecer as temperaturas de fusão dos metais e ligas metálicas de uso mais freqüente. Observe, então, a tabela a seguir. Tabela – Temperatura de fusão dos principais metais e ligas ºC ºC Ferro 1539 Cobre 1083 Aço baixo teor de carbono 1450 a 1500 Latão 950 Aço alto teor de carbono 1350 a 1400 Bronze 850 Ferro fundido cinzento 1200 Platina 1775 Ferro fundido branco 1160 Alumínio 660 Níquel 1455 Zinco 419 Prata 960 Chumbo 321 Tungstênio 3410 Estanho 232 Fluxo é um produto químico destinado a evitar a formação de óxidos durante a brasagem, permitindo, deste modo, a brasagem de materiais como latão e prata. TIPO DE VARETA APLICAÇÃO USO DO FLUXO Prata Cobre c/ cobre, cobre c/ ferro, ferro c/ ferro Sim Latão Cobre c/ cobre, cobre c/ ferro, ferro c/ ferro Sim Phoscooper Cobre c/ cobre Não Alumínio Alumínio c/ alumínio Sim Equipamento para brasar com oxiacetileno Equipamento para brasar com oxiacetileno é o conjunto de elementos que permitem a passagem dos gases oxigênio e acetileno até um queimador chamado maçarico, em cujo interior esses gases são misturados. A mistura se inflama em contato com uma centelha e produz o calor necessário ao processo de brasagem. O equipamento é constituído dos seguintes elementos: 1. cilindro de oxigênio 2. cilindro de acetileno 3. válvulas 4. regulador de pressão 5. economizador de gás 6. mangueiras 7. maçarico 8. bico 9. carro-transporte fig.36 – equipamento para brasagem O equipamento deve ser usado só por quem conheça perfeitamente seu funcionamento. É importante mantê-lo totalmente livre de graxa ou de óleo para evitar combustão explosiva. Após o uso, é necessário limpar os acessórios, como mangueiras, maçarico e reguladores, com pano seco; o bico deve ser limpo com agulha adequada ao orifício. Conheça, agora, os elementos que compõem o equipamento. Cilindros São dois recipientes especiais para armazenar os gases oxigênio e acetileno utilizado em brasagem oxiacetilênica. O cilindro de oxigênio é um recipiente de aço, alongado e sem costuras. O extremo superior do cilindro tem diâmetro menor, com uma rosca interna onde está montada a válvula de fechamento; possui, também, uma rosca externa onde fica a tampa protetora da válvula. A parte inferior do cilindro é plana para assegurar apoio perfeito no local de trabalho. fig.37 – cilindro de oxigênio O cilindro de acetileno também é de aço sem costuras. Tem revestimento interno de massa porosa com acetona, destinado a absorver impactos; quando necessário, deve-se transportá-lo em posição vertical e não horizontal. É provido de uma válvula de segurança com tampa, que geralmente fica na parte superior do equipamento e permite a saída do gás em caso de aquecimento do cilindro. Observe a próxima ilustração. fig.38 – cilindro de acetileno � Válvulas Válvulas são dispositivos, geralmente de bronze, que permitem a entrada e a saída dos gases. fig.39 – composição da válvula Válvula de segurança é um dispositivo essencial, montado nos cilindros de gás e nos reguladores de pressão, que deixa escapar o gás em caso de aumento de pressão. Quando a pressão retorna ao limite permitido, a válvula de segurança se fecha. Válvula retentora é uma válvula de segurança instalada na entrada do maçarico. Impede que a chama retorne aos cilindros. Regulador de pressão O regulador de pressão permite reduzir a alta pressão do cilindro para uma pressão de trabalho adequada à brasagem e, ao mesmo tempo, manter a pressão constante durante o processo. fig.40 – regulador de pressão Há dois manômetros (medidores de pressão) ligados ao regulador. O manômetro de alta pressão marca à pressão de gás contido no cilindro e o de baixa pressão marca a pressão necessária ao