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MODELOS MACROECONÓMICOS DE DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO DO LADO DA DEMANDA1

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1 
 
 
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO 
FACULDADE DE ECONOMIA 
MESTRADO EM MERCADO DE CAPITAIS – 2ª EDIÇÃO 
MACROECONOMIA AVANÇADA 
 
MODELOS MACROECONÓMICOS DE DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO 
DO LADO DA DEMANDA. 
 
 
POR: PAUL Krugman 
Grupo nº V 
 
 Docente 
 _______________________ 
 Armando José Mabiala 
 “PhD” 
Luanda, 22 de Abril/2016 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Integrantes do grupo 
1. Alda Sebastião Alberto 
2. Bismark Cambengo 
3. Carlos Licundi 
4. Gregório Cassinda Morais Chilembo 
5. Mariana Baptista 
6. Martins Paulo Afonso 
7. Sérgio Miguel Bento
 
4 
 
 
ÍNDICE 
 
Introdução .......................................................................................................................... 5 
Objectivo Geral.................................................................................................................. 6 
Ojectivo Específico............................................................................................................ 6 
I- Demanda agregada no modelo Keynesiano .................................................................. 7 
I.1- Corrente Clássica ....................................................................................................... 7 
I.2- Corrente Keynesiana ................................................................................................. 7 
I.3- Economia fechada com a presença do Estado .......................................................... 8 
I.4- Economia com a presença do sector externo .......................................................... 10 
I.5- Economia aberta com a aplicação do imposto ........................................................ 11 
I.6- Análise prática com os dados publicados pelo INE (2013) .................................... 13 
II- Análise das diferentes políticas (tanto fiscais e monetárias) no modelo IS-LM ...... 19 
II.1- Derivação da curva IS ............................................................................................ 20 
II.2- Derivação da curva LM ......................................................................................... 21 
II.3- Equilíbrio no curto prazo ....................................................................................... 22 
II.4- Efeitos de uma política fiscal expansionista no modelo IS-LM ............................ 23 
II.5- Efeito de uma política expansionista monetária no modelo IS-LM ...................... 24 
II.6- Interação entre a política monetária e política fiscal no modelo IS-LM ............... 24 
II.7- Choques exógenos no modelo IS-LM ................................................................... 25 
Conclusão e recomendações ........................................................................................ 28 
Bibliografia ................................................................................................................... 29 
Anexos ........................................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
5 
 
Itrodução 
Segundo a teoria económica, toda política aplicada pelos decisores económicos, 
tende a influenciar de forma positiva e/ou negativa, e este comportamento, leva a 
oscilações, ou seja, a flutuações cíclicas (que podem ser entididas como momentos de 
reanimação e de recessão económica). 
Das diferentes políticas existentes, seja, elas fiscais e monetárias, servem para 
manter o equilíbrio e a estabilidade macroeconómica de um determinado país. 
Este trabalho de estudo visa em examinar atentamente a determinação da renda 
de equilíbrio do lado da demanda, no estudo das variáveis que detrminam o nível de 
renda nacional e como actuar sobre elas. 
Será discutido neste trabalho que instrumentos de políticas fiscais são mais 
adequados independentemente da situação real da economia e como são aplicadas para 
que permita aproveitar potencialmente todos os recursos disponíveis e atingir ao pleno 
emprego, no aumento da renda per capita e nacional sem registros de índices 
inflacionários. 
As variáveis económicas não são apenas influenciadas pelas políticas fiscais 
(atravéz dos seus instrumentos como: a demanda pública, ou seja, os gastos 
governamentais (G) e a Tributação (T)) mais também, da política monetária atravéz dos 
seus instrumentos como: a taxa de juros e a oferta monetária. 
A premissa de ligação da política fiscal e monetária (mercado de bens e serviços 
e o mercado monetário), é a taxa de juros e a renda nacional no curto prazo quando o 
nível de preços é constante. 
Ainda assim, são examinadas neste trabalho as causas potenciais das oscilações 
na renda nacional utilizando o modelo IS-LM para verificar como as variáves exógenas 
(compras do governo, impostos e a oferta monetária) influenciam as variáveis 
endógenas (a taxa de juros, e a renda nacional) e de que maneira vários choques nos 
mercados de bens e serviços (curva IS) e no mercado monetário (curva LM) afectam a 
taxa de juros e a renda nacional em curto prazo. 
Finalmente, procurou-se enquadrar dos diferentes instrumentos tanto de política 
fiscal e de política monetária, como estão sendo aplicadas na a economia angolana 
6 
 
perante os choques exógenos da demanda da economia de enclave em face da situação 
que se vive. 
Objectivo geral. 
Este trabalho tem como objectivo geral, identificar as variáveis que deslocam a 
curva da demanda agregada, causando oscilações na renda nacional e como o governo 
pode influenciar a demanda agregada com a política monetária e a política fiscal. 
 
