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08/03/2015 1 Prof MSc: Tiago Fernandes As drogas e o Sistema Nervoso Sistema Nervoso – Controla as atividades motora e sensorial básicas, as funções mentais e intelectuais, sejam elas conscientes ou inconscientes Sistema Nervoso central (SNC) – Formado pelo cérebro, tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal Sistema Nervoso Periférico (SNP) – Sistema Nervoso Autônomo – Responsável pelo controle das funções viscerais Sistema Eferente somático – Inerva a musculatura esquelética e leva as informações do SNC para a periferia Sistema Aferente Somático e Visceral – Traz a informação da periferia para o SNC 08/03/2015 2 Sistema Nervoso Autônomo • Também conhecido como Neurovegetativo ou visceral • Inerva órgãos internos e controla as funções viscerais do corpo (Circulação, digestão, secreção e excreção e ajustando os estímulos ambientais) • Inervação neurovegetativa – Composta por 2 neurônios. 1 pré ganglionar no SNC e outro pós ganglionar localizado no SNP • O SNA transmite quase todas as informações do SNC para o resto do corpo • Está divido em: Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático Sistema Nervoso Autônomo Simpático • Também conhecido como Toracolombar ou Adrenérgico • Noradrenalina – Principal neurotransmissor efetor • Distribuição generalizada – Inervando quase todas as vísceras e grande parte dos vasos • Geralmente o gânglio é longe do efetor – Fibra pré ganglionar é curta e a pós ganglionar é longa • Resposta difusa – Relação fibras pré e pós ganglionares (1 : várias) • Funções: Alterações às alterações ambientais e estresse (luta e fuga) 08/03/2015 3 Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático • Também conhecido como Crânio-Sacral e Colinérgico • Aceticlcolina (Ach) – Principal Neurotransmissor • Sistema menos abrangente mas bem mais específico • Gânglio próximo ao efetor – Fibra pré é longa e pós é curta • Resposta localizada – Relação de fibras pré e pós ganglionares (1:1) • Atividade parassimpática predomina durante a saciedade e o repouso Transmissão Colinérgica • Síntese da Aceticolina(Ach) • Substrato - colina (co-fator do complexo B) • Acetilada pela enzima Colina Acetiltransferase (CAT) • A Acetil CoA, proveniente do ácido pirúvico, fornece radical acetil • A Ach é armazenada em vesículas sinápticas em altas concentrações • Liberação da Ach - Exocitose – Potencial de ação despolarizante abre canais de Ca++ - Fusão das vesículas com a membrana pré-sináptica • Ach na fenda sináptica 1. Interagir com receptores pré-sinápticos muscarínicos (M1) – Feedback negativo que inibe a liberação de Ach 2. Interagir com receptores pós sinápticos, produzindo resposta farmacológica 3. Ser hidrolizada pela acetilcolinesterase (AChE) 08/03/2015 4 Receptores Colinérgicos • Receptores Nicotínicos • Canais iônicos que quando ativados aumentam a permeabilidade celular ao Na+ e Ca++ • Nicotínico ganglionar (N1) – Presentes nos gânglios autônomos, SNC e na medula supra- renal. A estimulação exacerbada pode produzir efeitos tóxicos (vasoconstrição e aumento da PA) • Nicotínico muscular esquelético (N2) – Presente na junção neuro-muscular • Receptores Muscarínicos • Acoplados a proteína G • Apresentam resposta mais lenta – excitatória ou inibitória • M1 – SNC, gânglios • M2 – Miocárdio (Diminui a FC e a força de contração) • M3 e M4 – Glândulas secretoras, musculatura lisa (TGI, pulmão e trato urinário) • M5 – SNC Receptores Colinérgicos • M1, M3 e M5 • Efeitos excitatórios • Ligados a proteína G – Ativa fosfolipase C – Produz IP3 e DAG • Liberação de Ca++ intracelular – Contração da musculatura lisa e secreção • M2 e M4 • Efeitos inibitórios • Inibem