trabalho. Para graduar a pressão de trabalho, há um parafuso de ajuste: girando-o no sentido horário, a pressão de trabalho aumenta; no sentido contrário, diminui. Mangueira Mangueira é um tubo de borracha natural ou sintética com retorço interno de náilon. Algumas mangueiras são revestidas externamente com uma armação de arame asbesto para proteção contra desgaste. É através das mangueiras que os gases fluem. fig.41 – mangueira do equipamento de brasagem Existem duas mangueiras no equipamento de brasagem oxiacetilênica: a de oxigênio e a de acetileno. A mangueira para oxigênio deve ser especial, muito resistente ao envelhecimento e às mudanças de temperatura. As cores características para a mangueira de oxigênio são a azul, a verde ou a preta. Esta mangueira deve resistir a uma pressão de 40kg/cm2, portanto, jamais poderão ser usadas mangueiras de plástico, que não suportam grandes pressões. A mangueira para acetileno deve resistir a pressões de 20kg/cm2 e a cor característica é a vermelha. As mangueiras devem ser presas às conexões com braçadeiras especiais, com diâmetro ajustável, apertadas por meio de parafuso e porca. No caso de mangueiras unidas (oxigênio.acetileno),é preciso usar braçadeira para mantê-las juntas. Economizador de gás Economizador de gás é um dispositivo que permite apagar a chama sem acionar as válvulas do maçarico e, assim, economizar oxigênio e acetileno. fig.42 – economizador de gás 1. Alavanca interruptora de gases 6. Entrada de acetileno 2. Parafuso de ajuste 7. Entrada de oxigênio 3. Chama piloto 8. Saída de acetileno 4. Porca 9. Saída de oxigênio 5. Parafuso pivô O economizador começa a funcionar quando se encaixa o maçarico na alavanca interruptora de gases. O peso do maçarico faz com que a alavanca desça e as válvulas existentes no corpo do economizador se fechem automaticamente e impeçam a passagem dos gases; deste modo, a chama do maçarico se apaga. Quando o maçarico é retirado do apoio da alavanca, esta se levanta e abre as válvulas que permitem a passagem dos gases. A chama piloto, constantemente acesa, é utilizada para acender o maçarico, que voltará a ter a chama original. Maçarico Maçarico é a parte do equipamento oxiacetilênico que permite a mistura correta e invariável dos gases, na proporção requerida pela chama. Como mostra a figura a seguir. fig.43 – maçarico O fluxo de mistura gasosa deve sair do bico do maçarico em uma velocidade determinada pela pressão de brasagem. Essa velocidade deve ser maior que a propagação da combustão do gás para evitar o retrocesso da chama. Existem dois tipos de maçarico: de baixa e de alta pressão. Maçarico de baixa pressão Nesse tipo de maçarico, o acetileno entra à uma pressão ligeiramente superior à pressão atmosférica; devido a essa variação de pressão, o acetileno precisa ser impulsionado até o maçarico por um injetor, que é a parte responsável pela pressão imposta aos gases. Dentro do injetor existe oxigênio sob pressão suficiente que vai impulsionar a quantidade necessária de acetileno ao maçarico. Uma vez aí, os gases se misturam e saem do maçarico sob a pressão necessária e adequada à forma perfeita de brasagem. fig.44 – forma de mistura do gás Maçarico de alta pressão O maçarico de alta pressão é indicado para a brasagem em que os gases entram aproximadamente sob a mesma pressão. Quando se necessita de um volume diferente de gases, fato que condiciona a chama com maior ou menor intensidade, basta trocar o bico deste tipo de maçarico, conservando, porém, mesmo injetor e o mesmo misturador. Bicos para brasagem O bico é um acessório do equipamento que permite a saída da chama para brasar. É geralmente fabricado de cobre e em