Objectivo específico. 
Explicar de que forma o modelo IS-LM determina o nível de renda nacional a 
qualquer nível de preços dado; visto que, influencia tanto o investimento, a poupança, o 
consumo e demanda por moeda quando a taxa de juros é a variável que liga as duas 
partes do modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
I- DEMANDA AGREGADA NO MODELO KEYNESIANO 
 
Para explicar este modelo, começaremos diante-mão analisar o porquê da 
demanda agregada Keynesiana, quais foram os factores que o influenciaram e como 
antes era entendida a demanda agregada. 
A teoria económica encontra-se subdividida em duas grandes correntes (corrente 
Clássica e a Corrente Neoclássica ou Keynesiana) que procuraram fundamentar o lado 
real da economia. 
I.1- Corrente Clássica 
Para os clássicos, procuraram mostrar que o mercado sempre se equilibra por 
meio do sistema de preços e a qualquer excesso de demanda ou oferta é eliminado via 
sistema de preços e, para os clássicos isso vale inclusive para o mercado de trabalho. 
Ainda para os Clássicos, sem imperfeições, a economia tende ao pleno emprego 
e não haveria desemprego involuntário (só voluntário ou friccional) onde a oferta 
agregada se baseia na função de produção que é função somente de variáveis reais onde 
as variáveis que afetam a função de produção podem aumentar a renda de equilíbrio. 
 Políticas de expansão dos Gastos do Governo ou a da demanda por bens de 
capital das empresas não terão efeitos de aumento da produção porque segundo Jean B. 
Say, a oferta determina a demanda e toda a renda criada no processo produtivoé gasto 
na aquisição dos bens produzidos. 
Diante de todos esses pressupostos, os clássicos se mostravam contra toda e 
qualquer tipo de intervenção do governo na economia. 
 
I.2- Corrente Keynesiana 
John Maynard Keynes atravéz da sua obra intitulada “A teoria do Emprego, do 
Juro e da Moeda” provou o contrário nos ano 1929 e 1930 após a grande depressão 
económica que os Clássicos estavão errados nas suas afirmações. 
8 
 
Provando o contrário, Keynes mostrou que: o desemprego existente não podia 
ser explicado pelo maior valor que as famílias davam ao lazer (não era desemprego 
voluntário); o mercado de trabalho não estava se equilibrando; e para explicar a 
existência de desemprego involuntário, a demanda é que deveria determinar a oferta e 
não o contrário (Clássicos) e que finalmente, investimento, gasto público e consumo é 
que condicionavam as decisões das firmas produzirem e que em épocas de crise o 
governo deveria estimular a demanda gregada gastando mais. 
 
I.3- Economia fechada com a presença do Estado 
Keynes para justificar o seu modelo, partiu do pressuposto da determinação da 
renda começando pelas dispesas (demanda agregada) de uma economia fechada com a 
presença do Estado. 
 
D = C + I + G (1) 
 
 C é o consumo privado. 
 I é o investimento. 
 G é o gasto público. 
E para sustentar o modelo, apresentou a hipótese de que, o consumo privado 
depende da renda disponível das famílias. 
C(Y) = Ca + cY (2) 
O consumo é, portanto, composto de um componente autônomo (Ca, nível de 
subsistência, independente da renda) e outro que depende da renda (cY, em que “c” é a 
propensão marginal a consumir, tal que 0<c<1). 
Substituindo (2) em (1), quando D = Y temos: 
 
𝑌 = 𝐶𝑎 +𝑐𝑌 +𝐼 +𝐺 (3) 
9 
 
𝑌 −𝑐𝑌 = 𝐶𝑎 +𝐼 +𝐺 (4) 
𝑌 =
𝐶𝑎+𝐼+𝐺
1−𝐶
 (5) 
Onde: 𝑀 =
1
1−𝐶
 é o multiplicador da renda em uma economia fechada com a 
presença do governo e com isto, Keynes concluiu que, quanto maior a propensão 
marginal a consumir “c”, maior o multiplicador e maior será a renda de equilíbrio e 
quanto mais consumistas forem às pessoas, maior será a renda de um país. 
Outras conclusões do modelo segundo o autor, às firmas só reduzem as 
quantidades produzidas devido à falta de demanda efectiva e para tal, se o Governo 
aumentasse os gastos, criaria demanda, as firmas produziriam para atender essa 
demanda, e para isso, contratariam mais trabalhadores, pagando salários e gerando mais 
renda na economia e repetição desse ciclo virtuoso é a responsável pelo efeito 
multiplicador dos gastos na economia. 
A renda pode ser também determinada na óptica da Poupança e do Investimento 
como mostra a equação abaixo: 
Se a 𝑌 = 𝐶 + 𝑆 para uma economia fechada sem a presença do governo onde, 
uma boa parte da renda das famílias é canalisada para o consumo de bens e serviços, e a 
outra é canalisada para a poupança. Quando as epresas, uma boa parte da sua renda é 
canalizada para o consumo na compra de máquinas, matérias primas, etc., e a outra 
parte da renda são canalizadas para o investimento (𝑌 = 𝐶 + 𝐼). 
Agora supomos que a renda das empresas seja a mesma com a renda das 
famílias 𝑌 = 𝑌 
𝐶 + 𝐼 = 𝐶 + 𝑆 (6) 
𝐼 = 𝑆 (7) 
Sabe-se que 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 com a presença do governo, procurou-se determinar 
a equação da poupança (𝑌 = 𝐶 + 𝑆 + 𝐺) isolando a variável poupança que depende 
também da renda agregada teremos: 
S(Y) = Y− C(Y) – G (8) 
Substituindo a equação (2) em (8), temos: 
10 
 
 S(Y)= Y- Ca-cY – G (9) 
S(Y) = (1-c)Y - (Ca +G) (10) 
S(Y) = sY- (Ca +G), (11) 
 𝑠 = 1 − 𝑐 é a propensão marginal a pouar; 𝑠 + 𝑐 = 1 . 
 