adenilato ciclase – Reduzem AMPc intracelular • Aumenta permeabilidade dos canais de K+ • Reduz permeabilidade dos canais de Ca++ • Hiperpolarização 08/03/2015 5 Drogas colinérgicas • Capazes de reproduzir a estimulação do neurotransmissor endógeno parassimpático Ach (Parassimpaticomiméticos) • Ação direta – Estimulam diretamente os receptores colinérgicos • Ação indireta – Inibem a metabolização da Ach, prolongando seus efeitos (Anticolinesterásicos) • Agonistas Colinérgicos Diretos • Interagem diretamente com os receptores muscarínicos, produzindo efeitos similares aos da Ach • São divididos em: Síntéticos (Ésteres da colina) e Naturais Agonista Colinérgicos Diretos • Propiedades Farmacológicas • Efeitos cardiovasculares: Vasodilatação, redução da força de contração miocárdica, do DC, e FC. Diminuem a taxa de condução dos nódulos AS e AV. Redução da PA • Efeitos sobre o TGI: Aumento do tônus, peristaltismo e atividade secretora do TGI • Vias Urinárias: Aumentam a peristalse ureteral. Contraem o músculo destrusor da bexiga e relaxam o esfínceter externo • Efeitos oculares: Reduzem a pressão intraocular em paciente com glaucoma. Provocam miose – Atuam sobre o músculo constritor da pupila • Trato respiratório: Contração da musculatura lisa brônquica e estimula a secreção brônquica • Glândulas exócrinas: Sudorese, salivação (Sialorreia) e lacrimejamento • SNC: Tremor, ansiedade, inquietação, redução da capacidade de concent~ração e memória, confusão e distúrbios do sono • Ex: • Sintéticos: Metacolina, Cabracol e Betanecol • Naturais: Muscarina e Pilocarpina 08/03/2015 6 Agonistas Colinérgicos Indiretos • Fármacos que prolongam a ação da ACh através da inibição da AChE e BChE (Butirilcolinesterase) • Usos Clínicos: • Tratamento do glaucoma • Tratamento da Mistenia gravis (Atuam aumentando a concentração de ACh na junção neuromuscular) – Atuam em receptores N2 • Antídoto para envenenamento por Atropina – Passa a barreira Hemato encefálica • Mal de Alzheimer – Aumenta o tempo de meia vida da ACh no SNC • Dividem-se em: • Reversíveis: Fisiostigmina, Neostigmina, Piridostigmina, Demecário • Irreversíveis: Organofosforados (Pesticidas e gases bélicos) Drogas Anticolinérgicas • Também chamadas de antimuscarínicas – Bloqueio reversível • Atuam: Musculatura lisa, miocárdio, células glandulares, gânglios periféricos e SNC • Baixa afinidade por receptores Nicotínicos • Classificados em: • Naturais: Atropina e Escopolamina • Sintéticos: Metantelina, Pirenzepina, Propantelina, Homatropina e Ipratróprio 08/03/2015 7 Drogas Anticolinérgicas • Propriedades Farmacológicas • SNC: Atropina – Ações excitatórias, podendo levar a agitação, desorientação, irritabilidade e alucinações (Mecanismo desconhecido) • Escopolamina: Depressão do SNC – Sonolência, sedação, fadiga, amnésia • Secreções: Reduzem as secreções sudoríparas, brônquicas, salivares, lacrimal e gástrica. (Atropina pode reduzir em 15% a secreção de HCl no estômago) • Olho: Causam midríase – Bloqueio da contração do músculo do cristalino. E também cicloplegia (Paralisia) e Diminuição da pressão intraocular. Ex: Atropina e Tropicamida • Sistema Cardiovascular: Atropina é a mais seletiva para o miocárdio – Primeiro leva a uma diminuição da Fc, com bradicardia. Barorreflexos induzem a uma taquicardia, aumentando a FC e DC, aumentando a PA • TGI: Inibem o tônus e a mitolidade, reduzindo a frequência e amplitude das cotrações peristálticas. Ex: Atropina e Escopolamina • Trato Urinário: Redução do tônus da bexiga e amplitude das contrações do ureter e da bexiga, reduzindo a incontinência urinária • Trato respiratório: Promovem broncodilatação. Ex: Ipratróprio
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