diversos tamanhos, de acordo com o orifício de saída aos gases. No trabalho de brasagem podem ser apreciados vários aspectos, influem na escolha do bico adequado. Existem dois tipos de bico usados em brasagem oxiacetilênica: bicos intercambiáveis, que são montados no misturador por meio de uma rosca, e bicos fixos, nos quais o misturador e o bico constituem uma só peça. fig.45 - bico intercambiável fig.46 - bico fixo Veja agora uma tabela que fornece dados comparativos entre orifício do bico, a graduação da pressão de trabalho e o metal-base. O número do bico varia de acordo com o fabricante. Nesta tabela temos o exemplo de um fabricante. Tabela: Selecionamento do número do bico. Espessura do material em mm N.º do bico Pressão de oxigênio em atm. aprox. Pressão de acetileno em kg/cm2 Diâmetro do orifício do bico em mm Consumo de oxigênio em litros/hora 0,5-1 1 1 0,2 0,74 100 1-1,5 2 1 0,2 0,93 200 1,5-2 3 1,5 0,25 1,20 300 2-3 4 2 0,3 1,4 400 3-4 5 2,5 0,4 1,6 500 4-5 6 3 0,45 1,8 600 5-7 7 3 0,48 2,1 700 7-11 8 3,5 0,5 2,3 800 11-15 9 4 0,52 2,5 900 Preparar equipamento oxiacetilênico 1- Retire as tampas dos cilindros. 2- Abra e feche a válvula ligeiramente para tirar impurezas. 3- Coloque os reguladores nos respectivos cilindros. Precauções Os cilindros devem estar na posição vertical e fixos. Antes de abrir o cilindro de acetileno, certifique-se de que não existe fogo próximo ao cilindro. Ao manipular o cilindro de oxigênio, as mãos devem estar limpas de graxa e óleo para evitar combustão explosiva. 4- Aperte a porca com chave de boca fixa ou chave inglesa, com medida apropriada. Observação: Os manômetros devem estar localizados de forma que o operador possa lê-los com facilidade. fig.47 – regulando a pressão de trabalho do cilindro 5- Afrouxe o parafuso que regula a pressão de trabalho do gás. Precaução: Ao afrouxar o parafuso, faça-o no sentido anti-horário. 6- Ligue uma das extremidades das mangueiras ao regulador. fig.48 – conectando um lado da mangueira no regulador 7- Ligue a outra extremidade das mangueiras ao maçarico. fig.49 – conectando o outro lado da mangueira no maçarico Observações: A mangueira que conduz o acetileno é de cor vermelha e tem porca com rosca à esquerda. A mangueira que conduz o oxigênio é de cor azul, verde ou preta e tem porca com rosca à direita. 8- Ajuste manualmente o bico do maçarico. 9- Coloque o bico na posição de trabalho conforme demonstra a figura abaixo. fig.50 – posição de trabalho do maçarico 10- Abra as válvulas dos cilindros. 11- Aperte o parafuso de regulagem do oxigênio e do acetileno. 12- Regule a pressão dos gases segundo a tabela de bicos. 13- Abra a válvula de acetileno girando-a um quarto de volta. Acione o acendedor. fig.51 – acendendo o maçarico Precauções: Use luvas e óculos protetores. Quando acender o maçarico, aponte o bico para um lugar livre até obter a chama, a fim de evitar acidentes. 15- Abra lentamente a válvula de oxigênio do maçarico até obter uma chama regulada, de cor amarelada, chamada neutra. Observação E importante que o operador saiba distinguir as chamas neutra, oxidante e redutora. Veja como identificá-las: A chama neutra tem proporções iguais de oxigênio e acetileno. Ela é composta de um cone interno, de cor branca intensa, e de um invólucro azul-violeta. fig.52 – chama neutra A chama oxidante tem proporção maior de oxigênio. O cone interno é violeta e o comprimento total da chama é menor do que o da chama neutra. fig.53 – chama oxidante A chama redutora ou carburante tem proporção maior de acetileno. Por isso ocorre a formação de um penacho entre o cone interno e o invólucro externo. fig.54 – chama redutora 16- Feche a válvula do acetileno. 