Na renda de equilíbrio devemos ter: S=I porque o investimento (autônomo) gera 
a poupança necessária para sua realização, diferente do resultado encontrado no modelo 
Clássico. 
Agora vamos introduzir no modelo Keynesiano o sector externo para verificar 
como este sector influencia a economia doméstica. 
 
I.4-Economia com a presença do sector Externo 
Na teoria económica, a presença do sector externo é representada pelas 
exportações líquidas que explicam o comportamento da balança de pagamentos, ou seja, 
de transações correntes da economia. 
𝑁𝑋 = 𝐵𝑃 = 𝑋 − 𝑀 (12) 
Se 𝑋 > 𝑀 estámos em presença de um superavit, ou seja, o saldo da balança de 
pagamento é positivo que representa uma situação saudável para a economia porque 
está aproveitando todos os seus recursos de forma eficiente e potencialmente e vice-
verça. E para se verificar esta situação é preciso aplicar boas políticas cambiais 
desvalorizando a moeda doméstica (quando está economia é potencialmente produtiva) 
para desistimular com as importações daqueles bens e serviços que internamente podem 
ser produzidos. 
Onde: BP é a balança de pagamentos, NX são as exportações líquidas, X é 
exportações e M é a importação que também depende da renda agregada. 
𝐷𝐴 = 𝐶 𝑌 +𝐼 +𝐺 +𝑋 –𝑀 (13) 
 𝑀 = ma + 𝑚𝑌 (14) 
11 
 
ma é a importação autónoma que não depende da renda agregada que raramente 
acontece e 𝑚 é a propensã marginal de importação que depende directamente da renda 
agregada. 
No equilíbrio, DA = Y Substituindo a equação (14) e (2) em (13), temos: 
 
𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝑐𝑌 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑌 − 𝑚𝑎 (15) 
𝑌 − 𝑐𝑌 + 𝑚𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎 (16) 
𝑌 (1 − 𝑐 + 𝑚) = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 - ma (17) 
𝑌 = 
𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎
1 − 𝑐 + 𝑚
 (18) 
O multiplicador de importações (m) actua reduzindo o multiplicador de gastos, 
pois as importações constituem um “vazamento” da renda e por definição, temos: 
𝑠 + 𝑐 + 𝑚 = 1 (19) 
O multiplicador dos gastos com a economia aberta tende a diminuir porque, em 
economias não equilibradas, leva na redução da demanda doméstica influenciando as 
firmas a reduzirem com a sua função de produção, aumenta com os índices de 
desemprego, reduz com a renda agregada (baixos salários), eleva com os preços dos 
produtos domésticos e concumitantemente, baixa a demanda pelo consumo e a 
poupança, este efeito é representado na equação (20) abaixo. 
 
𝑀 = 
1
1 − 𝑐 + 𝑚
 (20) 
 
I.5- Economia aberta com aplicação do imposto. 
 Perante esta situação, o estado pode decidir alterar as suas políticas tributárias 
então, qual seria o impacto desta política introduzindo a taxa tributária no modelo 
Keynesiano. 
12 
 
𝐷𝐴 = 𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝑐𝑌𝑑 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑌 − 𝑚𝑎 (21) 
 𝑌𝑑 = 𝑌 – T quando: 𝑇 = �̅� + 𝑡𝑌 (22) 
A equação (22) diz que se o estado decidir aplicar a política tributária atravez 
dos impostos, esta política terá um impacto negativo sobre a renda disponível das 
famílias e das empresas que pode levar a uma recessão ou reanimação da economia 
dependendo do estado actual que cada economia atravessa, mas, queremos salva 
guardar que em situações de déficit público, é uma das vias de o Governo financiar-se. 
Substituindo a equação (22) em (21), temos: 
𝐷𝐴 = 𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝑐(𝑌 − 𝑡𝑌) + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑌 − 𝑚𝑎 (23) 
𝐷𝐴 = 𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝑐𝑌 − 𝑐𝑡𝑌 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑌 − 𝑚𝑎 (24) 
𝑌 − 𝑐𝑌 + 𝑐𝑡𝑌 + 𝑚𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎 (25) 
𝑌(1 − 𝑐 + 𝑐𝑡 + 𝑚) = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎 (26) 
𝑌 = 
𝐶𝑎 +𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎
1 − 𝑐 + 𝑐𝑡 + 𝑚
 (27) 
𝑌 = 
𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑚𝑎
1 − 𝑐(1 − 𝑡) + 𝑚
 (28) 
A luz da equação (28) se consegue perceber que quanto maior for à taxa 
tributária de imposto t sobre a renda, menor será o multiplicador das despesas logo, os 
tributos, assim como as importações, são uma forma de vazamento da economia e o 
efeito multiplicador é representado na equação (29) abaixo. 
 