17- Feche a válvula do oxigênio. Observação: Quando apagar o maçarico, lembre-se de fechar primeiro válvula do acetileno. 18- Feche as válvulas dos cilindros. 19- Afrouxe os parafusos de pressão dos manômetros. Precaução: Certifique-se de que não existem corpos gordurosos em contato com o oxigênio. Este contato produz uma rápida combustão que pode afetar os metais do equipamento. 20- Abra às válvulas do maçarico para tirar os gases que estão nas mangueiras e em seguida feche-as. Precaução: Durante a brasagem, a qualquer momento pode ocorrer retrocesso de chama no maçarico, com risco de explosão. Para evitar esse acidente, feche primeiro a válvula de acetileno, lentamente, e depois a de oxigênio. Não deixe que a ponta do bico encoste-se à peça a ser brasada. Brasar tubulações Limpe às extremidades a serem brasadas com auxílio de uma lixa para metais. fig.55 – preparando tubo para brasagem Observação: Conserve o tubo com a extremidade voltada para baixo à fim de impedir a entrada de resíduos. 2- Introduza o tubo na outra extremidade expandida. fig.56 – juntando os tubos 3- Posicione os tubos no suporte para brasar. 4- Acenda o maçarico. Precaução: Use luvas e óculos protetores. 5- Aqueça o local com chama redutora. Observação: O pré-aquecimento do tubo é feito por meio de movimentos circulares do maçarico.6- Aplique fluxo em volta da junta, com auxilio de pincel, trincha ou mesmo com a própria vareta. 7- Aplique o material de adição na junta quando o local estiver aquecido à temperatura pré-determinada. fig.57 – aplicando a brasagem Observação: Não aplique a chama diretamente sobre a vareta; é o calor do tubo que deve fundir a vareta, não a chama do maçarico. 8- Apague o maçarico. 9- Deixe a brasagem esfriar naturalmente. 10- Remova o excesso de fluxo com uma escova de aço. 11- Examine a brasagem, que deve apresentar perfeita aderência e ausência de porosidade. Observação: Se houver falhas na brasagem, refaça a operação. Brasagem de tubos Ferramentas/instrumentos/materiais Equipamento de brasagem oxiacetilênica Tubo de alumínio Tubo de cobre Tubo de aço Lixa para metais Suporte para tubos Vareta de brasagem Fluxo Escova de aço Ordem de execução 1- Limpe as extremidades dos tubos. 2- Introduza o tubo na extremidade expandida. 3- Posicione os tubos no suporte. 4- Acenda o maçarico e regule a chama. 5- Aqueça a região a ser brasada. 6- Aplique o material de adição numa quantidade suficiente para proporcionar boa vedação. 7- Apague o maçarico. Precaução: Feche primeiro a válvula do acetileno. Armazenamento de cilindro Os cilindros devem ser colocados em áreas cobertas e ventiladas para se evitar o acúmulo de gases inflamáveis, comburentes e inertes, em caso de vazamento. Os cilindros devem ser colocados em posição vertical e longe de fontes de calor irradiante ou chama aberta e onde não possam sofrer pancadas, ou sofrer efeitos de agentes corrosivos: fig.58 – cilindros longe de fontes de calor Os cilindros devem ser colocados longe de pontos de uso de óleo ou lubrificantes. Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes. fig.59 – cilindros separados Manuseio de cilindros Não transporte, nem armazene cilindros cheios ou vazios sem o capacete protetor da válvula no lugar e devidamente ajustado. fig.60 – transporte seguro dos cilindros Nunca role os cilindros pelo chão, empregando-os como roletes ou como suportes, mesmo que vazios. Transporte o cilindro sempre com o auxilio de um carrinho. Lembre-se: um cilindro pesa em média 60 kg. Não movimente o carrinho sem antes acorrentar o cilindro. Nunca levante um cilindro pela válvula ou através do capacete roscado, pois este procedimento pode ocasionar