𝑀 = 
1
1 − 𝑐(1 − 𝑡) + 𝑚
 (29) 
Concluiriamos com esta pequena análise da demanda agregada do modelo 
Keynesiano que: 
A poupança privada 𝑆𝑝 (das famílias e empresas) é aquela em que na renda é 
deduzida uma boa parte para o consumo (C) e a outra pela taxa tributária (T) aplicada 
pelo estado que matematicamente é representada na equação (30) abaixo. E quanto à 
13 
 
poupança pública 𝑆𝑔 é a parte que fica nos cofres do estado (Receita) depois de 
deduzidas os gastos governamentais (G) das receitas fiscais arrecadadas num período de 
tempo conforme ilustra a equação (31) onde o somatório das duas poupanças, resulta em 
poupança nacinal 𝑆𝑛 (32). 
𝑆𝑝 = 𝑌 − 𝑇 − 𝐶 (30) 
 𝑆𝑔 = 𝑇 − 𝐺 (31) 
𝑆𝑛 = 𝑆𝑝 + 𝑆𝑔 = ( 𝑌 − 𝑇 − 𝐶) +(𝑇 − 𝐺) (32) 
 
I.6- Análise prática com os dados públicados pelo INE (2013) 
Procurou-se de antemão testar a teoria Keynesiana de que existe uma relação 
entre a renda e o consumo expressa no seguinte: na medida em que a renda sobe, o 
consumo também tende a aumentar, mais não na mesma proporção. 
 Estão apresentados no anexo (quadro 1.2) os dados do Produto Interno Bruto 
(Renda Agregada), o Consumo das famílias, imposto de bens e serviços, exportações e 
importações, despesa de consumo da administração pública (gastos do Governo), etc., 
da economia angolana para o período de 2002-2010 expressos em mil milhões de AOA. 
Para uma análise econométrica os dados da renda ou do PIB e do consumo, 
apresentam ter aparentemente uma correlação linear positiva normal estimada na ordem 
dos 60,59% quando o coeficiente de correlação linear ou de Person varia num intervalo 
de −1 ≤ 𝑟 ≤ 1 conforme mostra a figura abaixo. 
14 
 
 
Figura nº 1- Análise da correlação linear da Renda e do Consumo em Angola. 
Fonte: Elaboração própria. 
Pressuponha que a função consumo, importação e tributária no modelo de 
demanda agregada Keynesiana para a determinação da renda de equilíbrio é dada em 
função dos dados recolhidos do PIB na óptica da Despesa por: 
𝐶 = 334.411 + 0,219298𝑌𝑑 + 𝜀 ; (a) 
𝑀 = 196940 + 0,3533𝑌𝑑 + 𝜀 (b) onde: 𝜀 é o erro estocástico 
 𝑇 = 9462,1 + 0,0306𝑌𝑑 + 𝜀; (c) 
O modelo (a) acima estimado mostra como a demanda do consumo das famílias 
varia quando há uma variação de 1000 unidades monetárias na renda agregada ou 
disponivel em Angola e a equação (b) mostra como variam as importações à medida que 
a renda variar em 1000 u.m para uma economia aberta e, finalmente a equação (c) 
explica as variações na renda disponível nos impostos quando a renda variar em 1000 
u.m. 
Supomos que a renda é de 7.662.130 mil milhões de Kzs e o investiomento privado 
planeado em Angola em 2011 é 124.829.666,00 mil milhões de Kzs, as compras do 
Governo é 1.332.860,00 mil milhões de Kzs e os impostos são 294.852 mil milhões de 
Kzs. 
a) Qual seria o nível de renda de equilíbrio? 
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
0 2000000 4000000 6000000 8000000 10000000
15 
 
b) E se os gastos governamentais reduzissem na ordem dos 10% e num aumento de 
12% da taxa de imposto mantendo tudo o resto constante, qual seria a nova 
renda de equilíbrio na economia? 
c) Qual seria o efeito multiplicador dos gastos e da taxa de imposto na renda? 
d) Se esta economia importar bens e serviços gastando 4.739.836 mil milhões de 
Kzs e as suas exportações baixarem para 3.279.403 mil milhões de kzs 
mantendo tudo o resto constante da informação da alínea b, qual seria o 
equilíbrio da renda e que efeito multiplicador proporcionaria? 
Resolução do exercício e as suas devidas interpretações 
Economia fechada com a presença do estado 
C=334441+0,21928y se a Y = 7.662.130 
C=334441+0,21928×7662130 
C=2.014.593 
 
Y=AD=C+I+G 
AD=2014593+124829666+1332860 
AD=128.177.119 
 
Y*=
𝐶˳+𝐼+𝐺 
1−𝑐
 = 
 334441+124829666+1332860
1−0,21928
 
Y*= 
126496967
0,78072
 
Y*=162.026.036 
M=
1
1−𝑐
 = 
1
0,78072 
 =1,2808689415×1000000 
M=1.280.869 → efeito multiplicador dos gastos 
a) O novo nível de renda de equilíbrio será de 162.026.036 mil milhões de Kzs 
registrando um aumento de 154.363.906 com um efeito multiplicador dos gastos 
de 1.280.869 mil milhõs de Kzs que justifica que, quando o governo angolano 
no período em análise aumentou com as suas despesas fez com que houvesse um 
aumenta na renda disponível das famílias e demandarem mais bens de consumo 
influenciando no aumento da produção de bens e serviços na economia e em 
16 
 
contrapartida, gerando mais investimentos, emprego, salários e o nível de 
poupança. 
 
Economia fechada com a presença do Estado e com imposto 
C= 334441+0,21928yd 
DA= y= C+I+G 
Yd= Y-T 
Yd= 7662130- 294852 
Yd= 7.367.278 
C= 334441+0,21928×7367278 
C=1.949.938 
AD=Y= C+I+G 
AD= 1949938+124829666+1332860 
AD= 128.112.464 
 
Y*= 
𝑐˳+𝐼+𝐺
1−𝑐(1−𝑡)
 
Y*= 
 334441+124829666+1332860
1−0,21928(1−0,0306)
 
Y*=
126496967
0,78861408
 
Y*=160.404.145 
 
M= 
1
1−𝑐(1−𝑡)
 
M=
1
0,78861408
 
M= 1,27×1000.000 
M=1.270.000 (novo efeito multiplicador dos gastos) 
Quando o Governo aparece com a política fiscal restritiva no aumento da taxa de 
imposto ceteris paribus, influenciou na baixa da renda disponível das famílias na ordem 
dos 294.852 mil milhões de Kzs, baixa da demanda agregada reduzindo o nível de renda 
17 
 
de equlíbrio a uma ordem de 1.621.891 mil milhões de Kzs e em contrapartida com o 
nível de consumo, produção, poupança, investimento e concumitantemente com o nível 
de salários pagos pelas empresas. 
Este impacto negativo na renda, consumo, poupança, investimento e produção 
proporcionado no aumento dos impostos foi devido à redução do efeito multiplicador 
dos gastos na economia na ordem dos 10.869 mil milhões de Kzs. 
 b) 
Se: G1=1332860 se↓G=10% 
G2=1199574 
 
Se: T1=294852 se↑T=12% 
T2= 330234,24 
Y= 
𝐶˳+𝐼+G2 
1−𝑐
 = 
 334441+124829666+1199574
1−0,21928
 = 
126363681
0,78072
 
Y=161855314 → Renda sem o imposto 
 Baixando com os gastos a um nível de 10% ceteris paribus, leva a redução da 
renda de equilíbrio na economia afectando negativamente outras variáveis 
macroeconómicas. 
C= 334441+0,21928yd 
Yd= y-t ; Y1= 7.662.130 
T2=330234,24 
Yd=7662130-330234,24 
Yd= 7331896 
C= 334441+0,21928×7331896 
C=1942179 
AD= C+I+G 
AD= 1942179+124829666+1199574 
AD=127.971.419 
M=
𝟏
𝟏−𝒄
 → M
𝟏
𝟎,𝟕𝟖𝟖𝟐𝟑𝟓𝟏𝟔𝟒𝟐
 =1,269×1.000.000 = 1.269.000 mil milhões de Kzs. 
18 
 
Y*=
𝐶˳+𝐼+G2 
1−𝑐 (1−𝑡)
 = 
 334441+124829666+1199574 
1−0,21928(1−0,034272)
 =
126363681
0,7882351642
 
Y*= 160.312.159 
 Se o Governo insistir coma política fiscal restritiva no aumento da taxa tributária 
na ordem dos 12%, vai afectar negativamente com a produção interna e no desequilíbrio 
da própria economia surtindo um efeito multiplicador negativo em função da situação 
cessante e que pode levar com que os produtores sintam-se mais a vontade em importar 
do que produzir internamente. 
c) 
Economia aberta 
NX= 3279403 - 4739836 
NX= -1460433 → M>X → deficit da balança comercial 
M= m˳+my 
M= 0,3533y+196940+ƹ 
Y*= 
𝐶˳+𝐼+𝐺+𝑋−𝑚˳ 
1−𝑐+𝑚
 
Y*= 
 334441+124829666+1199574+3279403−196940
1−0,21928+0,3533
 
Y*= 
129446144
1,13402
 
Y*=114148026 
M= 
1
1,13402
 =0,8818186628×1000.000 
M=881.819 (multiplicador dos gastos numa economia aberta) 
 Se esta economia fruto dos aumentos constantes da taxa tributária continuar 
persistente e levando os produtores a desistirem na produção de bens e serviços 
domésticos que reduziria com as exportações e aumentarem com as suas importações 
violando o princípio das vantagens comparativas (isto é, importando tudo), agravaria 
ainda mais com a situação económica do país porque levaria na baixa do poder de 
compra das famílias com a moeda nacional tornando barato as importações (valorização 
da moeda doméstica em relação à moeda estrangeira) e aumento do poder de compra na 
moeda estrangeira (desvalorização da moeda estrangeira em relação à doméstica) para 
estimularem com as suas expotações por terem excedentes de produção. 
 Essa valorização da moeda nacional e a queda nas exportações líquidas 
reduziriam o impacto expancionista de curto prazo da alteração da política fiscal sobre o 
produto e o emprego em Angola ficando sem nenhuma saida. 
19 
 
 
 Economia aberta com imposto 
Y=
𝐶˳+𝐼+𝐺+𝑋−𝑚˳ 
1−𝑐 (1−𝑡)+𝑚
 = 
 334441+124829666+1199574+3279403−196940
1−0,21928 (1−0,034272)+0,3533
 