um acidente. Faça-o sempre pelo corpo. Cilindro com capacete fixo Nunca o retire: fig.61 – vantagens de um capacete fixo Veja as figuras e pense sobre as vantagens de tê-los em seu movimento. Além disso, se um cilindro eventualmente cair, a válvula está protegida do choque. Nunca deixe que os cilindros entrem em contato com equipamentos de brasagem elétrica em funcionamento ou com fios eletrificados. Nunca teste um eletrodo no corpo do cilindro, pois este incidente geralmente provoca perfurações superficiais nos cilindros. Não use o oxigênio como ar comprimido para limpeza de recipientes, pistola de pintura, partida de motores Diesel, e muito menos para refrescar o corpo. fig.62 – não usar oxigênio como ar comprimido Nunca manuseie cilindros de oxigênio com as mãos sujas de óleo ou graxa, pois o contato destes produtos com o oxigênio pode provocar uma explosão. Nunca use martelo ou chave para abrir válvulas de cilindros. Nunca tente consertar a válvula de um cilindro. fig.63 – diga não ao conserto da válvula do cilindro Sempre abra vagarosamente a válvula do cilindro e não esqueça de usar um regulador de pressão na válvula de saída do gás do cilindro. Sempre feche a válvula do cilindro depois de usá-lo. Nunca fique em frente a válvula de um cilindro ao abri-la, nem em frente aos manômetros de um regulador. Teste de cilindros A cada 5 anos, realizamos inspeção completa incluindo teste hidrostático nos cilindros para gases sob alta pressão. Cilindros de acetileno não são testados hidrostaticamente. A finalidade dessas inspeções periódicas é determinar o estado do cilindro e avaliar seu comportamento seguro. Durante o teste hidrostático, os cilindros são pressurizados com água a uma pressão de 5/3 da pressão de serviço estampada na calota de cada cilindro. Durante a realização da inspeção, também, são verificadas as espessuras das paredes, o grau de corrosão, cortes, riscos, ação de fogo, estado da rosca, e todos os resultados são comparados com padrões, antes da liberação dos cilindros para uso. Caso os padrões não sejam atingidos, o cilindro é destruído. No cilindro aprovado na inspeção e gravada a data do teste e o sinal da empresa que o realizou A empresa que realizou a inspeção deve manter arquivados os dados obtidos no teste hidrostático de cada cilindro inspecionado. Lembre-se, cilindros com teste vencido não podem ser enchidos e manuseados. O teste é a sua e a nossa segurança. Medidas de segurança Local de Trabalho Verifique, previamente, se o local de trabalho está limpo. fig.64 – verificar limpeza do ambiente Retire todo o material combustível do local. fig.65 – retirar material combustível Durante o processo oxí-corte, tenha cuidado com os respingos, partículas do metal quente e metal em fusão, para que não atinjam qualquer material combustível. Observe, também, que o material quente ou chama não queime ou acenda qualquer elemento no local. fig.66 – ficar atento a queima de algum elemento Mantenha boa ventilação no local. fig.67 – manter ventilação no local Use sempre luvas de proteção. Consulte o corpo de bombeiros local quanto à segurança do ambiente de trabalho, assegurando-se de estar o mesmo adequado para serviços de brasagem e corte. fig.68 – usar luvas de proteção e consultar segurança do local de trabalho Cilindros de Gás Manuseie os cilindros de gás com cuidado. Eles não devem sofrer choques ou Impactos mecânicos. fig.69 – tenha cuidado ao transportar um cilindro No depósito onde os cilindros são guardados, deve-se colocar um letreiro bem visível na porta com o seguinte texto: “Retire o cilindros para um local seguro em caso de incêndio”. fig.70 – informação quanto a cilindro no ambiente