Y*=
129446144
1,1415351642
 = 11.339.6545 
M=
1
1,1415351642
 = 0,876013312 
M= 0,876013312×1.000.000 
M= 876.013 mil milhões de kzs 
 E perante a esta situação, mesmo com uma balança de pagamentos deficitária, o 
estado para contrabalancear decide agravar com as taxas e tarifas aduaneiras nos 
produtos importados quando a sua economia tudo importa. 
 O efeito proporcionado é negativo porque ainda que reduza com as importações, 
mais, por falta de uma potencial produção e de uma boa política fiscal de estabilização, 
continuará a desiquilibrar a economia em todas as suas vertentes prejudicando a 
população. 
 Moral de história, esta é a situação que a economia angola atravessa desde os 
anos de 2009, onde o governo tem vindo a fazer cortes nos seus gastos, agravamento 
das políticas fiscais. 
 Com a situação da crise que se vive em Angola, com maiores índices 
inflacionários, agravamento das políticas fiscais, aumento da taxa de juros fixo no 
mercado monetário, alto desemprego e baixa produção, levantariamos as seguintes 
questões: 
1. É possivel um país estar em crise e ao mesmo tempo crescer com maiores 
índices inflacionários e de desemprego? 
2. Que política viável Angola deveria optar para reverter à situação? 
 
II- Análise das diferentes políticas (tanto fiscais e monetárias) no modelo IS-LM. 
Pretende-se nesta análise examinar as causas potenciais das oscilações da renda 
nacional para o efeito, utilizaremos o modelo IS-LM para verificar como as variáveis 
20 
 
exógenas (compras do governo, impostos e a oferta monetária) influenciam as variáveis 
endógenas (a taxa de juros e a renda nacional). 
Examinaremos também por intermédio de gráficos, de que maneira vários 
choques no mercado des bens e serviços IS (Investimento-poupança) e no mercado 
monetário LM (liquidez e massa monetária) afectam a taxa de juros e a renda nacional 
no curto prazo. 
 
II.1- Derivação da curva IS. 
r a) A função Investimento 
 
r2 
 
r1 ∆𝐼 
 I(r) 
 I(r)2 I(r)1 I 
 
r b) A curva IS 
r2 
 
r1 ∆𝑌 
 IS 
 Y2 Y1 Y 
O gráfico (a) mostra a função do investimento onde um aumento das taxas de 
juros de r1 para r2 reduz o investimento planeado de I(r)1 para I(r)2 e a redução do 
investimento planeado, por sua vez, desloca com a função de gastos planeados para 
21 
 
baixo e esta mudança, faz com que o nível de renda caia de Y1 para Y2 por tanto, um 
aumento da taxa de juros reduz a renda e vice-versa. 
 
r c) A deslocação da curva IS quando o Governo aumenta com as suas despesas 
 
 
 
�̅� 
∆𝐺
1−𝑐
 
 IS1 IS2 
 Y1 Y2 Y 
O gráfico (c) mostra como a curva IS se desloca com o aumento das compras do 
Governo com gastos planeados. Para qualquer taxa de juros dada, o aumento dos gastos 
do Governo, leva a um aumento da renda deslocando a curva IS para a direita. 
E caso o estado decida reduzir com as suas despesas aumentando com a taxa de 
imposto, a qualquer nível da taxa de juro leva a uma redução da renda deslocando a 
curva IS para a esquerda. 
II.2- Derivação da curva LM 
a) Um aumento na taxa de Juros b) Curva LM 
r r LM 
 
r2 r2 
r1 r1 
 𝐿(𝑟, 𝑌1) 𝐿(𝑟, 𝑌2) 
 
𝑀𝐷
𝑃
 
𝑀
𝑃
 (Massa monetária) Y1 Y2 Y 
Um aumento na 
renda eleva com a 
demanda por 
moeda 
22 
 
 O gráfico (a) mostra que para o mercado monetário, um aumento da renda de Y1 
para Y2 eleva com a demanda por moeda, e com isso aumenta a taxa de juros de r1 para 
r2 a fim de manter o equilíbrio neste mercado e o gráfico (b) sintetiza essa relação entre 
a taxa de juros e a renda, quanto maior o nível da renda, maior é a taxa de juros. 
 Uma deslocação da curva LM quando o BNA reduz com a oferta monetária. 
a) Redução de oferta Monetária b) Curva LM 
 r r LM2 
 LM1 
r2 r2 
r1 r1 
 𝐿(𝑟, �̅�) 
 
𝑀𝑜
𝑃
 
𝑀𝑜
𝑃
 
𝑀
𝑃
 (Massa monetária) �̅� Y 
 Uma redução da oferta monetária do BNA, o gráfico (a) mostra que para 
qualquer nível de renda aumenta com a taxa de juros de r1 para r2 que equilibra o 
mercado monetário por isso, no gráfico (b) desloca com a curva LM para a esquerda e 
esta política é denominada contracionista. 
 