Use a válvula contra retrocesso, tanto no regulador de pressão de oxigênio como no de acetileno, para impedir que o retorno da chama, refluxo de gases ou ondas de pressão atinjam o regulador ou o cilindro. fig.71 – válvula de retrocesso maçarico aceso não pode ficar suspenso ou preso no regulador, nem ser colocado de tal maneira que a chama fique dirigida contra os cilindros de gases. fig.72 – cuidado quanto a posição do maçarico Em caso de acidente, feche imediatamente as válvulas dos cilindros de gases. fig.73 – fechar válvulas Nunca deixe as mangueiras (oxigênio / acetileno) em volta dos cilindros, pois se ocorrer um eventual retrocesso de chama será dificultado o acesso as válvulas dos mesmos. Oxigênio Óleos e graxas, mesmo em pequenas quantidades, com o oxigênio podem causar explosão. Nunca Lubrifique nenhuma das partes do equipamento. Nunca use oxigênio puro para ventilar ou soprar resíduos. Isto pode causar explosão. Vazamentos de oxigênio podem pegar fogo passando-o para um material combustível, por exemplo, roupa. Portanto, controle para que não ocorram vazamentos ou escapes de gases nas mangueiras ou conexões. Acetileno acetileno é um gás combustível com odor característico. É inflamável e explosivo se for misturado com suficiente quantidade de ar. Portanto, controle vazamentos passando uma solução de água e sabão nas conexões a fim de que os mesmos possam ser evitados. acetileno é mais leve que o ar e por isso não se acumula nas superfícies ou regiões baixas, como o propano. Nunca exponha um cilindro de acetilenoa um calor intenso. Há risco de explosão por decomposição do acetileno. Durante a Brasagem Cuidados com os riscos de explosão ao brasar ou cortar recipientes metálicos que tenham sido usados para líquidos combustíveis. fig.74 – riscos de explosões Caso ocorra um retrocesso de chama no maçarico, feche imediatamente as válvulas do maçarico e dos cilindros. A causa mais comum deste fenômeno é o fluxo insuficiente do acetileno. fig.75 – fechar válvulas caso ocorra retrocesso Medidas a serem tomadas Aumente o fluxo de acetileno por meio da válvula no cabo do maçarico. Outra causa pode ser o bico obstruído por escória. Limpe o bico com uma agulha de limpeza, e deixe-o esfriar. fig.76 – limpar bico Maçarico de brasa Para brasagem e Aquecimento. As instruções se referem ao maçarico de brasagem e corte da AGA, X-11. fig. 77 - instruções Como acender o maçarico e regular a chama para brasagem: 1) Abra as válvulas dos cilindros, máximo 1/2 volta. Nos cilindros de acetileno em que houver uma chave, a mesma não deve ser retirada. 2) Gire o parafuso de ajuste dos reguladores de pressão à direita até que o manômetro de trabalho indique a pressão de trabalho desejada. fig.78 - ajuste Ajuste a pressão de trabalho Acetileno = 0,1 — 0,8 bar Oxigênio = 1,8 — 2,4 bar fig.79 - maçarico 3) Purgue as mangueiras e acenda o maçarico. A) Abra, girando uma volta, o volante do oxigênio no cabo de mão. B) Em seguida, ajuste o volante até obter um pequeno fluxo de gás. C) Abra o volante do acetileno no cabo de mão, aproximadamente 1/4 de volta. 4) Acenda a chama Não se esqueça de colocar o maçarico na direção que não apresente risco. Use acendedor apropriado. Regule a chama com as válvulas do cabo de mão. 5) Agora, o maçarico está pronto para ser usado. 