II.3- Equilíbrio no curto prazo. 
r 
 LM 
 
r* 
 
 IS 
 Y
*
 Y 
23 
 
 A intercessão das curvas IS e LM representa o equilíbrio simultâneo no mercado 
de bens e serviçose no mercado monetário, para valores dados de gastos 
governamentais, impostos, oferta monetária e nível de preços conforme mostra as 
equações matemáticas desses modelos. 
𝑌 = 𝐶(𝑌 − 𝑇) + 𝐼(𝑟) + 𝐺 𝐼𝑆 
𝑀
𝑃
= 𝐿(𝑟, 𝑌) 𝐿𝑀 
II.4- Efeito de uma política fiscal expancionista no modelo IS-LM 
 r LM 
 E2 
r2 
r1 E1 
 
∆𝐺
1−𝑐
 
 IS2 
 IS1 
 Y1 Y2 Y 
 
A figura acima representa o comportamento do modelo IS-LM se o governo 
decidir aumentar com as suas despesas. E a luz do gráfico consegue-se perceber que 
com esta política expancionista fiscal aumenta a renda agregada de Y1 para Y2 
deslocando assim para direita a curva IS e para manter o equilíbrio nos dois mercados, a 
taxa de juros tende aumenta de r1 para r2 provocando assim uma movimentação para 
direita ao longo da curva LM e vice-versa caso o governo decida reduzir com as suas 
despesas e agravar com as taxas de imposto. 
 
 
 
 
 
Efeito multiplicador 
positivo ou negativo dos 
gaastos na renda 
agregada 
24 
 
II.5- Efeito de uma política monetária expancionista no modelo IS-LM 
 
 r LM1 LM2 
 
 r1 E1 
 E2 
 r2 
 
 IS 
 Y1 Y2 Y 
 
A luz da figura acima se consegue perceber que, com uma política expancionista 
no mercado monetário na redução da taxa de juros, aumenta a renda agregada 
deslocando a curva LM para direita registrando um movimento ao longo da curva IS 
mudando de equilíbrio de E1 para E2 e vice-versa caso o BNA decida em aplicar uma 
política contracionista na redução da massa monetária. 
 
II.6- Interação entre a política monetária e política fiscal no modelo IS-LM 
 r LM1 LM2 
 r 
 r1 E1 E 
 E2 
 r2 
 
 IS1 IS2 
 Y1 Y Y2 Y 
Se nos dois mercados aplicar-se uma política expancionista, partindo do 
pressuposto de que E1 é o ponto de equilíbrio para uma renda Y1 taxa de juros r1, fará 
25 
 
com que a curva IS no mercado de bens e serviços desloque para a direita elevando com 
o nível de renda para Y a uma taxa de juros de r e em cotrapartida desloca com a curva 
LM para a direita procurando um novo ponto de equilíbrio. E deslocando com os níveis 
de renda de Y para Y2 e vice-verça caso aplicar-se uma política contracionista para os 
dois mercados. 
Se as dus políticas forem aplicadas em simultaneo tanto expansionista e 
contracionista nos dois mercados, causa outros efeitos colaterais na economia 
independentemente do objectivo que se pretende atingir na aplicação de uma política 
económica e estes, podem ser: maiores índices de inflação reduzindo com o poder de 
compra das famílias, aumento no desemprego, desincentivo nos investimentos, baixa da 
produção interna, aumento das importações e redução das exportações (valorização da 
moeda doméstica) e concumitantemente, índices baixos de poupanças e vice-verça. 
 
II.7- Choques exógenos no modelo IS-LM 
Uma vez que o modelo IS-LM mostra como a renda nacional é determinada no 
curto prazo; no entanto, com este modelo procurou-se examinar como as várias 
perturbações na economia afectam a renda nacional. Vimos até agora que como 
alterações na política fiscal deslocam a curva IS e como alterações na política monetária 
deslocam a curva LM. Podemos também agrupar outras perturbações em duas 
categorias: Choques na curva IS e choques na curva LM. 
Os choques na curva IS são provocados por mudanças exógenas da demanda por 
bens e serviços e estas variações na demanda podem ser motivadas pelos instintos 
(comportamentos) dos investidores optimistas e pessimistas. 
Se os investidores forem pessimistas com o futuro estado da economia e os levar 
a não construir novas fábricas. Esta redução na demanda por bens de investimento 
provoca uma mudança contracionista na curva do investimento e a uma queda nos 
investimentos porque a cada taxa de juros, as empresas querem investir menos 
deslocando assim a curva IS para a esquerda e para baixo, reduzindo a renda e o 
emprego. A queda na renda de equilíbrio confirma em parte o pessimismo inicial dos 
empresários. 
Ainda assim, os choques na curva IS podem também ser provocados por 
alterações na confiança dos consumidores. Se num aumento do grau de confiança dos 
consumidores acerca do desempenho da economia os induzir a poupar menos para o 
futuro e consumir mais no presente. Este comportamento pode ser interpretado como 
um deslocamento para cima da função consumo e esta retração do consumo desloca a 
curva IS para a direita, aumentando a renda conforme mostram as figuras abaixo (a) e 
(b). 
 
26 
 
a) Um instinto pessimista dos empresários na construção de novas fábricas I(r). 
r 
 
 
r* 
 
 IS1 IS 
 Y Y
*
 Y 
b) Aumento do garu de confiança dos consumistas acerca do futuro estado da 
economia C(Y). 
 