6) Para apagar a chama: Primeiro feche o volante de acetileno no cabo de mão e, em seguida, o de oxigênio. Especificação do cobre O tubo pode ser especificado pelo diâmetro externo e pela espessura da parede em polegadas ou em milímetros e pelo comprimento em metros. As tabelas comerciais apresentam, em geral, os pesos unitários de cada tipo de metal. Por exemplo: kg/m (quilograma por metro) para o vergalhão e o tubo; kg/chapa ou k/m2 p3ra chapa; milímetro ou polegada para o diâmetro do fio. Veja agora um exemplo de tabela em que o cobre é especificado em polegadas. Tabela: Especificação do cobre. Cobre em vergalhões Cobre em chapas Tubos de cobre Diâmetro em polegada Kg por metro perfil Número da Fieira "BMG" Kg por chapa Diâmetro externo (polegada) Espessura da parede (polegada) Kg por metro Chapa 1m(2m Chapa 24”(48” 1/8" 3/16" 1/4" 5/16" 3/8" 7/16" 1/2" 5/8" 3/4" 7/8" 1" 0,068 0,072 0,150 0,162 0,268 0,296 0,420 0,464 0,603 0,667 0,822 0,893 1,037 1,185 1,680 1,850 2,420 2,665 3,280 3,570 4,300 4,740 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 8,200 9,000 9,900 11,200 12,600 14,400 15,700 19,000 22,000 26,000 29,000 3,000 3,400 3,700 4,200 4,700 5,350 5,900 7,100 8,200 9,700 10,900 1/4" 3/8" 1/2" 5/8" 3/4" 7/8" 1" 1 1/8" 1 1/4" 1 1/2" 2" 1/16" 1/16" 1/16" 1/16" 1/16" 1/16" 1,380 1/16" 1/16" 1/16" 1/8" 0,200 0,380 0,560 0,740 0,920 1,200 1,540 1,720 1,900 2,000 Alumínio O alumínio é um metal de cor branco-prateada, de enorme importância na indústria. O alumínio é leve, maleável e dúctil e bom condutor de calor e de eletricidade. Por essas razões, é muito empregado em refrigeração. Além disso, também é bastante utilizado na indústria porque o óxido que possui protege da corrosão. Alumínio é indicado comercialmente em milímetros para o diâmetro e para a espessura dos tubos circulares. Os arames e as chapas são especificados pela fieira. Veja a tabela: Tabela: Especificação do alumínio. TUBOS CIRCULARES ARAMES CHAPAS USUAIS 2M X 1M E 3M X 1M Diam. Ext (pol) Espessura (mm) Diam. Ext (pol) Espessura (mm) Nº da Fieira SWG Diam. (mm) Nº da Fieira SWG Diam. (mm) Nº da Fieira Espessura em mm Nº da Fieira Espessura em mm SWG BWG SWG BWG ¼” X 0,6 1 3/8” X 1,5 30 0,31 10 3,25 28 0,38 ---- ---- 2,50 5/16” X 0,6 1 1/2” X 1.5 28 0,38 ---- 3,50 26 0,46 0,5 12 2,64 2,5 3/8” X 0,6 1 1/4” X 1,5 26 0,46 8 4,06 ---- 0,50 ---- ---- 3,00 ---- ¼” X 0,8 2” X 1.5 24 0,56 ---- 4,50 24 0,56 0,6 ---- 3,17 ---- 5/16” X 0,8 1/2” X 2,0 22 0,71 ---- 4,76 ---- 0,60 ---- ---- 3,50 ---- 3/8” X 0,8 5/8” X 2,0 20 0,91 ---- 5,20 22 0,71 0,8 ---- 4,00 ---- ½” X 0,8 3/4” X 2,0 ---- 1,0 4 5,89 ---- 0,80 ---- 8 4,06 4,0 5/8” X 0,8 7/8” X 2,0 18 1,22 ---- 6,10 20 0,91 1,0 ---- 4,76 ---- ¾” X 0,8 1” X 2,0 ---- 1,58 ---- 6,35 ---- 1,00 ---- ---- 5,00 ---- 7/8” X 0,8 1 1/4” X 2,0 16 1,63 ---- 6,85 ---- 1,20 ---- 4 5,80 ---- 1” X 0,8 1 1/2” X 2,0 14 2,03 2 7,01 18 1,22 1,22 ---- 6,35 ---- 5/16” X 1,0 1 3/4” X 2,0 ---- 2,38 ---- 7,70 ---- 1,58 ---- 2 7,00 ---- 3/8” X 1,0 2” X 2,0 ---- 2,50 ---- 7,93 ---- 1,60 ---- ---- 7,93 ---- ½” X 1,0 2 1/4” X 2,0 12 2,64 0 8,23 16 1,63 1,5 ---- 9,52 ---- 5/8” X 1,0 3” X 2,0 ---- 3,00 ---- 9,52 ---- 2,00 ---- ---- 12,70 ---- Ligas metálicas Ligas metálicas são todas as substâncias metálicas resultantes da reunião íntima de dois ou mais elementos, em que, pelo menos, um é metal. As ligas metálicas podem ser ferrosas e não-ferrosas, conforme o elemento ferro entre ou não como constituinte principal. O aço, por exemplo, é uma liga metálica ferrosa composta de ferro e carbono, que apresenta as propriedades de poder ser forjado, dobrado, brasado, trabalhado por ferramentas de corte e curvado, entre outras. O aço é o material utilizado na fabricação de condensadores. Alguns dos tubos de sucção, de descarga e de serviço existentes nos compressores também são feitos de aço. � EMBED PBrush ��� Brasagem oxiacetilênica �PAGE � �PAGE �27� Brasagem oxiacetilênica _1117007698.doc _1125914094/ole-[42, 4D, 76, 39, 02, 00, 00, 00]
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