C 
 
 
c1 
c* 
 ∝= 𝟒𝟓° Curva IS 
r Y
*
 Y1 Y 
 LM 
r1 
r* 
 
 IS1 IS2 
 Y*Y1 Y 
 
27 
 
 Os choques na curva LM, derivam de mudanças exógenas provocadas pela 
demanda por moeda. Suponha que a demanda por moeda aumente substancialmente 
implica que em qualquer nível de renda dado, a taxa necessária ao equilíbrio do 
mercado de moeda é mais elevada e em consequência, desloca com a curva LM para a 
esquerda e para a cima, aumentando com a taxa de juros e reduzir a renda conforme 
mostra a figura abaixo. 
 Em suma, vários factores podem provocar flutuações económicas deslocando a 
curva IS e LM, tais flutuações são inevitáveis e as políticas fiscais e monetárias podem 
responder aos choques exógenos. 
 
r LM1 
 E1 LM 
r1 E* 
r* 
 
 IS 
 Y1 Y
*
 Y 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Conclusão e Recomendações 
 O presente trabalho buscou analisar o impacto das diferentes políticas aplicadas 
na economia no modelo IS-LM para a determinação da renda no curto prazo e procurou-
se enquadrar com a realidade da situação económica de Angola. 
 A luz das figuras e da análise apresentada e feita ao longo do desenvolvimento 
deste trabalho conseguiu-se perceber que Angola atualmente aplicou a política 
contracionista para os dois mercados tanto fiscal e monetário (aumento das taxas de 
imposto na redução das despesas públicas e na reduçãoda liquidez da moeda no 
mercado) que fizeram com os investimentos caissem e em contrapartida reduzir com a 
renda agregada na economia. 
 O agravamento dos impostos como uma medida fiscal para financiar o déficit 
justifica-se na redução das receitas públicas estimadas na ordem dos 5,5% em 2016 
(OGE, 2016) quando em 2015 registrava-se na ordem dos 4,2%. 
 Ainda assim, este agravamento das taxas tributárias, poderia ser respondido pelo 
BNA com uma baixa na taxa de juros para atrair com os investidores tornando a renda 
agregada no equilíbrio, mais, isto depende muito dos dados históricos dos índices 
inflacionários no mercado. 
 Em momentos de boons que o estado poderia agravar com a política fiscal 
protegendo o empresariado nacional, não o fez e em momentos de recessão está o fazer, 
consegue-se entender que foi o inverso, medidas aplicadas no momento errado. 
 Conforme mostramos na figura do gráfico nº 22 nos anexos, a economia 
angolana começou sendo afectada pelos choques exógenos dos preços da economia de 
enclave desde Janeiro de 2009 na ordem dos 45USD/barril quando em Janeiro de 2008 
cifrava na ordem dos 96USD/barril e em Julho do mesmo ano em 145USD/barril com 
um índice percentual descendente na ordem dos quase 69% comparando com o mês de 
Janeiro/2009 e Julho/2008. 
 Com este indicador estatístico flutuante, uma vez criado o fundo soberano 
avaliado em 5 mil milhões de Usd (MINFIN, 2008) para poder acudir as flutuações e 
choques exógenos na economia uma vez sermos altamente dependentes das 
importações, poderia dispertar o governo angolano em começar já com o processo da 
29 
 
diversificação da economia apostando nos sectores produtivos em vez de construir 
centralidades que não trazem retornos em curto prazo e médio prazo desde 2004. 
 A luz do gráfico nº 21 do anexo (quadro fiscal de médio prazo, percentagem do 
PIB) percebe-se que começou a procurar forma de financiar a economia desde 2010 até 
2013 de forma crescente e acentuada e pelo panorama que se vive, não se conseguiu 
equilibrar a economia quando o BNA de forma robusta agravou com as suas taxas de 
juros desde 2013-2015 e com uma previsão para este ano na ordem dos 231 em 
percentagem do PIB (OGE, 2016). 
Logo nos perguntariamos, como crescer em crise com maiores índices 
inflacionários e de desemprego na economia? 
Será que a dívida solicitada ao FMI para poder financiar a economia angolana 
pode surtir efeitos para fazer frente ao choque externo e como pode ser canalizado este 
fundo quando a fatia orçamental para educação, saúde e agricultura ainda continuam 
não serem atraentes para alavancar a economia? Esta questão parte do pressuposto de 
que a economia só cresce se apostarmos fortemente na educação e na saúde do cidadão 
para garantir um bem estar, e este ter forças para produzir aproveitando todos os 
recursos disponíveis. 
 São questões por serem reflectidas em conjuntura como economistas e cidadãos 
para solucionar a situação que se vive. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
BIBLIOGRAFIA 
1. DOS SANTOS, Jorge Henriques et al. Macroeconomia, 2ª Edição, Lisboa, 
McGrow-Hill. 
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4. Governo de Angola INE (2013). Relatório de Contas Nacionais de Angola. 
5. NANKIW, N. Gregory (2014). Macroeconomia, 8ª Edição, Nova York, LTC, 
S.A. 
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edição. 
7. PINDYCK, Robert S e Rubinfeld, Daniel L(2004). Econometria-Modelos e 
Previsão, Elsevier editora. 
8. PINTO, Mendonça António (1999). Política Económica, Principia Editora, 
Lisboa. 
9. VASCONCELLOS, Marco António Sandoval (2002). Economia Micro e 
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11. www.bna.gov.ao 
12. www.mimplan.gov.ao 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
ANEXOS 
 
Fonte: OGE, (2016) 
 
 
Fonte: OGE, (2016) 
 
32 
 
 
 
Fonte: OGE, (2016) 
 
 
Fonte: OGE, 2016 
33 
 
 
 Fonte: OGE, 2016 
 
Quadro 1.2- Composição do Produto Interno Bruto sob a Óptica da Despesa 
 
Fonte: INE, Julho de 2013.

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